CRÔNICAS

Miguel Borges na hora do adeus

Em: 23 de Junho de 2013 Visualizações: 36042
Miguel Borges na hora do adeus

Sinto-me no dever de comentar aqui as manifestações de rua que estão pipocando nas principais cidades brasileiras, acuando a classe política que não está entendendo bulhufas e, perplexa, morre de inveja porque nem todos os partidos políticos juntos são capazes de mobilizar tanta gente. Confesso que aquela passividade até então dominante me incomodava: será que essa geração é castrada? Não, não é. Silvinho, um sobrinho-neto de 15 anos, me escreve de Manaus contando, eufórico, como foi seu primeiro banho de rua. Ele quer ser antropólogo. Começa bem.

O Brasil, ao aprender o caminho das ruas, acordou com um vigor novo e forte. Essa é a notícia, a novidade. No entanto, não será esse o tema de nossa conversa dominical, pois interesses jornalísticos nem sempre coincidem com a nossa memória afetiva. É que não posso deixar o Miguel Borges ir embora sem lhe dar um adeus. Convivemos quase diariamente, em 1968, quando ele era chefe de reportagem do jornal O PAIZ, no Rio, e eu um 'foca' ainda não amestrado.

Digo quase  diariamente, porque de vez em quando, eu não comparecia ao trabalho. Borges ia à loucura. Na primeira vez, perguntou:

- O que foi que aconteceu?

- Meu pai morreu - respondi, compungido e cabisbaixo, o que era absolutamente verdade. Apenas omiti a data: três anos antes do episódio aqui narrado. Miguel me deu os pêsames, a pauta do dia e um conselho: em casos como esse, eu devia avisá-lo por telefone.

Ele sabia que podia contar comigo. Quase sempre  - olha o 'quase' outra vez - eu o acompanhava madrugada adentro, pau pra toda obra, ajudando-o a fechar o jornal. Isso porque o trabalho de repórter sempre me deixava eletrizado. Na cozinha da redação, eu entrava em transe, ficava cego, não via mais nada: só jornal. Respirava jornal, meu café da manhã era jornal, almoçava jornal, merendava jornal, jantava jornal, dormia sonhando com jornal. Enquanto fui repórter, o jornal era minha cachaça, uma droga na qual era viciado. Criava dependência e fazia mal, é verdade, mas 'dava barato'.    

Era tudo na base do entusiasmo, do prazer de fazer jornal. Por isso, sempre fui explorado. As horas extras nunca foram remuneradas, o que me levava, de vez em quando, a tirar por conta própria um dia de descanso, que ninguém é de ferro.

O velório da titia

Na segunda falta, matei minha avó Maria Elisa. Ela estava enterrada havia mais de dez anos e, para atualizar o cadáver, entrei na redação com um chumaço preto no bolso da camisa, de luto, como era costume na época. Contei histórias dela lá do Maranhão, onde Borges havia vivido sua infância. Falei que meu nome era uma promessa da vovó a São José de Ribamar, que eu era o xodó da vovó, não podia deixar de ir ao velório, você entende?

- Porra - gritou o Borges - com todo respeito à tua avó, por que você não telefonou dizendo que não podia vir?

Acontece que se eu telefonasse, Miguel Borges, experiente jornalista, sabia como me convencer a ir trabalhar. Bastava acenar com um fato novo que despertasse minha curiosidade. Nascido em Picos, Piauí, em 1937 - dez anos antes de mim - ele veio em 1955 para o Rio, onde atuou em vários jornais: Tribuna da Imprensa, Jornal do Commércio, Última Hora, O Dia. Cineasta, dirigiu o episódio Zé da Cachorra no filme Cinco vezes favela produzido pelo Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, em 1962. Na época, já havia dirigido Maria Bonita - Rainha do Cangaço, Canalha em crise e Perpétuo contra o Esquadrão da Morte. Depois, fez mais outros.

Um belo dia, numa das tantas faltas, quando apareci diante de Miguel Borges, já havia esgotado todo meu estoque de parentes mortos. Decidi abater, com um câncer fulminante, minha tia Conceição, que era freira, e continuava vivinha da silva. Descrevi velório, cortejo fúnebre, coroas de flores, lágrimas, sobrinhos inconsoláveis, missa de corpo presente cantada pelas freiras Adoradoras do Preciosíssimo Sangue, com tanta riqueza de detalhes, com tanto realismo, que eu mesmo já estava quase acreditando que titia havia subido o Boulevard Amazonas em direção ao São João Batista.

- Ela tinha um peito menor que o outro e não tinha filhos, eu era como se fosse seu filho, você me entende?  - disse, ensaiando um esgar, uma careta tristonha. Não lembro, mas acho até que deixei rolar uma lágrima furtiva.

Miguel Borges entendia. Escutou tudo calado, como se estivesse em Picos, na caatinga brava, no carrascal, ouvindo histórias de onça. Ele gostava de contar uma história, registrada em sua  biografia escrita por Antônio Leão da Silva Neto - Miguel Borges: um lobisomem sai da sombra (2008), na qual o personagem, um caboco cujo braço foi comido por uma onça, ganhou o apelido de "Chiclete de Onça" ou "Resto de Onça".

Maria Bonita

Quando Miguelzinho tinha um ano, Maria Bonita, a mulher de Lampião, tascou-lhe um beijo. Mais de 70 anos depois, ele contou a seu biógrafo:

- Eu estava no colo da Paula, minha babá, uma mulher bonita, gostosa, coxuda e perturbadora. Maria Bonita me viu nos braços de Paula, e disse 'que neném bonitinho' e me deu um cheiro e um beijo. Posso me gabar de que Maria Bonita me pegou no colo e me deu uma cafungada.

Contador profissional de causos, Borges sabia identificar um narrador chinfrim, primário. Suspeitou que minha tia, a irmã Conceição, ou não existia ou continuava viva.

- Você é ator de segunda. Está mentindo - disse, com a autoridade de cineasta, narrador e ator, de quem havia interpretado um personagem no filme Boca de Ouro, de Nelson Pereira dos Santos. Usando a voz de chefe, seca e séria, fez elogios à qualidade do meu trabalho - bom repórter, bom texto -  à minha dedicação, às horas extras e pererê-pão-duro, mas deixou claro:

- Na próxima vez, peço teu desligamento do jornal. Tou avisando.

Duvidei: um membro do Partidão não demitiria ninguém. Eu havia visto o Zé da Cachorra, episódio que ele dirigiu em Cinco Vezes Favela, filme  que marcou a estética do Cinema Novo e abriu os caminhos trilhados por outros cineastas. Lá tinha tudo: grilagem, especulação imobiliária, favela, organização popular, passividade e resistência, luta de classes, corrupção, orgia, mulheres, elites podres.

Com essa avaliação, paguei para ver: ousei faltar uma vez mais. Quando entrei na redação, Miguel Borges estava possesso, me chamou, na frente de todo mundo, de irresponsável, de enganador, de profissional inconsciente.

- Quem morreu agora? - perguntava aos berros

-  Fala: quem morreu?

Com medo de dar azar, não tive coragem de matar minha mãe ou uma das minhas nove irmãs, todas vivas. Ainda me passou pela cabeça fuzilar uma delas, a Pretinha, batizada Maria Aparecida, que sofria de asma. Mas ele não ia acreditar. Seria uma morte inútil. Resolvi falar a verdade:

- Ninguém morreu. Foi uma namorada. Faltei essa e outras vezes pra sair com ela. Pode me demitir.

Zé da Cachorra

Já me sentia no olho da rua. No entanto, surpreendentemente, Miguel Borges mudou o tom de voz, me deu um abraço carinhoso e, com um largo sorriso, disse conciliador, deixando a redação inteira estupefata:

- Namorada? Porra, Riba, por que você não avisou logo desde o início? Pra mim, esse é o único motivo válido para faltar ao trabalho: UMA MULHER. Tá justificado. A próxima vez, avisa antes. Agora, vai trabalhar.

Lembrei que no Zé da Cachorra, enquanto o grileiro cooptava o político corrupto, depois de uma orgia, a câmara, ou seja os olhos do Miguel Borges escaneavam o corpo de uma mulher, percorrendo-o de ponta à ponta.

Esse foi o Miguel Henrique Borges, 76 anos, o menino beijado, cheirado e cafungado por tantas marias bonitas e que nos deixou nesta semana, vítima de uma parada cardíaca. Morreu em São Lourenço (MG), onde vivia desde 1997. Antes dele, se foram Felix Athayde, Newton Rodrigues, Joel Silveira. Ele é o último dos grandes editores de O PAÍZ - um diário vespertino que durou de agosto a dezembro de 1968, uma existência tão fugaz que sequer consta na biografia de Miguel Borges, mas que marcou quem com ele conviveu.

- Meu gordinho não tinha idade para morrer. E ele estava muito feliz - declarou ao Globo sua mulher, Maria Elisa Garcia, que o conheceu em 1984, na Banda de Ipanema.

No avião que me leva a um evento acadêmico em Uberlândia, no Museu do Índio da Universidade Federal (UFU), enquanto tiro um cochilo, ouço Borges me cobrar:

- Essa é a notícia. Por que você não cobriu as manifestações de rua? Por que faltou? Quem morreu agora?

- O nosso gordinho morreu - respondo. - Meu texto está de luto.

P.S. - Ilustraçao do nosso parceirinho Fernando Assaz Atroz.

 

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29 Comentário(s)

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Larissa Meirelles comentou:
26/06/2013
Parabéns pela homenagem!! só não valeu pelas mortes rsrsrs. Abraço
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judite Rodrigues Pucu comentou:
25/06/2013
Foi com imensa emoção que li sua crônica de despedida do jornalista Miguel Borges. Com certeza deve ter sido um grande privilégio ter convivido com esse homem versátil, principalmente aqueles que têm um pé fincado no jornalismo braçal. Uma pena sua morte prematura.
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Karine comentou:
25/06/2013
Professor você não sabe como foi bom ler sua crônica agora! Obrigada por lembrar que as lembranças ''boas'' é as que permanecem sempre com a gente! Contato de Karine
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Paula comentou:
25/06/2013
Que sorte a sua ter essas lembranças.
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Jalusa Barcellos comentou:
25/06/2013
Parabéns pela singeleza da crônica. Não via Miguel há muito tempo, mas tive o privilégio de ser sua amiga, embora nunca tenhamos trabalhado juntos. Fiquei muito triste quando soube que ele não está mais por aqui. Vai fazer muita falta. Pois é mais um destes lindos e generosos seres humanos que, de repente, nos deixam no abandono. Por isso mesmo, veja se você nunca mais gazeteie o trabalho (rs). Grande abraço.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
25/06/2013
Que bom Borges ser lembrado de uma maneira tão carinhosa, tão elegante e com tamanha gratidão! Com o sua compreensão pelas faltas do Bessa vc salvou o Brasil de perder um jornalista produtor de textos agradáveis e úteis. Peço a vc um favorzinho. Durante esta semana apareça várias vezes nos sonhos do seu pupilo e cobre dele: "Escreva sobre o movimento da moçada. Desta vez eu não lhe perdoo @%§§§@#***".
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Natalia comentou:
24/06/2013
Linda homenagem. Ótima crônica, aliás, como sempre, é muito bom te "ouvir"...
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Ana Stanislaw comentou:
24/06/2013
Boa Bessa! Nos dias atuais é preciso, também, homenagear os amigos, as excelentes histórias, nossas memórias. Linda homenagem ao Borges!
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jsne comentou:
24/06/2013
Muito bom professor!!! ri muito. com tanta riqueza de detalhes, com tanto realismo, que eu mesmo já estava quase acreditando que titia havia subido o Boulevard Amazonas em direção ao São João Batista.
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moema comentou:
24/06/2013
Legal Bessa! Voce escreve bem para caramba! Abraços
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Falcão Vasconcellos (via FB) comentou:
24/06/2013
"Taí o indispensável José Bessa (Babá, para os amigos), meu colega de muitas jornadas no Amazonas. Jornalista, historiador, professor na UNIRIO e UERJ. Ele com sua crônica certeira nos ajuda a elaborar as questões postas, nesse momento em que pipocam manifestações de rua por esse Brasil afora. Vale uma lida.
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Tenório Telles comentou:
24/06/2013
Professor Ribamar, parabéns pelo seu texto, tão humano e generoso. Chamou-me a atenção a questão do tempo na crônica - numa convergência de fatos e personagens. Boa sorte.
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Marialva Monteiro comentou:
24/06/2013
lamento muito morte de Miguel Borges. Eu o conheci quando trabalhei na EMBRAFILME. Gosto muito do seu filme Pecado na Sacristia que lembrava as estórias que minha mãe contava antes de dormir na fazenda onde morávamos na Bahia Contato de Marialva Monteiro
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Públio comentou:
24/06/2013
Babá, somente hoje poude ler tua crônica. è que minha sogra, D. Maria de Jesus, morreu, e eu estava ocupado escrevendo um artigo em sua (dela) memória. Parabéns pelo artigo. PS: ...na verdade, hoje faz exatamente UM ano que ela morreu. E o artigo que escrevi é verdade
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24/06/2013
É gratificante e prazeroso ler suas crônicas amigo. Participei como estudante do doutorado em Educação da PUC-SP dos manifestos na Av.Paulista.Vi e sentia a indignação dos jovens em cobrar uma reta ação na política brasileira. Assunto obrigatório em nossas aulas. Não tinha como fugir. Experimentava-se uma travessia até então “adormecida”. Um movimento surrealista. Deixando muitos atônicos frente às coisas que viam, ou melhor, tentavam ver. Parabéns por trazer as memórias vivas de sua história, ou melhor, de nossa história. Você é uma referência de consciência e coerência relutante para o nosso país, em particular, para o estado do Amazonas. O filósofo Voltaire dizia: “Deus é contra a guerra, mas fico do lado de quem atira bem”. O movimento pela democracia sinalizou o alvo. A travessia não pode ser negada. Contato de Oziris A.Guimarães
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Oziris A.Guimarães comentou:
24/06/2013
É gratificante e prazeroso ler suas crônicas amigo. Participei como estudante do doutorado em Educação da PUC-SP dos manifestos na Av.Paulista.Vi e sentia a indignação dos jovens em cobrar uma reta ação na política brasileira. Assunto obrigatório em nossas aulas. Não tinha como fugir. Experimentava-se uma travessia até então “adormecida”. Um movimento surrealista. Deixando muitos atônicos frente às coisas que viam, ou melhor, tentavam ver. Parabéns por trazer as memórias vivas de sua história, ou melhor, de nossa história. Você é uma referência de consciência e coerência relutante para o nosso país, em particular, para o estado do Amazonas. O filósofo Voltaire dizia: “Deus é contra a guerra, mas fico do lado de quem atira bem”. O movimento pela democracia sinalizou o alvo. A travessia não pode ser negada.
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André Motta Lima comentou:
23/06/2013
Boas lembranças, amigo! Era um grande companheiro o Miguel Borges.
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Rogério Teles comentou:
23/06/2013
- Namorada? Porra, Riba, por que você não avisou logo desde o início? Pra mim, esse é o único motivo válido para faltar ao trabalho: UMA MULHER. Tá justificado. A próxima vez, avisa antes. Agora, vai trabalhar. Verdade, verdadeira, ótima crônica Mestre, parabéns. Contato de Rogério Teles
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Adriana Athayde (via FB) comentou:
23/06/2013
Acabo de perceber que a saudade de "ouvi-lo falar" era bem maior do que eu supunha: sensibilidade e humor numa rara combinação! Obrigada, mestre!
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Adriana Athayde comentou:
23/06/2013
Sensibilidade e humor numa rara combinação! Adorável... Contato de Adriana Athayde
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Alberto Guarani comentou:
23/06/2013
Muito legal a crônica xeirun! Iporã ete.
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gina couto comentou:
23/06/2013
É isso ai, pessoas que ainda que fugaz mente passam por nos, nos marcam, os singulares, por los que damos gracias a vida por terlos conhecido.
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Sergio Ricardo comentou:
23/06/2013
Genial! Crônica da melhor qualidade. Emocionou-me muito, pois também conheci o gordo. Figuraça. Parabéns mestre.
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Marcus Venicio comentou:
23/06/2013
Delícia de texto, vívida memória de um jornalista brilhante e travesso! Riba, sabia que na Biblioteca Nacional não temos O Paiz?! Fiz lá uma agenda (agenda de uso diário) comemorativa dos 200 anos da imprensa no Brasil, onde não deixei de fazer referência a O Paiz. Entra no dia seguinte à "Passeata dos Cem Mil", quando o Félix pôs a manchete "A praça é do povo!" Alguém conhece alguém que tenha guardado uma coleção do jornal? Grande abraço, MVenicio
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Fiama comentou:
22/06/2013
Ótima crônica, adorei a charge ilustrativa também!
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Aparecida Freire de Souza (Pretinha) comentou:
22/06/2013
Linda crônica e eu como filha da Lisoca digo que essa sim está boa pois fala no meu nome. Rs
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Deborah Munduruku comentou:
22/06/2013
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Grecia comentou:
22/06/2013
Mediante a notícia, tá perdoado por não estar nas ruas... Mas que o luto acabe logo... Precisamos de pessoas como você lutando por um país melhor. E nem me venha matar mais alguém hein! kkkkkkkk
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lucio comentou:
22/06/2013
Parabéns pela excelente crônica, além de tudo, muito engraçada, eu e minha esposa rimos muito, a princípio, e nos comovemos no final. Muito bem bolada. Contato de lucio
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