CRÔNICAS

Plínio, o cavaleiro da triste figura?

Em: 26 de Setembro de 2010 Visualizações: 86846
Plínio, o cavaleiro da triste figura?
Num lugar da Paulicéia Desvairada, cujo nome não quero lembrar, vivia há muito tempo um fidalgo, que ficou conhecido como o Cavaleiro da Triste Figura. Beirava os 80 anos. Era de compleição dura, seco de carnes, enxuto de rosto, nariz adunco, com aparência física do personagem do filme russo de Kozintsev. Era o próprio conde de Rachimbal. 
Na sua juventude, esse cristão novo entregou-se à leitura de livros de filosofia e de economia. Inconformado com a existência, de um lado, de donos de fábricas, de terras e de bancos e, de outro, de proletários destituídos de bens, em situação de extrema miséria, possuidores apenas de sua força de trabalho, o nosso cavaleiro quis saber por que uns poucos têm tanta terra, tanto dinheiro, e muitos não têm onde cair morto, onde cultivar uma roça. A propriedade privada era mesmo um roubo?
Foi procurar nos livros a resposta sobre as injustiças do mundo. Começou com os dois tomos da Filosofia da Miséria de Proudhon e continuou com a Miséria da Filosofia de Karl Marx, acompanhando a polêmica sobre o que é o lucro e o que é o salário. Na Contribuição para a crítica da Economia Política descobriu a contradição entre as forças produtivas materiais da sociedade e as relações sociais de produção.
Ampliou suas leituras, varando dia e noite sem dormir. Compreendeu o que era o lucro no sistema capitalista, quando devorou os três tomos de O Capital onde aprendeu o conceito de ‘mais-valia’, depois de ruminar – já que ninguém é de ferro – o manual didático da chilena Marta Hanecker – O Capital: conceitos fundamentais – e até mesmo o curso dado aos operários belgas pelo filósofo húngaro-francês, Georges Politzer, em cujo livro - Princípios Elementares de Filosofia - encontrou mastigadas e vulgarizadas as leis do materialismo dialético.
Daí decidiu que não era suficiente compreender o mundo, era necessário mudar o mundo. Como? Leu no Manifesto Comunista que a história social da humanidade é a história da luta de classes. Sonhou com o socialismo e com uma sociedade sem classes folheando as páginas da Crítica ao Programa de Gotha. De tanto se empanturrar de literatura marxista, esse fidalgo paulista acreditou piamente na revolução proletária.
Don Plinio Del Tieté
Certo de que a classe operária tinha condições de emancipar toda a sociedade, o nosso cavaleiro não quis esperar mais tempo para se tornar, ele próprio, um revolucionário, um cavaleiro andante. Montou seu cavalo Psol, fraco e esquálido, e fugiu de casa em busca de aventuras, com o objetivo de endireitar o que estava torto, corrigir os abusos, praticar a justiça. Pegou uma armadura enferrujada de seu bisavô, fez uma viseira de papelão, armou-se com uma lança e se autointitulou Don Plínio Del Tieté.
Muita gente achou que o excesso de leituras havia deixado seu miolo mole, fazendo com que perdesse o juízo. Foi visto como louco. Ninguém aceitava que os ímpetos e os sonhos da juventude pudessem habitar aquela carcaça envelhecida pelo tempo. Confundido com um Enéas de esquerda – meu nome é Plínio – ele, no seu cavalo, tololoc, tololoc, saiu pra luta, tentando resgatar a esperança no horizonte socialista, com alucinações, como se estivesse vivendo ainda no século XIX, quando o fantasma do comunismo percorria a Europa.
Na sua primeira aventura em suas andanças pelo mundo, o nosso fidalgo encontra um menino, um camponês de nome Andrés, que amarrado numa árvore, era açoitado pelo seu patrão, um cruel latifundiário. Don Plínio propõe, então, a expropriação de todas as terras que utilizassem trabalho escravo e infantil e a redução da propriedade rural. “Ninguém pode ter terras com mais de mil hectares” – ele sentencia. Advoga também a redução da jornada de trabalho de 40 horas, sem redução salarial.
Mais adiante, depois de lutar contra o latifúndio e o agronegócio, o nosso cavaleiro visionário dá de cara com outros monstros – os moinhos de vento da agiotagem internacional e da globalização, com seus braços e seus tentáculos assustadores, contra quem ele arremete com toda sua fúria, consciente de que lutava contra gigantes. Quer destruí-los, deseja feri-los mortalmente, clamando por uma auditoria da dívida pública, a suspensão do pagamento dos juros e amortizações, além da taxação progressiva das grandes fortunas.
O nosso cavaleiro se decepciona com seu fiel escudeiro barbudo – Lulo Pança – a quem havia ajudado a se tornar governador de uma ilha, transformada pelo novo governante em um paraíso dos banqueiros e do mercado financeiro, com elevados juros que sangravam cotidianamente o  orçamento da Insula. O cavaleiro critica a política assistencialista, que distribui bolsas - bolsa-disso, bolsa-daquilo - mas não toca nas relações sociais, nem no sistema de propriedade dos meios de produção, nem contribui para mobilizar e organizar a classe operária que vai redimir o mundo. 
Na ânsia de combater as injustiças, ele segue enfrentando situações de perigo, mas é ridicularizado, surrado por pastores, pisoteado por ovelhas, cassado por militares, amarga o exílio no Chile, leva uma surra de repolhos testemunhada pelo duque de Ibope, que registra que suas façanhas são aprovadas e levadas a sério por apenas 1% dos habitantes da Insula. Muita gente ri dele, debocha desse cavaleiro, “que es valiente, pero tonto”.
A geral copulação 
Por que um discurso que se apresenta como “uma opção de esquerda, socialista, popular, feminista, anti-racista e ecológica” não encontra eco na população da Insula? Por que ele é levado para o campo do burlesco, do grotesco, do pícaro? A ironia do destino é que se trata de um discurso generoso e combativo, que nos convida a sonhar e a acreditar na possibilidade de construir uma sociedade mais justa. Tudo que ele diz é ético e justo. Tem razão em tudo. Mas não cola.
Ele luta por saúde pública universal, integral e com controle social; educação gratuita e de qualidade para todos; meios de comunicação efetivamente democratizados; extirpação definitiva do racismo, da homofobia e do machismo. Quando é ridicularizado, quem está sendo achincalhado? É ele, individualmente, ou as ideias da construção de um mundo diferente, consideradas delirantes porque defendem a utopia?
Será que os habitantes da Insula perderam a capacidade de sonhar e de buscar o reino da utopia? Estão acovardados, fracos, envelhecidos? Trocaram as proezas pelas “nãoezas”? Perguntam-se: de que serve a revolução sem a geral copulação? Ou o que está afastando as pessoas é certa soberba do cavaleiro acuado, isolado, que acredita deter o monopólio da verdade e não consegue costurar alianças com outros setores da sociedade?
Devemos agradecer a Don Plinio Del Tieté, esse atrevido, lírico, fora de moda, por nos mostrar como somos ridículos quando colocamos em público o sonho de mudar o grande teatro do mundo? Por nos ajudar a ver, como num espelho, que somos “tantas vezes reles, tantas vezes vil, tantas vezes irrespondivelmente parasitas e indesculpavelmente sujos”? Ou, enfim, a triste figura, na realidade são os  que ridicularizam o discurso dele, porque a utopia é mesmo ridícula no espelho pragmático da política?
No debate da próxima quinta-feira, 1º de outubro, ele entrará nos estúdios da Tv Globo montado em seu cavalo Psol, com sua lança em riste, como se estivesse vivendo no tempo da cavalaria. No final da história original, Don Quixote morre como um piedoso cristão, mas nos deixa de herança o direito de sonhar, apesar de nossas fraquezas. E Don Plinio Del Tieté, o que fará depois das eleições de 3 de outubro?  E nós? Qual o legado que ele nos deixa?
P.S.1 - No roteiro original, Sancho Pança renuncia ao poder, mas não compactua com as práticas políticas  dos duques - os banqueiros da época, de cujos aplausos desconfia. Agradecemos as aulas sobre Dom Quixote ministradas por MACAL.
P.S.2 em 08/06/2014 – Noticia veiculada há pouco informa que Plínio de Arruda Sampaio faleceu. Eu o conheci no Chile e vos asseguro que era um personagem encantador, um Don Quixote no sentido mais belo e positivo do termo: aquele que não renuncia aos sonhos e luta por eles.   
 

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80 Comentário(s)

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Ricardo comentou:
09/07/2014
Pois é, por conta da copa a morte do Plínio de Arruda Sampaio passou praticamente em branco. Gostava dele nos debates, dava um baile nos demais candidatos.
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Ana comentou:
09/07/2014
Sem comentários. Que excelência! Unir Quixote a Fernando Pessoa... Plínio, com certeza, dorme em Paz e muito feliz por este texto. Parabéns, Bessa!!!!! Ele merece e deve estar agradecido.
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De Melo Foucher comentou:
08/07/2014
A maior tristeza no dia de hoje nao foi a derrota da nossa seleçao, no esporte ha sempre ganhadores e derrotados. A maior tristeza hoje foi de saber da morte de meu amigo e companheiro da utopia do possível Plínio Sampaio. Tivemos algumas divergências políticas menores, todavia, nunca afetaram nossas relações, ao contrario, nossa amizade saia sempre fortalecida. Meu velho companheiro Plínio, teimoso utópico, sabia respeitar a pluralidade do debate democrático. Adeus amigo companheiro, leva contigo esta luta inacabada, partistes sem ver o nosso Brasil mais justo, mais fraterno e solidário. Garanto-te que somos um batalhão de teimosos utópicos que continuarão esta luta até ver esta Nação Republicana Brasileira fortalecida pela consolidação de seu Estado Democrático e na consolidação do Estado de Direito. Adeus amigo velho companheiro, nunca me esquecerei daquele debate ferrenho que tivemos num jantar em Viroflay-França na minha casa. O bom vinho contribuía para o caloroso debate e o sorriso de Marieta acalmava nossas exaltações...Para toda família de Plinio nossas condolências. De certeza Plinio Samapaio estará sempre presente no coração da família De Melo Foucher.
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Nelson Peixoto (via FB) comentou:
08/07/2014
Bem historizada o sonho intrigante desse Cavaleiro! Crer na utopia e levar em frente toda possibilidade de respingar o mundo de estrelas que nos guiem para o novo céu e a nova terra. Valeu, meu irmão José Bessa, escriba dos sonhadores!
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Marcia Oliveira comentou:
06/11/2010
Professor Bessa. Parabéns!. Cada vez mais estou amando ler os seus textos. obrigada.
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José Seráfico comentou:
04/10/2010
Meu caro Babá, seu texto deixa-me de bem com min ha admiração pela personagem de Cervantes e por tudo que ela representa. Pena que venham faltando cavaleiros como ele e Plínio! Ter votado no Plínio e, depois, ler seu artigo, fizeram deste domingo um dia memorável. Pelo menos para mim. O abraço fraterno.
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Araken (Blog quem tem medo do lula) comentou:
03/10/2010
Jabor, que saudades... Gostei do pseudônimo de Ribamar.
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Graça comentou:
02/10/2010
Se o Ze Aldemir tivesse recristinizado marxisticamente seu repertório, provavelmente estaria mais pra Dom Quixote do que para Sancho Pança.
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graça barreto comentou:
02/10/2010
Se o Ze Aldemir tivesse recristinizado marxisticamente seu repertório, provavelmente estaria mais pra Dom Quixote do que para Sancho Pança. Enfim, parece que não recebestes minha carta
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herfab comentou:
01/10/2010
O que nos daria ânimo?ouvir da Heluísa Helena tudo que o Del Tiete fala?isso daria mais voto ao PSOL?...80 anos!o cavaleiro da triste figura ,o capitualismo que engole o socialismo e o bicho papão que não engole preconceito!ha que pena de nos.
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Ana comentou:
28/09/2010
Adorei a crônica, mas ao mesmo tempo me senti tão angustiada! Ela alimenta o sonho, um tempo que gostaria de ter vivido, mas que infelizmente se foi. Acho q é aí q encontrei a tristeza. Está muito dificil concretizar outra sociedade que não esta. Não sou pessimista, estou sempre acreditando, mas acho que minha geração não aprendeu a lutar, acreditar, sonhar. Isso é muito ruim!Desculpa, mas tuas linhas me fizeram pensar no mundo que poderia ter sido e que pode ser, mas que lamentavelmente, não é.
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Ana comentou:
28/09/2010
adorei a crônica, mas ao mesmo tempo me senti tão angustiada! Ela alimenta o sonho, um tempo que gostaria de ter vivido, mas que infelizmente se foi. Acho que é aí que encontrei a tristeza. Está muito dificil de concretizar outra sociedade que não esta. Eu não sou pessimista, estou sempre acreditando, mas acho que a minha geração não aprendeu a lutar, acreditar, sonhar. Isso é muito ruim!! Desculpa, mas as tuas linhas me fizeram pensar no mundo que poderia ter sido e que pode ser, mas que lament
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Flavinha (via email) comentou:
27/09/2010
Continuo enxergando o Plínio como um Enéas da esquerda, mas de uma forma mais carinhosa...acho que tenho que, pelo menos, ler metade de tudo que ele leu para julgá-lo. Mas, de fato, a sensação que tenho é exatamente a de que ele continua vivendo no século XIX. Só não consigo ver, na prática, todo esse discurso dando certo sem que caiamos nos mesmos erros e armadilhas de agora ... Eu não deixo de sonhar, assim como o Dom Plínio e seus seguidores! Mas acho que os meios podem ser outros, at
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Emano (via email) comentou:
27/09/2010
Passo a vida sem medo de ser feliz, mesmo sendo enganado! Como implantar o programa do PSOL com Plínio e cia? Não seria o caso de votar neles para contrapor a força que se instalou no Brasil do PTMDB? Ganhar a eleição nem Marina ganha....então porque moderar se posso radicalizar! Sou minoria,
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Josafá Batista (1 – Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
Excelente analogia.Plínio (e o PSOL)tá cumprindo um papel ridículo nessas eleições.O autor do artigo só esqueceu de mencionar que uma das leis do malchamado "materialismo histórico" é que o critério da teoria é a realidade.Ou seja: não adianta ser tão sábio, ter tanta leitura, conhecimento de causa e ímpeto transformador e não conseguir ler a realidade concreta e produzir teoria a partir disso.Especialmente qdo a realidade nega e escoiceia toda e qualquer forma de luta revolucionária, apostando.
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Josafá Batista (2 – Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
...apostando todas as suas fichas no conservadorismo , na "ordem e progresso", na institucionalização da política etc.E isso como se não bastassem as igrejas evangélicas com suas mobilizações que tentam estender valores religiosos ao campo da política, como se vê na propaganda eleitoral do PT e do PSDB por aqui... Essa idéia de "revolução ética" empunhada pelo PSOL é resultado de uma certa esquerda católica muito militante nos anos 80, da qual o Plínio fez parte.
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Josafá Batista (3 – Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
A idéia de que a sociedade precisa mudar por meio de um "imperativo ético" é religiosa e idealista porque inverte o princípio de que a realidade é o critério da teoria, propondo que a teoria revolucione a realidade. Aliás... essa bandeira de "transformação ética" não é bandeira somente do Plínio, diga-se de passagem...
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Fátima Almeida (1 – Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
Acho que o Plínio é a voz do socialismo que nunca se apagará. É irritante, claro, aos ouvidos de quem quer esquecer..Espero que essa voz esteja sempre presente no processo eleitoral do Brasil, como ocorreu com Heloísa Helena, da vez passada. Não para nos sentirmos derrotados, mas para nos reavivar a memória e encher de ânimo o espírito. Não estamos sós.
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Fátima Almeida (2 – Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
A consciência não existe em si, por si, é uma apreensão da realidade quando existe senso ético e sede de justiça, pq é isso que nos torna humanos. Sem isso não somos nada, a não ser seres raivosos e competitivos em meio a vampiragem generalizada. A dureza do Plínio é perdoável, vem de todo esse horror que ele sente, do alto dos seus 80 anos ante velhos companheiros q sabem o que precisa ser feito, sabem como fazer, sabem que tem que ser feito e não fazem, porque se tornaram indolentes e cínicos.
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Altemar (2 - Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
Altemar disse... Ainda sobre o Cavaleiro Caro professor, há tempos não via um "na testa" tão bem dado, vale a pena rever. http://www.youtube.com/watch?v=8XOKY0zxATM
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Altemar (Blog do Altino) comentou:
27/09/2010
Acho que em 2002 (está em algum canto da dispensa) Plinio deu uma entrevista a revista Caros Amigos. Em dado momento perguntam-lhe sobre determinado político (atualmente com grande expressão na mídia nacional), e a resposta foi na lata: "É um moleque".Ganha um doce e uma caldeirada de jabuti (e talvez uma cópia do exemplar da revista) quem acertar.
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Juliana comentou:
27/09/2010
A grande questão seria a leitura que podemos fazer do Quixote: Eram gigantes ou moinhos de vento? Concluo com um trecho de Galeano citado por Marcelo Freixo, (candidato a deputado estadual no RJ pelo PSOL): "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
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Patricia comentou:
27/09/2010
Mais um texto maravilhoso do Bessa. Me fez questionar qual é “o real algoritmo do voto”. Sim, porque na verdade todos os sonhos do Plínio são sonhos de uma sociedade perfeita, igualitária então por que tendemos a ridicularizá-lo? Por que EU não votarei nele? Talvez já estejamos todos suficientemente massificados, pobres vítimas de lobotomia social, com tanto medo da perda da governabilidade (conforme nos ensinaram), quanto um urso teme a chapa quente que usaram para ensiná-lo a dançar. Triste,
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Flavia Respeita comentou:
27/09/2010
Genial como tudo o que escreves! Continuo enxergando o Plínio como um Enéas da esquerda! Mas, depois do que li, enxergo sob uma perspectiva mais carinhosa. Grande beijo!!
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Ana comentou:
27/09/2010
Maravilhosa crônica!!! Obrigada Bessa por alimentar a chama da utopia em nossas vidas. Realmente está faltando mais Dom Plinios para nos representar nestes tempos de eleições.
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Hagá Romeu Pinto comentou:
27/09/2010
Bessa, vivemos num mundo que cada vez mais nos distancia da utopia. Tu foste (e quero acreditar que ainda serás) um Miguel de Cervantes para nós, amazonenses. Tu me fizeste acreditar por diversas vezes, com muito humor, que nosso estado ainda tem jeito. Tuas palavras sempre me acalentaram e me deram esperanças. Agora, estou sem ambos...
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AdeiceTorreia comentou:
27/09/2010
Mestre Bessa, o viejo Plinio de guerra está tombando, mas continua desafiando!. Tremeu o chão da dona Dilma!!. E continua sonhando!. Nós que nos embrenhamos na luta estudantil petista 79/80, em Manaus... acordados!. Mas, sonhar é preciso! O texto...a analogia... pura obra literária. um abraço.
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Sonia comentou:
26/09/2010
É sonho, é utopia, mas não conseguimos viver sem o sonho . Preciso acreditar. Gostei do texto..
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Giêr Memória comentou:
26/09/2010
Brilhante texto. O Ribamar é o Wilhelm Reich do Brasil. Todos nós somos simples zé-ninguéns, conformados com essa política mesquinha, aviltante e extremamente plutocrática. O Brasil precisa de uma nova revolução. Mas que esta venha do povo, não mais dos burgueses ou dos operários. Que venha dos professores essa revolução!
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Dario da Silva Junior (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Excelente matéria tanto em termos de alusão comparativa entre realidade e ficção, como do conhecimento da novela crítica cervantina.Como diria nosso Ingenioso herói no capítulo XXI, da segunda parte, no penúltimo parágrafo: “… que también los pobres virtuosos y discretos tienen quien los siga, honre y ampare como los ricos tienen quien los lisonjee y acompañe.”
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JORDAN (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Excelente texto, para quem conhece Dom Quixote o autor fez uma bela analogia entre Plinio e ele, Dom Quixote, o cavaleiro errante.Parabéns.
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Inês (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Se fosse um livro leria-o “numa sentada” e voltaria várias vezes para reler frases e parágrafos… Apenas um texto num blog, mas não menos instigante, intenso e desafiador. Tomara que tenha grande repercussão e que cada leitor/eleitor sinta no seu íntimo a necessidade urgente de acreditar nos seus sonhos e buscar, com seus instrumentos, o melhor para a coletividade. Grande abraço. Parabéns!!
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Ricardo de Carvalho Oliveira (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Muito grato por sua lucidez. Não é de admirar que, quando se trata de lutar contras as injustiças sociais, são os intelectuais os primeiros a levantarem a bandeira. A lamentar, o fato de que o certo é o errado e o errado o certo.
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José Lemos (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Muito boa a análise sobre o Plínio. Triste que tão pouca gente aposta nos ideais dele, e muitos correm atrás das maravilhas prometidas por esse tal capitalismo.
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Mário Cesar(Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Parabéns pelo texto, há muito não lia nada tão interessante e ao mesmo tempo teletransportante!!!Realmente o povo da Ínsula perdeu a capacidade de melhorar, de produzir para todos e para si; continua-se na tão sonhada virada de mesa do proletariado pela burguesia, uma vez que, a unica coisa conseguida ao longo do tempo foi sentar-se em um mesmo ambiente, nunca a mesma mesa!!!Parabéns mais uma vez.Pax Et Lux
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Luiz Alberto Roza Corrêa (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Bom dia, este texto nós mostra o quanto somos iludidos, ao meu ver o Plinio estaria que estar entre os primeiros nas pesquisas eleitorais por suas propostas de trabalhos, mas, como podemos ver a realidade é outra, e o candidato Plínio não terá espaço e tempo para implantar os seus projetos.
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Baptista (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Utópico.Plínio é utópico e delirante.No Forum Social Mundial, Saramago disse que utopia é erro: as sociedades se orientam por necessidades, não por utopias.Quixote era ele e Sancho. Sem Sancho, seria liquidado.Portanto, é necessário o pragmático, Sancho, que cuida do presente e do estômago.A bizarria do PSOL é o delírio de uma sociedade igualitária, qdo se sabe que os homens são desiguais como espécie.O macunaímico Lula entende mais de política e verdade do que todos os donos da verdade xiíta.
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Carlos (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
É evidente que Plínio é um espelho da generosidade e da sabedoria ainda meio adormecidas do povo brasileiro. No entanto, o Dom Quixote deve ser cada brasileiro, e o cavalo Psol necessita mais de um aperfeiçoamento. Além disso, a beleza ética de Dulcinéia Heloísa Helênica é grande fonte inspiração para o futuro. Esperemos que, cavalo, o Psol ajude o povo a pisar sobre alguns vermes e colocar Sancho em seu lugar subalterno, como lustra-botas de banqueiros.
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Gianone Carlos Custodio (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Há pessoas e pessoas. Há carismas e carimas, porém o sr. Plinio, mesmo com sua voz calma e tranquila, não consegue se comunicar. Não consegue aparecer. Mesmo dizendo a pura verdade, não há enfase em sua voz e, tampouco garra nas coisas que diz e afirma.O Sr. Plinio é aquele tipo de pessoa que não nasceu para inflamar seus ouvintes. Suas palavras não troam como trovão. É como uma voz vindo de longe, muito longe e não alcança seu objetivo. Ou melhor os eleitores.
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jpse roberto de souza (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Que coragem? Quem não vive a verdadeira situação do estado do Brasil sem informaçao, pobres dizem tudo do socialismo, na verdade não estaõ embuidos da realidade vivida de fato.
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Amália (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
A unica coisa que me deixa dormir a noite é saber que ainda existem homens como este.Quem sabe dentre aquelas amebas que estudam nos centros de excelencia do nosso país(USP, UNIFESP…) apareçam homens integros como o Sr. Plinio cuja conciencia não tem preço.
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João Nunes (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
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Aldinon (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Comentar o quê, diante de tamanha eloqüência?
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Fernando Pedrão (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Com alegria vemos que alguem compara Plinio com D.Quichote, errando apenas em chama-lo de Triste Figura e em sua analogia com um certo filme russo. Gostaria de compara-lo com o Principe Volkonski concebido por Tolstoy. O aparecimento do Sr Plinio Sampaio na disputa alegra-nos por ver que nem tudo está submerso na mesmice e no alinhamento mediocre. Votaremos no Cavaleiro para fazer ver aos Sancho Pança
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A. CESAR (1 - Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Texto muito bem escrito, desnuda uma face poética e utópica da política. Nosso candidato Plinio têm boas idéias, mas no andar da carruagem sabemos que, de prático, muito pouco se aproveita.Vejamos Cuba lutou pelo que achava certo durante longos anos, mas acabou cedendo, pela pressão de um embargo americano, injusto, aos apelos do capitalismo de mercado.
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A. CESAR (2 - Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
A ONU nunca se atreveu a discordar dessas sanções contra Cuba, e não passa de moleque de recados das grandes potencias bélicas - Israel, E.UA e Inglaterra…Uma vergonha. Portanto, o “mágico” sr. Plinio diz o que deve ser feito - grande problema é - de que forma…e contrariando sabe´se lá qtos interesses…
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Antonio Ferro (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Cada povo tem o governante que merece! Esse máxima que já deve ter sido repetida alguns milhões de vezes retrata bem o momento político. Nosso Dom Quixote, entretanto é apenas uma utopia dos que ainda sonham com Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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Enius Marcus (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
É uma pena, pois apesar de uma cultura sabidamente grande, suas idéias são da idade dele!
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CHICO (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
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Romeu dos Santos(Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Como diria o conselheiro do Clinton: “É a economia, estúpido!”. Povo não quer saber de direita, esquerda, imperialismo, capitalismo etc. Esse mundo felizmente passou. Povo quer comida no prato. Comida barata (sem inflação, poder de compra, emprego estável).Candidatos como Plínio são a velha política. Acreditam que teorias ideológicas podem comover o povo. Gente simples e humilde não liga para isso.Abraços
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Elio Flores (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Belo texto de José Ribamar Bessa. Aliás, a clave da ironia sempre é digna de literatura.Mas me pergunto: por que somente os candidatos de esquerda são ironizados. Por que o candidato do Estadão, do Folhão, do Vejão, do Globão, do Bandão nunca foi ironizado pelos que “publicam opinião”?Além das “nove famílias” donas de todas as mídias da Insula, nossos grandes colunistas escrevem sempre para a “sala de visitas”.Um texto gerador de reflexão…
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Cise (Blog da Amazônia) comentou:
26/09/2010
Não cola mais essa utopia, porque, invertendo Hegel, a primeira vez que colou (eleiçâo de Lula) foi uma farsa e agora está se solidificando a tragédia.
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Rene Keller (1 – Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Infelizmente, o Capital tem vencido a batalha. As palavras de transformação social não mais ecoam e não mais convencem. Nossa juventude, da qual faço parte, não teve a oportunidade de sonhar. Quando nascemos não mais existia a bipolaridade do mundo, conceito hoje que a juventude apenas conhece como transtorno de comportamento.
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Rene Keller (2 – Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
A vida parece mais vazia sem utopias, já que a ideologia (conceito fundamental para a teoria marxista) dominante convenceu os dominados. Não se questiona mais o capitalismo, a pobreza, a desigualdade e todos os “fatores objetivos” da outrora visada revolução. Meu voto já foi para o Lula e hoje vai para o Plínio, na cada vez mais distante esperança de sonhar na realização de um mundo novo, socialista, possível.
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Carmen (1 – Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Sonhando assim com o que posso imaginar ideal, a idéia de Plinio é perfeita, em tudo me veste…mas depende de força e autoridade e isso Plinio não tem, não acredita e teme se submeter a maioria de anti-autoritaristas.E regimes autoritários,os bons tempos de Costa e Silva, Castelo, Medici, Geisel…cumpra-se ou mande-se as mudanças em forma de decreto.Depender de votos de partidos e aliados e seus interesses. E bandeiras e particulares e interesses pessoais dos mais diversos, e eleitoreiros todos.
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Carmen (2 - Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
O civil, talvez porque não saiba o que é jurar uma bandeira. Jura pelo Brasil em falso.Continua aquela salada de… não me interessa nada com, nada tenho a ver com isso.Nada acontece… então falta força energia, vocação e autoridade ao nosso querido Plínio. O que faz de Plinio um idealista, e um brasileiro muito legal, engraçado, simpático. Ele não acredita que possa realizar embora acredite nesse ideal. Como faria isso? …paradigmas
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Diego (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
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Pesquisador (Blog da Amazônia) comentou:
26/09/2010
Série de 3 perguntas pra enquete sobre o impacto da característica “negativa” do candidato. Tira votos, é neutro ou até pode ajudar? 1.DILMA - O fato de ter participado dos grupos de combate à Ditadura Militar: 2. SERRA O fato de ter optado por campanha agressiva, baseado em acusações e denúncias em vez de propostas. 3. MARINA - O fato de ter alto cargo na Assembleia de Deus (”Missionária Consagrada”), acreditando em Adão e Eva (”criacionismo”) e sendo contra o aborto e contra o casamento gay
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Carlos (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Este senhor ainda vive no tempo em que as idéias publicadas pelos livros que leu faziam sentido. Hoje a sociedade bem sucedida necessita de competência e governança. O Brasil ainda esta longe de alcançar nivel nesses quisitos.
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César (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
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Luiz comentou:
26/09/2010
Lindo, cara. Terei que rever meus conceitos.
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Uilson (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Por favor, como senhor escreve bobagem.O pior é que deve acreditar piamente que tem um texto brilhante e criativo! Não precisa enrolar tanto apenas para justificar o status quo, basta dizer que é favor das coisas como elas estão. Ou será que esta ofendido com o adjetivo de eco-capitalista para os mui digníssimos simpatizantes e correligionários da Marina???
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João Pinheiro (Blog da Amazônia) comentou:
26/09/2010
Concordo com alguns aspectos em relação ao Plínio, mas não creio que seu discurso ultrapasse a retórica.Fazer discursos em nome da ética é uma coisa, ser ético é outra.PSOL e PV têm se utilizado de argumentos outrora propalados pelo PT, a diferença é que o PT não tem volta, mesmo com todas as “incoerências” precisa seguir adiante.Acho simplista criticar aqueles que estão à frente do país, sem apontar soluções.Afirmar que os que estão no poder não têm ética nem competência é por demais cômodo.
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Gallagher (Blog da Amazonia) comentou:
26/09/2010
Só podia ser um projeto de anarquista, como este professor (?) que escreveu o texto, para dizer “Tudo que ele diz é ético e justo. Tem razão em tudo.” Não sei porque ainda perco meu tempo com essa gente…
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Luiz Duarte (Blog da Amazônia) comentou:
26/09/2010
O Plinio é um sonhador. Tem que procurar outro País para governar, tipo Venezuela, Bolívia, etc. Acorda!
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Marcio (Blog da Amazônia) comentou:
26/09/2010
Olha, se ele lesse mesmo todos esses livros, e estivesse convencido de suas ideias, começaria por ele mesmo, que melhor exemplo para o seu eleitorado! É o candidato com maior renda declarada (ok sabemos que os outros tem mais) e nao doou sua riqueza? Apesar de seu discurso de extrema esquerda, não cola mais. Uma revolução vem do povo, e não da elite e nosso comodismo nao nos permite isso. Faz muito, muito tempo nao vejo um lider que faça uma diferença aqui. ps: Lula para embaixador
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Maria José comentou:
26/09/2010
Linda a crônica. O que seria desse mundo sem os quixotes pra nos lembrar, com sua ladainha insistente, que a justiça social nunca pode deixar de ser o objetivo primeiro de qualquer governo. "Alabado el olvidado en qualquier rincón del mar". (S. Rodriguez)
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Aurélio Michilles comentou:
26/09/2010
Babá, Incrivel que essa crônica sobre o Plínio diz um pouco (ou tudo) de cada um de nós que ainda acredita em moinhos de ventos. E que fique registrado: "o fazer política" não é atividade para neófitos - "o homem é um animal político" ou "a revolução não é uma festa". Soldações.
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Zé G. Degue (1) comentou:
26/09/2010
Lindo artigo, linda crônica, um senso de oportunidade maravilhoso não só político, mas literário com a escolha da imagem do Dom Quixote. Vou votar na Marina nos dois turnos, como acho que você também vai, mas a crônica me sensibilizou. Se os petistas de cuecas e de outras tramas e negociatas tivessem só roubado dólares, mas não tivessem roubado nossos sonhos, não teriam ferido nossa alma. Eles levaram tudo:
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Zé G. Degue (2) comentou:
26/09/2010
Eles levaram tudo: esperanças, sonhos, utopia, alegria, humor(está proibido), liberdade de expressão (tb está proibida) e a possibilidade de ser diferente. Sinto muito forte porque como petista rocei meus ombros com os deles em apertadas salas de reunião na sede do PT anos 80 ... talvez pq eles são os mesmos que ajudaram a plantar e adubar esses sonhos... quando eu olho aqui em Manaus os processos políticos, resta dizer: acho que apagaram a luz porque todos ficaram iguais, silhuetas cinzas...
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Marcelo S. Lemos comentou:
26/09/2010
Caro Bessa, um mundo sem sonhos é um mundo sem graça. Achar que a história morreu e o capitalismo é o futuro é dar um tiro no pé. Gostei da sua declaração de voto. Aproveito para pedir que não deixe de enviar a coluna para quem não acompanhar no twiter. Acho esse negócio do twiter um porre, não tenho, não quero ter, mais um modismo! Não acho justo ser excluído por não segui-lo no twiter, suas crônicas não devem ficar restritas aos com twiter, os sem twiter também querem te-las. Um grande abra
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Welton Oda comentou:
26/09/2010
A analogia não poderia ser mais apropriada. Torço para uma contaminação, mesmo que lenta, mas consistente, do quixotismo de D. Plínio, pela necessidade de vozes dissonantes numa sociedade com unanimidade demais em torno do projeto petista.
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Dulcinéia de Toboso comentou:
26/09/2010
Segui indicação do Marco. Copio pequeno trecho: “Dilma e Serra não brigam apenas pela Presidência da República. PT e PSDB ambicionam ser o interlocutor privilegiado de agentes econômicos de grande porte junto ao Estado brasileiro e, para isso, buscaram alianças para se estenderem ao máximo no poder. No fundo, desejam mesmo ser o partido do capitalismo brasileiro.O PT agrada também à banca e não somente ao capital produtivo.Meirelles, que presidiu o Bank Boston, é prova viva.
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Marco comentou:
26/09/2010
Bessa amigo, gostei, como sempre, de seu artigo, pela sensibilidade e corajosa abertura para a contradição e renovação! Sem medo de ser feliz, como nos velhos (e atuais) tempos! Tomo a liberdade de enviar, em complemento, um texto chamado "Partido do capitalismo brasileiro" http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/09/25/o-partido-do-capitalismo-brasileiro-327500.asp Um abraço fraterno
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pablo de freitas lopes comentou:
26/09/2010
É realmente o senhor sabe observar um guerreiro!!! e mconversa com o "velinho", fale ique ele era ddescendente de AJURICABA! Riu, mas gsotou! Professor muit oboa a sua contribuiçãopara o debate, pois na verdade as pessoas não riem de Plinio, mas sim de nos mesmos!!! Mas a luta continua, e não me ompota ter só 1% de iontenção de votos, sabendo que as pesquisas são para manitpular!! Abraços e até a proxima
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Ulisses da Selva comentou:
26/09/2010
Lembra o Plínio um PT de antigamente. Agora os dantes sonhadores com uma sociedade mais justa, estão mais é pensando em emprego para não ter que serrar cerveja no bar do Armando.
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Aurora Ñusta comentou:
26/09/2010
Os duques aplaudem de pé a armadilha em que todos nós caímos. Agradecem o fato de que nós, agora, vemos a utopia como algo ridículo e não como um sonho legítimo pelo qual devemos lutar. Creio que as práticas políticas do PT nesses oito anos de poder nos levaram a isso. O discurso que o Plinio faz, hoje, era o discurso do PT, ontem. Considerá-lo ridículo é renunciar à luta e se render ao inimigo.
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euclides coelho de souza comentou:
26/09/2010
d.jose nota 10 pela cronica.a revolução é um sonho,que vai se concretizando com o tempo.a historia da humanidade é a historia da luta de classe. a roda não é mais quadrada ,hoje ela é redonda! dada.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
26/09/2010
MUITO BEM DOM JOSÉ ( YOSSÉ ) DE CERVANTES!!! OLÉ..... DOM PLÍNIO DEL TIETÉ NÃO VIVE EM UM PAÍS PRIMORDIALMENTE AGRÁRIO, SEM TECNOLOGIAS AVANÇADAS COMO AS HABITADAS POR DOM QUIXOTE DE LA MANCHA. AQUI, MUITOS SONHAM COM TRABALHOS MAIS LEVES AINDA QUE TRAGAM AMARGURAS PESADAS. PORÉM, É MARAVILHOSO, VER UM HOMEM DA IDADE DELE, SEM INTERESSES PESSOAIS, SAIR PELO SEU MUNDO DIZENDO O QUE PENSA E TIRANDO O SOSSEGO DE MUITA GENTE.
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Andrea Sales comentou:
25/09/2010
Certa de que os sonhos ultrapassam as utopias, as incertezas acompanham o que deveria ser perfeito e o justo tem sempre em suas costa um injusto sanguinário louco de pedra. Acredito na rememoração de um passado breve (um passado de alguns minutos até) como estes que durarão até meia noite de hoje...e que serão revividos em breve, independente de destinos incertos!!!E mesmo depois de 3 de outrubro, viverei ainda na utopia de que um dia acordarei com ela concretizada. Abraços, até o próximo sol
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