CRÔNICAS

Cortem a língua deles: IPHAN e glotodiversidade

Em: 23 de Novembro de 2014 Visualizações: 91570
Cortem a língua deles: IPHAN e glotodiversidade

A cada quinze dias acontece uma morte. Dizem que cortam a língua da vítima com requintes de crueldade. O cadáver desaparece misteriosamente sem deixar vestígio. Daqui até o natal haverá mais dois assassinatos em algum lugar do mundo, segundo previsão do investigador irlandês David Crystal, que busca pistas para explicar tantos crimes. Nenhum organismo policial, nacional ou estrangeiro, identificou até hoje os assassinos. Um seminário realizado em Foz do Iguaçu (PR), nesta semana, reuniu autoridades e especialistas da América Latina para discutir, entre outras questões, como evitar essas mortes consideradas crime contra  a humanidade.

Parece que os assassinos se inspiram em Genghis Khan que no séc. XIII, de forma indulgente, poupava a vida dos prisioneiros de guerra a quem deixava retornar em liberdade às suas casas. No entanto, para impedir que batessem com a língua nos dentes e passassem informações ao inimigo, cortava suas línguas. Daí a origem do provérbio mongol:

  - Quem tem língua cortada não fala.

A mutilação praticada pelo exército mongol continua sendo feita simbolicamente no planeta. O crime é justamente esse: o glotocídio. A cada quinze dias morre o ultimo falante de uma das 6.700 línguas faladas atualmente em 193 países. Com ele desaparece para sempre mais uma língua.

Com o objetivo de criar estratégias para fortalecer as línguas ameaçadas na América Latina, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Ministério da Cultura organizaram nesta semana, de 17 a 20 de novembro, em Foz do Iguaçu, um encontro de autoridades e de alteridades no Seminário Ibero-americano da Diversidade Linguística, que reuniu mais de 400 pessoas comprometidas com a luta pelos direitos linguísticos das minorias. Participaram dos debates linguistas, historiadores, antropólogos, falantes de línguas indígenas e de línguas minoritárias de migração, além da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Este locutor que vos fala fez a conferência de abertura abordando os "Direitos Linguísticos e as Línguas Minorizadas", aqui apresentada de forma resumida.

Durante o evento foi entregue o certificado das três primeiras línguas reconhecidas como referência cultural brasileira pelo IPHAN: o guarani - que é falado também em outros países do Mercosul, o Assurini do Trocará - língua falada nas margens do rio Tocantins (PA) e que quase desaparece afogada na hidroelétrica de Tucurui e o Talián - vinda com os migrantes do norte da Itália e que hoje é falada no sul do Brasil. Essas três línguas, depois de terem sido cuidadosamente documentadas, fazem parte agora do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL).

Línguas minorizadas

O reconhecimento de uma língua como referência cultural requer que ela seja falada em território brasileiro há pelo menos três gerações e que seus falantes solicitem ao IPHAN o pedido de inclusão no INDL, que é então analisado por uma comissão técnica interministerial. Esse caminho pode ser seguido por mais de 300 línguas faladas no Brasil, entre elas as línguas indígenas que são autóctones e estão aqui enraizadas e as línguas alóctones que vieram para o Brasil trazidas por migrantes. Das línguas indígenas apenas 11 têm acima de cinco mil falantes, o que significa que a maioria corre sério risco de extinção.

Essas línguas chamadas minoritárias foram minorizadas no processo histórico, ficando com número reduzido de falantes: apenas 5% da população do planeta. No entanto, elas constituem maioria expressiva se considerarmos a quantidade de línguas faladas no mundo inteiro por tais minorias, que representam 95% das línguas existentes no Atlas Linguístico Mundial, 15% das quais em continente americano. Portanto, os direitos linguísticos reivindicados se referem a uma minoria de falantes, mas também à maioria das línguas existentes no mundo que garantem a manutenção da glotodiversidade.

O que é, afinal, que se quer com a defesa da diversidade linguística? Já seria plenamente justificável lutar exclusivamente pelos direitos legítimos das minorias de continuarem pensando, cantando, amando, narrando, trabalhando e sonhando em suas línguas, mas essa luta ganha força quando sabemos que ela inclui a sobrevivência das próprias línguas, que só seus falantes podem garantir. Muitas espécies vivas de plantas e de animais que estão em perigo são conhecidas apenas por determinados povos cujas línguas - que produziram e armazenam tais conhecimentos - são consideradas moribundas e estão ameaçadas de extinção.

O linguista Aryon Rodrigues, depois de esboçar um panorama das línguas indígenas da Amazônia, concluiu que nelas se encontram fenômenos fonéticos, gramaticais, de construção do discurso e de uso das línguas, que não se encontram em línguas de outras partes do mundo. Daí a preocupação de mantê-las vivas. Essas línguas constituem, junto com o material arqueológico disponível, as pistas que melhor nos informam sobre a ocupação do território americano, datas e movimentos migratórios.

A sobrevivência das línguas ditas minoritárias interessa, portanto, não apenas aos seus falantes, mas ao conjunto da humanidade, pois está relacionada à preservação da biodiversidade. A diversidade linguística se torna assim tão vital para a sobrevivência da espécie humana quanto à diversidade biológica.

O glotocídio

Segundo David Crystal em seu livro "A revolução da linguagem” hoje, no planeta, ainda são faladas 6.700 línguas, mas a situação é dramática, porque em média, uma língua desaparece a cada duas semanas. Línguas morrem, o que é natural. O preocupante, para ele, é a velocidade da perda que está se fazendo sem precedentes na história escrita, decretando morte prematura, um glotocídio anunciado.

- Uma língua começa a desaparecer quando seus falantes são expulsos de suas terras ou quando a comunidade, por essa e por outras razões, perde o desejo de preservá-la”diz Crystal, para quem "se uma língua que nunca foi documentada morre, é como se jamais tivesse existido, porque não deixa qualquer vestígio. E uma língua morre - diz ele - quando o penúltimo falante desaparece, pois então o último já não tem mais ninguém com quem conversar”.

No seminário foi lembrado o drama recente de dois índios. Um deles - Tikuein -  único falante da língua Xetá, vivia na aldeia São Jerônimo, norte do Paraná com índios Kaingang e Guarani. Como estratégia para manter a língua viva, ele falava com o espelho e algumas vezes, caminhando pela aldeia, com um interlocutor fictício.

O outro caso foi registrado em 1978 por Zelito Viana no filme Terra de Índio. Ele gravou dona Maria Rosa que vivia no Posto Indígena Icatu (SP) e era ali a única falante da língua Ofaié Xavante. Quando a fez escutar o que ela mesma havia dito, dona Maria Rosa estabeleceu um  diálogo com o gravador, a quem perguntou por seu pai, por sua mãe e no final se despediu do aparelho dizendo: "Até logo, agora não falo mais porque estou rouca, viu?".

A extinção é um risco permanente para as línguas minoritárias, principalmente as indígenas, devido ao reduzido número de falantes e ao uso social restrito. Não existe literatura escrita nessas línguas, nem espaço na mídia. Em cinco séculos, nessas condições, mais de 1.100 línguas indígenas desapareceram do mapa do Brasil e outras tantas do continente americano, levando com elas conhecimentos, cantos, rezas, narrativas, poesia, mitos, afetos.

O jesuíta João Daniel, no seu "Tesouro Descoberto do Rio das Amazonas", com distanciamento crítico, conta como um missionário espancou uma índia do Marajó com bolos de palmatória dizendo: "Só paro de bater quando você disser "basta", mas não na tua língua". Ela calou. Suas mãos sangraram. Ele concluiu que as mulheres - a quem talvez o mundo deva a preservação de muitas línguas - eram mais resistentes que os homens, que migravam de uma língua a outra com mais frequência. Desta forma, centenas e centenas de línguas foram extirpadas a ferro e fogo.

Inventário de Línguas 

O Inventário Nacional da Diversidade Linguística Brasileira (INDL) criado por Decreto Federal de 2010 tem o objetivo de conhecer e fortalecer as línguas minoritárias. Ele dialoga com a Carta Europeia sobre as Línguas Regionais ou Minoritárias (1992) e a Declaração Universal para a Promoção da Diversidade Cultural – Unesco (2005), além da Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (1996) de Barcelona, que surgiu das comunidades linguísticas e não dos Estados nacionais.

No Brasil, existem vários projetos destinados a identificar, documentar, reconhecer  e valorizar as línguas portadoras de referência à identidade como o PRODOCLIN, do Museu do Índio, que documentou cerca de 20 línguas e culturas indígenas e projetos do Museu Goeldi e do Laboratório de Línguas da UnB, entre outros.

Reconhecer essas línguas não é simplesmente aceitar formalmente a sua existência, mas considerá-las parte da nossa história. Como escreveu Bartolomeu Meliá, que fez a conferência final, "a história da América é também a história de suas línguas, que temos de lamentar quando já mortas, que temos de visitar e cuidar quando doentes, que podemos celebrar com alegres cantos de vida quando faladas".

P.S. Mais informações sobre o seminário ver:

https://www.facebook.com/580632275396873/photos/a.598022100324557.1073741828.580632275396873/611702805623153/?type=1&theater

Detalhes sobre o homem que falava com o espelho:http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=21

Crônica para não falar com o espelho ver: http://www.taquiprati.com.br/cronica.php?ident=876

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57 Comentário(s)

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Anne-Marie comentou:
10/12/2014
Uma lingua é uma visão de mundo, uma forma única de pensar a realidade. Por ser bilingue e por praticar a tradução, sei quanto é difícil transmitir o que diz uma lingua, pois ela não é feita somente de palavras, ela é feita de cheiros, lembranças, sons, aliterações, emoções, rememorações. Uma lingua é toda a história de um povo densamente incorporada. A palavra "samba" não é, apenas a designação de um ritmo, de uma dança, uma música. É a bateria que passa e ressoa no meu peito, em todo meu corpo. Quem não viveu a bateria nunca vai saber. Uma lingua que morre é um olhar sobre o mundo que se perde para sempre. "Desafio" não é "challenge", como a gente vê em discursos metidos a besta. Um mundo de linguas dominadas, "padronizadas" faz o mistério do real perder seu relevo, .vai aos poucos empobrecendo a riqueza inesgotável dos olhares humanos sobre a vida,
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Eder Franco comentou:
29/11/2014
Crônica muito legal, como sempre! Abraço, tio Babá!
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Félix Adugoenau Rondon comentou:
28/11/2014
Li com esmero o texto "Cortem a língua deles". Mas li com mais cuidado ainda os 35 comentários deste texto. Mas por que li com mais cuidado ainda os 35 comentários do que o próprio texto?? Porque há muitos anti-indígenas com retóricas de apoio à causa indígena no local do meu trabalho, SEC. A fala sem fundamentos de se criar um Estado Indígena já foi exteriorizado aqui em Mato Grosso. O Brasil está cheio de pessoas que apoiam forças contrárias às lutas de sobrevivência indígenas, puramente contagiados pelo ódio anti-indígena idealizado pelos grandes proprietários de terras. E muita gente ainda não percebeu que eles também estão colonizados e sem nenhuma ligação com sua ancestralidade que fazem falas completamente equivocadas. Pena que não podemos confrontá-los. Poderíamos chamá-los para um debate no campo das ideias, mas perderemos tempo com as mesma que não percebem a colonização sofridas por eles. Não têm cultura, apenas formas folclóricas de um passado distante e simplesmente reproduzem sem nenhum sentimento real de estar fazendo aquilo. São vestígios de culturas que perderam para todo o sempre. Não tem ligação com a natureza, com os espíritos ancestrais da natureza. Sou testemunha de que há muita coisa que o homem deixa de dar valor, porque os espíritos se manifestam. Já os vi, os senti e os ouvi manifestando. Mas a maioria dos homens estão tão distantes que não conseguem ouvir o que está muito perto de nós. A seca em São Paulo é uma desas falas de agonia. Os povos indígenas há muito tempo têm alertado para isso. Mas devido a colonização, a ciência deles não é levada em consideração, anulado em sua totalidade. Ontem fiz uma fala no SEMINÁRIO EDUCAÇÃO 2014 que acontece anualmente na UFMT e para mim a escola deveria ser destruída totalmente para a construção de um novo jeito de educar as nossas crianças e jovens. Por outro lado a sombra do colonizador é muito forte sobre nós e precisamos libertar-nos desta sombra opressora para construirmos juntos a nova forma de lidarmos com a educação dos nossos povos. A educação escolarizada ainda é um instrumento de colonização entre os povos indígenas. Outra forma que coloniza a mente dos parentes é a religião, seja qual for. É preciso lutarmos contra a conversão dos nossos irmãos indígenas. Para mim, conversão de povos indígenas a uma religião católica é genocídio que leva ao epistemicídio dos saberes e fazeres autóctones dos povos indígenas. O Brasil, o Papa deveria reconhecer as religiões indígenas. A maioria das línguas indígenas está ligada à sua religião autóctone, originária. Se em uma aldeia há um o trabalho de recuperação de uma língua e por lado, ao mesmo tempo há rituais de uma religião alienígena a povo indígena em questão, estará havendo duas forças contrárias, antagônicas. De um lado o medo e a fé sendo largamente utilizadas para que o povo continue fazendo rituais alienígenas à sua religião autóctone com número maior de adeptos. Por outro lado a escola com os professores utilizando os recursos escolares. No final, a religião alienígena terá muito mais força por se ter um número maior e se ter os pais da crianças envolvidas nos rituais desta religião alienígena. Então estará havendo uma contradição de ações. É preciso que a religião indígena de cada povo seja respeitada. Seja ela de que povo for. Todas as outras religiões atravessaram o oceano, portanto alienígenas, mas nossas mentes colonizadas não deixa-nos perceber isso. Atualmente está havendo pastores e outros, indígenas, proibindo seu próprio povo de rezar do seu próprio jeito, de praticar seus rituais sagrados. É preciso descolonizar, decolonizar os nossos corpos e mentes. É preciso destruir a escola atual para uma construção nova com os saberes e fazeres autóctones.
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Felipe Moura (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
Saudade dos soldados americanos. Uma pergunta o que trara de bom para o BR e brasileiros a não perde de lingua indigenas, gostaria que o autor falasse disso economicamente falando.
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S.A. (Blog Amazoniia) comentou:
28/11/2014
O MUNDO SE ENVEREDANDO PARA GLOBALIZAÇÃO A PASSOS LARGOS E ESSES CHATOS FALANDO EM LINGUAS INDIGINAS. VÃO TRABALHAR O BANDO DE VADIO.
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Amaury Novo (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
é só ver nordestino tentando falar o português e chega-se a conclusão que não perdemos nada
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Roberto Abtibol comentou:
27/11/2014
Olá querido Bessa. Sinto me muito lisonjeado em receber suas cronicas. o texto ficou excelente irei utilizar na minha prova de história da Educação. um forte abraço.
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INDL comentou:
25/11/2014
Ficamos muito felizes com a crônica escrita e com todas as informações veiculadas em seu site, portanto divulgamos o link em nossa página no Facebook para que mais pessoas pudessem ter acesso a este conteúdo. Muito obrigada! M https://www.facebook.com/pages/Diversidade-Linguística/580632275396873?fre
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Tarcisio Motta de Carvalho comentou:
25/11/2014
Visitando o Blog (Taqui Pra Ti), li a crônica da semana, um belíssimo texto sobre o trabalho de reconhecimento da diversidade linguística e as línguas ameaçadas de extinção. Tive que compartilhar também, pois vale muito a leitura!
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Toni Lotar comentou:
25/11/2014
Tão preocupante quanto as ameaças às cerca de 180 línguas nativas ainda faladas pelos povos indígenas do Brasil são os comentários de alguns alienados leitores do Blog Amazônia publicados aqui desdenhando da importância da nossa diversidade cultural que deveria ser motivo de orgulho de todos os brasileiros. Francamente, é muita pobreza intelectual destas pessoas que provavelmente mal sabem expressar-se em português!
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Felipe Lindoso (Zagaia um blog de tudo) comentou:
24/11/2014
Quando estudava Antropologia na Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, Peru (a universidade mais antiga das Américas, porque os espanhóis foram mais cruéis, mas menos estúpidos que os portugueses e criaram várias universidades por aqui), tive aulas com um linguista, Alfredo Torero, que ensinou algumas coias memoráveis. Torero, aliás, era um personagem. Sofria de uma rara doença neurológica, que o impedia de sentir dor. A dor, esse fenômeno desagradável, é um sinal de alarme emitido por nosso organismo, informando que alguma coisa vai mal em nosso corpo – ou com o nosso corpo -, como é o caso da tortura, à qual Torero também foi submetido. O professor Torero foi um pioneiro na linguística quéchua em geral, e a linguística andina em particular. Uma das coisas que aprendi com Torero foi o funcionamento de glotocronologia. É uma ciência quase esotérica, mas importantíssima. É a arqueologia da separação das línguas. A cada mil anos supõe-se que 14% das palavras básicas de uma língua sofrem modificações fonéticas, e a estatística comparando universos fonético-vocabulares de dois idiomas aparentados pode estimar o momento da separação desses dois a partir de um tronco comum. Evidentemente não é uma ciência perfeita, mas uma pista importantíssima para conhecer a evolução de famílias línguisticas, a partir dos diferentes idiomas atualmente existentes dessa família. As aulas do Torero – que morreu no exílio depois que foi acusado pela polícia peruana de ser simpatizando do Sendero Luminoso – me vieram á mente quando li a coluna do meu amigo José Bessa essa semana, no Taquiprati. Bessa relata recente discussão sobre o ritmo do glotocídio que ocorre mundialmente. As línguas morrem, quando o penúltimo falante desse idioma morre, pois este não tem mais com quem conversar. Além do fenômeno social, cultural e político da morte dos idiomas, o glotocídio dificulta ainda mais as pesquisas em busca da ur-linguagem, aquela tal língua original dos primeiros homens. Mas, é melhor deixar o Bessa contar a história de vez. Glotocídio, glotocronologia e alguns outros blás blás blás http://www.zagaia.blog.br/?p=242
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Maria Joana comentou:
24/11/2014
Ainda não tinha pensado o que é solidão até ler esta crônica.
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Paulo Bezerra comentou:
23/11/2014
Já um bom tempo lendo e comentando assuntos nas redes sociais, aprendi a perceber se o interlocutor/comentarista está digitando com raiva, com ódio, se está gritando, o seu posicionamento político e durante as eleições até o candidato que iria votar. Lendo alguns comentários aí em cima, percebi que o ódio destilado contra a candidata do PT durante a campanha eleitoral, quase sempre era manifestado e digitalizado em CAIXA ALTA pelos seus opositores. Infelizmente, parece que esse ódio foi transferido, se é que já não existia, aos povos indígenas e as suas culturas. PS. No centro do lado esquerdo do teclado do notebook, existe a tecla Caps Lock. Como acabou as eleições de 2014 e, na certeza de que não haverá um terceiro turno, por favor, desligue essa tecla e pare de gritar nos meus ouvidos!!!.
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Paulo S, Gonçalves comentou:
23/11/2014
O SENHOR PARECE NÃO ENTENDER/COMPREENDER/ACEITAR QUE GRAÇAS À LÍNGUA PORTUGUESA, ESTE PAÍS SE MANTEVE UNIDO. iSTO O SENHOR, GOSTE OU NÃO, AO MARQUÊS DE POMBAL. SE A ESCOLA NÃO ESTÁ ENSINANDO, PR A TRIBO NÃO ENSINA?O SENHOR PARECE INSISTIR EM CRIAR UMA NAÇÃO INDÍGINA DENTRO DO BRASIL. LAMENTO, NÃO VAI CONSEGUIR E EU NÃO EVITAREI ESFORÇOS PESSOAIS PARA QUE ISTO ACONTEÇA, A BEM DOS ÍNDIOS QUE A SUA IDEOLOGIA BOQUIRROTA DIZ DEFENDER
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Gilberto Sartori (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Creio que unica forma de fazer o índio sair do tribalismo , é a cultura , o conhecimento, a atualização com o mundo moderno absolutamente dinâmico . O articulista me parece um verdadeiro ' dinossauro' do conhecimento . Gostaria de saber se ele concordaria que os índios, continuassem canibais se isso fizesse parte da sua cultura ? Houve um tempo . durante a DITADURA VARGAS , que falar qualquer idioma estrangeiro dava cadeia. Acho muito bom que os índios aprendam a falar português e seja integrados à nacionalidade brasileira ,antes que americanos , ingleses,franceses e outros tantos internacionalizem a amazônia . Acho que o Sr. Articulista está a serviço dessa gente.
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Celso Sanches comentou:
23/11/2014
Não existe domingo se não tiver Taquiprati!!! VIVA A DIVERSIDADE!!!!! Havete ma xeramoi José Bessa!!! I ité porã!!!! Ayuá!
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Beto Vianna (via FB) - comentou:
23/11/2014
bão à bessa. e cê me arrumou um problemão agora, preu escrever algo de novo sobre o seminário (se bem que tenho umas ideias diferentes sobre as hordas do grande cã: artigos de 2009 no jornal o tempo ILE-IFE, NIGÉRIA. Há 800 anos, Gengis Cã encomendou aos povos submetidos uma escrita para a sua língua, contratou letrados e difundiu idiomas espalhados pela Rota da Seda, facilitando a administração do maior império em terras contínuas que o mundo já viu, e não, como costumamos dizer, “semeando o t… BIOLINGUAGEM.COM http://www.biolinguagem.com/tempo2009.html#lingua)
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Leda Beck (via FB) comentou:
23/11/2014
E o que sabemos, nós, os brasileiros, dessa vasta cultura, dessa diversidade maravilhosa? Nada. Nunca me esqueço que só aos 18 anos de idade fui confrontada com a esplêndida cultura nativa do Brasil: Genebra estava toda engalanada de cartazes e estandartes de publicidade de um museu, que expunha objetos indígenas brasileiros e explicava essa riqueza que eu ignorava. Foi a primeira vez que me dei conta da existência dos índios brasileiros para além das caricaturas nas cartilhas escolares. E, tendo nascido no Brasil em 1953, só me dei conta disso na Suíça, em 1971. Maravilhei-me - e morri de vergonha, porque eu, brasileira, era tão ignorante a respeito quanto qualquer estrangeiro.
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Leda Beck (via FB) comentou:
23/11/2014
Pois é! Uma loucura... Enquanto isso, vamos fazendo "selfies" e comendo pizza de "delivery" e nos endividando para aprender (mau) inglês e conhecer Miami e os parques da Disney..
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Martha Sim (via FB) comentou:
23/11/2014
"o Brasil não conhece o Brasil". é tão estranho isso, não é? nós, brasileiros, nos desconhecemos profundamente. lembrei de uma reportagem, com Burle Marx, na qual ele dizia ter aprendido a se encantar com as plantas brasileiras no Jardim Botânico de Berlim.
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Sérgio Hespanha comentou:
23/11/2014
vamos criar o museu da língua indígena, num pacote só
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VANIA TADROS comentou:
23/11/2014
NA DÉCADA DE 1980, EM SALAS DE AULA DA UFAM, O BESSA JÁ ALERTAVA PARA ESSE PERIGO E A CONSUELO ENSINAVA O DIFÍCIL TRABALHO DE RECONSTRUÇÃO DE UMA LINGUA ATÉ AO RESPECTIVO TRONCO QUANDO ESTA JÁ HAVIA SE MISTURADO A OUTRAS. PELO MENOS HOJE JÁ SE DEBATE O PROBLEMA EM UM SEMINÁRIO IBERO LATINO-AMERICANO. O QUE SEMPRE PREOCUPOU-ME FOI SABER QUE COM O DESAPARECIMENTO DA LÍNGUA VAI TAMBÉM O ORDENAMENTO DA COSMOVISÃO DE QUEM A FALAVA. PARABÉNS BESSA!
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Adelino Fernandes Boaventura comentou:
23/11/2014
Grande josta. Só falta agora um cara da USP se especializar no estudo dests linguas. Pra que serve ????Bela porcaria...
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Maria Genesio Dois (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Segundo esses paspalhos, deveríamos ter as 500 línguas em atividade , e também as outras milhares que já se perderam ao longo da história , incluindo o latim , o sânscrito, o aramaico e etc... OU seja , eles acham que uma humanidade, que já não se entende falando uma dúzia de idiomas, ia se comunicar às mil maravilhas falando 5000 mil línguas diferentes !?!? Ora, vão pentear macacos que é mais produtivo , tomara acabem logo os idiomas nativos restantes ,assim como o português , o francês , o italiano ....tomara os russos e chineses façam uma forcinha e em 50 anos o mundo todo só fale inglês !!!! quem sabe a gente consegue se entender!!!
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Vantuil Quirino (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
Só uma pergunta: e o que isso tem de importante? é parte do desenvolvimento, ou vamos continuar como o presidentinho do país vizinho que anda de fusca e acha o máximo? com o passar dos tempos várias linguas foram extintas é normal.
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Carlos Alberto Tanuri Mendes (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
Isso só serve para tema de bolsa de estudos - melhor dizendo, perpetuar bolsas caras para pesquisas improdutiva. Já tem muito material indígena para estes pesquisadores deitarem e rolarem, o resto do que não tem é porque acabou.O certo é SOCIALIZAR os índios que vivem como brancos e mandar para o mato os que vivem como índios. Chega de colher de chá para índio, são bem espertinhos. Quem viajou o Brasil, sabe bem qual é. Olha, e nem vale a pena perder mais tempo com este papo
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William Borg comentou:
28/11/2014
Linguas estranhas! O PT adora!
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Marcos Aquino (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
Isso é um absurdo! Por que não prendem logo o serial quiler que cortou esse monte de língua dos índios?? Pra durar 500 anos, deve ser algum madeirero vampiro que em vez de sugar sangue dos índios corta as línguas dos coitados. Vamos prender esse vampiro logo antes que mais língua seja cortada. Sem brincadeira, acho interessante essa história dos intelectualóides brasileiros quererem preservar a cultura dos índios. Eles querem preservar a cultura dos índios, mas não querem os filhos deles andando pelados no meio do mato, com arco e flecha, dormindo com pernilongo da Amazônia, comendo macaco assado, tomando banho de rio sem sabonete, passando a noite dormindo em redes e sentados em volta de fogueiras. Pelo contrário, os filhos deles vão pras universidades aprenderem inglês, andam com jeans da moda, curtem as noites em boates, comem hamburguer do Maquidonald, tomam banho com champu, dormem em camas confortáveis com repelente elétrico. Vão enganar outro.
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Pedro Santos Jr. (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
Se essas línguas fossem úteis não teriam se perdido. Parem de estudar bobagens e aprendam Inglês. Ou Mandarim (nunca se sabe). O resto é balela.
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Emir Cesar Guimarães (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
PURA BABOSEIRA. O TERRA ESPERDIÇA ESPAÇO FALANDO EM CAGANINFÂNCIAS COMO ESTA. OS POVOS MESOPOTÂMICOS TÊM 5000 ANOS CONTRA 500 DO BRASIL; QUE SOFREM INVASÕES SUCESSIVAS DE POVOS E LÍNGUAS DAS MAIS DIVERSAS MATIZES. PREVALESCEU O QUE HOJE SE FALA NO IRAQUE, IRÃ E VIZINHOS. NINGUÉM A NÃO SER ALGUNS LINGUISTAS COM POUCA OCUPAÇÃO SE DEDICAM A ESTUDAR LÍNGUAS MORTAS OU DESAPARECIDAS. FALANDO AINDA DA REGIÃO MESOPOTÂMICA E OTRAS REGIÕES MEDITERRÂNEAS, COMPENSARIAM ESTES ESTUDOS TENDO EM VISTA UM MANANCIAL DE INFORMAÇÕES 'ESCRITAS' QUE NOS FORAM DEIXADAS POR ANCESTRAIS. QUANTO AOS SILVÍCOLAS BRASILEIROS , NADA ESCREVERAM, NÃO TINHAM ALFABETO, E NA ÉPOCA DO DESCOBRIMENTO POUCO ACIMA ESTAVAM DE HOMENS DAS CAVERNAS.
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Baptista Sandro Oliveira (Blog Amazonua) comentou:
28/11/2014
pena que não acabou com os indios ,,................que não produz nada so uma bagunça danada !!!este povo não faz falta alguma felis é os EUA que la acabou com isto!!
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Rose Angela (Blog Amazonia) comentou:
28/11/2014
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Tiago Zico (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Meu último comentário: se são justamente as diferenças étnicas/ culturais/ linguísticas que tornam cada povo especial, vamos erradicar tudo para eliminar os conflitos entre os que creem que aja espaço para eles e os que não dão a miníma? O que seria do Verde se todos gostassem do Azul?
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Pensador 007 (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
MUITOS DESSES 'CRITICOS' ACHAM QUE O BRASIL DEVERIA TER UMAS 1000 LINGUAS ENTAO IGUAL A INDONESIA??? O BRASIL NÃO PERDEU LINGUAS...SINCERAMENTE ESTAS LINGUAS SÃO IMPORTANTES PARA ESTUDOS só DE ANTROPOLOGOS
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Tiago Zico (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Meu Deus do Céu... Elite Comunista? Daqui a pouco começa a falar das investigações da Veja sobre a Dilma e São Paulo independente. Não é possível ser humano ser tão imbecil. Bom, partindo de 'alguns brasileiros', não me surpreende.
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Pensador 007 (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
PARA ESSES CRITICOS O BRASIL DEVE SER MAIS DIVIDIDO ENTÃO!!!!????É CLARO ASSIM A ELITE ATUAL COMUNISTA DO CAVIAR E CHAMPAGNE PODE SE ETERNIZAR NO PODER...A MIM VCS NAO ENGANAM MAIS...
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Elizabete Aielo (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
E continuam a não só perder os idiomas e sim VIDAS!
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Tiago Zico (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
. Olha a mentalidade do ser. Por essas e outras brasileiro é considerado 1 piada lá fora!
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Walbert Martins (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
A cultura tupiniquim não tem lugar no país das mazelas midiáticas e da produção cultural de lixo...Nossos intelectuais mortos se contorcem nos túmulos nos batidões de funk, os ícones da independência e república amaldiçoam o dia em que deram e dedicaram sua vida para que déspotas se apropriassem dos recursos da nação, e os índios que tiveram sua cultura inoculada em breve também pela força do modo de vida ocidental, se tornarão mais mais peças desta engrenagem ganhando salário mínimo e trabalhando 14hs por dia, não irão mais ter que se preocupar com seus costumes...
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Tiago Zico (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Eu queria saber pq em toda notícia falam do Lula/ Dilma? É tesão reprimido? Queríamos tanto imitar os Europeus e americanos, ai está. Veja o que sobrou de nativos norte-americanos, quase nada. Os europeus nem sabem o que é isso - os que não foram dizimados foram 'civilizados', perderam sua identidade para o modernismo e o progresso. O futuro distante do índio brasileiro é ser admirado num museu, na forma de manequins caracterizados como os antigos povos indígenas, com caixas de som acoplados em suas bocas, onde se aperta 1 botão e houve-se seu idioma.
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Bruno Henrique Lopes (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Legal, agora só falta ''perdermos'' essa língua portuguesa que não serve pra nada, e todos os brasileiros começarem a falar pelo menos um inglês.
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Gilberto Geraldo Garbi (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Perdemos línguas indígenas mas ganhamos uma muito mais evoluída e culta: o Luluo-dilmês, futuro idioma universal.
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Adelino Fernandes Boaventura (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
Grande josta. Só falta agora um cara da USP se especializar no estudo dests linguas. Pra que serve ????Bela porcaria...
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Luiz Eduardo Druziani (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
e dai para que serve isso , quem gosta que vá atras , kkkkkkkk.
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Maria Genésio Dois (Blog Amazônia) comentou:
23/11/2014
Lembrando também que índio não é urso panda ,não é condor andino e nem leopardo das neves.ìndio nenhum está em extinçao simplesmente porque índio é o que mais sobra nesse mundo: ser humano , entenderam intelectualóides? S-E-R H-U-M-A-N-O assim como cada um dos outros 7 bilhões de almas que habitam o planeta e não merecem, portanto ,nenhum privilégio especial em relação ao resto ,tem que trabalhar ,pagar impostos e se apertar no planetinha que pertence a TODOS nós e não só a eles .
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Rogério Bento (Blog Amazônia) comentou:
23/11/2014
DE EFETIVO NADA SERVEM ESSAS TAIS LÍNGUAS PERDIDAS MAS SERVEM PARA MOSTRAR COMO ANDAM A NOSSA EDUCAÇÃO E CULTURA.PIOR DO QUE CHORUME.
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Pensador 007 (Blog Amazonia) comentou:
23/11/2014
NOSSO EX PRESIDENTE E A PRESIDANTA SABEM LER E ESCREVER???QUAL A PREOCUPAÇÃO?? PAIS QUE SÓ APOIA MINORIAS....A MAIORIA DESSAS LINGUAS FORAM DIZIMADAS A SÉCULOS!!!HOJE OS INDIOS VIVEM NAS ESTRADAS VENDENDO BUGIGANGAS E ATRAPALHANDO CONSTRUÇAO DE NOVAS ESTRADAS.PERGUNTE A ELES SE ELES QUEREM VIVER COMO INDIOS...
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sandra de almeida figueira comentou:
23/11/2014
Lendo sua excelente prosa lembrei de um livro que falava sobre o valor que os indígenas davam ao papagaio, e algumas lendas como a que os irmão tupi e guarani se separaram para o norte e o sul porque suas mulheres disputaram o mesmo papagaio. Mas, principalmente lembrei da menção de um viajante do início do século XX que chegando ao cume de uma elevação encontrou um papagaio que falava uma língua que era completamente estranha a ele a seus acompanhantes de tribos da região abaixo. Acho muito válido todo o esforço de guardarem arquivos de memória das línguas que estão morrendo, mas, penso que papagaios mortos não realizarão os rituais e gestos de uma cultura. E umpasso mais largo neste sentido seriam os incentivos para que essas línguas e culturas não morressem através de casamentos e procriações de seus pares.
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terezinha juraci comentou:
22/11/2014
belezura de texto... gratíssima por compartir.. abreijossssss TERE Contato de terezinha juraci
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Ana comentou:
22/11/2014
Todas as maiorias já foram, algum dia, minorias. Todas as profissões já foram necessidades caseiras: os curandeiro hoje são os médicos, os agiotas hoje são os banqueiros, as mães faziam as roupas dos filhos... ,e por aí vai. Quando vejo essa questão da língua, sei de toda a importância que ela tem para a sobrevivência e união de um povo. E acho importantíssimo que vocês se empenhem em divulgar, para nós leigos no assunto, o que ocorre nesses conflitos atuais. Mas o que mais lamento, é o que fazem no sentido de eliminarem os povos por ocuparem boas terras, ou seja, mais importante que salvar a língua é salvar o próprio povo. Logo, o que me preocupa quanto a língua, é imaginar que por trás de tudo, deve haver uma vontade subjaz de eliminar essas línguas minoritárias exatamente para que esses povos percam a força. Talvez seja óbvio demais isso, mas quis registrar. O pior é que eles mesmos não devem ter essa noção da importância que a língua materna tem para eles, pois perguntei ao Thini-á se no urucuri o Cacique também exigia que todos falassem o Yathê (não sei mais como se escreve) ele se assustou com a minha pergunta e ficou triste ao responder que nem os filhos do cacique sabiam mais falar a sua língua, que muito poucos o sabem...
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Ana Stanislaw comentou:
22/11/2014
Adorei, Bessa. Tomara mesmo que o ritmo das línguas cortadas diminua. Assim, podemos desfrutar a beleza e o encanto das línguas, sobretudo as indígenas. Um primor, parabéns.
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22/11/2014
O índio no Brasil é a pura cultura, nossos ancestrais, nossas raízes devem ser gratos aos nossos nativos, e nunca tentar modificar o que a cultura indígena significa para nosso país. Caro leitor, essa crônica em especial momento do país, faz com que pensemos nas nossas atitudes... Parabéns !!! Contato de Cristina Bessa de Memdonça
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José Varella comentou:
22/11/2014
Quem cortou quantas línguas na Amazônia? Só no Marajó quantas línguas foram decepadas? Leiam "Rio Babel, a história das línguas amazônicas", de José Ribamar Bessa Freire e o sigam no Facebook no perfil José Bessa Ironicamente, no genocídio praticado pelo Império do Brazil contra os cabanos o pagamento do soldo aos praças recrutados nas cadeias do Nordeste era pago conforme entrega de rosários de orelhas cortadas aos mortos. Como o morto não fala e nem escuta, esta mutilação havia de servir de aviso aos sobreviventes para não ouvir nem escutar nada do que se passava naquele tempo.
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Eloy Bida comentou:
22/11/2014
Precioso e forte texto. Gratidão.
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