CRÔNICAS

A mãe de Pezão, Dilmécio e os Índios

Em: 26 de Outubro de 2014 Visualizações: 30556
A mãe de Pezão, Dilmécio e os Índios
 
Depois do último debate chocho, pergunto sem querer xingar: será que Aécio tem mãe? E Dilma tem mãe? Eles têm mãe? Viva, quero dizer. Sei lá! Só sei que quem tem mãe vivinha da silva é o Pezão, governador do Rio (PMDB vixe!) que quer se reeleger, tanto que apoia os dois candidatos a presidente. Não emprestou, porém, a nenhum dos dois sua mãe, capaz de decidir a eleição. Dona Ercy de Souza, 84 anos, mulher simples do interior, curso primário incompleto, vestida modestamente, foi a estrela da propaganda eleitoral na tv e no rádio. Falou sobre os valores com os quais criou o filho:
 
“Humilde, humildade, sempre pisar no chão. Humildade é tudo na vida, sempre falo para ele. Nunca deixar nada subir à cabeça porque tudo passa. Você tem que ser sempre o que você é. Meu filho, cuida das pessoas como eu cuidei de ti”.
 
Este depoimento, repetido à exaustão no horário eleitoral, me deixa arrepiadinho (passa a mão no meu braço, leitora, espia só os cabelinhos todos em pé). Com voz mansa, boca ligeiramente torta e o chiado do sul fluminense – humildche, humildadche – ela nos traz uma verdade para esse mundo de mentira. Eu sei, eu sei, a marquetagem é sempre falsa, mas o depoimento é uma coisa, o uso dele é outra. A  marquetagem vê em mamãe Pezona uma máquina de votos; para nós, ela tem outra dimensão, é mãe de verdade, como a da gente: fofinha, luminosa, sábia. Linda!
 
No primeiro turno, convencido e entusiasmado, votei em Tarcisio (PSOL) para governador. Agora, sem opção, ia anular, mas dona Ercy me convenceu a votar nela – humildche. Quem saiu de um útero desse calibre não pode ser cem por cento efedêpê, ainda mais enfrentando o trio da sujeira – Crivela (vixe), Garotinho (vixe) e Lindinho (vixe). É mais fácil fazer oposição a um vixe do que a três vixe-vixe-vixe. Crivella, além disso, ameaça os povos do terreiro e Lindinho é declaradamente contra os índios.
 
Remembrancer
 
– Porra, Babá, não enche o saco, não faz ponte, o que é que a mãe do Big Foot tem a ver com os índios?  – pergunta Chachá, uma amiga desbocada de Manaus que não gosta da temática indígena.
 
Pois é, menina, concordo, quem escreve ou dá aulas deve puxar e não encher o saco dos outros. No semestre passado, caminhava eu pelo corredor da universidade e ouvi sem querer a conversa de duas alunas à minha frente. Uma delas perguntou com quem a outra teria aula.
– Com aquele chato monotemático que só fala de índio, índio, índio.
 
O chato era eu. Quando me viu, empalideceu com receio de represália, improvável aliás, pois ela tem razão. Sou professor há meio século, já ministrei disciplinas que até o capiroto duvida. Daria aula de química inorgânica se pudesse acrescentar um tópico: “a classificação Guarani do fósforo, cloro e oxigênio”. Ministraria a disciplina Estruturas no Curso de Engenharia se o professor dela, Gilberto Moraes, me orientasse e se a ementa contemplasse “a visão dos Tuyuka sobre os orifícios retangulares em vigas de concreto armado na construção das modernas malocas”.
 
A sociedade brasileira é treinada – eu diria adestrada e amestrada – para apagar os índios do seu horizonte e invisibilizá-los. Quem anda na contramão é, portanto, um chato, mas esse talvez seja nosso destino, como diz Peter Burke em “O mundo como Teatro: estudos de antropologia histórica”. Historiadores são guardiães de fatos incômodos, de esqueletos no armário da memória social, como aquele funcionário na Inglaterra denominado de remembrancer (recordador), na verdade um coletor de impostos, cujo trabalho consistia em recordar às pessoas aquilo que elas gostariam de esquecer.
 
Num poema em que define o perfil do historiador, Carlos Drummond diz que ele “veio para contar o que não faz jus a ser glorificado”,  por isso “é importuno, sabe-se importuno e insiste, rancoroso, fiel”. Rancoroso não no sentido de vingativo, mas com conotação positiva de ferido, ofendido, dolorido.
 
O erro de Churchill
Quando insisto na importância das culturas e línguas indígenas para o país, tema ausente até nas perguntas dos indecisos no debate desta sexta, há quem fique incomodado. Mas a questão indígena e a ambiental não foram contempladas nesta campanha. Levantamento realizado pela Folha de SP mostra que apenas 12% do espaço dos programas no horário eleitoral discutiram propostas, nenhuma delas sobre índios. Podiam substituir um minutinho dos xingamentos para falar ao Brasil sobre a situação de quem está aqui há milênios.
 
Aliás, parece que finalmente não cometeram o erro de Churchill na Segunda Guerra Mundial. Vicente Reis, colunista do Jornal do Commércio de Manaus, assinava na época artigos inflamados com conselhos aos generais americanos e ingleses. Um dia ousou escrever:
 
“Se Winston Churchill, primeiro ministro britânico, tivesse seguido as minhas recomendações da semana passada, Londres não teria sido bombardeada pelos alemães”.
 
Bem feito! Quem manda o Churchill não ler, na época, o jornal de maior tiragem de Manaus! Dilma e Aécio não cometeram tal erro. Na última hora, embora ausente da propaganda eleitoral, os índios mereceram duas postagens nas redes sociais. Uma de Aécio propondo a “ampliação do diálogo com as comunidades indígenas para criar uma agenda de prioridades”. Ou seja, algo tão genérico formulado por quem não tem o que dizer e quer enrolar, dando pequena satisfação aos eleitores de Marina.
 
A outra postagem foi uma Carta aos Povos Indígenas do Brasil, de Dilma, garantindo pelo menos que “nada em nossa Constituição será alterado com relação aos direitos dos povos indígenas”. Vamos cobrar. No entanto, ela justifica o engavetamento dos processos de demarcação de terras indígenas em seu governo por se tratar de “desafios na esfera jurídica”. Sabemos que se trata de uma questão política. A tal “base aliada” engessa Dilma, que repete na sua Carta o que a senadora Kátia Abreu, para quem ela pediu votos, proclama: índio não precisa de terra, mas de assistência social.
 
Amigos argumentam que não posso colocar os direitos dos índios acima dos interesses do Brasil. No pescoço francês, gaivota! Quando se fala em interesse nacional excluindo os índios é porque tem interesses privados escusos por baixo dos panos. Esse papo a gente ouve desde Thomé de Souza, Mem de Sá e Duarte da Costa. O interesse nacional implica línguas e culturas indígenas. A obrigação constitucional do Estado é garantir esses direitos, não apenas para reparar injustiças contra “coitadinhos”, mas para incorporar seus saberes e experiências na construção do Brasil moderno.

O ex-BBB Serginho, com foto no Instagram, diz que não fala com índio: “Tenho fobia de índio e de palhaço”. Esse pobre coitado é fruto do adestramento que lamentavelmente foi reforçado nesta campanha eleitoral, alimentado por omissão de marqueteiros e parafernália partidária. Nos debates, Dilma e Aécio nem sempre falaram como estadistas, mas em defesa de interesses empresariais privados. Os dois, embora se comportem como tal, não são ex-BBB. Deviam aprender com dona Ercy: humildsche. Domingo, Dilma 13 para presidente, sem entusiasmo. Para governador, voto com Dona Ercy, mas com uma pulga atrás da orelha.

 

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30 Comentário(s)

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VANIA NOVOA TADROS comentou:
01/11/2014
EPA.... PERA AÍ! ISSO É UMA INJUSTIÇA COM O MEU QUERIDO AMIGO, ETERNO MESTRE DA MINHA BOA BASE ACADEMICA EM HISTÓRIA INDÍGENA.ESSA ALUNA DIZER QUE ELE É MONOTEMÁTICO É MUITA FALTA DE CAPACIDADE AVALIATIVA. O BESSA PODE FALAR 15 DIAS SEGUIDOS SOBRE COMUNIDADES INDÍGENAS, DURANTE 6 HORAS EM CADA, MAS NAO FALA SÓ DE UM TEMA. O SEU ÍNDIO É RICO, VERSÁTIL, DENTRO DE UM CONTEXTO MÁGICO COMO SÓ UM APAIXONADO POR UMA CAUSA PODE EXPOR. OLHA AÍ MENINA DO CORREDOR, QUEM CONHECE DIVERSAS CULTURAS INDÍGENAS COMO O JOSÉ BESSA,NEM QUE QUEIRA. CONSEGUE FAZER UM CURSO REPETITIVO. EU CHEGUEI A CURSAR 3 DISCIPLINAS COM ELE NA GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA NO MESMO SEMESTRE E SEMPRE OS ASSUNTOS ERAM NOVOS E INSTIGANTES. O QUE O REFERIDO MESTRE NÃO CONHECE MUITO É DE BRANCOS SENÃO ELE VOTARIA NO AÉCIO NEVES.
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
01/11/2014
EPA.... PERA AÍ! ISSO É UMA INJUSTIÇA COM O MEU QUERIDO AMIGO, ETERNO MESTRE DA MINHA BOA BASE ACADEMICA EM HISTÓRIA INDÍGENA.ESSA ALUNA DIZER QUE ELE É MONOTEMÁTICO É MUITA FALTA DE CAPACIDADE AVALIATIVA. O BESSA PODE FALAR 15 DIAS SEGUIDOS SOBRE COMUNIDADES INDÍGENAS, DURANTE 6 HORAS EM CADA, MAS NAO FALA SÓ DE UM TEMA. O SEU ÍNDIO É RICO, VERSÁTIL, DENTRO DE UM CONTEXTO MÁGICO COMO SÓ UM APAIXONADO POR UMA CAUSA PODE EXPOR. OLHA AÍ MENINA DO CORREDOR, QUEM CONHECE DIVERSAS CULTURAS INDÍGENAS COMO O JOSÉ BESSA,NEM QUE QUEIRA. CONSEGUE FAZER UM CURSO REPETITIVO. EU CHEGUEI A CURSAR 3 DISCIPLINAS COM ELE NA GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA NO MESMO SEMESTRE E SEMPRE OS ASSUNTOS ERAM NOVOS E INSTIGANTES. O QUE O REFERIDO MESTRE NÃO CONHECE MUITO É DE BRANCOS SENÃO ELE VOTARIA NO AÉCIO NEVES.
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Nilce Chrusciel comentou:
31/10/2014
Senhor José R. B. Freire ao pesquisar trabalhos acadêmicos, matérias, leis, notícias, etc. encontrei este site e li trabalhos seus, os quais mostraram conhecimento e sabedoria sobre o que escreve. As etnias que aqui moravam antes da chegada dos europeus merecem maior atenção e uma mudança de visão sobre estes povos. Aqui em Porto Alegre no RS venho observando que tribos indígenas aumentam a cada dia no convívio diário deste município. Visto que trabalho faz seis anos em duas escolas públicas e percebi a visão equivocada e preconceituosa sobre os indígenas, por parte dos docentes, resolvi escrever meu TCC sobre \"O trabalho com a cultura indígena nos anos iniciais\". Crianças indígenas merecem estudar numa escola regular que considere e respeite a cultura destas etnias. Os docentes precisam modificar sua visão sobre estes povos. A escola não pode excluir e trabalhar de forma errônea os saberes destas etnias que aqui residem. Seus trabalhos estão me auxiliando muito no Pré TCC. Muito obrigado por disponibilizar um material tão rico.
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Olívia Maria Maria comentou:
27/10/2014
Parabéns Bessa. Suas crônicas, com doses fantásticas de ironia, conseguem colocar e tirar pulgas até das profundezas onde mora o capiroto. abraço.
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Ciro Braga Dantas comentou:
27/10/2014
E a eleição em MANAUS, nada?
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Amaury Oliveira comentou:
27/10/2014
Olá prof. Bessa, lembrei de seu artigo sobre seu voto no Pezão, olha o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=AiQMUhBPjTk JUSTIFICANDO www.youtube.com
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Mariana comentou:
27/10/2014
La victória de Dilma. Por cuán poco. Vamos a ver qué hace con la corrupción. Una cosa es cierta: la corrupción nunca disminuye durante gobiernos de derecha. Y muchas otras cosas se pierden o degradan. Esperemos que desde dentro del propio PT le exijan los cambios necesarios. Si no, la próxima no la ganan. Leí ayer la crónica de Bessa y pensé que votar, como casarse, es elegir. La gente se casa por las más diversas razones: por amor, por interés, por comodidad, por la familia del otro, por prestigio, por calentura, por seguridad... y sigue un largo menú donde los motivos son tantos como los individuos. Para votar es lo mismo: por amor, / por convicción, / por desencanto, / porque el candidato es lindo, / por lealtad partidaria,/ para subirse al tren de los ganadores,/ para quejarse junto a los perdedores y avisar "yo no los voté", / porque como es rico no va a robar (?) / porque hizo las ciclovías, / porque construyeron un parque en el barrio,/ porque le dieron un plan un pariente.... /
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André comentou:
27/10/2014
Como sempre gostei muito do texto, do tema, da defesa dos Indios (sou um profesor aposentado de Izquerda, nao da izquerda do Hollande, presidente da França, um defensor da autodeterminacao dos povos, da no-violencia....), mas nao gostei nada do constato de que a pulga atras da sua orelha nao mordeu suficientemente para voce mudar sua leitura da politica petista atual e ajudar a sair o povo Brasileiro do corrupto sistema PT.
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Miguel Da Silva Guimarães comentou:
26/10/2014
são eles os descendentes de europeus que invadiram as terras pindoramas e agora continuam com seus pais. investindo na destruição dos indigenas para tomarem as riquezas naturais onde vivem os indigenas
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João Barros Carlos comentou:
26/10/2014
É, mãe é mãe, nome santificado, fofinha, luminosa, sábia. Linda e Bá, Bá, Bá...ainda mais quando o nome da mãe é homenageado em prédio público. Satiricamente, posso dizer que isto é nepotismo predial, viu? Por este motivo, é apenas uma humildche e pura dedução sem maldade deste locutor que vos fala. Nunca mais, certas crônicas foram hilariantes como as de antigamente, até parece que aqui na "nossa paróquia" as personagens públicas de plantão se tornaram santos, não deram mais motivos para serem "homenageadas". A "linha editorial" da crônica, ao que me parece, se "cosmopolitanizou", ou GLOBOlizou. Babá, tua aluna tem razão: tu estás muito chato, quase monotemático, muitas vezes só fala de índio, índio, índio e "esquece" aqui da Maneaux de mil contrastes...Pô! já tem gente nova juntando-se aos antigos artistas, alguns só mudaram de posição, viraram senadores, deixaram de ser, governadores, deixaram de ser, continuam deputados ou não, donos de rede de rádio e televisão, etc, mas o teatro continua o mesmo. Não há desculpas, matéria-prima há bastante. Como teu assíduo leitor, se continuares assim, faço a seguinte chantagem: não leio mais tuas crônicas. kkkkk. Um abraço. Obs. Por favor, não há intenção de polemizar e nem constranger. Só publica, se quiseres.
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Cristina V comentou:
26/10/2014
Texto brilhante!!!! Tomara que a gente consiga um dia ir mudando a consciência deste Brasil (brasileiros)! Haja Educação!!!! Abçs, Cristina.
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Egberto comentou:
26/10/2014
Bessa, já tinha tomado minha decisão de votar no Pezão, mas sua cronica diz tudo o que penso dele. Quem tem uma educação desta, mesmo com toda a farsa que é a politica nacional, não pode ser de todo ruim. Em compensação o tio do Crivela é o Edir Macedo.
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M.C.Rosa comentou:
26/10/2014
Muito bonita a sua coluna. Não sabia que havia tanto preconceito com índios a ponto de se fazer um conjunto”indio + palhaço”. Quem sabe, tenhamos um dia uma política como a preconizada na Carta Europeia das Línguas Minoritarias e Regionais http://www.coe.int/t/dg4/education/minlang/default_en.asp
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GRAÇA BARRETO comentou:
26/10/2014
É BOM LEMBRAR ISSO. TAMBÉM PRESTEI ATENÇÃO. SEMPRE DESCONFIO DO ESPIRITO POMBALINO QUE AINDA FAZ HONDA NA DITA SOCIEDADE MODERNA. ALIÁS QUERO LEMBRAR COMO PEDI O TEU SOCORRO CONTRA AQUELE COROINHA MAL ENRABA.... QUE GOVERNOU A UEA E TORNOU O PROJETO UMA MERA REPETIÇÃO DAS "PEDA-GOGAS" FALSÁRIAS. ATÉ HOJE NÃO ESQUEÇO. MAS TU ME CONSOLASTES ASSIM: "MAS ACONTECEU.... TÁ BOM". TALVEZ PRA MIM NUNCA ESTEJA BOM! LEMBRO TAMBÉM QUE O PROJETO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NÃO FOI FINANCIADO PELO MEC PORQUE ENVOLVIA OS "MESTIÇOS" QUE DAVAM AULAS NAS ESCOLAS INDÍGENAS. ERA PRECISO COMPROVAÇÃO DE DNA, MAS OS "ÍNDIOS" QUE VI NA SECAD TINHA CABELOS LOUROS E OLHOS AZUIS...... EMBRANQUECERAM? PERGUNTEI A ELES SE ESTAVAM FAZENDO UMA NOVA REFORMA POMBALINA. AÍ O CAOS SE INSTALOU: COMO UMA CABLOQUINHA DE CUCUI OUSA PERGUNTAR ISSO? MAS PARECE QUE O TERMO "CABOQUINHA" OU "CABLOQUINHA", SEMPRE TARJADO DE VERMELHO NÃO TEM NEM NO DICIONÁRIO DA INTERNET E ÍNDIO SÓ TEM COM ACENTO! PAROXÍTONO OU PROPAROXÍTONA?
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Cris Amaral comentou:
26/10/2014
Querido mestre José Bessa excelente crônica, como sempre nos dão perspectivas de como olhar cada discurso. Quero te dizer amigo que tenho fobia de quase tudo que vem da Globo! Daqui a algumas horas irei às urnas, e confesso, com mais entusiasmo do que nas últimas eleições. Não sou do PT, nunca fui e nem tenho vontade, mas vi em Dilma uma força que não havia percebido. Pois enfrentar aquele ser execrável, com aquele cinismo estampado no rosto tem que ter coragem e estomago, pois por muito menos desceria do salto. Quanto ao nosso Rio, ainda ecoam em meus ouvidos: Fora Cabral!! Carinhos
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Renato Dias comentou:
25/10/2014
Ótimo! Continue escrevendo professor Bessa, aprendo muito lendo suas crônicas e nos debates de segunda a noite na UERJ!
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Ana comentou:
25/10/2014
Não se preocupe, ainda vai acontecer algo no Brasil que os índios vão ficar em evidência, tomara que seja coisa muito boa.. Por enquanto, acho que vc com um grupo de alunos, podem ir até Brasilia e conversar com quem vencer amanhã.
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Serafim Correa comentou:
25/10/2014
Lendo a tua coluna, que aliás já está publicada no Blog do Sarafa, em especial os conselhos do Vicente Reis, pai do Artur Reis, ao Churchill, lembrei-me que na MINI COPA que aconteceu aqui em 1972 o Orlando Rebelo fez algo parecido.Jogavam Iugoslávia X Paraguai e ele se saiu com essa: “Se o técnico da Iugoslávia estiver me ouvindo, no segundo tempo ele volta com Katanec caindo pela esquerda e o Popivoda fechando pelo meio com o Oblak avançando pela direita... “Nisso um torcedor das cadeiras que ficavam perto das cabines gritou: “Orlando, se ele estiver te ouvindo não está entendendo nada. Ele não fala português, porra.” Foi uma risada geral. abs.
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Ana Stanislaw comentou:
25/10/2014
Kkk É que tem mãe fez a diferença nessas eleições! Amanhã, com muita humildade, votarei na Dilma, com a esperança de renovação, e no Pezao, por sua mãe, pelos terreiros, contra a intolerância religiosa! Sim, com muitas, muitas pilhas atrás dá orelha! você tem razão. Adorei_ humildches! kkkk
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Gunter Zibell (via FB) comentou:
25/10/2014
Acho que eu votaria amanhã no Pézão só pra prestigiar o Bessa. Gosto de contestar conceitos realpolitik como este que você destrincha: " Amigos argumentam que não posso colocar os direitos dos índios acima dos interesses do Brasil. " Você dá duas boas argumentações: Constituição e valor para o Brasil. Eu vejo como fundamentação para a Constituição que existe um "direito difuso" de todos os brasileiros a viverem em uma sociedade respeitosa e não-mesquinha, e que isso implica em reconhecer direitos incondicionalmente.
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Dodora comentou:
25/10/2014
Nem te conto, virei a casaca, mas nem adianta, pois não vou votar. Não que eu morra de amores pela Dilma, mas pensando bem, ela é menos pior que o Aécio... Quanto ao governo do Estado, como vais do teu pezão? Com frieira ou com chulé? kkkkkkk
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lourigildopraia comentou:
25/10/2014
Maravilhosa sua crônica Professor! Domingo, Dilma 13, com entusiasmo e Melo 90, com um big pé atrás da orelha!! Contato de lourigildopraia
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Claudia Presotto (via FB) comentou:
25/10/2014
Seu chato monotemático que só fala de índio, índio, índio, tô cada vez mais fã dos teus textos.
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Daniel Devós comentou:
25/10/2014
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Nelson Peixoto (via FB) comentou:
25/10/2014
Mas... meu amigo! Coisa mais criativa e de boa leitura! Confirmado sem entusiasmo! Tens a sábia e leve forma de escrever com humor o que acreditas acerca de nossos povos indígenas!
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25/10/2014
Talvez de fato seja disso que careça o movimento Pró-índio, que deixemos de lado a nossa humildche ao falar dos povos indígenas, precisamos emprenhar essa nação pelos ouvidos... índioíndioíndioíndioíndioíndioíndioíndioíndioíndio. De alguém que até bem pouco tempo só conhecia o índio genérico, mas que descobriu que eles, são muitos... #apaixonadaporGuarani. Abraços... Contato de Maria Conceição da Silva
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Martha da Matta (via FB) comentou:
25/10/2014
Tô curtindo pela qualidade da crônica, mas eu quero que o Big Foot vá tomar no pescoço francês e leve o Crivella junto.
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Nanci de Freitas comentou:
25/10/2014
Muito bom Bessa, como sempre! Ainda que, no final do segundo tempo, uma reflexão que envolve a eleição para governador no Rio de Janeiro. Um abraço. Nanci
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Ely Macuxi comentou:
25/10/2014
PARENTES, VAMOS ACREDITAR MAIS UMA VEZ. NOSSA LUTA CONTINUA....
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olga paiva comentou:
25/10/2014
A absurda exclusão das etnias indígenas quando tratam do patrimõnio cultural, como se elas não fosse uma de suas matrizes! E autoimagem do brasileiro continua sendo a do branco, bacana, imune à mestiçagem, como a do palhaço ex-BBB.
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