CRÔNICAS

Sinos bimbalham? Então é Natal

Em: 25 de Dezembro de 2022 Visualizações: 5762
Sinos bimbalham? Então é Natal

“Não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. (John Donne. 1624)

Não perguntes por quem os sinos bimbalharam no Amazonas em dezembro de 1959. A resposta está no texto que então escrevi para o concurso de redação sobre o Natal organizado pelo diretor do seminário redentorista de Coari, padre Francisco Hirsch. A frase inicial era bombástica:

- É natal, os sinos bimbalham festivamente.

Com cara de poucos amigos, o padre diretor, que era o único membro da comissão julgadora, interrompeu a partida de pingue-pongue que eu disputava na hora do recreio e me chamou ao seu escritório, onde havia uma pilha de papéis escritos por nós, seminaristas:

- Nunca mais escreva ou fale essa palavra – disse com voz ríspida, fazendo-me sentir como um condenado no Tribunal da Inquisição.

Rasgou e jogou os pedaços do meu texto na lata do lixo. Insinuou que bimbalhar era pecar contra a castidade, algo equivalente ao gesto pornográfico e machista que o goleiro argentino Martínez faria mais de 60 anos depois, no Catar, com a Luva de Ouro em frente às suas duas bolas, maculando assim uma merecida vitória.  

O português, falado com sotaque atroz pelo Father Francis Hirsch, não era sua língua materna, mesmo assim ele se autonomeou sentinela responsável pelo patrulhamento daquilo que considerava como transgressão e delito no idioma. Seu lema era: vigilate et orate. Vigiai e orai. E como ele vigiava!

O sino repica

Mas de onde tirou ele que bimbalhar transgredia o 6º mandamento? Do catecismo não era. Seria de algum penitente anônimo que lhe sussurrara no segredo do confessionário haver bimbalhado ou bimbado? Pouco provável. Até onde eu sei, esse não era um termo usado na época, muito menos em Coari. Além disso, a “imoralidade” não faria sentido, nem que a frase fosse “o sino repica”.

Meu querido amigo, o teólogo Hans Alfred Trein, no comentário abaixo, aventa a seguinte possibilidade: se o Father Francis Hirsch era de origem alemã – de fato era - então ele fez uma transliteração direta, pois em alemão existe um verbo popular (bimbern) com o sentido por ele atribuído ao "bimbalhar".

No meu caso, eu havia tirado bimbalhar de algum texto. Qual? Sabe Deus. No seminário, havia três tipos de leitura com espaços bem marcados. Uma no refeitório, quando escutávamos calados o que alguém lia em voz alta durante o almoço. As outras duas eram feitas em forma individual e silenciosa: a profana na sala de estudos e a sacra, na capela, ambas dotadas de escaninhos pessoais, onde cada um guardava o livro que estava lendo.

Posso ter lido bimbalhar no livro que deixei reservado lá na capela com o título Flos Sanctorum escrito com minha letra na capa improvisada em folha de papel almaço. Podereis objetar que canonizados não bimbalham, mas eu vos digo que era uma trapaça.  Uma camuflagem. Não se tratava da vida exemplar de santos, mas das Aventuras de Tom Sawyer de Mark Twain, que eu queria continuar lendo no local de reza, o que estava proibido. O padre descobriu e me deu uma surra – ele batia forte – e me reprovou em comportamento.

A leitura é “uma das formas da felicidade” como definiu Jorge Luís Borges, mas o padre diretor, baseado no princípio “diz-me o que lês e te direi quem és”, controlava a nossa felicidade até na sala de estudo. Lá, só era permitido ler romances traduzidos de autores estadunidenses e ingleses que passaram pelo crivo da censura clerical. Jorge Amado, nem pensar. Personagens do autor baiano costumam bimbalhar.

Imagino que posso, então, ter encontrado o bimbalhar numa versão em português da Carta do Pai Natal que Mark Twain escreveu à sua filha. Mas nem sei se na época já havia sido publicada. O que circulava entre nós era a conhecida tradução de Monteiro Lobato de “For whom the bells tolls” de Hemingway com o título de “Por quem os sinos dobram”.

Fantasma do Natal

Sei que o dobrar do sino é sempre fúnebre e anuncia a morte de alguém, como nesta obra de Hemingway, que retrata os horrores da Guerra Civil Espanhola. Ele se inspirou no poema do pastor inglês John Donne e concluiu que os sinos dobram mesmo é por todos nós, os vivos, na medida em que cada ser humano, ao morrer, leva consigo fragmentos da humanidade da qual fazemos parte.

- As palavras têm um peso muito grande, elas podem tanto bendizer como amaldiçoar – escreve Charles Dickens em “O Natal do Avarento” lido no refeitório. Lá, o personagem do velho Ebenezer Scrooge, o unha-de-fome dono de um armazém, mergulha em sua mesquinha e sovina solidão. Não lembro, porém, se neste romance os sinos do fantasma do Natal bimbalham ou dobram.

Afinal, dobrar ou bimbalhar? Quando é para celebrar a festa e a alegria, o sino soa, ressoa, toca, repica, tilinta, badala, tange e até bate como no “sino pequenino, sino de Belém” para anunciar que “já nasceu o Deus menino para o nosso bem”. Mas os sinos jamais dobram no Natal. É isso. No Natal, jingle bells. No velório, the bells tolls.

Perdoemos o Father Director, ele não sabia o que fazia. Morreu radiante com a missão cumprida. Intrépido e mórbido combatente, reprimiu uma criança de 12 anos que, por via das dúvidas, apagou desde então de seus textos o bimbalhar tão bonito, sonoro e badalativo. Somente agora, neste natal, é que esse verbo se faz carne e habita entre nós.

Com certo sabor de desforra e sem medo de ser feliz, retiro da lata de lixo os pedaços do texto rasgado há mais de 60 anos para desejar Feliz Natal aos raros leitores, que só chegaram até aqui porque têm tempo a perder (e isso é um elogio aos que têm tempo a perder).

No céu, brilha uma estrela. Feliz Natal, com sinos bimbalhando, é claro. Por quem bimbalham? Por você, desocupado leitor, por nossa humanidade resgatada nesta alegre e esperançosa festa da cristandade.

Nenhum sino bimbalhou nessas quinze crônicas sobre o Natal:

  1. 2021 - Papai Noel: músicas de natal nos trópicos   https://www.taquiprati.com.br/cronica/1619-papai-noel-musicas-de-natal-nos-tropicos
  2. 2020 - Urda Klueger: a vovó, o Natal e outros bichos https://www.taquiprati.com.br/cronica/1561-urda-klueger-a-vovo-o-natal-e-outros-bichos
  3. 2018 – A língua de Jesus: a necropolítica - https://www.taquiprati.com.br/cronica/1430-a-lingua-de-jesus-a-necropolitica
  4. 2017 – Memórias do Melo Merenda: o mau “velhinho”  - https://www.taquiprati.com.br/cronica/1375-memorias-do-melo-merenda-o-mau-%E2%80%9Cvelhinho%E2%80%9D
  5. 2014 – Pedaços de outros Natais - https://www.taquiprati.com.br/cronica/1120-pedacos-de-outros-natais
  6. 2011 - Manaus – berço de escritores alternativos - https://www.taquiprati.com.br/cronica/952-manaus-berco-de-escritores-alternativos
  7. 2010– Natal com Bolo e Bola http://www.taquiprati.com.br/cronica/896-um-natal-com-bolo-e-bola
  8. 2009 - O revólver, o rabo quente e o time de tucumã  https://www.taquiprati.com.br/cronica/838-o-revolver-o-rabo-quente-e-o-time-de-tucuma-quidoca
  9. 2005 – Glória nas alturas -  https://www.taquiprati.com.br/cronica/211-gloria-nas-alturas
  10.  2004 – Tantos natais, tantas crônicas, quanta injustiça http://www.taquiprati.com.br/cronica/262-tantos-natais-tantas-cronicas-quanta-injustica
  11. 1996 – Na ceia de Natal, políticos amazonenses juntam panelas http://www.taquiprati.com.br/cronica/371-ceia-de-natal-de-politicos-amazonenses-juntando-panelas
  12. 1993 – O Saco do Papai Noel de Igarapé  http://www.taquiprati.com.br/cronica/530-o-saco-do-papai-noel-de-igarape
  13. 1988 – Diário de tantos natais http://taquiprati.com.br/cronica/640-diario-de-tantos-natais
  14. 1986 – Natal sem peru e pirão http://www.taquiprati.com.br/cronica/669-natal-sem-peru-e-pirao
  15. 1985 - Neve em Natal, presépio em Belém http://www.taquiprati.com.br/cronica/716-neve-em-manaus-presepio-em-belem

P.S. David Abreu Leandro: O rastro na toponímia: uma via de acesso à memória indígena brasileira. Exame de Qualificação de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Memória Social. Banca: Regina Abreu e José R. Bessa (orientadores), Maria Amália Oliveira e Ana Paula da Silva. 21 de dezembro de 2022.

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51 Comentário(s)

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Patrícia Sá Peixoto Pinheiro comentou:
28/12/2022
Lindo... Eu amei a nova palavra Bimbalhar. Meu caro professor, o sr fez muito bem em trazer do lixo do passado o verbo proibido pelo seu professor, afinal Bimbalhar tem uma sonoridade alegre festiva l e o sentido pornográfico estava tão somente na compreensão do seu padre professor.. Então vamos Bimbalhar sim..com alegria e esperança por um novo país..
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Tamar de Castro comentou:
27/12/2022
Querido Riba - era assim que chamávamos vc na faculdade. Emoção intensa nesse reencontro, na leitura de suas crônicas, em ouvir sua voz forte e terna, irônica, com o sal perfeito. Que trajetória profissional e humana! Uma delas me comoveu especialmente: a que traça o perfil de Ricardo Gontijo. Mas tb outras, como a do jacaré-açu, a onça e o jabuti. Nelas encontro vc por inteiro, e até parece que os tempos não passaram: o pensador do mundo comprometido e sério, o amigo constante e tb a irreverência, marca registrada, a graça, a fina ironia. Obrigada por existir e povoar de lembranças boas a minha juventude. O mundo, se dúvida, fica bem melhor com vc. Forte abraço.
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Miguel comentou:
27/12/2022
Amigo Bessa, suas palavras estão bimbalhando em meu pensamento, remexendo o baú do tempo, em busca daquelas que, possivelmente, também foram ali guardadas pela censura que alguém possa ter imposto, na tentativa de moldar a expressão de minhas ideias... Mas que bom que, agora podemos bimbalhar à vontade. E que no primeiro dia do ano os sinos bimbalhem muito neste Brasil de meu Deus, com Lula no lugar de honra que nosso voto lhe confere! Grande abraço!
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Edvaldo Bezerra comentou:
27/12/2022
Boa noite, Babá! Só agora li mais esta ótima crônica escrita por vc... Obrigado por tê-la postado pra mim, que, com satisfação, me incluo entre os "raros leitores...que têm tempo a perder", lendo suas nada mal traçadas linhas...rsrsrs...Obrigado mesmo por ter postado pra mim essa crônica que fala do nosso seminário e do nosso "Father Director", a quem muitos de nós aprendemos a amar como pai, mesmo tendo sido "vítimas" de sua rigidez nórdica na aplicação dos conceitos psicopedagógicos então vigentes...Eu próprio, durante algumas noites, tive dedos das mãos beliscados por uma pinça, usada por ele na tentativa "pavloviana" de "condicionar" meus reflexos para que eu não dormisse mais com as mãos no saco, entre as pernas...Penso que, agindo daquela forma, ele estava convencido de que estava me ajudando a não me "autobimbalhar", e, assim, a não "pecar contra a castidade"...Mal sabia ele que, nesse particular, seus métodos não fariam tanto sucesso, uma vez que muitos de nós nos tornamos doutores em punheta...rsrsrs...Brincadeiras à parte, Babá, saiba que gosto muito mesmo de ler suas crônicas e, em agradecimento pela alegria de ter lido mais uma, lhe envio uma mensagem natalina do Daniel Munduruku, que um outro colega ex-seminarista enviou pra mim, e que achei muito interessante. Um abraço amigo e um bom resto de noite. Que Deus nos abençoe em mais este novo ano que vem aí!
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Hans Alfred Trein comentou:
26/12/2022
Caro Bessa, grato por essa crônica deliciosa. Se o Father Francis Hirsch era alemão, então ele fez uma transliteração direta, pois em alemão existe um verbo popular (bimbern) com o sentido que ele atribuiu ao seu "bimbalhar". Eu sou um daqueles leitores desocupados, sem medo de ser feliz, olhando com esperanças advindas do Natal para o novo ano de 2023. Abraços, Hans
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Ariovaldo Nuvolari comentou:
26/12/2022
Pois é. Alguns "vigilantes", nem sempre bem informados vivem por aí a achincalhar seus alunos ou comandados. Numa aula de português fui achincalhado pelo professor, que chegou a espumar, enquanto gritava "comunista, comunista" só porque eu disse que a conjugação dos verbos em inglês era mais fácil que em português. Coisas do fanatismo tanto religioso quanto ideológico.
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Ligia A. Fuentes comentou:
25/12/2022
Maravilhoso texto, Bessa. Libertando o bimbalhar... Bj carinhoso.
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[email protected] comentou:
25/12/2022
Feliz natal para todos os leitores do taquiprati e é claro para o vascaíno ilustre que faz todas essas crônicas incríveis. E aproveito para parabenizar a professora Ana Paula da Silva por. participar da banca de qualificação do do aluno David Abreu Leandro do Exame de Qualificação de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Memória Social ao lado das professoras Regina Abreu, Maria Amália e rei das bancas professor José Bessa. Um abraço querido professor
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Joana D'Arc Fernandes Ferraz comentou:
25/12/2022
Excelente crônica, amigo Bessa. Ainda bem que o bimbalhar saiu do lixo imposto pelo poder daqueles que perderam a fé, e que agem em nome de uma suposta fé, que castra, castiga e elege fascistas. Vamos bimbalhar neste Novo Ano.
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Maria Luiza Oswald comentou:
25/12/2022
Obrigada amigo Bessa por dedicar o bimbalhar dos sinos natalinos aos seus leitores, entre eles eu que tive a felicidade de trocar a malfadada leitura dos comentários sem noção à ceia de natal dos aquartelados em Brasília por esse benfazejo texto, como é tudo que você escreve. Se alguém ficar curioso sobre o que fazia eu naquela live dos infernos, respondo que, em sendo hoje natal, eu expiava meus pecados dos últimos 4 anos, em sua grande maioria relativos a xingar a mãe do inominável, as mães dos filhos do inominável e as mães de todos os crápulas que ocuparam cargos no governo do inominável. A expiação foi tão pesada que passados 3 minutos de live os 4 anos de xingação foram perdoados. Inclusive me sendo concedido o presente de poder ouvir, mesmo que simbolicamente, o bimbalhar dos seus sinos. Que eles continuem bimbalhando ao longo da semana e que bimbalhem freneticamente no dia 1o de janeiro anunciando que, enfim, temos Lula na presidência. Um forte abraço, amigo. Obrigada de novo por alegrar minha madrugada natalina!
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Rosangela de Tugny comentou:
25/12/2022
Querido Bessa. Obrigada por suas letras, suas palavras e seus bimbalhares. Boas companhias na luta, no temor e na esperança. Um forte abraço de feliz natal para você com sua família
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Glaucia comentou:
24/12/2022
Bimbalhou os meus ouvidos com tamanho bom humor! Bravo! Feliz Natal!
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Mariana Kutassi comentou:
24/12/2022
Boas Festas e desejos de um 2023 com bons desafios e muita saúde! Que bimbalhem sonoramente os sinos ao redor do mundo, rss!!
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Ligia Aquino (via FB) comentou:
24/12/2022
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Heliete Vaitsman comentou:
24/12/2022
Noite de luz, esperando o ano que será bom. Com o teu humor e verve, melhor ainda!
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Conceição Campos comentou:
24/12/2022
Sim!!!! E que no nosso ano-novo os sinos bimbalhem e repiquem mais do que nunca, pela democracia e pelo fim da perversidade no poder do nosso país. Nunca estive tão feliz em uma virada de ano!! Tudo de bom pra você e a sua turma, querido amigo e professor.
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Ana Jacó comentou:
24/12/2022
Que os sinos bimbalhem,muito, para nós. Neste Natal e no próximo Ano!
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Lucíola Valois comentou:
24/12/2022
Para nós! Que bimbalhem os sinos em todos os lares! E que, além dos sinos, bimbalhemos nós(se esse for o desejo)!
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Roberval Siqueira comentou:
24/12/2022
Carta do Arnado Jabor de 2013 ao cronista Rubem Braga, Escrevo-lhe estas mal traçadas linhas para comemorar seu aniversário de 100 anos. Sei que me condenaria por este começo de artigo, pois você lutava contra os lugares-comuns da imprensa. Uma vez me disse que demitiria qualquer redator que começasse um texto com “Natal, Natal, bimbalham os sinos”
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Roberval Siqueira (ainda eu) comentou:
24/12/2022
Em compensação no "Natal sem Sinos' o grandioso poeta Manoel Bandeira canta: "NO NOTURNO PÁTIO / SEM SILÊNCIO, Ó SINOS./ DE QUANDO EU MENINO / BIMBALHAI MENINOS / PELOS SINOS / SINOS QUE NÃO OUÇO DE SANTA LUZIA
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Serafim Correa comentou:
24/12/2022
Publicado no BLOG DO SARAFA - https://www.blogdosarafa.com.br/sinos-bimbalham-entao-e-natal/
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Anbne-Marie Oliveira comentou:
24/12/2022
Nossa (santa mãe)! Você me fez lembrar a Mestre de Disciplina do colégio onde passei os 2 anos mais infelizes da minha vida. Quando cometiamos algum malfeito, éramos convocadas para a sala dela. Tinhamos que entrar cabisbaixa, não podíamos olhar para o rosto dela, tínhamos que fitar o crucifixo pendurado no peito dela, o qual era liso graças a um corpete que expremia os seios por baixo do hábito. E aí a madre começava sussurrando a lição de moral que durava... até a gente chorar. Tinhamos que chorar e trocávamos truques entre nós para chorarmos mais rápido. Isso nunca se esquece, mesmo que provoque hoje risos pelo ridículo da situação.
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Valter Xeu comentou:
24/12/2022
PUBLICADO EM PATRIA LATINA. https://patrialatina.com.br/sinos-bimbalham-entao-e-natal/
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urda alice klueger comentou:
24/12/2022
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Renato Aroeira comentou:
24/12/2022
Adorei a crônica. Uma delicia. Use a charge quando quiser, me sinto honrado
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José Roberto Torero comentou:
24/12/2022
Caro Bessa, eu, como estes sinos, espero bimbalhar e repicar muito em 2023. Um feliz Natal para vós, que sois superlativo já no nome.
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Nelson Peixoto comentou:
23/12/2022
Viva o sineiro da Matriz ... todo dia toca ... cantando feliz! Viva nossa gratidão!
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Cristóvão Nonato comentou:
23/12/2022
Uau!, que lindeza de texto, heim mestre?, nesses tempos caretas e perigosamente reacionários. Obrigado! E bimbalhemos sempre! Bom Natal ! Abração!!!
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Luis Pucú comentou:
23/12/2022
Pajé Você sabe que eu tinha esquecido que você foi seminarista?
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Anelia Pietroni comentou:
23/12/2022
Hahaha Muito bom seu texto! De fato, a sonoridade de bimbalhar é sineira. Que sina!
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Bira Lourenço comentou:
23/12/2022
Bim Balhão, Bim Balhão, Bimbalham, Blém Blom!!! Feliz Natal, Meu parceiro querido!!!!
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Delayne comentou:
23/12/2022
Um texto que ressoa dentro de nós!
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Leonardo Peixoto comentou:
23/12/2022
HAhahhaha adorei, Bessa!!! Vou usar muito o bimbalhar agora… Feliz Natal!!!
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Mari Weigert comentou:
23/12/2022
Sempre ótimo. Nada desocupada em tempo de festa em família, mas li inteiro e me diverti. O danado Hirsch, no seu português chucrute, levou em conta a experiência dele. Kkkk
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Ana Gomes comentou:
23/12/2022
Caro Bessa, vamos repicando e cintilando em direção a um ano novo de verdade!
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Ana Suely Cabral: comentou:
23/12/2022
Que padre maldoso! Hahaha, acho que por não ser de língua portuguesa nativo, confundiu o bimbalhar com outro verbo! Hahaha Muito bom! Adorei o texto! Feliz Natal, querido poeta e cronista! Vou lexicalizar o verbo bimbalhar no meu dicionário, com certeza! O bimbalhar dos sinos! Quando os sinos bimbalham! Ainda não bimbalhou o sino da matriz!
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Marcos Bezerra comentou:
23/12/2022
Querido Bessa, ouço aqui o som dos sinos. Não me surpreende que bimbalham graças à você, amante dos sons da vida, da esperança, sensível e sempre generoso. Grande abraço
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Lavínia Oliveira comentou:
23/12/2022
Querido professor eu lembrei de uma poesia que aprendi quando criança e dizia: Bimbalhem sinos, bimbalhem, hoje é Natal!! Eu recitava com ingenuidade. Bimbalhando ou repicando, desejo muita felicidade, saúde e paz nesse Natal obrigada sempre!
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Alessandra dos Santos Marques comentou:
23/12/2022
*bimbalhem (Pelo jeito, não é só o padre que tem problemas com o termo, o corretor também rsrsrs)
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Alessandra dos Santos Marques comentou:
23/12/2022
Que os sinos bimbilhem para todos nós e para tempos melhores. Feliz Natal.
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Ana Daou comentou:
23/12/2022
Obrigada caro Bessa. Sou daquelas pra quem a leitura é uma forma de felicidade. Foi ótimo ler seu texto e que os Sinos bimbalhem anunciando boas novas, alegria e paz! Obrigada
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Helena Alpini Rosa comentou:
23/12/2022
Que os sinos bimbalhem, pois está chegando um novo tempo! obrigada por compartilhar suas reflexões muito bem humoradas! Feliz Natal e com a esperança (do verbo esperançar) de dias melhores. Com saudades, um Grande abraço
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Ciro Dantas comentou:
23/12/2022
Ler seus textos nunca é perda de tempo, sempre é um ganho de saber e principalmente são momentos de humanização muito fortes pra mim. As vezes morro de rir com algumas estórias, me emociono com outras, fico tocado com alguns insights...uma crônica sua está inclusive na minha bibliografia relacionada para o mestrado, aquele que fala sobre o olhar do pesquisador (A lagoa dos negros, 17/01/2010).
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Angela Mascelani comentou:
23/12/2022
Meu querido Bessa! Feliz natal! E que bom que vc foi a forra. Aliás, está sempre indo....o que nos deixa muito felizes, porque vai também por cada um de nós.
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Marcelle Lemos comentou:
23/12/2022
Bom dia, Bessa! Nossa, dei uma breve passeada pelo site de crônicas e já estou encantada!! Achei a sua escrita tão divertida, leve e ao mesmo tempo contendo críticas tao importantes! Fiquei muito feliz em conhecer! Espero ter a sorte de poder perder bastante tempo por entre as crônicas lá! Feliz Natal pra essa família tão querida com sinos bimbalhando e repicando!
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Marcos Barreto comentou:
23/12/2022
As referências do texto são ótimas. A repressão e o medo de palavras que podem lembrar algum termo sexual é assustadora, o suficiente para reprimir uma criança de 12 anos. Os sinos sempre vão bimbalhar por suas obras! Feliz Natal!
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Isabella Thiago de Mello comentou:
23/12/2022
Li a crônica "Os sinos bimbalham. Então é Natal!" Posso imaginar o trabalho que você deu aos padres no seminário
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Felipe José Lindoso comentou:
23/12/2022
Babá, Continue bombalhando, rebimbolhando sempre, que os seus sinos não só dobram, para nos advertir das ruindades e rebimbolham para celebrar os bons fatos daqui da Pindorama.
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Jorge Novoa comentou:
22/12/2022
BESSA, Obrigado por suas crônicas, histórias semore espirituosas e inteligentes Você deveria juntá-las e publica-lãs em livro. Forte abraço e 2023 com mais vitórias
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Pinducão comentou:
22/12/2022
Acho que está repimbando kkkkkkkkk
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Ana Silva comentou:
22/12/2022
Hahahahaha adoro ser uma desocupada leitora. Muito bom, Bessa. Feliz Natal!
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