CRÔNICAS

Carta aberta ao Covid-19, o dono do mundo

Em: 29 de Março de 2020 Visualizações: 15098
Carta aberta ao Covid-19, o dono do mundo

“Esta pandemia revelará o pior da humanidade ou o melhor de nós mesmos. Elif Shafak, escritora turca

 

Niterói/Manaus, 29 de março de 2020

Do: Taquiprati - Diário do Amazonas

Ao: Covid-19 ou, para os íntimos, Corona Vírus.

Excelentíssimo Senhor dono do mundo

Saudações

Em plena quarentena e inspirado em Waldick Soriano, “escrevo essa carta, mas não repare os senões, para dizer o que sinto loooonge de ti”.

Eis o primeiro senão: permita-me que te trate, alternadamente, de “tu” ou de “você”, não para demonstrar uma intimidade para mim indesejável, nem muito menos por falta de respeito a Vossa Excelência, mas pela insegurança no uso do pronome de tratamento adequado, culpa da irmã Consolata, minha professora de português no Ginásio de Aparecida. Até hoje, além de achar pedante, não sei quando usar “vossa excelência” e “sua excelência”, o “vosso”, o “seu” e o “teu”.

Já me disseram que você se hospeda no único mamífero capaz de voar: o morcego-de-ferradura (Rhinolophus ferrum equinum). Aqui no Brasil, os indígenas, que em línguas Tupi te chamam de andirá, conhecem mais de 200 espécies de tua família, que dispersam sementes de plantas, transportam o pólen das flores como a borboleta e o beija-flor ou comem gafanhotos e roedores, controlando assim as pragas que estragam as plantações. Ou seja, o andirá que te pariu contribui para o equilíbrio ambiental como elo indispensável na cadeia alimentar. Porém – ai porém! – há um caso diferente, nos canta a Escola de Samba Portela.

Mergulho no esgoto  

Acontece que o crescimento urbano levou seres humanos a romper esse equilíbrio e a ocupar territórios atropelando seus habitantes (os indígenas sabem muito bem o que é isso). Com sua casa invadida, teu pai - não por maldade ou vingança, mas para se defender - te pariu como um patógeno que encontrou novo hospedeiro humano, causando nele inflamação pulmonar grave, febre e morte especialmente de velhos como eu, sem distinção de classe social. Foi assim que você, caro Corona, nasceu e foi batizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em pleno réveillon, com o nome de Covid-19 (“corona”, “rus”, “doença” e 2019).

Embora invisível a olho nu, o microscópio permitiu que cientistas vissem teu perfil de coroa de espinhos, que ferem como no Cristo crucificado. Você se multiplicou velozmente, originando uma pandemia que ocasionou milhares de mortes e forçou a quarentena no mundo inteiro: fecharam fronteiras, proibiram voos e reuniões familiares, interditaram bares, restaurantes e espaços culturais. As ruas ficaram vazias. Por medo de ti, cara! Com isso, produção, negócios e mercado de trabalho foram detonados. Famílias desamparadas. Calamidade pública. No entanto, a única saída – asseguram os infectologistas -  é se isolar por um certo tempo, rezando para não ser visto e contaminado. Esse é o preço a pagar na defesa da vida.

Mas o Brasil é o único país do mundo onde você, Corona, tem aliados, comandados pelo presidente da República, que ainda não desceu do palanque. “Atleta”, ele esnobou, te chamando nesta quinta-feira (26) de “gripezinha” e de “resfriadinho” vagabundo, que vai matar “alguns velhos”, mas “não pode paralisar a economia”. Talvez pense abrir linhas de crédito para funerárias, transformando a morte em lucro. Se eu fosse você, cara, eu revidava.

Ele inventou uma imunidade ‘natural’ fake, ao dizer que no Brasil o número de mortos será menor que em outros países, porque aqui “você vê o cara pulando em esgoto, ele sai, mergulha e não acontece nada com ele”. Seria recomendável, para comprovar o que diz, que o capitão mergulhasse em algum esgoto de verdade, não apenas naquele simbólico em que vive. Mas o seguro morreu de velho. Seu discurso terraplanista defende irresponsavelmente interesses de empresários e milicianos que o apoiam, preocupados com o lucro imediato, desprezando as vidas humanas.

Fica em casa, vovô

Um deles, Roberto Justus, confirmou que o isolamento é resultado de uma “histeria” coletiva e que “15 mil mortos é um número muito pequeno”. O dono da rede Madero de restaurantes, Júnior Durski, disse que “O Brasil não tem condição de ficar parado. Nós não podemos parar por conta de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer”. Não informaram que, sem a quarentena, o cálculo de mortos pode se elevar de forma catastrófica, como mostra a projeção estatística do Imperial College London publicada nesta quinta (26) para os cenários do Covid-19 em todos os países. São cinco cenários diferentes, que vão desde o 1º com a ausência de medidas de mitigação ou atenuação até o 5º com controle rigoroso. 

Para o Brasil, o quadro é esse:  

Cenário 1: sem qualquer intervenção

População total: 212.559.409

População infectada: 187.799.806

Mortes: 1.152.283

Indivíduos necessitando hospitalização: 6.206.514

Indivíduos necessitando UTI: 1.527.536

 

 

 

Já a supressão envolve testar e isolar os casos positivos e estabelecer distanciamento social para toda a população, incluindo o gado que sai às ruas em seus carros apoiando o fim do isolamento. Este é o melhor dos cenários:

Cenário 5 com controle rigoroso

População total: 212.559.409

População infectada: 11.457.197

Mortes: 44.212

Indivíduos necessitando hospitalização: 250.182

Indivíduos necessitando UTI: 57.423

Demanda por hospitalização no pico da pandemia: 72.398

Demanda por leitos de UTI no pico da pandemia: 15.432

 

Os próprios autores do estudo comentam que modelaram essas curvas com base nos padrões de dispersão dos países ricos e que nos países pobres os resultados da pandemia podem ser piores do que o previsto. Esta estimativa não leva em conta a existência de favelas, comunidades sem abastecimento de água e/ou saneamento, entre outros complicadores que temos no Brasil.

Dessa forma, o isolamento radical pode salvar mais de 1 milhão de vidas no Brasil. Por confiar na validez da projeção para a Inglaterra, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que contraiu o vírus, mudou radicalmente de posição e aprovou medidas radicais de isolamento. O mesmo ocorreu em Milão, que havia lançado a campanha “Milão não para”. Depois de milhares de mortes na Itália, Milão parou. Até o Trump, a quem o capitão Bolsonaro segue com um grau de bajulação nunca visto, retirou o que disse antes e tomou medidas drásticas. No entanto, aqui, apesar das projeções, os terraplanistas continuam insistindo na volta generalizada de todos ao trabalho e às escolas, mantendo em casa apenas os idosos numa campanha “Fica em casa, vovô”.

Morte Feliz

Muitos militares e membros do governo estão assustados com as declarações estapafúrdias que contradizem a orientação da OMS e dos infectologistas. Mas os puxa-sacos apoiaram o presidente que os nomeou. A Secretaria de Cultura, Regina Duarte, atriz e pecuarista, cobrou nas redes sociais o fim do isolamento social - o show não pode parar -  mas não se arrisca a dar um beijo cinematográfico em Bolsonaro. Na mesma direção foram Sérgio Camargo, diretor da Fundação Palmares e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Até o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que vinha se comportando como médico que é, mijou agora fora do penico, acenando para rever sua política.

De forma irracional, eles defendem seus privilégios e o lucro imediato a qualquer preço, desconsiderando as vidas em jogo, especialmente dos pobres. O presidente da República chegou assinar a Medida Provisória 927, conhecida como “MP da Morte”, cujo art. 18 determinava que “o contrato de trabalho poderá ser suspenso pelo prazo de até quatro meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional não presencial oferecido pelo empregador”. Quanta crueldade! Quanta burrice! O artigo só foi revogado por causa dos constantes panelaços de protesto.

Senhor Corona, o seu maior aliado no Brasil é, efetivamente, o capitão que preside o país, no triunvirato com seus filhos Flávio Rachadinha, Eduardo e Carlos no chamado “gabinete paralelo” ou “gabinete do ódio”.  Os filhos, sem o Queiroz que continua isoladíssimo, mas com a presença do ex-jogador Tinga e de dois ou três generais, decidiram encomendar um vídeo publicitário com o pai, lançando a campanha “O Brasil não pode parar”, que prega o relaxamento da quarentena. Carreatas com buzinaços foram realizadas em algumas cidades brasileira apoiando o fim do isolamento.  

Embora alguns indivíduos sejam portadores de indigência intelectual, na história das espécies, inclusive da sua, o ‘programa’ de sobrevivência fala mais alto, daí as mutações. Por isso, você não pode acabar com seu atual hospedeiro, se não vai junto. Assim, Senhor Corona, essa aliança com o capitão presidente, se efetivada, provocará certamente a queda do céu. Em caso contrário, esse momento apocalíptico talvez faça com que o mundo repense o modelo de crescimento econômico desordenado, as desigualdades sociais, a concentração de rendas geradora de miséria, a proteção da floresta, das árvores, dos animais, dos rios. Aí, então, se você levar consigo apenas aqueles que desdenham da vida, contribuirá para a reconstrução do mundo.

Confesso, Senhor Corona, que excetuando o gado e a horda fanática, estamos todos com medo - o que abala nossa saúde física e mental. Para vencê-lo só nos resta ficar em casa e bater panelas, como faremos em 31 de março, às 20h30, provocando um ruído estrondoso no país. Confiamos que “A única coisa que conta é a vontade de felicidade, uma espécie de enorme consciência, sempre presente” como escreveu Albert Camus em A Morte Feliz, livro menor, que não teve a repercussão de A peste escrito em 1947, mas de incrível atualidade. Temos que decidir se “essa pandemia vai revelar o pior da humanidade ou o melhor de nós mesmos”.

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27 Comentário(s)

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Pablo Canino comentou:
08/04/2020
Professor Bessa nunca em um porre homérico pensaríamos estar vivendo este momento e este brasil. Vamos seguir bem, que tudo passa um dia !
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Marcelo Chalreo comentou:
01/04/2020
Um texto liricamente mortificante e certeiro; sarcástico e belo. Hoje, 20 30 horas, panelaço : Ditadura Nunca Mais e Fora Bolsonaro!!!
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Eliana Souza (via FB) comentou:
30/03/2020
Escrito instigante. Gosto muito! Também fico encantada com a escrita do professor José Bessa, um estudioso que conhece muito sobre índio.
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Luiz Cruz (FB) comentou:
30/03/2020
Um dia chego neste nível. Da mitologia indígena até o sarcasmo político atual. Nem sabia o que significava COVID-19. Faz do simples profundo, encantador!
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Ane Rose Maciel (FB) comentou:
30/03/2020
Nossa, que texto maravilhoso. Adorei.
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
29/03/2020
Foi tanta interferência que fui lendo picotado mas cheguei ao final. Você fala de um assunto muito serio com senso de humor, até me fez rir visto que hj eu estava mais pra humor negro querendo que o coiso numa dessas saídas fosse pego de com força por um corona , vírus ou não , já que o contaminou foi fraco, ele não desenvolveu a doença e fica transmitindo para os incautos.
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Sandra Silva comentou:
29/03/2020
Meu professor,vc é incrível! Em um texto muito claro de entender , proporciona um desabafo que eu e muitos brasileiros gostaríamos de fazer. Obrigada! E por favor , cuide-se ?
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Rodrigo Martins comentou:
29/03/2020
Excelente crônica professor. Ao ler a parte: “talvez pense abrir linhas de crédito para funerárias, transformando a morte em lucro (...)” me lembrei até da novela “O Bem Amado” em que o prefeito Odorico Paraguaçu gastou uma fortuna construir um cemitério em Sucupira e como não tinha morte na cidade ele não conseguia inaugurar o mesmo (isso seria um prejuízo desnenessário para a economia da cidade). Se não tivesse nenhum falecimento sua grande obra não faria sentido. Como se justificar para o povo? O que faria com aquele elefante branco se ninguém morresse? Com tanta teimosia, Odorico fez de tudo para ter morte em Sucupira, Mo final, o próprio Odorico acabou inaugurando o cemitério. Bom, deixando de lado os entretanto e indo para os finalmente (parafraseando o prefeito de Sucupira rs), penso que o governo ao falar essas barbaridades, age como o Odorico de Dias Gomes e ao não incentivarem a quarentena é como se estivessem contratando o Zeca Diabo para nos matar. Um abraço querido professor!
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Paulo comentou:
29/03/2020
Você realmente é genial. Queria um texto dessa qualidade por dia pra quarentena ser mais prazerosa.
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Danielle Bastos (via FB) comentou:
29/03/2020
Leiamos na Quarentena ... Diário do Amazonas
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Danielle Ferreira (via FB) comentou:
29/03/2020
Uma excelente reflexão dessa pandemia. Sempre muito sensível e genial. Prof. José Bessa, tenho muito orgulho de ter sido sua aluna! Gratidão
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Valter Xeu comentou:
29/03/2020
Publicado no blog Patria Latina http://www.patrialatina.com.br/carta-aberta-ao-covid-19-o-dono-do-mundo/
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Xapuri Socioambiental comentou:
29/03/2020
Publicado no nosso blog Xapuri Socioambiental: https://www.xapuri.info/coronaviirus/carta-aberta-ao-covid-19-o-dono-do-mundo/
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Pierre Guisan comentou:
29/03/2020
Está de parabéns, Bessa. Não há como dizer melhor o desânimo de se ver indivíduos ditos "religiosos" conseguirem tirar proveito e aprofundar o obscurantismo assassino.
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Ana Silva comentou:
29/03/2020
Perfeito, Bessa. Tua escrita, uma vez mais, cirúrgica, sensível e potente. Ela me lembrou a fala do papa Francisco, direcionada a uma praça cheia de esperança, mas vazia de pessoas, é ilusório achar "que continuaríamos saudáveis em um mundo doente". É isso, mundo doentio, fétido, agressivo, individualista, mesquinho, insano, cuja face é bem representada pelo Bozo e seu gabinete de ódio. Quem sabe não construiremos uma sociedade outra, mais humana e solidária, pós-covid-19?
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Pádua comentou:
29/03/2020
É assustador. Como se uma vingança da natureza pela impropriedade do mal zelo e da injustiça pela desconhecida cobiça da gente contra a própria gente.
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Maria Luiza comentou:
29/03/2020
Mais uma crônica fantástica! Muito gostosa de ler. Em tempo: FICA EM CASA PROFESSOR
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Rodrigo Wallace comentou:
28/03/2020
Muito legal, professor!???????? Uma das tarefas da quarentena vai ser ler esses livros do Camus que o sr citou
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Ana Cristina Mignot comentou:
28/03/2020
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Magela Ranciaro (via FB) comentou:
28/03/2020
Como sempre, irretocável! Essa forma bem inovadora de “conversar” com o sinistro, ficou EXCELENTE!
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Celeste Correa comentou:
28/03/2020
Aproveitando o gancho do Taquiprati eu tbm quero deixar aqui nas minhas mal traçadas linhas um recadinho para o excelentíssimo covid-19 . Sr. Covid, com a quarentena e todo o pacote que vem junto: o medo, a insegurança e o isolamento, eu estou aproveitando para fazer coisas que me fortaleçam, pois creio na citação latina "mens sana in corpore sano" . Mas está difícil Sr. Corona, pois já estamos lutando há mais de um ano contra um outro "vírus", o da ignorância e da insanidade desse governo que infelizmente está contaminando uma parte significativa da população. Estamos reféns da ignorância e da ganância de um insano que no meio da pandemia pede o fim da quarentena para não paralisar a economia, banalizando as consequências e o valor da vida das pessoas. Não é histeria minha, excelência, esse vírus destrói, corrói o cérebro e mata. Ele está destruindo a natureza, tenta destruir a cultura, a educação e todos os que dele se aproximam. Por isso aqui vai um Alerta, não se alie ao capitão, Sr. Corona. Vai ser desastroso para vossa excelência. Aliar-se com ele significa a morte, é fria, pode acreditar! Mas eu não quero aqui falar de morte. Prefiro falar da vida. E para que vençamos essa guerra contra os dois vírus, o covid-19 e o da ignorância, é importante que usemos esse tempo de isolamento para refletir, pensar as nossas relações com os nossos afetos e com a mãe Terra. E quando esse pesadelo passar eu creio que surgirão novos olhares e mudanças de comportamento. Que possamos com um um olhar mais generoso e com fraternidade encontrar o caminho para uma sociedade mais justa e mais fraterna.
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Geraldo Souza Junior comentou:
28/03/2020
Foi divulgado na BBC. O capetão Bolsonaro deu uma de médico, receitou remédios contra o Corona e contrariou a orientação de epidemiologistas, tentando convencer os brasileiros a abandonar a quarentena, Médicos e economistas argumentam, no entanto, que essa estratégia levaria à rápida expansão da doença no Brasil — o que também provocaria danos à economia, além de um número maior de mortes. Um exemplo é um estudo sobre a epidemia de gripe espanhola nas cidades americanas em 1918, que indica que, ao menos um século atrás, medidas preventivas de isolamento social foram positivas não apenas para prevenir mortes, mas também para amenizar o impacto da pandemia sobre a economia. Ao analisar como se deu a recuperação econômica em 43 cidades americanas após o fim do surto de gripe espanhola, seus autores concluíram que a atividade voltou a crescer mais rápido onde as autoridades municipais adotaram medidas para conter a expansão da epidemia, em comparação com locais que não atuaram para reduzir o contágio. A pesquisa publicado na última quinta-feira (26/03) é assinada pelos economistas Sergio Correa, do Banco Central americano, Stephan Luck, do Banco Central de Nova York, e Emil Verner, do InstituTo de Tecnologia de Massachusetts.
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Tadeu Veiga (via FB) comentou:
28/03/2020
Muito bom, José Bessa! Pensei que a peleja do Capitão B com o Coronel V não fosse passar de uma história de cordel, mas já vai virando ficção científica. É a disputa do Coronavirus com o Capitavirus! COVID-19 x CAVID-17! Não sei quem é mais letal e pernicioso...
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Angela Senra (via FB) comentou:
28/03/2020
Obrigada pelo belo texto um respiro na minha quarentena
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Rosario Valencise Gregolin (via FB) comentou:
28/03/2020
Como sempre, o texto é excelente reflexão sobre esse momento tenebroso e os senhores da morte que se encastelam no governo do BR. Parabéns, José Bessa!
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Márcia Elisa Rendeiro (via FB) comentou:
28/03/2020
Recomendo leitura. Cirúrgico texto, nesse momento em que precisamos todos ver e rever. Uma vez meu professor, meu professor para sempre. Obrigada, José Bessa.
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Nefer de Abreu comentou:
28/03/2020
Análise perfeita!Assustadora e real!O gado está indo ao matadouro e querendo arrastar todos....No Brasil o vírus da ignorância tem nos destruído a cada dia....Dias sombrios virão. Bolsonaro tem uma capacidade:aquela que faz vir à tona o lado mais desprezível de alguns seres.....Talvez seja fim de linha para gente....O Brasil está na Idade das Trevas....
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