CRÔNICAS

Brasil: com medo de ser infeliz

Em: 28 de Outubro de 2018 Visualizações: 17403
Brasil: com medo de ser infeliz

“Qui a un bon cou a peur” (Joseph Au-delà de la Mer Davantage)

- Quem tem pescoço francês tem medo. Da guilhotina, bien sûr

Essa é uma das conclusões de Jean Delumeau em sua “História do medo no ocidente, 1300-1800”, escrita na época em que era professor de História das Mentalidades no Collège de France. Sua obra, conhecida no Brasil a partir de 1977 quando ministrou aulas na USP, foi resenhada por Joseph Davantage, celebridade municipal do bairro de Aparecida, em Manaus, onde nasceu. “Posto que pessoas de qualquer nacionalidade têm pescoço em francês, o medo é universal”, deduziu o cronista em sua coluna “Voici pour toi” ou “Va te faire foutre” na versão certeira de Charlie Hebdo.

Cada vez que meu pescoço francês fica apertadinho, como agora, consulto este livro que me ajuda a administrar os temores que me afligem. Confesso que, aos 71 anos, estou morrendo de medo de ser infeliz, receoso do que as urnas vão falar neste domingo, quando milhões de eleitores definirão os destinos do Brasil. Olho ao meu redor e vejo que se trata de um sentimento compartilhado. Amedrontados estão minhas alunas e alunos, colegas, familiares, mulheres, negros, índios, gays, militantes dos movimentos sociais, ameaçados por um candidato que nos insulta, nos agride e considera protestos pacíficos como “ativismo de terroristas que devem ser banidos do país”.  

A todos eles, recomendo este livro que restitui o legítimo lugar do medo na história da humanidade. Apoiado em documentação de arquivos, o historiador francês descreve o medo de cobras peçonhentas e de almas penadas que vagavam pela Europa disseminando a peste negra, retrata o medo da morte, do mar, das bruxas, do inferno, do satanás e de seus agentes – a mulher, o judeu, o muçulmano. O medo da desordem, da noite, da escuridão, da fome, das crises econômicas e – olhem só – o medo de boatos, as fake news medievais disseminadas pelas igrejas e cabarés que reforçavam crenças infundadas. Com qual objetivo?

- “Os senhores feudais – ele escreve – usavam o medo para explorar e oprimir servos e camponeses”, da mesma forma que hoje se usa o fantasma do comunismo, da Venezuela e da bandeira vermelha. Com os ignorantes, funciona. Sem ofensa: ignorantes no sentido de desinformados.

Ladrão de sonhos

Foi o medo real ou imaginário que fez crescer o antissemitismo na Europa a partir do séc. XIV, que massacrou judeus, que manteve as mulheres subjugadas, que torturou cientistas como o teólogo Giordano Bruno, queimado vivo em 1600, acusado de “imoralidade” – o kit gay fake da época – e de heresia por defender o que hoje é ensinado em qualquer escola do mundo: a terra não é o centro do universo, que é infinito. O medo pode bloquear o raciocínio, matar o pensamento e roubar nossos sonhos, como nos mostra a literatura. Pode nos fazer crer que o sol é que dá voltas em redor da terra.

O autor faz um balanço do discurso literário e iconográfico, avaliando a representação do medo no romance, no conto, na poesia, no teatro, na pintura. Desde a Antiguidade até o Renascimento, literatura e arte enalteceram heróis intrépidos e subestimaram vilões “encagaçados”. Até hoje o “medo” está tão estigmatizado, tão maculado de vergonha, que a gente esconde tal “covardia”, considerada a menos heroica das paixões humanas.  A tendência é camuflá-lo. No entanto, o historiador francês nos adverte que “sem medo, a espécie humana não teria sobrevivido”, porque é ele que nos faz tomar consciência do perigo iminente, nos dá armas para evitá-lo e renova nossas esperanças.

Admito que estou com meu pescoço francês na mão, com a invasão de 30 universidades pela polícia numa tentativa de intimidação, embora o STF, ainda não fechado por dois soldadinhos, tenha condenado a operação. Recorro, então, à “História do Medo”, que funciona como um bálsamo num período eleitoral como esse que vivemos no Brasil, porque de repente vemos que o medo faz parte da vida da gente, que a história nos ensina como enfrentá-lo, que precisamos aprender a conviver com ele, considerando-o não como algo necessariamente negativo, mas como um sentimento de autopreservação. Neste caso, é o medo que, paradoxalmente, nos dá coragem.

O discurso de ódio do capitão-candidato transmitido em telão no domingo (21) na manifestação na Avenida Paulista nos envergonha como nação diante de nós mesmos e do mundo, nos empobrece como humanidade, golpeia nossa inteligência e nossa sensibilidade e mostra que o Brasil está gravemente doente se considerarmos os urros dos manifestantes ao ouvirem o discurso alucinado de seu – digamos assim – líder.  Ele ameaçou “banir os marginais vermelhos” e afirmou que seu adversário, com quem ele não tem a coragem de debater, vai apodrecer na cadeia. Dessa forma, ele sozinho assume o papel do Judiciário, a instituição que seu filho – o “garoto” - ameaçou fechar com um cabo e dois soldados.

Divorciadinha do Brasil

- A faxina agora será muito ampla, essa pátria é nossa, não é dessa gangue que tem bandeira vermelha e a cabeça lavada – disse o candidato botando espuma pela boca e chocolate pelo pé, como o cachorro quando late no buraco do tatu, num discurso incompatível com o perfil de um estadista democrata. Ele quer ser presidente apenas de metade dos brasileiros, que se lixe a outra metade formada por negros, mulheres, gays, índios. Anunciou que caso eleito, tipificará ocupações de terra como terrorismo, o que levou o movimento indígena, que luta contra a usurpação de seus territórios desde 1500, a pensar que o capitão vai colocar em cana os fazendeiros e os agronegociantes.

Mas a atriz global e pecuarista Regina Duarte, dona da fazenda “Minha Santa”, ex-namoradinha e atual divorciadinha do Brasil, penetrou na alma do capitão e, felizmente, colocou os pingos nos is:

- Bolsonaro tem uma alma democrática, suas declarações homofóbicas, racistas e a favor da tortura são frutos de um homem com “um humor brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras, mas que são da boca pra fora”.

Só vota no capitão, quem não acredita no que ele diz, quem acha que seu discurso em favor da tortura é uma “brincadeirinha”. Quem crê, se assusta. As urnas nesse domingo dirão se o Brasil está mesmo gravemente doente, se vai para a UTI ou se entra em convalescença. Suspeito, talvez porque deseje tanto, que haverá uma virada, confiando no escritor irlandês Bernard Shaw, morto em 1950, para quem “a democracia é um sistema que faz com que nunca tenhamos um governo melhor ou pior do que merecemos”.  O Brasil não é uma lata de lixo. Merece coisa melhor.

Caso a virada não ocorra, saberemos administrar nossos medos, fazendo uma oposição organizada a qualquer tentativa de sepultar a democracia, de pisotear os nossos direitos, de agredir o meio ambiente, de disparar contra as árvores, de em nome do lucro de empresas causar um desastre ambiental. Os índios, que estão resistindo há 518 anos, podem nos ensinar como sobreviver em condições adversas. 

Leonardo Boff, que leu a História do Medo, concluiu em outro contexto com uma reflexão que continua válida:

- O medo é inerente à vida porque "viver é perigoso" como nos adverte Guimarães Rosa. Por isso, viver comporta riscos que metem medo. Mas os riscos nunca são só riscos. São a chance do novo, a abertura de uma outra esperança”.

- Talvez a Europa tenha que reaprender com o Brasil o que é a esperança” – escreveu ao retornar ao nosso país, em 1997, Jean Delumeau, hoje com 95 anos.

“Sem medo de ser feliz” era o nosso sentimento em eleições passadas. Houve um retrocesso. Estamos na defensiva. Agora, estamos “com medo de ser infeliz”. Milhões de eleitores, de um lado e de outro, vão votar impulsionados pelo medo.  De qualquer forma, vos deixo aqui com a “Tonada del viejo amor” de Jaime Dávalos, um poeta argentino “salteño como las empanadas”, cantada por Eduardo Falú. Está dirigido a sua amada, mas podemos estendê-lo à nossa patriazinha amada e gentil:

- No tengo miedo al invierno, con tu recuerdo lleno de sol.

É isso, o medo nos dá coragem, que vem das lembranças ensolaradas de nossas lutas. Qualquer que seja o resultado da eleição, ce n'est qu'un début, continuons le combat. 

 

 

 

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29 Comentário(s)

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Marly Cuesta comentou:
03/11/2018
#SemMedoDeSerFeliz, Meu nobre Professor José Bessa, estamos de alma leve pq sabemos o quanto trabalhamos na #DefesaDaDemocracia! Gratidão e luz,
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Marcelo Timotheo comentou:
31/10/2018
Maravilha, Bessa querido. Adoro o Delumeau. Obra excelente, homem muito gentil, cordial, sem pose alguma. Eu fui seu cicerone em Niterói, em 2005, levei-o para conhecer o Parque da Cidade. Foi um encontro incrível. E, claro, adoro o que vc. escreve, meu amigo.
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Antonio sanches comentou:
30/10/2018
é uma pena que os eleitores do bolsonaro não vão ler esse artigo. Só lhes interessa filmes americanos alienantes e destruidores de mentes sadias.
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Nilda Alves comentou:
30/10/2018
Querido José Bessa passamos o domingo e a segunda e estamos aqui...Eu, nesse fim de semana, entrei em cirurgia de urgência (apendicite...pode, aos 76 anos????). Crônica perfeita, provando que nosso pescoço (em português ou em francês) continua no lugar. Minha grande admiração e meu carinho
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Cordelia Fourneau comentou:
29/10/2018
Estou apreciando, querido professor Bessa, que você seja assim solidario dos aristocratas franceses, numa hora dessa ! Se fosse somente nosso pescoço ! Muito mais esta em jogo ! Sinto meu pescoço como uma pluma, frente ao risco encorrido pela cultura ancestral e popular, a generosa natureza tropical, o espirito de tolerância que caracterizam este pais. Da muito medo pensar que a força bruta esta no poder, que a floresta será derrubada por ganãncia com mais velocidade ainda, que o dia-dia do povo será mais perigoso e estressante pela expansão do porte de armas, que teremos que ouvir os discursos agrotoxicos e aguentar as medidas trumpianas de um ignorante que acaba de ser elegido presidente democraticamente ! Isso tudo de fato vai ser um suplicio e uma tortura. Esta pilula tão venenosa que o povo resolveu tomar para livrar-se de males insidiosos e grudantes que o faziam sofrer até a exasperação, teremos que engulhir ela. Tomará que os periodos sombrios a vir sejam a ocasião de refletir sobre os erros do passado e nos ajudem a encontrar a "Terra sem males"...
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Venize Ramos Rodrigues comentou:
29/10/2018
Belo texto e alento para o que virá .
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Ana Gita Oliveira (via FB) comentou:
29/10/2018
Com medo mas mantendo a felicidade no horizonte da luta
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Paulo Roberto Dufrayer comentou:
29/10/2018
Meu caro Ribamar Li o artigo desta semana e tentei adicionar um comentário, mas não consegui. Não esperava de você um texto com um trecho tão absurdo como o seguinte: "Ele quer ser presidente apenas de metade dos brasileiros, que se lixe a outra metade formada por negros, mulheres, gays, índios. " É evidente que nem você nem seus leitores ignoram que as mulheres são mais da metade da população brasileira. Então por que escrever isso? Abs, Dufrayer
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Taquuiprati comentou:
29/10/2018
Meu querido amigo Paulo Roberto, Já que vc não conseguiu, copiei, colei e postei teu comentário. Nós nos conhecemos nos bancos da faculdade em 1966, em plena ditadura militar, onde fizemos grande amizade, apesar de politicamente estarmos nos extremos opostos desde aquela época. Somos uma prova de que podemos combater as ideias do outro, sem necessariamente querer eliminar o outro, ao contrário, mantendo convivência afetuosa. Foi um enorme prazer te reencontrar nas redes sociais, por admirar tua inteligência, sensibilidade, ironia e humor. Mais de 52 anos depois, mudamos muito, por um lado, mas continuamos os mesmos, por outro, cada um defendendo ideias opostas. Até agora, vc foi o único que fez esse tipo de leitura, pelo menos o único a dar retorno. Tenho a impressão que outros leitores entenderam. Dizer que Bolsonaro quer ser presidente apenas de metade dos brasileiros, é uma referência ao pronunciamento dele na Av. Paulista, quando ameaçou banir seus opositores que, ainda não sabíamos, representam quase metade dos eleitores, entre eles estão negros, mulheres, gays e índios, sobre quem ele já manifestou – digamos assim - ideias horripilantes. Uma leitura atenta mostra que não está escrito que “todas as mulheres do Brasil, todos os negros, etc” constituem a outra metade. Está dito que na outra metade existem mulheres, negros, índios, gays que Bolsonaro abomina e ameaça mandar pro espaço. Aliás, o discurso dele ao tomar conhecimento dos resultados, ao contrário de todos os presidentes eleitos do mundo, não faz a menor referência à quase metade do Brasil que votou no Haddad. Espero ter esclarecido. Forte abraço. do amigo de sempre
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Joel Kuaray (via FB) comentou:
29/10/2018
Kova'e área py xe momboriaú ve va'e ma nhaneretarã kuery ae kuaxia re omoin atã nhande rereko axy va'erã pe. O que me entristece hoje neste não é a vitória de Bolsonaro, é a atitude dos próprios indígenas originário desde yvy (desta terra) que assinam a sentença. Quem assistiu o vídeo onde ele fala com a indígena do Xingu, que ele diz: " eu quero titularizar todas as terras indígenas" entenderam a idéia dele com essa fala? E ele fala: " eu quero que todos os índios sejam igual a nós brasileiros" entenderam a idéia dele com essa fala? O que vai importar pra ele é os índios se matarem entre si. Mesmo com toda essa idéia sem noção sobre indígenas, os nossos parentes ajudaram a eleger essa idéia. Quem está na luta a muito tempo por um mísero pedaço de território, acampados em beiras de estradas durante 4 anos não terá mais chances de ter esperanças de que era seu pequeno pedaço de espaço. Mais tudo bem, espero queimar minha língua e que seja tudo ao contrário do que estou imaginando. AGUYJEVETE PRA QUEM LUTA VOU SER RESISTENTE ,SOU MBYA GUARANÍ PERTENCENTE AO SEGUNDO MAIOR POVO DO BRASIL E O MAIOR POVO DA AMÉRICA.
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Cláudia Santamarina (via FB) comentou:
29/10/2018
Minha última postagem. Estou indo votar 13 em respeito à democracia, à história, às diferenças, ao diálogo, à diversidade, à solidariedade, à liberdade de pensamentos e de expressão acadêmica, às terras dos indígenas e quilombolas, às mulheres lutadoras, à vida de gays e lésbicas, aos estudantes, aos professores, ao ensino público e gratuito de qualidade para crianças, adolescentes e adultos, às creches públicas, ao SUS, à garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários, ao patrimônio público, às artes e em respeito ao meu futuro, dos meus filhos e das minhas netas. Voto pela convivência respeitosa, pacífica, sem ódios e intolerância. Vale muito a leitura do José Bessa por todos e em todos os casos. ????
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Daniel Canosa comentou:
29/10/2018
“Una hormiga por bronca contra la cucaracha votó a favor del insecticida. Todos murieron. Hasta el grillo que se abstuvo de votar”. la verdad, esto se está yendo a la mierda, trump, macri, ahora bolsonaro, por ahí sirve aferrarse a las palabras de Maiakovski: “No estamos alegres, es cierto. ¿Pero por qué deberíamos ponernos tristes? El mar de la historia es agitado. Las amenazas y las guerras hay que atravesarlas. Partirlas al medio cortándolas, como una quilla corta las olas”. a resistir, que no queda otra. un abrazo Daniel
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Vanderson Lourenço comentou:
29/10/2018
Agora é desenvolver estratégia de sobrevivencia.
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Graça Helena Souza (via FB) comentou:
29/10/2018
E na linha da espetacularização do aparato militar que já vemos nesse momento,é impossível acreditar na disposição desse grupo,quanto ao livre debate de ideias,no governo que assumirá.
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Aline Candido da Fonseca (via FB) comentou:
28/10/2018
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MARCIA PARAQUETT FERNANDES comentou:
28/10/2018
Termino de ler a crônica as cinco horas da tarde do dia 28. Vai começar a apuração dos votos e eu não sei o resultado. Por isso leio agora, porque ainda sou puro otimismo.
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Roberto Dufrayer comentou:
28/10/2018
"Ele quer ser presidente apenas de metade dos brasileiros, que se lixe a outra metade formada por negros, mulheres, gays, índios." Alguém entendeu? Se as mulheres são mais da metade da população brasileira, como é que alguém pode falar em " outra metade formada por negros, mulheres, gays, índios"? O Brasil merece coisa melhor.
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
27/10/2018
Que texto maravilhoso José Bessa, vou apelar a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, aquela da Aparecida, que nos proteja, como sempre o fez e não permita que nosso medo se consuma e ao contrário com suas bênçãos tenhamos um governo democrata, amante da liberdade, eleito. Por todas as novenas que lá fiz rogo ser atendida, para que nosso medo se transforme em esperança de um Brasil mais feliz
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Lis Cohen (via FB) comentou:
27/10/2018
Mestre José Bessa, o senhor merece todo nosso respeito.Seu artigo é uma aula.
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Rodrigo Martins Chagas comentou:
27/10/2018
Professor primeiramente obrigado por mais essa aula. Ao ler a crônica e me deparar com a fala (para dizer no mínimo infeliz) da atriz da rede globo, me recordei da novela Roque Santeiro de Dias Gomes e Aguinaldo Silva( a única novela que conseguiu chegar aos 100 pontos de audiência, hoje em dia se uma novela do horário nobre chega aos 40 pontos, já é um feito e tanto) em que ela interpretou a personagem viúva Purcina da icônica cidade de Asa Branca que vivia da lenda do mito de Roque Santeiro . Vale recordar que essa mesma novela foi censurada só produzida posteriormente em 1985. Que o humor brincalhão dos anos 50 não volte mais porque não tem graça alguma. Um país sem democracia, é uma sociedade sem voz e sem esperança. Viva a democracia. Um abraço querido professor Bessa!
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Felipe José Lindoso comentou:
27/10/2018
Babá, Ambos vivemos momentos maravilhosos de solidariedade, luta e esperança durante a ditadura. Nas, sinceramente, você com 71 e eu com 69, certamente preferimos viver nessa nossa imperfeitíssima democracia do que viver novamente aqueles tempos terríveis. Meu cou tá apertado...
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Sandra Albernaz de Medeiros (via FB) comentou:
27/10/2018
José Bessa, você sempre me emociona falando de nossa humanidade. Meu carinho imenso por você ??
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Angela Senra (via FB) comentou:
27/10/2018
O livro de Delumeau vai caminhar profundamente pelo medo.Fala do medo dos judeus,por exemplo:do medo do racismo etc.etc. Do medo da escuridao,do medo das trevas.Temos medo no Brasil,agora.E-tenho certeza- esse nosso medo nao nos eh necessario.Com ele,nao sobreviveremos.
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Luis Pellon comentou:
27/10/2018
Muito pertinente p o momento prof! Gostei da analogia do cachorro na toca do tatu.
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Arlete Schubert (via FB) comentou:
27/10/2018
Queridos e amorosos filhos, netos e amigos... Nossos pescoços estáo na guilhotina, como escreveu o prof.Jose José Bessa
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Beatriz F. Arantes (via FB) comentou:
27/10/2018
'No entanto, o historiador francês nos adverte que “sem medo, a espécie humana não teria sobrevivido”, porque é ele que nos faz tomar consciência do perigo iminente, nos dá armas para evitá-lo e renova nossas esperanças.' Gravei, copiei, colei nas paredes de casa. É isso.
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Maria Jose Silveira (via FB) comentou:
27/10/2018
Bessa, sempre brilhante, botando os pingos nos is de nosso medo. #HaddadEManuela
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Ana Silva comentou:
27/10/2018
Extraordinário!!! Pelas memórias ensolaradas, pelo Brasil. Em luta sempre é ate a vitória. Sensível, poético, lindo!
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Zulma Moriondo (via FB) comentou:
27/10/2018
Muito obrigada, Bessa, por este texto tão sábio. É muito duro sentir esse medo, perder as esperanças, e, a diferença de Dávalos, eu SIM tenho medo ao inverno! Como dizia Cézar Vallejos, "Perdón por la tristeza"
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