CRÔNICAS

Kaiowá,cuidado, os bandeirantes voltaram (espanhol)

Em: 19 de Junho de 2016 Visualizações: 21088
Kaiowá,cuidado, os bandeirantes voltaram (espanhol)

Ke´y, Ñanderyke´y ojapo yvy / ko´äga ikane´öma yvy
(Canto-reza de Lauro e Dolícia in Graciela Chamorro)

Os bandeirantes retornaram nesta terça-feira (14). Desta vez, esses espectros do Brasil colonial atacaram não a cavalo, mas motorizados. Dezenas de fazendeiros, pistoleiros e jagunços armados, cavalgando mais de 80 camionetes, invadiram a fazenda Yvy, em Caarapó (MS), ocupada por Guarani-Kaiowá da aldeia Te´yikuê. Os agrobandeirantes usaram uma retroescaveira como tanque de guerra, derrubaram cercas, passaram sobre bicicletas e motos, destruíram barraco com comida e tudo que tinha dentro, queimaram roupas e atiraram nos índios para matar.
- Passava bala por cima de nós. Foi terrível. Não sei como é que eles não acabaram com nós, porque armamento eles tinham, arma pesada eles tinham - declarou Norivaldo Mendes, 28 anos, atingido por bala no tórax. O depoimento é similar ao que consta na documentação histórica de índios atacados por tropas de "guerra justa" comandada por bandeirantes. O Brasil mergulha no século XVII, agora portando armas modernas.
Os criminosos assassinaram Cloudione Rodrigues de Souza, 26 anos, cujo corpo, velado na quadra de esporte da escola da aldeia, foi enterrado na quinta-feira (16). Feriram cinco: o citado Norivaldo, além de Vaudilho Garcia, 26 anos, ferido no tórax; Lubésio Marques, 43 anos, com três tiros no ombro, tórax e abdômen; Jesus de Souza, 29 anos e Josiel Benites, um menino de 12 anos com balas no abdômen. Em nota, a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), que representa os guarani do sul e sudeste, afirmou que o massacre foi planejado por fazendeiros da região.
Eles dão nome aos bois, apontando como comandante direto do confronto o presidente do Sindicato Rural de Caarapó, Antônio Marán, além de duas pessoas identificadas como João Camacho e Virgílio. O prefeito Mário Valério, embora não tenha participado do ataque, esteve presente.
Leilão no faroeste
No passado colonial, a forma de obter terras, era invadindo as aldeias e matando seus ocupantes, como fizeram os bandeirantes, cuja impunidade permanece ainda hoje quando são exaltados nas escolas como "heróis". Era o direito do mais forte, do mais bem armado. A mesma metodologia está sendo usada pelos agrobandeirantes que, se tivessem direito de propriedade sobre a terra tradicional guarani, apresentariam documentos em ação na Justiça contra a demarcação, que é como se procede no estado democrático. No entanto, tentam usurpar as terras através da força, com armas na mão, instaurando o faroeste caboco.
Trata-se, efetivamente, de uma violência planejada. O país inteiro tomou conhecimento, em meados de 2013, do "leilão da resistência" organizado por ruralistas e políticos para arrecadar fundos destinados à contratação de milícias para reagir à bala contra qualquer tentativa dos índios de reaverem seus territórios. O Poder Judiciário, incluindo o STF, assistiu tudo calado. A terra não é de quem a Constituição determina, mas do "mais macho", do "mais bem armado".
A crescente violência contra os Kaiowá foi testemunhada, entre outros, pelo antropólogo Diógenes Cariaga, que nasceu na cidade de Caarapó e está concluindo atualmente doutorado em Santa Catarina. Ele conhece pessoalmente todas as pessoas baleadas, incluindo o jovem assassinado e seu irmão Jesus, aluno da Licenciatura Intercultural TekoArandu, que foi ferido gravemente. Por telefone, conversou com a tia de ambos, que viu quem atirou nos seus dois sobrinhos.
- A área do ataque dos ruralistas é próxima a Terra Indígena Caarapó (Aldeia Te´ýikuê). A região está no perímetro identificado como terra indígena, de acordo com o Relatório Circunstanciado de Identificação e Demarcação dos estudos antropológicos do GT Dourados-Amambaipegua conforme declarado pelo procedimento administrativo da Funai publicado no Diário Oficial da União em 13/05/2016 - escreve Diógenes.
A mídia morena
A Fazenda Yvy (terra em guarani) tem um histórico parecido com várias outras na região. O Estado Brasileiro no início do século XX deu início ao processo de privatização das terras, desconsiderando a presença indígena, A partir de então, foram emitidos os títulos de posse pelo estado do Mato Grosso, anterior à divisão em MT e MS, que acabou validando os títulos contrariando a Constituição Federal. Essa é a origem dos conflitos.
- Os meios de comunicação regionais, principalmente a TV Morena afiliada da Rede Globo, tem dando ênfase aos confrontos entre alguns policiais e a resistência indígena logo após o ataque dos fazendeiros, como se esse fato fosse mais importante que o assassinato. Confirmam assim o que os índios denunciam: um pé de soja ou uma cabeça de gado vale mais que uma vida indígena - escreveu Diógenes Cariaga.
A mídia não está atenta para a gravidade dos fatos, não está sensibilizada com o destino dos índios, nem explica a origem dos conflitos. O jornalista Alceu Luís Castilho comentou nas redes sociais que se trata também de um massacre midiático. Exemplificou como o Estadão noticiou no pé da página A8 o massacre dos Guarani-Kaiowá em uma notinha de apenas 77 palavras, incluindo artigos, preposições e palavras inevitáveis como Mato Grosso do Sul. O jornalão sequer deu o nome do morto, muito menos dos feridos. As balas contra os índios foram mais numerosas do que as palavras que registraram o fato.
Hoje, um brasileiro não encontra na grande imprensa de circulação nacional informações sobre os acontecimentos que envolvem os índios. Tem de buscar a edição em português do jornal El País, editado na Espanha, que publicou com exclusividade os depoimentos dos índios em vídeo feito por Ana Mendes e Ruy Sposati do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). A convocatória para atos de solidariedade aos Kaiowá que devem ocorrer no dia 24 de junho em várias cidades brasileiras é silenciada e só circula nas redes sociais.
Para onde iremos?
A informação que predomina - diz Cariaga - circula nos discursos de  políticos, que incitam a população local a exigir a revogação das portarias de identificação e delimitação das terras Kaiowa e Guarani, contestando a capacidade de ação política das famílias e atribuindo às agências indigenistas governamentais, não governamentais e aos antropólogos o movimento da retomada que as lideranças realizam desde a década de 1980.
Para o antropólogo, o centro do conflito não é só entre índios e agronegócio, mas no que a terra significa para ambos, no modo como os índios se relacionam com a terra ancestral, que se choca com a noção de propriedade e uso da terra por parte dos ruralistas.
Essa diferença pode ser constatada no canto-reza em guarani, entoado por Lauro e Docília, traduzido ao espanhol por Graciela Chamorro. Invoca Ñanderyke´y, o criador e guardador do mundo e exalta o sol, Pa´i Kuara, que sempre nasce de novo:


- Ñanderyke´y criou a terra
agora sua obra já está cansada,
por isso ele desmontará a cruz que sustenta a terra
A terra tremerá / Para onde iremos?


Diante da ameaça dos agrobandeirantes, para onde iremos?

P.S. Chamorro, Graciela: Kurusu Ñe´ëngatu - palabras que la história no podrá olvidar. Con un prefacio de Bartolomeu Meliá. CEA/COMIN, Asunción/São Leopoldo, 1995

Ver também OS BANDEIRANTES ESTÃO VOLTANDO (09/06/2013).Eles atacam em junho. http://www.taquiprati.com.br/cronica/1036-os-bandeirantes-estao-voltando

 

EL OREJIVERDE  diario de los pueblos indígenas

Edición digital nº +351 - 27 Jun 2016  http://www.elorejiverde.com/#sthash.obzgbCOG.dpuf

 

CUIDADO, KAIOWÁ, VOLVIERON LOS BANDEIRANTES (1)

Jose Ribamar Bessa Freire
Ke´y, Ñanderyke´y ojapo yvy / ko´äga ikane´öma yvy
(Canto-oración de Lauro y Dolícia in Graciela Chamorro)


Los bandeirantes retornaron este martes (14/05?). Esta vez, los espectros/fantasmas de Brasil colonial atacaron no a caballo, sino motorizados. Decenas de hacendados, pistoleros y jagunços (2) armados, ‘cabalgando’ en más de 80 camionetas, invadieron la hacienda Yvy, en Caarapó (MS), ocupada por Guarani-Kaiowá de la aldea Te´yikuê. Los agrobandeirantes usaron una retro-excavadora como tanque de guerra, derrumbaron cercados, pasaron sobre bicicletas y motos, destruyeron chozas con comida/alimentos y todo lo que había adentro, quemaron ropas y dispararon contra los indios para matar.
- Pasaba bala encima de nosotros. Fue terrible. No sé como no acabaron con nosotros, porque tenían armamento, tenían armas pesadas - declaró Norivaldo Mendes, 28 años, que fue herido con una bala en el tórax. El relato es similar al que consta en la documentación histórica de indios atacados por tropas de "guerra justa" comandada por bandeirantes. Brasil vuelve al siglo XVII, ahora con armas modernas.
Los criminales asesinaron a Cloudione Rodrigues de Souza, 26 años, cuyo cuerpo velado en la cancha de deportes de la escuela de la aldea, fue enterrado el jueves (16). Hirieron a cinco: el citado Norivaldo, además de Vaudilho Garcia, 26 años, herido en el tórax; Lubésio Marques, 43 años, con tres tiros en el ombro, tórax y abdomen; Jesús de Souza, 29 años y Josiel Benites, un niño de 12 años con balas en el abdomen. En nota, la Comisión Guarani Yvyrupa (CGY), que representa a los guaraní del sur y sudeste, afirmó que la masacre fue organizada por hacendados de la región.
Dan los nombres de los responsables, afirman que el comandante directo del ataque es el presidente del Sindicato Rural de Caarapó, Antonio Marán, además de dos personas identificadas como João Camacho y Virgílio. El prefecto Mário Valério, aunque sin participar del ataque, estuvo presente.
Subasta en el farwest
En el pasado colonial, la forma de obtener tierras, era invadiendo las aldeas y matando a sus ocupantes, como hicieron los bandeirantes, cuya impunidad permanece hasta hoy cuando se les enaltece en las escuelas como "héroes". Era el derecho del más fuerte, del mejor armado. La misma metodología la usan los agrobandeirantes que si tuvieran derecho de propiedad sobre la tierra tradicional guaraní, presentarían documentos en una acción en la Justicia contra la demarcación, que es como se procede en el estado democrático. Sin embargo, intentan usurpar las tierras a través de la fuerza, con armas en mano, instaurando un farwest criollo. caboco.
Se trata efectivamente de una violencia planeada. El país entero tomó conocimiento, a mediados de 2013, de la "subasta de la resistencia" organizada por ruralistas y políticos para recaudar fondos destinados a la contratación de milicias con el objetivo de  reaccionar a balas frente a cualquier tentativa de los indios de recuperar sus territorios. El Poder Judicial, incluyendo el STF, asistió todo en silencio. La tierra no es de quien la Constitución determina, sino del "más macho", del "mejor armado".
Entre otros, el antropólogo Diógenes Cariaga fue testigo de la creciente violencia contra los Kaiowá que nació en la ciudad de Caarapó y está concluyendo actualmente el doctorado en Santa Catarina. Conoce personalmente a todas las personas baleadas, incluyendo al joven asesinado y su hermano Jesús, alumno de la Licenciatura Intercultural TekoArandu, herido gravemente. Por teléfono, conversó con la tía de ambos, que vio a quien disparó contra sus dos sobrinos.
- El área de ataque de los ruralistas está cerca a la Tierra Indígena Caarapó (Aldea Te´ýikuê). La región está en el perímetro identificado como tierra indígena, de acuerdo al Relatório Circunstanciado de Identificação e Demarcação de los estudios antropológicos del GT Dourados-Amambaipegua conforme declarado por el procedimiento administrativo de la Funai publicado en el Diário Oficial da União en 13/05/2016 - escribe Diógenes.
La prensa morena
La Hacienda Yvy (tierra en guaraní) tiene una historia parecida a varias otras en la región. A comienzos del siglo XX, el Estado Brasileño dio inicio al proceso de privatización de tierras, sin llevar en cuenta la presencia indígena. A partir de entonces, el estado de Mato Grosso emitió títulos de pose, antes de su división en dos nuevos estados - MT y MS - y acabó legalizando los títulos, contrariando la Constitución Federal. Ese es el origen de los conflictos.
- Los medios de comunicación regionales, principalmente la TV Morena afiliada a la poderosa Red Globo, ha dado énfasis a los enfrentamientos entre algunos policías y la resistencia indígena después del ataque de los hacendados, como si ese hecho fuera más importante que el asesinato. Confirman así lo que están denunciando los indios: un pie/árbol de soja o una cabeza de ganado vale más que una vida indígena - escribe Diógenes Cariaga.
Los medios de comunicación no dan atención a la gravedad de los hechos, no están sensibilizados con el destino de los indios, ni explican el origen de los conflictos. El periodista Alceu Luís Castilho comentó en las redes sociales que se trata también de una  masacre mediática. Presenta ejemplos de cómo el periódico Estadão dio noticias al pie de la página A8 sobre la masacre de los Guaraní-Kaiowá, en una nota de apenas 77 palabras, incluyendo artículos, preposiciones y palabras inevitables como Mato Grosso do Sul. El diario no dio siquiera el nombre del muerto, mucho menos de los heridos. Las balas contra los indios fueron más numerosas que las palabras que registraron el hecho.
Hoy en día, un brasileño no encuentra en la gran prensa de circulación nacional informaciones sobre los acontecimientos que involucran a los indios. Tiene que buscarlas en la edición en portugués del periódico El País, editado en España, que publicó con exclusividad las declaraciones de los indios en un video hecho por Ana Mendes y Ruy Sposati del Consejo Indigenista Misionero (CIMI). La convocatoria para actos de solidaridad a los Kaiowá que deben ocurrir el 24 de junio en varias ciudades brasileñas está silenciada y solamente circula en las redes sociales.
¿Hacia dónde iremos?
La información que predomina - dice Cariaga - circula en los discursos de  políticos, que incitan la población local a exigir la revocatoria de la legislación que identifica y delimita las tierras Kaiowa y Guaraní, contestando su capacidad de acción política  y atribuyendo a las agencias indigenistas gubernamentales, no gubernamentales y a los antropólogos, la responsabilidad sobre el proceso de recuperación de las tierras en conflicto desde la década de 1980.
Para el antropólogo, el centro del conflicto no está solamente entre indios y agronegocio, sino en lo que la tierra significa para ambos, en el modo como los indios se relacionan con la tierra ancestral, que discrepa con la noción de propiedad y uso de la tierra por parte de los ruralistas.
Se puede observar esa diferencia en la oración-canto en guaraní, entonado por Lauro y Docília, traducido al español por Graciela Chamorro. Invoca Ñanderyke´y, creador y conservador del mundo, exaltando al sol, Pa´i Kuara, que siempre nace de nuevo:

- Ñanderyke´y creó la tierra
ahora su obra ya está cansada,
por eso él  el desarmará la cruz, sostén de la terra
La tierra temblará /¿Para onde iremos?


Ante la amenaza de los agrobandeirantes, ¿hacia dónde iremos?


P.S. Chamorro, Graciela: Kurusu Ñe´ëngatu - palabras que la história no podrá olvidar. Con un prefacio de Bartolomeu Meliá. CEA/COMIN, Asunción/São Leopoldo, 1995.
1.En el Brasil colonial, los bandeirantes fueron los exploradores que partían del litoral, principalmente de São Paulo, hacia el interior, para aprisionar a los indios y venderlos como esclavos. Invadían las aldeas y quemaban sus casas. Estas expediciones que ocurrieron  del siglo XVI al siglo XVIII,  fueron determinantes para modificar el Tratado de Tordesillas y ampliar el territorio de Portugal en América. Muchos libros didácticos los presentan como "héroes".
2. Los jagunços son matadores profesionales que reciben pagamentos por ese servicio.

Por Jose Ribamar Bessa Freire
Fuente: Taquiprati
Fecha: 26/6/2016

Nota relacionada:
Guarani Kaiowá denuncian ataques a sus comunidades en el Mato Grosso, 22 de febrero 2016

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6 Comentário(s)

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Eva Mascarenhas (via FB) comentou:
21/06/2016
Não foram cinco, foram seis os feridos, tem mais uma mulher, encaminho noticia do jornal desta terça-feira (21/6): ///// Dos seis índios feridos a tiros durante ataque feito por fazendeiros e seguranças armados, na terça-feira (14) de manhã, no município de Caarapó, a 283 km de Campo Grande, dois já tiveram alta e quatro permanecem internados no Hospital da Vida, em Dourados. Durante o ataque, ocorrido na fazenda Yvu, ocupada pelos índios no domingo (12), o agente de saúde indígena Clodioudo Aguile Rodrigues dos Santos, 26, foi morto a tiros. Veja Mais › Frente Brasil Popular se manifesta em apoio aos índios de Caarapó › Sejusp quer resguardar lei e ordem para cessar invasões em Caarapó A professora Katalina, que estava internada no Hospital São Mateus, em Caarapó, teve alta ainda na quinta-feira (16). Já Libésio, de 43 anos, transferido no dia do ataque para Dourados, teve alta no sábado. Permanecem internados no Hospital da Vida o garoto Josiel, de 12 anos de idade, Norivaldo, de 37, Valdilho, de 26, e Jesus de Souza, 29. De acordo com a direção do hospital, Jesus teve piora do quadro e sofreu nova intervenção cirúrgica, no domingo, mas no momento encontra-se estável. O superintendente do hospital, enfermeiro Genivaldo Dias da Silva, disse que todos os cinco atendidos em Dourados sofreram ferimentos de tiros. “A criança e mais um indígena adulto tiveram que passar por uma cirurgia de laparotomia, que é a abertura do tórax. Cada um estava com uma bala alojada e tiveram comprometidos estômago, fígado e intestino”, afirmou. Outro paciente que passou por processo cirúrgico estava com uma bala alojada no tórax e foi preciso fazer uma drenagem torácica. As outras duas vítimas estão com balas alojadas no corpo, mas sem necessidade de intervenção cirúrgica, já que os projéteis não causam nenhum risco à saúde deles. Segundo o enfermeiro, um ficou com uma bala alojada no tórax e o outro levou um tiro de raspão na cabeça e está com uma bala no quadril, uma no ombro e a outra no tórax.
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José da Silva SERÁFICO de Assis Carvalho comentou:
18/06/2016
Caro amigo Babá, pena que já nem nos surpreendamos com tanta barbaridade. Se nas cidades tem ocorrido o que todos sabemos, imagine-se no campo! A ladroagem que, nas cidades, a Lavajato põe a nu tem seu correspondente no campo. Embora não seja fenômeno novo, os tempos deveriam sê-lo. Para que tanta descoberta científica, tanta tecnologia avançada, se o uso que os dominantes fazem dela é o mesmo que os bandeirantes fizeram dos arcabuzes e facões? O que esperar, portanto, dos novos bandeirantes? Mais uma vez, aplaudo sua posição e me coloco ao seu lado. Um dia - que não se sabe quando - a História percorrerá outros caminhos. Insistamos, ao menos como gesto de respeito ao nosso passado, pessoal e coletivamente. Seráfico
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Arlete Ribeiros dos Santos (via FB) comentou:
18/06/2016
Que horror! Isso é bandidagem pura. Eles ficam impunes porque nós silenciamos. Onde vai ser o ato no dia 24 de junho em Campo Grande? Alguém sabe me dizer.
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Lillian DePaula (via FB) comentou:
18/06/2016
Lendo TAQUIPRATI a gente entende melhor nosso Brasil,nossa gente. TAQUI PRA TI!
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Ana Stanislaw comentou:
18/06/2016
Bessa, sois incansável na luta a favor dos indígenas brasileiros e exímio defensor dos seus direitos, vidas, saberes, línguas, histórias. Obrigada pelo texto, excelente crônica! Que Nhanderu ilumine os Guarani Kaiowá em mais um capítulo de violência e te dê forças para continuar lutando, rezando, cantando.
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Neymar Machado (via FB) comentou:
18/06/2016
A comunidade Guarani e Kaiowa de Caarapó, Aldeia Te\'yikue, iniciou processo de retorno às áreas intrusadas de onde foram removidos para serem confinados numa pequena reservada criada pelo governo brasileiro na década de 1920. Entres as aldeias de onde foram removidos está Javorai Kue, onde foi assassinado o agente de saúde Clodiodi de Souza (26) e feridos outros 6 indígenas, incluído crianças e professores. Peço sua ajuda solidária. Banco do brasil agência 0903-2 conta 88.301.138-7. Esta e a conta de um professor indígena morador desta aldeia, Eliel Benites.
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