PRODUÇÃO ACADÊMICA

STRADELLI, NHEENGATU E LITERATURA ORAL DO RIO NEGRO (AM-BRASIL): LÍNGUA, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO (PERUGIA, QUADERNI DI THULE, 2008)

Em: 08 de Março de 2010

Autor: JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE
Local da Publicação: PERUGIA, QUADERNI DI THULE, 2009

Quaderni di Thule - Rivista Italiana di studi americanistici. Vol. VIII. Atti del XXX Convegno Internazionale di Americanistica. Perugia. Circolo Amerindiano. 2008,pgs.997-1005

O artigo sobre Stradelli foi  publicado na íntegra no Quaderni di Thule, Rivista Italiana di Studi Americanistici, depois de apresentado na sessão "Lingue e problemi linguistici dell´America Indigena" .
 
Lingue e problemi linguistici dell’America indigena, coordinatori Luciano Giannelli – Marina Magnanini (Centro Interdipartimentale di Studi sull’America Indigena (Cisai), Università degli Studi di Siena, Italia)
 
José Ribamar Bessa Freire (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) − Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio- Brasil): Stradelli, Nheengatu e literatura oral do Rio Negro (Am, Brasil): língua, memória e patrimônio.
 

No final do século XIX, a função social e a importância do Nheengatu na Amazônia levaram vários tupinólogos a estudá-la, fascinados pela literatura oral que veiculava. Um deles foi o Conde Ermanno Stradelli (1852-1926), que viveu 43 anos na região. Elaborou um dicionário Nheengatu-Português e Português-Nheengatu, coletou e publicou narrativas míticas e inúmeros textos em jornais e revistas especializadas da Itália e do Brasil. O Nheengatu, conhecido também como Língua Geral Amazônica (LGA), foi declarado, em 2002, língua co-oficial do município de São Gabriel da Cachoeira (Am). Pretendemos discutir aqui as políticas que contribuíram para o destino dessa e de centenas de línguas amazônicas, bem como refletir sobre a literatura oral coletada por Stradelli, destacando o seu valor como portadora de etnoconhecimentos, como lugar de memória e como patrimônio imaterial.