CRÔNICAS

A boiada da Amazônia no covil dos bandidos

Em: 24 de Maio de 2020 Visualizações: 15410
A boiada da Amazônia no covil dos bandidos

Parecia o encontro de uma quadrilha de malfeitores a reunião de Bolsonaro com seus ministros divulgada nesta sexta (22) por ordem do STF. Durante duas horas, muitos palavrões, mas nenhuma plano, sequer uma palavra, sobre como combater a pandemia, que naquele dia já havia feito mais de 3.000 mortes, com quase 50.000 infectados pelo coronavirus. Os discursos de cada um se referiam a interesses privados, nada republicanos. Um deles enunciado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, diz que é preciso aproveitar que “a imprensa tá voltada quase que exclusivamente pro covid” para “deixar a boiada passar” e mudar em surdina as regras de proteção ao meio ambiente conquistadas a duras penas.  

A coluna de hoje, escrita antes da divulgação do vídeo, já tinha até um título: “A grilagem do barbeiro careca”. Lá discutíamos justamente como o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM vixe vixe) aproveita o momento atual em que a mídia está preocupada com mais de 21.000 mortos e 330.890 infectados para fazer “passar o boi” do Projeto de Lei 2.633, conhecido como o PL da Grilagem, do qual é o relator. Ele quer entregar terras públicas federais aos invasores das áreas, beneficiando desmatadores criminosos. Trata-se de um reedição camuflada da Medida Provisória (MP 910/2019) do Bolsonaro, retirada de pauta, envernizada agora para promover nova onda de desmatamento e violência na Amazônia no interesse da bancada ruralista.

Duas dezenas de artistas, entre os quais Caetano Veloso, Alessandra Negrini, Malu Mader, Betty Faria, Daniela Mercury, comprometidos com a defesa da floresta e de seus moradores, humanos ou não, enviaram ao deputado um vídeo, solicitando que adie a votação do projeto prevista agora para a próxima quarta-feira (27), em plena pandemia do coronavirus, enquanto milhares de famílias choram os seus mortos. Gaby Amarantos implora: “Ouça o povo brasileiro, não vote a PL agora, por favor, espere passar a pandemia para que haja um debate mais amplo”. Cássia Kis pede um milagre: “Que Deus ilumine seu coração, sua mente”.

O barbeiro careca

O discurso de Marcelo Ramos, no entanto, já está dominado pela ação do barbeiro careca, que grilou o cérebro do parlamentar e desmatou os seus neurônios, como se pode constatar na resposta que deu. Irritado e prepotente, não argumentou. Instalado em seu apartamento funcional de Brasília, com salário de R$33.763,00, além de penduricalhos e mordomias, desqualificou os artistas:

- “Vocês estão nos seus apartamentos confortáveis no Rio ou em São Paulo para falar de uma Amazônia que vocês só conhecem pela internet, pela TV ou em visitas de passeio”. Sem argumentos para contradizer, atacou os artistas e tentou desacreditá-los, usando o falacioso argumento ad hominem.

“Somente os que nasceram e moram na Amazônia conhecem a região. Os outros, os de fora, que fiquem calados”. Os artistas citados, com exceção da paraense Gaby Amarantos, não podem amar, defender ou conhecer a Amazônia, porque isso é monopólio de quem lá nasceu. Tamanha bobagem equivale a dizer que um careca não pode ser barbeiro, porque não tem cabelo. A lógica do barbeiro careca é obtusa. O barbeiro não precisa ter cabelo para trabalhar a cabeça dos outros, da mesma forma que o cientista não precisa ser amazonense para escolher a Amazônia como objeto de estudo. O importante é que a tesoura dele e suas ferramentas conceituais estejam afiadas.

Marcelo com sua lógica do barbeiro careca quer criar uma reserva de mercado no campo epistemológico, esquecendo que a linguagem da ciência é universal e que muitos estudiosos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), alguns dos quais estrangeiros, não nasceram na região. Posso fazer uma lista com mais de uma centena de cientistas de fora, cujos estudos desde o séc. XIX são imprescindíveis para conhecer a floresta e seus habitantes. Só para dar dois exemplos atuais: impossível entender a Amazônia sem os trabalhos do biólogo João Paulo Capobianco e do físico Paulo Artaxo, ambos da USP.

Na coluna que já estava escrita, eu me perguntava o que aconteceu para que mudasse de lado esse deputado, ex-militante do PCdoB e ex-presidente do Centro Acadêmico de Direito da Universidade Federal do Amazonas. Por que despirocou dessa forma? Como foi possível que se tornasse refém do que existe de mais atrasado, corrompido e podre na política nacional? Talvez ele esteja agora buscando um lugar na sala de reunião dos ministros de Bolsonaro, onde conviverá com seus comparsas e chamará os ministros do STF de “vagabundos”. E de “bostas” o governador de São Paulo e o prefeito de Manaus. Aliás, tal ofensa só enobrece o currículo do prefeito Arthur Vergílio Neto.  

Circo de horrores

O texto original da coluna Takiprati, agora modificado, respondia às perguntas, descrevendo a trajetória de Marcelo Ramos no cenário político do Amazonas. No entanto, diante do que aconteceu no covil de bandidos, Marcelo ficou pequenininho. Ele precisa ainda comer muito feijão para competir nesse circo de horrores com um Weintraub, que odeia os povos indígenas e quer prender “os ministros vagabundos do STF” ou com a Damares que fala em botar em cana governadores e prefeitos. Ou ainda com Ricardo Salles que faz o que Marcelo Ramos quer fazer, mas explicita com todas as letras que está se lixando para a dor das vítimas da pandemia.

Todos eles, incluindo o Capo da Cosa Nostra, vão enfrentar mais adiante os tribunais e a Historia, como aconteceu com os generais na Argentina.

Nas redes sociais, muita gente horrorizada. O Brasil não é esse lixo. Não pode ser.  Para o prefeito de Manaus, parecia “uma reunião de vagabundos na esquina”. Mas essa avaliação é ofensiva aos vagabundos, que não vivem de verbas públicas e nem causam danos a terceiros. O capo estava ali manobrando claramente para impedir que ele e seus filhos, acusados de corrupção, fossem investigados. Os ministros se encarregaram de distrair o distinto público. 

Se o leitor me permitir, concluo aqui com a postagem de minha colega na Uerj, Ana Chrystina Mignot, que resume o sentimento de todos nós.

Chocada. Em meio à pandemia, a reunião ministerial ignora a dor dos brasileiros, despreza a necessidade de planejar saídas para minimizar as mortes.
Perplexa. O linguajar é pobre. As ideias são podres. Fedem à nostalgia de ditadura. Exalam cheiro de desrespeito à democracia.

Indignada. Pagamos salários, gratificações e mordomias para esta cambada despreparada, autoritária e insaciável. Turma de bajuladores. Gente do mal.

Amedrontada. O que fazer diante da promessa de armar a população? Como aceitar um governo comprometido com milícias?

Impotente. Olho em volta e vejo que ainda tem quem aplauda as ameaças explícitas e veladas à nossa democracia.

Enojada. Choro pelos povos indígenas. Pelos pobres. Pelos doentes. Pelos velhos. Choro por você. Choro por mim. Choro de indignação, de vergonha, de medo e de nojo”.

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44 Comentário(s)

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28/05/2020
Chame o Ladrão! Chame o Comando Vermelho! O Terceiro Comando! Qualquer un deles fará melhor do que o psicopata que nos "governa". Eles, pelo menos, têm lógica e não mandariam desperdiçar uma riqueza única a troco de apoios. versáteis.
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Claudio Faverzani comentou:
26/05/2020
Parecia não, é uma reunião da máfia. Bandidagem instituída.
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
25/05/2020
Nao gosto do prefeito que é do partido que pagou pelo golpe, mas vou deixa-lo pra lá. Quanto ao Marcelo fico revoltada, indignada e decepcionada. Eu o vi crescer, era muito amiga de seus pais, ele e sua mae estavam comigo na casa de meu pai qdo fui avisada da morte brusca de seu pai e eu tive que dar esta notícia, portanto me choca profundamente ele ter se tornado isto. Vibrei qdo vi despontar na política pois achava que vinha modificar algo no cenário político de Manaus. Mas é isto, se locupletou, se deslumbrou, sei lá o quê. Só sei que me dói muito ele nao ter noção do descaso que está tendo com o Amazonas. E é indigno, deu nova roupagem a um projeto que já havia sido vetado ou perdido validado. A troco de quê? Atender interesse de quem? Acho que nem o pai nem o avô materno que conheci bastante concordariam com ele.
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Licio Caetano do Rego Monteiro* comentou:
25/05/2020
PASSOU BOI, PASSOU BOIADA... E CAMUFLADA Funciona assim. O Salles disse que era pra aproveitar o foco da imprensa na pandemia e atropelar a legislação ambiental, passar a boiada. Aí a gente fica espantado com a declaração. Fora Salles, que fdp! Mas aí é uma metanarrativa. Enquanto estávamos de olho na pandemia, não percebemos o Salles. E enquanto estamos de olho no Salles falando m..., não percebemos que o governo decretou no dia 11 de maio uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) subordinando por um mês o IBAMA e o ICMBio às Forças Armadas em toda a Amazônia brasileira, com a justificativa de que era uma medida preventiva para o combate às queimadas e ao desmatamento. O decreto nem mencionava o combate ao garimpo. Duas semanas antes, um diretor do IBAMA e dois servidores foram demitidos logo depois de terem ousado destruir a maquinaria de garimpos ilegais, mas o motivo alegado era reestruturação advinda com a criação do Conselho Federal da Amazônia, sob comando do vice-presidente Mourão, formado por inúmeros militares, mas sem quaisquer representantes do IBAMA, do ICMBio ou da FUNAI. Uma semana depois, o presidente recebia o Major Curió no Planalto para um café entre amigos. Major Curió, para quem não se lembra, foi aquele que participou de assassinatos de prisioneiros, tortura, ocultação de cadáveres e sequestro de crianças no Araguaia. Depois foi o interventor designado para Serra Leste, onde "organizou" o garimpo de Serra Pelada e um grupo paramilitar de "bate-paus", depois foi deputado federal e de tão poderoso na região teve um município batizado em sua homenagem. Depois de se tornar prefeito do município, foi condenado por enriquecimento ilícito e cassado. Talvez sua figura expressasse o modelo de Amazônia que o presidente tinha em mente ao enchê-la de militares, liberar o garimpo e perseguir servidores comprometidos com o meio ambiente. Voltando aos militares de hoje, com a GLO ambiental preventiva os militares passaram a jogar com o regulamento debaixo do braço. Estão enfrentando o inimigo imaginário que destrói a imagem do Brasil no exterior por conta de queimadas na Amazônia, como afirmou Mourão em recente artigo de opinião. Mas diante de uma iminente catástrofe humanitária na Amazônia, em que falta oxigênio no hospital de São Gabriel da Cachoeira, município com maior percentual de população indígena no Brasil, os militares não conseguem fazer nada para impedir. Isso porque um especialista em logística está à frente do Ministério da Saúde. Será que estão ocupados demais combatendo as queimadas? Já devem saber a resposta, né. Com duas semanas de GLO, a Justiça Federal deu decisão favorável ao pedido de 25 procuradores da força-tarefa do MPF na Amazônia que exigiam que os órgãos ambientais dessem combate à escalada de desmatamento durante a pandemia, o que não estava sendo feito. O Ministério do Meio Ambiente lavou as mãos pois o assunto agora é com os militares. Segundo o MMA, as medidas urgentes já estão sendo tomadas, a GLO ambiental é prova disso. Desde outubro de 2019, depois de uma GLO decretada em agosto por conta do pico de desmatamento que escandalizou o mundo, as multas ambientais foram praticamente suspensas por decreto presidencial, que instituía audiências de conciliação que poderiam reduzir ou anular as multas, mas que na realidade as suspendiam indefinidamente, pois não havia audiência alguma. Os procuradores pediam uma responsabilização do governo federal pelos danos causados ao meio ambiente e aos povos e comunidades tradicionais. Mas responsabilização não é o forte dos militares, nem dos de ontem, como Curió, nem dos de hoje, como Mourão - que culpa a todos e exime os militares. Talvez ainda venham a acusar o MPF e o judiciário federal de interferência no poder executivo. Aí é só chamar a Damares pra dizer que os índios estão se contaminando de COVID para colocar a culpa no governo e que as queimadas são obra de ambientalistas alienígenas. Vamos ficar com ódio das fake news do "gabinete do ódio" do Carluxo, enquanto a boiada passa nos grupos de zap e sites militares propagando as mesmas mensagens, de modo muito mais eficiente e discreto. Depois é só soprar segredinhos para os jornalistas ávidos por uma notinha dos anônimos militares do Planalto e pronto. Receita de sucesso. Pois, vejam. Funciona assim. A gente assistiu à reunião, militares polidos e moderados não despertam raiva, como Salles. Enquanto o Salles diz que vai fazer, os militares já estão fazendo sem dizer, a boiada passa e ninguém vê. Professor de Geografia, UFF-Angra
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Tadeu Veiga (via FB) comentou:
25/05/2020
crime organizado ma non troppo...
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Xeno Veloso (via FB) comentou:
25/05/2020
Quem mais tem conhecimento legítimo da Amazônia são os europeus. Grandes pesquisadores descobriram a riqueza da floresta há séculos. Por isso ficam agoniados com a destruição. Esse cabeças de bagre acham que a Amazônia é pasto.
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Roberta Duarte comentou:
25/05/2020
Sempre impecável, lúcido e com uma escrita coerente! Estamos perdidos! A “Noite de crime” no nosso país não dura somente uma noite e não sabemos se sairemos vivos, nós e a natureza! CANALHAS!!!!!!!!
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Rosi Waikhon comentou:
25/05/2020
Uma reunião de como destruir o país ...Triste. Situação do povo brasileiro já estava difícil... Agora ..mais triste ainda.
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Marcia Paraquett comentou:
24/05/2020
Apoio-me no comentário de Carmen Lysia Nogueira para dizer que não me importam os palavrões, ainda que estejam inadequados à situação, porque, como sabiamente disse Fontanarrosa, las palabrotas pueden ser libertarias. O problema é o silêncio conivente da maioria dos ministros e as barbaridades ditam pelos que se manifestaram. Vergonha nacional!!!!
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Tânia Pacheco comentou:
24/05/2020
Ótimo texto de Bessa, como sempre. Mas a citação de sua postagem foi simplesmente perfeita. Eu assinaria cada palavra do seu desabafo indignado.
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Combate - Racismo Ambiental comentou:
24/05/2020
Publicado no blog Combate - Racismo Ambiental, https://racismoambiental.net.br/2020/05/24/a-boiada-da-amazonia-no-covil-dos-bandidos-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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Valter Xeu comentou:
24/05/2020
Publicado no blog Patria Latina: http://www.patrialatina.com.br/a-boaiada-da-amazonia-no-covil-dos-bandidos/
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Luciana Marcia De Souza Silva comentou:
24/05/2020
Eles têm delírios de poder individual. Para o coletivo:e daí ?
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Ivone Huesca comentou:
24/05/2020
Tudo isso é pior que a pandemia e seus tristes resultados. É chocante!
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Toco Viecili comentou:
24/05/2020
Muito pior que uma reunião de vagabundos na esquina, porque são homens que usam o poder que lhes foi outorgado para locupletarem-se, beneficiarem-se, aproveitando uma epidemia que mata o povo, principalmente os mais desassistidos. Bandidos! Milicianos!
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Ubirajara Terra comentou:
24/05/2020
É preciso extirpar de uma vez por todas esse câncer que está acabando com o Brasil! Bandidos eleitos sob influência de fake news e mentiras deslavadas! Impostores a serviço dos EUA (nisso ninguém fala)! É preciso romper relações comerciais e diplomáticas com os EUA, se quisermos um Brasil democrático! Eles precisam mais de nós do que nós deles!
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Rita Olivieri-Godet (via FB) comentou:
24/05/2020
A quadrilha reunida com planos para matar o Brasil!
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Carmen Lysia Nogueira comentou:
24/05/2020
Na tal reunião, os palavrões são as ofensas de menor potencial. Potente mesmo é o significado do silêncio de quem deveria se posicionar após as evidências reveladas nesse conluio do dia 22/04.
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Heloisa Maria Braga Cardoso da Silva comentou:
24/05/2020
Tenho procurado distância desse espaço, para que, no tempo que, inesperadamente, me foi dado, possa fazer as mil coisas que ficavam de lado. Mas é impossível ficar calada depois de ter, estarrecida, ouvido e visto a tal reunião. Na ocasião lembrei-me de fato antigo (1994): o escândalo do vazamento da conversa do então ministro da Economia Rubens Ricupero com o repórter que iria entrevistá-lo. O ministro renunciou. Esses, e seu chefe, continuarão a "deitar e rolar", porque uma popularidade de 30%, segundo me explicaram, os manterão; Collor e Dilma caíram porque seus índices eram muito mais baixos. A OAB e congêneres farão seus protestos, e esses povoarãoi as redes sociais, mas nada mudará ... Ah, e o Marcelo Ramos, última prova da força da corrupção do poder ? O que posso fazer ê não lhe dar meu voto e divulgar.Tá qui pra ti.
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Dirceu Prestes comentou:
24/05/2020
Se explodir uma bomba numa reunião dessa, o após seria uma cena horrorosa, pois a cena de um monte de merda espalhada para todos os lados é grotesco de causar náuseas.
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Celia Fortes comentou:
24/05/2020
A CULPA DESSA PANDEMIA NÃO É DO PRESIDENTE. É DOS GOVERNADORES E PREFEITOS QUE ESCONDERAM O VÍRUS PARA FESTEJAREM O CARNAVAL. QUE NÃO CUIDAM DA REDE DE SAÚDE DE SUA POPULAÇÃO. DA GANÂNCIA E CORRUPÇÃO DELES EM DESVIAREM OS RECURSOS DESTINADOS AO COMBATE AO COVID 19 E AOS HOSPITAIS DE CAMPANHA .
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Neide Martins Siqueira (via FB) comentou:
24/05/2020
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Dalva Fratani comentou:
24/05/2020
Coisa muito feia. Ministros fracos, puxa sacos, trapasseiros. Mas sem dúvida a maior vergonha foi dos ministros da EDUCAÇÃO e Meio Ambiente. Vergonha o mundo inteiro deve julgar todos os brasileiros por aqueles ministros que mal sabem.o que ali deveriam estar fazendo...
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Benjamin Baniwa comentou:
24/05/2020
Essa corja que se apoderou do poder central é uma vergonha, dá nojo, ...
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Ramón Mariano Abeyá comentou:
24/05/2020
Assustador. Segue a impunidade.
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Andrea Drummond Couto comentou:
24/05/2020
É terrível o que se viu nessa reunião ministerial, ou melhor, nessa reunião da quadrilha de bandidos que estão no poder. É abjeto o seu desprezo pela vida, pelo povo. Sei que um dia eles vão cair. Aguardo ansiosamente esse momento. E espero também que sejam todos presos e que a Justiça, tanto dos Homens quanto a Divina, não seja benevolente com eles. Já basta a Justiça ter sido tão débil com os torturadores da ditadura. Esses bandidos ministros milicianos, demonstraram todo seu desprezo pela dor das famílias nessa pandemia e todo seu desprezo pelos direitos dos povos indígenas, além do desprezo pelo meio ambiente. Enquanto estiverem no poder vão desmatar o máximo possível a Amazônia, em conluio com seus amigos ruralistas. Vão dizimando índios, poluindo os rios. São tão ignorantes que não dão crédito ao conhecimento que avisa que, destruindo a Amazônia, todos que habitam esse planeta vão sofrer os efeitos, inclusive eles próprios. Estou chocada até agora com os horrores que foram ditos naquela reunião.
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Antonio Sanches (via FB) comentou:
24/05/2020
O ex presidente doente mental e os ministros também doentes mentais deram show de grossura, incivilidade e bandidagem criminosa. parecia mais de reunião de milicianos. o ex presidente mostrava preocupação em armar o povo, para manter a democracia. um cara desse tipo jamais sou o que é democracia. pouco estudo, falta de sensibilidade.
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Charlotte Emmerich comentou:
24/05/2020
Foi surreal essa reunião. Simplesmente inacreditável o baixo nível e as propostas.
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Selma Alves comentou:
24/05/2020
O curral dos horrores a boiada toda junto
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Celeste Correa comentou:
23/05/2020
Eu pensei que não ia me surpreender mais com nada que viesse desse governo, mas ao assistir o vídeo da tal reunião eu senti nojo e indignação diante de tamanha sordidez. Alguns até podem dizer, o que esperar de um governo cujo chefe do Estado, quando deputado, defendeu a tortura ao reverenciar um coronel reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura? que disse para uma colega deputada que jamais iria estupra-la porque ela não merecia? É..Jair Bolsonaro não enganou ninguém. Ele colecionou dezenas de declarações polêmicas ao longo de décadas de carreira política, declarações que mostraram verdadeiramente quem ele é . As palavras de baixo calão e o total despreparo dele e do seu ministério infelizmente já estão evidentes nesses 16 meses de desgoverno. O que me fez perder o sono ao assistir esse circo de horrores foi constatar a total ausência de empatia e de compaixão dele e dos seus ministros pelo sofrimento humano, com falas contaminadas pela podridão, evidenciando descaso sobre a situação do país e das mortes ocorridas pela pandemia . É horrível a sensação de impotência em relação a tudo isso! Precisamos de algum sinal de esperança,olha...Eu confesso que não aguento mais "notinhas de repúdio".
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APIB - Comunicado oficial comentou:
23/05/2020
Povos da Amazônia são contra o PL da Grilagem! Senhores deputados, pra que tanta a pressa em se votar uma PL sem abrir o debate com a sociedade? O PL da Grilagem não é prioridade para a população da Amazônia. É preciso fazer um debate amplo sobre a questão fundiária no Brasil.
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Erickson Barreto comentou:
23/05/2020
Muito fácil e lógico mudar a narrativa, já que não obtiveram sucesso no pleito sugerido com a divulgação do vídeo!
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Alice Duarte comentou:
23/05/2020
Cambada de safados e oportunistas!!
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Evaldo Matias Neto comentou:
23/05/2020
E o Brasil que se f* (aproveitando o palavriado do chefe da quadrilha).
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Nazare Cavalcante comentou:
23/05/2020
Que vergonha esses nossos governantes.
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Ana Silva comentou:
23/05/2020
Bravoooo! Bessa, você resume bem o enredo dessa podridão que assola o nosso país. Excelente, aplausos para você, muitos, muitos.
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Maria Do Carmo Almeida (via FB) comentou:
23/05/2020
...e o capitão miliciano dando esporro na tropa... VERGONHOSO! O que falta acontecer? O que mais permitiremos que aconteça? A verdade é que isso não passa pela nossa permissão... Sentimento de impotência total...????
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Ana Chrystina Mignot comentou:
23/05/2020
Querido José Bessa, você sabe o quanto admiro você e tudo o que escreve. Sou sua leitora assídua. Estou lisonjeada com a citação. No meio deste pandemônio, estarmos juntos, é bom.demais.
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Tania Pacheco comentou:
24/05/2020
Ótimo texto de Bessa, como sempre. Mas a citação de sua postagem foi simplesmente perfeita. Eu assinaria cada palavra do seu desabafo indignado.
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Beth Lins Specht comentou:
23/05/2020
.... estão querendo que morram muito mais... infelizmente é isso...
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Araci Labiak (via FB) comentou:
23/05/2020
A que ponto chegamos! Ou tão somente evidenciamos? O que sempre houve, O que sempre foi!
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Helder Alves comentou:
23/05/2020
Parabéns! Eu e meu pai José Eckner somos fans das suas crônicas.
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Marcus Maia (via FB) comentou:
23/05/2020
Súcia de velhacos deve ser algo assim...
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Bolivar Carvalho (via FB) comentou:
23/05/2020
Foi uma reunião? Pensei que fosse uma convenção entre traficantes.
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