CRÔNICAS

Eugênio Sales, um cardeal sem passado

Em: 15 de Julho de 2012 Visualizações: 613808
Eugênio Sales, um cardeal sem passado

O tratamento que a mídia deu à morte do cardeal dom Eugenio Sales, ocorrida na última segunda-feira, com direito à pomba branca no velório, me fez lembrar o filme alemão "Uma cidade sem passado", de 1990, dirigido por Michael Verhoven. Os dois casos são exemplos típicos de como o poder manipula as versões sobre a história, promove o esquecimento de fatos vergonhosos, inventa despudoradamente novas lembranças e usa a memória, assim construída, como um instrumento de controle e coerção.

O filme

Comecemos pelo filme, que se baseia em fatos históricos. Na década de 1980, o Ministério da Educação da Alemanha realiza um concurso de redação escolar, de âmbito nacional, cujo tema é "Minha cidade natal na época do III Reich". Milhares de estudantes se inscrevem, entre eles a jovem Sônia Rosenberger, que busca reconstituir a história de sua cidade, Pfilzing - como é denominada no filme - considerada até então baluarte da resistência antinazista.

Mas a estudante encontra oposição. As instituições locais de memória - o arquivo municipal, a biblioteca, a igreja e até mesmo o jornal Pfilzinger Morgen - fecham-lhe suas portas, apresentando desculpas esfarrapadas. Ninguém quer que uma "judia e comunista" futuque o passado. Sônia, porém, não desiste. Corre atrás. Busca os documentos orais. Entrevista pessoas próximas, familiares, vizinhos, que sobreviveram ao nazismo. As lembranças, contudo, são fragmentadas, descosturadas, não passam de fiapos sem sentido.

A jovem pesquisadora procura, então, as autoridades locais, que se recusam a falar e ainda consideram sua insistência como uma ameaça à manutenção da memória oficial, que é a garantia da ordem vigente. Por não ter acesso aos documentos, Sônia perde os prazos do concurso. Desconfiada, porém, de que debaixo daquele angu tinha caroço - perdão, de que sob aquele chucrute havia salsicha - resolve continuar pesquisando por conta própria, mesmo depois de formada, casada e com filhos, numa batalha desigual que durou alguns anos.

Hostilizada pelo poder civil e religioso, Sônia recorre ao Judiciário e entra com uma ação na qual reivindica o direito à informação. Ganha o processo e, finalmente, consegue ingressar nos arquivos. Foi aí, no meio da papelada, que ela descobriu, horrorizada, as razões da cortina de silêncio: sua cidade, longe de ter sido um bastião da resistência ao nazismo, havia sediado um campo de concentração. Lá, os nazistas prenderam, torturaram e mataram muita gente, com a cumplicidade ou a omissão de moradores, que tentaram, depois, apagar essa mancha vergonhosa da memória, forjando um passado que nunca existiu.

Os documentos registraram inclusive a prisão de um judeu, denunciado na época por dois padres, que no momento da pesquisa continuavam ainda vivos, vivíssimos, tentando impedir o acesso de Sônia aos registros. No entanto, o mais doloroso, era que aqueles que, ontem, haviam sido carrascos, cúmplices da opressão, posavam, hoje, como heróis da resistência e parceiros da liberdade. Quanto escárnio! Os safados haviam invertido os papéis. Por isso, ocultavam os documentos.

Deus tá vendo

E é aqui que entra a forma como a mídia cobriu a morte do cardeal dom Eugênio Sales, que comandou a Arquidiocese do Rio, com mão forte, ao longo de 30 anos (1971-2001), incluindo os anos de chumbo da ditadura militar. O que aconteceu nesse período? O Brasil já elegeu três presidentes que foram reprimidos pela ditadura, mas até hoje, não temos acesso aos principais documentos da repressão.

Se a Comissão Nacional da Verdade, instalada em maio último pela presidente Dilma Rousseff, pudesse criar, no campo da memória, algo similar à operação "Deus tá vendo", organizada pela Policia Civil do Rio Grande do Sul, talvez encontrássemos a resposta. Na tal operação, a Polícia prendeu na última quinta-feira quatro pastores evangélicos envolvidos em golpes na venda de automóveis. Seria o caso de perguntar: o que foi que Deus viu na época da ditadura militar?

Tem coisas que até Ele duvida. Tive a oportunidade de acompanhar a trajetória do cardeal Eugênio Sales, na qualidade de repórter da ASAPRESS, uma agência nacional de notícias arrendada pela CNBB em 1967. Também, cobri reuniões e assembleias da Conferência dos Bispos para os jornais do Rio - O Sol, O Paiz e Correio da Manhã, quando dom Eugênio era Arcebispo Primaz de Salvador. É a partir desse lugar que posso dar um modesto testemunho.

Os bispos que lutavam contra as arbitrariedades eram Helder Câmara, Waldir Calheiros, Cândido Padin, Paulo Evaristo Arns e alguns outros mais que foram vigiados e perseguidos. Mas não dom Eugênio, que jogava no time contrário, ao lado de Dom Geraldo Sigaud, arcebispo de Diamantina, membro da TFP, fascista e dedo-duro assumido. Um dos auxiliares de dom Helder, o padre Henrique, foi torturado até a morte em 1969, num crime que continua atravessado na garganta de todos nós e que esperamos seja esclarecido pela Comissão da Verdade. 

Padres e leigos foram presos e torturados, sem que escutássemos um pio de protesto de dom Eugênio, contrário à teologia da libertação e ao envolvimento da Igreja com os pobres.

O cardeal Eugenio Sales era um homem do poder, que amava a pompa e o rapapé, muito atuante no campo político. Foi ele um dos inspiradores das "candocas" - como Stanislaw Ponte Preta chamava as senhoras da CAMDE, a Campanha da Mulher pela Democracia. As "candocas" desenvolveram trabalhos sociais nas favelas exclusivamente com o objetivo de mobilizar setores pobres para seus objetivos golpistas. Foram elas, as "candocas", que organizaram manifestações de rua contra o governo democraticamente eleito de João Goulart, incluindo a famigerada "Marcha da família com Deus pela liberdade", que apoiou o golpe militar, com financiamento de multinacionais, o que foi muito bem documentado pelo cientista político René Dreifuss, em seu livro "1964: A Conquista do Estado" (Vozes, 1981). Ele teve acesso ao Caixa 2 do IPES/IBAD.

Nós, toda a torcida do Flamengo e Deus que estava vendo tudo, sabíamos que dom Eugênio era, com todo o respeito, o cardeal da ditadura. Se não sofro de amnésia - e por enquanto não sofro de amnésia ou de qualquer doença neurodegenerativa - posso garantir que na época ele nem disfarçava, ao contrário manifestava publicamente orgulho do livre trânsito que tinha entre os militares e os poderosos.

- "Quem tem dúvidas...basta pesquisar os textos assinados por ele no JB e n'O Globo" - escreve a jornalista Hildegard Angel, que foi colunista dos dois jornais e avaliou assim a opção preferencial do cardeal:

- A Igreja Católica, no Rio, sob a égide de dom Eugenio Salles, foi cada vez mais se distanciando dos pobres e se aproximando, cultivando, cortejando as estruturas do poder. Isso não poderia acabar bem. Acabou no menor percentual de católicos no país: 45,8%...

Portões do Sumaré

Por isso, a jornalista estranhou - e nós também - a forma como o cardeal Eugenio Sales foi retratado no velório pelas autoridades. Ele foi apresentado como um combatente contra a ditadura, que abriu os portões da residência episcopal para abrigar os perseguidos políticos. O prefeito Eduardo Paes, em campanha eleitoral, declarou que o cardeal "defendeu a liberdade e os direitos individuais". O governador Sérgio Cabral e até o presidente do Senado, José Sarney, insistiram no mesmo tema, apresentando dom Eugênio como o campeão "do respeito às pessoas e aos direitos humanos".

Não foram só os políticos sem credibilidade e serviçais, eles também, da ditadura. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal seria, então, um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor". 

Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só - umazinha - dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal.

Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!", como no filme "Uma cidade sem passado".

Mas não é tão surpreendente assim. O texto de Hildegard menciona a grande habilidade, em vida, de dom Eugenio, em "manter ótimas relações com os grandes jornais, para os quais contribuiu regularmente com artigos". As azeitadas relações com os donos dos jornais e com alguns jornalistas em postos-chave continuaram depois da morte, como é possível constatar com a cobertura do velório. A defesa de dom Eugênio, na realidade, funciona aqui como uma autodefesa da mídia e do poder.

Os jornais elogiaram, como uma virtude e uma delicadeza, o gesto do cardeal Eugenio Sales que cada vez que ia a Roma levava mamão-papaia para o papa João Paulo II, com o mesmo zelo e unção com que o senador Alfredo Nascimento levava tucumã já descascado para o café da manhã do então governador Amazonino Mendes. São os rituais do poder com seus rapapés.

- Dentro de uma sociedade, assim como os discursos, as memórias são controladas e negociadas entre diferentes grupos e diferentes sistemas de poder. Ainda que não possam ser confundidas com a "verdade", as memórias têm valor social de "verdade" e podem ser difundidas e reproduzidas como se fossem "a verdade" - escreve Teun A. van Dijk, doutor pela Universidade de Amsterdã.

A "verdade" construída pela mídia foi capaz de fotografar até "a presença do Espírito Santo" no funeral. Um voluntário da Cruz Vermelha, Gilberto de Almeida, 59 anos, corretor de imóveis, no caminho ao velório de dom Eugênio, passou pelo abatedouro, no Engenho de Dentro, comprou uma pomba por R$ 25 e a soltou dentro da catedral. A ave voou e posou sobre o caixão: "Foi um sinal de Deus, é a presença do Espírito Santo" - berraram os jornais. Parece que vale tudo para controlar a memória, até mesmo estabelecer preço tão baixo para uma das pessoas da Santíssima Trindade. É muita falta de respeito com a fé das pessoas.

- "A mídia deve ser pensada não como um lugar neutro de observação, mas como um agente produtor de imagens, representações e memória" nos diz o citado pesquisador holandês, que estudou o tratamento racista dispensado às minorias étnicas pela imprensa europeia. Para ele, os modos de produção e os meios de produção de uma imagem social sobre o passado são usados no campo da disputa política.

Nessa disputa, a mídia nos forçou a fazer os comentários que você acaba de ler, o que pode parecer indelicadeza num momento como esse de morte, de perda e de dor para os amigos do cardeal. Mas se a gente não falar agora, quando então? Stuart Angel e os que combateram a ditadura merecem que a gente corra o risco de parecer indelicado. É preciso dizer, em respeito à memória deles, que Dom Eugênio tinha suas virtudes, mas uma delas não foi, certamente, a solidariedade aos perseguidos políticos para quem os portões do Sumaré, até prova em contrário, permaneceram fechados. Que descanse em paz! Em vida, ele se esforçou tanto para ser leal à ditadura que agora, morto, não é justo desconhecer esse esforço. Que os jornais respeitem sua memória.

P.S. - O jornalista amazonense Fábio Alencar foi quem me repassou o texto de Hildegard Angel, que circulou nas redes sociais. O doutor Geraldo Sá Peixoto Pinheiro, historiador e professor da Universidade Federal do Amazonas, foi quem me indicou, há anos, o filme "Uma cidade sem passado". Quem me permitiu discutir o conceito de memória foram minhas colegas doutoras Jô Gondar e Vera Dodebei, organizadoras do livro "O que é Memória Social" (Rio de Janeiro: Contra Capa/ Programa de Pós- Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2005). Nenhum deles tem qualquer responsabilidade sobre os juízos por mim aqui emitidos.
P.S. - A ilustração que foi acrescentada é do meu querido parceirinho Fernando Assaz Atroz
http://assazatroz.blogspot.com.br/

 

 

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256 Comentário(s)

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Angelina Teixeira Peralva comentou:
14/06/2023
boa noite! Só agora pude ler com muito interesse o artigo que você publicou em 2012 por ocasião da morte de D. Eugenio Sales, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro. Sempre tive dele a ideia de uma pessoa bastante conservadora e certamente um "habitué" dos círculos do poder (como convém à maior parte da hierarquia da Igreja). Mas agora, justamente, exumando velhos papéis, deparei-me com uma carta de D. Eugênio ao Cardeal Silva Henriques em Santiago do Chile, pedindo-lhe que ajudasse meus pais "aflitos" com a minha situação que iriam procurá-lo. Ele próprio foi procurado por minha tia, também "aflita" com a minha situação. Ignoro como ela chegou até ele posto que não tínhamos, em minha família próxima, qualquer relação com a Igreja. Mas a verdade é que D. Eugênio produziu essa carta da qual restou uma fotocópia em meus arquivos de família. Do mesmo modo como Zuzu Angel procurou D. Eugênio, era habitual que famílias mobilizassem pessoas que tinham entrada nos círculos militares num esforço para defender seus parentes. A pedido de meu advogado, Dr. Heleno Fragoso, minha família mobilizou duas pessoas com essas características para testemunharem a meu favor em um processo que eu sofri. Uma foi Nelson Rodrigues (Ruy Castro conta essa história em O Anjo Pornográfico); a outra foi Odylo Costa, filho. Não sei muito o que te dizer mais sobre isso - salvo que entre o negro de ébano e o branco alvíssimo, havia uma espécie de cinza intermediário. Tal é a realidade dos fatos. Vai a carta de D. Eugênio.
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Renato Dias comentou:
21/10/2014
Muito bom professor, Se não tentarmos desconstruir essas representações mentirosas dos protegidos da mídia, quem o fará? Excelente crônica, parabéns e obrigado pela oportunidade de conhecer uma outra perspectiva sobre o assunto.
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Benedito Gois comentou:
19/06/2014
MILITARES DIZEM NÀO TER ENCONTRADO PROVAS DE TORTURAS EM QUARTÉIS (O Globo 19/06/2014, pg. 6). Os militares enviaram à Comissão da Verdade o resultado de uma sindicância feita pelo Exército, Marinha e Aeronáutica. Eles tiveram a cara de pau de concluir que não houve nem tortura nem qualquer tipo de violência em sete instituições onde ocorreram torturas e mortes. A prova: "Para reforçar que o lugar era adequado para os presos, o documento cita a visita feita em 1972 pelo então cardeal-arcebispo do Rio, dom Eugenio Salles. De acordo com a Marinha, Dom Eugenio teria mantido contatos em particular com os detentos, atestando a normalidade no uso daquelas instalações prisionais". Stuart Angel está vivo, segundo Dom Eugenio, que está morto, citado pelos generais, que são vivissimos.
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Roseli Henriques (I) comentou:
23/10/2013
Professor, não sei se o senhor viu a matéria da Carta Capital sobre Dom Eugênio Salles. No entanto, até a Carta Capital põe no título a palavra agente duplo. Como se ele tivesse algum papel na ajuda aos militantes de esquerda do período. http://www.cartacapital.com.br/revista/770/dom-eugenio-agente-duplo-6767.html/view Dom Eugênio, agente duplo Documentos inéditos provam a colaboração do primaz com a ditadura. Por Marsílea Gombata por Marsílea Gombata — publicado 18/10/2013 Acuados, os generais buscavam minar o ímpeto das lideranças católicas dentro da própria CNBB. Contaram, para isso, com uma das figuras mais influentes do clero: o cardeal e então arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eugênio Salles. É o que revelam documentos oficiais obtidos por CartaCapital junto ao Arquivo Nacional em Brasília. Em relatório de 14 de março de 1976, o I Exército do Rio de Janeiro relata ao Serviço Nacional de Informações (SNI) como o cardeal conseguiu conter os esforços da própria CNBB de lançar uma campanha contra a repressão. Ao se referir ao “clero católico”, o documento dizia: “A CNBB pretendia fazer declarações sobre as atuais prisões, envolvendo elementos do PCB, no RJ/RJ. Dom Eugênio Salles conseguiu esvaziar o movimento da CNBB. Irah a Roma ET, no seu retorno ao país, farah declarações favoráveis”. A evidência fica clara em outro documento do SNI, também parte do acervo do Arquivo Nacional. A carta da CNBB, endereçada ao general Ernesto Geisel em 24 de setembro de 1975, pedia esclarecimentos sobre o paradeiro de presos políticos. (...) Diante da pressão, os militares usavam dom Eugênio – arcebispo primaz do Brasil desde 1968 – como uma espécie de garoto de recados, de acordo com o documento do I Exército do Rio de Janeiro ao SNI, de 1976. À época da prisão de jornalistas ligados ao PCB, como Oscar Maurício de Lima Azêdo e Luiz Paulo Machado, foram coletados depoimentos de outros profissionais de imprensa, como Fichel Davit Chargel e Ancelmo Gois, por meio dos quais seriam reveladas operações do PCB no Rio. Com tais informações nas mãos, os militares pressionaram o fotógrafo Luiz Paulo Os militares queriam, como relata o documento da Operação Grande-Rio, que dom Eugênio conversasse com a mulher do fotógrafo, Elaine Cintra Machado, para sugerir procurar o comandante do I Exército e obter informações sobre o detido. Era de extrema importância, no entanto, que o arcebispo deixasse transparecer o mínimo sobre a relação próxima que tinha com os militares. “Dom Eugênio Salles, por solicitação do CMT do I EX, fazendo transparecer ser iniciativa sua, aconselhou a Elaine que procurasse o CMT do I EX, dando a crer, também que soh o Exército poderia cooperar com ela.”
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Roseli Henriques comentou:
23/10/2013
Professor, não sei se o senhor viu a matéria da Carta Capital sobre Dom Eugênio Salles. No entanto, até a Carta Capital põe no título a palavra agente duplo. Como se ele tivesse algum papel na ajuda aos militantes de esquerda do período. http://www.cartacapital.com.br/revista/770/dom-eugenio-agente-duplo-6767.html/view Dom Eugênio, agente duplo Documentos inéditos provam a colaboração do primaz com a ditadura. Por Marsílea Gombata por Marsílea Gombata — publicado 18/10/2013 Acuados, os generais buscavam minar o ímpeto das lideranças católicas dentro da própria CNBB. Contaram, para isso, com uma das figuras mais influentes do clero: o cardeal e então arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eugênio Salles. É o que revelam documentos oficiais obtidos por CartaCapital junto ao Arquivo Nacional em Brasília. Em relatório de 14 de março de 1976, o I Exército do Rio de Janeiro relata ao Serviço Nacional de Informações (SNI) como o cardeal conseguiu conter os esforços da própria CNBB de lançar uma campanha contra a repressão. Ao se referir ao “clero católico”, o documento dizia: “A CNBB pretendia fazer declarações sobre as atuais prisões, envolvendo elementos do PCB, no RJ/RJ. Dom Eugênio Salles conseguiu esvaziar o movimento da CNBB. Irah a Roma ET, no seu retorno ao país, farah declarações favoráveis”. A evidência fica clara em outro documento do SNI, também parte do acervo do Arquivo Nacional. A carta da CNBB, endereçada ao general Ernesto Geisel em 24 de setembro de 1975, pedia esclarecimentos sobre o paradeiro de presos políticos. (...) Diante da pressão, os militares usavam dom Eugênio – arcebispo primaz do Brasil desde 1968 – como uma espécie de garoto de recados, de acordo com o documento do I Exército do Rio de Janeiro ao SNI, de 1976. À época da prisão de jornalistas ligados ao PCB, como Oscar Maurício de Lima Azêdo e Luiz Paulo Machado, foram coletados depoimentos de outros profissionais de imprensa, como Fichel Davit Chargel e Ancelmo Gois, por meio dos quais seriam reveladas operações do PCB no Rio. Com tais informações nas mãos, os militares pressionaram o fotógrafo Luiz Paulo Os militares queriam, como relata o documento da Operação Grande-Rio, que dom Eugênio conversasse com a mulher do fotógrafo, Elaine Cintra Machado, para sugerir procurar o comandante do I Exército e obter informações sobre o detido. Era de extrema importância, no entanto, que o arcebispo deixasse transparecer o mínimo sobre a relação próxima que tinha com os militares. “Dom Eugênio Salles, por solicitação do CMT do I EX, fazendo transparecer ser iniciativa sua, aconselhou a Elaine que procurasse o CMT do I EX, dando a crer, também que soh o Exército poderia cooperar com ela.” Discurso. Líder ecumênico metodista e coordenador do Grupo de Trabalho da Comissão Nacional da Verdade que investiga o papel das igrejas durante a ditadura, Anivaldo Padilha reconhece que a figura de dom Eugênio é controversa: além de ter atuado a mando dos militares, chegou a negar ajuda a militantes, inclusive os católicos. Da mesma visão compartilha dom Angélico, bispo auxiliar do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo cuja trajetória foi marcada pela proteção aos militantes e que, inclusive, mais de uma vez esteve com o então ministro-chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva, para lhe entregar listas com nomes de desaparecidos. “Do que conheço a respeito da atuação do cardeal dom Eugênio, a não ser em casos isolados, ele realmente não se confrontou com a ditadura”, avalia. A omissão, o silêncio e a compra das versões dadas pelos militares para acobertar torturas e mortes nas prisões por dom Eugênio acabavam sendo respaldados pela mídia, com quem o cardeal mantinha ótimas relações – vale lembrar que ele escrevia artigos para O Globo e Jornal do Brasil com certa regularidade. Em audiência da CNV no Rio, ex-presos políticos destacaram a postura ambígua de certos setores da Igreja durante o regime militar. Atuante no movimento social da Igreja Católica, a pernambucana Maria Aída Bezerra procurou o então arcebispo do Rio para ajudar a amiga Letícia Cotrim, que estava detida. “A conversa não foi boa. Não deu certo. Ele não acreditava que a comunidade cristã dele estava sendo perseguida e não quis intervir. Ele nos considerava subversivos e era contra cristãos de esquerda”, declarou em seu depoimento na sessão do dia 17 de setembro. A proximidade com a ditadura passava também por uma forte amizade com Antonio Carlos Magalhães, governador da Bahia e pessoa de muita influência durante o regime. Uma amizade que chegava ao ponto de os dois serem vistos, mais de uma vez, tomando banho de mar juntos. Para dom Angélico, a posição de dom Eugênio era clara: “Não era uma postura dúbia. Basta analisar historicamente”, disse, ao lembrar que a ditadura foi construída pelas “classes conservadoras, os grandes interesses econômicos e o apoio da CIA”. “Vivíamos em meio à polarização indevida entre o mundo livre e o mundo comunista. E muitos na Igreja temiam essa onda comunista.”
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izilzeew comentou:
29/09/2013
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zvdodawr comentou:
29/09/2013
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Hildegard Angel comentou:
08/08/2012
Parabéns, José Bessa, seu artigo teve uma grande repercussão. Foi muito importante para recolocar a verdade em seu devido lugar. E obrigada por me mencionar. Abraços
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Plíno Quintão Fróes comentou:
08/08/2012
Prezado José Bessa, o posicionamento corajoso da Hilde e o seu texto, mostram que ainda há lucidez e que nem todos somos bois de presépio. Aproveitando o frescor do tema, envio-lhe o link do documentário EM NOME DO POVO, que apresenta um m omento importante da Igreja Progressista Brasileira e relata a vida de DOM MARCOS A.NORONHA, 1º Bispo de Itabira, que assim como D. Evaristo Arns, Leonardo Boff, Frei Beto e tantos outros, dedicaram suas vidas não à Igreja de Roma, mas sim à Igreja dos Homens, preocupando-se mais em oferecer o pão do que a hóstia. Não deixe de assistí-lo: http://www.youtube.com/results?search_query=em+nome+do+povo+marcos+noronha&oq=em+nome+do+povo+marcos+noronha&gs_l=youtube.12...58672.61688.0.65813.30.2.0.0.0.0.1015.1765.6-1j1.2.0...0.0...1ac.aXVceifNUD8
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Edson Moreira Leal comentou:
05/08/2012
Liberdade de expressão: sobre esse ponto de vista as pessoas podem e devem expressar suas opniões. Mas cabe comentar que provar é uma outra coisa. As pessoas se arvoram em defender suas teses e ideologias até com alguma violência verbal. Eu sou católico apostólico romano e professo minha fé sem extremismos. E por isso não me posiciono contra ou a favor dessa ou daquela personagem pública. Principalmente naqueles tempos de chumbo. Eu comecei a observar ,naquela época, as atuações de Dom Eugênio Salles.Eu era adolescente mas procurava me familiarizar com a figura do bispo após ouvir conversas de pessoas próximas a ele na paróquia que eu frequentava. Eu entreouvira relatos de que ele hospedara no Sumaré algumas personalidades políticas asiladas de governos vizinhos como Chile e Argentina e também de perseguidos políticos brasileiros:ajudando-os a sair da América Latina. Mas,por outro lado,eu seguia sua carreira pública em jornais e reportagens e era claro o apoio dele aos golpistas militares,ou seja ,ao status quo vigente na época. Será que nós tinhamos um agente duplo na Igreja? Talvez sim ,talvez não.Só quem deve saber são pessoas muito ligadas a ele na época. Esta certeza que muitos querem com nomes e datas, talvez nunca venham a ser confirmadas.
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Dulcineia Marcondes comentou:
30/07/2012
Como pessoas como que critica a igreja catolica e sem noçao dos fatos, voce precisa ser mais atualizado e estudar mais sobre os dogmas da religiao catolica antes de criticar, a igreja catolica na qual voce critica e faz de tudo para difamar.. e a unica de fato que realiza trabalhos sociais em prol dos irmaos, excluidos, é a minha igreja catolica que lutou e continua lutando por direitos humanos e qualidade de vida, e que muitos irmao deram a vida para hoje se vemos um pais que algumas conquista e direitos respeitados, a luta do negro, dos indigenas, pobres estarem hoje em melhores condiçoes é porque a igreja esta sempre junto lutando. Dom Eugenio Sales foi um dos que sempre lutou pelo o mais pobre marginalizado, excluido. Mas voce Jose Bessa nunca passou fome e nem morou na rua, nem e negro ou indigena, nunca teve que pedir esmolas, nem foi marginalizado, vitima de preconceitos so porque e pobre, ninguem feriu a sua dignidade voce nao passaou na pele nada disso entao e facil criticar e nem muito menos e cristao.
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MARCIA TOSCANO comentou:
28/07/2012
Simplesmente, me sinti menos louca. Eu fiquei achando que a idade e a dist\ãncia dos fatos tinham me confundido sobre o comportamento do cardeal. UFA! Que bom, este texto me recuperau a saude. MARCIA TOSCANO Socióloga Organizacional Coach e Palestrante
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João Alfredo Byrne Grassi comentou:
24/07/2012
Dom Eugênio Sales e seu apoio à Ditadura??????? Será mesmo? Então vamos ver quem conviveu com ele. Carlos Heitor Cony Dom Eugenio RIO DE JANEIRO - Se fosse muçulmano, umbandista, técnico de futebol, comunista ou lixeiro, dom Eugenio Sales seria o que sempre foi: um homem reto, sincero, fiel a seus princípios e, sobretudo, humano. Acontece que foi sacerdote, bispo e cardeal. Sua trajetória tinha um ponto de referência lá em cima -no caso dele, o Deus no qual acreditava e a igreja à qual servia em tempo integral e em modo total. Conservador, sim, e mais do que isso: coerente e sincero com sua forma de pensar e agir no mundo. O pessoal de certa esquerda o criticava porque não bajulava causas e doutrinas que entravam em moda. Ele fizera sua opção básica por uma religião estruturada, multissecular, que passara por um "aggiornamento" no Concílio Vaticano 2º. Não trocaria esse corpo de pensamento social e ação por um marxismo superado, um socialismo terceiro-mundista e badalativo. Além da doutrina tradicional da igreja à qual serviu, atualizou-se com as encíclicas que foram até citadas por João Goulart no famoso comício de 13 de março de 1964: a "Mater et Magistra", a "Populorum Progressio" e a "Pacem in Terris". Pessoalmente, creio que nem Jango nem a turma que o cercava tivessem lido (ou entendido) os documentos que gostavam de brandir para amenizar resistências numa sociedade que, afinal, se rotula de cristã ocidental. Protegeu perseguidos políticos daqui e de fora, com uma firmeza que desarmava os militares. Eu próprio, em certa época, fui rastreado por ele e por dois de seus auxiliares, dom Eduardo e dom Rafael. Em alguns momentos de perigo que atravessei, ia dormir na casa de dom Eugenio, no Sumaré, quando fumávamos nossos charutos. Detalhe importante: ele nunca me chamou pelo meu nome usual, mas de Heitor. Como meu pai e minha mãe.
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Percival Freitas comentou:
28/07/2012
Deixa de ser mané, Joáo. Tu num tá vendo que o Cony faz parte da tchurma do Charuto,usufruia o vinho e o tabaco do cardeal. O discurso do cony vente não tem qualquer legitimidade, ele nao foi torturado, embora tenha pegado uma bolada de indenização. Por que não aparece - como diz o Bessa - PELO MENOS UMA PESSOA, que dê um depoimento sobre a ajuda que recebeu do cardeal. NAO APARECEU NINGUEM. Não dá para desconfiar?
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Wilson comentou:
23/07/2012
No Brasil, também tivemos D. Jaime de Barros Câmara e Eugênio Salles. O primeiro, quando já estavam matando seres humanos contrários à ditadura militar que se iniciava ele, solenemente, disse no Globo no Ar: “Punir é Obra de Misericórdia.” E o segundo, jamais protegeu qualquer perseguido pela ditadura genocida, como mentirosamente foi afirmado pela cúria que, na farsa engendrada por ocasião de sua morte, arranjou uma pomba bêbada que pousou no caixão do dito cujo sendo logo reconhecida, pelos TFPs da vida como a encarnação do Espírito Santo. Pode? Não vai demorar muito vai surgir um milagre e o Ratzinger, ex-Santo Ofício e hojr papa nazista, mandará abrir processo para a beatificação da figura.
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alex professor comentou:
23/07/2012
Fico pensando o que a mídia amazonense vai noticiar quando morrerem os pastores SILAS E JONATAS CAMARA!!!! afffff
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Anne-Marie Milon comentou:
22/07/2012
Amigo Bessa Li sua última crônica, sobre a morte de um "príncipe da igreja". Logo depois escrevi um pequeno texto evocando, mais uma vez, um episódio de vida. Mas, tomada pelo turbilhão do cotidiano, esqueci de mandar. Aqui está: Uma vez, você me pediu para falar de maio de 68, dos meus tempos de estudante em Paris. Como lhe disse então, estava também muito engajada nessa época na juventude católica, na paróquia estudantil. Coordenava um círculo de discussões (modestamente!) denominado “países do terceiro-mundo”. Éramos fascinados pela igreja brasileira, pelo que soube depois se chamar “Teologia da Libertação”. Sabíamos de cor os nomes de vários daqueles bispos lendários: Dom Hélder, é claro, mas também dom Waldir Calheiros, Dom Adriano Hipólito, Dom José Maria Pires (Dom Pelé), Dom Cândido Padim e outros ... Para nós, havia uma coerência evidente e tranquila entre fé e política (vida da pólis). Em 1968 (se lembro bem), dom Helder foi à França, deu uma conferência no “Palais de la Mutualité” em Paris, uma sala imensa onde costumavam ocorrer as assembleias das centrais sindicais. A sala encheu a tal ponto que não sobrava um espaçozinho. Fiquei sentada, embevecida, aos pés do bispo de Olinda. Foi no turbilhão de maio de 68 que conheci aquele que iria se tornar meu companheiro. Um sergipano franzino e decidido como todos os severinos de quem nos fala João Cabral. Foi o casamento do amor e do fascínio por este país longínquo, que ainda não conhecia, mas que imaginava como a terra de todas as possibilidades. Sabia que lá tinha uma ditadura feroz. Todos os dias, os jornais franceses falavam das torturas, dos desparecimentos. Tinha vários amigos exilados. Uma amiga minha, a Dorinha Oliveira, tinha sido coordenadora do CEPLAR da Paraíba. Presa e torturada, conseguiu fugir com um passaporte falso. Tinha medo. Como eu tinha medo! Mas no meu imaginário, frente aos torturadores, havia uma igreja forte, nossa igreja, santuário da coragem e da resistência. 12 dias de navio... Acostamos no Rio. Mais 35 horas de ônibus “comercial” e chegamos a Sergipe. Conheci outro bispo: Dom José Vicente Távora, outro resistente, um homem simples, do povo, amoroso e de uma bravura tranquila. Mas ele morreu três meses depois da nossa chegada. Foi quando conheci a outra igreja brasileira, aquela que você descreve, aquela que se acomodava perfeitamente com a “ordem das coisas” e a apoiava. Depois de 5 anos, nos mudamos para o Rio e o quadro era o mesmo. Com o advento de Karol Woytila, sob a orientação, desde o início, de Joseph Ratzinger, iniciou-se a destruição sistemática e metódica da “Igreja da Libertação”, em consonância com um novo tipo de ditadura: a do mercado todo-poderoso. Creio que você conheceu de bem mais perto que eu a Igreja da Libertação. Vi uma vez na TV SESC um belíssimo documentário intitulado "Ato de Fé" sobre a resistência na igreja. Foi um desses momentos fecundos em que a resistência assume uma dimensão mística (Canudos, Contestado...), com todos seus equívocos, mas com a dimensão da utopia que nos faz tanta falta hoje. . Talvez por isso, vejo também nas minhas aulas que as jovens gerações e até as menos jovens não sabem nada dela e não têm mais as categorias de pensamento que permitem sua compreensão. Como é difícil falar desta resistência sem parecer fazer proselitismo! Anne-Marie
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neusa oliveira comentou:
22/07/2012
Verdades devem e tem que ser cristalinas para que possamos ter história real do mundo que vivemos ,concordo totalmente mas a minha idade diz que; se passarmos a revolver o passado e o fazendo mais importante como alicerce para o futuro cometemos um êrro enorme pois a fumaça do passado pode apagar o presente que vivemos e onde criaremos o alicerce para os que viverão. Sei que a lama atual exposta em todos os meios de comunicação nos ofende nos agride e o pior de todos os recursos nos anestesia por não podermos nada fazer. Mas é hoje que vivemos é hoje que temos que fazer valer direitos mesmo com toda hipocrisia que a democracia produz, falcatruando informações e leis , códigos e uma constituição que apesar de tão jóvem se tornou tão velha. Quando um judiciário se recusa a expor as mazelas que ocorrem em seu meio delapidando recursos que recebem as custas de verdadeiros assassinatos dentro da lei o que nos podemos esperar hoje. O ontem nos informa o hoje nos faz sobreviver . Pé no chão HOJE, pincelando o passado tirando a sombra que anuvia a verdade, porém que seja a base para uma geração menos medrosa,e mais corajosa.
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mario angelo comentou:
21/07/2012
fico contente em saber e ler matérias deste valor, vou repassar e por favor; continue ... a ditadura foi mas ficou outra, a mídia corrupta. Contato de mario angelo
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Paulo Bezerra comentou:
21/07/2012
Texto bom para um tema ruim. Porém oportuno diante da versão uníssona e mentirosa da mídia golpista. Dizer que “a manipulação da História serve como instrumento de controle e coerção” não chega a ser uma grande descoberta. Querer saber “o que deus viu ou o que não viu” deve ser brincadeira ou apenas força de expressão. Salve a conclusão do texto quando afirma que “A defesa de dom Eugênio, na realidade, funciona aqui como uma autodefesa da mídia e do poder”. A mesma mídia que defende a liberdade de mentir, de caluniar, de condenar as pessoas sob o manto da “liberdade de expressão” que só pode ser utilizada por eles, as 05 famílias donas dos principais meios de comunicação do país. E o resultado não poderia ser diferente. Comentários, com raras exceções, descambando para o fundamentalismo religioso barato, ambíguo e dualista, tipo: “Se o cardeal vai p’ro céu ou p’ro inferno”. “Se ele agradou mais a deus ou ao demônio”. “Se ele apoiava a ditadura ou se abrigava comunistas fugidos de outros países”. O que é certo é que essa tragicomédia daria um grande tema hollywoodiano cujo título proponho “O SILÊNCIO DOS CULPADOS” tendo como protagonistas O cardeal e o seu passado obscuro e os membros da gangue do Cachoeira e seus depoimentos na CPMI do Congresso Nacional.
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Eder Franco comentou:
21/07/2012
Excelente texto, tio Babá. A discussão proporcionada aqui nos mostra a importância do seu trabalho. Com todos os meios de acesso à informação hoje que temos hoje, os grandes veículos não têm mais o direito de tentar maquiar a história.
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Jorge Dimitrov comentou:
21/07/2012
Professor José Ribamar Bessa Freire, caboclo nascido em Manuas, no Bairro de Aparecida, tu é bom mesmo! Falou e mostrou provas. Uma pena que pessoas como D Maribel Dias Kroth ainda acredite que a Igreja Católica só tenha Santo. Sugerimos que ela leia um pouco mais a história daquela poder parelo, em todas a história da humanidade.
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Gaspar Varela (portalrogerioferreira.ning.com) comentou:
21/07/2012
Gaspar Varela (Timor Leste) - Após ler esta crónica, sinto que de igual modo aconteceu e ainda acontece no Timor Leste. Posso frisar, que no meado de década de 70, quando Fretilin compareceu como uma força política com princípio democrático, libertador e criativo para educar e conscientizar o povo, a igreja católica do Timor juntava-se da UDT entre outros partidos para acusar que a Fretilin começava assimilando e tentando implementar os ideais do comunista para influenciar o povo no Timor Leste. Enquanto, os indonésios quando começavam a socializar a religião muçulmana ao povo com poder militar e económico é que a igreja católica volta a ter consciência crítica que afinal de contas estava desconfiando um número das figuras da Fretilin como comunista, por um lado, pois, os líderes de outros partidos por outro lado, trouxeram um grande número de comunista na Indonésia para invadir Timor Leste. Essa consciência motivava os referidos líderes para criar condições à catequização e o baptismo de massa. Na verdade essas coisas apareciam e aparecem devidos do medo da liberdade e da consciência crítica. E esse medo, provocou uma inconsciência dos líderes políticos e religiosos que traziam consigo concepção ideológica e filosófica a pequena burguesia. Apesar de tomar algumas considerações em relação às circunstâncias ocorridas para obter consciência e transformações de concepções, os líderes da igreja católica entre outros manter consciência mágica de negar realidade devido às ambições e ganâncias do poder. As figuras históricas da Fretilin que lutavam pela liberdade e democracia também voltando alinhar essa concepção por ambições e ganâncias do poder actualmente. Tentando definir ideologia de os outros partidos, sem saber definir a ideologia do seu partido. Esta atitude tem apresentado por razão de que eles tinham formado numa visão pequena burguesia, misturando com a visão tecnocrática actual gera consequentemente a dificuldade de transformar em uma concepção autenticamente libertadora e democrática, isto é, a falta de suicídio ideológico. Portanto, esses actos não acontecem apenas no Brasil, mas, no meu país com fragilidade concepção pela democracia, apresenta pior coisa.
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Margarete Almeida (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
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Silvana Santos (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Faço minhas as palavras do William. A pomba não foi ironia, foi um otário que comprou a caminho do velório e soltou ali na hora, eheheheh
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Marilda Fernandes (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Dom Eugênio Sales era um reacionário de carteirinha, que o diga Zuzu Angel, que quase foi enxotada do palácio episcopal
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Eider Cardoso (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Não gostei do título, pois Dom Eugênio tem um passado condenável. A crônica é nota mil
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Roberto Assis (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Dom Eugênio não moveu uma palha por nenhuma pessoa torturada, assassinada. Como iria pro céu? Jamais
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Janduir Feitosa (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
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Gigi (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
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Zeca ((Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Parabéns Bessa. Muito corajosa a tua crônica, além de verdadeira.
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Wilson (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Foi mesmo ridículo o circo que fizeram na morte do cardeal dos mais reacionários que já tivemos no Brasil ________________________________________
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Zilá (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Não há lugar no céu para uma pessoa que apoiou a criminosa Ditadura de 1964. A pomba no velório deu o recado
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Margarete Almeida (blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
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Evilasio (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
Será que só José Ribamar Bessa Freire e (Hildegard Angel) falam a verdade?
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Michel Alecrim (Blog Lima Coelho) comentou:
21/07/2012
A voz de Roma contra a ditadura. Morre o cardeal alinhado ao Vaticano que defendeu as tradições da Igreja e não afrontou os militares enquanto, secretamente, protegeu presos políticos
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laercio duarte comentou:
21/07/2012
Para alguma coisa Carlos Heitor Cony deve servir, senão o governo Lulla não lhe teria pago 1 milhão de reais como "bolsa ditadura". Razão do agrado: ele foi demitido da Última Hora, por criticar o regime militar e ficou um tempo sem emprego. Passeando por Paris. Tome temência e deixe de ser preconceituoso, homem. Eu também nunca gostei de Don Eugênio, mas ele era lider inconsteste da igreja católica.
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Rossi comentou:
21/07/2012
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Edivaldo Dias Oliveira comentou:
21/07/2012
A nota curta e laconica da Presidencia da República sobre a passagem desse senhor, que foi arcebispo de uma cidade da importancia do Rio, dá bem a dimensão da importancia que a atual governante, que esteve do outro lado do front deu a tal acontecimento. Que a terra lhe seja...justa.
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Osnaldo comentou:
21/07/2012
Não é bem assim! Na realidade, infelizmente, ocupantes de cargos públicos se prestam à ridícula e irresponsável situação de fazerem comentários que parecem criados apenas para não se dizer que deixaram de falar de alguém que morreu! No Brasil há um certo costume de se "anistiar" pessoas que morrem de quaisquer atrocidades que tenham cometido! E o pior é que muitos se calam e não se cobra que a mídia, as empresas de comunicação façam Jornalismo e não política/publicidade ou mesmo relações públicas travestido de jornalismo! Claro que ninguém é perfeito e o recomendável é que se mostre isso mesmo, sem medo de que o resgate histórico venha a "incomodar" familiares que ficaram!
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Altemar (Blog do Altino) comentou:
21/07/2012
Imbecilização Coletiva Induzida leva a essa anestesia mental que é retratada sobre os fãs de D Eugênio. Aliás, que nome! Me aguardem.
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SIMEI (Blog do Altino comentou:
21/07/2012
Eita que este artigo é porreta! Magnífico.
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Guedes (Blog do Altino) comentou:
21/07/2012
Se é a verdade, deve ser escrita e divulgada, mesmo se referindo a um Cardeal já falecido.
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Regina Cavalcanti (Blog do Altino) comentou:
21/07/2012
Parabéns pelo artigo! Destoa das inverdades ditas nos últimos dias por vários órgãos da imprensa.
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Francisco Dias (Blog do Altino) comentou:
21/07/2012
Cuidado com o Ronaldo Tiradentes, Bessa.Lol.
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Emilio Moraes (Blog da Amazonia) comentou:
21/07/2012
Desde sempre a igreja católica agiu assim. Basta pesquisar a quantidade de nazistas que fugiram da europa apoiados pelo vaticano.
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Leandro Carvalho (Blog da Amazonia) comentou:
21/07/2012
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Link Stream (Blog da Amazonia) comentou:
21/07/2012
Quanta bobagem escrita por quem se acha dono da verdade! Talvez esse jornalista imagine que foi ele mesmo quem criou o céu e a terra.. menos, bem menos Mr. 'sabe-tudo'
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Lema Gonzalo (Diario do Amazonas) comentou:
20/07/2012
É só um caso a mais da dupla moral dos jerarcas da igreja católica, que sempre aparecen, de um lado, como defensores do povo, somente para explorá-lo, mas pelo outro lado sempre tem sido aliados dos poderes que lhes garantem os seus privilegios e lhes permitem seus abusos de todo jeito. E isso tem ocorrido em todos os paises da América Latina, submetidos a ela por acordos que sao um vexame para os seus povos, como sucede na Colômbia com o chamado “Concordato”.
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Nazira comentou:
20/07/2012
Li há pouco o seu artigo sobre a morte do Cardeal. Além de ter dado boas risadas na primeira parte, acho que você toca em questões fundamentais para a democracia. Você viu a denúncia sobre o ataque ao GTNM? abracos
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JAIR KRISCHKE comentou:
20/07/2012
Por conhece-lo, certamente, teu argumentos sobre D. Eugênio Salles são corretos. Pessoalmente, o tenho como um reacionário mas, FOI NA ARQUIDIOCESE, SOB SUA CONDUÇÃO, QUE ARGENTINOS, CHILENOS, URUGUAIOS, PARAGUAIOS, PERUANOS E TANTOS OUTROS RECEBERAM O FRATERNO APOIO DE REFÚGIO E SEGURANÇA PARA SOBREVIVEREM ÀS PERSEGUIÇÕES DE QUE ERAM VÍTIMAS.LEMBRAMOS DE SUA MENSAGEM, DATADA DE FEVEREIRO DE 1979, À FLORINDA HABGGER, CUJO MARIDO, O JORNALISTA ARGENTINO NORBERTO HABGGER, DESAPARECERA NO RIO DE JANEIRO, NA QUAL RECOMENDAVA QUE TOMASSE CUIDADO SE VIAJASSE AO RIO DE JANEIRO PARA CONVERSAR COM ELE: " [...] Conforme prometi, mandarei um sacerdote ou uma religiosa esperá-la no aeroporto e conduzi-la a uma casa de freiras. Da parte do Brasil, não acredito que exista perigo. Suponho que tenha sua documentação em ordem. Entretanto, há elementos da polícia argentina aqui. Não se pode provar, mas constatou-se nos últimos meses, por três ou quatro vezes, essa presença. Pessoa da Arquidiocese a quem consultei julga haver perigo mesmo com a cooperação acima citada. Deixo a decisão a seu critério.” Um abraço
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Jandir Ipiranga Júnior comentou:
20/07/2012
Esse texto é um tapa na cara desse jornalismo inescrupuloso que assola o Brasil. Taqui Pra Ti !!! Resta-nos divulgá-lo o máximo que for possível, para que a "memória" dessa caterva não prevaleça sobre a verdade. Paidégua, Professor !
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20/07/2012
Professor, José Ribamar Bessa Freire, você não foi desrespeitoso ao tratar da morte de dom Eugênio Sales. A única coisa que você fez e com muita coragem, foi tratar da verdade histórica! Foi genial a lembrança do filme! Parabéns. ERIVONALDO NUNES DE OLIVEIRA Contato de Erivonaldo Nunes de Oliveira
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Rodrigo Octávio comentou:
19/07/2012
Prezado, encaminho depoimento de Antônio Canuto, da CPT EU ESTIVE COM DOM EUGENIO Nestes dias muito se tem escrito sobre Dom Eugênio de Araujo Salles; sobretudo, muito se tem falado sobre sua ação em defesa de perseguidos políticos. Na esteira deste debate eu também quero participar, pois estive com ele, em dezembro de 1975, enviado por Dom Pedro Casaldáliga e toda a equipe de pastoral da Prelazia de São Félix do Araguaia que estava reunida para tentar me avistar com o Pe. Francisco Jentel que estava preso, aguardando o decreto de sua expulsão do Brasil. Dom Eugênio era a única pessoa que tinha acesso a ele. Por Antônio Canuto Cheguei ao Rio de Janeiro no dia 15 de dezembro e no final da tarde, começo da noite, estive em sua residência. Apresentei-me como enviado pelo bispo de São Félix e a equipe de pastoral e lhe manifestei o desejo de encontrar-me com o Pe. Jentel para dizer-lhe que a Prelazia toda o estava acompanhando naquele momento. Sua resposta: - Vou telefonar para o ministro da Justiça dizendo-lhe que o senhor está me acompanhando. Como naquele tempo se caçavam até fantasmas, ponderei que talvez não fosse o melhor eu tentar ver Jentel pessoalmente. Então lhe disse: - Vou escrever uma carta a ele dizendo que estou aqui no Rio, em nome da Prelazia e que todos o acompanham com preocupação e orações. Ele disse: - Vou telefonar para o ministro da Justiça para dizer-lhe que estou levando esta carta. Então lhe perguntei se tinha que dar satisfação ao Ministro da Justiça do que conversava com o preso. Acenou que não. Então, pedi-lhe para que desse o recado de que a Prelazia havia me enviado para de certa forma acompanhá-lo naquela hora. Naquela mesma noite foi assinado o Decreto de Expulsão e Jentel foi embarcado de volta para a França, no dia seguinte, 16 de dezembro de 1975. Quem era o Pe. Francisco Jentel? Era um padre francês, que veio ao Brasil no final de 1954. Viveu 10 anos com os índios Tapirapé, em sua aldeia, e a partir de 1964, em Santa Terezinha, um pequeno povoado de sertanejos, no nordeste de Mato Grosso. Era o tempo em que se instalavam as grandes empresas agropecuárias, apoiadas pela Sudam e que dispunham dos recursos dos incentivos fiscais para seus "projetos de desenvolvimento”. Em Santa Terezinha estabelecia-se a Codeara, do Banco de Crédito Nacional, que tentou expulsar as famílias de posseiros de suas terras e impôs um plano de urbanização do povoado, desconhecendo o que existia. Estava armado o conflito. O Pe. Jentel posicionou-se ao lado das famílias sertanejas na defesa de seus direitos. Por isso foi muitas vezes denunciado como agitador e comunista. Em 1972, houve um enfrentamento da fazenda, apoiada pela Policia Militar do Mato Grosso com os posseiros. Alguns jagunços da empresa saíram feridos. A repressão foi grande e o Pe. Jentel foi denunciado por atentar contra a Segurança Nacional. Foi julgado pela Justiça Militar de Campo Grande, MS, e condenado a 10 anos de reclusão. Ficou preso um ano. No julgamento da apelação o Superior Tribunal Militar, STM, se declarou incompetente, por não se tratar de crime contra a Segurança Nacional. Mas foi feito um conchavo de tal forma que o STM absolveria o padre, mas este deveria espontaneamente deixar o país. Foi o que aconteceu. No final de 1975, Jentel regressou ao Brasil. Para demonstrar que não era nenhum clandestino, desembarcou em Brasília, e foi a Fortaleza para se avistar com o presidente da CNBB, Dom Aloísio Lorscheider. Na manhã do dia 12 de dezembro, ao sair da casa do arcebispo, foi sequestrado na rua e embarcado para o Rio de Janeiro, onde ficou aguardando o decreto de expulsão. Neste período em que esteve no Rio é que Dom Eugênio tinha contato com ele. É importante destacar neste caso, que o juiz civil da Justiça Militar, Plínio Barbosa Martins. em seu voto vencido disse textualmente: "Não me importam as pressões dos que ditam caminhos a ser seguidos... Na maneira de se conduzir do Pe. Jentel, entrevejo um exemplo cristão a ser seguido... Jentel merece um prêmio, não a prisão”. No contato com Dom Eugênio, não vi nenhum gesto, nenhum sinal, nenhuma palavra que demonstrasse contrariedade, muito menos inconformidade com a situação do padre que estava para ser expulso. Mais que isso. No rápido diálogo que tivemos demonstrou seu desagrado com os escritos de Pedro Casaldáliga. (Não fazia muito tempo, havia sido lançado um livro de poemas do Pedro, prefaciado por Ernesto Cardenal, que a certa altura dizia que o Brasil era "governado por decrépitos generais”). Dom Eugênio me disse: - Se fosse eu o presidente, o teria expulso. Antônio Canuto é Jornalista e Secretário da Coordenação Nacional da CPT - Comissão Pastoral da Terra (CPT)
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Joca Oeiras comentou:
19/07/2012
Dom Helder e Dom Eugenio: ou muito me engano ou santidade não se transfere por amizade! rsrs
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Franco Beal (Blog da Amazonia) comentou:
19/07/2012
Ditadura... quem viveu aquele período chamava era de 'ditamole', porque se fosse dura mesmo todos esses corruptos que estão aí no poder não estariam sequer vivos. Morreu gente? Muito mais gente morre hoje em dia no trânsito, por decorrência do tráfico de drogas, etc. e esse tipo de coisa não acontecia naquela época. Não que eu seja contra a democracia, mas foi o excesso de vontade de 'democratizar' o país que permitiu essa excrecência no congresso ( a tal da imunidade parlamentar é o maior absurdo; o segundo maior absurdo é a capacidade de os parlamentares aumentarem os próprios salários). Para acabar com isso, nenhum deputado vai se mobilizar (acabar com a farra pra quê, se sou eu quem aproveita mais??) Só mesmo um golpe de estado nesse momento para resolver esse problema.
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Antonio Lauri dos Santos (Blog da Amazonia) comentou:
19/07/2012
VOCE DEVERIA TER ESCRITO ISSO ENQUANTO O CARDEAL ERA VIVO , AGORA É COVARDIA .
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CARLOS PARANA (Blog da Amazonia) comentou:
19/07/2012
E acaso isso é demérito? Pelo menos na chamada 'ditadura', que de ditadura não tinha nada, não havia esta corja de ladrões do PT roubando até pirulito de criança...
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Nielsen Amaral (Blog da Amazonia) comentou:
19/07/2012
ridículo vc mas dom eugênio com certesa já te perdou por ser um imitador de cristo já vc anda imitando quem? pelo que e vejo deve ser o tinhoso, mas conhecido biblicamente como o pai da mentira.
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Rodrigo Jose Moreira comentou:
19/07/2012
Essas comissões da Verdade só serviriam para ajudar cumpanhêros a conseguirem pensões pornograficas usando a desculpa de serem perseguidos politicos durante a ditadura pq levaram uma multa por alta velocidade. Ficar de mimimi atacando a ditadura de direita é tipico de vermelhinho alienado, que não percebe que muitos, ou quase todos os grupinhos de lutadores da liberdade de esquerda queriam instalar no país uma 'ditadura do proletariado' com moldes na URSS..... Seria uma forma dos oprimidos passarem a opressores. Para finalizar, avaliem as ditaduras de esquerda que existiam no mesmo periodo da nossa ditadura. Vejam quem trucidou mais o povo...
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Herbet Da Silva (Blog da Amazonia) comentou:
19/07/2012
O BRASIL ESTÁ VIRANDO O PAIS DO MIMIMI, É CHORADEIRA DE TODOS OS LADOS. VÃO TRABALHAR, CARPIR UM TERRENO, BATER UMA LAJE, LAVAR ROUPA, LOUÇA E NÃO ENCHAM A PACIÊNCIA CAZZO!!!
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RICARDO BERNARDO PEREIRA (Blog Amazonia) comentou:
19/07/2012
RESPEITEM Dom Eugênio - até a pomba assim o respeitou ..... Existe o bem e o Mal --- se não fosse Dom Eugênio teríamos hoje como em Cuba não apenas diminuido o numero de católicos - mas sim zerado a mando da URSS - vejam o que jornalistas como esse e o próprio governo do Pt anda tentando fazer - com desculpas de estado laico acabar com a Fé do Povo ; não vamos dar ouvidos a que não acredita em Deus - outra porque jornalistas nem diploma não precisam ? porque não tem compromisso com a verdade e sim em vender, vendem até a mãe se precisar vender jornal qto mais um cardeal ; Eu certamente seria contra a Igreja ( em função da ciência ) na idade medieval, mas creio que se não tivesse havido os inquisitores- esse Mundo já teria terminado faz tempo- como se caminha hoje SEM FAMILIAS, SEM FÉ , MINORIAS QUEREM CRIMINALIZAR TUDO ; MENTIRAS E MAIS MENTRIAS DO JEITO QUE O DIABO GOSTA ;
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Fernando Augusto Pinto (Blog da Amazonia) comentou:
19/07/2012
RICARDO BERNARDO PEREIRA se você não sabe Cuba é um dos países com maior proporção de católicos no mundo.
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Maria Amélia Reis (Blog Amazonia) comentou:
19/07/2012
Maria Amelia Reis Parabéns Bessa você escreveu este texto efetivamente inspirado e, acredito, indignado. O mundo em que vivemos ainda é por demais desumano e as populações até por conta da educação antipopular que recebe por todos os lados é facilmente submetida e poucos conseguem ver criticamente a realidade. Vivi este tempo. PARABÉNS Professora Maria Amelia Reis
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Geraldo Nascimento (Blog Amazonia) comentou:
19/07/2012
Geraldo Nascimento Achei muito bem escrito e de elevado nível o artigo do José Ribamar, procurando ajudar-nos a descobrir a verdade por baixo das versões. Já alguns comentários, se desclassificam por si mesmos, pois não conseguem manter o nível da educação e tentam, inutilmente, denegrir o artigo e o articulista. Fora desse embate político trazido à tona por alguns, também tive o caminho entrecruzado com o de Dom Eugênio enquanto cardeal arcebispo do Rio de Janeiro. Vou tentar resumir. Morava eu em São Paulo e trabalhava com pessoas com deficiência. Como encarregados regionais, começamos, pelos anos de 1978, a ajudar o pessoal do Rio de Janeiro a organizar o movimento lá na cidade. Marcamos, então, por telefone, uma entrevista com o Cardeal, com o objetivo de solicitar a ele a aprovação e o apoio do clero do Rio ao movimento, já que eramos um grupo cristão católico internacional, que havia chegado ao Brasil em 1972. Saimos de São Paulo, duas pessoas com deficiência séria, numa kombi, e fomos para a cidade maravilhosa, com todas as dificuldades que se possa imaginar, naquela época, de acessibilidade para esse grupo de pessoas (escadas, portas estreitas, banheiros impossíveis de serem usados por um cadeirante e, muito menos, por alguém numa maca). No Rio nos esperava mais uma cadeirante e fomos para a entrevista. Chegando lá, recebemos a notícia de que o Arcebispo não poderia nos receber e que seríamos atendidos pelo Coordenador da Pastoral da Saúde. Muito amável e gentil conosco, o médico se encantou com nosso trabalho, em que as pessoas com deficiência é que eram as 'apóstolas' das outras pessoas com deficiência. O coordenador da pastoral da saúde, médico, dr. fulano (omito o nome por questões de ética) assegurou-nos que transmitiria tudo ao Cardeal e que certamente ele apoiaria nosso pleito e recomendaria que as paróquias também apoiassem o movimento das pessoas com deficiência. Voltamos a São Paulo e esperamos a carta de Dom Eugênio. Depois de um ano, sem resposta, com a insistência do pessoal do Rio, resolvemos marcar nova entrevista com o Arcebispo. Viajamos outra vez ao Rio, o mesmo grupinho, com as mesmas dificuldades que passava a pessoa com deficiência ao sair de sua casa, muito maiores que as de hoje. Novamente o Cardeal não pode nos receber. Falamos com um dos bispos auxiliares que, igual ao médico do ano anterior, encantou-se com os relatos e deu-nos as mesmas garantias: 'o Cardeal vai gostar muito e vai escrever a vocês'. Mais um ano, sem a resposta, as paróquias não dando o apoio necessário, não disponibilizando locais para as reuniões, por falta de uma manifestação afirmativa do Cardeal, marcamos outra entrevista. Tudo agendado, confirmado com a irmã secretária do Cardeal antes de sairmos de São Paulo para a longa viagem, partimos. Outro bispo-auxiliar, desculpando-se em nome de seu superior hierárquico, conversou conosco. Admirou-se ele das dificuldades incríveis daquelas pessoas com deficiência que ali estavam, de sua coragem e do sacrifício que era sair de São Paulo para ir até o Rio, mas que a gente não se incomodasse pois ele falaria com Dom Eugênio e ele iria apoiar, com certeza. O tempo foi passando e o apoio não veio. O pessoal do Rio, com muitas dificuldades, pois o movimento não ia para a frente e só poucas paróquias, sem o aval superior, liberavam espaços acessíveis para as pessoas com deficiência se reunirem. Era uma novidade as pessoas com deficiência quererem se reunir em locais das paróquias e alguns padres tinham medo. Sabendo que todos os bispos do país reuniam-se em Itaici, interior de São Paulo, próximo a Campinas, na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em sua Assembleia anual, resolvemos ir para lá. (Em São Paulo, além da capital com vários grupos, o movimento havia se espalhado para mais de 20 cidades e no Rio de Janeiro permanecia com dois grupinhos pequenos). Combinamos com a Secretaria Geral da Assembléi
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José Alvaro Vieira comentou:
19/07/2012
Acabo de receber de um amigo um texto com o título \"Um cardeal sem passado\". Diante de um texto tão contundente, rico e profético como esse, o que me resta? Primeiro, fluí-lo nos caminhos da Net. Segundo, parabenizar o autor. Parabéns, José Ribamar, pela arte da sua escrita e por esta contribuição tão sublime para a nossa memória histórica. Abraço, Álvaro
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Helio Gusmão Filho comentou:
19/07/2012
MESMO NA COMOÇÃO, CREIO QUE ESSE TEXTO TEM UM GRANDE FUNDO DE VERDADE E ASSIM SENDO, PELA SUA RELEVÂNCIA E ANÁLISE SINCERA, NA CONCRDÂNCIA,EU O REPASSO... Adital Noticias da America Latina e do Caribe http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?idioma=PT&cod=68808
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Alcimar Rocha comentou:
18/07/2012
é isso aí, antes ele do que eu. Contato de Alcimar Rocha
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Alcimar Rocha comentou:
18/07/2012
que haja a verdade, doa a quem doer, porque segundo o grande mestre Jesus Cristo; "buscai a verdade que ela vos libertará" Contato de Alcimar Rocha
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Ana comentou:
18/07/2012
Catolicismo e resistência no Brasil: impasses e controvérsias Escrito por Jessie Jane Vieira "Nesse trabalho busco apresentar, de forma resumida, a trajetória de um ícone do catolicismo conservador brasileiro e em torno do qual existem varias controvérsias. Trata-se do Cardeal do Rio de Janeiro que para muitos foi o responsável pela virada conservadora da Igreja Brasileira. Tento entender os motivos que na atualidade levam este Cardeal, extremamente cioso da sua autoridade e com grande prestigio social, a buscar construir uma outra narrativa sobre si mesmo e sobre sua atuação enquanto arcebispo e cardeal ao longo do período ditatorial". O artigo da historiadora que foi diretora do Arquivo Publico do Estado do Rio de Janeiro traz depoimentos sobre dom Eugenio de seus colegas:Valdir Calheiros, bispo de Volta Redonda, e Paulo Arns. Ela delimita também a íntima relação do cardeal Eugenio com os militares, com o Vaticano, e a forma como tratou os padres progressistas e os presos politicos. Ela conclui: Pergunta Diante destas evidencias me perguntei porque o cardeal havia iniciado essa operação memorialistica ... Minha hipótese é de que o discurso do cardeal foi dirigido para dentro da própria Igreja na busca de uma incorporação à uma memória institucional sobre o período e, para tanto, ele aciona seus operadores de memória, que foram os jornais O globo e o Estado de São Paulo, jornais de grande circulação nacional, para produzir uma nova narrativa que foi intitulada pelo jornalista de “justiça a um cardeal”. O interessante a ressaltar que esta iniciativa do Cardeal foi coroada de êxito até mesmo entre aqueles que conheciam os episódios narrados. Veja o artigo: http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=2324%3Acatolicismo-e-resist%C3%AAncia-no-brasil-impasses-e-controv%C3%A9rsias
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Janice M. da Cunha comentou:
18/07/2012
Professor Bessa, meus agradecimentos por estas corajosas palavras! Que sorte temos de lhe conhecer e de poder ler as suas crônicas!
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Paulo José Cunha comentou:
18/07/2012
Bessa, por que não oferece ao Observatório da Imprensa? Aposto que vão adorar. Abraço saudoso, compadre velho. PJ
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Fred Benevides comentou:
18/07/2012
"Busque a verdade e a verdade vos libertará." Essa maxima de Jesus vai em desencontro a quase todos os fatos catolicos. A doutrina catolica explora a ilusão dos seres humanos enfocando atraves dos dogmas a salvação e o respeito atraves do TEMOR. As autoridades embarcam nesta máscara. A noticia, aqui, mencionada é incontestavel, pois ´faz parte dos anais historicos. Oconceito que tive atraves dos tempos sobre este "missionario" de "Deus" é exatamente o expresso neste relato, ou seja de pusilamine, traidor dos ensinamentos cristãs, travestido de autoridade catolica. Agora é naufrago da verdade.
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José Pereira sobrinho comentou:
18/07/2012
Gostei das informações, e tenho certeza que se conseguirem expor tudo que ocorreu entre 1964 e 1979, muitos "heróis" sucumbirão, principalmente no campo político.
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Ana comentou:
18/07/2012
Dom Eugenio não se omitiu perante a ditadura, ele optou por não fazer um confronto direto com os militares justamente para abrigar militantes políticos.. e tudo bem era um conservador, mas mantinha diálogo com os progressistas da Igreja e tinha dom Helder inclusive por amigo... não entendo essa sua preocupação em macular a figura dele,... Dom Eugenio criou a Pastoral das Favelas, do Menor.. ajudar a criar junto de Dom Helder a Campanha da Fraternidade... não foi um bispo que negligenciou o social, ainda não fosse favorável a TL.
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Tatiana comentou:
18/07/2012
Gostaria de dizer que adorei o texto Um Cardeal Sem Passado. Além do texto excelente, muito importante para marcar o contraponto a essa cobertura, ainda amei as indicações de filme e de leitura. Sou da Paraíba e, recentemente, morreu o ex-governador Ronaldo Cunha Lima. A mídia local fez o mesmo, divulgou a morte de \"um mito\" e simplesmente varreu para debaixo do tapete o tiro que ele desferiu (quando era governador!) no ex-governador Tarcísio Burity. E tantos outros fatos questionáveis de sua carreira tão cheia de contradições. Precisamos todos estar atentos a esses crimes. Principalmente, nós, jornalistas, que ajudamos a construir as memórias oficiais. PARABÉNS E OBRIGADA PELO CONHECIMENTO! =============================================================
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LUCIO CELSO comentou:
17/07/2012
As revisões históricas hão de ser feitas, dentro mesmo do quadro de Poder de que fala. A base teórica de compreensão da formação da memória/verdade está bem definida. Só nos resta compartilhar.
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Artur Francisco Pedreira comentou:
17/07/2012
Olá Ribamar, só mesmo você para escrever um artigo como esse. Por favor, mande um e-mail para mim com seu e-mail pessoal.
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Regina Galvão comentou:
17/07/2012
Bravo! Bravíssimo! Por esta muito oportuna matéria em tempos da Comissão da Verdade. É hora do esclarecimento sobre o confronto entre a História "oficial" e a História Oral, que muito pode contribuir para a formação da memória coletiva, sem retoques. O Brasil precisa valorizar o cidadão que trabalha diariamente para mellhorar as condições sociais do país. Regina Galvão
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heliete comentou:
17/07/2012
Ribamar, eu já me sentia uma hfilme argentino A História Oficial, e da Fita Branca, em que o pastor é um sádico respeitado. Quosque tandem, etc???
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Ana Carolina comentou:
17/07/2012
O senhor jornalista deveria estudar melhor os arquivos que tanto menciona para falar mal de Dom Eugenio. Leia o artigo: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,nao-era-bem-assim--,900503,0.htm No qual o autor afirma: "Então, em 1993, fiquei pasmo com uma revelação totalmente inesperada. Ao descobrir documentos do Exército relatando reuniões secretas entre o regime e os bispos nos anos de chumbo, li como d. Eugenio e outros "conservadores" batiam de frente com os militares ao lado de "progressistas" como d. Paulo Evaristo Arns, d. Ivo Lorscheiter e Candido Mendes. Também descobri que, nos bastidores, ele defendeu os direitos humanos, criticou o governo e atuou como um dos pioneiros da Igreja progressista nos anos 50." É uma pena que existam pessoas superficiais que como o senhor são incapazes de fazer uma análise mais profunda da história e pesquisas sérias antes de fazer acusações.
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dori carvalho comentou:
17/07/2012
caro ribamar, leio seu artigo, que chegou a mim por outros caminhos: foi até ribeirão preto, via wanderley caixe - preso na ditadura - e voltou pra manaus via email. é um artigo belo, porque é bela a busca pela verdade e pela justiça. obrigado
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Jorge Alvaro comentou:
17/07/2012
Caro Babá, Também fiquei surpreso com a versão atual noticiada sobre esse novo D. Eugênio pos mortem.
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aldo comentou:
17/07/2012
Um unico ser diante de tantos que defenderam o golpe. Não tenho duvidas do consentimento religioso, e principalmente da midia. escrita de forma vergonhosa a época. mas, eu acredito nos novos dias, essa memoria deve ser trabalhada pra ser bela no futuro. Deus abençoe a todos.
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André Ricardo Costa comentou:
17/07/2012
Duas coisas: Foi menos dura a crônica da morte do Gilberto Mestrinho. De onde veio esse percentual de católicos?
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17/07/2012
Excelente. Oportuna e corajosa. Meu pai costumava dizer, diante das lamúrias manifestadas por conta de um morto notório, que bastava morrer para se tornar santo e que “desconhecia o cemitério dos pecadores”. Receba minha manifestação de apoio e a observação que se segue: a diferença entre “indelicadeza” e “coragem” é meramente ideológica. Não pode haver indelicadeza quando se diz ou se divulga a verdade manifestada sem agravo. Só pode existir coragem. Lembro-me da época em que o Carlos Lacerda caluniava moralmente seus adversários e a “banda de música” da burguesia nacional atribuía-lhe coragem (aliás, coisa que na verdade ele não tinha. Aquele tiro no pé até hoje não se explica). Qualquer resposta àqueles insultos, quando a mídia se dignava a publicar, considerava-se, no mínimo, inconveniente ou indelicada. Meu caro professor José Ribamar Bessa Freire, você foi feliz e corajoso. Parabéns. Roberto Léllis Contato de Roberto de Bastos Léllis
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ArnaC (Blog Assaz Atroz) comentou:
17/07/2012
A biografia e a história eclesial de Eugênio Sales é um tantinho mais complexa, se partirmos dos anos-50, antes e durante sua ocupação da Sede Episcopal de Natal. Com Helder Câmara, liderou o grupo dos Bispos Nordestinos. Eram estes empenhados no combate à miséria, na reforma agrária e na educação popular, tendo criado o sistema de radiodifusão educativa SIRENA. Mas os anos passam e as coisas desandam. Nem o "padre" Hélder, como apreciava ser chamado, nem o Bispo potiguar reagiram contrariamente ao golpe burguês-militar de 1964, ao lado de um mínimo, mas ativíssimo, contingente de prelados que não aceitaram a barbaridade da deposição do regime. Só os anos futuros, a partir de 1966, redimirão o "padre", mas impulsionarão Eugênio a distanciar-se da Igreja Progressista, assim como um representante desta na origem, o dominicano Lucas Moreira Neves, que será também Cardeal-Primaz do Brasil (Sede soteropolitana), antes de ser reconvocado a Roma para controlar os bispos, tão ligado se fizera do Josef Ratzinger. Sob orientação deste, Sales e Lucas interromperam a publicação da obra coletiva Teologia da Libertação e puseram-se no lado oposto de Aloisio Lorscheider e Paulo Evaristo Arns. Foram estes relegados a segundo plano, embora Arns se destacasse como ativista pró-direitos humanos na enorme Arquidiocese de São Paulo. Nos idos de 1976-80, os diplomatas brasileiros que serviam na Embaixada junto à Santa Sé não estávamos autorizados a receber os dois prelados progressistas. Jamais acatei essas ordens, pelo absurdo fascista que encerravam. Só cabe recordar que os funerais de Lorscheider, em Porto Alegre, foram bem mais modestos que os dispensados a Eugênio Sales pela Rede Globo - ó céus! - embora os valores intelectuais, morais e humanos do gaúcho fossem bem mais elevados que os do potiguar farsante. Abraços do ArnaC
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Ana Inoue comentou:
16/07/2012
: Agradeço imensamente seu texto sobre o cardeal que me trouxe a confirmaçao de que eu nao estou com Alzheimer!
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Angelo Zani comentou:
16/07/2012
Artigo absolutamente inútil sob qualquer ponto de vista. O objetivo é denegrir a imagem de uma pessoa que em vida foi corajosa e firme em suas atividades, além de ter sido educada e culta. O Cardeal Dom Eugênio Salles brilhante em sua atividade pastoral e política.
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luiz antonio comentou:
17/07/2012
Atrás das baionetas todo mundo é firme e corajoso.Quanto a culto e educado o Golberi também era .Criticar um artigo sério como este sem argumentos, com evasivas como "firme, corajoso, culto e educado" é querer menosprezar o debate dos comentários.Faça como o articulista, escreva um comentário com fundamentos históricos(não vale pomba branca!) que provem o contrário.
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Otávio Erbereli Júnior (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Dom Candido Padin sim foi um bispo progressista e atuante, denunciando, por exemplo, a inconstitucionalidade da lei de segurança nacional. Tive o privilégio de conviver com ele no mosteiro de São Bento de SP.Saudades de Dom Candido!!
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ricardo mario goncalves (Blog Amazonia comentou:
16/07/2012
Quero, como historiador, cumprimentar o Autor por seu artigo ao mesmo tempo comedido e corajoso em prol da nobre causa do resgate da Verdade. Quero lembrar ainda que, em tempos recentes, Dom Eugenio cometeu um gesto bastante antipático contra a liberdade de expressão artística apelando (de forma bem sucedida) para as autoridades do Rio de Janeiro para proibirem o carro alegórico em que o saudoso carnavalesco Joãozinho Trinta exporia o seu 'Cristo esfarrapado dos pobres' , de desfilar no Sambódromo. Aliás, a Igreja representada por dom Eugenio é mestra em recorrer ao braço secular para reprimir seus críticos e opositores, desde os tempos do 'santo'(?) Agostinho de Hipona que, pedindo o apoio dos magistrados civis do Império Romano para perseguir os 'hereges' Donatistas e Circunciliões na África do Norte, deu o primeiro passo no caminho que conduziu à instalação da Inquisição muitos séculos depois.
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Maria Gorete Chaves (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Aprendi bastante lendo essa matéria e, confesso que, apesar de não ter sido muito envolvida com a história do meu país, liguei meu 'desconfiômetro' ao ouvir o nome de Don Eugênio Sales atrelado aos feitos de Don Helder Câmara e à aparição da tal pomba branca. Muito boa a matéria.
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Maria Gorete Chaves (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Aprendi bastante lendo essa matéria e, confesso que, apesar de não ter sido muito envolvida com a história do meu país, liguei meu 'desconfiômetro' ao ouvir o nome de Don Eugênio Sales atrelado aos feitos de Don Helder Câmara e à aparição da tal pomba branca. Muito boa a matéria.
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Maria Gorete Chaves (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Aprendi bastante lendo essa matéria e, confesso que, apesar de não ter sido muito envolvida com a história do meu país, liguei meu 'desconfiômetro' ao ouvir o nome de Don Eugênio Sales atrelado aos feitos de Don Helder Câmara e à aparição da tal pomba branca. Muito boa a matéria. ricardo mario goncalves (Blog Amazonia) Quero, como historiador, cumprimentar o Autor por seu artigo ao mesmo tempo comedido e corajoso em prol da nobre causa do resgate da Verdade. Quero lembrar ainda que, em tempos recentes, Dom Eugenio cometeu um gesto bastante antipático contra a liberdade de expressão artística apelando (de forma bem sucedida) para as autoridades do Rio de Janeiro para proibirem o carro alegórico em que o saudoso carnavalesco Joãozinho Trinta exporia o seu 'Cristo esfarrapado dos pobres' , de desfilar no Sambódromo. Aliás, a Igreja representada por dom Eugenio é mestra em recorrer ao braço secular para reprimir seus críticos e opositores, desde os tempos do 'santo'(?) Agostinho de Hipona que, pedindo o apoio dos magistrados civis do Império Romano para perseguir os 'hereges' Donatistas e Circunciliões na África do Norte, deu o primeiro passo no caminho que conduziu à instalação da Inquisição muitos séculos depois. Otávio Erbereli Júnior (Blog Amazonia) Dom Candido Padin sim foi um bispo progressista e atuante, denunciando, por exemplo, a inconstitucionalidade da lei de segurança nacional. Tive o privilégio de conviver com ele no mosteiro de São Bento de SP.Saudades de Dom Candido!!
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JOSE AUGUSTO CARVALHO (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Era um arcebispo retrógrado, reacionário. Dizia-se xerox do Papa João Paulo II, que era aferrado ao poder e que se recusava a renunciar sob a desculpa esfarrapada de que estava cumprindo a missão que Cristo lhe confiou, mas, no final, mal conseguia ler seus discursos e o que lia era impossível de entender, com sua voz arrastada e com suas falas desarticuladas. D.Eugênio xerox do Papa é ótimo e real.
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Daiane Santana (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
O registro documental tem que haver e há de se fazer público, sempre. Mas achei digno também relembrar as boas coisas que ele fez! De fato foi um grande homem e que descanse em paz! PS: A mídia ludibria e o homem esquece...
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Cebs Camocim (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Infelizmente a mídia apresenta uma imagem boa (falsa) de pessoas que não foram tão boas quanto deveriam ter sido. Desrespeitosa enganam as pessoas. Criam a verdadeira 'Alice do País das Maravilhas'. Viva D. Helder!!
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Francisco Souza (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Tenha vergonha na cara, ficar defendendo a teologia da libertação e a CNBB do B é o fim da picada. Não precisa falar que a vossa pessoa é comunista agitador e fica de choradeira. Quem está desrespeitando a fé alheia á a vossa pessoa, invertendo os papéis com intenção clara de distorcer os fatos. Como disse o colega abaixo, vá carpir uma gleba, porque para escrever besteiras, não serve. Muito me admira a Terra publicar um artigo tão rasteiro.
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Ibsen Marques (Blog Amazonia) comentou:
16/07/2012
Parabéns pelo artigo, foi delicado apesar de tudo. Não é possível que se critique uma pessoa por apresentar um olhar diferente sobre os fatos e, diga-se de passagem, bem mais condizente com as atitudes do cardeal como fazem consigo nos comentários. A fé que não se abre ao esclarecimento não pode ser tratada como tal. No mínimo uma pesquisa sobre o período por parte de certos comentadores iria garantir mais clareza e menos arrogância aos comentários.Tudo isso nos mostra que a história não deixará de ser sempre uma visão enviesada dos fatos.
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Plíno Quintão Fróes comentou:
16/07/2012
Prezado José Bessa, o posicionamento corajoso da Hilde e o seu texto, mostram que ainda há lucidez e que nem todos somos bois de presépio. Aproveitando o frescor do tema, envio-lhe o link do documentário EM NOME DO POVO, que apresenta um momento importante da Igreja Progressista Brasileira e relata a vida de DOM MARCOS A.NORONHA, 1º Bispo de Itabira, que assim como D. Evaristo Arns, Leonardo Boff, Frei Beto e tantos outros, dedicaram suas vidas não à Igreja de Roma, mas sim à Igreja dos Homens, preocupando-se mais em oferecer o pão do que a hóstia. Não deixe de assistí-lo: http://www.youtube.com/results?search_query=em+nome+do+povo+marcos+noronha&oq=em+nome+do+povo+marcos+noronha&gs_l=youtube.12...58672.61688.0.65813.30.2.0.0.0.0.1015.1765.6-1j1.2.0...0.0...1ac.aXVceifNUD8
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Maria José Rosado comentou:
16/07/2012
Foi uma grata surpresa ler seu artigo, diante de tudo o que se falou na grande mídia sobre a morete do Cardeal do Rio de Janeiro. Essa história criada em torno da figura de D. Eugênio estava me incomodando profundamente. Quem teve durante as últimas décadas algum trânsito pela Igreja Católica no Brasil, sabe muito bem que o objetivo maior maior de D. Eugênio sempre foi agradar ao poder, para gozar dele. Além do que v. lembrou em seu texto, d. Eugênio levou adiante uma articulação que transformou a CNBB na mediocridade que é hoje. Ele colocou na Sagrada Congregação do Vaticano, responsável pela escolha dos novos Bispos, um homem próximo dele, sua \"cria\", digamos: D.Lucas Moreira Neves, e com isso, teve um peso decisivo na nova configuração da CNBB. À medida que foram se aposentando os Bispos significativos da época da Teologia da Libertação, estes foram sendo substituídos por aqueles que d. Eugênio recomendava. Se ele fez mal ao Rio de Janeiro e ao país, em seu apoio à ditadura, fez tb enorme mal à Igreja do Brasil. Obrigada, José Ribamar, por lembrar outras faces dessa figura, para além daquelas que se tentou construir, com sua morte.
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Otávio Severo do Amarante comentou:
16/07/2012
Parabéns! Tenho 67 anos e vivi intensamente os tempos da chamada Revolução de 64. Por essa época terminava o vestibular e ingressava na PUC do Rio de Janeiro de onde saí na turma de 69. E não poderia deixar de congratular-me com você por sua crônica "O Cardeal sem Passado" já que ela me deu a certeza de que eu não estava ficando esclerosado, impressão esta que tive ao ler o que se disse na imprensa por ocasião da morte de Dom Eugênio. Obrigado por trazer-me de volta à realidade e permitir certificar-me de minha lucidez. Um abraço, Otávio Amarante
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vania barbosa comentou:
16/07/2012
Parabéns. Texto corajoso, esclarecedor e justo. Não é por sermos católicos que devemos aceitar os "homens" que em nome da Igreja, provocam injustiças e atrocidades.Dona Elisa está orgulhosa de voce.
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Teresinha L. Cunha comentou:
16/07/2012
Eu morava no Rio e era estudante da Univ. do Brasil (hoje UFRJ), em plena A. Pasteur, na Urca/Praia Vermelha, durante parte do período da ditadura militar. Além de mim e de todos os conhecidos envolvidos na militância estudantil, tive um irmão procurado e incluso injustamente na Lei de Segurança Nacional/LSN, caçado para ser morto sumariamente. Sabíamos que alguém perigoso de ser procurado para nos ajudar era justo este arcebispo D. Eugênio, que, mais q omisso era conivente c a barbárie, onde tantos éticos gênios da política brasileira foram dizimados. Eu, pasmem, antes dele ser arcebispo já trabalhava no Palácio São Joaquim (no Banco da Providência, na Carteira de Empréstimo e porteriormente nas Despensas da Providência). Mas fui levada por outras mãos (Dom Avelar Brandão Vilela), já que eu cursava S.Social, isto quase como um refúgio contra os tentáculos da Dita. Mas ele (o referido Dom Eugênio) ignorava o parentesco e minha inserção no movimento, tal o temor de que, através de seus informantes, fôssemos pegos e mortos. É certo quedos nós estudantes, a partir de certo momento, vivíamos aterrorizados, apesar de saber da necessidade de continuar a luta contra a Dita. Contato de Teresinha L. Cunha
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Marcelo S. Lemos comentou:
16/07/2012
Caro Bessa, permita não concordar totalmente com o seu texto referente ao Cardeal, figura pela qual eu não tinha nenhuma simpatia. É verdade que não deixava proliferar no Rio de Janeiro as comunidades eclesiais de base e defensores da teologia da libertação, é verdade que a sua inflexão para o campo conservador se deu na década de 60, quando veio substituir Dom Helder Câmara, que trabalhava de forma diversa. A bem da verdade existiu também este Cardeal protetor dos exilados e perseguidos políticos, só que de estrangeiros. Minha tia Lourdes trabalhou com Dom Hélder e depois com Dom Eugênio Sales. Ela era a responsável, dentro da Caritas, por alugar apartamentos para exilados econômicos e políticos de diversos países da África e da América Latina, os quais eram protegidos pela Arquidiocese. Muitos dos argentinos, chilenos, colombianos, bolivianos e diversos africanos passaram a morar em apartamentos alugados por minha tia, que também procurava dar condições de subsidiar essas famílias para sobreviverem no Brasil. Esse era um assunto muito pouco discutido por minha tia, que sabia da minha antipatia pelo Cardeal, mas que comprova que realmente ele protegeu centena de exilados que por aqui passaram, perseguidos em seus países, para os quais deu, casa, comida e cobertura política. A contradição da figura do Cardeal está ai também, pois apesar de fechar as portas para os perseguidos brasileiros ele abriu as portas da igreja para perseguidos de outras ditaduras.
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Margarida Vasconcelos comentou:
16/07/2012
A verdade é dura, mas é a verdade mesmo que venha de uma autoridade eclésiástica, consagrada e ungida, no entanto como homem comum ou como homem de Deus não agiu como, provavelmente, Deus quisesse que ele agisse em favor dos oprimidos.Infelizmente a perseguição do inimigo de Deus tem atingido aoo que foram chamados.Contudo Jesus disse :"muitos são chamados e poucos escolhidos. Artigo muito bem escrito, revelador mostra que embora "poderosa", a mídia tanto cria como destrói. Apesar de católica apostólica romana,não compactuo com a mentira, com dissimulação o mau caratismo, mesmo vindo do clero. Gostei do artigo e recomendo.
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Dulce comentou:
16/07/2012
"Tem coisas que até Ele (Deus) duvida, mas sabe! Tive a oportunidade de acompanhar a trajetória do cardeal Eugênio Sales,... quando dom Eugênio era Arcebispo Primaz de Salvador. Eu sou de Salvador. Algumas pessoas o associavam a medo e silêncio. Que a terra LHE SEJA JUSTA! MUITO JUSTA...EM CADA GRÃO!
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rene comentou:
16/07/2012
sejamos sobretudo, honestos com a sua propria pessoa; todos, sem nenhuma exceção, que tiveram participação direta ou indireta com os GM (governos militares) se não defenestrados por estes,(casos raros!) foram apoiadores e, acima de qualquer duvida, beneficiarios do regime ! para tanto, basta ter e estar vivo com mais ou menos 70 a 86 de idade ! e em pleno uso" saudavel" de sua cabeça; tenho 78 anos, e comecei a trabalhar (tomando bonde) desde os 13 anos ( a carteira de trabalho era VERMELHA e autorizada por um JUIZ !) vi, ouvi, vivi o suficiente para reconhecer quem foi ou não foi ! a favor ou contra !sem pre me vem a lembrança aquela mãe que então mantinha, debaixo de um tijolo, a chave da porta da rua, para quando seu filho chegasse, pudesse abri-la;
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Gilda Azevedo comentou:
16/07/2012
Mesmo sem saber dos bastidores como bem apresenta o artigo, já achei exageradas as manifestações de pesar pela morte de um cardeal, tanto por parte da imprensa, como por parte das pessoas que foram lá levar seu adeus. Para mim, só mais um padre, ninguém que merecesse tantas homenagens. Agora lendo o artigo, excelente, tenho certeza de que tudo foi mesmo um grande teatro, com direito a pombinha e tudo mais. Tristeza.
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IV AVATAR comentou:
16/07/2012
Que texto ímpar, parabéns ao autor e aos comentaristas. Lamentável que as portas tenham se fechado para as vítimas da ditadura. Mesmo depois da ditadura no Brasil, ela continuou em alguns paises. Nesta época eu era diretor sindical. Pessoas ligadas aos movimentos sociais costumavam fazer-se presentes às reuniões para relatar perseguições de resistentes em tais paises. Nos era relatado o apoio de Dom Paulo Evaristo Arns e não Dom Eugênio Sales. Sempre estranhei, pois a arquidiocese do RJ era mais próxima de paises como Argentina, Uruguai, Paraguai, no entanto os perseguidos procuravam SP. Agora sei, como bater numa porta fechada, que jamais se abria, como não se abriu para o irmão de Hilde, muito pelo contrário.
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hc.coelho (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Ainda vão dizer que foi Dom Evaristo que esteve ao lado dos ditadores. Esperem.
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Fr@ncisco (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Texto lapidar, feito o piston da gafieira de Billy Blanco. Parabéns! O partido dos donos da mídia, não percebe que já nem tudo pode. Bendita seja a Santa Internet e que o arcebispo da ditadura, Dom Eugênio Sales, descanse em paz, se possível.
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QzKhTEYy comentou:
21/10/2012
Clear, informative, spmile. Could I send you some e-hugs? Contato de QzKhTEYy
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sergio luis brito (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
O texto é oportuno, Dom Eugênio era amante do poder e um dos algozes de Leonardo Boff. Atila Apesar do grande destaque dado à pomba que apareceu no funeral, eu que vivi e acompanhei os fatos "daquela época " ainda penso que se tratava de um urubu midiaticamente disfarçado.
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vinicius_clar (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Ufa... enfim um texto de alguém que não tem medo de criticar religiosos sob a espessa cortina de santidade. Revitalizante e enriquecedor.
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jc.pompeu (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
é nessas horas e na hora da morte... que a blogosfera é rica de informação - é a notícia para além da notícia - no sentido de se buscar a verdade da memória histórica que, com certeza, nunca nos vai acontecer se ficamos a mercê do velho jornalismo, mais do que nunca um publieditorial de mercado y consumo y audiência. mesmo que tal busca da verdade ocorra em meio ao calor da discussão, a certos desatinos, a viés tendenciosos, aos bla bla blayas da vida, aos olhares alheios das boutades (minha especialidade, modéstia a parte). é, de fato, o empenho y arte da informação no modo cibercultural que configura uma construção de conhecimento em código aberto nas comunidades em redes. "..., um documento não prova nada enquanto não tiver sido submetido a uma crítica sistemática. Como o ato de memória, o documento é uma construção humana cujo condicionamento social e psicológico é preciso elucidar para captar-lhe os significados, o mais das vezes múltiplos. Era também o momento de evocar o "caso Aubrac", que constituiu no debate dos historiadores entre eles, como no confronto entre resistentes e historiadores, um ponto de não-retorno colocando em plena luz o abismo que separa a pesquisa do erudito e a encenação jornalística. [...]... que essas análises visam reverter o dogmatismo e o modo de pensamento que reinavam então no Partido Comunista. Trata-se de mostrar que não pode haver verdade em nenhum domínio se não há debate público contraditório, se a discussão não é inteiramente livre e aberta. [...] A memória histórica não é reconstrução do passado, mas exploração do invisível. [...], a memória histórica, contrariamente à memória individual, contrariamente à memória coletiva, coloca-se sob o signo da verdade. [...] A história se esforça por estabelecer os fatos de maneira precisa e exata e por torná-los, na medida do possível, inteligíveis em sua sucessão e em seu condicionamento. [...] O acontecimento histórico faz parte de um todo cujo significado não pode ser depreendido se não se leva em conta o que os atores humanos tinham no espírito quando intervinham para fazer e sofrer a história: seus objetivos, suas esperanças, suas ilusões, seus erros de interpretação. Nesse sentido, o testemunho dos atores, mesmo em suas distorções e às vezes graças a suas distorções, traz ao historiador uma dimensão que ele tem dificuldade de apreender se o afasta. Chega sempre um momento em que ele deve, para compreender, colocar-se na pele daqueles para os quais a sucessão dos acontecimentos não foi a história, mas o cotidiano dramático. Não se pode isolar o acontecimento de seu contexto e dos atores que o viveram. O acontecimento forma um bloco. A Travessia das Fronteiras, de jean-pierre vernant é fato ideológico que a Igreja, nos séculos XVIII, XIX, XX, sempre cerrou fileiras contra comunistas, socialistas, anarquistas e todo movimento revolucionário implicante e crítico à sua política, sua moral, seus dogmas e ritos. dai é natural cardeais ficarem de prontidão contra esses demônios ideológicos e, em nome da ideologia católica, mancomunarem-se com a ditadura, apesar de seu estado de repressão brutal. a Zelia Gattai conta singelamente que quando anarquistas italianos fundaram no Paraná, nos idos de 1890, a Colônia Cecília - uma colônia socialista experimental em terras doadas por D. Pedro ll - que fracassou depois de alguns anos de muita luta contra as autoridades da recém fundada república brasileira e contra as dificuldades de recursos próprios para o trabalho em terras a serem desbravadas e cultivadas num país tropical estranho, que o poder religioso de então construiu bem próximo à colônia "uma igreja católica com o objetivo exclusivo de hostilizar e boicotar os anarquistas, e que, já na época da colheita, o padre vizinho soltou suas vacas, que rapidamente destruíram todas as plantações, liquidando assim a última esperança dos remanescentes da Colônia Cecília. isso é coisa que católicos de boa fé tementes a Deus façam: soltar as vacas para comer as plantações de sobrevivência dos anarquistas e assim deixá-los à míngua para morrerem de fome e frio e as crianças então...
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Evaristo comentou:
16/07/2012
Nem George Orwell tem falsificado tanto a realidade quanto a globo, folha, veja e estado. Lembra muito o personagem de 1984 que de acordo com a realidade mudava as matérias dos jornais e revistas. Finalmente a verdade tem vindo à tona e me solidarizo com a Hildegard Angel, pois foi graças ao clero de ideologia conservadora como Dom Eugenio Salles, a Rede Globo, a Folha e o Estado de São Paulo, assim como os Estados Unidos, que implantaram uma ditadura assassina no Brasil, que matou o Stuart Angel de forma hedionda. Todos eles são culpados por essa tragédia que abateu sobre o Brasil.
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Inaldo Matias comentou:
16/07/2012
Parabéns, estava esperando este artigo esclarecedor Aqui em Natal a imprensa escrita e os blogues mais visitados não pouparam elogios ao cardeal. Quem se atreveu a levantar questões foi duramente criticado. As pessoas de minha geração que nos anos oitenta atuaram nos Movimentos Populares de Igreja no Rio Grande do Norte sabem como Eugênio era vinculado aos militares, e desmantelava as articulações mais progressistas das CEB's , além de censurar padres e indicar bispos progressistas no interior do clero. Chegou a expular seis seminaristas simpatizantes da Teologia da Libertação Quanto a propalada atuação social no início dos anos sessenta, no interior do Rio Grande do Norte, era parte da estratégia para minar o trabalho das Ligas Camponesas. Hoje celebraram missa concorrida na Catedral de Natal, o Beato senador José Agripino e a penitente Goverandora Rosalba, ambos do DEM estavam aos prantos e pedindo a beatificaçao de Sales
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ckzodDGP comentou:
23/09/2012
Please teach the rest of these internet holoignas how to write and research!
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Branca (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
Parabéns pelo texto que recoloca a verdade nos trilhos. O problema das mentiras é que sempre há o outro dia, sempre há alguma testemunha que viveu a época. E isso é revelado por alguém que é muito católica e que sentiu de perto o peso da mão colaboracionista, ou omissão de D. Eugenio na época das atrocidades dos militares no poder, a irmã de Stuart Jones. Ninguém pode alegar que Hildegard Angel é ligada ao PT ou esquerdista de carteirinha. E o professor que narra os fatos trabalhou com a CNBB na época. Logo, também não teria motivos para fantasiar sobre o passado. O problema é que a verdade dói para os ingênuos que acreditam em Papai Noel e que mora no Polo Norte. Assim aconteceu com os nazistas e seus colaboradores como o historiador registra muito bem ao falar do filme alemão.
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Fabio GM comentou:
16/07/2012
fabio GM Para mim, isto esta parecendo um ditado popular chutar o cachorro morto, o que deveria ser dito sobre ele deveria ser em vida, quando ele poderia responder sobre seus atos, agora que morreu não adianta mais nada. E nos poderiamos ser um pouco mais sensiveis, se o proprio senhor Lula foi capaz de perdoar o Malluf, que fez tanta coisa na ditadura e na democracia, quem somos nos para não tentarmos perdoar o senhor padre.
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Maria do Carmo Goicochea comentou:
16/07/2012
Fábio, "O que deveria ser dito sobre ele deveria ser dito em vida". Correto. Vale tanto para criticas, como para elogios. Acontece que o cachorro não está morto, ele está muito vivo quando se tenta manipular a memória para fins politicos, como aconteceu. a gente só pode perdoar, quem cometeu algum erro e pede perdão, não é o caso de dom Eugenio que foi santificado e canonizado pela GLOBO, antes de processo instaurado peloo proprio Vaticano, que é quem tem atribuiçoes para isso
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FJP comentou:
16/07/2012
Caro Fábio, acho que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não entendi como sendo o caso de chutar o cachorro morto. O que trata aqui é da tentativa da mídia, que responde pela alcunha de PIG, de canoniar o Cardeal tratando-o como sendo um corajoso defensor daqueles perseguidos pela Ditabranda. O que se fez ou deixou de fazer com o tempo vamos saber. Graças aos blogs (sujos) a gente fica sabendo as versões.
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Jul comentou:
16/07/2012
Isso mesmo. Vamos ser mais sensíveis. Sérgio Paranhos Fleury, Ednardo da Silva Mello, Emílio Garrastau Médici, dom Eugênio Salles e tantos outros, são todos cachorros mortos. Não os chutemos. Vamos esquecer, virar a página, colar a página, para que ela nunca mais seja aberta, e seguir em frente. E vamos perdoar os que estão vivos, para que eles aproveitem o perdão ainda em vida. Ustra, para ficar em um único exemplo. Vamos fechar a Comissão da Verdade, vamos seguir o exemplo do Rui Barbosa e queimar todos os documentos da ditadura, pra quê ficar remoendo o passado? Presidente Dilma, que não tem ódio dos que a torturaram: tente perdoar. O Brasil vai ficar de alma leve se todos perdoarem. E vamos todos pra rua, fazer uma grande festa, torturados e familiares e amigos de torturados e mortos abraçando os torturadores, quem sabe até pedindo perdão por terem causado sofrimento, ao demorar a perdoar.
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Hildegard Angel comentou:
16/07/2012
Hildegard Angel Para quem tiver curiosidade de ler o meu texto que deu origem a este artigo do José Ribamar, segue o link abaixo: Dom Eugenio Salles: ótima relação com os jornais antes da morte e depois dela | Hildegard Angel
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Malú comentou:
16/07/2012
Afffff... até que enfim aparece alguém com memória para colocar os pontos nos iiiiis no caso desse cardeal. Já estava pensando, depois dessa cobertura jornalística puxasaquista, que eu é que não estava bem da minha memória. Segundo lembro, os sacerdotes contra a ditadura eram o Paulo Evaristo Arns, Dom Elder Câmara e Pedro Casaldaliga. O Dom Eugênio era tido como um franco simpatizante da ditadura. Eita povo que gosta de fazer gente virar santo depois que morre!
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j fernando comentou:
16/07/2012
Pelos textos exaltando D. Eugênio não percebi que estava associando a pessoa a D. Paulo Evaristo... Assim, lendo por alto, sem prestar muita atenção... Agora, o pessoal esclarecendo as coisas, vi que os textos estavam me ludibriando.
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Marco Antonio L. comentou:
16/07/2012
Esse post precisa ser repassado para o maior número possível de pessoas. Só isso.
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Marco St. comentou:
16/07/2012
O filme é esse aqui. Só encontrei no momento esse original em alemão. Creio que tenha que recorrer ao "cine torrrent" e correr atrás das legendas, se não entender o alemão. "Se você não cuidar, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo." Malcolm X
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kZhQhTnI comentou:
21/10/2012
Haha, shouldn't you be chrgiang for that kind of knowledge?!
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Andre B (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
A História é feita de fragmentos de verdades. Seguem dois sites que ajudam a montar uma percepção do Bispo em sua proprias palavras e em recortes "edulcorados" de um jornalão. Em ambos as estórias são parciais -nos dois sentidos . Mas ressalta-se uma ação de bastidores e de forma bem articulada para um objetivo "católico" - na mesma linha que ultimamente tem caracterizado a IC com wojtyla e Ratzinger - pouca liberdade e uma determinaçao de como ser. Coerente, portanto; lamentavelmente coerente. 1- http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,coerencia-e-idealismo-marcaram-... 2- http://www.pdt.org.br/index.php/noticias/exilados-contaram-com-apoio-de-... Exilados contaram com apoio de Dom Eugenio, garante Maneca
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Fernando Antonio Moreira Marques comentou:
16/07/2012
Pelo menos uma informação está distorcida no texto. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Leia-se o texto de Sérgio Lamarão da FGV. ‘A primeira dessas manifestações ocorreu em São Paulo, a 19 de março de 1964, no dia de São José, padroeiro da família. O principal articulador da marcha foi o deputado Antônio Silvio da Cunha Bueno, apoiado pelo governador Ademar de Barros, que se fez representar no trabalho de convocação por sua mulher, Leonor de Barros. Preparada com o auxílio da Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), da União Cívica Feminina, da Fraterna Amizade Urbana e Rural, entre outras entidades, a marcha paulista recebeu também o apoio da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. A marcha contou com a participação de cerca de trezentas mil pessoas [500 mil segundo outras fontes], entre as quais Auro de Moura Andrade, presidente do Senado, e Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara. Durante o trajeto, que saiu da Praça da República e terminou na Praça da Sé com a celebração da missa "pela salvação da democracia". Na ocasião, foi distribuído o Manifesto ao povo do Brasil, convocando a população a reagir contra Goulart.’ ‘A iniciativa da Marcha da Família repetiu-se em outras capitais, mas já após a derrubada de Goulart pelos militares em 31 de março, o que as tornou conhecidas como "marchas da vitória". A marcha do Rio de Janeiro, articulada pela Camde, levou às ruas cerca de um milhão de pessoas no dia 2 de abril de 1964.’ Não existe nenhuma dúvida que amplos setores da Igreja Católica, entre muitos outros, apoiaram o movimento golpista, mas Dom Eugênio só assumiu a Arquidiocese do Rio em 1971. Não pretendo fazer apologias à sua atuação, que considero pífia, sem nenhum denodo secular ou ideológico, mas não se pode tentar diminuir sua retilínea vida eclesial.
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Mariazinha (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
Sorte que temos seu NASSIF! Esperar alguma verdade dessa mídia alienígena é perder tempo. Bem que achei tudo muito estranho; fiquei em dúvidas, remoendo, quase passa batido! Até pomba arranjaram para pousar no caixão do dito cujo! Esse pessoal não é fácil! Dizem que, ao final vão ganhar os inocentes, assim, com jogos pirotécnicos vindos do céu feito obra de DEUS. ÔMODEUS!
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Marco Santo (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Até que enfim apareceu um texto revelador. Enquanto o "couro" comia na Cinelandia, o mencionado fazia orações na Casa do Dr. Marinho.....Por pouco o Arcebispo de S.Paulo Dom Evaristo Arns não foi excomungado. Ele fazia parte da Igreja Romana não era um Cristão.
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Mario Blaya (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
esqueça, se ele não apoiava o Lula, então será massacrado aqui, ainda mais por ser catolico! bom aqui os pastores que apoiam o PT, pois os pastores que apoiam o Serra são execrados! e por esse comportamento que a esquerda jamais poderá ter o poder inconteste desse pais! "A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela." Max Frich
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André Couto (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Deixa de ser burro, Mario Blaya! As pessoas estão falando de uma época em que o PT nem existia.
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Emilio GF (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
Eu lembro! Já escrevi aqui e vou escrever de novo. O Eugênio foi assaltado certa feita, no Rio de janeiro, e pediu a pena de morte aos criminosos. Interpelado pela imprensa, confirmou seu "desejo cristão".
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Urbano (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
Confesso que tinha desistido de continuar a dizer o que todos sabiam sobre esse padre. O que li ( inclusive aqui neste Blog) a respeito do carater santo desse Cardeal era nauzeante para todo aquele que sofreu nas garras da Ditadura e para me preservar preferi calar ( quem sabe o inferno cuide dele como deve) Agora esse magnifico texto restabelece a verdade . Ao menos alguem, algum dia no futuro, podera ler sobre o que de fato aconteceu sem as mentiras cotidianas desse Brasil.
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Motoboy (Blog do Nassif) comentou:
16/07/2012
morreu mas deixou uma tonelada de merdas prá darem continuidade.
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Gilberto Cruvinel (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
ôpa! Finalmente começam a sair artigos que colocam as coisas nos seus devidos lugares. Por um momento achei que estava lendo uma imprensa feita em outro planeta. Loas a um cardeal que perseguiu implacavelmente as Comunidades Eclesiais de Base na arquidiocese do Rio, que não deu tréguas enquanto não conseguiu que Leonardo Boff fosse punido pelo Vaticano, que interferiu até mesmo na divisão da Arquidiocese de São Paulo e na sucessão do Cardeal Arns. Este artigo do professor José Ribamar Bessa Freire e o outro de Hildegard Angel recoloca a verdade nos devidos lugares.
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Mauricio M (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Excelente análise."Dentro de uma sociedade, assim como os discursos, as memórias são controladas e negociadas entre diferentes grupos e diferentes sistemas de poder. Ainda que não possam ser confundidas com a "verdade", as memórias têm valor social de "verdade" e podem ser difundidas e reproduzidas como se fossem "a verdade" – escreve Teun A. van Dijk, doutor pela Universidade de Amsterdã. O registro do que realmente ele representou num dos piores momentos de nossa história. Pelo respeito às vítimas desse período e pela construção da VERDADE, o texto cumpre seu objetivo. Maurício
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Roque Citadini (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Um belo e corajoso texto. Não conheço, com detalhes, a atuação de D. Eugênio, no período citado . Confesso que fiquei surpreso com esta repentina descoberto da resistência do cardeal à ditadura. Mas isso virou uma praga no Brasil. Há uma reescrita geral do período, com o aparecimento de "heróis" e desaparecimento dos que foram do regime. E isso não é só com pessoas que ,num passe de mágica, tornaram-se lutadores da democracia. Instituições que tiveram uma atuação duramente vinculadas ao regime militar tornaram-se,nos dias atuais, resistentes da ditadura. No Judiciário a resistência foi mínima ( e a adesão máxima), na OAB uma ou outra voz isolada; no Ministério Público uma página deploravel. Conta-se nos dedos os membros que tiveram algum ato de valentia democrática; e na Igreja uma ou outra voz, sempre coberta por muitos defensores. Até nos movimentos sociais o "heroismo" não foi este que hoje é citado. O sindicalismo (patronal e trabalhador) teve uma ou outra voz dissidente. Mas muitos eram fervorosos defensores. Acho que, por tudo isso, ninguém quer lembrar o passado real. Só os reescritos nos dias atuais.
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Glauco Braga ((Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Confesso que achei tudo muito estranha na cobertura da morte de Dom Eugênio alles, já que eu tinha essa imagem e informaçãoe que sempre foi um aliado da ditadura mesmo. Além de tudo, uma simples comparação do semblante de Dom Eugênio e Dom Paulo Evaristo Arns já dava para ver quem estava do lado de quem.
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BqGkCvVVsfxnfiPXwY comentou:
23/09/2012
Haahhhaa. I'm not too bright today. Great post!
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Maurício Gil (Blog Nassif) comentou:
16/07/2012
Ao saber do que escreviam nessa semana sobre D Eugênio, pensei com meus botões: não é a mesma pessoa, algo está errado. Execelente, parabéns
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iveline lucena comentou:
16/07/2012
Gostei de ler, informativa e de bom nível. O que não é surresa, conhecendo o autor
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Fabíola (Portal do Sertão) comentou:
16/07/2012
Misture ditadura, cristianismo, mídia e militares... resultado óbvio: cinismo e hipocrisia! Parabéns pelo artigo! Sugiro que vc escreva algo sobre a perda da memória dos anos 80 com a demolição dos lugares ícones do período...
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Jô Gondar comentou:
16/07/2012
Que o cardeal descanse, mas sua memória é responsabilidade nossa. E não é a mídia que vai fabricá-la para nós. Obrigada, Bessa, pela lembrança oportuna e tão bem escrita. E a citação é uma honra. Contato de Jô Gondar
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Jô Gondar comentou:
16/07/2012
Que o cardeal descanse, mas sua memória é responsabilidade nossa. E não é a mídia que vai fabricá-la para nós. Obrigada, Bessa, pela lembrança oportuna e tão bem escrita. E a citação é uma honra. Contato de Jô Gondar
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Jô Gondar comentou:
16/07/2012
Que o cardeal descanse, mas sua memória é responsabilidade nossa. E não é a mídia que vai fabricá-la para nós. Obrigada, Bessa, pela lembrança oportuna e tão bem escrita. E a citação é uma honra. Contato de Jô Gondar
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Jô Gondar comentou:
16/07/2012
Que o cardeal descanse, mas sua memória é responsabilidade nossa. E não é a mídia que vai fabricá-la para nós. Obrigada, Bessa, pela lembrança oportuna e tão bem escrita. E a citação é uma honra. Contato de Jô Gondar
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Telma comentou:
16/07/2012
Fiquei surpresa com o relato. Eu só conhecia o outro lado da história, o que a mídia divulgou. Vou, com certeza, repensar o assunto.
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Ana Stanislaw comentou:
16/07/2012
Sensacional, maravilhosa!! Pensei - a partir da cobertura midiática do velório - que estava diante de um santo. Cinco, quatro mil perseguidos políticos!! Essa mídia vergonhosa não tem mais o que inventar. Parabéns pela coragem, sinceridade e respeito com nossa memória, que não é tão esquecida assim!! Adorei!
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Helena Lucca comentou:
15/07/2012
Parabéns Prof. Ribamar! Sé quem sofreu com a ditadura militar sabe muito bem que foi Dom Eugênio Sales!
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Caroline Maldonado comentou:
15/07/2012
Brilhante! Brigada! Seu texto, além de tudo, é um aula pra quem sabe pouco da história dessas figuras como eu. bj!
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Thiago (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
esse texto é um tapa na cara da midia.
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Zorak Silva (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Muito bom o Texto. Quem tem no mínimo algum conhecimento sobre a história do Eugênio Sales, sabe que aquela babaquice midiática de protetor dos refugiados da ditadura não passou de balela. O cara era um falso, como toda figura religosa - não critiquei religião A ou B, critico as pessoas que gostam do poder que a religião permite - e sabia muito bem fazer o joguinho dos militares. Agora, o pior é olhar aqui nos comentários abaixo e ver um monte de reacinha escrevendo groselha. Não se trata de ideologia, mas sim de assassinatos políticos e pra mim, independente do posicionamento político-ideológico, quem compactua com assassino, assassino também é. Se os caras lutavam contra a ditadura e eram comunistas, que se dane! Eu não sou comunista e mesmo assim merecem o meu respeito, porque enquanto isso o papaizinho de vocês estava vendo jogo da seleção e completamente idiotizado pela mídia da época.
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Helena Lucca comentou:
15/07/2012
Parabéns Prof. Ribamar! Sé quem sofreu com a ditadura militar sabe muito bem que foi Dom Eugênio Sales!
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Rosali Henriques comentou:
15/07/2012
Ufa, por um momento eu pensei que estava com problemas de memória. Felizmente o prof. José Bessa escreveu esta crônica para desmascarar a mídia nativa.
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Susana Grillo comentou:
15/07/2012
Bessa, obrigada pela vigilância... a morte sempre nos fragiliza e manipulados por uma mídia com imagens simbólicas adequadas aos objetivos, com nossa memoria fragmentada e conhecimentos históricos superficiais, lá embarcamos em "verdades" montadas... parabéns pelas informações prestadas e por manter nossa atenção diante dos fatos, um grande abraço, Susana
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Angelica Gentile comentou:
15/07/2012
Ribamar, a pergunta que não quer calar: porque razão D. Eugênio teria "socorrido" tantos perseguidos políticos da America Latina e deixado sem nenhum amparo os daqui? D. Eugênio não se envolveu sequer com os bispos e padres daqui que padeceram na ditadura. Também procurou de todas as formas silenciar as vozes dentro da CNBB que tentavam denunciar as violências praticadas aqui. O pior de tudo é que a memória curta do nosso povo acaba por permitir a prevalência desta midia golpista.
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Umbertp Trigueiro comentou:
15/07/2012
Oportuníssima e precisa a crônica do colega José Ribamar Bessa Freire. É importantíssimo para a construção de uma Nação e de uma sociedade democrática não permitir a constução de mentiras e falsidades sobre a história para pautar a vida e a memória das gerações presentes e futuras. Infelizmente, Dom Eugênio foi isso aí.... Umberto Trigueiros Jornalista Contato de Umbertp Trigueiro
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william porto (Blog Lima Coelho) comentou:
15/07/2012
Concordo em gênero, número e grau com Mestre Bessa. Dom Eugênio pode até ter audado um ou outro persegido, por desencargo de consciênci, mas foi um dos mais ativos colaboradores do golpe de 64. E foi omisso em relação às arbitrariedades da ditadura. Aquela pomba junto do caixão dele deve ter sido uma ironia.
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NIGIMA SEABRA comentou:
15/07/2012
eu achava que D.EUGENIO tinha ajudado os sofridos irmaos da ditadura,fui enganada?????//
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Jenner Jon Lopes (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Caro, É de jornalistas como você que o país precisa.Este país dirigido por lobos em pele de cordeiro. Pele esta costurada por grandes corporações que consegue arregimentar profissionais que se esqueceram da real missão de suas vidas.Enquanto houver pessoas como você, o país tem esperança.São milhões de pessoas a serem iluminadas com a verdade da história. Para que então tomem consciência da realidade que os cerca e, se Deus quiser, Tomem Atitudes!
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W. Lisboa (blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
No Brasil a morte é a mãe da Anistia!!
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Antonio Luiz DE Cario (blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
UM BELO COMENTARIO O SEU BESSA FREIRE ,SO QUEM VIVEU OS ANOS DE CHUMBO SABE DIZER COMO FOI DIFICIL O. O RESTO E PAPO FURADO
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Antonio Luiz DE Cario (blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
UM BELO COMENTARIO O SEU BESSA FREIRE ,SO QUEM VIVEU OS ANOS DE CHUMBO SABE DIZER COMO FOI DIFICIL O. O RESTO E PAPO FURADO W. Lisboa (blog da Amazonia) No Brasil a morte é a mãe da Anistia!!
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Humberto Mello comentou:
15/07/2012
É sempre bom conhecer melhor nossa historia e de vez em quando é necessario alguem trazer a tona fatos sobre pessoas e instituições... A Igreja brasileira, a maçonaria e clubles de serviço foram todos coniventes com o regime ditatorial com as raras exceções nomeadas no artigo.
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Crystiane comentou:
15/07/2012
Excelente artigo! Eu vi a cobertura do velório exibida pelo RJTV e a apresentadora do programa o tempo td frisava o ato de D. Eugênio não ser d esquerda, como se isso fosse um pecado!
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Aurelio michiles (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Hoje, domingo, Folha SP, o cronista Carlos Heitor Cony escreve lôas ao finado Cardeal. Parabens, por esta revoivada na memória brasileira.
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Luiz Cesar comentou:
21/07/2012
Desculpe, mas Carlos Heitor Cony não serve de testemunhar para porra nenhuma.
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Hélcio Pereira de Almeida (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Obrigado por esta aula de história, parabéns pela sua coragem em expor um falso herói e honrar a memoria dos verdadeiros heróis.
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Ollo(Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Ei josé ribamar, você é Idiötä à 'bessa'...
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Rafael Santiago Gregorio (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Se as notas de História do Brasil de uma boa parte dos que aqui opinam fossem de média melhor, entenderiam bem o que o articulista quis expressar. 'Quem não conhece a sua História, está condenado a repetí-la' e da forma mais cruel. Tais asneiras escritas em alguns comentários, tivéssemos, ainda naquele período dos 'anos de chumbo, não teriam seus comentários publicados e teriam a vida particular vasculhada até a septuagésima nona geração e sofrido todos os tipos de tortura física e psicológica. Parabéns ao autor do texto pela sua clareza e lucidez de nossa História recente.
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Heloisa Helena Oliveira comentou:
15/07/2012
Parabéns professor José Ribamar Bessa Freire!!!Prazer em conhecê-lo!!!
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Alder Oliveira (Blog Amazonia) comentou:
15/07/2012
Artigo polêmico... muita gente vai chiar... mas....
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Teresa Silva (Blog Amazonia) comentou:
15/07/2012
Eu estou interessada nesse filme. Mas pelo que pesquisei, não está à venda e não tem nas locadoras que eu frequento. Encaminho pedido ao professor para que informe onde eu consigo uma cópia, de preferência legendada em português? Obrigado!
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Kleber Gutierrez comentou:
15/07/2012
Eu sabia que aquela pomba era 'comprada'...
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Jairo Martins (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
Muito bom seu comentário, Altino...Esse servo de Roma aprovou incondicionalmente a ditadura brasileira e vc coloca isso no lugar, e comenta sobre a hipocrisia dos grandes órgãos da mídia brasileira...
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Neusah Cerveira (FB) comentou:
15/07/2012
Enfim alguém diz a verdade. Fiquei falando sózinha um tempão. Eu me lembro em 1974, era pouco mais que uma menina, meu pai tinha sido sequestrado na Argentina, queria localizá-lo no Brasil (sabia que tinha sido trazido para cá) já tinha batido em todas as portas possíveis, quando um Bispo disse que eu poderia tentar esse Cardeal, no Palácio São Joaquim, pq ele era amigo do generalFrota e passava inclusive fins de semana no sítio do Frota em Petrópolis. O Bispo me alertou porém que seria muito difícil ele me receber e mais ainda me ajudar, Eu tentei pq estava desesperada e não tinha mais o que fazer. Procurei o Dom Eugenio Sales no seu Palácio, claro que não queria me atender. Eu corri e entrei no gabinete dele e comecei a falar. Ele me ouviu, depois me disse que saísse imediatamente dalí e NUNCA mais voltasse. Eu disse que não saía. Ele se dirigiu ao telefone e disse que ia chamar o Doi Codi. Saí correndo e nunca mais voltei. Ele era um canalha. Coloquei toda a verdade sobre ele na minha Tese de Doutorado, defendida na USP em 2007. Ele podia ter salvo a vida do meu pai e de outros. Ajudou a matar. Neusah Cerveira.
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Sheila Portela (FB) comentou:
15/07/2012
Nossa magnífico texto !!! Eu pensei ,ou melhor fiquei confusa quando ouvi várias vezes esse reporte do cardeal ter sido o cuidador daqueles que foram perseguidos pela ditadura. Ainda muito nova tinha ouvido o contrario em relação a postura do cardeal. Bendito texto elucidador ,parabéns estarei compartilhandoporque talvez haja pessoas na mesma situação do que eu.
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Ronaldo Derzy (FB) comentou:
15/07/2012
Penso que o ribamar fez esse artigo com o fígado e nao com o cérebro. Acho que o mesmo pr um momento esqueceu os ensinamentos de sua mãe fervorosa catolica.Penso ainda que nao se pode falar mal de cadáveres. Ele, o Ribamar, teve a vida toda para escrever isso enquanto o Cardeal estava vivo. Lamentável.
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Wasahington Carlos Oliveira comentou:
16/07/2012
Sr. Ronaldo, respeito seu ponto de vista, apesar de preferir outros. Apresentarei outros olhares. Me parece que Ribamar escreveu esse texto com o fígado, o cérebro, o coração e todas as parte do corpo juntas, lucidamente integradas com o compromisso de contribuir com a verdade. Mentir sobre algo ou alguém não apazigua ninguém. É justo em respeito aos mortos que precisamos recordar as escolhas e os caminhos realizados – sempre percorremos alguns trajetos mais acertados e coerentes e outros equivocados e lamentáveis: ninguém escapa desses roteiros, é parte de nossa humanidade. É justo em respeito aos mortos que não deveríamos tentar apagar ou distorcer o passado. Do meu ponto de vista, foi isso que Ribamar fez. Numa coisa penso parecido contigo: apesar de ser possível, não se deve falar mal de cadáveres, afinal esse ser inanimado já não pode escolher prejudicar/beneficiar ninguém; entretanto, temos o direito e, em alguns casos, a obrigação de falar da vida vivida, das escolhas, das repercussões dos atos. No caso de pessoas públicas, isso é essencial. O comentário de Ribamar, na verdade, é uma aula contextualizada e fundamentada, menos sobre o cardeal, e mais sobre história, mídia, tentativas de ocultação/manipulação e riscos para o futuro. Ainda mais num momento em que uma parte da nação tenta fazer funcionar a Comissão da Verdade – sob intenso bombardeio dos que temem ter de ajustar contas com mentiras guardadas e perfumadas. Para mim, Ribamar utiliza a distorcida cobertura da morte do cardeal para desmascarar mecanismos viciados e doentios que, se mantidos, podem prejudicar, muito, nosso futuro enquanto nação. Sobre o cardeal, acho que ele foi suficientemente cuidadoso ao registrar “que Dom Eugênio tinha suas virtudes”. Para comprender melhor o que tentei expressar, sugiro a leitura do texto da psicanalista Diana Corso, (http://sergyovitro.blogspot.com.br/2012/07/diana-corso-contar-para-nao-repetir.html) onde ela afirma: “Os fatos do passado não mudam só porque foram rememorados, mas, lembrados conscientemente ou não, influenciam o presente, alteram o futuro”.
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Maria Celeste Freire Corrêa comentou:
15/07/2012
Prezado Ronaldo, sou irmã do Bessa e filha da D.Elisa , realmente uma mãe fervorosa católica! Por isso, me sinto super a vontade para dizer que essa crônica foi escrita justamente porque o Bessa em NENHUM momento esqueceu os ensinamentos da mamãe, que, apesar de católica fervorosa,tinha um senso de justiça enorme, bem como, uma capacidade crítica invejável que não a permitia que a sua relação com Deus a cegasse diante de aberrações,mesmo que essas partissem de dentro da Igreja católica. Posso te afirmar que a minha mãe deve estar muito orgulhosa dos seus ensinamentos,! Se você tivesse a conhecido bem certamente saberia que ela, aonde estiver, deve estar aplaudindo e dizendo: " É isso,meu filho!
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Artêmio Cunha comentou:
15/07/2012
Ma rapá, tu é leso, Ronaldo Derzy!!!! Como é que ele podia escrever sobre o velório do cardeal, se o cardeal nao havia morrido? Tu sabia que é preciso mais coragem pra escrever sobre um morto endeusado pela mídia do que escrever sobre quem está vivo? Procurei, e não encontrei, mas tem um artigo do Bessa publicado no Diario do Amazonas, acho que foi sobre literatura de cordel, onde um cordelista critica Dom Eugênio. Quando ele estava vivo.
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Gleice Oliveira comentou:
15/07/2012
Caro Ronaldo Derzy, com o apreço que lhe tenho, devo dizer que o José Bessa escreveu e fez uma reflexão sobre um tema que diz respeito a vida do Cardeal e suas ações durante um período duro da nossa história e representa o pensamento de muita gente dentre os quais me incluo, obviamente. Católico como ele e sua família são, e defensor dos direitos de opção religiosa de todos, não faz crítica ao fato de o Cardeal ser católico, mas ao fato de ter se posicionado ao lado dos militares que mataram, torturaram e oprimiram tanto o nosso povo. Essa crônica necessitava ser escrita, para não prevalecer a máxima de que 'uma mentira repetida muitas vezes acaba virando verdade'. Abraço.
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Flavio Nunes Campos (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Meu integral apoio às suas lúcidas e verdadeiras informações acerca do 'bom' Cardeal D. Eugênio Sales, de péssima lembrança para aqueles que viveram os tempos da ditadura.
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Emilio Roberto Topel Konrath (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Que maravilha! Que primor! Parabéns pela capacidade demonstrada neste texto.
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Antonio Eduardo Monteiro Fernandes (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
O texto é inteligente e contundente. É sempre bom conhecer uma versão não oficial dos fatos históricos.
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Danilo Sales Barbosa (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Parabéns pelo excelente texto! Essa sinceridade histórica deve ser sempre mantida, os meios de comunicação não tem o direito de manipular os acontecimentos do passado.Por sinal já estou buscando o filme 'UMA CIDADE SEM PASSADO' para assistir.Um abraço, continue com seu excelente trabalho.
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sinvas julio (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
O que vc faria? ficaria contra? todos sabemos que naquela situação, no cargo em que ele estava é dificil ser do contra, as vezes você tem que estar no meio deles para dar uma ideia do que pode mudar, e mudou!!!! sem golpes, mudou para a democracia, foi um feito né....o que vc faz para mudar a situação de hoje (isto é que devemos pensar), com o projeto neo-liberal em que nos encontramos com a desmoralização e destruição da família. Faz o seguinte junta-se aos que LIBERARAM O ABORTO, QUEREM DESCRIMINALIZAR A MACONHA, PAGAM PARA OS FILHOS DE PRESIDIÁRIOS FICAR VAGABUNDEANDO EM CASA, E OUTRAS QUE SE FOREM LISTAR VAI UMAS 3 PAGINAS.......
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GWbponKenqErNAsYdU comentou:
23/09/2012
You put the lime in the coconut and drink the atrcile up.
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Alex Padilha (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Uma excelente materia, para esclarecer as pessoas de pouca memoria. Pois ao ouvir a midia e hoje nas Igrejas Catolicas falando nas homilias, eu ate estranhei. Pois como o Sr. fala, nós, mais a torcida do Flamengo e a do Corinthias, tinhamos na nossas lembranças que o citado Cardeal, sempre foi do lado do Poder Militar. O senhor, como bem falou Jesus, esta ajudando a tirar a Trave dos olhos dos brasileiros. Mostrando a Verdade. P A R A B E N S
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José Carlos Barbosa (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
PARABÉNS, PROFESSOR!!! Sou católico, estudo continuamente Teologia e vou sempre à missa aos domingos. Este seu relato me deixou perplexo e jamais pensei que isso fosse verdade!!! Acredito em suas bem colocadas palavras e rezo para que isso NUNCA mais ocorra em nossa Igreja Católica Romana!!! Deus é misericordioso e saberá perdoar este cardeal por tudo de indigno por ele realizado!!!
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Paulo Guedes (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Parabéns, é muito bom ouvir testemunhas oculares da nossa história e suas impressões
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XShnAoEwrBJdOCh comentou:
21/10/2012
Supirrsing to think of something like that Contato de XShnAoEwrBJdOCh
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Ildo de Carvalho (Blog da Amazonia) comentou:
15/07/2012
me poupe!mais uma vez um abusado vem tentar denigrir a imagem de um homem que estava acima do seu temopo! nós católicos EXIGIMOS respeito às nossas autoridades!
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Lio Simas comentou:
20/07/2012
Para quem socou uma janela de vidro depois de um pesadelo (relato da Sandra Regina) só pode ter coragem para enfrentar imprensa manipuladora desse país. Estou impressionado!
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Paulo Sergio Vieira (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
olha, sou historiador e sinceramente gostaria que mais jornalistas fossem assim... pq falar de liberdade de imprensa é muito bonito, mas fazer uso real dessa liberdade e em prol de causas maiores que manter emprego é ´bem dificil de se ver..infelizmente no Brasil a mìdia toda é ligada demais ao poder pra se dizer imparcial e mesmo mudando os postulantes desse poder, o peleguisno continua.parabéns ao jornalista, vou ler mais seus textos..há uma luz no fim do tunel, pena que seja só uma.deveriam ser mais.
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Cristhina Santhos (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Excelente trabalho msm. É importantíssimo existir outros pontos de vista da história, reconhecer outras verdades e aprender com diferentes experiências. O absurdo é ter ´medo´ de ouvir outra versão de um fato para não correr o risco de corromper, ou seja, os valores do indivíduo não estão totalmente seguros, se existe essa possibilidade. São nesses casos que alguém mais rude, faz uso da violência para impor suas opiniões, grosseria, censura e coisa e tal. Valeu
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Caio Martins (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Absurdamente excelente o texto, já quero até ver o filme. Judas morreu e todos querem fazer de conta que foi um santo, normal Bento XVI tem os dois pés fincados no nazismo, foi da juventude hitlerista, e fazem a mesma coisa, falam que foi obrigado pelas 'circunstâncias da época'. O Papa foi nazista, e o Cardeal brasileiro foi Fascista, e o mundo continua a girar e as máscaras a cair. Prepare-se, a Igreja não suporta a verdade, pois ela liberta as pessoas, assim como disse um 'maluco socialista' uma vez há muito tempo atrás, irão perseguí-lo, na verdade são experts nisso, fogueiras e encobrimentos são com eles mesmos. Parabéns!
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Neuza Santos (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
De fato; como católica, achei que apareceriam várias pessoas dando depoimento sobre como foram salvas por Dom Eugênio. Até agora não vi, li, ouvi ou assisti qualquer uma dessas pessoas que foram vítimas da ditadura. Será que o FANTÁSTICO vai entrevistar ao menos uma delas? Vamos aguardar.
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Mario Cesar Newman de Queiroz (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Mandou bem! Bom texto. Claro, reflexivo e informativo. Boa a lembrança do filme 'Uma cidade sem passado'.. .
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Caio Martins (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Bem que eles tentam, isso não dá para negar, mas a VERDADE, possui um poder divino, é libertadora, e o homem jamais conseguirá inteiramente sufocá-la. Como disse uma vez um certo judeu, 'Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará' resistir.info/portugal/imagens/ratzinger_1940.jpg
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JANE JULIE SARAIVA MEIRELES (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
Assisti ao apelo comovido da Rede Globo por ocasião do velório e sepultamento de Dom Eugênio. Como Cristã fiquei muito emocionada com o que foi narrado, pois não tinha uma informação precisa dos atos desse religioso. Tinha ouvido falar que Dom Helder, dentre outros abrigaram nossos irmãos perseguidos e torturados pela ditadura. Quando vi a narrativa do Jornal Nacional, acreditei de início que a verdade era da forma que fora narrada. Contudo, ao mostrarem quem na Poderosa Igreja eram os amigos mais íntimos do falecido, comecei a duvidar, pois, aqueles sim, eu sabia a quem verdadeiramente serviam. Como a voz do povo é a voz de Deus e o ditado popular diz 'digas com quem tu andas que te direis quem és', achei que naquela reportagem tinha alguma coisa errada. Eis a razão da minha desconfiança: A verdade foi maquiada, para aparecer melhor aos olhos do povo. E para Deus, o que prevalecerá???? A pomba branca ganhou sua liberdade, mas só a verdade libertará!
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ARNALDO JOSE DA SILVA (Blog da Amazônia) comentou:
15/07/2012
É muito bom saber que existem pessoas esclarecidas que podem nos ajudar a desmitificar certas imposições, não só dos meios governamentais, como daqueles que dominam a comunicação. Eu não tinha conhecimento dos fatos históricos relatados no artigo, mas a minha consciência interior tinha certeza de que, 'por detrás daquele angu, tinham muitos caroços...'
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Sérgio Mario Nunes de Andrade comentou:
15/07/2012
Sérgio Mario Nunes de Andrade Bem, o que posso dizer é que já era adulto nessa época e acompanhei a carreira do cardeal e, por causa disso, concordo em gênero, número e grau com o texto do Prof. Bessa Freire.
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Joca Oeiras comentou:
15/07/2012
Querido Bessa: Parabéns pelo texto magistral além de oportuníssimo. Vamos postá-lo no Portal do Sertão. Mas meu caro, a crônica está à feiçao para ser postada no Observatório da Imprensa pois desenvolve uma consistente crítica à mídia oficial. Um texto como este merece divulgação em nivel nacional! Joca Oeiras, o anjo andarilho
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Jane Moren de Quinan comentou:
15/07/2012
Boa tarde. Parabéns pela coragem. Seu texto a respeito do falecimento de D.Eugênio Sales e a ampla cobertura da mídia dedicada ao fato,(como se viu/ouviu e destacado pelo sr.), revelou um \"segredo de polichinelo\", para desespero de muitos. Aguarde críticas ferozes. Há pessoas que acreditam que,depois que morrem,\' todos viram santo\"...Com todo o respeito.
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Dôra Paiva (portalrogerioferreira.ning.com) comentou:
15/07/2012
Caríssimos, O PASQUIM sempre criticou D. Eugênio Sales e sua ligação com os militares do poder. Ele era a antítese de D. Elder Câmara. Gostei muito da forma que essa crítica foi feita, principalmente com a analogia com o Filme "Uma cidade sem passado" que apresentei há alguns anos a meus alunos de Metodologia da Pesquisa. É de esclarecimentos como estes que precisamos para que não nos esqueçamos do passado e os falsos herois perdurem. Um abraço, Dôra Paiva
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Alexandre Gomes comentou:
15/07/2012
Mais uma lição de como se constrói pelos poderes instituídos as memórias sociais, ditas como verdades históricas - e como nós historiadores temos tão importante papel social nessa desconstrução, ou, pelo menos, em fazer aparecer versões subterraneas, proibidas, parafraseando Pollack ... Agradeço e abração!
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Tarcisio Lage comentou:
15/07/2012
Boa dom Bessa. E não era preciso pedir desculpa no final. Morrer todos nós vamos. Acho que eu devia até contratá-lo como comentarista do www.anarco.net
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Marilza de Mello Foucher (da França) comentou:
15/07/2012
BESSA esta crônica é belíssima, não só pelo seu estilo, mas pelo relato sobre a importância da memória. Além disso, mostra o quanto é necessário discutir a função da mídia brasileira, o quanto esta grande mídia ao longo da ditadura e até hoje manipula os fatos e transforma por vezes os que lutaram pela conquista democrática em terroristas, e os que apoiaram a ditadura em heróis. Professor Bessa, trabalhei aqui na França no Comitê Contra a Fome e pelo Desenvolvimento (CCFD), nessa ocasião conheci mais de perto Dom Helder Câmara na casa de Violeta Arraes. Participei da reflexao sobre economia alternativa e solidaria no Centro Lebret. Fui depois responsável de projetos para a América Latina durante muito tempo, num período de crise institucional no CCFD que era acusado pelos jornais de direita francesa de ser uma organização de subversão humanitária. Por ter sido criado pelos defensores da teologia da libertação, muitas dioceses conservadoras não apoiavam o CCFD. Mas ele se afirma enquanto agência de cooperação internacional graças ao apoio direito dos militantes dos movimentos progressistas da igreja, doações privadas, além da ajuda financeira publica financeira do governo francês e Comissão Europeia. Em geral quando as organizações sociais mandavam projetos solicitando financiamento na Europa, muitas vezes as organizações sociais buscavam cartas de apoio dos Bispos do Brasil. As organizações sociais que atuavam no Rio de Janeiro nunca tiveram apoio de Dom Eugênio, ele se negava a assinar qualquer carta de apoio, e combatia severamente todos os padres e freiras que participavam na luta contra a ditadura. Na época se dizia que as organizações que atuavam na área do desenvolvimento solidário, nos projetos de educação popular, na formação sindical, na organização das mulheres, na organização dos movimentos sociais, que eles sobreviviam graças ao guarda-sol e guarda chuva da igreja Católica e da Igreja Protestante Presbiteriana. Mas no Rio o único arcebispo que não dava nenhuma cobertura era Dom Eugênio Sales.
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Erika Fátima Dantas comentou:
15/07/2012
Se é a verdade que queremos, devemos retirar a venda da nossos olhos para a nossa história! Desde que o mundo é mundo, lidamos com histórias escritas e contadas da forma como os poderosos decidem. São o Historiadores que tentam a todo instante contar e mostrar a verdade dos fatos. A história de nosso país cheia de heróis como Princesa Isabel, Tiradentes, Zumbi e tantos outros, que são passadas de forma fantasiosa e cheia de aventuras para os alunos nos bancos escolares, nos mostra a todo instante que somo um país sem memória. Quando a mídia afirma a "benção" do prórprio Espírito Santo pela representação da pomba branca "comprada" e solta no velório de um bispo consevador e defensor de uma ditadura covarde que deixou marcas na vida de várias famílias, é brincar com a inteligência daqueles que buscam a verdade. Que história é essa que será contada para nossos filhos? Qualquer dia desses, esta mancha negra destes dias nebulosos pelo qual passamos, que foi a ditadura militar, será contada nas escolas como um episódio onde os "heróis eram aqueles que torturavam os bandidos que estavam contra um governo justo que só queria o bem, o crescimento e a fartura para o povo brasileiro." Gente, acho que já ouvi alguem dizer isso!!!! Que país é esse que estamos construindo para as gerações futuras?
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Alba L. G. Figueroa comentou:
15/07/2012
Uma profunda e corajosa lição de História, sempre com cheiros e vitalidade amazônicos, como tantas outras de suas crônicas!
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roberta comentou:
15/07/2012
Grata por cuidar da nossa memória!!
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benedito Prezia comentou:
15/07/2012
Parabéns por mais este texto lúcido e corajoso. Vou fazer circular. Abs.
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Sergio Moura comentou:
15/07/2012
Excelente o texto, Bessa, para quem como nós da geração 60/70 sobreviveu frente às inúmeras intempéries da vida social, cultural e política nesse mundo de ignorância, podemos ver através de suas mãos, informações, notícias, verdades tão esclarecedoras que acrescentam em nós, mais luz no fim do túnel.
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Sergio Moura comentou:
15/07/2012
Excelente o texto, Bessa, para quem como nós da geração 60/70 sobreviveu frente às inúmeras intempéries da vida social, cultural e política nesse mundo de ignorância, podemos ver através de suas mãos, informações, notícias, verdades tão esclarecedoras que acrescentam em nós, mais luz no fim do túnel.
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Evelyn Orrico comentou:
15/07/2012
Bessa, mais uma vez não sou surpreendida por uma de suas crônicas. Você é sempre preciso, claro e coerente. Parabéns! Não resisti e a li em voz alta para o meu marido que fez o seguinte comentário emocionado: "P… texto!". Ele comentou sobre a passagem do cardeal na Bahia. Abração Contato de Evelyn Orrico
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Luiz Bazilio comentou:
15/07/2012
Bessa querido. A cobertura foi péssima, Absolutamente parcial. Mas também temos as contradições ... fica provado que agora quem canoniza um santo não é mais o Papa, mas a família de Roberto Marinho. O Vaticano ficou menor!
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Alberto Rodrigues comentou:
15/07/2012
Li o texto e concordo em gênero, número e grau! Além de "inventar" novos tipos de golpe América Latina a fora, a direita apodrecida com a conivência e cobertura na imprensa golpista trata os seus como baluartes defensores da liberdade e da democracia! Certeza: papai noel existe e a cuca e o coelhinho da páscoa eram seus parceiros!
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José Paulo comentou:
15/07/2012
Temos a nítida impressão que ainda temos muitas memórias abafadas pelo poder público. As novas gerações que pouco leem, acreditam no que a mídia manipuladora e manipulada quer que acredite. essa crônia deixa um gostinho de liberdade, de saber outra parte dessa "verdade"construída. Parabéns por iluminar um pouco de nossa memória. Contato de José Paulo
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Ana Bursztyn-miranda comentou:
15/07/2012
Meu querido Bessa, mais uma vez acertou em cheio! A analogia com o filme e otima. Nos, os resistentes nao mortos e nao desaparecidos, tivemos q ir mais de uma vez a missas-manifestacoes em outras dioceses (nova iguacu de d hipolito, este sim sequestrado e perseguido) e ate volta redonda, pq no rio d eugenio proibia. Tenho ate depoimento pessoal a dar ( sim, fui em 75 ao Palacio S Joaquim ver o Principe, por estar impedida de trabalhar, sem atestados bons antecedentes e ideologico), qdo ele ligou na minha frente para alguem do i Exercito dizendo que eu nao tinha jeito, pois nao me arrependia do que tinha feito. Ligacao direta, sem intermediarios!!! Esse foi D Eugenio com relacao aos que nao aceitaram a ord vigente. Gde abc
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Alberto Moby comentou:
15/07/2012
Bessa, confesso que ando meio preguiçoso e por isso torcia pra que alguém de respeito lembrasse dessas coisas, que eu, por preguiça, acabei calando. Obrigado por lembrar - tanto do ótimo filme (que gosto de assistir junto com Narradores de Javé) quanto do "cardeal sem passado".
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William de Souza Vieira comentou:
15/07/2012
Parabéns pelo texto, vou te dar um abraço pessoalmente no PPGMS. Vivi na própria pele o que significou o cardeal Eugênio Salles, em 1993 eu e muitas lideranças da Pastoral da Juventude n arquidiocese do Rio de Janeiro fomos destituidos do nosso trabalho pastoral, fomos perseguidos e nosso trabalho de anos foi jogado no lixo, fui impedido de fazer o que mais amava, mesmo que esse ato não representasse o fim da minha militância, mas foi um acontecimento que marcou não só a minha como muitas vidas.
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Tatiane Manhães comentou:
15/07/2012
Detalhe é que a presidenta decretou luto oficial de três dias por conta da morte do cardeal...
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Daniela Alarcón comentou:
15/07/2012
eu vi numa aula de história. a discussão, na época, foi fraca, mas o filme é muito interessante.
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Tadeu Veiga comentou:
14/07/2012
Muito bom, Bessa! Você conseguiu restituir alguma credibilidade à minha memória. Eu já estava duvidando dela e acreditando que o homem era mesmo um santo disfarçado, tamanha a insistência da nossa gloriosa imprensa... obrigado, abraço Tadeu
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Lu Soares comentou:
14/07/2012
Memória precisa e texto emocionante, Professor . E sua Mana completou belamente!
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Marco Morel comentou:
14/07/2012
Bessa, seu artigo expressou o que estava travado em minha garganta. Todo mundo morre um dia, claro, e isso não altera o que as pessoas foram ou fizeram. Acompanhei grande parte do "reinado" de d. Eugênio Salles no RJ, como militante cristão e jornalista profissional. No meu entender, ele estava mais para Anti-Cristo. Destruía qualquer sopro de vida que aparecesse na Igreja católica em terras cariocas. Bajulava governos e governantes, comensal em suas mesas fartas e cúmplice em suas arbitrariedades, violências e desmandos. Certa vez mandou queimar toda a edição de um jornalzinho de paróquia devido a uma simples entrevista que concedi falando sobre o Método Paulo Freire. Proibia padres da Teologia da Libertação de rezarem missa em sua diocese. E por aí vai. Essa história de cinco mil refugiados é cascata, que a mídia não apurou, mas propagou. Existiram refugiados trazidos pela Charitas internacional do Cone Sul. As pessoas são complexas, têm grandezas e paradoxos. Mas d. Eugênio estava longe de ter o perfil apontado pela "grande imprensa sadia".
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Vitor Rebello comentou:
14/07/2012
Grande Bessa! Com essa história me lembrei de uma crônica sua na ocasião da morte do ex-vice-presidente José Alencar, alçado de uma hora pra outra a mártir da nova democracia... Pois é, esses são os "trabajos de la memória" dos quais se refere Elizabeth Jelin... Sinceramente, eu não conhecia muito a história do cardeal, não. Mas aquela pomba nas capas de todos os jornais eu percebi na hora que era armação. Abraços!
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Egberto comentou:
14/07/2012
Parabéns, Bessa. Também estranhei os obituários de Dom Eugenio e as noticias na TV. Achei que estava ficando caduco, pois o que minha memória registrava de Dom Eugenio era exatamente o contrário. Um bispo altamente conservador e bem próximo do High Society. Como você comenta no seu artigo, o Sarney elogiou. Daqui alguns anos, no obituário do Sarney, também vamos ler, que o ex-presidente e Senador vitalicio, combateu a ditadura, abrigou milhares de perseguidos pelo regime militar e foi um campeão na luta contra a corrupção em nosso país (nem é preciso esperar que ele morra, basta ler a sua autobiografia consentida, escrito pela Regina Echeverria). Outro que também vamos ler num futuro, é sobre a ultra-honestidade do Collor. (a biografia será escrita pela ex-mulher Rosane Collor, vejam uma parte amanhã no Fantástico). As elites pensam que todos no país não tem memória. Felizmente, temos gente corajosa como você que nos faz lembrar da realidade. Abs,
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Kenneth comentou:
14/07/2012
Bessa, Parabéns pelo corajoso artigo. Quanto ao falecido, jamais vou me esquecer do título de uma edição de sua coluna n'O Globo, no já longínquo 1987: "AIDS: revide da natureza ultrajada". Diga-se de passagem, coerente com a homofobia genocida da organização que integrava. Que a terra lhe seja leve. Abraço, Kenneth
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Ely Macuxi comentou:
14/07/2012
Impressiona-me a sua coragem e o seu compromisso com a verdade Professor Ribamar Bessa Freire. Sua exposição - devidamente contextualizada e fundamentada - apresenta nuanças de tempos sombrios da Ditadura Militar e de seus defensores, fazendo-nos pensar sobre a memória e a construção de “heróis” em nossa sociedade. Grandes homens, seres virtuosos, vultos políticos e religiosos construídos, sobre tradições inventadas, de realidades distorcidas, induzindo pessoas a acreditarem em “verdades invertidas”. Felizmente, existem outros canais que nos possibilitam escrever e expor nossas idéias e depoimento sobre tempo e lugares em que vivemos, possibilitando relativizar ou acrescentar outras referências nas “verdades” e nos “heróis” apresentados pelas elites – donos dos meios de comunicação - neste país. Seu depoimento possibilita comparações, analises de fatos e pessoas que estiveram diretamente ligados ao um regime autoritário, que realizou prisões e torturas aos seus opositores, que assassinou e sumiu com seus cadáveres... Escombros de uma história ainda mal contada neste país. Parabéns guerreiro e parente Ribamar. Ely Macuxi
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Renata Correa comentou:
14/07/2012
Ainda imagino o dia em que o Sarney ou o Maluf, depois de mortos, serão descritos pelos jornais como revolucionários defensores da democracia.Acho engraçado porque ele já posa de defensor da democracia dando entrevistas no jornal.
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Mucio Medeiros comentou:
14/07/2012
Depois da farsa alinhavada, estou curioso pelo filme de Michael Verhoven.
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Celeste Correa comentou:
14/07/2012
Li tua crônica e fiquei mt emocionada!Tentei escrever no site o meu comentário ,mas sempre dá erro no código de segurança. Parabéns, Babá! Eu fiquei muito comovida e orgulhosa da tua coragem em escrever esse artigo!E embora para alguns, que admiravam o Cardeal, isso possa parecer desrespeito à sua figura e à sua memória, certamente, para os familiares das pessoas "desparecidas" , que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia, essa crônica representa um alento e um grande gesto de solidariedade pela dor deles.A Presidenta Dilma Roussef, na criação da Comissão nacional da Verdade disse: . “A vida quer coragem e o Brasil quer é a verdade! O Brasil merece a verdade. As novas gerações merecem a verdade. É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la" Daí o meu orgulho e a minha admiração por ti,Mano! Tú és livre e não tens medo de mostrar realmente a verdade. bjs!
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Ale Marques comentou:
14/07/2012
Mais um santo construído pelos meios oficiais de comunicação, afinal é craque em fazer essa mágica nada encantadora. Até a pombinha era uma farsa, um filhote que, após servir para a cena absurda idealizada por verdadeiras bestas, foi jogado à própria sorte por não saber se defender ou se alimentar. Deve ter sido obra de um religioso que não aprendeu o significado do respeito ao próximo (imaginar que o sujeito é da Cruz Vermelha! Na minha concepção, quem não tem consideração por animais, está a um passo de desrespeitar crianças e velhos.).
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Jorge da Silva comentou:
14/07/2012
É verdade a Globo, e os políticos conseguem ver boas ações nas pessoas que eles querem. Ainda bem que Deus vê tudo!!! Contato de Jorge da Silva
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Jorge da Silva comentou:
14/07/2012
É verdade a Globo, e os políticos conseguem ver boas ações nas pessoas que eles querem. Ainda bem que Deus vê tudo!!!
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Jorge da Silva comentou:
14/07/2012
É verdade a Globo, e os políticos conseguem ver boas ações nas pessoas que eles querem. Ainda bem que Deus vê tudo!!!
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Jorge da Silva comentou:
14/07/2012
É verdade a Globo, e os políticos conseguem ver boas ações nas pessoas que eles querem. Ainda bem que Deus vê tudo!!!
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Jorge da Silva comentou:
14/07/2012
É verdade a Globo, e os políticos conseguem ver boas ações nas pessoas que eles querem. Ainda bem que Deus vê tudo!!!
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Jeferson Garrafa Brasil comentou:
14/07/2012
É sempre bom mostrar o outro lado da moeda, o contraditório.
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Ana Artaxo comentou:
14/07/2012
""Deus está vendo" Maravilha de artigo sobre a cobertura da morte de dom Eugenio Sales.
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Roberto Fukumaro comentou:
14/07/2012
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maribel dias kroth comentou:
17/07/2012
Como acreditar numa jornalista Alemã que no momento em que o nazismo esta tomando força no mundo, em que o Papa Bento tem denunciado, mas que ninguém deu a minima atenção e nem foi divulgado na mídia, eu só acho que antes de enterrarem com a imagem do Cardeal, deveriam sim questionar o porque dessa matéria justamente num momento que a fé cristã esta sendo tão atacada. Sei que ninguém é perfeito nem mesmo entre jornalistas, porque até entre eles existem os que se corrompem por matérias como esta, não acompanho a vida do Cardeal então não poderia julga-lo, mas tenho a convicção de que se houver algum julgamento será feito somente por Deus, mas aqui todos estão julgando e condenando a quem não poderá se defender, e isso abala a igreja católica independente de quem professa a disposição de acabar com a fé cristã, lamentável que a historia esta se repetindo a volta do nazismo apoiada por essa jornalista e todos que ajudam a divulgar essas infâmias contra a Igreja católica. A mesma enfase que dão a esta declaração dessa jornalista deveria ser dada as respostas que Papa Bento tem feito sobre esses assunto mas que ninguém tem interesse em saber, por que á conivência de muitos para o afastamento da Igreja na vida dos cristão e na politica, com certeza com mais esse golpe dessa jornalista Alemã todos estão caindo naquilo que alimenta o ódio no mundo a volta de Hitler o que para os Ateus é uma gloria e para o Papa Bento é a dominação do mal no mundo e agora no Brasil
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Ronaldo Souza comentou:
14/07/2012
Depois que morre, todo mundo é bom! Ah povo anestesiado e sem memória!
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BgkVOCgKNADvsPN comentou:
21/10/2012
Begun, the great irntenet education has.
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antonio comentou:
14/07/2012
é muito bom ver uma pessoa do gabarito do escritor Ribamar, como direi, "desnudar" tirar a pompa e circunstancia dada à verdade "officcial"..._os efes e ces a mais é para demonstrar a quem servem os senhores da verdade absoluta...a mídia brasileira, que sem sombra de dúvida desconstroi o nosso país através de seu controle de representação social...
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