Darcy Ribeiro

Há dez anos, em pleno carnaval, morria no Hospital Sara Kubitschek, em Brasília, o senador Darcy Ribeiro, antropólogo e mulherólogo, criador e reformador de universidades, amigo dos índios, apaixonado pelo Brasil. Ele não teve a morte gloriosa com a qual sonhara, como f...

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. Era segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997. As imagens coloridas do carnaval ainda explodiam na televisão. Num quarto do hospital Sarah, em Brasília, o antropólogo Darcy Ribeiro, gravemente enfermo, se despedia de uma amiga, que o havia visitado, de manhã cedinho, aco...

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.Darcy Ribeiro não teve a morte gloriosa que queria: aos 90 anos, com um tiro no peito, disparado por um marido traído, como manifestara, brincando. Morreu aos 74 anos, sem poder escolher a arma, vítima de outra traição. Darcy escreveu os seus “Diários Índios” em 1949, ...

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.Viva o povo brasileiro “Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá. Gonçalves Dias. 1847 De onde surgiu o povo brasileiro? Havia o português colonizador, de um lado, e os indígenas, do outro. Então, aqueles índios que carregavam o pau-brasil por demanda do coloniza...

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As imagens do enterro de Niemeyer me lembraram um sonho erótico, quase pornográfico, que teve Darcy Ribeiro com o arquiteto. Ele sonhou que o governo brasileiro nomeava a ambos para missão de alto nível na África: selecionar mulheres que queriam migrar para o Brasil. Mi...

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Darcy Ribeiro baixou em Buenos Aires dias antes da eleição presidencial. Veio com todas suas peles: americanista, antropólogo, educador, romancista, político, senador, reitor, ministro da educação e mulherólogo. Foi na Biblioteca Nacional Mariano Moreno no evento Darcy,...

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