CRÔNICAS

Bruxas que maltratam crianças também morrem

Em: 16 de Maio de 2010 Visualizações: 56389
Bruxas que maltratam crianças também morrem
Era uma vez uma bruxa malvada...
As bruxas, que eram personagens exclusivas dos contos de fadas e das histórias da Carochinha, invadiram nessa semana o noticiário dos jornais, desafiando a ciência e a modernidade. Confirmaram o provérbio espanhol que diz: Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay”. Uma delas, Adrosila, morreu em Manaus no dia em que a outra, de nome Vera, era presa no Rio de Janeiro.
Quando Wilson, de apelido Choro, aos sete anos, usando a língua do “p”, chamou o velho Buretama de fipilhopó daputapá, dona Adrosila, sua mãe, mostrou as suas garras de bruxa. Esfregou pimenta murupi na boca do menino, cujos lábios incharam.
- Não permito que filho meu suje a boca com nome feio” ela gritava. Na sua cruzada contra o palavrão, chegou a queimar muitas vezes a boca do filho com ovo cozido tirado da água fervendo.
Abro parênteses para contar que o velho Buretama fez por merecer. Cego, ele andava pelos becos do bairro de Aparecida, nos anos 50, com uma bengala, auxiliado aqui e ali pelos moradores. Um dia, pediu a Wilson para ajudá-lo a atravessar a Rua Xavier de Mendonça. Já do outro lado, antes de largar a mão do menino, puxou-a na direção do seu fiofó e deu um peido sonoro e demorado sobre ela. Isso lá era forma de agradecer uma boa ação? Wilson reagiu, usando a língua do pê para despistar a mãe. Mas a megera era bilíngüe.

A Fipilhapá
Ela sim, dona Adrosila, era uma fipilhapá daputapá. Por qualquer motivo sentava a porrada na criança indefesa, usando o que estivesse à mão: palmatória, cinturão, pau, vassoura, galho de goiabeira, chicote, fio elétrico, ferro de engomar, panela. Eram várias surras por dia, todos os dias. A primeira, de manhã cedinho, punia a incontinência urinária noturna do Wilson, que até aos quinze anos ainda mijava na rede de dormir.
O bairro não esqueceu o dia em que ele chutou uma bola enlameada, que quicou sobre a anágua engomada da mãe e depois sobre uma combinação de jersey que estavam no quaradouro. Foi covardemente açoitado, torturado e martirizado. Berrava como um cabrito degolado. Seu corpo exibia marcas da violência: cicatrizes, hematomas, queimaduras. O beco todo se comovia, ouvindo seus lamentos:
–“Ai, mãeginha, eu não faxo mais, mãeginha”. Aí é que a megera Adrosila batia ainda mais forte, exigindo:
-“Engole o choro! Engole o choro!”
Daí, ele ganhou o apelido de ‘Engole o choro’ que ficou, depois, reduzido apenas a ‘Choro’. Moído de porrada, acabou sendo engolido pela crueldade sádica da mãe. Tornou-se um menino amedrontado. Sua cara era a imagem da dor, do sofrimento, da melancolia, como ‘O Grito’ de Munch, com aquela boca aberta em forma oval, as duas mãos tapando os ouvidos, a cabeça de quem fez quimioterapia e a expressão dilacerada de horror nos olhos. Não dá pra perdoar dona Adrosila.
Nos contos infantis de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm, a bruxa é sempre uma velha hedionda e repugnante, torta e encurvada, com uma boca enorme, nariz de papagaio, vestida sempre de preto, com uma vassoura na mão. Como na história do João e Maria, vocês lembram? Um lenhador pobre abandona os dois filhos na floresta porque não tinha como alimentá-los. As crianças encontram, então, uma casa, cujas paredes eram feitas de fatias de pão, janelas e portas de bolo, e o teto de chocolate.
A casa acolhedora pertencia a uma bruxa, que dessa forma atraiu os dois meninos, oferecendo-lhes abrigo, casa, comida e roupa lavada, mas sua intenção era engordá-los para depois devorá-los. No final, eles empurram a bruxa no forno e fogem. Dizem os entendidos que esse tipo de história oferece às crianças um palco onde podem representar e solucionar seus conflitos interiores e seus medos.
Bruxa da mídia
Uma nova edição dessa mesma história aconteceu agora no Rio de Janeiro. As bruxas condenadas pela Inquisição não eram bruxas, a imagem delas foi construída  pelo Poder, mas essa sim é uma "bruxa" real do terceiro milênio. Sem vassoura, mas com turbante, ela tem nome, sobrenome, profissão e endereço: Vera Lúcia Sant´Anna Gomes, procuradora aposentada, mora num edifício de luxo em Ipanema, tem uma casa de veraneio em Búzios, ganha R$ 25 mil por mês e, como a bruxa da história de João e Maria, quis adotar uma criança de dois anos, abandonada em um abrigo pela mãe, que vive em situação de extrema pobreza.

No processo de adoção, a megera Vera visitou a menina no abrigo, várias vezes. Até que, em março, levou-a para casa, comprou-lhe roupas e brinquedos, e um mês depois a transformou num saco de pancadas. Puxava a menina pelo cabelo, esbofeteava e chutava o rosto e o corpo da criança, segundo depoimento à polícia feito pela empregada doméstica, que não agüentou ver tanto sofrimento e pediu demissão. “Se a menina não desse bom dia, já era um motivo para ela bater”, contou a empregada.
O Jornal Nacional mostrou as fotos com marcas da agressão sofrida pela criança que tinha os olhos inchados. Quando o Conselho Tutelar retirou a menina do apartamento, ela estava no chão, onde fica o cachorro. O JN reproduziu também uma gravação com a bruxa gritando para a criança:
- Maluca! Engole! Você vai comer tudo, entendeu, sua vaquinha! Pode chorar!
Denunciada através de um telefonema anônimo, Vera fugiu e, finalmente, depois de oito dias foragida, nessa quinta-feira, foi presa numa cela com nove mulheres, no Presídio Feminino Nelson Hungria, conhecido como Bangu 7, com direito a televisão e banheiro, porque tem diploma de ensino superior. Ela vai ser processada por torturar a menina de dois anos que pretendia adotar. Nessa terça-feira, dia 18, será julgado seu pedido de habeas-corpus para responder em liberdade.
A gente sabe muito pouco sobre a vida da procuradora. Nem sequer sua idade. Alguns jornais dizem que ela tem 57 anos, outros 63 e por ai vai. A empregada doméstica, o porteiro do edifício, a manicure, o seu professor de tarô deram informações muito picotadas sobre a bruxa, que é arrogante e racista, vive só, sem marido, sem namorado, sem amante, sem parentes, em dez anos foi visitada por um sobrinho quando a mãe dela, com quem vivia, morreu.
Pedofobia
Os jornais, parece, comeram mosca, não foi não? Não li um único depoimento dos ex-colegas de trabalho da procuradora. Não é possível que ela tenha exercido suas funções sem dar pistas sobre o seu estado doentio. Esse caso choca, justamente, por se tratar de uma profissional bem situada, com grana, que busca voluntariamente uma criança para adotar, num gesto aparente de generosidade, mas que acaba exercendo seu poder, torturando-a.
O pior é que não se trata de um caso isolado de violências contra crianças. Há anos, tive a oportunidade de conversar na UERJ com o pediatra Lauro Monteiro, que criou a ABRAPIA – Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência. Ele testemunhou centenas de casos de violência contra crianças nas enfermarias de pediatria do Hospital Souza Aguiar, espancados pelos próprios pais.
O SOS Criança da ABRAPIA criou e operacionalizou o Disque Denúncia para todo o país e o Telefone Amigo da Criança (TECA) para o município do Rio de Janeiro. Num espaço de tempo relativamente curto, já atendeu 1.169 casos de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica somente no Rio. Um desses casos foi o de um pai, bêbado, que incomodado pelo choro do filho à noite, agarrou-o pelos pés e bateu a criança na parede quebrando-lhe os ossos. Existem muitas fotos no arquivo pessoal do doutor Lauro Monteiro, que podem ser acessadas via internet.
Felizmente, "bruxas" reais  são presas, punidas e também morrem como as bruxas no imaginário popular. Sugiro que o juiz condene a procuradora a viver no bairro de Aparecida, em Manaus, porque lá os moradores não perdoam. Ela pagará por seus pecados, como dona Adrosila, que foi atormentada enquanto lá viveu. Quando a megera passava, a molecada, escondida detrás de uma árvore, de uma janela, na banca de tacacá, partia para o esculacho, como forma de punição. Cada um gritava com voz em falsete para não ser identificado:
– "Assassiiiiina! Fipilhapá daputapá!"

 

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38 Comentário(s)

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pimentel comentou:
15/01/2011
eu estou estupfato, com tanto comentario.
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Selma comentou:
23/05/2010
Parabéns, se todos colocassem Parabéns pela crônica, pois se todos gritassem contra a violência que ocorre contra a criança, teríamos um pouco mais de respeito e justiça. Amar realmente não é fácil Bessa, pois as pessoas por pensarem só em si viram bruxas num instante!
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ED comentou:
22/05/2010
SUAS CRONICAS SÃO PERFEITAS, ESSE TIPO DE ASSUNTO Ñ PODE DEIXAR DE SER RELATADO E COMENTADO "PAIS AMAI VOSSOS FILHOS".
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Daniel Vargues (1) – Blog do Sarafa comentou:
21/05/2010
Educadores antigos costumavam aplicar castigos físicos para através do medo evitar reincidência. Os mesmos castigos, por ex., a quem roubasse objeto de valor também eram aplicados a quem derramasse um copo d’água ou interrompesse conversa de adultos. Falhavam com base no dogma da Santa Sé de que a flagelação é meritória e purificadora. Que o fosse para adultos, mais conscientes de seus maus feitos, mas que não o seja jamais para crianças inocentes às quais “pertence o reino dos céus”.
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Daniel Vargues (2) – Blog do Sarafa comentou:
21/05/2010
Não conseguiremos moldar o caráter de nenhum pequenino com agressão física. Acredito que obtemos melhores resultados quando levamos a criança a entender que cometeu algo errado, cujas conseqüências podem afetar terceiros. Privá-la de benefícios como doces, passeio, cinema, internet por certo tempo pode mostrar-lhe que um delito envolve responsabilidades. Quanto às bruxas, que a justiça cumpra seu papel, garantindo-lhes possibilidade de defesa, mas que aplique as penas vigentes na legislação. Cad
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DANIELLE comentou:
21/05/2010
Que mundo é este?! E lamentável este tipo de comportamento, essas pessoas não podem ser consideradas normais, precisam de tratamento. Isso me deixa mal, muito pra baixo, impotente por não ter a oportunidade de salvar estas crianças.
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PARA: Anelise comentou:
20/05/2010
Não, D. Anelise, nem em caso de gravidez indesejada dá pra entender. Nada justifica torturar uma criança. Lembrei do Maluf (estupra mas não mata). Bessa, o Choro morreu ou não? O texto diz que ele terminou uma criança amedontrada, mas também diz que chamavam a bruxa mãe de assassina. Fabão.
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Fernando Augusto Azambuja de Almeida comentou:
20/05/2010
Como sempre vocë me supreendeu! O texto e fantastico! Mas realidade e preocupante, pois Veras, Adrosilas, ainda estão por toda parte, assombrando as nossas crianças. Parabens!
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Fátima comentou:
20/05/2010
Bessa, é bastante prazeroso ler suas crônicas: nelas, estão sempre associados beleza literária, profundidade de conteúdo e denúncias pertinentes - e/ou honrosas homenagens - de situações diversas da vida social. Analisar um caso divulgado em âmbito nacional para denunciar as milhares de histórias anônimas semelhantes que se repetem cotidianamente pelo Brasil afora, é muito bom para chamar a atenção de todos para o parente ou vizinho do lado, que tb tem sua praticazinha de maldade. Que tal fazer
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Roberta Lima comentou:
18/05/2010
Excelente texto. Bom para refletirmos sobre como estamos tratando nossas crianças...
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Leticia Rodriguez – 1 (Blog da Amazônia ) comentou:
18/05/2010
Nossa Allê muito bom seu comentário, e é triste saber que ainda exista uma literatura infantil que explique essa comparação… mas como uma frase popular, bem dita também, “explica, mas não justifica”… ainda mais por se tratar de um texto da atualidade. Maldade nada tem a ver com religião ou credo.Infelizmente está dentro de algumas pessoas como vemos nesse caso e em tantos outros noticiados como o caso do casal Nardoni em que assassinaram a filha e enteada.
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Letícia Rodriguez (2) Blog da Amazonia comentou:
18/05/2010
Espero que as crianças não associem essa mulher malvada com as bruxas… No meu ponto de vista quando uma comparação denegrir a imagem de algo ou de alguém ela não deveria ser usada em hipótese alguma… Graças a Deus uma pessoa má está pagando pelo que fez… e seria bom que as pessoas que tem acesso a comunicação tivessem mais cautela em seus texto… Ser bruxa NÃO é ser má! A Arte remete a tudo que é de bom na natureza… no universo… não há maldade alguma nisso…
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Letícia Rodriguez (3) Blog da Amazonia comentou:
18/05/2010
Parabéns a você, Allê, que seja por qual motivo que for… tentou defender a verdade… o paganismo é muito mais do que a maioria conhece…. e muito menos do que a igreja Católica tentou impor… aliás… a história, muito apagada nas guerras “santas” e inquisições, precisa ser resgatada… faço votos para que mais pessoas se atentem a este fato… e não comparem as bruxas a esses monstros da humanidade.
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Dulce Moraes (Blog Amazônia) comentou:
18/05/2010
Essas histórias macrabas estão cada vez mais nos notíciários. São situações que nos deixam revoltados. Por outro lado, é um sinal de que a sociedade está abrindo sua consciência para denunciar esses casos. É o dever de todos nós. Afinal, que futuro queremos para a humanidade se permitirmos essas torturas? O que nos resta agora é torcer para que as bruxas e “bichos papões” (não preciso nem dizer quem são) sejam, de fato, trancafiados em seus devidos calabouços.
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Zeza Estrella (Blog da Amazonia) comentou:
18/05/2010
Allê, acho que o termo bruxa usado pelo autor do texto refere-se às personagens de contos infantis que muitas vezes maltratam ou colocam em risco as crianças, fisicamente ou através de magia.Por esse motivo não encaro como preconceituoso o uso dele já que se refere a personagens de ficção.
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Allê Rodrigues (1) Blog da Amazonia comentou:
18/05/2010
A denúncia de violência infantil é legítima e incontestável. Mas o preconceito às bruxas é lastimável… Um pouco de estudo sobre religiões e práticas pagãs não seria em nada sobressalente. Se se relaciona selvageria e barbárie com bruxaria, só se está reproduzindo ideologia preconceituosa que se propaga sobretudo desde a Idade Média, e que de uma forma deturpada vem associando a crueldade à bruxaria, quando de fato, essa última, consiste em uma relação de integração com a natureza.
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Allê Rodrigues (2) (Blog da Amazonia) comentou:
18/05/2010
Um estudo, breve que seja, sobre bruxaria, Idade Média, Reforma Protestante, Contra-Reforma Católica e afins, esclareceria deveras que bruxaria e maldade são construções culturais com fins de manipulação e dominação ideológica.Crueldade, pessoal ruins, e atos abomináveis, existem infelizmente em toda esfera social, mas daí em pleno século XXI continuar a se reproduzir idéias estigmatizadas, corrobora seu absurdo.
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Anelise (blog da Amazonia) comentou:
18/05/2010
Se não tem paciência com criança porque adotou? Em um caso de gravidez indesejada a gente até tenta entender, mas porque procurou uma criança se não tem compreensão e carinho para dar? Um abraço a todos.
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antonia mineiro comentou:
18/05/2010
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Jeroniza Albuquerque comentou:
17/05/2010
Obrigada pelas obras de artes que v. nos envia..Quando eu era criança, eu tinha vizinhas às vezes madrastas que espancavam seus filhos, deixavam-os do lado de fora da casa e ou sequências de torturas, eu me revoltava,ficava com medo, também.. mas não faziamos nada...Em briga de marido e mulher, então...É enigmático para mim, pensar naquela situação dos escravos ou minorias escluídos, quanto a violência dos tratamentos antigos. E me pergunto como permitimos espancar e até matar escravos no tronc
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Eduardo comentou:
17/05/2010
Sobre essa procuradora maluca eu me nego a comentar, pois é revoltante, repugnante. Dói, meu eterno mestre, é o fato de mães açoitarem seus filhos. Camo não fica a cabecinha daqueles pequenos seres? Não compreendem e pensam: - Meu Deus, a minha mamãe que é pra me proteger está me batendo. Como diz o seriado do Chaves: - Quem poderá de socorrer?
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João comentou:
17/05/2010
O Bessa como sempre abordou o assunto com maestria. Eu infelizmente não possuo estes atributos da lingua portuguesa, por isso vou chamar estas duas senhoras de fdps mesmo!
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Hagá Romeu Pinto comentou:
17/05/2010
Fico feliz em ver retratado aqui na tua crônica a maldade feita por essas bruxas. Mas quero chamar a atenção para outras bruxas e bruxos que estarão participando do pleito 2010. Bessa, a dúvida continua: devemos votar na situação e eleger um ser desprovido de inteligência com o “Omau Aziz”? Ou devemos votar na “oposição” e eleger o Cabo Pereira (agora com o Serafa, pode?)? Me tortura, chuta meu saco, me soca a cara e me chama de cachorro e vadiozinho que eu agüento. Já um cenário desse, me mata!
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A. Serra comentou:
17/05/2010
Minha parte bruxa ficou triste com a crônica de hj. O lado bruxo da gente já é tão discriminado... Não teria um outro nome pra chamar as capirotas de Aparecida e de Ipanema? Mesmo perdendo a cabeça sou incapaz de machuucar um filho ou qualquer ser vivo fisicamente, mentalmente...pelo menos de modo consciente. Mas o lado bruxa, ora adormecido, ora vem à tona por velas que são acendidas, um bom jogo de tarô...
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Janu Schwab.(blogo do Altino) comentou:
16/05/2010
O texto do Professor flui que é uma beleza. E o resgate da língua do P me faria rir, caso o conteudo do artigo não fosse tão áspero.
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Maira (blog do Altino) comentou:
16/05/2010
Ahhhh foi o cúmulo essa mulher louca conseguir a guarda dessa menina. É mãe batendo em filho, filho matando mãe, professores maltratando crianças... quer saber? é o fim dos tempos!
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Suzyley (Blog da Amazonia) comentou:
16/05/2010
Uma atitude criminosa daquela Promotora. É muito triste mesmo.Bom domingo a todos.
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Ana comentou:
16/05/2010
Adorável!!! Infelizmente, ainda existem muitas bruxas e bruxos neste mundo. Como esses monstros conseguem maltratar uma crinça? Essas histórias nos enchem de revolta. Lamentável!!! Parabéns pela crônica, Bessa.
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pamela comentou:
16/05/2010
Deprimente, alguém que deveria fazer cumprir a lei e agi dessa forma! Nem um animal agiria assim com um filho, ou um filhote! Isso deixa claro o quanto somos racionais! Me pergunto o que mais podemos esperar dessa nossa sociedade, corosiva e destrutiva?!
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jj comentou:
16/05/2010
Deprimente pelo excesso de realidade. Engraçado, objetivo e vingativo pela forma, como sempre bem exposta. Nunca ouvi falar da bruxa da Aparecida e, pela primeira vez já a odeio. É o ``poder`` do escriba.. Muito bom
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sebastiao silva comentou:
16/05/2010
Bessa meu prezado: todos estes abusos serão cobrados,sua cronica deve atemorizar muitas bruxas e bruxos que por ai vagam achando-se ocultas até de Deus.
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Vânia Tadros comentou:
16/05/2010
Babá, por isso quando rezo peço a Deus que proteja as crianças dos próprios genitores e tutores. Pais estupram, mâes colocam moedas quentes em suas mãos para aprenderem nâo roubar;outras mandam crianças roubarem. Muitas mulheres com recursos tem filhos só para passearem com eles arrumadinhos, fazerem festas de aniversário. Em casa ainda lhes dâo surra com cinturão. É um terror. Essa bruxa procuradora aí do Rio deve ter tentado adotar a criança para abater despesas feitas do seu imposto de renda.
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Olivia Maia comentou:
16/05/2010
Caro Bessa, Conheci hoje, através do Altino, o seu blog. Adorei!!!. Sou "acreana" e os cenários e personagens como você "credenciou" em sua crônica, foram fantásticos! Parabéns, pela belíssima abordagem (e pela forma "leve" que tratou um assunto tão "pesado"). Olivia Maia
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Benjamin Baniwa comentou:
16/05/2010
Caramba!!! Essa é muito louca, a história. Verdade... as bruxas existem, a gente é que não quer enxergar!
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Evaldo de Barros comentou:
16/05/2010
Sou procurador de Justiça aposentado e me conside- ro indignado com o comportamento desse monstro ca rioca.Cadeia nela e parabens pelas maravilhosas abordagens do nosso cotidiano.
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Mônica Leite Lessa comentou:
16/05/2010
Caro Bessa, Li, com especial prazer, mais uma das suas excelentes crônicas. O talento do autor prendeu minha atenção e quanto mais lia mais queria saber sobre o fim da bruxa Adrosila e seu filho Choro. Está devendo. E, evidentemente, concordamos plenamente sobre o fato de que qualquer tipo de agressão, ou sequer intenção de agressão, contra crianças, seja por parte de quem seja, deva ser severamente punido. Caça às bruxas !!!
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Maria Helena comentou:
16/05/2010
É doído constatar que as bruxas existem e que muitas delas aparentam ser rainhas para uma sociedade doente de vaidades e egoísmo.
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Massena comentou:
15/05/2010