CRÔNICAS

A Constituição em Nheengatu na canoa do tempo

Em: 23 de Julho de 2023 Visualizações: 5760
A Constituição em Nheengatu na canoa do tempo

Não é de uma estupidez revoltante o sistema que seguimos de obrigar os indígenas a falar o português, sem o auxílio de um intérprete? (Couto de Magalhães: Viagem ao rio Araguaia, 1863)

Foi uma festa cívica o lançamento da Constituição Federal de 1988 traduzida ao Nheengatu por iniciativa da presidente do STF, Rosa Weber. O evento histórico contou com a presença em São Gabriel da Cachoeira (AM), na quarta (19), de tradutores (na foto acima), professores bilingues, lideranças indígenas, indigenistas e autoridades, especialmente do Judiciário que, enfim, fez justiça. A Constituição teve, assim, sua versão escrita em uma língua que durante mais de quatro séculos navegou na canoa do tempo pelos rios da Amazônia.   

Os portugueses construíram o Forte do Presépio em Belém, em 1616, e desde então a diversidade de línguas no Grão-Pará, de uma riqueza inigualável, foi tratada como obstáculo à conquista da Amazônia e combatida pelas políticas de línguas do colonizador. O padre Vieira, consciente das dificuldades de comunicação, denominou o Amazonas de rio Babel no Sermão da Epifania, em 1662:

- Na Babel do rio das Amazonas já se conhecem mais de 150 línguas, tão diversas entre si como a nossa e a grega; e assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos, e todos eles surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho será necessário para que estes mudos falem e estes surdos ouçam.

Surdos e mudos

Sabemos hoje que esses “surdos” da Amazônia ouviam e falavam mais de 700 línguas. Alguns missionários consideraram essa diversidade “obra do Satanás”, porque impedia a propagação do Evangelho. Mas o Capiroto atrapalhava, sobretudo, a economia colonial, porque a exploração da força de trabalho indígena exigia uma língua comum. Sem ela, os colonos não podiam dar ordens aos indígenas escravizados.

Bem que tentaram impor a língua lusitana, mas viram ser impossível em tão curto tempo. Foi aí que os jesuítas perceberam que a língua Tupinambá da costa do Salgado, entre São Luís do Maranhão e Belém, permitia certo grau de comunicação com povos de línguas irmãs da família Tupi-Guarani, como ocorre com o português e o hermano espanhol, línguas da mesma família latina. Passaram a usá-la na catequese até mesmo entre povos de línguas não aparentadas, tão diferentes como o português é do alemão.

Dessa forma, essa língua chamada por alguns de “tupi jesuítico’, em uma apropriação ilícita, tornou-se a língua de comunicação interétnica e conviveu por algum tempo em situação de bilinguismo, muitas vezes transitório, com línguas particulares. Passou a ser falada também por colonos portugueses e até por escravizados de origem africana, que deixaram suas marcas no antigo Tupinambá, dele se distanciando até se transformar na Língua Geral Amazônica (LGA).

Imposta pelo colonizador, foi a língua do catecismo, das orações, dos sermões, dos cantos, da catequese e do trabalho compulsório. Subiu o rio Amazonas, penetrou em seus afluentes, entre eles o rio Negro, e se expandiu por toda a região. Mas foi também a língua de dezenas de insurreições indígenas, desde o levante Tupinambá contra a escravidão comandado pelo tuxaua Guaimiaba, o Cabelo de Velha, no séc. XVII, passando pela revolta de Ajuricaba no séc. XVIII até a Cabanagem no séc. XIX.

Cabelo de Velha atacou o Forte do Presépio em uma série de motins de 1617 a 1619 e morreu em um deles. Ajuricaba, tuxaua do povo Manaós, fechou a entrada de alguns rios às tropas portuguesas de resgate, que invadiam, saqueavam e incendiavam aldeias, foi preso, torturado e morto em 1727. A Cabanagem – a revolta popular mais importante da história da Amazônia (1835-1840) – deixou mais de 40.000 mortos, todos usuários da LGA, embora provenientes de diferentes horizontes linguísticos.

Literatura indígena

Em todas as insurreições, a comunicação entre os revoltosos foi possível graças à LGA, que uniu povos de diferentes línguas.  Era ela – e não o português – a língua dos amazônidas.

Proibida sem sucesso pelo Marquês de Pombal na segunda metade do séc. XVIII, a LGA, para onde muitos povos levaram cantos, narrativas e saberes de suas línguas particulares, permaneceu como língua majoritária até os anos 1860, quando começa a ser apagada pela borracha extraída das seringueiras. Cerca de 500 mil nordestinos, que migraram para a Amazônia entre 1870 e 1914, levaram a língua portuguesa aos seringais, povoados e cidades amazônicas. Mas a LGA, mesmo menorizada, continuou cativando quem dela se aproximava.

Os tupinólogos do séc. XIX ficaram deslumbrados com a beleza e a sapiência das narrativas veiculadas pelo Nheengatu ou fala boa, que o general Couto de Magalhães aprendeu só para poder recolher narrativas indígenas como aquela em que o jabuti contracena com a onça e o jacaré, em versão por mim resumida na festa de lançamento da Constituição. Foi assim.

O Jabuti foi beber água no igarapé. Lá viu o Jacaré-açu de cinco metros e 600 quilos, que exibiu, ameaçador, seus dentes caninos:

- Vou te comer.

- Por que tanta crueldade, Excelência? Não lhe fiz nenhum mal.

– Os homens comem boi, galinha e peixe por necessidade, não por crueldade. Por que não posso matar minha fome, se sou mais forte que tu?

– Sua fome, eu respeito, Excelência. Mas duvido que seja mais forte – desafiou o Jabuti, propondo um ‘cabo-de-guerra’ para decidir seu destino. Iria buscar um cipó no mato e daria uma ponta para o Jacaré puxar de dentro d´água. Ele, Jabuti, da terra firme.

- Eu puxo de lá, o Excelentíssimo puxa daqui. Quem arrastar o outro, ganha.

O Jacaré mostrou sua dentuça, rindo da pretensão:  

- Vai. Vai buscar o cipó.

O Jabuti foi e no caminho encontrou uma Onça Pintada, de dois metros e 100 quilos.

- Vou te devorar – ela disse, fazendo com que o Jabuti encolhesse a cabeça dentro do casco. -  Olha minhas mandíbulas. Vou furar o teu casco e cravar meus dentes pontiagudos no teu crânio.

O Jabuti engrenou o mesmo papo que tivera com o Jacaré, explorou a vaidade da Onça e lhe propôs um “cabo- de-guerra” para que ela pudesse exibir sua força física:

- Deixo uma ponta do cipó aqui e levo a outra ponta ao igarapé. As árvores impedem que a gente se veja. Mas quando o macaco gritar “Já”, puxo o cipó de lá e a Excelentíssima puxa daqui. 

Cutucada assim com vara curta, a Onça debochou, mas topou. O Jabuti levou então a outra ponta do cipó para a boca do Jacaré, se afastou e deu o sinal de “Já”. Saiu de fininho e deixou as duas feras brigando. Moral da história: quando teus inimigos são mais fortes do que tu, joga um contra o outro, em vez de bater de frente.

A tradução

La Fontaine e Maquiavel se deliciariam com essa narrativa indígena, que reflete alto grau de civilização, porque – diz Couto de Magalhães - só um povo altamente civilizado usa a inteligência para vencer a força.

Há centenas de histórias em Nheengatu, língua que preservou a memória coletiva ancestral, incluindo preceitos e normas do grande legislador Jurupari. Apesar disso, o Estado, baseado no lema “uma só língua, um só país”, cometeu glotocídio, justificando que a diversidade atentava contra a unidade nacional. Só em 1988 a Constituição assumiu que não se trata de “tolerar” o plurilinguismo, mas de fomentá-lo, pois longe de ser algo negativo, arquiva a riqueza do patrimônio cultural do Brasil.

O lançamento da Lei Maior em LGA, que contou com a comitiva de três ministras, da presidente da Funai, do diretor da Biblioteca Nacional e do professor José R. Bessa Freire da Uerj e Unirio, está dentro de todas as linhas da Constituição. Trata-se de “um passo em direção ao fortalecimento e à preservação de todas as demais línguas indígenas” - disse Rosa Weber em seu discurso.  

A edição em LGA contém quatro textos bilingues: a Apresentação de Rosa Weber, o Prefácio assinado por Marco Lucchesi e José Bessa, a Introdução de Andréa Medeiros, Luanna Marley e Luís Lanfredi e a Importância da Tradução de Edilson Baniwa, um de seus tradutores, doutor em linguística, para quem a Constituição “revela um mundo desconhecido e diferente, mas que agora pode ser compreendido pelos falantes de Nheengatu” .

No texto introdutório, seus três autores afirmam que a tradução não se limitou a decodificar uma linguagem escrita e jurídica, mas a transferir matrizes formais de uma sociedade estatal para língua indígena marcada pela oralidade. Como trasladar termos como precatório, função jurisdicional, fiscalização contábil? Na realidade, a Constituição devia ser também “traduzida” do “juridiquês” para o português coloquial.

O texto do Prefácio destaca a participação da Academia de Língua Nheengatu e sua contribuição para tornar visível que o Brasil não é um país monolingue, com 274 línguas auto-declaradas (Censo IBGE 2010) ou 180 segundo critérios linguísticos .

Na Apresentação, Rosa Weber argumenta que, na Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) decretada pela ONU, a tradução da Lei Maior para o Nheengatu busca a igualdade em sentido substantivo, assim como “assegurar o acesso à informação e à justiça, permitindo que os povos indígenas conheçam os direitos, os deveres, os fundamentos e a organização do Estado brasileiro em sua própria língua”.

Xororima e o verão

Essa fala da ministra fez Silvio Romero, falecido em 1914, tremer no túmulo. Racista e preconceituoso, ele escreveu em 1888: “Que o índio nenhuma tradição nos legou é fato sabido e não carece de prova. Por que estudar Nheengatu, uma língua moribunda condenada a morrer falada por povos atrasados”?  

O general Couto de Magalhães contra-argumentou: “Para avaliar as qualidades estéticas de uma obra, o estudioso deve examiná-la com rigor, o que requer inapelavelmente o conhecimento da língua em que ela foi produzida, sem o qual qualquer juízo crítico está invalidado. Se até a pedra mais insignificante merece ser estudada por geólogos, quanto mais uma língua, criação humana”.

Foi com esse entendimento que se realizou a festa de lançamento em São Gabriel, com passagem por São Felix do Xingu e deslocamento à Aldeia Maturacá, onde a ministra Rosa Weber, batizada anteriormente como Raminah Kanamari, foi rebatizada como Xororima (andorinha) Yanomami. Como uma Xororima só não faz verão, os Yanomami batizaram também a ministra Carmen Lúcia com o nome de Maiama (guerreira) e a ministra Sônia Guajajara de Horetoma (mulher linda).

O foco do artigo, que está virando textão, foi o Nheengatu. Em outro momento, merecem ser compartilhadas histórias ouvidas nesses três dias, entre elas as narradas por Joênia Wapichana, Sônia Guajajara, Lanfredi, Marco Lucchesi, cujo cachorro Argos tomou emprestado o nome do fiel cão de Ulisses, Marivelton Baré, Dadá Baniwa e duas figuras cativantes: o bispo Dom Edson e o general Nilton, que tem a sorte de ter uma irmã antropóloga e se inspira nas figuras do general Couto de Magalhães e do Marechal Rondon.

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21 Comentário(s)

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Gerardo Manuel Garcia comentou:
28/07/2023
Professor Bessa! Parabéns pela trabalho na traducao na Constituicao Federal do Brasil. Meu nome é Gerardo Garcia e fico feliz por esta vitória em favor dos povos indígenas. Assim, gostaria se for possível ter acceso do texto traduzido e própria traducao. Grato!
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Ayle-Salassié Filgueiras Quintão comentou:
28/07/2023
Muito oportuno, ou muito atrasado. Um dia iria acontecer. Era o que eu esperava. Mas, são quase 200 línguas ( e culturas) faladas por nações indígenas no Brasil, e o nhengatu não é conhecido, fora de áreas acadêmicas. Mas, é falado no município de São Gabriel da Cachoeira em municípios da Venezuela e da Colômbia. Não é bem uma língua de raiz. Mas, está tudo bem. Valeu a festa, e o sinal dado em direção dos índios pela ministra Rosa Weber . A Constituição em nhengatu agrega, de fato, mais alguma coisa. É, contudo, mais um instrumento de aculturação e integração do índio à sociedade do branco, quando, na verdade, deveria ser o contrário . O índio não pode confiar muito na Constituição. Todo dia tem uma interpretação nova no Supremo e uma emenda no Congresso que a modifica. Impacta até as cláusulas pétreas. De modo que seria mais seguro permanecer na cultura de origem e, evidente, ser na vida um sujeito reto: Aí não lhe pegam. Preconceito, isso não vai acabar com o índio lendo a Constituição. Ele ganhou foi encargos civis, porque "o desconhecimento da lei , não isenta o criminoso da imputação criminal". Se soubéssemos como , por alteridade, preservar o índio na relação com o branco é que seria ideal. Afinal, são povos, são culturas , são civilizações. Tem os próprios caminhos. Não precisam do caminho dos outros. Precisam de apoio, sim, de proteção contra as agressões externas. Mas, eu cumprimento as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia pelo sinal dado às populações indígenas. Eu sugeriria ao Luchessi que trocasse o nome do cachorro. Por aí, Argos não tem nada a ver. Abraços a todos, e parabéns pelas preocupações.
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Francisco Jorge Dos Santos comentou:
27/07/2023
Parabéns! Um verdadeiro "divisor de águas" na História do protagonismo indígena. Professor Bessa, um abraço!
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SUSANA MARTELLETTI GRILLO GUIMARAES comentou:
26/07/2023
Querido Bessa, que história bonita... Com essa tradução importantíssima, o Rio Babel mostra que continua diverso, rico e contando com estratégias de ampliação de uso, de vitalização desses patrimônios que são as línguas indígenas. Parabéns por dar concretude a essa grande ideia. Abraços,
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Romulo Andrade - Nação Cerratense (via FB) comentou:
26/07/2023
A um estado plurinacional : onde a Nação grande acolhe, inclui e aprende, chegaremos algum dia !
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Dora Vargas comentou:
26/07/2023
A Constituição Federal de 1988 foi, pela primeira vez, traduzida para uma língua indígena e um dos responsáveis por esse trabalho na consultoria - juntamente com indígenas bilíngues, foi José Ribamar Bessa, amazonense . Querido Babá, você muito nos honra e nos orgulha! Obrigada! https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/07/17/constituicao-federal-ganha-versao-em-nheengatu-lingua-indigena-que-vem-do-tupi-antigo.ghtml https://www.em.com.br/app/noticia/diversidade/2023/05/18/noticia-diversidade,1495519/constituicao-federal-vai-ganhar-versao-em-lingua-indigena.shtml
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ADEMARIO SOUZA RIBEIRO comentou:
26/07/2023
Eita, professor Bessa, tuas crônicas - todas têm um acento diacrítico para nós - indígenas e não indígenas que estudam e pesquisam sobre os povos originários. Esta tua crônica tecida com refrências às diversas línguas indígenas em tempos e geografias diferentes - é uma escrita monumental - em que apresenta com ênfase sobre a Nheegatu, enfim! Agradecimentos zis! Você é um patrimônio! Um bem cultural sem medidas!
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Celeste Freire Correa comentou:
24/07/2023
Mano, eu não participei desse evento tão significativo para a cidadania dos povos indígenas, mas, me senti muito presente através das fotos e relatos que colocaste no grupo da família. Nesses dois dias do evento, daqui das Minas Gerais, eu me senti em São Gabriel da Cachoeira vivendo com emoção cada fala, cada presença lá.. Te confesso que me orgulhou demais a tua foto com pessoas tão ilustres, como as Ministras, Rosa Weber, do STF, e Sônia Guajajara, Ministra dos Povos indígenas. Me senti quase inflando quando a Presidenta do STF citou o teu nome com respeito pelo teu notório saber . Mas, o meu orgulho maior foi porque sei que essa conquista dos povos originários é tua também, ela e resultado da tua luta, de uma vida de dedicação à esta causa. E olha o paradoxo! Mesmo sendo tua irmã, até há pouco tempo, eu me sentia uma surda-muda em relação aos nossos irmãos originários e a uma História que também é minha, porque a minha "construção" foi carregada de preconceitos "aprendidos" na minha formação escolar, através de uma visão do colonizador. Por isso eu fico grata demais com essa aula de antropologia e de História que o Taquiprati nos dá...as tuas crônicas, e as nossas trocas diárias, estão permitindo, que mesmo aos 70 anos, os meus preconceitos sejam trabalhados para que eu possa melhorar a minha mudez e a minha surdez em relação à nossa História.
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Marilza De Melo Foucher comentou:
24/07/2023
Não tinha lido tua crônica. Adorei e fico feliz de ver como a língua geral criada como instrumento de dominação religiosa se transforma em lingua libertária! Os colonizados e resistentes indígenas se reapropriam como um traço de união entre diferentes troncos linguísticos de uma árvore magestosa com sólidas raizes que nunca mais será arrancada da pacha mama. Fraternura cabocla daqui de Paris. Te amo mano Babá e mais uma vez parabéns!
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Clebson Alves comentou:
24/07/2023
Parabéns pela luta, prof. Bessa, luta que não é nada fácil, mas que vale muito a pena
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Nilda Alves comentou:
24/07/2023
Querido Bessa, mais uma vez, EMOCIONANTE. Como se aprende com suas crônicas! Passando a outras/outros sempre. Grande abraço Nilda
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Graciela Chamorro comentou:
24/07/2023
Bom dia, Bessa! Sempre leio suas crônicas ... muito lindos, densos e pertinentes! Agwyjevete!
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Nuno Pereira comentou:
24/07/2023
Agora compreendi melhor a importância e o papel unificador dessa língua Parabéns. Em Angola , onde nasci e cresci, lembro-me da ação das missões religiosas que deram forma escrita a línguas dominantes , como o umbundo e o quimbundo. Tudo para a "expansão da fé " . Tanto o umbundo quanto o quimbundo foram objeto de gramáticas. Tem o livro da Yeda Pessoa de Castro - "Os Falares Africanos na Interação Social do Brasil Colônia" que é útil para entender o lugar das línguas de origem africana no Brasil
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Tereza Arapium comentou:
24/07/2023
Que lindo professor seus comentários ,muito conhecimento. Quando eu fiz a transição do governo , eu te perguntei: professor o que eu devo colocar no relatório final indígena? Você respondeu " A preservação das línguas " é assim foi. ... Também muito feliz porque o Nheengatu é a minha língua e do meu povo Arapium do Baixo Tapajós. Obrigada professor pela sabedoria ????
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Henrique Mura comentou:
24/07/2023
Parabéns nobre Bessa pelo fantástico é salutar texto. Parabéns também aos nossos povos por está açú conquista!????
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rodrigo comentou:
24/07/2023
Boa noite, Giane! Segue em anexo o link com a Constituição traduzida para o Nheengatu: https://drive.google.com/file/d/1YtVhNG5kXbzrtl6ivttAPirwuctYpIIc/view
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Giane Lessa comentou:
24/07/2023
Que maravilha, Bessa!! ???? Parabéns!! A tradução foi digitalizada? Gostaria muito de ler o seu prefácio com Lucchesi e o prefácio da Rosa Weber!!
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Ana Silva comentou:
23/07/2023
SENSACIONAL! Viva as línguas indígenas, viva Bessa, vivaaa!
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Rodrigo comentou:
23/07/2023
Parabéns professor Bessa e a todos que participaram desse momento histórico para o nosso país. Uma conquista inédita e de uma grandiosidase que é ate difícil mensurar com apenas um adjetivo. Parafraseando o Dauá Puri, eu diria: esse professor da UERJ e da UNIRIO é danado mesmo. Um abraço querido professor
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Euclides Coelho de Souza Dadá comentou:
23/07/2023
Zé Bessa, estás ficando importante. O André me enviou as imagens do Jornal Nacional, com a ministra te citando no discurso dela. Aí, garoto!!!
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Taquiprati comentou:
23/07/2023
Pois é, rapaz, fiz parte da Comitiva da Missão Amazônia. Minhas oito irmãs ficaram a-lu-ci-na-das quando viram a presidente do STF, Rosa Weber me citar no trecho do discurso reproduzido pelo Jornal Nacional. Elas me bombardearam com mensagens, me chamando de PHD, que não é de doutor, porque veio acompanhado de “dão” e de “dástico”. Para minha “conje”, linguista, eu fiquei “in-su-por-tável”. Ela tem razão. Cada pessoa que encontro, antes de dar bom-dia, pergunto: você viu a Xororima no JN?
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