CRÔNICAS

Faltou alguém em Pistoia: o moleque de Toscana

Em: 07 de Novembro de 2021 Visualizações: 5300
Faltou alguém em Pistoia: o moleque de Toscana

“Se fue despacio, despacio, p’a quedarse un poco más”.

Jorge Cafrune. Tata Juancho. Zamba. 1976

Passou a metade de sua vida na Amazônia. Nascido em Pistoia, em 1941, em plena guerra, enfrentou bombardeios ainda no berço. Eu o conheci em Manaus, no meio de intensas lutas na defesa dos oprimidos. Retornou definitivamente à sua cidade natal faz alguns anos. A missa de um mês do seu falecimento será celebrada esta semana. Se não estivesse dormindo ali o sono dos justos, em um dos túmulos, certamente protestaria contra a visita de Bolsonaro ao cemitério da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Foi o que fez em vida, quando o presidente Collor visitou Pistoia, em 1991. Conto o caso como o caso foi, mas antes me permitam apresentar o personagem.

O padre Umberto Guidotti gostava de se definir como um “salmão” – um peixe de pigmentação vermelha, que consegue nadar corajosamente contra a corrente durantes semanas, enfrentando turbulências - segundo depoimento de sua amiga, a missionária Nadia Vettori, ela também da família salmonídae, ela também nascida em Pistoia durante a guerra, em 1944. Ambos chegaram em Manaus, em 1974, com a Missão Pistoia, quando o ditador de plantão era, então, o general Geisel. Talvez a escolha do Brasil se deveu aos laços criados com a ação de soldados brasileiros na libertação da cidade natal então dominada pelo nazifascismo.

No Amazonas, Guidotti nadou contra a pororoca do arbítrio. Fiel à teologia da libertação e à opção preferencial pelos pobres, coordenou em Manaus o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da CNBB, organizou o Grito dos Excluídos, lutou ao lado de ribeirinhos e camponeses na Comissão Pastoral da Terra (CPT), apoiou a luta dos sem-teto em ocupações que deram origem a diversos bairros, atendeu portadores de hanseníase no Movimento de Reabilitação dos Hanseanianos (Morhan), acompanhou de perto o movimento indígena. Ali onde alguém sofria, ele estava a seu lado com um canto de esperança. Via Cristo em cada pobre, em cada excluído.  

Um sonhador

O Amazonas não pode esquecer a atuação do padre Guidotti durante o governo Amazonino Mendes, cujo secretário de segurança Klinger Costa, bolsonarista avant la lettre, adotou o lema “bandido bom é bandido morto” para promover desova de cadáveres, além de manter sala de torturas dentro da Secretaria e uma polícia paralela. A voz solitária de Guidotti, navegando uma vez mais contra o vento, exigiu punição para policiais encapuzados, autores de prisões ilegais em bairros pobres, como no caso de sete adolescentes do Zumbi II, torturados durante quatro dias em cárcere privado. Por causa das denúncias, sofreu ameaças de morte.

Nas missas que celebrava na igreja Menino Jesus de Praga, no bairro da Chapada, da qual era pároco, acolhia os humildes e anunciava que sua prioridade era indicada por três “P”: Pobre, Pão e Palavra. Foi um dos articuladores do Movimento do Betinho pela Ética na Política e na Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria. Depois de quase trinta anos em Manaus, mudou-se para o Maranhão em 2003, onde ficou até 2015 quando, diagnosticado com o mal de Parkinson, retornou a Pistoia.

- “Ainda sou um sonhador que pensa e um pensador que sonha: outro mundo é possível. Uma Igreja mais parecida com o Reino de Deus é possível” – ele escreveu já enfermo, segundo Ugo Feraci, para quem Guidotti permanecia fascinado pela eterna novidade do Evangelho e sempre contra a maré. 

No Brasil, o padre Guidotti participou ativamente da campanha “Fora Collor”, que ganhara as eleições se autointitulando “caçador de marajás”, quando na realidade estava mergulhado na corrupção até o tucupi. Collor extinguiu a Embrafilme e desmontou os incentivos à cultura e à educação em nome da austeridade de gastos do Estado. Seu tesoureiro Paulo César Farias, assassinado em circunstâncias misteriosas, era especialista em “rachadinhas” e outras mumunhas. Estamos assistindo agora a reprise desse filme.

Moleque santo

De férias em Comeana, distante 22 km de Pistoia, Umberto Guidotti acompanhou dali a visita de Collor ao cemitério militar, em 1991. Trinta anos antes, os 462 corpos ali sepultados haviam sido exumados e transladados para o Monumento aos Pracinhas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Mas Collor fez questão de inaugurar na entrada do monumento em Pistoia uma placa de bronze, celebrando “o primeiro presidente brasileiro a homenagear os soldados brasileiros aqui sepultados”. Foi aí que entrou em ação o nosso querido “Salmão”, segundo me relatou o jornalista e cineasta italiano Andreas Palladino.

Guidotti e Andreas fizeram uma visita, em 1992, ao Cemitério Militar Brasileiro de Pistoia.  Quando viram a placa deixada por Collor, Guidotti não resistiu e com aquela caneta de tinta vermelha que por não se apagar facilmente fica exposta por longo tempo, escreveu:

FORA COLLOR!

Andreas lembrou da história agora, por ocasião dos protestos contra a recente e turbulenta passagem de Bolsonaro pela Itália, com distribuição de porrada em manifestantes e jornalistas que perguntavam.

- Ele era padre, carismático, sério, mas só quem conhece a “molecagem toscana” e a molecagem do bairro de Aparecida pode entender o gesto, revelador de sua combatividade – diz Astrid Lima, amazonense, casada com Andreas.

A palavra moleque tem sua origem na língua quimbundo: mu´leke.  Registrada por Yeda Pessoa de Castro em “Falares Africanos na Bahia – Um vocabulário afro-brasileiro”, designa “menino, garoto, rapaz”, e como adjetivo “divertido, pilhérico, travesso”.  Incorporada ao português do Brasil, significa menino irrequieto, traquinas, brincalhão, sapeca, gozador. O preconceito contra os negros escravizados conferiu, porém, um significado pejorativo à palavra. Chamar um menino branco de moleque era altamente ofensivo. No bairro de Aparecida é um elogio relacionado à alegria de viver.

Dialeto toscano

Não sei qual o equivalente de “moleque” no dialeto toscano, que é a base do idioma italiano. Língua literária na península itálica, o toscano foi amplamente usado nos escritos dos clássicos: Dante Alighieri, Petrarca, Boccaccio, Maquiavel. De qualquer forma, o protesto do padre Guidotti foi o de um “moleque do bem”.

Esse “moleque santo” passou seus últimos anos no Seminário de Pistoia, onde foi morrendo bem devagar, devagarzinho, aproveitando para ir ficando um pouco mais entre nós, demorando a se despedir como o Tata Juancho da canção do argentino Jorge Cafrune, embora já não pudesse mais comer la tripa ala florentina regada a vinho Chianti ou a crostini di fegatini, que é uma forma de dar sentido à vida, como comprovou um dia dona Elisa em visita à Pistoia.   

Se ele, vivo, tivesse presenciado a visita de Jair Bolsonaro ao cemitério militar, no Dia de Finados, acompanhado do fascista Matteo Salvini, dirigente da Liga Norte, partido de ultradireita, o que faria? Salvini e Bolsonaro representam tudo aquilo contra o qual lutaram os pracinhas brasileiros da FEB. Deixo à imaginação de eventuais leitores o tipo de molecagem que Guidotti teria feito em nome de todos nós contra a dupla fascista e genocida. Efetivamente, faltou alguém em Pistoia.

Referências: 

1.Ugo Feraci: Storia di un prete controcorrente. Addio a don Umberto Guidotti che ha dedicato quarant’anni alla missione. 19/10/2021 

2.José Ricardo Wendling: Padre Humberto Guidotti: Profeta dos Direitos Humanos. 12/10/2021

3.Elvira França. Da Itália para o Amazonas: Nádia Vettori na missão da Pastoral da Criança de transformar vidas. 26/01/2018

4. Andreas Palladino e Astrid Lima– Depoimento oral via WhatsApp. 05/11/2021

P.S. – Ainda esperando encontrar palavras para expressar a perplexidade e o sentimento de perda para o Brasil.  Que Nhanderu acolha em seu seio o nosso querido Jaider Esbell, que morreu de Brasil.

 

Reproduzimos abaixo texto de Nelson Peixoto de janeiro de 2021, dez meses antes da passagem de Humberto Guidotti. 

Meu Velho Amigo Humberto

Nelson Peixoto

Eu o encontrei no Seminário de "Grandes Projetos na Amazônia Ocidental". O ano exato não lembro, mas provavelmente, em 1983, no Colégio Dom Bosco, em Manaus. Pelo tema já percebemos a visão evangelizadora e profética do padre Humberto Guidotti. Entre os convidados especiais para o Seminário estavam presentes o jornalista pesquisador Lúcio Flávio Pinto, de Belém, PA e o Ivo Político, professor de sociologia da Universidade de Goiás.

Quase certo que minha aproximação do Humberto aconteceu mediada pela Conceição Rosa pedindo ajuda a secretariar as palestras! Coitado de mim, meio perdido no mundo das informações.

A igreja de Nossa Senhora das Graças foi um dos pontos de partida do fecundo ministério social do querido amigo. Fez sua pastoral no Cacau Pereira (Iranduba) de 1974 até 1990, onde fez um fecundo trabalho nos finais de semana.

Valoroso conversador que portava o Evangelho na prática de Jesus procurando incidir na vida real e sofrida do povo contra todas as formas de preconceitos e violências estruturais. No Beco do Macedo (Paróquia N.Sra das Graças ), o padre Pedro Gabriel que tinha um trabalho social em continuidade ao Pe. César La Roca, creio ter sido o seu ponto de partida quando chegou no Brasil.

O Humberto sempre ultrapassou limites e já antecipava uma igreja em saída. Sua presença ia além da atividade estritamente paroquial. Sua evangelização guiava-se pela Doutrina Social da Igreja numa prática de opção evangélica pelos pobres, pelos meninos fora da família e juntos aos necessitados do bairro, buscando sempre parcerias institucionais.  Ações que impactavam na vida de todos para que fosse mais humana e garantidora de direitos.

Humberto, um grande estudioso, leitor competente de revistas como CONCILIUM, REB (Revista Eclesiástica Brasileira) entre outras de sua língua materna. Sorvia criticamente tudo e aplicava em sua pastoral, nos sermões, palestras e cursos que ministrava.

Havia muita procura para ouvir o Humberto que igualmente fazia boas análises de conjuntura.

Também escrevia nos jornais da cidade. O texto que ficou famoso foi "A hanseníase tem cura!". O MORHAN (Movimento de Reintegração dos Hansenianos) teve a inestimável ajuda de Humberto que conseguiu do Governo do Estado do Amazonas passar a complementação da Pensão para  todxs as/os hansenianxs do Estado, a partir de um grande levantamento e cadastro que realizaram no Estado. A parceria para tal contou com Assistente Social da UFAM,  Conceição Rosa de Lima.

Lembro que o primeiro texto do Humberto que chegou a mim, referia-se a uma pequena parte de seu estudo e reflexão num dinamismo que encampava a luta contra o preconceito da "lepra", assim como o acolhimento desses na comunidade e a garantia do tratamento para sustar a doença e seu contágio.

Quando me conheceu em companhia da Conceição Rosa, notei que ele me estimulava para aprofundar a forma de evangelizar com questões rumo aos pequenos do Reino.  Inclusive também tive uma participação no Movimento de Reintegração dos Hansenianos (MORHAN). Conheci lideranças e de um modo particular tornei-me amigo de Nádia Vettori que acompanhava o Humberto. Hoje, em Roma, é minha interlocutora que dá notícias dele.

Essa experiência com o MORHAN foi marcante na minha ação pastoral. comprometi-me tanto que, anos depois, realizei um trabalho pastoral em equipe com os hansenianos na zona rural de Coari.

Uma outra fase de relacionamento com o Humberto e sua fecundidade evangélica, deu-se por conta da Pastoral da Terra e do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da CNBB.

Graças a ele, viajei para cursos de formação em Porto Velho, RO e em Goiás.

Muitas memórias de nossa viagem de ônibus até Porto Velho! A amizade que cresceu entre nós e de modo especial com a Conceição Rosa e o Jacson, com quem tinha uma grande aproximação em vista da Teologia da Libertação e da aplicação da Doutrina Social da Igreja. Nossa amizade com escuta e compreensão servia para compreender o que sentia, iluminar os conflitos e dar força para a missão itinerante nas comunidades ribeirinhas de Coari.

Com o estímulo do Humberto, escrevi nove dias de oração intitulados como Novena da Terra. Além de alguns pequenos grupos que a rezaram, realizamos 9 noites através da Radio Educação Rural de Coari, Am.

Humberto tornou-se pároco também da Igreja do Menino Jesus da Praga, uma comunidade no bairro da Chapada que se desenvolveu. Teve muitos leigos bem formados porque acreditava numa Igreja toda ela ministerial. Esses missionaram no Conjunto Tocantins expandindo a Paróquia em pequenas comunidades.

Os feitos do Humberto foram muitos e seus relacionamentos criaram laços acadêmicos com o pessoal da Universidade, tanto na área da saúde, quanto na Geografia e nas Ciências Sociais.

Depois que me casei e fui morar em Brasília, Humberto continuou seu ministério, foi professor renomado no Instituto Teológico e influenciou jovens e brilhantes jornalistas para uma abordagem que primava a verdade crítica e um corte de defesa das minorias. Influenciou seminaristas para um ministério ordenado no seguimento humanizador de Jesus.

Trabalhou no Maranhão e deixou por lá sua mística revolucionária.

Minha Amiga Nádia Vettori sempre manda notícias. Humberto, agora no seu outono da vida que agradecemos, pode falar da Misericórdia de Deus que transmitiu e que hoje vive à escuta da vontade de Deus anunciando-a de outra forma.

Ao grande estudioso e leitor Humberto Guidotti posso dedicar essa afirmação de Umberto Eco:

"Os que leem terão vivido 5.000 mil anos... ler é uma imortalidade de trás para frente".

Humberto terá uma eternidade amorosa em Deus e sua memória nunca será esquecida entre nós. (JAN 2021).

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24 Comentário(s)

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Luis Toledano comentou:
09/11/2021
Linda essa foto do nosso queridíssimo padre Umberto! Um grande abraço e força para ti e todos da família! Ele será sempre um farol em nossas vidas, o nosso profeta!
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Esmeralda Toledano Pereira comentou:
09/11/2021
Amei o que escreveu sobre esse grande amigo que tivemos o privilégio de conviver , um eterno abraço onde estiver.
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Socorro Prado comentou:
09/11/2021
Quando soube da ida do Bolsonaro lá só lembrei do Pe. Humberto, com certeza se manifestaria contra esse genocida.
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Nelson Peixoto: comentou:
09/11/2021
Meu amigo querido! Bom demais ler tua homenagem ao Pe. Umberto GUIDOTTI. Vc é maravilhoso escritor! Viva! Ja tinha escrito uma crônica pessoal sobre ele para a Nádia ler enquanto estava vivo, mas avançado na doença.
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João luiz de Castro comentou:
09/11/2021
Diante do que cotidianamente e perplexos assistimos, às vezes impávidos atónitos sem nada poder fazer. É o Brasil da barbárie civilizacional, que destrói a vida e a dignidade humana de nossos ancestrais e comprometemos o futuro das novas gerações e ainda temos a ousadia de dizermos que Brasil é pátria amada, embora armada até os dentes. Esse é o Brasil dos militares que são patriotas, representados por um bandido, genocida que vocifera que a mamata acabou.... só nos resta perguntar: acabou para quem? pois as filhas "solteiras" dos militares com a casa de cheia de filhos, sem nunca terem se casados, ao ficarem viúvas, reivindicam mais pensões dos maridos e conseguem... e os indigenas? continuam sendo mortos...Brasil um filho teu não foge a luta, desafio nosso peito a propria morte. #forabolsonaro #foramilitares
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Hans Alfred Trein comentou:
08/11/2021
Caro Bessa, todos esses lutadores merecem ser lembrados e homenageados. O mundo não pode prescindir de nenhum deles ou delas. Não o conheci, mas me sinto irmanado a ele. A frase de Jaider Esbell é muito significativa. Abraço, Hans
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Ana Silva comentou:
08/11/2021
Lindo texto! Padre Umberto deixará saudades.
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Ana Celia Ossame comentou:
08/11/2021
belas palavras sobre um dos mais belos seres que já conheci, padre Humberto Guidott
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Nilda Alves comentou:
08/11/2021
Querido Bessa, bom dia Vidas que não podem ser esquecidas. Obrigada por contá-la. PS Jaider Esbell PRESENTE
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Valter Xeu comentou:
08/11/2021
Publicado no Blog Patria Latina - http://patrialatina.com.br/faltou-alguem-em-pistoia-o-moleque-de-toscana/
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Serafim Correa comentou:
08/11/2021
Publicado no Blog do Sarafa - https://www.blogdosarafa.com.br/faltou-alguem-em-pistoia-o-moleque-de-toscana/
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Diário do Amazonas d24 comentou:
08/11/2021
Versão impressa do Diario do Amazonas. https://d24am.com/politica/faltou-alguem-em-pistoia-o-moleque-de-toscana/
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Tania Pacheco comentou:
08/11/2021
Replicado no blog COMBATE - Racismo Ambiental. https://racismoambiental.net.br/2021/11/07/faltou-alguem-em-pistoia-o-moleque-de-toscana-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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Falcão Vasconcellos Luiz Gonzaga comentou:
08/11/2021
Fui seu amigo e fiz um trabalho com ele, quando vivo Manaus (1977/1987). Bravo homem do bom combate.
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Dora Brasil comentou:
07/11/2021
Linda homenagem! Não posso conceber cristãos que não se importam com a dor do próximo e com qualquer tipo de opressão que retire direitos básicos do ser humano como moradia, habitação, saúde e educação.
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Ivania Vieira comentou:
07/11/2021
Também eu, Prof. Bessa, fico imaginando a molecagem construída. É um outo jeito de lidar com essa partida e a falta desse sal na terra
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Nadia Vettori comentou:
07/11/2021
Obrigada por essa lembrança linda. Um grande abraço
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Cláudio Nogueira comentou:
07/11/2021
Excelente crônica. Não sabia que o padre Guidotti tinha voltado para a Itália.
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Geraldinho Caleffi comentou:
07/11/2021
Acho que o padre Guidotti ergueria uma torre de pizza na frente do restaurante onde Bolsonaro comeu lá em Pistoia.
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Katia Brasil comentou:
07/11/2021
Linda homenagem ao nosso grande herói. ?
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Maria Dolores Simas comentou:
06/11/2021
Ele tinha coragem e ousadia para lutar, falar e pregar as mensagens como Jesus ensinou.
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Luiz Pucú comentou:
06/11/2021
A sensação que tive foi de alimento. Chorei....
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Miguel Antonio Pacheco comentou:
06/11/2021
Poucas vezes convivi com um ser humano da grandeza do Pe. Umberto Guidotti. Culto, solidário, terno e austero, quando assim exigia. Foi uma honra lutar ao seu lado.
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Astrid Lima comentou:
06/11/2021
O nosso moleque gigante que sempre lutou pela justiça. Sempre. Umberto, presente!
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