CRÔNICAS

Pelas barbas de Fidel

Em: 04 de Dezembro de 2016 Visualizações: 22805
Pelas barbas de Fidel

"Fidel, Fidel, qué tiene Fidel, que los americanos no pueden con él".

De uma canção de Carlos Puebla

Nem o enterro das cinzas de Fidel Castro, neste domingo (4), dará trégua à guerrilha travada nas redes sociais. O facebook converteu-se numa Sierra Maestra. "Gusanos" e "castristas" disparam insultos, ofensas, xingamentos. Se palavra fosse bala, o campo de batalha da internet estaria coalhado de cadáveres. O tiroteio verbal envolvendo Cuba tem, porém, mais de cinquenta anos, como mostra o ocorrido no Rio com dois colegas vizinhos de quarto na Casa do Estudante do Brasil (CEB), um prédio de 12 andares na Esplanada do Castelo, detrás do Bob´s, onde morávamos.

Foi assim. Num plácido domingo de 1966, o alagoano Valério - o Chulé e seu amigo paraibano Cid - o Pirata decidiram espairecer. Saíram pau-de-araramente pela av. Presidente Wilson rumo à Cinelândia, sem um puto no bolso. Duas quadras depois, no Consulado Americano, um cartaz anunciava sessão especial de um filme com entrada grátis. Sem opção de lazer, entraram. Era propaganda contra Fidel, o "ditador sanguinário". Na sala, entre os ilustres convidados, o agropecuarista Heli Ribeiro, candidato a vice-governador do Rio pela ARENA, o partido da ditadura.

Lá pelas tantas, a tela exibe um mercenário preso no ataque de Playa Girón, na Baía dos Porcos, encostado num paredón prestes a ser fuzilado.(Corte). Um pelotão de atiradores aguarda as ordens de um comissário barbudo que era a cara do Jack Palance em "Os Brutos também amam". (Corte). Imagens de Fidel e Che que fumavam charuto e riam, gozando da desgraça alheia (Corte). Na hora agá, a mãe do detento interrompe e pede clemência, provocando suspiros nos espectadores: "ais, uis, nãão, que horror!". O barbudo, olhando para a câmara, pergunta a alguém fora do campo visual:

- Fuzilo agora ou não fuzilo?

Foi aí que Chulé e Pirata não se contiveram. Sem combinar, gritaram juntos a plenos pulmões:

- Fuzila! Fuziiiiiiiiila!

Barbas de molho

Protesto geral na sala. Acenderam as luzes. Heli Ribeiro ordena a prisão dos dois estudantes que fogem em desabalada carreira perseguidos por seguranças parrudos. Naquela noite, eles me contaram a história aqui narrada conscientes de que estavam no lugar errado. Se fosse no Cine Paissandu, seriam aplaudidos. Eis o que eu queria dizer. Quando brasileiros discutem apaixonadamente Cuba, estão pensando no Brasil e em muito mais: no destino que cada um aspira para a espécie humana. Além disso, os comentários sobre Cuba revelam o que cada um é.

 

Valério e Cid eram pacíficos. Queriam fuzilar a miséria, o analfabetismo, as doenças, a fome, a mortalidade infantil, a injustiça social, a concentração de riquezas, o latifúndio, a corrupção, o tráfico de drogas, a prostituição, enfim tudo aquilo representado por Fulgêncio Batista aliado ao complexo industrial-militar dos Estados Unidos. Já os brasileiros que se horrorizavam com o paredón em Cuba eram os que silenciavam sobre os crimes da ditadura militar no Brasil: censura, tortura, prisões arbitrárias, desaparecidos políticos, arrocho salarial, sindicatos policiados. Era a luta coxinhas x petralhas avant la lettre.

Foto de uma placa no aeroporto de Havana com frase de Fidel foi postada depois de sua morte por um simpatizante: "Hoje 200 milhões de crianças dormirão nas ruas, nenhuma delas é cubana". Mencionava a presença de 3 milhões de cubanos nos funerais, muitos chorando. Alguém que não curtiu comentou: "Claro, são obrigados pela ditadura a fingir que amam Fidel, caso contrário perdem os empregos e as mamatas". Três milhões de fingidores? Três milhões de mamatas? Pelas barbas de Fidel! Trata-se de agressão à nossa inteligência.

Várias postagens no Facebook reduziram as relações sociais a uma operação aritmética, garantindo que Pinochet matou só 3.000 opositores, enquanto Fidel fuzilou 25.000. Como regra geral, tais comentários são feitos por quem não leu porra nenhuma sobre a história de Cuba, mas se deixou contaminar pela mídia, que não consegue nomear Fidel sem pespegar-lhe um "ditador".

Uma desses focos de infecção é o artigo "Fidel Castro, senhor de escravos" (Folha de SP 02/12), escrito pelo jornalista Leandro Narloch, que manipula números duvidosos sem indicar as fontes e jura que Fidel, um psicopata, enganou milhares de intelectuais no mundo inteiro. Intelectuais, como se sabe, se deixam enganar facilmente. Não é o caso do tal Leandro. Nem é o caso do Demétrio Magnoli que espinafrou Serra e Fernando Henrique porque eles reconheceram os avanços da revolução cubana.

Foi, porém, o caso de Cortázar, Neruda, Thiago de Mello e muitos escritores como Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel da Literatura, convidado por Fidel a criar uma escola de cinema e televisão em Cuba para estudantes do terceiro mundo, que teve como professores Robert Redford, Francis Coppola, Costa Gravas e outros "enganados" que homenagearam Fidel, enquanto Pinochet não conseguiu "enganar" um só intelectual e talvez por isso ninguém lhe dedicou um poema, uma canção, um filme.

Fio da barba

Outro intelectual "enganado" foi o cineasta norte-americano Saul Landau, diretor de "Fidel", que tive a oportunidade de ver no Chile, em 1970. Com uma câmera de 16mm, o gringo acompanhou o líder cubano em uma viagem de jipe pela ilha, em 1966. Documentou a relação de Fidel com a população do campo e da cidade, registrou os avanços da reforma agrária mais radical do continente, mas também as reclamações dos descontentes. Quase todo mundo "fingia" amar o "psicopata" e "senhor de escravos".  

Durante a exibição deste documentário nos Estados Unidos foram registrados muitos incidentes. Uma bomba atirada numa sala de projeção em New York não feriu ninguém, mas outros atentados e sabotagens ocorreram, incluindo o incêndio do Haymarket Theatre em Los Angeles, em 1970, na véspera da estreia, o que acabou levando à suspensão da programação em outras cidades. A polícia, eficaz para matar um negro de vez em quando, não identificou nenhum dos autores. Os americanos não puderam ver o filme, a não ser em sessões fechadas na Universidade de Berkeley.

Mas em Cuba, também, embora toda a população estivesse alfabetizada, não era possível ler alguns livros como "Literatura e Revolução" de Leon Trotsky.  No verão de 1972, com uma bolsa de uma instituição francesa, passei 42 dias na ilha. Numa noite em um bar de Santiago de Cuba, depois de vários "mojitos" de rum branco, dois poetas locais se queixaram que o único exemplar havia sido retirado da biblioteca. Depois fui interrogado por agentes da Seguridad del Estado que queriam saber o teor de nossas conversas. Como a delação não era premiada, me calei.

Sem abdicar do senso crítico, é possível defender as conquistas da revolução cubana. Segundo a ONU, que ao contrário dos intelectuais "não se deixa enganar", Cuba tem 0.3% de analfabetismo e um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,769, acima do Brasil. Dados da UNICEF indicam que "Cuba é o único pais da América sem desnutrição infantil". Cuba incomoda porque - como escreveu Márcio Souza - é uma prova atrevida de que é possível organizar a sociedade de outra forma.

Que no dia do enterro de suas cinzas, Fidel receba as merecidas homenagens daqueles que não abdicam da utopia, "la carne, sangre y piel del hombre redimido", como canta Mercedes Sosa. Hasta la victoria final. Hasta siempre, Comandante!

VER DÊ BOM DIA PARA O PAPAI - http://www.taquiprati.com.br/cronica/204-de-bom-dia-pro-papai

 

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21 Comentário(s)

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Isaias comentou:
18/08/2024
Professor Bessa Freire, a vida de vez em quando nos dá a grata oportunidade de conhecer intelectuais, cuja ação no mundo nos impulsionam para a busca de mais conhecimento. O senhor é com certeza, uma dessas gratas dádivas. Já tive a honra de conhecê-lo pessoalmente. Acabei por apreciar ainda mais seus textos, ao conhecer através de outras pessoas, um pouco mais sobre a sua história. Nesse belíssimo texto homenageando Fidel Castro, iniciando através de uma história despretensiosa, o senhor consegue com extrema maestria transpor nosso imaginário até os atores iniciais e tudo aquilo que os cerca, contracenando com a sua própria história, vivida no contexto daquilo que se desenrolava naquele momento: ativismo político, Guerra Fria, Ditadura Civil-Militar brasileira, perseguição e suas consequências, a Revolução Cubana e a homenagem ao seu comandante. Um texto com tantos elementos, numa narrativa tão bem entrelaçada. Intelectuais como o senhor são patrimônios, operadores da história que merecem um trabalho de História Oral, a fim de que toda essa carga de vivências fique registrada por quem fez muito mais do que participar de um momento histórico, mas o construiu. É somente uma simples, respeitosa e ao mesmo tempo, verdadeira opinião. Professor, obrigado por compartilhar conosco tantos saberes. “Gracias a la vida,” como cantou Mercedes Sosa!
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Antonio Sanches comentou:
02/12/2021
INFELIZMENTE A CEB - Casa do Estudante do Brasil NÃO MAIS EXISTE
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Alberto Soares (via FB) comentou:
07/12/2016
Para contribuir ao debate copio trechos do artigo de Beto Almeida. Quando o Brasil teve uma epidemia de meningite, foi na Ilha de Fidel que o governo Sarney buscou as vacinas contra esta enfermidade que ceifou vidas brasileiras. Fidel salvando vidas no Brasil, para desespero da direita. Antes, quando o Brasil do governo Geisel foi o primeiro a reconhecer Angola do poeta Agostinho Neto, por tabela, reconhecia a gigantesca ação de solidariedade Cuba em Angola e na África, tendo Mandela declarado que a vitória dos cubanos em Cuito Cuanavale em Angola era o começo do fim do apartheid na África do Sul. Nesse ponto, a política externa do ilegítimo presidente Geisel estava do lado certo da história, ao lado de Fidel Castro. Quando, uma vez mais, o Brasil precisou de uma ação para levar atendimento médico para brasileiros que só conheciam médicos por telenovelas, foi buscá-los em Cuba de Fidel, contra o terrível desprezo social de médicos brasileiros hostilizando o programa Mais Médicos. Basta dizer que Fidel criou a Escola Latino Americana de Medicina para formar médicos para outros países. Lá estudam jovens Sem-Terras que, ao voltar, levarão a medicina humanitária do Che para os assentamentos da reforma agrária, além da imagem verdadeira de Fidel Castro. Nós, brasileiros, temos uma dívida com Fidel!
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Taquiprati comentou:
06/12/2016
João Pereira Coutinho, professor da Universidade Católica de Portugal e articulista da Folha de SP, cometeu artigo (6/12) intitulado na versão impressa “ADEUS ÀS ARMAS”. Repete várias vezes o termo “o ditador Fidel Castro”. Manipula números a seu bel prazer, sem citar as fontes, levando o debate para o terreno da crença. Elogia “o sucesso econômico de Pinochet no Chile (a quem não chama de ditador, embora respondendo às críticas coloque entre parênteses algo assim como vá lá que seja, tudo bem, ditador). O título que a versão on line da FSP deu ao artigo foi ARGUMENTAR COM DEFENSOR DE FIDEL EM 2016 É DEGRADAÇÃO DO NOSSO INTELECTO. Cáspite! E eu que pensava justamente o contrário. Para os que querem reafirmar suas crenças no deus de Coutinho recomendo, além do artigo na FSP, os dois livros que evidentemente não li, mas cujos títulos são sugestivos : Por que virei à direita (Coutinho em co-autoria com Luiz Felipe Pondé e Denis Rosenfeld, 2012) e As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários (2014, edição portuguesa com o título Conservadorismo).
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francisco carlos comentou:
04/12/2016
Universos paralelos fulminando as parcas convicções de um geminiano. História ou estória divertida.
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Neto reis comentou:
04/12/2016
Hoje 4 de dezembro de 2016, domingo, vamos as ruas pelo Brasil, verde amarelo, contra a corrupcao, apoio a lava jato, fora Renan, manifestações que não acontecem em Cuba há 60 anos, com o povo cubano proibido de ablar, não é mesmo cronista, mas isso e apenas um detalhe para quem não defende a democracia.
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Isabela comentou:
04/12/2016
Lindíssima crônica! Para mim sempre mais herói que Che ou qualquer outro de se u tempo! Ainda que tenha sido duro, estará para sempre em nossas consciências latino-americanas como líder apaixonado e Fidel aos ideais de justiça social - diante dos horrores de nossa república , um alento, uma referência fundamental .
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Celia Satiyo (via FB) comentou:
04/12/2016
excelente!a a estoria no consulado entao!fui compartilhar com um comentario o face nao deixou.tive que copiar e colar...
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Leneide comentou:
03/12/2016
Bessa, Que delicia de texto. Irônico, transpira inteligência por todos os poros. bjs Leneide?
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Fernanda Garcia Camargo comentou:
03/12/2016
Bessa, eu gostei muito que você tenha falado do Fidel. Também tenho muito apreço, lembranças e respeito por tudo o que vi lá de positivo e aprendi. Quanto sentimento de nação é preciso dizer para enfrentar todas as dificuldades de décadas de um embargo econômico atroz que desgastou as gentes, travou o fluxo das coisas, carcomeu um tanto de material e fez luzir também a amizade. Eles se conversam! Não é incrível? Se querem. Se cuidam. E saem de lá na missão de cuidar dos outros países afora. O Barba deixou uma bonita gente cubana.
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03/12/2016
Como sempre, lúcido! Parabéns por mais essa pérola!
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Lucas Castro (via FB) comentou:
03/12/2016
Vou logo esclarecendo que náo sou parente de Fidel. Mas estou horrorizado com artigo publicado pelo ex-trotskista arrependido Demetrio Magnoli que quer ser mais papista do que o papa. Para mostrar serviço e convencer de que está realmente arrependido de seu passado esquerdista, ele contesta essa manchete da FSP: que mesmo chamando Fidel de ditador reconhece o que atestam todos os organismos internacionais: : \"A ditadura é reconhecida por ter melhorado as condições de saúde e educação na ilha caribenha\". Ele diz que vai contar um segredo que ninguem sabe e é que \"a Cuba pré-castrista exibia indicadores de saúde e educação tão notáveis quanto os atuai.\". Viva Fulgêncio Batista,.Como é que alguém pode ser tão venal e intelectualmente desonesto..
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Taquiprati comentou:
03/12/2016
Prezado Lucas, ele é assim mesmo. Já publicamos artigo A KATIA ABREU DE CUECAS, mostrando a superficialidade dos comentários do Magnoli. , Veja: http://www.taquiprati.com.br/cronica/1067-a-katia-abreu-de-cuecas
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Marina Machado MM (via FB) comentou:
03/12/2016
Fidel, senhor de escravos? O jornalista é muito cretino, francamente.
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Maria Luiza Santos (via FB) comentou:
03/12/2016
Meu muito querido Professor Escreva SEMPRE por favor. Adoro essas leituras Pra mim, sagradas escrituras Um forte abraço e grande beijo.
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Or Lando (via FB) comentou:
03/12/2016
......Perdi o sono de vez! Não dá vontade de parar de ler...
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Neto reis comentou:
03/12/2016
Para o cronista o ideal era não haver democracia no Brasil com a ditadura de um partido único com o assassínio de milhares de pessoas inocentes, sem liberdades individuais, imprensa livre, oposicao politica. Hoje nao se sabe quantos milhares de cubanos fugiram do pais para nao serem mortos. Lamentável.
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Elvira Siqueira (via FB) comentou:
03/12/2016
Procurei, reli, não vi essa afirmação do cronista, nem nas linhas nem nas entrelinhas, de que \"o ideal é não haver democracia no Brasil\'. Quanto ao assassinato de \"inocentes\', felizmente no Brasil estão todos vivos: Cunha, Renan Calheiros, Jucá, Collor, Sergio Cabral, Felizmente quem rouba merenda escolar, quem rouba dinheiro dos hospitais continua vivo, vivissimo. Felizmente o Brasil é uma democracia, onde a Câmara de Deputados, com dinheiro pago pelo contribuinte, passa dias e dias votando projeto de interesse pessoal para anistiar o caixa 2. Felizmente.
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Ana Stanislaw comentou:
02/12/2016
Bravo, bravo!!! Fuzilaaaa Bessa. Linda homenagem ao comandante. Taquiprati hasta siempre, Bessa hasta siempre.
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Deva Karuna F. Andrade comentou:
02/12/2016
Que delicia de leitura, José Bessa! Obrigada!!
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Maria Celeste Freire Corrêa comentou:
02/12/2016
LIndo!!!!! No meio de tanto ódio e amor destilados na internet no dia da morte do comandante,eu li uma frase que dizia: \"Não há fracasso maior do que vangloriar-se da morte daqueles que não puderam ser vencidos em vida!! Bela homenagem,José Bessa!
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