CRÔNICAS

Na Avenida Paulista, contra o mugido das vacas

Em: 06 de Outubro de 2013 Visualizações: 44682
Na Avenida Paulista, contra o mugido das vacas

No momento em que a Constituição Federal comemora 25 anos de existência, se ouve o mugido das vacas, o relincho dos cavalos e o trote das mulas que invadem o plenário do Congresso Nacional e se misturam ao zumbido estridente da moto serra. É possível sentir o bufo agressivo que sai em jatos de ar pelas narinas de parlamentares. Essa é a voz da bancada ruralista formada por 214 deputados e 14 senadores, que querem anular os direitos constitucionais dos índios. Seus "argumentos" são relinchos, bater de cascos, coices no ar e, por isso, não conseguem convencer os brasileiros.

Nas principais cidades do país ocorreram manifestações contra esta ofensiva do agronegócio. Nesta semana, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) organizou Mobilização Nacional em defesa dos direitos indígenas. A parte sadia do país disse um rotundo "não" ao pacote de dezenas de Projetos de Emenda Constitucional (PEC) ou Projetos de Lei Complementar (PLP) que tramitam no Congresso apresentados pela bancada ruralista e pela bancada da mineração.

Esses parlamentares querem exterminar as culturas indígenas não por serem gratuitamente malvados, perversos e cruéis, mas porque pretendem abocanhar as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Para ampliar a oferta de terras ao agronegócio, lançam ofensiva destinada a mudar até cláusulas pétreas da Constituição. Exibem despudoradamente seus planos em discursos e através da mídia como os artigos na Folha de São Paulo da senadora Kátia Abreu (PSD-TO vixe, vixe), a muuuusa da bancada ruralista e do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS vixe vixe).

Causa inconfessável

Quase todos os parlamentares da bancada ruralista tiveram suas campanhas financiadas por empresas de capital estrangeiro como Monsanto, Cargill e Syngente, além da indústria de armas e frigorífico, conforme dados da Transparência Brasil. Afinal, é disso que eles vivem, dessa promiscuidade com o capital estrangeiro, sem o qual não poderiam exportar e comprar produtos. Querem agora liberar as terras indígenas para grandes empresas brasileiras e estrangeiras plantarem monoculturas com agrotóxicos, construir barragens no rios e extrair minérios para a exportação.

No entanto, os ruralistas não podem confessar aos eleitores que seu objetivo é o lucro, apenas o lucro, nada mais que o lucro. Inventam, então, que estão defendendo "os interesses nacionais" e classificam como "anti-Brasil" os que não concordam com eles. Essa é uma velha tática, usada no século XIX, quando o agronegócio da época acusava os que defendiam a abolição dos escravos de representarem interesses estrangeiros. Trata-se de ganhar para uma causa indefensável os brasileiros crédulos que amam sua Pátria. Aí exploram o nacionalismo e apostam na desinformação.

No artigo com título sugestivo - "Causa Inconfessável" - a senadora Kátia Abreu tenta desqualificar os índios e seus aliados com uma argumentação esdrúxula. Sem citar fontes, sem dizer de onde tirou a informação, ela jura que "são mais de 100 mil ONGs, a maioria estrangeira, associadas a dois organismos ligados à Igreja Católica: o CIMI ((Conselho Indigenista Missionário) e a CPT (Comissão Pastoral da Terra)".

E por que cargas d'água milhares de ONGs estrangeiras defenderiam as terras indígenas? Na maior cara de pau, ofendendo a inteligência do leitor, a senadora Kátia Abreu, ousa dizer que elas querem destruir a agricultura brasileira. Comete um erro vergonhoso para uma parlamentar ao confundir nação com estado. Exibe sua ignorância deixando no chinelo o Tiririca:

 "Os financiadores são países que competem com a agricultura brasileira e que cobiçam nossas riquezas minerais e vegetais. São os mesmos que, reiteradamente, defendem que essa parte do território nacional deve ser cedida, e os brasileiros índios, transformados em nações independentes da ONU". 

Tudo nebuloso, deseducativo, desinformativo. A senadora não dá nomes nem aos bois nem às vacas, não diz quais são esses países, não diz quem quer decepar os territórios indígenas do Brasil e omite que as terras indígenas pertencem, constitucionalmente, à União e não aos índios. A "causa" dos ruralistas é, realmente, "inconfessável": cada vez que uma medida prejudica seus lucros, dizem que "é ruim para o Brasil", quando favorece "é bom para o Brasil". O Brasil é a conta bancária deles. Sem confessar a origem dos recursos que financiam os ruralistas, a senadora faz dos índios um tábua de tiro ao alvo:

"É do mais alto interesse nacional - sobretudo do interesse dos próprios índios - saber quando, de onde vêm e como são gastos os millhões de dólares que sustentam a ação deletéria dessas organizações, que fazem dos índios escudos humanos de uma causa inconfessável". 

Cavaleira da desesperança

"É hora de defender o Brasil" berra o deputado Luis Carlos Heinze no título de seu artigo (3/10), que reproduz o mesmo papo furado, a mesma lenga-lenga, excluindo os índios da comunhão nacional. Ataca a FUNAI - Fundação Nacional do Índio - por identificar "pretensas terras indígenas" contra os ruralistas que ele diz serem "os legítimos detentores de terras". E faz eternas juras de que está defendendo a pátria ameaçada por índios e por ONGs.

Nunca foi tão apropriada a conhecida frase do escritor inglês do século XVIII, Samuel Johnson, aclimatada por Millor Fernandes, no século XX, ao nosso contexto: "O patriotismo é o último refúgio dos canalhas" - escreveu Johnson. "No Brasil, é o primeiro", acrescentou Millor. 

A senadora, que se diz católica, bate na mesma tecla. Escreve que os defensores dos direitos indígenas "exercem notória militância política, de cunho ideológico, sob a inspiração da Teologia da Libertação, de fundo marxista". Está zangada com a Igreja, que ela quer defendendo os interesses dos ruralistas e não dos despossuídos, dos injustiçados, dos espoliados. Esculhamba ainda com a FUNAI "aparelhada por antropólogos que compartilham a mesma ideologia". 

Mas não se limita aí a cavaleira da desesperança. De arma em riste, ataca outros "inimigos". Ela está convencida de que "além das ONGs e das instituições como o CIMI e a CPT, há dois órgãos voltados para a defesa dos índios: a já citada Funai e a FUNASA, incumbida da saúde e da ação sanitária nas tribos". Kátia é do tempo em que ainda se dizia que índios vivem em tribos.

"Seriam as terras destinadas à agricultura a causa do sofrimento dos índios?" - pergunta em seu artigo. E ela mesma responde: "Quem quiser que tire suas conclusões: os índios brasileiros dispõem de extensão de terra de dar inveja a muitos países". Se um país que é um país sente inveja, imaginem os ruralistas. Por isso, a voz dela, que é a mais estridente  no Senado clama:

- Os índios não precisam de terra e sim de assistência social.

Ela chama de "invasão" a resistência dos índios em não permitir que seus territórios sejam apropriados pelo agronegócio e anuncia: "Para reagir ao avanço dessas invasões, apresentei ao Senado projeto de lei que suspende processos demarcatórios de terras indígenas sobre propriedades invadidas pelos dois anos seguintes à sua desocupação".

Foi contra essas medidas do agronegócio e contra esses argumentos preconceituosos e retrógrados que manifestantes se insurgiram em manifestações pacíficas realizadas em Brasília, no Rio, em Belo Horizonte e nas principais cidades brasileiras.  Em São Paulo, a manifestação foi aberta pelos txondaro guarani e contou com a adesão de muitos antropólogos, estudantes, professores.

As imagens da manifestação em São Paulo foram registradas e editadas por Marcos Wesley de Oliveira para o Instituto Socioambiental. Em plena Avenida Paulista, ele entrevistou lideranças indígenas - Megaron Txucarramãe (kayapó), Renato Silva (guarani), Natan Gacán (xokleng), antropólogos - Manuela Carneiro da Cunha e Márcio Silva (USP), Maria Elisa Ladeira (CTI), Lúcia Helena Rangel (PUC/SP), Beto Ricardo (ISA) e os líderes quilombolas do Vale da Ribeira - Nilce Pereira e Ditão.

- Vocês não estão sozinhos - disse a mestranda em Antropologia, Ana Maria Antunes Machado, se dirigindo aos Yanomami, enquanto apontava os manifestantes da Avenida Paulista. Ela falou com bastante fluência em língua Yanomami, pois viveu com eles, com quem trabalhou mais de cinco anos como assessora pedagógica, antes de atuar no Observatório de Educação Indígena coordenado pela pesquisadora Ana Gomes (UFMG). O fato tem forte carga simbólica, por se tratar de alguém tão brasileira quanto a Katia Abreu, mas que, para ouvir os índios e com eles dialogar, aprendeu a língua Yanomami e foi capaz de reverenciá-los.  http://youtu.be/TwCPT17kqO8

 

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31 Comentário(s)

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Ana Maria A. Machado comentou:
03/10/2015
Opa Bessa! Justamente nos dias dessa postagem eu andava mergulhada na oficina para finalizar 3 livros em Yanomama pelo SIE/ISA/HAY... pequenos passos para que a pluralidade das línguas indígenas tenham espaço para se fortalecer e ressoar contra os mugidos das vacas e relincho dos cavalos que espalham suas bíblias no Congresso Nacional e pelo país a fora! Obrigada por sempre nos presentear com seus textos geniais! grande abraço!
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Vera Kauss comentou:
10/10/2013
Como esclarece O Professor José Bessa, aliás, como sempre, muito bem, essa é a verdadeira "causa" dos ruralistas... Infelizmente, a grande maioria do povo brasileiro não se interessa em saber e acaba sendo "enrolada" pelo que esses políticos dizem...o povo brasileiro não se interessa em saber e acaba sendo "enrolada" pelo que esses políticos dizem...
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Maria do Socorro Craveiro de Albuquerque comentou:
09/10/2013
Após 25 anos de aprovação da Constituição Federal os vorazes e ensandecidos capitalistas ainda perseguem, espoliam e matam os índios no Brasil. Não a estes políticos e ao agronegócio em terras indígenas! Estamos de olho e daremos nossa resposta nas urnas. Bessa, o texto é perfeito (precisa dizer?), esclarecedor e delicado. Fiquei emocionada, principalmente com a fala de Ana Maria Antunes. Estamos juntos nesse trabalho de formiguinha.
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Daniele Lopes comentou:
08/10/2013
É realmente um descaso que fazem com os nossos índios!!!!!!!!!!!!!
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Elisabeth comentou:
08/10/2013
Muito boa a crônica!! Contato de Elisabeth
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Susana Grillo comentou:
07/10/2013
Bessa, defender o respeito aos direitos dos povos indigenas é minha causa, sua e de todos que querem viver numa nação decente, que respeita leis conquistadas com muita luta e sofrimento... ainda bem que os Yanomami puderam entender que pessoas compartilham com suas angustias nesse ataque torpe que que a sociedade brasileira está sofrendo... temos que amplificar esses protestos, divulgá-los e mobilizar pela compreensão do que está sob ameaça, um abraço solidário a Megaron...
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Eurípedes Funes comentou:
07/10/2013
Caro Bessa continuas com o tiro certeiro das palavras, belo texto. Que pena que vacas senadoras não saibam ler.
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Portal Cultura em Movimento comentou:
07/10/2013
O momento é capital! Ao ouvir o mugido das vacas você fica do lado de quem? Daqueles que buscam violentar a lei a fim de justificar a violência secular praticada contra os povos primeiros do Brasil? Ou fica do lado daqueles que há tempos resistem bravamente às invasões territoriais movidas a dinheiro, poder e muita, muita, mas muita hipocrisia? O Portal Cultura em Movimento, como sempre, está com os povos indígenas, juntos e misturados, buscando denunciar as práticas discursivas de baixíssima categoria promovidas pela bancada ruralista que, como um vírus, vem ocupando os espaços públicos decisórios da nação brasileira.
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Marcelo Rodrigues Góes (via FB) comentou:
07/10/2013
Mais do que correto o protesto, em minha opinião.
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Cristina Terra Sotto Maior (via FB) comentou:
07/10/2013
Hoje no jornal Bom dia Brasil, a Rede Globo incluiu a estátua dos Bandeirantes na matéria sobre das depredações dos "Vândalos" Eu sou contra depredações aos monumentos, mas neste caso, a tinta vermelha que tinge o concreto do monumento erguido aos "desbravadores do Brasil" está complementando a verdade histórica de 513 anos de opressão aos povos originários deste país. Que fique assim!!! BASTA!!! -))->
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Philipi Bandeira comentou:
07/10/2013
Excelente artigo, José Bessa!!! Obrigado por sua constante lucidez, senso de justiça e perspicácia!
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Heber Cruz comentou:
07/10/2013
Caro Prof. Bessa, a cavaleira da desesperança mudou até de partido, agora ela está no PMDB (Vixe, vixe mil vezes) na tentativa de fortalecer a sua imbecilidade.
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M.de Melo Foucher comentou:
07/10/2013
Se eu estivesse no Brasil estaria nesta luta! Essa senadora estar traindo sua patria, prefere ser aliada da industria de agrotoxicos, dos transgênicos que dos indios que sao verdadeiros guardioes de nossas fronteiras. Essa senadora desconheça que esta constituiçao que é o emblema da luta contra a ditadura, pois ela restabelece os direitos, a liberdade de se exprimir. Ela nasceu de uma ampla mobilizaçao nacional graças às organizaçoes sociais que lelaboraram mais de 3000 proposiçoes entre ela a garantia da existencia dos povos indigenas, até entao os indios eram considerados como retardados, como deficientes (handicapés). Pela primeira vez eles terao garantido o acesso a terra, a pachamama. Logicamente a constituiçao pode ser melhorada mas nao pode retroceder nas conquistas dos direitos. A constituiçao de 1988 é o marco fundamental da conquista da democarcia. Ne touche pas à nos indiens!
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Renato comentou:
06/10/2013
Bessa, como sempre, muito bom o seu texto. Você coloca realmente o dedo na ferida. Saudações.
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Carina Santos de Almeida comentou:
06/10/2013
Prezado professor Bessa teus textos, e esse em especial "CONTRA O MUGIDO DAS VACAS", são ao mesmo tempo trágicos e cômicos, de uma clareza e lucidez plena.... obrigada por compartilhar tuas análises e interpretações inspiradoras....
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Ana Silva comentou:
06/10/2013
Adorei! Excelente crônica! É muito bom ler tuas linhas cheias de informação, sensibilidade, denúncia. Realmente, os povos indígenas não estão sozinhos. Obrigada por mais este maravilhoso texto.
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Hans Alfred Trein comentou:
06/10/2013
Muito, muito bom, meu caro Bessa! Tirou daqui! Relinchos, bater de cascos, coices no ar, bufos agressivos... Nada mais! Bastante fumaça para sugerir um grande incêndio, em lugar de argumentos que discutam seriamente um modelo social e ambientalmente sustentável para o nosso país e povo, em lugar de palavras que vale ouvir, apenas estridente movimentação de ar quente diante do inconfessável. O perigo mora no desavergonhado balcão de negócios que historicamente é a política brasileira. Os povos indígenas brasileiros e seus apoiadores estão sendo exigidos no que têm de mais esperto, criativo e corajoso para fazer face a esse descalabro da velha UDR enfeitada com o agronegócio e o peso que ele adquiriu nesse modelo neo-colonial de exportação de commodities. A proximidade das eleições exige que os políticos sérios intervenham, para que possamos avançar com um projeto de desenvolvimento sustentável à altura do nosso potencial entre as nações, sem reducionismos e canalhices. Está em jogo muito mais do que parece estar! Abraço carinhoso, Hans
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Giane comentou:
06/10/2013
É difícil comentar essa situação.. difícil porque milhares de vozes vem gritando a favor dos povos indígenas e caem no vazio.. A despeito de todos os argumentos, de todas as verdades, inclusive do bem que fazem ao meio ambiente etc etc etc.., o que se tem presenciado (desnecessário dizer há quanto tempo) é a violência, os massacres etc etc etc. A crônica é mais uma voz fundamental em defesa da vida; aqui por essas terras do sul, também nos manifestamos.. Vamos esperar e ter fé no improvável..
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06/10/2013
É ridícula a posição dos ruralistas e inverosímel o posicionamento de Katia Abreu. Não há muito o que explicar porque estou dizendo isto. ELES É QUE TRABALHAM PARA O ESTRANGEIRO, ELES É QUE SÃO NÃO PATRIOTAS. Quando há uma guerra os primeiros a defender o Brasil são os índios e os primeiros a fugir são estes que querem a todo custo terras para desertificá-las. Não amam nem sua descendência. Contato de claudia dias tavares
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IEDALVA COSTA comentou:
06/10/2013
obrigada , José Bessa , é preciso que saibamos de fonte segura como a sua dos acontecimentos , que não aparece na mídia por inteiro , Contato de IEDALVA  COSTA
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Mario Chagas comentou:
06/10/2013
Querido Bessa. Maravilha de crônica. Estamos juntos. Você não está sozinho. Os povos indígenas não estão sozinhos.
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Regina Abreu comentou:
06/10/2013
Por isso, Bessa, que eu não como mais carne há muitos anos. A cultura perversa que se criou em torno do assassinato destes animais dóceis estimula toda esta violência no DNA das pessoas que frequentam churrascarias, rodeios, matadouros. Que vivam as vacas, os touros, os animais!!! Não mais touradas! Não mais churrascarias, não mais rodeios, não mais matadouros! Como diz o sábio Raoni: "Vocês criam bichos pra matar, nós convivemos com os animais, pescando e caçando para viver". A cultura da sustentabilidade e da simplicidade urge neste momento de crise planetária. Todo apoios aos índios e às vacas!!!!
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Paula (via FB) comentou:
06/10/2013
No Jornal da Globo News que passa aqui em Buenos Aires deu que os índios picharam o monumento do Ibirapuera.. Eu achava que era sacanagem da matéria... Pelo que li hoje, a tinta é de fácil remoção. Foi só para marcar posição mesmo.
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Aristides Sanches comentou:
06/10/2013
Há quem ache que deviam explodir esse símbolo arrogante, essa apologia do genocidio contra os índios.
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Maria José comentou:
06/10/2013
é tinta vermelha, paula, sangue derramado pelos bandeirantes... não é pichação, é arte, arte indignada!
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eu comentou:
06/10/2013
Se um cavalo pudesse ler, possivelemente daria um coisa na boca dessa ruralista de m.
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Mary Jo (via FB) comentou:
06/10/2013
Contra a bancada ruralista, contra a PEC 215, pelos direitos indígenas, pelo direito à terra!
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Aurélio (via FB) comentou:
06/10/2013
"Tudo é tempo e contra-tempo...A história anda sempre pra frente e o meu relógio também"...Tupy mais do que nunca Tupy!
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Roberto Zwetsch comentou:
06/10/2013
Bessa, muito bom, tiro certeiro, com luva e circunstância. Parabéns para a Ana Maria, da nova geração de antropólogas que fala a língua do povo que pesquisa e com quem luta por seus direitos. Abraço. Roberto Zwetsch - Faculdades EST Contato de Roberto Zwetsch
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Marina Marcela Herrero comentou:
06/10/2013
Vocês não estão sozinhos, somos poucos mas estamos junto e não ficaremos quietos assistindo um novo genocídio. Foi uma honra ter caminhado pela Avenida Paulista do lado de tanta "gente de verdade" como diriam os xinguanos!
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Nelma Pataxó (FB) comentou:
06/10/2013
NEM AS VACAS E OS CAVALOS MARAVILHOSOS AGUENTAM ESSES RURALISTAS EXPLORADORES!!
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