CRÔNICAS

A chegada da garrafa térmica em Manaus

Em: 26 de Dezembro de 2010 Visualizações: 47117
A chegada da garrafa térmica em Manaus

"A memória é uma ilha de edição"

(Waly Salomão)

Quem foi a primeira amazonense que usou uma garrafa térmica? Se essa pergunta cair numa prova do vestibular, marque com um “x” a resposta certa: Cleomar dos Anjos Feitosa. Isso mesmo! Foi a Cleomar. Ninguém me contou. Eu vi. Não apenas vi. Usufrui. Aconteceu num dia qualquer de outubro de 1955, num piquenique no balneário das Pedreiras, no igarapé do Mindu, em Manaus. Era uma garrafa cinzenta, de um litro, marca Alladin, made in USA, recém trazida dos Estados Unidos pelo padre redentorista Thomé Morrissey.

Consciente do momento histórico que vivia, Cleomar ergueu o recipiente térmico como um troféu, num gesto que Bellini faria anos depois com a taça Jules Rimet. Sua mão direita ligeiramente aberta deixou o dedo mindinho flutuando no ar, exibindo uma unha pintada de vermelho vivo. Confesso que jamais presenciei nada tão chique em minha vida. Diante de um público embasbacado, ela desenroscou a tampa de rolha de cortiça, serviu um suco de taperebá que eu, menino de oito anos, bebi, e declarou à posteridade:

- É impressionante! Conserva o café quente e o suco gelado. O que é quente fica quente, o que é frio, fica frio.

Parece banal, mas não é. O Brasil, até então, não produzia garrafa térmica e ninguém sabia que diabo era aquilo. Era novidade, raridade. Seu uso constituía prova de refinamento e sofisticação. Nonato Garcia em sua coluna social Nogar Tudo Vê Tudo Informa chegou a registrar a existência de algumas delas, importadas, em várias mansões manauaras. A geladeira Gelomatic gelava, o fogão Rey esquentava, mas uma geringonça portátil que tinha a dupla função, só mesmo vendo pra crer. Tinha de ser coisa dos States. Era a modernidade nos tocando de perto.

A modernidade

Nem sei se a própria protagonista lembra o fato. Mas eu lembro inclusive a data por causa de duas mulheres – uma miss e uma cantora - para quem o ano de 1955 foi decisivo. Acontece que nesse dia, nas Pedreiras, todo mundo só falava da renhida disputa na qual Anette Stone fora eleita Miss Amazonas, derrotando sua rival Auxiliadora Câmara. Além disso, as irmãs Feitosa passaram o piquenique cantando músicas da Carmen Miranda, falecida em agosto daquele ano, duas delas inesquecíveis. Uma era: 

- Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim.

A outra:

 - Kalu, Kalu, tira o verde desses óio de riba deu.

Portanto, indubitavelmente, o ano foi 1955. Quanto ao mês era, indubitavelmente, outubro, mês das missões, quando o pessoal da Quermesse de Aparecida realizava seu piquenique anual. O uso duas vezes de  “indubitavelmente” é para não deixar qualquer dúvida aos incrédulos. Testemunharam o fato: Jiddu Rebouças, Rosa Magaly, Angélica Arruda, Maria Arnaud, Odaísa Braga, Amazonina, Graciema, Georgina, Edina Soares, Lili Azevedo e Glória Nogueira, entre outros. Alguns estão vivos e não me deixam mentir. Ou deixam?

Mas por que agora estou lembrando essa história? Porque nessa terça-feira, 28 de dezembro, uma das protagonistas – Maria da Glória Queiroz Nogueira – completa 80 anos. Amanhã, dia 27, às 19h30 haverá uma missa na Igreja de Aparecida e na terça-feira uma recepção no Elegance Festas e Convenções, na Rua Salvador, em Adrianópolis. E essa história serve para ilustrar as relações da Glória com os amigos, com os vizinhos e com a modernidade.

Glória é Glória e seus amigos. Com eles teceu relações sólidas de afeto. No livro de poesia de sua autoria que será lançado no aniversário, ela canta esses amigos. Lá estão, entre outros, dona Rosa Feitosa e as filhas – Lucimar, Dagmar, Cleomar e Dulcimar. No dia de Natal – lembra Glória – depois da missa do galo elas desciam a Xavier e entravam no Beco da Indústria cantando pelas ruas, sempre cantando, músicas natalinas, “unidos na mesma fé, o natal comemorando”. Era um espetáculo mágico de alegria e confraternização. Cleomar, que é lembrada aqui carinhosamente, continua atuando ainda hoje com seu coral de mil vozes.

Netos e bisnetos

Mas Glória é também Glória e seus filhos, Glória e seus netos, Glória e seus bisnetos. Sem eles, não seria Glória. Quantos são? Segundo o último recenseamento do IBGE, Glória teve 19 filhos dos quais 16 foram gerados no seu ventre e três adotados, sendo doze mulheres e sete homens. Com exceção de uma falecida, todos casaram, tiverem filhos e deram-lhe 50 netos e 12 bisnetos. Vários deles estão presentes também no livro.

O livro começa com uma declaração de amor a Brígido Nogueira, um alfaiate de Santarém que migrou pra Manaus, com quem Glória se casou em 1951. Construíram uma família modesta, que conseguiu com muito esforço educar seus filhos, todos com curso universitário. Um deles, Cláudio, que estudou no Japão e no Canadá, onde Glória foi visitá-lo - ela fez muitas viagens internacionais - conta como isso foi possivel, num texto em que se dirige aos próprios pais:

- “Com vocês aprendemos a lutar, a competir, mas de forma honesta, nos ensinaram muitas outras coisas, que para alguns são virtudes, mas aprendemos que são obrigações. Não ensinaram ninguém a ser “esperto” e “nem a se dar bem”, mas que é necessário esforço, estudo e dedicação para obtermos o que almejamos. De vocês, herdamos o que é mais importante, a fé em Cristo Jesus”.

O depoimento de uma das netas merece o registro aqui. Neyla, que deu duas bisnetas a Glória, ficou surpresa num encontro recente com a avó que se preparava para a festa de 80 anos: “Minha avó nunca usou adornos de nenhum tipo, nem batom, nem qualquer outro tipo de maquiagem, mas na quinta-feira passada quando fui almoçar com ela tomei um baita susto!!! A ‘velhinha’ tinha acabado de furar a orelha!! E quando manifestei surpresa, ela respondeu que a ocasião pedia, pois já que não tinha tido festa de 15 anos, a festa dos 80 anos seria seu début e ela precisava estar à altura”. 

É isso aí. Não foi só a garrafa térmica. Glória assistiu a chegada da modernidade: panela de pressão, geladeira, fogão a gás, máquina de lavar roupa – presente de sua irmã Cleonice - rádio, TV, celular, internet. Sempre atenta, nunca escancarou as portas ao consumismo, mas sempre deixou janelas abertas para se renovar. Adotou a modernidade, mas não permitiu que ela esfarinhasse as relações humanas, a vida familiar, matando o que ela tem de consistente. Sempre soube combinar modernidade e tradição. Se duvidar, ela ainda entra no face-book e arranja seguidores no twitter.

Numa vida, cabem vários 15 anos. Na terça-feira, dia 28, Maria da Glória Queiroz Nogueira, muito amada pelos seus, estará debutando, celebrando num só aniversário, vários rituais de quinze anos. Esse escriba que ainda guarda na memória o gosto daquele suco gelado de taperebá, em nome dos 17 irmãos, rende aqui homenagem e admiração à Glória, não só à irmã mais velha, mas à mulher bonita, cheia de graça e sabedoria, de olhos vivos, lúcidos e inteligentes, que com a heroicidade anônima do cotidiano construiu um patrimônio ético no meio de tantas adversidades. 

P.S. Postado em 31 de dezembro de 2017: Há alguns meses, num telefonema para Glória, ela me disse: "Te envio mensagem pelo whatsapp". Fiquei com vergonha de confessar que não sabia mexer naquela geringonça que ela usava com tanta desenvoltura. Não tive jeito. Tomei aulas particulares com minha filha e passei a zapzapear. Devo isso a ela.

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28 Comentário(s)

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Teresina Soares comentou:
16/11/2020
Professor mais uma bela crônica dos tempos modernos. E pós modernos também. Valeu. Gostei demais.
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heliete comentou:
16/01/2011
Crônica maravilhosa, um presente pro leitor! você tem essa memória mesmo ou tudo está anotado em velhos cadernos? Também a crônica "enclítica" sobre o ínclito ministro é inesquecível.
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Fidel Matos comentou:
08/01/2011
Para ter essa descendência quilométrica e essas qualidades, essa Glória deve ser mesmo esse "balaio" todo que você fala. Parabéns!!
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Roberta comentou:
04/01/2011
Lindo artigo! Sua irmã deve ter ficado muito emocionada.
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manoel bessa filho comentou:
01/01/2011
Babá só soube dos 8o anos da Glorinha, dois dias depois quando na portaria me entregaram um convite "vencido". Vou ligar para ela e rezar na minha próxima Missa, por essa admirável figura e sua familia Quanto à garrafa térmica, discordo> A primeira vez que vi uma, foi em 1939, quando o patrão da Lisoca, que era "caixa" no "Moraes Gomes", ganhou uma para não levarmos mais o café da merenda dela, num bule com o bico fechado por bucha de papel.
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Judith Campos comentou:
30/12/2010
Por que a coluna não foi publicada no Diário do Amazonas? Era bom informar os leitores.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
29/12/2010
DONA GLÓRIA NOGUEIRA É LINDA, SUAVE E POSSUI UMA COR DE DAR INVEJA A QUALQUER NINFETA. VICENTE, MEU AMIGO, DÁ UM LINDO BRINCO DE PÉROLAS PARA ELA USAR NA SUA FESTA PORQUE PÉROLAS COMBINAM COM CLASSE E GRANDEZA
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Vânia Novoa Tadros (e) comentou:
29/12/2010
QUANDO SEU BRÍGIDO MORREU ELA SE TRANFORMOU NA MATRIARCA DA FAMÍLIA COM TODO O PODER QUE O TÍTULO ENCERRA. TRABALHA NAS OBRAS SOCIAIS DA IGREJA. FOI MUITO GRATA E CARINHOSA A SUA MÃE DE CRIAÇÃO DONA ELISA BESSA
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Vânia Novoa Tadros (D) comentou:
29/12/2010
DONA GLÓRIA NOGUEIRA TEM TANTOS MÉRITOS QUE CONQUISTOU UM HOMEM VALOROSO QUE FOI UM DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DO AMAZONAS. OS DOIS VIVENCIARAM UM AMOR CRISTÃO LINDO DE VER.OS DOIS TIVERAM MUITO PULSO COM OS FILHOS.
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Vânia Novoa Tadros (C) comentou:
29/12/2010
COM TODO O RESPEITO PARA COM OS LEITORES QUE ESTÃO LEMBRANDO AQUI DAS SUAS TIAS, MAS UMA DONA GLÓRIA NOGUEIRA, MORADORA DO BAIRRO DE APARECIDA, NÃO SE ENCONTRA EM TODA PARTE
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Damasio Medeiros comentou:
29/12/2010
Caro Prof. Ribamar, Dona Gloria Nogueira merece o nosso aplauso, prece e admiracao pela familia que construiu ao lado do nosso saudoso Brigido. Parabéns aos bons amigos da familia Nogueira. Padre Damasio - Salesiano - Roma - Italia
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Nivaldo Mendonça comentou:
29/12/2010
Para minha família é um privilégio conhecer e ter podido, ainda que menos que o desejável, compatilhar da sabedoria e serenidade desta brilhante mulher e sua família... Parabéns pela crônica e parabéns à dona Glória pelos 80 anos, muito bem vividos junto aos seus inúmeros filhos, netos, bisnetos, genros, noras e amigos, entre os quais, muito honrado, ouso me considerar...
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Paulo Bezerra comentou:
28/12/2010
Só uma ANTA pode imaginar D. Glória "TODA DIA DE MANHÃ DAR BANHO EM 19 FILHOS" Enquanto o caçula ainda usava fraldas o primogênito já tinha idade de servir o exército. Oh Anta. Ao não ser que os 19 tivessem nascidos de uma só vez. O que, decerto, não aconteceu.
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Paulo Bezerra comentou:
28/12/2010
Babá, ao ler esta crônica não tive como não lembrar da minha falecida Tia Mariana, cearense que viveu no Bairro da Glória, teve uma penca de filhos, dentre eles: Dulcimar, Dagmar, Dulcinéia, Dorval, Danilo, Donaldo, etc. e tal como a D. Glória homenageada, era uma mulher de muita fibra e coragem.
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ozeneide casanova comentou:
27/12/2010
Não é por ser minha sogra não, mas, D Gloria reflete a mulher em todos os seus papeis, aos quais representa com dignidade, serenidade e felicidade. Parabéns.
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vania tadros comentou:
27/12/2010
ANNETE STONE ERA LINDA DE ROSTO, CORPO E DE UMA SIMPATIA CONTAGIANTE. FICOU EM SEGUNDO LUGAR NO CONCURSO DE MISS BRASIL. EDUCADA, ESTUDOU NO COL. STA DOROTÉIA. CASOU COM JULIO CESAR GARCIA DE SOUSA UM DOS EXECUTIVOS FUNDADORES DA COMPANHIA DE PETROLEO DA AMAZONIA. NO FIM DA DA DECADA DE 70 FOI MORAR NO RIO DE JANEIRO NA PRAÇA NS DA PAZ, IPANEMA. TEM DUAS FILHAS UMA MÉDICA E OUTRA ENGENHEIRA. HOJE VIVE FELIZ EM MACEIÓ.
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Nívia Peçanha comentou:
27/12/2010
Muito boa a história da dona Glória dentro das outras histórias dos anos 50. Agora, me tira uma dúvida: essa Annete Stone chegou a ser miss Brasil? Ela ainda vive? Por que você não escreve também sobre ela?
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Vânia Novoa Tadros (B) comentou:
27/12/2010
EU ESTAVA PENSANDO.....TODO DIA DE MANHÃ A DONA GLÓRIA DANDO BANHO EM 19 CRIANÇAS, PREPARANDO 19 XÍCARA DE CAFÉ, CORTANDO 19 PEDAÇOS DE PÃO. SEPARANDO 19 FARDAS, DEZENOVE MEIAS E SAPATOS E ASSIM POR DIANTE DURANTE TODO O DIA. CONFESSO QUE EU NÃO DARIA CONTA!!! ISSO É QUE É UMA MULHER GUERREIRA!!!
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Lourenço Ribeiro comentou:
27/12/2010
Lembrei da minha infância em Bom Jesus da Penha, no interior de Minas Gerais. Tinha uma tia minha - tia Naná - que se enquadra no perfil de dona Glória. Existem várias Nanás e Glórias por esses brasis.
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Cláudio Nogueira (1) comentou:
26/12/2010
Em nome de todos os filhos, netos e bisnetos agradeço pelo belo texto. A mamãe também manda agradecimentos. Agradeço também aos comentários aqui deixados. Muito obrigado a todos e um Feliz Ano Novo. O que o leitor precisa saber é que nessa família as mulheres são fortes. A mãe do Babá teve 12 filhos, e ficou viúva muito cedo, criando todos quase sozinha, porque os mais velhos, que deram uma força, ainda eram muitos jovens. E todos se formaram em curso superior.
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Cláudio Nogueira (2) comentou:
26/12/2010
Da mesma forma a mãe do Cyrino, que também ficou viúva com seis filhos pequenos para criar, e também eles se formaram. Essa mulheres que eram irmãs e primas e filha adotiva foram umas guerreiras, batalhadoras, decididas e determinadas. Mas tiveram um adicional que lhes ajudou bastante: a fé em Deus. E mesmo quando o bicho pegava, nunca duvidaram que Ele que é fiel, jamais falta àqueles que lhes são fiéis. Uma abençoado Ano Novo e paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade.
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Cláudio comentou:
26/12/2010
Babá cadê o meu comentário que enviei hoje de manhã?
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Cláudio Nogueira comentou:
26/12/2010
Babá, em nome de todos os filhos, netos e bisnetos agradeço pelo belo texto. A mamãe também manda agradecimentos. Agradeço também aos comentários aqui deixados. Muito obrigado a todos e um Feliz Ano Novo. O que o leitor precisa saber é que nessa família as mulheres são fortes. A mãe do Babá teve 12 filhos, e ficou viúva muito cedo, criando todos quase sozinha, porque os mais velhos, que deram uma força, ainda eram muitos jovens. E todos se formaram em curso superior. Da mesma forma a mãe do Cy
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Adroaldo Mello comentou:
26/12/2010
Cara, se essa mulher morasse no Rio ou São Paulo e não em Manaus, com esse curriculum era pra ser entrevistada pelo Jornal Nacional: 19 filhos, 50 netos, uma cacetada de bisnetos. Viva dona Glória, exemplo pra todo o Brasil.
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
26/12/2010
LIIIIIIIIIIIIINDAAAAAAAAA CRÔNICA BABÁ. TU AMAS MUITO A DONA GLÓRIA PARA TERES TODA ESSA INSPIRAÇÃO! DONA GLÓRIA MERECE COM BRINCO OU SEM BRINCO TODAS AS FESTAS E HOMENAGENS. SUA BELEZA VEM DE DENTRO. DA FÉ QUE CULTIVA. DA BONDADE QUE VIVE. PARABÉNS A QUERIDA DONA GLÓRIA A TODOS OS SEUS AMADOS FILHOS E NETOS, GENTE BOA DE APARECIDA.
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Cyrino (1) comentou:
26/12/2010
Babá, como pouquíssimos dos teus leitores, fiéis ou infiéis não tiveram (ainda) a alegria de conhecer a Glória - de quem tenho orgulho de ser parente, naturalmente serão poucos os comentários. Talvez uma valha uma sugestão para esses leitores: procure à sua volta, nos seus círculos de convivência, uma mulher de fibra, honesta, prudente, de excelente humor, dura com o mal em geral e cândida com a vida e o ser humano.
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Cyrino (2) comentou:
26/12/2010
Ainda há Glórias por aí... ache a sua e dê um abraço, mas não se deixe enganar, essa mulher tem que ser anônima porque as verdadeiras celebridades contrariam o sentido da palavra, são sempre anônimas e não frequentam espaços públicos da hipocrisia e da mediocridade. Vida longa pra nossa Gloriosa!
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Cyrino comentou:
25/12/2010
Babá, como pouquíssimos dos teus leitores, fiéis ou infiéis não tiveram (ainda) a alegria de conhecer a Glória - de quem tenho orgulho de ser parente, naturalmente serão poucos os comentários. Talvez uma valha uma sugestão para esses leitores: procure à sua volta, nos seus círculos de convivência, uma mulher de fibra, honesta, prudente, de excelente humor, dura com o mal em geral e cândida com a vida e o ser humano. Ainda há Glórias por aí... ache a sua e dê um abraço, mas não se deixe enganar,
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