CRÔNICAS

Da arte de ser Manoel Octávio

Em: 22 de Agosto de 2010 Visualizações: 56525
Da arte de ser Manoel Octávio

No início da década de 1960, no Colégio Estadual do Amazonas, todos nós, alunos, queríamos ter a sabedoria do Manoel Octávio, o domínio de palco do Manoel Octávio, a fluência verbal e a elegância do Manoel Octávio. Enfim, todos nós queríamos SER Manoel Octávio, aceitando até mesmo, de contrapeso, sua careca brilhante, que lhe custou o apelido de ‘Jacaré’, por ele repudiado. Mas já não se faz mais Manoel Octávio com ‘c’ como antigamente: erudicto, seductor, retórico.

Manoel Octávio Rodrigues de Souza era o nosso professor de História. Traçava tudo: pré-história, idade antiga, medieval, moderna, pós-moderna, contemporânea, o que pintasse. Discorria sobre Egito, Roma e Grécia como se tivesse sido testemunha presencial dos fatos. Quem assistiu suas aulas jamais esquecerá a narração da cena na qual o imperador Julio César recebe de presente da rainha do Egito um enorme tapete e ao desenrolá-lo – oh, surpresa! - encontra lá dentro, nuazinha, a própria Cleópatra, que se tornou sua amante. Foi a primeira vez que ouvi a palavra ‘calipígio’, que ele pronunciava com um estranho brilho nos olhos.

Gostava de usar palavras que nos obrigavam a ir ao dicionário. Sua narração, rica em detalhes, era mais apimentada do que o croquete da dona Alvina, em cuja banca de tacacá rolavam as fofocas mais maliciosas do bairro de Aparecida, incluindo nomes de quem encroquetou quem. Ele nos revelou que quem despiu e embrulhou a rainha do Egito no tapete – aqui pra nós, não é pra espalhar não - foi Apolodoro, o criado dela, um negão siciliano com quem teve um caso, dizem as más línguas.

Pois bem, o caso foi censurado no filme ‘Cleópatra’, que entrou em cartaz no cinema Politeama de Manaus, em1964, estrelado por Elizabeth Taylor, Rex Harrison e Richard Burton. Um cara tão importante como Apolodoro, que despiu Cleópatra e a banhava com leite de cabra, massageando-lhe o corpo, é discriminado no filme, onde não passa de um zeguedegue qualquer, de um figurante secundário protagonizado por um ator obscuro, um tal de Cesare Danova.

Essa é a prova de que as aulas de Manoel Octávio estavam mais up to date do que os filmes holywoodianos da Memérica. Não tinha censura em relação às sacanagens. Manoel Octávio nos ensinou que a História tem que ser como dona Alvina, a tacacazeira:  precisa, objetiva, bem informada, crítica e contestadora. Se puder, também fofoqueira, que ninguém é de ferro.

Quando havia fofoca, ela emergia nas aulas de Manoel Octávio, que saía do Egito antigo para a Europa medieval e não hesitava em nos falar do ‘direito de pernada’. Pulava os fossos dos castelos feudais com a maior familiaridade, como se estivesse entrando no ‘La Hoje’, na ‘Pausada’, ou em qualquer centro noturno de lazer de Manaus. Nem o Islam, que admirava, escapava de suas atentas observações, está aí a jovem Aicha que não me deixa mentir.

A jovem Aicha

A aula sobre Aicha atraía gente de outras turmas. Aula, hoje, virou esculhambação com um entra e sai constante de alunos, celular tocando, gente conversando. Mas naquela época era algo tão sagrado quanto uma missa, tinha seu ritual, sua liturgia. Era teatro puro, com cenário, figurino, movimento cênico, iluminação e plateia silenciosa e atenta.

Manoel Octávio vestia sempre um terno de linho bem engomado – cada dia uma cor diferente. Entrava em sala de aula e saudava, religiosamente, com sua voz anasalada: “Bom dia, jovens!”. Fazia-se um silêncio respeitoso. Ele, então, tirava do bolso a carteira de Holywood sem filtro, pegava um cigarro e com ele dava uns tapinhas sobre a carteira, antes de acendê-lo com um isqueiro de chama escandalosa.

Fazia a chamada, expelindo fumaça pela boca, em pequenos rolos. Tragava e enquanto falava a fumaça ia saindo. Sua aula sobre o Islamismo deixava a todos nós fascinados com Maomé, casado quinze vezes, quase sempre com mulheres mais velhas, como a viúva Kadidja. O profeta, porém, exagerou com a única esposa mais nova. Quando noivaram, ela tinha seis anos de idade, casando-se aos catorze. Naquela época não tinha esse negócio de pedofilia não, tema sobre o qual não convém tocar em época de eleição no Amazonas.

De qualquer forma, decorei, palavra por palavra, a narrativa de Manoel Octávio com sua voz fanhosa e empostada, intercalada por baforadas de fumaça: “E Maomé deixou a infância alegre entre os beduínos, onde pastoreava os carneiros da família, deixou os camelos da viúva Kadidja, já morta, e apaixonou-se por Aicha, es-plen-do-ro-sa-men-te bela (aqui dava uma paradinha) na explosão dos seus 14 anos”. Acelerava as últimas palavras, como se quisesse aumentar a explosão.

No momento em que ele exaltava a beleza da jovem Aicha, com imagens fortes, ouvia-se um murmúrio crescente e uníssono se levantando na sala de aula, como no Maracanã, quando a torcida espera um gol, e a bola sai tirando tinta do travessão. Talvez, alguém da turma pensasse na beduína mais próxima, Charufe Nasser, a sultana do seringal, que morava na Ferreira Pena com Monsenhor Coutinho e era, com todo respeito, um piteuzinho. Mas o xodó de Manoel Octávio era mesmo o Império Gupta.

O Império Gupta

Andei perguntando aqui e ali, dentro da própria universidade, e encontrei poucas pessoas que sabem, atualmente, o que foi o Império Gupta, a maior potência política e militar que floresceu no norte da Índia, se estendendo pelo vale do rio Ganges, durante três séculos. A novela da Globo – Caminho das Índias – com tanta dancinha, are baba, namasté, ignorou olimpicamente o Império Gupta. Mas o Manoel Octávio não. Ele adorava o Império Gupta, a quem dedicava várias aulas.

Não vou contar aqui o que imperador Samudragupta aprontou com uma cortesã chamada Ajita Gosaliputra porque nem a banca de tacacá da Dona Alvina aguentaria. Talvez algum aluno tenha guardado o caderno de pontos das aulas de História do Manoel Octávio - hoje nome de uma creche municipal em Manaus - e possa disponibilizá-lo na internet. Aqui, prefiro lembrar o que nosso mestre nos ensinava: que nunca na história da Índia, houve tanto progresso como no Império Gupta. No entanto, esse fato não era reconhecido pelo filósofo invejoso e imoral, chamado Purana Kassapa (também, com esse nome!).

Eis o que eu queria dizer nesse espaço que está terminando. O jornal O Globo está igualzinho ao Purana Kassapa. A manchete de ontem, sábado, berra em letras garrafais uma não-notícia: “GOVERNO LULA NÃO MUDOU A CALAMIDADE NO SANEAMENTO”. Outros registros vão na mesma direção: “PT e aliados da AL pregam controle da mídia”. “Mais crianças catam lixo”. Tudo isso na primeira página. Lá dentro: “Doze milhões de casas sem água”; “É vergonhoso e atenta contra a saúde”; “País tem cerca de um milhão de dependentes de crack”. E para fechar: “Serra defende Zona Franca de Manaus”.

As notícias são todas editorializadas, responsabilizando Lula por tudo de ruim que existe no país. Tudo bem, o papel da imprensa é esse mesmo: criticar, dar pau no poder, mas não de forma seletiva. Isso me cheira a manipulação. Nesse espaço aqui, criticamos sem ambiguidades as alianças do Lula com Sarney e Roseana, com Collor, Jader Barbalho, Michel Temer... Mas esse tipo de crítica O GLOBO não faz, porque aí teria de contar a história ao estilo do Manoel Octávio, revelando os podres de todos os lados. Suspeito que quem escreve os editoriais de O Globo é o próprio Purana Kassapa.

P.S. – Esse texto é uma homenagem póstuma a Maria Eulália Martins, professora aposentadora do Curso de Serviço Social da UFAM, que nos deixou e com quem compartilhei, com cumplicidade, a admiração por Manoel Octávio, um dos nossos melhores professores, aqui apresentado da forma que Eulália gostava: brincando, com humor.

 

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39 Comentário(s)

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Jeroniza Albuquerque comentou:
15/10/2010
Professor Ribamar Bessa, infelizmente não conheci o Prof. Manuel Octavio, mas acredite é como se estivesse em sala de aula (daquele tempo)pois v. retratou muito bem, como um filme. Eu gostaria de escrever assim...(ah! mas quem não gostaria?) Parabéns! continue nos proporcionando belísssima literatura. e como prof. de História eu tive o aluízio Nogueira.Bom também... Sucesso: Jeroniza
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graça barreto comentou:
02/09/2010
Baba E o José Aldemir. Coroinha cristão filho da outa. Quando voltar vou caber com aqueles pentelhos engomadios que usa pra disfarçar o pau que não levanta mais!
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leyla leong comentou:
02/09/2010
Caro Bessa, Me fizeste voltar à sala de aula do Colégio Estadual. O Manuel Octávio foi meu professor de História. Ele passeava entre as carteiras, dava umas paradinhas para falar qualquer coisa e abria o paletó, de onde saia um perfume inglês da moda, chamado Bond Street. Há anos fiz uma matéria para a Crítica sobre perfumes e começo citando o perfume do mestre. Inesquecível.
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Vanias Batista de Mendonça comentou:
26/08/2010
Bessa, obrigado por homenagear o meu mestre Manoel Otávio. Convivi com ele de 1967 a 2001. Integrei seu escritório de advocacia até 1990, quando assumi como Procurador do Estado e o homenageei. Você o retratou muito bem. Só uma correção: o apelido Jacaré era porque ele era paraense.
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VÂNIA NOVOA TADROS comentou:
24/08/2010
PARA O ANÔNIMO MEDROSO: PRIMEIRO EU NÃO TENHO QUE DAR SATISFAÇÃO DAS MINHAS ESCOLHAS. NÃO SOU CANDIDATA A NADA E NEM EXERÇO CARGO PÚBLICO.QUANDO EU QUERO MUDAR AS SITUAÇÕES EU LUTO, ESCREVO E NÃO FICO PEDINDO PARA A OU B ESCREVEREREM POR MIM. SÓ MAIS UMA COISINHA: O RIBAMAR É MUITO INTELIGENTE E COMPREENDEU QUE VC QUIZ PRESSIONÁ-LO DE MANEIRA DESE LEGANTE E AGRESSIVA. EU E RIBAMAR TEMOS POSIÇÕES DIFERENTES, PORÉM NOS RESPEITAMOS.
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Hagá Romeu Pinto comentou:
23/08/2010
Me deliciei tantas vezes com as crônicas do Bessa metendo o pau nesses calhordas. Conheci dona Elisa e Pão Molhado, fabulosos! Sofri quando ele levou porrada do negão. Me senti calçado mesmo com o Peduto. Gostei quando ele nos fez lembrar quem realmente foi Gilberto Mestrinho quando todos o endeusava no seu leito de morte. Me senti forte quando li, em 94, as denuncias do Tribulins. Por isso, sinto falta de alguém falando novamente por esse simples anônimo amazonense!
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Hagá Romeu Pinto comentou:
23/08/2010
Vânia, não quis ser desrespeitoso com o Bessa, e acredito que ele tenha entendido isso (ao contrário de ti). Apenas estou em meu processo de crescimento (em todos os aspectos) e tentando exercer minha cidadania. Não consigo entender como podemos ser, hoje, aliados daqueles em que tanto batemos no passado. Se é possível isso acontecer, por que dúvidas de Serra, Collor e outros? Se não é possível, porque apóias Amazonino e Omar?
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vania tadros 2 comentou:
23/08/2010
2-continuando quem escreve de maneira apócrifa: QUANTO A ALGUÉM COMPRAR A MINHA CONSCIÊNCIA, SÓ ACHANDO GRAÇA..... VAI TRABALHAR, ESTUDAR PARA CRESCERES EM TODOS OS ASPECTOS E NÃO DEPENDERES TANTO DOS GOVERNOS, PARASITA.
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vânia tadros 1 comentou:
23/08/2010
PARA ESSA PESSOA QUE NÃO TEM CORAGEM DE ASSUMIR O QUE ESCREVE: NÃO SEI PORQUE A POSIÇÃO POLÍTICA DE UMA DOUTORAZINHA PODE INCOMODAR TANTO A VC E OUTRAS PESSOAS NOS BLOGS DE MANAUS? NO ENTANTO, EU TENHO DIREITO DE EXIGIR QUE ME RESPEITES, SEU INVEJOSO. RESPEITA TAMBÉM O RIBAMAR BESSA. MUITA GENTE EM MANAUS NOS CONHECE E SABE QUE DEFENDEMOS NOSSAS POSIÇÕES COM VALENTIA.
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
23/08/2010
RESPOSTA PARA ESSA PESSOA QUE NÃO TEM CORAGEM DE ASSUMIR O QUE ESCREVE: NÃO SEI PORQUE A POSIÇÃO POLÍTICA DE UMA DOUTORAZINHA PODE INCOMODAR TANTO A VC E OUTRAS PESSOAS NOS BLOGS DE MANAUS? NO ENTANTO, EU TENHO DIREITO DE EXIGIR QUE ME RESPEITES, SEU INVEJOSO. RESPEITA TAMBÉM O RIBAMAR BESSA. MUITA GENTE EM MANAUS NOS CONHECE E SABE QUE DEFENDEMOS NOSSAS POSIÇÕES COM VALENTIA; QUANTO A ALGUÉM COMPRAR A MINHA CONSCIÊNCIA, SÓ ACHANDO GRAÇA..... VAI TRABALHAR, ESTUDAR PARA CRESCERES EM TODOS
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VANIA TADROS2 comentou:
23/08/2010
continuando.... YOLANDA E ANA MARIA SAID, EVA CHÃ, SILVIA TUMA, LOUDETTE AZIZE, LEILA NASSER,FÁTIMA ACRIS, FÁTIMA E ZEINA RAMADAM. ERAM LINDAS, DOCES E BEM EDUCADAS.
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Pedro Renato (1) comentou:
23/08/2010
Professor Bessa, sou seu conterrâneo, e moro em Niteroi. Leio quase todas as suas crônicas e acho-as cheias de lirismo e bom humor; fala as verdades e denuncia como o caso dessa manipulação de idéias feitas pela Rede Globo. Temos mais algo em comum: estudei no Colégio Estadual do Amazonas, entre oa anos de 1966 até 1969, quando frequentei o Curso Científico.
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Pedro Renato (2) comentou:
23/08/2010
Também observo que a relação mestre-aluno mudou muito, e para pior. Concluo que os grandes prejudicados são os jovens que deixam de aprender e se desinteressam por assimilar conteúdos tão importantes para o futuro. Parabéns por mais esta belíssima crônica. P.S - Não conheci Manuel Octávio, ou ele não dava aula na minha turma. Que pena!
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Pedro Renato comentou:
23/08/2010
Professor Bessa, sou seu conterrâneo, e moro em Niteroi. Leio quase todas as suas crônicas e acho-as cheias de lirismo e bom humor; fala as verdades e denuncia como o caso dessa manipulação de idéias feitas pela Rede Globo. Temos mais algo em comum: estudei no Colégio Estadual do Amazonas, entre oa anos de 1966 até 1969, quando frequentei o Curso Científico. Também observo que a relação mestre-aluno mudou muito, e para pior. Concluo que os grandes prejudicados são os jovens que deixam de aprende
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Renato Artur Nasciomento (1) Blog da Amazônia comentou:
23/08/2010
Professor, o senhor está coberto de razão. Como diz Paulo Henrique Amorim é esta ação do PIG – o Partido da Imprensa Golpista, uma das coisas mais terríveis em nossa politica. Postura preconceituosa e elitista, que não conseguem aceitar que um ex-operário tenha desenvolvido um governo muito superior ao Principe dos Sociólogos. Mas o segundo motivo de meu comentário é a narração de seu antigo professor de História.
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Renato Artur Nasciomento (2) Blog da Amazônia comentou:
23/08/2010
Eu hoje dou aulas desta disciplina e apesar de minha paixão pela História, sofro com celulares e fones de ouvido. Os alunos hoje ou não respeitam os mestres ou acham que sabem mais do que nós. É a era da comunicação, em que a velocidade de transmissão de conhecimento parece superar a visão crítica. Adorei a descrição de seu professor e a imagem que ficou dele em voce. Grande abraço.
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Hagá Romeu Pinto comentou:
22/08/2010
Doutorazinha, me responde um coisa (ser fores capaz!): Como é possível acreditar que Amazonino e Omar são as melhores opções para esse povo e não acreditar que SERRA DEFENDERÁ A ZONA FRANCA. e que precisaremos disso? É o mesmo que acreditar em Papai Noel e duvidar da existência do Coelhinho da Páscoa. Crias vergonha na cara, Vania! Que papel ridículo!
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Hagá Romeu Pinto comentou:
22/08/2010
Bessa, escreveste uma crônica relembrando as safadezas do Melo, mas e o Omar??? O diário te proíbe de escrever contra ele ou os homens conseguiram comprar a única pessoa que eu acredito ser invenal na imprensa amazonense? Esses caras fizeram contigo a mesma coisa que fizeram com a Vania Tadros?
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jose nogueira comentou:
22/08/2010
Mais um espetáculo a sua crônica. Sobre o jornalismo da Globo, esta organização não engole o sucesso do Lula. O povo não é bobo...
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Hagá Romeu Pinto comentou:
22/08/2010
Bessa, sei que tua crônica é replicada em vários sites pelo Brasil. Mas sinto falta da atenção dada a política local. Falta pouco mais de um mês para as eleições e como tu mesmo escreveste “o papel da imprensa é esse mesmo: criticar, dar pau no poder, mas não de forma seletiva”. Tudo bem que tu não batas ou critique o Alfredo, afinal o Serafim tá com ele e tu sempre apoiaste o Saráfa. Mas e o Omar???
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jose nogueira comentou:
22/08/2010
Tem parte da grande imprensa nacional que insiste em não fazer jornalismo. Ainda bem que o povo não é bobo, pois sabe muito bem quem é a organização Globo. Deixei de assinar uma revista por causa deste tipo de jornalismo sem ética...e já vou deixar de assinar uma outra, por também não ser imparcial. Eu enalteço o seu posicionamento esférico diante dos fatos.
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jose nogueira comentou:
22/08/2010
MEU CARO MESTRE BABÁ, louvável a interminável de crônicas que são aulas. Hoje o senhor fez homenagem a dois mestres, fato q mas destaco a cutucada na grande imprensa nacional. Hoje li matéria desta pregando ética, liberdade etc. No fundo a grande imprensa não quer um jornalismo com pensamento diversificado, e quando o faz, faz de maneira forçada e apelando para interesse escusos. Sou assinante de algumas revistas, e deixei de ser de uma após discutir ética no jornalismo com um responsável pelo
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MARIO LUCIO comentou:
22/08/2010
Mestre como poucos, Manoel Octavio ainda vivo me confidenciou seu lamento quanto a ter ficado com a imagem de autoritário por conta de seu posicionamento frente a revolta dos ginasianos durante as eleições do Centro Estudantal Plácido Serrano e da Associação Atlética, que segundo ele por motivações políticas o levaram a ser substituido na direção do Colégio Estadual.
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JDC (1) comentou:
22/08/2010
Legal demais a crônica, legal por tudo que ela traz, mas especialmente me tocou uma coisa que me irrita profundamente e que tenho combatido como um D.Quixote, um louco no meio de uma cultura acadêmica travestida de democracia vazia e medíocre: isso mesmo, mando porrada e já assumi: sou hoje um dos professores mais retrógados e conservadores.Proibido uso de celular na minha aula. Todos os dias desligo o meu NA FRENTE de todos os alunos e faço isso falando alto. Proibido o entra e sai sem razão.
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JDC (2) comentou:
22/08/2010
Pergunto a eles se eles já viram esse entra e sai numa audiência judicial, num consultório odontológico ou médico etc e digo: aí depois vcs reclamam porque ninguém respeita nossa profissão... tô botando quente. Dou aula, conteúdo mesmo, explico, pergunto, etc (preparo aula); saio no último minuto. Nunca falto, nunca. Pronto. Quando falas na crônica que as aulas do M. Octávio tinha uma liturgia, assim para mim ainda é como professor. Tenho tesão, babo em sala de aula.
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Esteban (1) comentou:
22/08/2010
Toda semana leio suas crônicas.Gosto de todas, mas, principalmente das que falam de educação. Li a que você recomendou sobre os novos Mestres (inclusive mandei comentário). Pra mim,professor de língua, é emocionante constatar que alguma coisa está mudando, que a inclusão também se dá para aqueles brasileiros, por muito tempo, ignorados (e não ignorantes).Nós ensinamos línguas estrangeiras e nos esquecemos das línguas nacionais: que contradição, que pecado imperdoável para a Educação brasileira.
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Esteban (2) comentou:
22/08/2010
A crônica de hoje (que li ontem) é por demais linda, uma lição de pedagogia. Pergunto-me, será que meus alunos lembrarão das minhas aulas como você lembra, com tanta admiração, das aulas do seu professor de história? Meu grande professor de filosofia só não fumava mais porque a aula só durava apenas duas horas, mas, por mais fumaça que saísse da sua boca, não era nada comparado com todo esse saber que compartilhava conosco.
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Esteban (1) comentou:
22/08/2010
Gosto de todas, mas, principalmente das que falam de educação. Li a que você recomendou sobre os novos Mestres (inclusive mandei um comentário). Pra mim, professor de língua, é especialmente emocionante constatar que alguma coisa está mudando, que a inclusão também se dá para aqueles brasileiros, por muito tempo, ignorados (e não ignorantes). Nós ensinamos línguas estrangeiras e nos esquecemos das línguas nacionais: que contradição, que pecado imperdoável para a Educação brasileira.
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Esteban (2) comentou:
22/08/2010
A crônica de hoje (que li ontem) é por demais linda, uma lição de pedagogia. Pergunto-me, será que meus alunos lembrarão das minhas aulas como você lembra, com tanta admiração, das aulas do seu professor de história? Meu grande professor de filosofia só não fumava mais porque a aula só durava apenas duas horas, mas, por mais fumaça que saísse da sua boca, não era nada comparado com todo esse saber que compartilhava conosco. Toda semana leio suas crônicas. Gosto de todas, mas, principalmente das
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Esteban (3) comentou:
22/08/2010
Esta semana, mesmo dando aulas de espanhol, levarei sua crônica para meus alunos, para que reflexionem sobre o papel do professor, sobre a educação, sobre o que deixar para nossos alunos.E, claro, para fazer, com sua ajuda, uma pequena homenagem á professora Maria Eulália, que provávelmente ensinou nas mesmas sala onde eu trabalho hoje. Aproveito e mando umas fotos do Mindu, movido pela curiosidade da sua crônica, fui até lá e registrei esse triste cenário de poluição: estão matando o Mindu.
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VÂNIA NOVOA TADROS comentou:
22/08/2010
SERRA NUNCA DEFENDERÁ A ZONA FRANCA. e nem precisamos disso. Temos bons parlamentares e ativos representantes de classes para fazê-lo. O apelido do grande Manoel Octávio era JACARÉ e ele não gostava de ser chamado assim.Talvez, dado ao seu grande amor pela história egípcia, preferisse ser chamado de CROCODILO. Nessa época as descendentes de árabes manauaras que podiam ser comparadas com a princesa Aicha eram: Nádia Nasser, Selma e Aiche Hauache; Rosemary e Rose Marie Abrahim; Ana Maria e Yola
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e pra eles nós so temos dois neuronios.... comentou:
22/08/2010
Outro dia ficava lembrando que os unicos programas que prestam passam de madrugada....isso é menosprezar o telesespectador. Passe alguns dias sem ver estes canais abertos e veja como seu cerebro escasia de bobagens, e exploração mazelas humanas.....e tudo mais.
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Hermógenes comentou:
22/08/2010
Meu preclaro mestre, fui aluno do Manoel Octávio (com ´c´) e suas aulas eram isso mesmo que você descreve. Faltou apenas dizer que ele adotava o método do materialismo histórico e dialético e era muito chegado às posições do Partido Comunista, o que para mim o engradece ainda mais, considerando o momento que se vivia.
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Luiz Carlos Freire comentou:
22/08/2010
Interessante como as pessoas embarco no enogdo da globo e da grande midia de maneira geral. Mais ainda como nós, aqui no Amazonas insistimos em não ler as entrelinhas que mais interessam, como nessa crônica em que o arrazoado todo é interessante, pertinente, porém o que mais nos interessa deixamos passar ao largo e vamos enolindo as iscas da propaanda sacana e maliciosa sem notar o perio íntrinseco de não observa-la e combate-la
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Jones Dari Goettert comentou:
22/08/2010
Bessa Freire, conheço-te através de duas bocas acrianas, Elder e Gerson, que volta meia, meia e volta, falam de ti. Hoje leio "Da Arte de ser Manoel Octávio", e olhando nos olhos dele, de teu professor, caro Bessa, não vi apenas Manoel e Octávio, mas também um aluno ávido pela vida de seres Cleópatra, Aichas e Cesare, deusas, mulheres, negros, mestiços... Vi nos olhos de Octávio um jovem de desejos do mundo todo... Mas, perdão, mil perdões, Freire, só não entendi o que este "não-humanos", "não-g
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Alma Gêmea comentou:
21/08/2010
Minha alma gêmea, estás cada dia mais brilhante, cômico e fascinante. Lembras de mim? Deixemos a memória exercer seu papel. Forte abraço.
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Jorge Alvaro comentou:
21/08/2010
Caro Babá (permita-me tratá-lo assim). Leitor assíduo da coluna e testemunha da vida profissional do mestre Manoel Otávio (também excelente advogado tributarista), parabenizo-lhe pela homenagem ao saudoso professor e pela crítica a essa parte da mídia que ainda tem saudades de seu tempo de "Voz do Brasil" desvirtuada.
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Marcelo Lemos (1) comentou:
21/08/2010
Caro Bessa, Acabei de conhecer uma das fontes de inspiração para suas crônicas maravilhosas: o seu Professor de História Manoel Octávio. Muito legal. Compartilho com você a mesma opinião em relação a manipulação eleitoral despudorada do Globo, que no início das eleições lançou aquele encarte absurdo que dizia que era a postura ética do jornal em relação às eleições que permitia censurar até o twiter de seus jornalistas e pedia que quem apoiasse candidato A ou B se demitisse ou se calasse...
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Marcelo Lemos (2) comentou:
21/08/2010
... se demitisse ou se calasse, pois não teria condições de se manifestar publicamente o seu apoio, apesar do jornal, através de notícias manipuladas, fazê-lo sem ética e publicamente em relação a candidatura do "Serra ladeira abaixo", que na última semana fez o mesmo discurso do jornal que defende uma liberdade de imprensa do patrão, que completamente diferente de liberdade e direito de opinião! Um grande abraço Marcelo Lemos
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