CRÔNICAS

Faz escuro, mas eu canto, mesmo desafinado? (versión en español)

Em: 16 de Janeiro de 2022 Visualizações: 14321
Faz escuro, mas eu canto, mesmo desafinado? (versión en español)

- Thiago? Onde estás?

- Estou do outro lado do rio!

(Marilza de Mello Foucher).

- Não podemos ir juntos - disse Thiago de Mello: - Vou na frente, você fica aqui, espera um pouco e depois me segue e quando chegar lá, fingimos que não nos conhecemos.

Ele atravessou a rua, eu fiquei.

Estávamos os dois num bar em Jaguarão, na fronteira. Era uma tardinha de outubro de 1969. Perseguidos pela polícia, fugíamos para o exílio, sem passaporte. Para entrar no Uruguai e no Chile, bastava a carteira de identidade. Ali, no hotel, não podíamos ser vistos juntos. Separados, se um fosse preso, o outro podia se escafeder.

Fiquei no bar fazendo hora. Depois, me dirigi ao hotel na rua das Portas. Lá, me pediram os documentos. Naquela época, a carteira de identidade não era unificada nacionalmente. Cada estado tinha a sua, a do Amazonas chamava a atenção por sua singularidade. Era um “livro”, parecia um passaporte, só que com capa amarela. Tratava-se, na verdade, de documento com toda a árvore genealógica e afetiva do cidadão: nomes de pai, mãe, avós e, se duvidar, de minhas nove irmãs, irmãos, sobrinhos e até dos vizinhos lá do meu Beco. Exagero, evidentemente: não lembro se mencionava o bairro de Aparecida, que é tão fundamental pra minha identidade.

O recepcionista, separando as sílabas e exibindo seus dentes de ouro, escancarava diante dos hóspedes a identidade que queríamos esconder.

- Não a-cre-di-to !!!   Durante 25 anos nesse hotel, nunca vi um amazonense. Agora, em menos de duas horas, vejo dois de uma só vez”.

O gaúcho achava que era mesmo uma coincidência ex-tra-or-di-ná-ria.

Tetê

É.  Deu azar. O hotel inteiro – aparentemente o único de Jaguarão - parou pra nos ver. Foi um escândalo. No meio da confusão, caminhando pelo corredor, surgiu o poeta, vestido como sempre de branco. O recepcionista, consultando sua ficha, me perguntou:

“Você conhece Amadeu Thiago de Mello?”

Neguei. Lá fora, um galo cantou três vezes. O gaúcho disse, então, que fazia questão de fazer as apresentações. 

Ficamos os dois, ali, diante de hóspedes atônitos, apertando a mão um do outro, com cara de égua, de devoto de Santa Etelvina, de clandestinos amadores, unidos por uma mesma identidade, evidenciando que ninguém é amazonense impunemente. O poeta, habilmente, deu a volta por cima, disse que era um prazer conhecer alguém de sua terra e me convidou para jantar com ele no restaurante do hotel.

Dessa forma, pelo menos tínhamos um motivo para rir de nós mesmos, além de um álibi para planejar o que faríamos. No dia seguinte, cruzamos, andando, a ponte sobre o rio Jaguarão. Passei primeiro. O poeta, logo depois. Sua mulher, Lurdinha, grávida de Isabela, já nos esperava em Montevidéu, de onde continuamos viagem para o Chile.

Já contei essa história, recupero-a agora quando o poeta nos diz adeus. Não tenho forças de cantar na escuridão de sua partida. Basta as vezes em que cantarolamos juntos sempre a mesma canção para celebrar seus aniversários, o primeiro em 1968, numa semiclandestinidade no Rio. A outra vez no exílio em Santiago de Chile, em 1970. Foi um cumpleaños supimpa, quando sua filha Isabella, minha afilhada, com dois meses de vida, foi apresentada aos amigos chilenos. Cantamos então a canção de autor anônimo, que lhe foi ensinada pelo poeta Manuel Bandeira. Ela faz parte da tradição oral e, que eu saiba, nunca foi gravada. Nem o Google, metido a sabichão, registra a sua existência.

Sua letra é simples:

- Passa pra cá Tetê, vamos acabar de amor. Eu não te dou meu coração, porque é preciso arrancar, e eu arrancando Tetê, eu sei que vou morrer. E eu morrendo já não posso mais te amar.

Alzira

Nós voltamos a cantar a Tetê no aniversário de 80 anos, em um restaurante de Brasília, num coro com sua irmã Cecéu e Isabella, depois do jantar do qual participaram umas trinta pessoas. Foi após a homenagem da Câmara de Deputados a Thiago - iniciativa da parlamentar Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – com exposição dentro do Congresso Nacional de painel gigantesco com o poema “Os Estatutos do Homem” traduzido em dezenas de línguas.

Tetê recebeu nova cantada em Porto Velho (RO), em 2009, documentada pelo jornalista Altino Machado, na 7ª edição do Festival de Cinema Ambiental da Amazônia (Fest Cineamazônia) organizado por Fernanda Kopanakis e Jurandir da Costa. Thiago e eu havíamos participado de uma mesa redonda de Solidariedade entre os Povos da América, contando histórias do exílio. Ali, na “hora do recreio”, apareceu toda faceira a danada da Tetê que nunca nos abandonou.

A última vez que cantamos a Tetê foi em novembro de 2018, na presença de Pollyana Furtado e do filho Thiago Thiago de Mello, tudo filmado para o projeto “Amazônia das Palavras”. Entramos no apartamento em Manaus. Antes de dar boa noite entoei lá da porta:

- Passa pra cá Tetê.  

Thiago abriu um sorriso e continuou:

- Vamos acabar de amoooor.

Nem a deslembrada e ciumenta Alzira foi capaz de fazê-lo esquecer a Tetê. Eu temia que isso ocorresse, quando o poeta me telefonou um ano antes, falando em linguagem cifrada:

Jura. O Japonês descobriu que a Alzira me pegou.

A voz embargada sugeria que a coisa era séria. Quando pedi detalhes, Thiago esclareceu as identidades daqueles dois personagens. Alzira era como ele chamava na intimidade a doença de Alzheimer que começava a dar os primeiros sinais. E Japonês era o neurologista Massanobu Takatani, seu médico, que a diagnosticou.

Minha reação foi uma sonora gargalhada para esconder a tensão provocada pela notícia. Disse-lhe que não me importava de pegar a Alzira, se pudesse chegar aos 90 anos.

Te telefonei só para ouvir essa risada - falou o poeta, aliviado.

Chabuca

A música, não essa, mas outra, foi cantada em Lima, em 1974, desta vez por uma profissional. Na época, Thiago de Mello vivia exilado na Alemanha. De passagem pelo Peru, teve um piripaque no coração. Foi internado às pressas. Corri pra clínica. Lá, me deparei com um senhor de bigode de vassoura, era o poeta uruguaio Mário Benedetti. Ali, na maca, ofegante, o poeta amazonense nos apresentou, no meio de uma confusão danada dentro da Clínica Italiana.

Enquanto se realizavam procedimentos de praxe para a internação, ficamos os três à espera do cardiologista. Apareceu, então, um médico e, ali mesmo, na portaria, colocou a aparelhagem de oxigênio no Thiago que passou a respirar mais aliviado. Instantes depois, uma enfermeira alertou:

- Doutor, foi um equívoco. Seu paciente não é esse, é o outro na sala ao lado. Esse daí é do doutor Fulano.

Acreditem, juro que é verdade: o esculápio – tinha cara de esculápio - tentou retirar os aparelhos. Benedetti e eu ameaçamos sentar a porrada nele. Seguramos as pontas, até o doutor Fulano chegar.

O quarto do Thiago dava direito a acompanhante. Nós dois nos revezávamos, velando o amigo. A troca de turno era sempre um momento de conversa prazerosa. Numa madrugada, depois do show em uma peña, nada mais nada menos que a cantora Chabuca Granda deu o ar de sua graça, acompanhada de seus músicos. Quem tinha peito para barrá-la? O porteiro só faltou beijar os pés dela, deixando-a entrar.

Aí, em hora inapropriada, rompendo o silêncio obrigatório dentro do hospital, Chabuca fez serenata para Thiago. Derramou ‘lisuras’ e, com sua voz rouca e sensual, deu uma ‘canja’ para os doentes, cantando Fina Estampa’, naquela quase ‘mañanita alegre, con luz de luna y de sol’. No final, deu seu diagnóstico, olhando o amigo poeta, cujo coração estava sob cuidados médicos: 

“Eso te pasa por tener un corazón muy grande”.

No velório no Centro Cultural Palácio Rio Negro, na sexta (14), o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Tenório Telles, crítico literário, lembrou a importância de Thiago para a poesia brasileira e latino-americana e recitou vários poemas do escritor amazonense. Thiago Thiago de Mello cantou “Faz Escuro, mas eu canto” e outras músicas de autoria do seu pai. O enterro ocorreu no dia seguinte (15) no Cemitério São João Batista.

Agora, este meu canto desafinado celebra Thiago, que subiu o boulevard Amazonas e foi sepultado no sábado (15) no cemitério São João Batista. Ai, Tetê, "eu morrendo já não posso mais te amar". Como no poema de César Vallejo, que ele traduziu, ao atravessar o rio Andirá, “su cadáver estaba lleno de mundo”. Vou esperar mais um pouco, mas quando chegar lá, o galo não precisa cantar. O porteiro Pedro saberá que somos amigos.

P.S. – Num texto poético e generoso no grupo Taquiprati do Zapp, Isabella agradece minha amizade com seu pai. Embora tenha cuidado dela de “chiquitita”, fazendo jus ao meu apelido, tenho dívida eterna com Thiago, de quem sempre recebi apoio, honrando nossas raízes indígenas de reciprocidade.  

Obs: Versão impressa no Diário do Amazonas

Faz escuro, mas eu canto, aunque desafinado?

Texto: José R. Bessa Freire. Tradução: Consuelo Alfaro Lagorio

- Thiago, ¿Dónde estás?

- Estoy al otro lado del río!

(Marilza de Mello Foucher).

 

- No podemos ir juntos - dijo Thiago de Mello: - Yo voy primero, tú quédate aquí, espera un poco y después sígueme y cuando lleguemos, fingimos que no nos conocemos.

Él atravesó la calle, yo esperé.

Estábamos los dos en un bar de Jaguarão, en la frontera con Uruguay. Era un atardecer de octubre de 1969. Perseguidos por la policía, escapábamos hacia el exilio, sin pasaporte. Para entrar al Uruguay y Chile, bastaba el documento de identidad. Pero en el hotel, no nos podían ver juntos. Separados, si uno era detenido, el otro podía escapar.

Me quedé en el bar haciendo tiempo. Después, me fui al hotel en la calle de las Portas, donde me pidieron los documentos. En aquella época, el documento de identidad no era unificado nacionalmente. Cada estado tenía el suyo, el de Amazonas llamaba la atención por su singularidad. Era una especie de “libro”, parecía un pasaporte, pero con portada amarilla. Se trataba, de un documento con el árbol genealógico y afectivo del titular: nombres de padre, madre, abuelos y, si me descuido, hasta de mis nueve hermanas, hermanos, sobrinos y vecinos de mi parroquia. Exagero, evidentemente: no recuerdo si mencionaba el barrio de Aparecida, fundamental para mi identidad.

El recepcionista, separando las sílabas y enseñando sus dientes de oro, exhibía a los huéspedes la identidad que queríamos esconder: 

- No lo pue-do cre-er!!!   Durante 25 años en este hotel, por aqui nunca pasó un amazonense. Ahora, en menos de dos horas, llegan dos de una sola vez.

El gaucho pensaba que era una coincidencia ex-tra-or-di-na-ria.

Tetê

Todo el hotel – al parecer el único de Jaguarão - se detuvo para vernos. Fue un escándalo. Y en plena confusión, caminando por el pasillo, surge el poeta, vestido como siempre de blanco. El recepcionista, consultando su ficha, me preguntó:

“Ud. conoce a Amadeu Thiago de Mello?”

Lo negué. Afuera, un gallo cantó tres veces. El gaucho dijo entonces que iba a presentarnos. 

Nos quedamos los dos, allí, frente a los huéspedes atónitos, apretándonos las manos, con cara de tontos, de devotos de San Cupertino, de clandestinos amadores, unidos por una misma identidad, evidenciando que nadie es amazonense impunemente. El poeta, hábilmente, le dio la vuelta a la situación, dijo que era un placer conocer a alguien de su tierra y me invitó a cenar con él en el restaurante del hotel.

De esa forma, por lo menos teníamos un álibi para planear lo que haríamos. Al día siguiente, cruzamos a pie el puente sobre el río Jaguarão. Pasé primero. El poeta, luego después. Su mujer, Lurdinha, embarazada  de Isabella, ya nos esperaba en Montevideo, de donde continuamos nuestro viaje a Chile.

Ya les conté esa historia, la recupero ahora cuando el poeta nos dice adiós. No tengo fuerzas para cantar en la oscuridad de su partida. Basta las veces en que canturreamos juntos siempre la misma canción para celebrar sus cumpleaños, el primero en 1968, en una semiclandestinidad en Rio. La otra vez en el exilio en Santiago de Chile, en 1970. Fue un cumpleaños estupendo cuando presentó a su hija Isabella, mi ahijada, con dos meses de vida, a los amigos chilenos. Cantamos entonces una canción de autor anónimo, que el poeta Manuel Bandeira le enseñó. Hace parte de la tradición oral y, que yo sepa, nunca gravada. Ni siquiera el Google, que lo sabe todo, registra su existencia.

Su letra es simple:

- Passa pra cá Tetê, vamos acabar de amor. Eu não te dou meu coração, porque é preciso arrancar, e eu arrancando Tetê, eu sei que vou morrer. E eu morrendo já não posso mais te amar.

Alzira

Volvimos a cantar al personaje de Manuel Bandeira, Tetê, en el cumpleaños de 80 abriles, en un restaurante de Brasilia, a coro con su hermana Cecéu e Isabella, en la cena de la cual participaron unas treinta personas. Veníamos del homenaje de la Cámara de Diputados a Thiago - iniciativa de la parlamentar Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – con la exposición de un panel gigantesco en el Congreso Nacional, con el poema “Os Estatutos do Homem” traducido a decenas de lenguas.

Una vez más le cantamos a Tetê en Porto Velho (RO), en 2009, con registro del periodista Altino Machado, en la 7ª edición del Festival de Cinema Ambiental de Amazonía (Fest Cineamazônia) organizado por Fernanda Kopanakis y Jurandir da Costa. Thiago y yo habíamos participado de una mesa redonda de Solidaridad entre los Pueblos de América, contando historias del exilio. Allí, a la “hora del recreo”, apareció toda coqueta y traviesa, esa Tetê que nunca nos abandonó.

La última vez que le cantamos a Tetê fue en noviembre de 2018, estaban presentes su compañera Pollyana Furtado, asi como el hijo Thiago Thiago de Mello. La escena ha sido filmada para el proyecto “Amazônia das Palavras”. Entramos en el departamento en Manaos y antes de dar las buenas noches entoné desde la puerta:

- Passa pra cá Tetê. 

Thiago abrió una sonrisa y continuó:

- Vamos acabar de amoooor.

Ni la desmemoriada y celosa Alzira fue capaz de hacerlo olvidar a Tetê. Temia que eso sucediera, cuando un año antes el poeta me llamó por teléfono, hablando en lenguaje cifrado:

Jura. El Japonés descubrió que Alzira me atrapó.

La voz embargada sugería que la cosa era seria. Cuando pedí detalles, Thiago explicitó las identidades de aquellos dos personajes. Alzira era como llamaba en la intimidad la enfermedad de Alzheimer que comenzaba a mostrar las primeras señales. Y Japonés era el neurólogo Massanobu Takatani, su médico, quien la diagnosticó.

Mi reacción fue una sonora carcajada para esconder la tensión provocada por la noticia. Le dije que no me importaría tener Alzira, si pudiese llegar a los 90 años.

Te llamé solamente para oír esa carcajada - dijo el poeta, aliviado.

Chabuca

La música, no esta, sino otra, se la cantó en Lima, en 1974, una profesional. En esa época, Thiago de Mello vivía exilado en Alemania. De paso por Perú, tuvo un problema al corazón y fue. internado a toda prisa. Corrí a la clínica. Allí, encontré un señor con bigotes, era el poeta uruguayo Mario Benedetti. Y en la camilla, jadeante, el poeta amazonense nos presentó, en medio de una confusión endiablada dentro de la Clínica Italiana, en San Isidro.

Mientras se hacían los procedimientos de rutina para la internación, nos quedamos los tres esperando al cardiólogo. Entonces llegó un médico y, allí mismo, en la recepción, le puso el aparato de oxígeno a Thiago que empezó a respirar con más alivio. Instantes después, una enfermera alertó:

- “Doctor, fue un equívoco. Ese no es su paciente, es otro en la sala al lado. Ese es del doctor Fulano”.

¡Ver para creer!  Les juro que es verdad:  el Dr. Esculapio – tenía toda la pinta de Esculapio - intentó retirar los aparatos. Benedetti y yo lo amenazamos. Aguantamos lo que se pudo hasta que el doctor Fulano llegó.

Thiago tenía derecho a un acompañante en la clínica. Los dos nos turnábamos, velando al amigo. El cambio de turno era siempre un momento placentero de charla. Una madrugada, después de una presentación en una peña, nada menos que la cantautora Chabuca Granda apareció en la clínica, acompañada de sus músicos. ¿Quién podría detenerla? El portero se inclinó casi besándole los pies, y la dejó pasar.

Rompiendo el silencio obligatorio del hospital, Chabuca le dio una serenata a Thiago y de añadidura a los pacientes de la clínica. Derramó ‘lisuras’ con su voz ronca y sensual, cantando Fina Estampa’, en aquella casi ‘mañanita alegre, con luz de luna y de sol’. Al final, dio su diagnóstico, mirando al amigo poeta, cuyo corazón estaba bajo cuidados médicos: 

“Eso te pasa por tener un corazón muy grande”.

En su velorio en el Centro Cultural Palacio Rio Negro, el viernes (14), el presidente del Consejo Municipal de Cultura, Tenorio Telles, crítico literario, destacó la importancia de Thiago en la poesía brasileña y latino-americana y recitó varios poemas del escritor amazonense. El hijo Thiago Thiago de Mello cantó “Faz Escuro, mas eu canto” y otras músicas de autoría de su padre. El entierro ocurrió al día siguiente (15).

Ahora, mi canto desafinado celebra a Thiago, que paseó por la alameda del boulevard Amazonas en dirección al Cementerio São João Batista, donde fue sepultado. Como en el poema de César Vallejo, que él tradujo, al atravesar el río Andirá, “su cadáver estaba lleno de mundo”. Esperaré un poco más, pero cuando llegue allí, el gallo no va cantar. Pedro, el responsable por las llaves, sabrá que somos amigos.

P.S. – En un texto poético y generoso en el grupo Taquiprati del Zapp, Isabella se dice agradecida por mi amistad con su padre. Aunque la haya cuidado de “chiquitita”, honrando mi apodo (Babá, niñera en portugues),  guardo una deuda eterna con Thiago, de quien siempre recibí apoyo, rescatando nuestras raíces indígenas de reciprocidad. 

VINTE E SEIS CRÔNICAS DE AMOR E

NENHUMA CANÇÃO DESESPERADA

1.Faz escuro, mas eu canto, mesmo desafinado?  http://www.taquiprati.com.br/cronica/1622-faz-escuro-mas-eu-canto-mesmo-desafinado

2.Canção para Thiago: Tetê e Alzira, suas danadas - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1574-cancao-para-thiago-tete-e-alzira-suas-danadas

3.Sérgio Ricardo com Thiago de Mello no Teatro Amazonas - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1535-sergio-ricardo-no-teatro-amazonas-com-thiago-de-mello

4.Amazônia das palavras: um canto na escuridão - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1422-amazonia-das-palavras-um-canto-na-escuridao

5.Oi Siricoté: os quilombolas de Barreirinha - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1394-oi-siricote-os-quilombolas-de-barreirinha

6.Thiago de Mello e o fantasma da liberdade – http://www.taquiprati.com.br/cronica/1258-thiago-de-mello-e-o-fantasma-da-liberdade

7.Thiago de Mello existe? http://www.taquiprati.com.br/cronica/1102-thiago-de-mello-existe

8. Nunes Pereira, o colecionador de histórias - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1062-nunes-pereira-o-colecionador-de-historias

9.O dia em que fiz um café para Allende - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1052-o-dia-em-que-fiz-um-cafe-para-allende-un-cafecito-para-allende

10.Na cama com Silvio Tendler  – http://www.taquiprati.com.br/cronica/1012-na-cama-com-silvio-tendler-

11.Niemeyer no sonho erótico de Darcy - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1010-niemeyer-no-sonho-erotico-de-darcy

12. Cala a boca, Dorsemira – http://www.taquiprati.com.br/cronica/1006-cala-a-boca-dorsemira

13.Neiva Moreira, o contador de histórias - http://www.taquiprati.com.br/cronica/979-neiva-moreira-o-contador-de-historias

14.Os xerifes da língua - http://www.taquiprati.com.br/cronica/918-os-xerifes-da-lingua

15.Ensino à distância: vai lavar teu tcherembó - http://www.taquiprati.com.br/cronica/849-ensino-a-dist

16. Bombalá e os loucos foliões - http://www.taquiprati.com.br/cronica/845-bombala-e-os-loucos-folioes

17.Soy latino-americano: o Festicine Amazônia - http://www.taquiprati.com.br/cronica/845-bombala-e-os-loucos-folioes

18.O dia em que Mercedes Sosa encantou Manaus - http://www.taquiprati.com.br/cronica/46-o-dia-em-que-mercedes-sosa-encantou-manaus-version-en-espa

19.Dónde estes, Benedetti - http://www.taquiprati.com.br/cronica/17-donde-estes-benedetti--version-en-espa

20. Dez anos sem Darcy – manuel-http://www.taquiprati.com.br/cronica/152-dez-anos-sem-darcy

21.Um filho chamado Manioel http://www.taquiprati.com.br/cronica/162-um-filho-chamado-

22. Thiago de Mello e o Amazonas de chuteiras - http://www.taquiprati.com.br/cronica/194-thiago-de-mello-e-o-amazonas-de-chuteiras

23.No exílio com Thiago - http://www.taquiprati.com.br/cronica/196-no-exilio-com-thiago

24.De volta do exílio, a prisão - http://www.taquiprati.com.br/cronica/290-de-volta-do-exilio-a-prisao

25.– Bê-a-bá de Paulo Freire: o último adeus - http://www.taquiprati.com.br/cronica/347-beaba-de-paulo-freire-o-ultimo-adeus

26 -  O cão do Luso: reis e pastorinhas - http://www.taquiprati.com.br/cronica/421-o-cao-do-luso-reis-e-pastorinhas

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65 Comentário(s)

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Zélia Balbina Puri comentou:
03/07/2022
São nossas lembranças que nos mantem vivos. Esses momentos já vividos, alimentam a alma na criação de novos momentos que serão novas lembranças no amanhã. Obrigada por dividir momentos tão singulares, que nos mostram o verdadeiro sentido da amizade!
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Nora Gilges comentou:
09/03/2022
un pequeño gran poeta, Thiago de Melo ! ! ! y qué linda nota . . . .
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Ademario Ribeiro Payayá comentou:
24/01/2022
Eita, Bessa... Estou sem palavras... Mesmo sem elas é necessário - é urgente cantar pessoas essenciais como você e o Thiago. Somos mais fortalecidos, mais iluminados, melhores humaninhos com a poética de suas vidas, de suas aventuras, de suas bravuras... Meu Ninhó ou Siniocrebae - mesmo que Omama ou Deus, graças te dou pela nobreza, lindeza - dessas duas almas: Thiago de Mello e José Ribamar Bessa Freire! Conheci o Thiago em outubro de 1998 junto com meu filho Yã e muita gente que amava o Thiago, exatamente após ele nos brindar com um recital no projeto A Poesia Nossa de Cada Dia caminhamos pelas ruas de Salvador até a Praça da Piedade para participamos do recital com o Movimento Poetas da Praça. Thiago sempre estará no coração das águas de sua Amazônia e sempre a nos saciar a sede que ele bem sabia escrever! E quanto a você, nosso muito estimado Bessa, desejamos muita saúde, muita saúde, muita saúde!!! Te amamos de montão, viu?! Quando você vem à Bahia?!?!
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Adeice Torreias comentou:
22/01/2022
Emocionante sempre. Tanto esse belo texto oportuno, quanto a majestosa figura e o rosto expressivo de Thiago de Mello. Lembranças...
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Cristina Bruno comentou:
21/01/2022
Que texto lindo! Que histórias maravilhosas, de pura emoção e grandeza.
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Dodora Bessa Farias comentou:
20/01/2022
Babá, não recebi tua crônica da semana Consegui no Google. Linda, linda! Qta lembrança boa, cheia de poesia! E de história, pra variar! Coisa boa de se ler e sonhar..
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Eva Seiberlich comentou:
20/01/2022
Sempre com muito gosto, leio o professor Bessa. Uma escrita fantástica, rica de vivências. Deveria ser uma amizade linda.
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Marly Guimaraes comentou:
20/01/2022
Que bela homenagem ao poeta maior Thiago de Melo!
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José Marajó Varela comentou:
20/01/2022
José Bessa eu não sabia que Alzira pegou Thiago de Mello... Há momentos que Alzira me assusta é pior que a morte, eu acho.
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Venize Ramos Rodrigues comentou:
20/01/2022
Uma despedida desta só mesmo o gigante Thiago de Mello para merecer. Thiago Thiago de Mello, nos representou ...
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Célia Maria comentou:
20/01/2022
Ri muito e me emocionei demais com o texto em homenagem ao poeta da liberdade Thiago de Mello. Amizade é assim, bonita de se ver e de ler.
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Judite Pucu comentou:
20/01/2022
José Bessa, tudo que esse caboclo fez ficará pra sempre na nossa lembrança e na estante para as gerações que seguem.Meu pai esteve internado na Beneficência Portuguesa em Manaus, e lá entrava também operado, o Thiago de Melo e eles fumavam na sacada escondidos das freiras. Sinto muita pena de não tê-lo conhecido pessoalmente!
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Dores Pena comentou:
20/01/2022
Marcos Dores Pena Lindo! Convivi com amizade de dois ilustres senhores: professor , Ribamar Bessa Freire e o poeta Tiago de Melo!
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Lidia Santos comentou:
20/01/2022
A melhor de todas, José Bessa! O Thiago de Melo merece, mas você foi alemda medida! Parabéns!!!
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Marcelo Chalreo comentou:
20/01/2022
Linda crônica para o lindo Thiago, agora encantado, mas que permanecerá nos encantando, hoje e sempre.
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Jhon Yuri Lopez Lazarte comentou:
19/01/2022
Tuve la suerte de conocerlo y compartir con él un debate, gran ser hoy humano. Fue un honor. Dios le tenga en su gloria.
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Isabella Thiago de Mello comentou:
18/01/2022
Bessa, meu padrinho querido, gratidão. Consegui chegar no Ritual Sagrado da Despedida do Grande Pajé, Cacique, Poeta, meu amado Pai Thiago de Mello, na terra da Nação dos Manaós indo em direção ao rio sagrado Andirá dos Sateré-Maués, fazendo da minha Tristeza, Força e Coragem para prosseguir no trabalho de tombar as casas de Papai feitas pelo arquiteto Lucio Costa, as únicas obras de Lúcio na Amazônia. Casas que precisam ser preservadas porque fazem parte da nossa história, de cada amazonense, de cada brasileiro. Casas que devem entrar no roteiro de Turismo e Educação, das escolas para que as crianças conheçam a história deste escritor que nasceu no interior da floresta, num lugar chamado Bom Socorro, na fazenda de cacau de seu avô Gaudêncio, estudou, criou asas, correu o mundo e retornou a fazer seu ninho no lugar onde nasceu, e nesta volta, construiu e nos deixou um Legado No Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) o processo 1799 já está há séculos na última instância em Brasília, só falta assinatura ( e não vamos comentar porque não vem as assinaturas). Estamos seguindo as orientações da própria Superintendência do IPHAN em Manaus, que a Instituição do Tombamento pode se dar em esfera federal, estadual e municipal. Muitos bens são tombados nas 3 esferas. O fato é que no ano passado no Aniversário de Papai de 95 anos, veio de Barreirinha o vereador Maninho já dando os primeiros passos. no tombamento municipal junto à Câmera e a Prefeitura da Cidade. Bem dito seja o vereador. Graças à CALIBAN de Silvio Tendler, o INSTITUTO TERRA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, e a UFAM (Universidade Federal do Amazonas) estamos conseguindo perseverar no trabalho do Tombamento e Restauro. Grata, Bessa querido, tu, agora, de vice-presidente serás o presidente do INSTITUTO THIAGO DE MELLO., como já estava previsto no Estatuto. Permita-me agradecer também a todos os professores do Núcleo de Patrimônio da UFAM, em especial ao Reitor Pugga e ao Prof. Otoni Mesquita, Membro do Conselho, parceiro e orientador deste Projeto. Da Tristeza, Força e Coragem, porque acreddito na Imortalidade da Alma. Tenho certeza que Papai está sobrevoando pelas matas, trilhando no Caminho de Luz e que lá no Ceú promoverá os saraus de sempre com Manuel Bandeira, Pablo Neruda, Guillén, Vinicius, Retamar, Benedetti, Cardenal. O piano está garantido, tomara que tenha uns tragos também no Paraíso. Desta afilhada que te ama. Ficamos nós. Saudade. Isabella Thiago de Mello
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Gilton Mendes comentou:
17/01/2022
Bessa, meu querido, acabei de ler sua crônica em homenagem ao Thiago. Viajei na rica intimidade de vocês, ao som de Tetê. Um forte abraço.
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Maria Luiza comentou:
17/01/2022
Que beleza querido Bessa!!! Sempre me delicio com suas crônicas! Essa foi especial. Não sabia que você era assim tão companheiro de Thiago de Mello. Tinha que ser: dois espíritos elevados, compartilhando o amor pelo Rio Negro, pela avenida Eduardo Ribeiro ,onde ficava o Hotel Amazonas e onde funcionava o Cine Avenida, que aliviava as pessoas do calor com aqueles 4 possantes ventiladores abaixo da tela, pela caldeirada de tucunaré deliciada num bairro popular, pelo bairro de São Jorge, pelo restaurante Chapéu de Palha que lá funcionava...Querido me misturei aqui com vocês dois, dizendo que são de vocês as saudades que são minhas, do tempo mágico que vivi em Manaus - de 1969 a 1972. Quanta saudade! Mais ainda porque agora misturada à saudade do poeta e de você, que também é poeta. Valeu Bessa, pela saudade que, nessa manhã de domingo, me salva dos pensamentos obscuros a que me levam Bolsonaro e a pandemia. Beijo Maria Luiza Oswald
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Valter Xeu comentou:
17/01/2022
Publicado no blog Patria Latina https://patrialatina.com.br/faz-escuro-mas-eu-canto-mesmo-desafinado/
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Juiara Miranda comentou:
17/01/2022
Professor, que saudade! Amei o texto!
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Francine Tapajos comentou:
17/01/2022
Fiquei emocionada. Tão comovente como viver e ir
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Alzira Souza (Alzira mesmo) comentou:
17/01/2022
Que história maravilhosa sua com Thiago.
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Renatinha Correa comentou:
17/01/2022
Bom dia, tio! Lindo texto! Pensei muito em você quando li a notícia sobre o Thiago de Mello. Existem amizades que nos constituem e, nesses casos, quando um amigo se vai, ele não se vai de verdade, ele vem morar dentro da gente. Espero que isso te ajude a atravessar esse momento da despedida, que a permanência dessa amizade dentro da sua vida te console. Pessoas bonitas seguem reverberando no mundo, ainda mais os poetas! Um forte abraço para você
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Joana D'Arc Fernandes Ferraz comentou:
17/01/2022
Estou emocionada com esta crônica. O mundo inteiro deveria ler. Mais que um texto é um manifesto pela fraternidade. José e Thiago, que essa amizade nos sirva de força para enfrentarmos tempos tão duros.
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Francisca comentou:
16/01/2022
Tive a alegria de atende lo no Banco do Brasil, A gentil da Av. Paulista e quando vi o nome no cartão não me contive. Um senhor todo de branco, abracei e comecei a chorar. Foi emocionante para mim reconhece lo. Disse q estava indo para a França receber um prêmio mas q voltaria e me daria um livro autografado. Me aposentei em seguida, mas nunca me esqueci da honra de vê lo.
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Rodrigo Martins Chagas comentou:
16/01/2022
Linda homenagem ao grande poeta Thiago de Mello professor, emocionante mesmo. E muito obrigado por compartilhar conosco suas histórias de vida. Um abraço querido professor
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Silvia comentou:
16/01/2022
Maravilhosa história! Uma homenagem ao grande poeta. Até lembrando de algo tão trágico como foi o diagnóstico do "Alzira" a gente não pode deixar de rir!
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Rodrigo Wallace comentou:
16/01/2022
Bela e emocionante homenagem, professor! Que Thiago descanse em paz! Grande abraço
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Jose Bulcão comentou:
16/01/2022
Lindeza de homenagem ao bom amigo, professor. Obrigado por compartilhar desse emoção conosco. Apesar da tristeza, Isabella deve estar se sentindo confortada de ter consigo um padrinho-guardião tão amoroso
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Isabel Missagia comentou:
16/01/2022
Thiago de Mello pertence a todo o Brasil; mesmo assim, meus sentimentos pela perda do amigo,Jose Bessa! Forte abraço!
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Ramón Mariano Abeyá comentou:
16/01/2022
Pois é, era tio de uma namorada amazônica, me apresentaram num almoço de Pirarucu de D. Julia Corrêa. Das poucas palavras que trocamos a que ficou marcada foi da Cabanagem. Merecia maior atenção na história essa luta legitimamente popular pela liberdade, de maior importância e expressão que a Inconfidência.
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Fala ai Brasil comentou:
16/01/2022
Versão impressa do Diario do Amazonas publicada no Portal Fala Ai Brasil - https://falaaibrasil.com.br/noticia/20762/faz-escuro-mas-eu-canto-mesmo-desafinado.html
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Decio Adams comentou:
16/01/2022
Amigo José Ribamar B. Freire! Pelo que lhe conheço, apenas por suas crônicas, creio que está há muito merecedor de uma biografia das muito bem elaboradas. Se for compilar toda riqueza de suas memórias, suas andanças e vivências, será necessário um volume similar ao de uma bíblia e ainda sobrará assunto por ser contado. Parabéns por mais essa, amigo.
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Marlene Ribeiro comentou:
16/01/2022
Maravilhoso texto sobre Thiago de Mello meu amigo querido Bessa... tenho lembranças lindas suas do meu tempo de vida em Manaus quando estava na UFam. Abraços amigo
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Hébel Costa comentou:
16/01/2022
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Barcelos naNet comentou:
16/01/2022
Publicado no portal Barcelos - https://barcelosnanet.com.br/faz-escuro-mas-eu-canto-mesmo-desafinado/
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Diário do Amazonas d24 comentou:
16/01/2022
Versão impressa publicada no portal https://d24am.com/politica/faz-escuro-mas-eu-canto-mesmo-desafinado/
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Tania Pacheco comentou:
16/01/2022
Reproduzido no blog COMBATE - RACISMO AMBIENTAL https://racismoambiental.net.br/2022/01/16/faz-escuro-mas-eu-canto-mesmo-desafinado-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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Ana Silva comentou:
16/01/2022
Lindo, lindo canto, Bessa. Obrigada por compartilhar tuas doces e preciosas memórias.
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Katya Teixeira comentou:
16/01/2022
Amei @Jose Bessa , parecia que vc estava sentado aqui na mesa me contando... Obrigada por compartilhar tão belas memórias
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Janine Malanski comentou:
16/01/2022
: Voce tem o dom de com suas palavras nos transportar para dentro da historia. Linda amizade, intensa . : Te conheci sendo amigo do Euclides e agora te leio como amigo do Thiago. Voce e um amigo intenso!!! Bom , muito bom te conhecer.
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Marcia Kambeba comentou:
16/01/2022
Que lindo professor! Mas e a Alzira? Rsss. bjos em ti com carinho e afeto.
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José Carlos Levinho comentou:
16/01/2022
Um momento triste, para todos nós. Thiago de Melo sempre permanecerá no nosso coração, um gigante, sem dúvida. Essa passagem no hotel, a caminho do exílio, é fenomenal. Isso evidência, de forma hilária, a farsa da acusação de que algumas pessoas representavam uma ameaça. Com esse conhecimento de técnica de dissimulação vocês sequer conseguiriam sair de um bar sem pagar a conta. A sorte, de certo modo, é que os milicos só pensam por meio da truculência. Grande abraço..
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Paulo Suess comentou:
16/01/2022
Obrigado, Bessa. Estão caindo árvores grandes. Fica uma clareira, cada vez maior. Clareira, sim, clareza nem tanto. Ninguém voltou do outro lado da rua para contar como foi. Abraço, Paulo
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Edson Amorim comentou:
16/01/2022
Super crônica Doce de se ler
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Alessandra dos Santos Marques comentou:
16/01/2022
Belíssima homenagem. Você teve a honra de um amigo de tamanho valor e vice-versa. Pelas frequentes descrições, sempre entendi como aquelas amizades raras. Quando lia algum trabalho do poeta ou via alguma notícia sobre ele (que sabemos rara, pessoas dessa magnitude deviam ser bastante celebradas, mas isso já é assunto para outro momento), lembrava de você (decerto, uma boa relação, um grande poeta e um notável professor, o melhor que já conheci). Ficamos aqui com a sua obra, você com uma imensa saudade. Obrigada por me apresentá-lo melhor, caso contrário, até hoje, talvez continuasse a somente conhecer um ou dois poemas do Thiago, foram as suas histórias que me despertaram uma imensa curiosidade. Meus sentimentos, Bessa.
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Eloiza Dias Neves comentou:
16/01/2022
Muito emlcionante! Obrigada por compartilhar e homenagear esse humano.
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Maria José Silveira comentou:
15/01/2022
Bessa, meu querido: Poucas horas atrás, escrevi uma crônica onde contava justamente a noite que passei com Thiago em sua hospitalização em Lima. Agora, você coloca uma verão bem diferente em sua em sua linda crônica. O que será que aconteceu? Minha memória me diz que passei a primeira noite dessa hospitalização como sua acompanhante. Tenho essa noite bem gravada na memória porque ele me disse que estava tão falador e não conseguia dormir porque era isso que acontecia depois de um enfarte. Terá sido em outra hospitalização? Você, que o acompanhou sempre, poderá me dizer. Beijo grande, Z
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Taquiprati comentou:
16/01/2022
Zezé querida, até onde sei, o Thiago foi hospitalizado em Lima apenas uma vez, na Clinica Italiana. Mas não são versões incompatíveis. Vc pode ser passado como acompanhante dele a primeira noite, antes de estabelecermos com Benedetti o plantão.
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Valk Paulino comentou:
15/01/2022
Parabéns pelo texto professor....Deixo aqui a minha admiração e respeito pela grande figura que foi o gigante Thiago de Mello....e pensar que um dia a ABL o ignorou, achando de o poeta amazonense não tinha estatura pra virar imortal...quanta injustiça.
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Altino Machado (via Facebook) comentou:
15/01/2022
Era sexta-feira, 11 de dezembro de 2009. O poeta Thiago de Mello, que estava com 83 anos, se emocionou em Porto Velho (RO) ao declamar “Os Estatutos do Homem”, poema que já havia sido traduzido para mais de 30 idiomas. No Teatro Banzeiros, diante de uma platéia de 200 estudantes do ensino médio que participavam de um dos eventos do Festcine Amazônia, o poeta explicou: – Os Estatutos do Homem não me pertencem mais. Pertencem a tantas esperanças. Vou atender de maneira muito singular o pedido do Altino. Eu não gosto de dizer esse poema. Ele me comove. Não sei se terei mais dias para cumprir essa esperança de ser o homem que eu canto. Altino, eu espero, quando te façam um pedido com a naturalidade que tu fizestes, que tu atendas. Tá bem? Eu não direi todo o poema. Eu direi algumas estrofes. Thiago de Mello e o professor José Ribamar Bessa Freire, que fugiram juntos do Brasil durante a ditadura militar e viveram, entre outros países, no Chile e Peru, participaram de um debate sobre “Solidariedade entre os povos da América”. O poeta criticou o capitalismo como fonte de todos os danos socioambientais e citou como exemplo de falta de solidariedade quem não contribui para melhorar a vida na Amazônia. Thiago de Mello apelou aos estudantes para que plantem árvores.
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João Bina comentou:
15/01/2022
Seguirá vivo na poesia e na lembrança dos amigos. Viva!
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Rosemere Pires Dos Santos comentou:
15/01/2022
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15/01/2022
Bessa, que beleza de texto. Abs e harmonia. Que Deus o tenha.
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Rui Martins comentou:
15/01/2022
Ah meu caro Bessa, de tantos anos em Paris. Toda vez que a vida me apertava, eu sempre recitava como uma prece, a poesia do Thiago ;- faz escuro mas eu canto porque a manha vai chegar- Ele nos deixou essa chave esperança para os dias difíceis, na vida ou no Brasil. Abraço daqui da Suíça.
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Nubia Melhem Santos comentou:
15/01/2022
Querido José Bessa, boas palavras, vivas!
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Merced de Lemos Urturbia comentou:
15/01/2022
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Leticia de Luna Freire comentou:
15/01/2022
Sinto muito, Bessa. Que texto poético desta bela amizade que se despede provisoriamente! Fiquei imaginando como seria a música de Tetê...
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Celeste Correa comentou:
15/01/2022
Mano, muito linda a forma que escolheste para reverenciar e se despedir do teu grande amigo! Eu imagino como deve ter sido difícil conter a emoção para escreveres esta crônica e quantas pausas tivestes que fazer ... Deve ter sido difícil também sintetizar numa crônica apenas, tanta coisa vivida, tantas estórias partilhadas. Mas conseguiste. Ficou maravilhosa! Hoje especialmente faz escuro, pois o brilho do Poeta da Floresta está iluminando outros mundos. Mas de onde ele estiver, certamente continuará cantando " Passa pra cá Tetê" porque pessoas como ele não morrem. Ele continuará sempre nos inspirando com a sua arte e com a sua história de vida. Apesar do escuro, continuaremos resistindo. Sim, Thiago, faz escuro, mas continuaremos a cantar e nunca deixaremos de acreditar que a cor do mundo vai mudar.
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Daniel Israel comentou:
15/01/2022
Quem nunca leu, os textos do José Ribamar são uma ode às palavras e à ternura.
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Silvio Tendler comentou:
15/01/2022
Bessa, para ler curtindo a comida da Amazônia que Thiago tanto gostava
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Regina Melo comentou:
15/01/2022
Linda homenagem de quem usufruiu da amizade do Poeta. Lembranças que nos ajudam a conhecer sua história, perceber a força da sua poesia e resgatar sua obra. Obrigada, José Bessa!
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Sandra Silva comentou:
15/01/2022
Canção para os fonemas da alegria foi com este poema que fechamos o ano em nosso grupo de estudos em alfabetização da EJA, coordenado pela prof.Jaqueline Silva . Se a emoção foi imensa no dia , hoje o coração pulsa com mais certeza do que preciso ler e ainda conhecer . Forte abraço!
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Alessandra Marques comentou:
15/01/2022
Lembrei logo do Bessa. Conhecia muito pouco da obra do Thiago de Mello, na verdade, só Os Estatutos do Homem. Mas, pelo Bessa falar tanto nele, contar histórias da amizade entre os dois, fui instigada a procurar mais a sua poesia. Que privilégio de convivência. Mais um dos grandes que nos deixa. Vá em paz e obrigada.
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