CRÔNICAS

A escola Yanomami: leva e traz histórias

Em: 12 de Novembro de 2017 Visualizações: 34696
A escola Yanomami: leva e traz histórias

"Meu pai contou pra mim, eu vou contar pro meu filho. E quando meu filho morrer?

Ele já contou para o meu neto. E assim ninguém esquece". Kalé Maxacali 

(De Roraima) A fugaz convivência com mais de cem índios Yanomami e Ye’kuana, nessa semana, de repente me proporciona a doce sensação de que estou aqui no lago Caracaranã, para cumprir, embora sem igual competência, missão similar à do contador de histórias na sociedade Matziguenga. A existência dele não foi registrada pela literatura etnográfica, mas o viajante francês Paul Marcoy jurou tê-lo ouvido, em 1846. A controvertida figura do kenkitsatatsiriras, ou seja, “aquele que conta histórias”, foi recriada ficcionalmente por Vargas Lllosa no romance “El hablador”.

O tal falador ou contador de histórias perambula o ano todo por cinquenta comunidades Matziguenga espalhadas pela região dos rios Urubamba e Madre de Dios, na Amazônia peruana. Sua função é andar de aldeia em aldeia, levando e trazendo informações de todas para cada uma. Atualiza notícias e fofocas, além de contar peripécias de heróis míticos e narrativas nas quais Tasurinchi, o Criador do Mundo, enfrenta Kientibakori, o Coisa Ruim. Por não ter endereço fixo, nem roça, enquanto ele lá permanece, cada aldeia visitada, agradecida, lhe dá tudo: casa, comida e tanga lavada.

Sua estadia termina quando já contou tudo sobre as demais aldeias e recolheu as novidades daquela em que está. Levanta, então, acampamento, e sai para outra, confirmando que “tudo pode mudar em vinte minutos”. Dessa forma, o falador, dotado de memória excepcional, leva e traz a voz de cada aldeia em sua própria língua, contribuindo, à maneira de antigos trovadores, para a confraternização e coesão do grupo. Este lugar de destaque, que lhe permite recolher, repassar e renovar informações, confirma que “o que pinta de novo e vira lenda, pinta na tela Matziguenga”.

Fábrica de napëpë

Lembrei do “falador” quando fui convidado para relatar aos Yanomami e aos Ye’kuana como é que funcionam as escolas indígenas em outras áreas do Brasil, especialmente na Amazônia e nas regiões Sul e Sudeste, onde ministrei cursos de formação de professores indígenas. O que lá aprendi, repassei agora na III Oficina temática organizada para atualizar o Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) da Terra Yanomami, que abriga 321 aldeias com 25 mil índios.

Além dos Yanomami e Ye’kuana, participaram nesta III Oficina representantes de organizações governamentais, de universidades e de ONGs vinculadas à educação e à saúde. No primeiro dia, a antropóloga Lídia Montanha Castro, que viveu com os Yanomami e alfabetizou muitos deles em suas línguas, apresentou a linha do tempo da educação escolar e da saúde, desde 1500, numa visão histórica que mostra a relação tensa dos índios com a escola, responsável por apagar línguas indígenas e saberes tradicionais.

Este quadro permitiu iniciar minha exposição com o desenho do guarani Vanderson Lourenço, que resume sua visão sobre a trajetória da escola no Brasil: um prédio com uma chaminé, cuja fachada exibe em letras grandes: FÁBRICA DE FAZER BRANCOS. Lá, as crianças entram indígenas, mas saem juruá, segundo os Guarani ou napëpë, como fala o Yanomami ao se refeir aos não-indígenas. Por isso, a escola é retratada, num mito andino, como um monstro devorador de identidades.

As escolas Kaxinawá e Ashaninka foram também apresentadas em relatos colhidos numa disciplina que há tempo ministrei no curso de formação de professores indígenas do Acre, organizado pela Comissão Pro-Indio.  Lá me contaram que um dia, indagado sobre se seu filho falava a língua Huni Kuin e conhecia as narrativas míticas, um velho Kaxinawá respondeu:

- Não, minha filha! Coitadinho! Ele frequentou a escola. Não sabe nada.

Nossa Flor

Foram relatados alguns contraexemplos das escolas bilíngues e interculturais criadas a partir da Constituição (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases (1996). Hoje, são cerca de 2.700 escolas, com 11 mil professores e 250.000 alunos no ensino fundamental e médio, segundo o Censo Escolar elaborado pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Entre elas estão a Escola Tuyuka Utapinopona e a Escola Tukano Yupuri da aldeia Bote Puri Bua, ambas no rio Tiquié, assim como a Escola Yandé Putira – Nossa Flor da aldeia Baré, em Canafé e as escolas Tikuna do Alto Solimões.  

As notícias levadas aos Yanomami sobre essas escolas que visitei estão relacionadas ao uso e produção de material didático. O melhor uso dado aos livros inadequados enviados pelo MEC para alimentar a fábrica de fazer brancos foi fazer bandeirolas de suas páginas para enfeitar as malocas nos dias de festa. Os índios preferem livros produzidos por eles, em suas línguas, como é o caso dos Tuyuka que inventaram a aula-passeio e criaram uma biblioteca com textos manuscritos e desenhos feitos pelos alunos. Levei alguns desses exemplares para esta III Oficina temática.

Lá apresentei também o livro “Índios no Acre: história e organização” feito pelos professores bilíngues. Eles encontraram uma saída para enfrentar a incompatibilidade entre a versão indígena e a científica sobre o povoamento da América. Não hesitaram em incorporar ambas: uma, que circula nas universidades, narra a passagem pelo estreito de Bering durante a última era glacial. A outra, recolhida por Edson Ixã, professor Kaxinawá, conta a travessia feita na costa de um jacaré. Versões Katukina, Kulina e Terena e até as de alguns povos africanos foram também inseridas no livro.

O calendário escolar e a organização do currículo mereceram o relato do que aconteceu na escola Waimiri-Atroari, quando o professor indígena interrompeu a aula de alfabetização para correr com os alunos atrás de uma paca que passava, adiantando a aula de caça, que não pode ter horário rígido, porque a paca não diz em que horário vai passar.

Mostramos, finalmente, os desenhos do professor guarani Claudinei Alves, da Aldeia Laranjinha, no Paraná, para evidenciar as diferenças entre as escolas bilingües e as fábricas de fazer brancos.  

Tradução

Todas as falas foram traduzidas em Ye’kuna e em algumas línguas Yanomami, que são pelo menos cinco, segundo os linguistas, ou nove na avaliação dos seus falantes. Para todas elas, há excelentes tradutores. entre os quais Armindo Goes e Dário Yanomami, que acabam enriquecendo o texto, explicitando detalhes que estavam implícitos nas falas de alguns expositores feitas em português.  

A III Oficina, que começou no 6 e termina 15 de novembro, está atualizando reflexões acumuladas em eventos anteriores e elaborando propostas e diretrizes para valorizar as línguas e os conhecimentos tradicionais através também de tecnologias não-indígenas. Para isso, precisa fortalecer a escola diferenciada, garantir a formação continuada de professores bilíngues, elaborar material didático próprio, além de melhorar a infraestrutura e as condições de ensino-aprendizagem.  

O tópico da saúde foi abordado pelo médico Douglas Rodrigues, coordenador do Programa de Saúde do Parque Indígena do Xingu, que contribuiu para que se discutisse as reivindicações dos Yanomami de autonomia de decisão e gestão participativa, de valorização da medicina indígena, de atendimento preferencial na aldeia e de formação profissionais da saúde com visão adequada à realidade intercultural.

Durante minha fugaz passagem, andei anotando algumas histórias narradas pelos Yanomami e pelos Ye’kuana para contá-las depois aos guarani, sentindo-me pretensiosamente um modesto aspirante a kenkitsatatsiriras. Comecei bem: pelo menos lá tive rede de dormir armada debaixo dos cajueiros, peixe e bermuda lavada. 

P.S. A III Oficina organizada pela Associação Hutukara Yanomami (HAY) e o Instituto Socioambiental (ISA), está acontecendo no Centro Regional do Lago Caracaranã, dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, onde à noite uma lua escandalosamente deslumbrante ilumina o espelho do lago, a areia fina e os cajueiros nativos que nessa época explodem de frutos vermelhos e amarelos. Coordenada por Marina Vieira e Lucas Lima, contou com a participação, entre outros, de Marcos Wesley, Ciro Campos, Iñaki Gomez Corte e Marília Senlle (ISA), Silvio Cavuscens (SECOYA), Anne Ballester e Otavio Yanomami (Rios Profundos). Com a participação presencial comprometida por um acidente, Ana Gomes (UFMG - Observatório da Educação Escolar Indígena - OEEI), se fez presente através de sua produção acadêmica várias vezes mencionada. 

Fotos Inaki Gomez 

 

1) DESAPRENDENDO NA ESCOLA - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1059-desaprendendo-na-escola

2) CRIANÇA KAINGANG:LETRINHAS DA ESCOLA - http://www.taquiprati.com.br/cronica/1255-a-crianca-kaingang-e-as-letrinhas-da-escola-version-en-espa

3) ESCOLA TUYUKA: O RIO NEGRO E SUA UNIVERSIDADE - http://www.taquiprati.com.br/cronica/6-a-escola-tuyuka-o-rio-negro-e-sua-universidade

4) EU ODEIO A ESCOLA - http://www.taquiprati.com.br/cronica/116-eu-odeio-a-escola

 

 

 

 

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25 Comentário(s)

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Magela Ranciaro (via FB) comentou:
18/11/2017
Li... uma bela, comovente e emocionante experiência!
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Ana Paula Seiffert (via FB) comentou:
18/11/2017
Que maravilha de relato e de oficina, Bessa!
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Fernando Soares Campos (via FB) comentou:
14/11/2017
Caros, não sei se vocês já observaram: o professor José Bessa está sempre aqui entre nós, curtindo, comentando e compartilhando nossas postagens... Não percam a oportunidade de solicitar sua amizade por estas vias internáuticas, que pode progredir para o âmbito pessoal ao vivo e em cores... É uma honra ter alguém como ele nos nossos grupos de amigos... As crônicas do professor Bessa são aportes para o enriquecimento de nossos patrimônios culturais...
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Fernando Soares Campos (via FB) comentou:
14/11/2017
Este artigo foi publicado no Portal do jornal russo Pravda, versão em português. O pessoal está gostando muito e deu destaque. https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10210579343624473&set=a.4902337480940.1073741826.1373042949&type=3&theater
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Joaquim Kaxinawá (via FB) comentou:
14/11/2017
Compartilhando essa "Velha" historia! Mas, é bom relembrar a trajetoria da "educação escolar de cada povo" o que foi denominado pelos colonizadores de: "educação escolar Indígena". Que é levar o conhecimento da escritas e leituras em língua portuguesa, somente isso. O resultado disso temos as tragédias: as perdas de línguas e culturas desses povos...
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Liege Albuquerque (via FB) comentou:
13/11/2017
gente, q coisa mais linda esse contador de história! obrigada, prof José Bessa por me brindar com esse conhecimento
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Ana Lucia Abrahim (via FB) comentou:
13/11/2017
Querido José Bessa, sua crônica/relato animou meu domingo. Obrigada por escrever pra todos nós!
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Antonio Teixeira comentou:
13/11/2017
O doutor Douglas sempre foi bom proseador. Quando estou perto dele não alugo meus ouvidos a terceiros. Até imagino que esteja escrevendo sua obra prima, aliá, escrita já está, agora basta apenas psicografar. Ele é genial!
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Danielli Jatobá (via FB) comentou:
13/11/2017
Sou filha de professora alfabetizadora. Em casa ouvia o mantra de que a educação transforma a vida das pessoas. Ouvia com respeito (pois era o caso de minha mãe, filha de quem não frequentou a escola), mas com a desconfiança de quem estava acostumada com as estatísticas que relacionavam renda, anos de estudo, mobilidade ocupacional, e não botava fé nesse papo. Via mais sentido nas teorias que mostravam o papel da escola na reprodução das desigualdades sociais, na homogenização e formação do Estado. Até que, no início da minha trajetória profissional em 2004, estive em uma reunião coordenada por Monica Thereza para pensar a demanda por ensino médio nas aldeias e conheci a Prof. Francisca Chikinha Paresi e os Prof. Fausto Mandulão Mandulão e Joaquim Kaxinawá. Francisca era representante dos povos no Conselho Nacional de Educação e falava das diretrizes curriculares para as educação escolar diferenciada, Prof. Fausto falava na importância de tomarem conta da gestão escolar e do currículo (ou PPP), Prof. Joaquim Maná enfatizou a importância das línguas e sobre a necessidade dos/as professoras/es elaborarem seu próprio material didático. Aí entendi tudo! Entendi o que uma escola transformadora poderia ser. Entendi como a escola poderia ser parte de um projeto de autonomia e fortalecimento comunitário. E desde então é o que vejo a educação escolar indígena batalhar para ser e as suas muitas vitórias. Lembrei desse dia marcante ao ler o texto . Agradeço o ensinamento que nunca esqueci, professores!
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gerusa pontes de moura comentou:
13/11/2017
Nossa! Eu fiquei até sem fôlego de ver tanta beleza nessa cultura maravilhosa. Eu tenho tanto a aprender com esses irmãos enquanto educadora. Na minha colação de grau na UERJ, quando me chamaram para pegar o diploma, me identificaram da seguinte forma; ela tem alma de índio pela liberdade do seu ser, mas não é só por isso não, é pelo amor e respeito que tenho por esse povo.
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Helena Alpini Rosa comentou:
13/11/2017
Prof. Bessa, saudades de suas aulas no Magistério Kuaa M'boe, dos professores indígenas e suas analogias em relação à escola nas aldeias. Na CONEEI regional aqui no sul, a constatação de que esta escola que está aí, continua fabricando brancos e que o desafio é justamente tornar a educação escolar indígena com uma identidade própria que responda às necessidades prementes dos povos indígenas. É sempre bom ouvir histórias de um excelente contador! Grande Abraço
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Vera Dodebei comentou:
12/11/2017
Já havia ouvido de você o relato da paca que passou correndo pela escola mas li hoje a história com a sensação de orgulho por ainda termos escolas indígenas competentes e de raiva por prever o que será de nossas crianças com as escolas sem partido. Fico com o partido da paca.
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Roberto Ervino Zwetsch comentou:
12/11/2017
Belo texto, Bessa. Quando trabalhamos Lori e eu com os Kulina do alto Purus, Acre, fizemos a proeza de traduzir os artigos do Estatuto do ìndio que dizia respeito à sua terra e cultura. Foi muito bom exercício porque não dominávamos a língua dos "madija" e ao final, com a ajuda dos indígenas alfabetizados, todos aprendemos juntos como reivindicar direitos naquela bela língua. Roberto Z.
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Ana Stanislaw comentou:
12/11/2017
Que linda e rica experiência! Muito sensível o texto e que privilégio para todos desse encontro estar sob a luz da lua, mirando o espelho do lago, com os indigenas. Obrigada, Bessa.
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Eneida comentou:
12/11/2017
Muito grata pelas informações. Adorei! Se os povos originais desse nosso imenso Brasil fossem olvidos, o nosso país seria outro. Acho que vou começar a estudar as línguas indígenas para reduzir um pouco minha ignorância sobre as origens de nossa sofrida nação.
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Maria Celina Muniz Barreto comentou:
12/11/2017
Mais uma vez, adorei sua crônica. Especialmente esta, curti a lembrança de terras amazônicas, tanto as do Peru, quanto as de Amazonas e Pará, de onde trouxe as mais lindas recordações de pessoas, animais e florestas.
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Solano Diaz (via FB) comentou:
12/11/2017
Gostaria muito de ver os desenhos mencionados. Como faço? Estão publicados?
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Taquiprati (FB) comentou:
12/11/2017
Prezado solano, os dois desenhos - o do Vanderson e o do Claudinei - podem ser vistos em outra cronica no blog que tem por título DESAPRENDENDO NA ESCOLA. Obrigado pelo retorno. Vou colocar esse e mais alguns links sobre a escola no final da cronica. http://www.taquiprati.com.br/cronica/1059-desaprendendo-na-escola
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Susana Grillo comentou:
12/11/2017
Bessa, que trabalho lindo... parabéns aos Yanomami e Y'ekuana pelo esforço em referenciar a educação e a saúde em suas perspectivas sociais, políticas, culturais e pedagógicas e parabéns a você por registrar e comunicar essas experiências de outros povos. Grande abraço.
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Marianna Kutassy (via FB) comentou:
12/11/2017
vida longa aos contadores de histórias! E a voce, um kenkitsatatsiriras sempre em movimento, e que a nós brancos faz chegar as narrativas desses mundos tão distantes, embora tão pertos. meus afetos!
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Tesla Coutinho (via FB) comentou:
12/11/2017
Das andanças do querido professor José Bessa refletindo sobre o que pensamos ensinar aos índios e o que precisamos aprender com eles.
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Liege Albuquerque (via FB) comentou:
12/11/2017
- gente, q coisa mais linda esse contador de história! obrigada, prof José Bessa por me brindar com esse conhecimento
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Veronica Aldé (via FB) comentou:
12/11/2017
Que riqueza! Quantos mundos para se trocar...cantar...eterna gratidão pelo seu trabalho! Forte abraço
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ALFREDO MOREL comentou:
12/11/2017
Acabei de ler a última crônica direto da Raposa Serra do Sol. Muito boa. Me veio novamente a vontade de traçar com você, se possível, aquele projeto que comentei tempos atrás, quando nos enviou .."Te mandei um passarinho". A ideia do projeto era discutir por meio da arquitetura dos yanomami e outras etnias , a construção como ferramenta de uma educação que busca o que hoje é chamado de sustentabilidade. A atual crônica me fez sonhar com possibilidade novamente. Obrigado.
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Ademario Ribeiro comentou:
12/11/2017
Ah, querido Bessa, que oportuno e urgente é fazer essa leitura e constatação, afinal, sempre soubemos e temos na memória que entre os povos indígenas há os seus contadores de histórias - e com os têm!!! Vou ler tua crônica, mais uma vez, com muito gosto de aprender para poder contar!!! Gratíssimo!!!!
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