CRÔNICAS

Malocas da Praça de Maio: Os Waimiri na Ditadura

Em: 01 de Junho de 2014 Visualizações: 80052
Malocas da Praça de Maio: Os Waimiri na Ditadura

Na Argentina, elas foram reprimidas por baionetas quando indagaram, em 1977, pelos filhos presos. Os generais golpistas debocharam: "Son las locas de Plaza de Mayo". Obstinadas, não desistiram. Desafiaram o terror e continuaram ocupando a Praça de Maio, desfilando o seu protesto semanal diante da Casa Rosada e da catedral até que, finamente, reconhecidas pela sociedade, contribuíram para o fim da ditadura e a prisão dos torturadores.

No Brasil, vários movimentos nos fizeram ouvir a voz de quem foi silenciado. No entanto, como ninguém entende línguas indígenas, nem se interessa por aprendê-las, não se escuta o clamor dos índios, seja de mães indígenas por seus filhos ou de índios por seus pais desaparecidos. Desta forma, os índios, sempre invisíveis na historia do Brasil, ficaram de fora das narrativas e não figuram nas estatísticas dos desaparecidos políticos. Na floresta, não há praças de maio. A luta do cacique Maroaga e dos Waimiri-Atroari contra a ditadura no Brasil, nos anos 1970, foi silenciada. 

Mas agora isso começa a mudar. Relatório do Comitê Estadual da Verdade do Amazonas, que será em breve publicado pela Editora Curt Nimuendajú, de Campinas (SP), dá voz aos índios e mapeia os estragos, comprovando que na Amazônia, mais do que militantes de esquerda, a ditadura eliminou índios, entre outros, Cinta-Larga e Surui (RO/MT), Krenhakarore na rodovia Cuiabá-Santarém, Kanê ou Beiços-de-Pau do Rio Arinos (MT), Avá-Canoeiro (GO), Parakanã e Arara (PA), Kaxinawa e Madiha (AC), Juma, Yanomami e Waimiri-Atroari (AM/RR).

O foco do primeiro relatório, de 92 páginas, já encaminhado à Comissão Nacional da Verdade (CNV), incide sobre os Kiña, denominados também como Waimiri-Atroari, cujos desaparecidos são conhecidos hoje por seus nomes, graças a um trabalho cuidadoso que ouviu indígenas em suas línguas, consultou pesquisadores e indigenistas, fuçou arquivos e examinou documentos, incluindo desenhos que mostram índios metralhados por homens armados com revólver, fuzil, rifles, granadas e cartucheira, jogando bombas sobre malocas incendiadas.

Os desaparecidos

De noite, nas malocas, os sobreviventes narram a história da violência sofrida, que começou a ser escrita e desenhada por crianças, jovens e adultos alfabetizados na língua Kiña pelos professores Egydio e Doroti Schwade com o método Paulo Freire. Toda a aldeia Yawará, no sul de Roraima, participou do processo, em 1985 e 1986, até mesmo crianças de colo. A comunicação foi facilitada pelo fato de o casal morar lá com seus quatro filhos pequenos, antes de ser expulso pelo então presidente da Funai, Romero Jucá, lacaio subserviente das empresas mineradoras.

Todo o processo de alfabetização ocorreu num clima que iniciou com a narração oral das historias, continuou com as figuras riscadas no papel, passou pela leitura dos desenhos, a conversa sobre eles e, finalmente, chegou à escrita alfabética. 

Durante esse período, Egydio registrou, com ajuda de Doroti, as narrativas contadas por quem testemunhou os fatos ou por quem ouviu falar sobre eles. Os primeiros textos escritos por recém-alfabetizados, ilustrados por desenhos, revelaram "o método e as armas usadas para dizimá-los: aviões, helicópteros, bombas, metralhadoras, fios elétricos e estranhas doenças. Comunidades inteiras desapareceram depois que helicópteros com soldados sobrevoaram ou pousaram em suas aldeias" - diz o relatório.

Com a abertura da rodovia BR-174 e a entrada das empresas mineradoras, muitas outras aldeias foram varridas do mapa. "Pais, mães e filhos mortos, aldeias destruídas pelo fogo e por bombas. Gente resistindo e correndo pelos varadouros à procura de refúgio em aldeia amiga. A floresta rasgada e os rios ocupados por gente agressiva e inimiga. Esta foi a geografia política e social vivenciada pelo povo Kiña desde o início da construção da BR-174, em 1967, até sua inauguração em 1977" - segundo o relatório.

Alguns sobreviventes refugiados na aldeia Yawará conviveram durante dois anos com Egydio e Doroti.  Lá, todas as pessoas acima de dez anos eram órfãs, exceto duas irmãs, cuja mãe sobreviveu ao massacre. O relatório transcreve a descrição feita pelo índio Panaxi:

"Civilizado matou com bomba" - escreve Panaxi ao lado do desenho, identificando um a um os mortos com seus nomes: Sere, Podanî, Mani, Priwixi, Akamamî, Txire, Tarpiya.

A eles se somaram outros de uma lista feita por Yaba: Mawé, Xiwya, Mayede - marido de Wada, Eriwixi, Waiba, Samyamî - mãe de Xeree, Pikibda, a pequena Pitxenme, Maderê, Wairá - mulher de Amiko, Pautxi - marido de Woxkî, Arpaxi - marido de Sidé, Wepînî - filho de Elsa, Kixii e seu marido Maiká, Paruwá e sua filha Ida, Waheri, Suá - pai de Warkaxi, sua esposa e um filho, Kwida - pai de Comprido, Tarakña e tantos outros.

Quem matou

A lista é longa, os mortos têm nomes, mas às vezes são identificados pelo laço de parentesco: “a filha de Sabe que mora no Mrebsna Mudî, dois tios de Mário Paruwé, o pai de Wome, uma filha de Antônio”, etc. O relatório se refere ao "desaparecimento de mais de 2.000 Waimiri-Atroari em apenas dez anos". Na área onde se localiza hoje a Mineradora Taboca (Paranapanema) desapareceram pelo menos nove aldeias aerofotografadas pelo padre Calleri, em 1968, em sobrevoos a serviço da FUNAI. Os alunos da aldeia Yawará desenharam casas e escreveram ao lado frases como:

Apapa takweme apapeme batkwapa kamña nohmepa [o meu pai foi atirado com espingarda por civilizado e morreu] – escreveu Pikida, ao lado do desenho que ilustra o fato.

Taboka ikame Tikiriya yitohpa. Apiyamyake, apiyemiyekî? [Taboca chegou, Tikiria sumiu, por que? Por que?]

A resposta pode ser encontrada no ofício 042-E2-CONF. do Comando Militar da Amazônia, de 21/11/1974, assinado pelo General Gentil Nogueira, que recomendava o uso da violência armada contra os índios, segundo o relatório encaminhado à Comissão Nacional da Verdade. Era uma política de Estado a serviço de interesses privados, implementada com métodos de bandidagem.

Um mês e meio depois, o sertanista Sebastião Amâncio da Costa, nomeado chefe de Frente de Atração Waimiri-Atroari (FAWA), em entrevista ao jornal O Globo (06/01/1975), assumiu de público as determinações do general Gentil, declarando que faria “uma demonstração de força dos civilizados que incluiria a utilização de dinamite, granadas, bombas de gás lacrimogêneo e rajadas de metralhadoras e o confinamento dos chefes índios em outras regiões do País”.

O resultado de toda essa lambança é descrito por Womé Atroari, em entrevista à TV Brasil, relatando um ataque aéreo a uma aldeia e outros fatos que presenciou:

Foi assim tipo bomba, lá na aldeia. O índio que estava na aldeia não escapou ninguém. Ele veio no avião e de repente esquentou tudinho, aí morreu muita gente. Foi muita maldade na construção da BR-174. Aí veio muita gente e pessoal armado, assim, pessoal do Exército, isso eu vi. Eu sei que me lembro bem assim, tinha um avião assim um pouco de folha, assim, desenho de folha, assim, um pouco vermelho por baixo, só isso. Passou isso aí, morria rapidinho pessoa. Desse aí que nós via.

Os tratores que abriam a estrada eram vistos pelos índios como tanques de guerra. “Muitas vezes os tratores amanheciam amarrados com cipós.Essa era uma maneira clara de dizer que não queriam que as obras continuassem. Como essa resistência ficou muito forte, o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Amazonas-DER-AM, inicialmente responsável pela construção, começou a usar armas de fogo contra os indígenas”.

Sacopã e Parasar

O relatório informa que “as festas que reuniam periodicamente os Waimiri-Atroari foram aproveitadas pelo PARASAR para o aniquilamento dos índios”. Conta detalhes. Registra ainda o desaparecimento de índios que se aproximaram, em agosto de 1985, do canteiro de obras da hidrelétrica do Pitinga, então em construção:

“É muito provável que tenham sido mortos pela Sacopã, uma empresa de jagunços, comandada por dois ex-oficiais do Exército e um da ativa, subordinado ao Comando Militar da Amazônia, empresa muito bem equipada, que oferecia na época serviços de “limpeza” na floresta à Paranapanema no entorno de seus projetos minerais. Os responsáveis pela empresa foram autorizados pelo Comando Militar da Amazônia a manter ao seu serviço 400 homens equipados com cartucheiras 20 milímetros, rifle 38, revolveres de variado calibre e cães amestrados”.

Os autores do relatório dão nomes aos bois, esclarecendo que quem comandava a Sacopã no trabalho de segurança da Mineração Taboca/Paranapanema e no controle de todo acesso à terra indígena eram dois militares da reserva: o tenente Tadeu Abraão Fernandes e o coronel reformado Antônio Fernandes, além de um coronel da ativa, João Batista de Toledo Camargo, então chefe de polícia do Comando Militar da Amazônia.

É Rondon de cabeça pra baixo: "Matar ainda que não seja preciso; morrer nunca", num processo iniciado com o colonizador e ainda não concluído.  Na Amazônia, o cônego Manoel Teixeira, irmão do governador Pedro Teixeira, em carta ao rei de Portugal, em 5 de janeiro de 1654, escrita no leito da morte, na hora da verdade, declara que “no espaço de trinta e dois anos, são extintos a trabalho e a ferro, segundo a conta dos que ouviram, mais de dois milhões de índios de mais de quatrocentas aldeias”.

O relatório é um bom começo, porque evidencia que os índios precisam de uma Comissão da Verdade não apenas para os 21 anos de ditadura militar, mas para os 514 anos de História em que crimes foram e continuam sendo cometidos contra eles. Assim, podem surgir praças de maio dentro das malocas para que o Brasil generoso e solidário cobre mudanças radicais na política indigenista do país, impedindo que o Estado continue a serviço de interesses privados escusos.

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51 Comentário(s)

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Fausto Mandulão - Macuxi comentou:
07/06/2014
Parabens prof. Bessa pela cronica. O massacre aos povos indigenas continua em diferentes praças, (nos territótios, no municipio, na cidade, no parlamento "Congresso Nacional", no STF...) e com armas bem mais poderosas. Nós, povos indigenas agradecemos aos nossos persistentes aliados muitos deles "estrangeiros" porque os ditos brasileiros não valorizam os legitimos defensores deste país continental. Resistiremos ...podem crê.
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Marco comentou:
04/06/2014
Sem esquecer o Presídio Krenak, em MG, para onde eram mandados índios "criminosos" de várias etnias de todo o país nos anos 1970. Através do artigo do Bessa vem a solidariedade com os atingidos, muitos resistiram, muitos morreram, alguns ainda vivem.
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Cristiane Portella comentou:
04/06/2014
Cristiane escreveu: "Sobre o texto do José Bessa, temos que replicar e fazer com q as pessoas conheçam sobre a política genocida que vigorou ainda no século XX, e que tem seus frutos fortalecidos ainda nos dias de hj. Sobre os comentários, temos ai a perpetuação de constructos de tipo colonial que, pautados em um discurso civilizatório, desqualifica e invisibiliza comunidades, enquanto legitima massacres. Argumentos de "guerra justa", ainda na contemporaneidade. Por isso, uma flechada provoca tamanha reação... se fosse pólvora ou gás de pimenta jogado na cara não seria incivilizado..."
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nietta monte comentou:
03/06/2014
Besssa; contundente, terrificante, aponta para a necessidade de mudanças pro-indio, profundas radicais. vc nao pretende divulgar em veiculos da midia oficial?
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Vincent Carelli comentou:
03/06/2014
Há alguns meses venho militando pela intimação, pela Comissão Nacional da Verdade, dos comandantes militares responsáveis pela construção da BR-174 a deporem sobre este caso e a abrirem seus arquivos. É preciso trazer à tona esta questão até que ela seja esclarecida. A virulência de certas manifestações contra este teu texto, só nos demonstra que o sentimento anti-indígena continua forte neste país. Contato de Vincent Carelli
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Pazgh comentou:
02/06/2014
Com certeza é uma crônica histórica, é um belo documento que registra o que foi iniciado há 514 anos atrás, ou seja, o tratamento que os primeiros habitantes destas terras recebeu dos brancos. Contato de Pazgh
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Sheila Siumara Prass comentou:
02/06/2014
Os esquerdinhas em geral e a Igreja católica na figura de instituições como o CIMI...emprestam uma voz de 'representação' dos índios...quando na verdade recebem dinheiro pra preservar interesses globalistas em nossas terras....Depois, na maior cara de pau....chamam a direita de ENTREGUISTAS.. FHC E LULA ASSINARAM DOCUMENTO NA ONU...a tal 'autodeterminação dos povos' que abre nosso território aos estrangeiros pra se meterem em nossa soberania...a 'defesa dos índios' é sustentada por ONGs estrangeiras interessadas em nossas riquezas, que se metem aqui sem dar satisfação a ninguém...quem financia estas ONGS? Magnatas que não querem que o Brasil se torne uma potencial ameaça desenvolvimentista aos seus negócios....daí a desculpa fajuta da 'preservação cultural dos índios'...OU SEJA, MANTER O BRASIL NO ATRASO.
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Hardy Dick (Blog Amazonia) comentou:
02/06/2014
mas aposto que o governo do pt só vai investigar as 'suas' perdas
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Aurelio Michiles comentou:
02/06/2014
A notícia é alvissareira, realidade-clandestina trazida a luz pública destes dias, mas o pior são os comentários, eles ecoam a permanência das noites escuras e macabras daqueles dias.
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José Barahona comentou:
02/06/2014
Comentários verdadeiramente assustadores!
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Ivã comentou:
02/06/2014
A Mineradora Taboca (Paranapanema) também invadiu a terra dos Tenharim. Foi a responsável pela construção de um trecho da Transamazônica entre Humaitá e Apuí e abriu a Estrada do Estanho para explorar cassiterita no Igarapé Preto, onde acabou com aldeias e cemitérios, levando os Tenharim daquela região a quase extinção. Um pouco dessa história pode ser vista neste vídeo da década de 80: https://www.youtube.com/watch?v=hV4vWMa4q44
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Ivã comentou:
02/06/2014
A Mineradora Taboca (Paranapanema) também invadiu a terra dos Tenharim. Foi a responsável pela construção de um trecho da Transamazônica entre Humaitá e Apuí e abriu a Estrada do Estanho para explorar cassiterita no Igarapé Preto, onde acabou com aldeias e cemitérios, levando os Tenharim daquela região a quase extinção. Um pouco dessa história pode ser vista neste vídeo da década de 80: https://www.youtube.com/watch?v=hV4vWMa4q44
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Alfredo Lopes comentou:
02/06/2014
Quem, senão tu, Bessa, poderia recompor assim, na praça as Verdade, esse porão de dor e violência de nossa História?
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Fábio Cajueiro comentou:
02/06/2014
Caramba. Invisibilidade total. Estive vendo, neste fim de semana, imagens antigas da cidade de Salvador e é chocante como raramente um negro é clicado, mesmo nas imagens de locais "populares". Em Salvador!
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Juarez Silva Jr. comentou:
02/06/2014
Já tinha comentado sobre isso quando lançou os textos sobre as manifestações de junho/13 e a Amazônia, lembra ?, quanto as crônicas do Prof. Bessa são sempre imperdíveis e precisas... leio semanalmente.
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Bruno Cava Rodrigues comentou:
02/06/2014
Talvez, no fundo, nos damos conta que matou mais índios, e também mais negros e pobres, do que militantes brancos de esquerda. Todos devem ser reconhecidos como memória de luta. Só recalcando muito a violência civilizacional é possível fingir que não aconteceu. A diferença está na medida usada para valorar e reconhecer os mortos. Existe uma linha de cor aí, inclusive na memória; é mais fácil o estado reconhecer e indenizar alguns, do que reconhecer seu papel no morticínio índio e negro. A luta contra a ditadura é também a luta contra o racismo e o extermínio indígena, e eles também são sujeitos dessa resistência, sujeitos em sentido forte, devendo ser considerados em seus próprios termos, como pensamento de luta e pessoas concretas que lutaram.
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Edmar Paulo Scherer (Blog Amazonia) comentou:
02/06/2014
Só no Noroeste do RS, foram dizimados mais de 300 mil índios! Olhem o tamanho do Brasil, que eram alguns milhões deles,o branco é um covarde assassino e tomou as terras e tem gente que se vangloria disso! Um Vergonha eterna!
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NEUTRO PELA VERDADE (Blog Amazonia) comentou:
02/06/2014
NO ARAGUAIA, O GRUPO DO GENUÍNO MATOU CABOCLO DEIXANDO EM PEDAÇOS NA FRENTE DA FAMÍLIA, ENTRE OUTRAS. PESQUISE!!
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Antonio Carneiro (Blog da Amazonia) comentou:
02/06/2014
somente o reporter acredita nesta pagina....quem esta matando indios agora???ora, sabemos que as reservas são uma negociação ferrenha e um grupo economico o explora, deixando aos interesses particulares...O bandido e o pcc esta matando mais de 500 pessoas por dia somente em sp...então vem para cah e escreva sobre este massacre ..se tiver coragem
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andré comentou:
02/06/2014
Em fim un texto muito legal sobre o dever de memoria de milhoes de Indios mortos porque o homen "branco" dito "civilisado" nunca quis aprender a falar suas lenguas e a conhecer suas culturas, ciencias, filosofias e religoes. Contato de andré
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andré comentou:
02/06/2014
Em fim un texto muito legal sobre o dever de memoria de milhoes de Indios mortos porque o homen "branco" dito "civilisado" nunca quis aprender a falar suas lenguas e a conhecer suas culturas, ciencias, filosofias e religoes. Contato de andré
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Carlo comentou:
02/06/2014
Até hoje tem gente com medo de depor sobre este assunto. Obrigado Bessa.
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Carlo comentou:
02/06/2014
Até hoje tem gente com medo de depor sobre este assunto. Obrigado Bessa.
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Fabián Mestralet comentou:
02/06/2014
Excelente crónica! Para reflexionar y difundir. Aquí en Argentina pasó lo mismo, tanto durante la colonia cómo durante las dictaduras. De hecho ahora mismo en democracia se siguen avasallando los derechos de nuestros pueblos originarios con la excusa de fomentar las explotaciones petroleras o la represas, en el territorio que estos pueblos ocupan; o les venden a precio vil sus tierras a extranjeros (o argentinos) que se creen con derecho a desplazarlos. De alguna manera se los sigue considerando "invisibles", negando sus culturas, territorios y derechos. Me alegra que se avance en recuperar la memoria de lo ocurrido, es un paso muy importante para recuperar nuestra dignidad cómo humanidad. Es increíble que todavía haya personas que creen que la vida de los demás no importa, que hay "progreso" construyendo sobre los cadáveres o la dignidad de nuestros hermanos. Contato de Fabián Mestralet
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Idelber Avellar comentou:
02/06/2014
Estamos tão acostumamos a que os indígenas sejam invisibilizados em nossa história que nem nos damos conta de fatos como este: na Amazônia, a ditadura militar matou muito mais índios que militantes de esquerda. Mas só agora estas vítimas estão começando a entrar na conta
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Giovanna Dealtry comentou:
02/06/2014
Que horror. E a invisibilidade é uma segunda morte.
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Silvestre Silveira comentou:
02/06/2014
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Ana comentou:
02/06/2014
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moema sanchez quintanilha comentou:
01/06/2014
muito boa sua colaboração ao trazer esses dados
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Sérgio de Lima Moreira (Blog Amazonia) comentou:
01/06/2014
Foi bom, índio serve apenas para catar piolho e tomar cachaça e atrapalhar obras importantes para o progresso.
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LDDC (Blog da amazonia) comentou:
02/06/2014
- E sua gramática serve apenas para assassinar nosso cérebro.
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Janete Cassal (Blog Amazonia) comentou:
02/06/2014
Tá com piolho mané? Pelo menos tem cabeça, pois cérebro nem pensar.
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Leôncio Zangado (Blog Amazonia) comentou:
01/06/2014
Poderiam usar esse sistema também lá na construção da barragem de Belo Monte. Os indios estão atrasando as obras que são super importante para o BRASIL, mesmo tendo prometido a eles tantas coisas para não afeta-los com o alagamento da barragem e várias coisas mais. Os índios são incompreensivos e não tem muito que dialogar com eles. São ignorantes definitivamente.
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Marco Aurélio Issa Nunes (Blog Amazonia) comentou:
02/06/2014
Quem é você verme, para determinar alguma coisa ? A terra foi, é e sempre será dos seus verdadeiros donos: OS ÍNDIOS e cabe a ELES decidirem sobre isso, NÃO A VOCÊ
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Francisco Gutierres (Blog da Amazonia) comentou:
01/06/2014
Mentira, pura mentira. Não tem mais assunto para acusar a gloriosa revolução de 64 . agora inventam mentiras. Logo, logo, vão dizer que matamos também Jesus Cristo !
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Susana Grillo comentou:
01/06/2014
Bessa, que histórias terríveis e cruéis de um Brasil de ainda há pouco... a mentalidade presente nesses terrores está presente em iniciativas como a do Deputado Quartiero/RR de fazer audiência pública para a desratificação pelo Brasil da Convenção 169/OIT. Sempre obrigada por suas crônicas, abraços
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Florencio Vaz comentou:
01/06/2014
Um tema que quase nunca é abordado, nem mesmo pelas lideranças dos movimentos indígenas: os desaparecidos e assassinados no tempo da Ditadura. Também, com os tantos indígenas assassinados a cada ano, o assassinato de indígenas lá nos anos 1960-70 até fica meio esquecido. Mas não pdoemos esquecer, nem os mortos de ontem e nem os de hoje. E mais, isso tem que parar.
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Ana Stanislaw comentou:
01/06/2014
Adorei a crônica! Muito emotivo, sensível e combativo. Ainda bem que os índios têm você como aliado. Esses criminosos precisam de punição, cadeia. Parabéns Bessa por mais esse belo texto.
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julia vieira comentou:
01/06/2014
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Ademir Hanusch (blog Amazonia) comentou:
01/06/2014
Na minha opinião: Quem mata é bandido, seja índios, negros brancos ou amarelos, e lugar de bandido é na cadeia, o pior é ter que explicar ao filho ou ao neto que ele é um bandido, assassino que tirou a vida de uma pessoa. Coisa horrível ter a consciência sempre lhe cobrando. que covardemente matou alguém. DEVE SER UM TERROR VIVER COM ISSO NA CABEÇA.
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Edson Jose comentou:
01/06/2014
o massacre de vidas indigenas nativas pelo mundo nao tem desculpa........
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Roberto Nespolo (Blog Amazonia) comentou:
01/06/2014
Isto está parecendo que vai virar negócio também, daqui a pouco sai aposentadoria para a aldeia toda, e você cidadão, trate de trabalhar porque vai ter que pagar mais essa, já não chega as outras inventadas
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Adelia Maia (Blog Amazonia) comentou:
01/06/2014
a morte do padre calleri tbm foi responsabilidade do exercito e nao dos indios como na época foi atribuida tem um professor de historia de manaus que sabe direitinho sobre essa historia digo da universidade federal do amazonas.
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Giane comentou:
01/06/2014
Então, a diferença dessa época para o que ocorre hoje é que naquela época havia consentimento do Estado, o Estado militarizado matava com autorização para isso? Tá certo? Pergunto porque vc não se refere a uma possível ação dos índios contra a ditadura. A questão, como sempre, era a "limpeza da terra". Como hoje, o genocídio era pelo fato de habitarem as terras..
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carmel farias puri comentou:
01/06/2014
Aqui ficamos sabendo um pouco mais das atrocidades que foram e ainda continuam sendo cometidas contra nós os verdadeiros donos e respeitosos desta terra.
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Renato Athias comentou:
01/06/2014
Ótimo... Bessa, muito bom o seu texto.....parabéns.
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Renato Athias comentou:
01/06/2014
Ótimo... Bessa, muito bom o seu texto.....parabéns.
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Daniel Pierri (via FB) comentou:
31/05/2014
Bom demais. Dedicado ao general cardozo borba gato, provavelmente.
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José Varella (via FB) comentou:
31/05/2014
em 1979 transitei com turma da comissão de limites pela BR-174, clima ainda era tenso... região ocupada pelo BEC (batalhão de engenharia e construção) do Exército. 1 minuto · Curtir
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Eduardo Gomes comentou:
31/05/2014
Belo texto professor, eu consegui junto ao filho do Egydio as fontes que o Sr. cita. Estou trabalhando a questão dos Waimiri-Atroari na minha dissertação.
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