CRÔNICAS

Escrivães da frota e "falsos" índios de Iranduba

Em: 29 de Setembro de 2013 Visualizações: 73498
Escrivães da frota e "falsos" índios de Iranduba
 
Maria morava há mais de 13 anos no "Alagadinho", Cacau Pirêra, distrito do município de Iranduba (AM). Saiu de lá, onde vivia submersa durante a cheia, para realizar "o sonho de moradia" em área de propriedade do Estado. Fez roça no quintal. Plantou macaxeira, abacaxi, pimenta de cheiro e plantas medicinais. Acontece que a área foi grilada por particulares. E na quarta-feira (25), o trator, protegido pelas botas da polícia, entrou lá, esmagou plantinhas, esperanças, sonhos. Destruiu tudo.Só deixou lágrimas, fome e Maria, sem casa, sem roça, sem ter o que dar de comer aos filhos.
- “Vocês tem arco e flecha; a gente tem é bala”.
Esse foi o "argumento"  que um policial militar disparou contra uma índia Kokama, durante a operação dizque “pacífica”, iniciada na segunda-feira (23), para impedir o acesso a uma área ocupada por indígenas e não-indígenas, na rodovia Manoel Urbano (AM-070), região metropolitana de Manaus. Usou a "lógica" colonial do Raposo Tavares, Borba Gato e outros bandeirantes.
A violência da polícia contra os “invasores” foi ocultada e silenciada a exemplo do que ocorreu com os bandeirantes. As agressões físicas e os palavrões com os quais os policiais intimidavam até as mulheres e as crianças - nada disso emergiu nos relatos. As notícias, como regra geral, registraram uma “operação pacífica” de reintegração de posse da terra, com atuação "exemplar" do Estado que colocava um ponto final na “indústria da invasão”. O importante era que os “supostos índios” saíssem de lá.  
"Supostos índios"
A versão dos "escrivães da frota" só foi contestada porque uma equipe de pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), documentou tudo, entre eles a antropóloga Márcia Meneghini, que realizou trabalho de campo durante os três meses de “invasão”.
- Nesse período - escreve Márcia -  descobrimos que não se tratava de uma “invasão”, mas de um ato de mobilização coletiva em torno da legítima reivindicação da posse de terra numa área de propriedade do Estado “supostamente” grilada por particulares. Esse ato de mobilização é chamado de “ocupação” pelas pessoas que dela participam. Nesse sentido, ela é vivida e representada como algo que lhes pertence: a terra. Recebe o nome de “Comunidade Deus é por nós”.
A extensão e localização da área variam conforme quem divulga: Km 5 ou Km 6? Quantos são: 10 mil ou 18 mil? O que se sabe é que entre eles há centenas de índios, mas até isso os zeguedegues cretinos questionam com indagações sobre se os "invasores" tem RANI (Registro Administrativo de Nascimento Indígena), se usam cocar, tanga, arco, flecha. Em caso contrário, concluem que não são 'índios de verdade', são 'civilizados', 'aculturados' e portanto - incrível! - sem direito à terra. Surge na imprensa nova categoria ignorada por antropólogos - o “suposto índio”.  
Mas afinal o que seria esse “suposto índio”, que nunca é ouvido? É uma categoria criada para esconder um problema antigo - a distribuição de terra na região metropolitana de Manaus. Ela designa índios que migraram para a capital. São Kokama, Kambeba, Paumari, Mura, Arara, Tukano, Tuyuka, Sateré-Mawé, Macuxi, Tariano, Piratapuia, Carapana - distribuídos em 1.040 famílias - segundo informaram os índios a Márcia Meneghini, que acompanhou neste sábado (28) a operação de reintegração de posse, quando a FUNAI ainda negociava a permanência dos indígenas na área.  
Nem o juiz, nem a Polícia e nem a mídia ouviram os pesquisadores da Nova Cartografia Social da Amazônia. Se fizessem a consulta, saberiam que as manifestações surgem porque uma apropriação desigual da terra vem definindo a configuração da cidade. Manaus tem sua história marcada pela prática do Estado de conceder terras a particulares para benefício de grupos do poder. Mas quando grupos étnicos se mobilizam, para juntos reivindicarem a posse comum de terra do Estado, são rapidamente taxados de “supostos índios” com o objetivo de desqualificá-los.
Sabá Kokama
- “Cuidado com os índios. Não se aproxime deles. Eles podem te prender como refém. Vá até onde está a polícia”. Este foi o conselho que um policial deu à antropóloga Márcia Meneghini, quando ela perguntou se poderia entrar na área. Afinal, para ocupar a terra eles são "supostos", mas para atacar - não esqueçamos - são "índios". Foi quando os “invasores” saíram e entraram mais de 400 policiais. Um helicóptero, com um homem armado, sobrevoava o local. O policial não podia imaginar que aquela mulher branca, alta, magrela, de mochila e tênis, estava com medo dele - da polícia, dos "supostos agentes da lei" - e não dos índios.
Márcia cortou caminho pelo mato, longe da vista do policial, para entrar no lado dos “invasores”, dos “perigosos”. Fugiu da barricada policial. Foi encontrar com um dos líderes do movimento, Sebastião Castilho Gomes, mais conhecido como Sabá Kokama ou Sabá. Ele nasceu em Sapotal, Tabatinga, no Alto Solimões (AM). Começou no movimento indígena lutando com os Tikuna pela demarcação das terras indígenas Éware I e Éware II em Tabatinga. Já trabalhou na FUNAI e foi vice-presidente da União dos Povos Indígenas de Manaus (UPIM).
A atuação de Sebastião Kokama incomoda, porque chama a atenção do poder público para a problemática de moradia, saúde, educação, não apenas de indígenas, mas também de não indígenas, que vivem nas periferias da cidade. Em 2011, ele participou do “Movimento indígena por uma vida melhor”, conseguindo moradia para muitos índios. Hoje, o Parque das Nações Indígenas, no Tarumã, na zona oeste da cidade, é resultado dessa luta. "Falar numa “indústria da invasão” por “supostos índios” e “invasores” é camuflar o problema da terra" - diz a antropóloga.
Os "escrivães da frota" acusam os “invasores” de crime de degradação ambiental, o que é outra forma de mudar o foco das discussões. O terreno reivindicado é extenso e abrange um grande areal. Na parte baixa, há igarapés entre as árvores da floresta. Sebastião Kokama comentou com a antropóloga que a floresta em questão não é nativa: “Quando chegamos era capoeira. Ali quem tirou foi o próprio governo para botar terra para ali [obra da Ponte Rio Negro]. Quem tirou as madeiras daqui não foram os índios, não. Foram as olarias e os empresários. Vocês já viram índio com caçamba aqui dentro?”.
Escrivães da Frota
A polícia não quer conversa, usa a porrada como argumento. Casos de violência física foram relatados aos pesquisadores. O objetivo é isolar a área, quem está fora não entra. Um Tuyuka, de 16 anos, mostrou as marcas no corpo da agressão sofrida quando retornava com água e mantimentos ao local na manhã de segunda-feira (23). “Me algemaram e me jogaram dentro do camburão. O policial me trancou com ele sozinho na sala e disse: ‘agora nós vamos conversar’. Puxou o cassetete dele. O delegado [de Iranduba] chegou. [Eles] me seguraram e me deram um murro”, disse o menor.
O rapaz também contou que foi intimidado: “Eu me senti ameaçado, por [ele] dizer que ia descarregar uma pistola na minha cara”. Em seguida, segundo o menor, uma equipe do Conselho Tutelar apareceu e impediu que a violência continuasse. “Começaram a me dar guaraná, café, bolacha pra comer. Aí queriam me dar um monte de recurso: bolsa-escola, bolsa-família, minha casa-minha vida. Eu falei que não queria nenhuma dessas coisas. Falei que eu queria o meu direito. Que eles não podiam ter me batido. Não estava fazendo nada”.
Casas foram destruídas por tratores. Sem poder entrar, as pessoas se aglomeravam do lado de fora, relatando a violência da polícia. “Uma jovem, aqui, foi apoiar sua mãe, e um policial do Iranduba bateu nela. Todo mundo viu, agora ninguém pode falar nada, porque, se falar, ele volta de tarde e bate na pessoa”, afirmou J.W, cuja casa e objetos pessoais foram destruídos. “Estão quebrando tudo. Minhas coisas lá dentro estão quebradas. Dá até vontade de chorar. Já pensou um homem de 51 anos chorando? Mas é triste. A gente não tem onde morar”, continuou.
O Kokama, D.C., 20 anos, conseguiu fugir depois de ter sido agredido e algemado, quando tentava retirar seus pertences de sua casa. Levou um tapa na cara. "No descuido deles, eu puxei meu braço e sai correndo. Pulei a cerca e eles correndo atrás de mim. Só não me pegaram por causa do resto dos guerreiros que fecharam a rua para eles não passar”, explicou.
A guerra de Iranduba, camuflada pelos "escrivães da frota", acontece no momento em que a bancada ruralista no Congresso Nacional lança poderosa ofensiva para anular os direitos dos índios e quilombolas garantidos pela Constituição Federal que comemora, agora, em outubro, 25 anos de vigência. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil está convocando, entre 30 de setembro e 5 de outubro, uma mobilização nacional em defesa dos direitos dos índios.
No sábado (28) à tarde, Michelle Kokama informou que a operação de retirada de índios e não-índios havia terminado. É uma vergonha para o Amazonas, o maior Estado do Brasil, onde a polícia dá porrada em índios que buscam um lugar para morar. Os amazonenses deviam fazer como os cariocas fizeram com o Sérgio Cabral: infernizar a vida do Omar Aziz. Cadê os deputados José Ricardo Wendling (PT) e Marcelo Ramos (PSB) que estão sempre sintonizados com os interesses populares?
P.S. - Versão ampliada daquela que foi impressa no Diário do Amazonas, escrita a quatro mãos com Márcia Meneghini. Fotos de M.Meneghini e Glademir Sales. Ilustração Bambi&Mayara Advertising.

 

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45 Comentário(s)

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Ac Rz B (via FB) comentou:
05/10/2013
Grato, Professor, pela narrativa! Olha só, xará Marcelo Seráfico...as vezes me perco em tentar saber em que ano da era cristã estamos.
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Marcelo Seráfico comentou:
05/10/2013
Em alguma medida, Ac Rz B, estamos todos perdidos. Jamais nos encontraremos se não criarmos os caminhos pra sair do labirinto. O texto do José Bessa é uma denúncia e um manifesto. Uma denúncia contra quem manda e quem manipula, contra quem violenta e quem mente. E um manifesto em defesa de quem sempre resistiu ao mandonismo e à mentira. Infelizmente, nada do que é sério mobiliza os parlamentares. Eles são parte da "nova corte", cabe-lhes secundar o governador. Representam a si mesmos e a interesses que, de tão descuidados que são, às vezes até confessam... mas que são inconfessáveis. Enfim, novos caminhos precisam ser abertos. Os velhos estão sitiados pela mentira e a violência.
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Héio Dantas comentou:
04/10/2013
caro prof. bessa, sou professor no ensino fundamental da rede pública municipal, e, esta semana, ao falar aos alunos sobre as "políticas indigenistas" no segundo reinado, puxei a questão da "guerra de iranduba" a discussão foi muito boa. na próxima aula, lerão sua crônica, e a seguir produzirão textos sobre o tema.
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Ana Carla Bruno comentou:
01/10/2013
ÓTIMA descrição querido Bessa: Alegorias, Metáforas e descrição Etnográfica...Invasão X Ocupação; índios Puros X índios 'falsos'...Mulheres, crianças e famílias que além de violências Físicas vivem diariamente com violências simbólicas. É preciso esclarecer a população!!!
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H.A. comentou:
01/10/2013
Caro Bessa, Obrigado por mais essa contribuição valiosa que reflete os acontecimentos de hoje e os relaciona com toda a história da colonização. Seu comentário é especialmente oportuno nessa semana de mobilização pelos direitos indígenas constitucionais e contra as ameaças dos mercadores de ilusões. A crítica honesta e embasada é parte do direito ao livre pensar e expressar-se. Mas, alguns comentaristas desse artigo (possivelmente sejam repetentes de artigos anteriores) mereceriam um processo por discriminação étnico-racial com seus comentários rasos, desinformados e produtores de ódio ao semelhante diferente. De fato, há muito trabalho pela frente, para se alcançar uma sociedade mais justa e solidária. Obrigado por sua contribuição! Um grande abraço sulista
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30/09/2013
Professor eu cada vez mais me envergonho de pertencer à uma sociedade tão cruel e demagoga, não é possível que o Brasil que deve tanto a esta etnia ainda permita que essas coisas aconteçam, agora mesmo é que eu vou me espelhar na educação indígena pra me tornar uma educadora bem melhor, pois a que anda por aí não está acrescentando quase nada. Contato de gerusa pontes de moura
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Ana Stanislaw comentou:
30/09/2013
O descaso dos governantes para com os povos indígenas no Brasil é vergonhoso e absurdo. A polícia deveria garantir os direitos dos índios e não agredi-los. Afinal, quem são os bandidos nessa história? Ah! mas, quem leu o livro de Thomas H. Holloway, Polícia no Rio de Janeiro, sabe que essa instituição nasceu para reprimir os pobres e defender os ricos. Por isso, esses atos covardes, de humilhação. Lamentável! Obrigada Bessa por mais essa crônica-denúncia! Alguém precisa dar visibilidade para as lutas indígenas.
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daniele comentou:
30/09/2013
Os índios tem que ser respeitados com direitos como qualquer cidadão.
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opeh sol reis puri comentou:
30/09/2013
Sinto meu sangue ferver .uma vontade louca de acabar com estes governantes miseráveis , gananciosos , è preciso parar esses canalhas , Indígenas de todo Brasil precisam se unir e invadir o plenário mas infelizmente precisamos recursos pra sair do nosso Estado e se juntar aos parentes . Isso é que me deixa de mãos atadas e com vontade de chorar. Contato de opeh sol reis puri
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Glademir Sales Dos Santos (via FB) comentou:
29/09/2013
Li seu texto "Guerra do Iranduba" e considero, como sempre, um texto de valiosa reflexão, que nos convida a, constantemente, revermos nossas pré-noções, que sustentam o status quo das coisas públicas.
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Ardson Atcabo (Blog amazonia) comentou:
29/09/2013
Aqui esta representado uma partes dos lixos da sociedade brasileira!Bando de oportunistas!
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alfredo neto (blog da amazonia) comentou:
29/09/2013
Esta é a PM paga por nós para proteger as pessoas de bem. Que vergonha!
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Mané (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
em vez de correr atrás de bandido, se presta a esse serviço...PM...que nojo!...
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Alvaro de Campos (Blog amazonia) comentou:
29/09/2013
Parabéns á PM por dar um pau nesses indios inuteis
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João Carlos Martins da Rosa (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
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Marcio Nascimento (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
Concordo com você colega, pau nesse inúteis que não estudam, não trabalham e não agregam nenhum valor ao nosso país. Tinham que dar uma carteirinha do PT pra cada um deles.
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Jonas Santos (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
notícia semsacionalista, o TERRA e esse blog distorcendo para chamar a atenção.invasores, devastadpres e se fazemdp de vítima.
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Williams Viana (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
Não dá pra jogar na vala comum todos os policiais desse país, pq existem sim os que ainda, apesar de tudo, fazer seu trabalhado com dignidade................................................................................................................................................Mas o que não falta é maus exemplos de policiais brucutús despreparados, que não sabem nem lidar com gente. Depoimentos, vídeos e fotos, escancararam, principalmente nas últimas manifestações de rua, o total despreparo da maioria das forças policiais desse país.
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Sonya Andrade (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
Eu sou mais índia que aqueles que aparecem na foto!
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Davi Kerber(Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
Indio não produz nada, são vaggabundos, makonheiros, caxaceiros, não pagam impostos e mamam nas tetas do governo, e quanto as ONG's tem que acabar tudo...Na Amazônia vendem madeiras nobres, no Mato grosso fecham estradas e cobram pedágios e tenta passar sem pagar...tudo bandido...
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Alf Teimoso (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
DIZEM QUE A PM SÓ BATE EM PRETO POBRE PORQUÊ?
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Alex Carvalho (Blog amazonia) comentou:
29/09/2013
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Samuel Klain (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
VERIFIQUEI QUE EXISTEM MUITOS ESPECIALISTAS EM UM PAIS QUE NAO HA LEI!
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João Pedro Azevedo (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
Mas um caso desse no país! Será que somos todos burros??? De uns tempos para cá virou moda essa história de entregar a terra aos ``verdadeiros donos``. A grande verdade é que isso é uma grande indústria e que exite muitos interesses ocultos nisso. Todos sabemos que o índio contemporâneo não é muito mais civilizado do que muitos de nós brancos. Então a pergunta: por que querem tanta terra??? A matéria acima mais parece uma resenha, pois fica totalmente explicita a opinião do autor. Acorda meu querido, os indios do Brasil deixou de ser índio a muitos anos!
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Alessandro Bitencourt (Blog amazonia) comentou:
29/09/2013
tem cada ser humano com comentários pateticos aqui¹¹¹onde esses caras coseguem internet? ....para ter acesso a esse meio de comunicação tem que ser no mínimo capacitado intelectual,ou seja,um pouco mais que um analfabeto!!!!
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Jaraui Marcelino (Blog amazonia) comentou:
29/09/2013
Se eles estão sendo ameados, acha que vão ficar de mãos a pura! Estão reivindicando os direito como cidadão de uma sociedade e como um nativo. Polícia nenhuma tem direito de arrancar pessoas de seus lugares, e nem de ameaçar alguém.
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CARLOS AUGUSTO MENEZES GELIO (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
PROBLEMA SÉRIO E QUASE INSOLÚVEL NO BRASIL, ONDE A HIPOCRISIA E O INTERESSE POLÍTICO COMANDAM AS REGRAS. INVASÃO DE PROPRIEDADE ALHEIA É CRIME NO CÓDIGO PENAL, SÓ QUE, EM PINDORAMA, OS ''COITADINHOS'' TEM O DIREITO DE INVADIR E FORÇAR AS AUTORIDADES À PASSAREM A PROPRIEDADE PARA ELES, SOFREDORES DE UMA POBREZA QUE AS MESMAS FORÇAS HIPÓCRITAS CRIARAM AO LONGO DOS TEMPOS. SOLUÇÃO À VISTA? NEM EM 2099!!
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Antonio Eduardo Monteiro Fernandes (Blog Amaz) comentou:
29/09/2013
Pelas fotos e pelo texto percebe-se que os índios estavam ARMADOS e portanto pretendiam resistir com VIOLÊNCIA contra a ordem judicial de reintegração de posse. Mesmo assim ninguém morreu. Parabéns à polícia. O fato de um cidadão brasileiro morador de uma grande cidade ter origem indígena NÃO lhe dá o direito de resistir com armas a uma ordem judicial. A lei é para todos.
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Felipe Borba (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
ae otário, parabens! mostre sua ignorância! burro ignorante otário. Indio tem esses armamentos mesmo antes desse pais ser 'colonizado' idiota. Indios nem deveriam estar sob a lei do estado, uma vez que não deveriam integrar-se a sociedade. Deveriamos respeitar seus espaços, e não mexer em sua cultura. O maior crime contra os índios se você não tem inteligencia e estudo o suficiente para entender, esta nos índios usarem roupas. Isso já acho que é os efeitos dessa nossa sociedade desrespeitosa e cheia de ganância quererem intervir no que não deve. Não comente se for ignorante, é a dica que te dou. Vá ler. Vá estudar
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Antonio EM Fernandes (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
Aqui no Rio tivemos há algum tempo uma confusão envolvendo índios que invadiram um prédio no Maracanã, bairro de classe média no Rio de Janeiro. Em uma espécie de deboche afirmavam que queriam fundar uma aldeia Maracanã. Detalhe: os índios nativos do Rio de Janeiro eram os tamoios, todos mortos ou assimilados há vários séculos. Cara de pau em estado puro.
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Eduardo Alves (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
malditos comunistas, tratam os índios como invasores, nunca um governo tratou tão mal o povo indígena, estou revoltado
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Roberto Bomfim (Blog Amazonia) comentou:
29/09/2013
ESTES ÍNDIOS QUEREM TER TUDO SEM TRABALHAR,PARAM OS CARROS PEDINDO PEDÁGIO E AMEAÇANDO COM FAÇÃO QUE NÃO E ARMA DE ÍNDIO.O PAGA OU PODE ACONTECER ALGO DE RUIM COM VCS.ASSIM MESMO ELES ARRANHARAM MEU CARRO.
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Achylles Peret comentou:
29/09/2013
ELES SÃO OS VERDADEIROS DONOS DAS TERRAS ... E ESTÃO SENDO EXPULSOS DELA ... PELOS POSSEIROS QUE CHEGARAM DEPOIS
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Elaíze (via FB) comentou:
29/09/2013
"Os Supostos Descobridores". Por que ninguém quis saber no que havia por trás da estratégia policial de "vencer os invasores no cansaço"? Por que todos silenciaram diante da violência física e simbólica dos policiais. Por que todos sucumbiram ao discurso de que ali haviam apenas "supostos índios"? José Bessa em mais um texto demolidor
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sandro brizola comentou:
29/09/2013
www.mobilizacaonacionalindigena.blogspot.com Vamos ver quem paga 03deOutubro2013
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Leda Beck (via FB) comentou:
29/09/2013
José Bessa denuncia. Quem mais? Entre o Pinheirinho da rica São José dos Campos, em janeiro de 2012, e este Pinheirinho amazônico, quantos outros não terão ocorrido pelo Brasil afora? É, mais uma vez, o Estado brasileiro a serviço dos poderosos, tendo por arma os cães hidrófobos da PM. No caso, o Estado e a PM servem, juntos, a grileiros ricos, que sem dúvida contribuem para o caixa 2 de políticos locais.
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Alceu Castilho (via FB) comentou:
29/09/2013
Mais um texto essencial de José Bessa Freire. Para entender reintegração de posse no Amazonas. Em terra grilada.
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Ricardo Faria comentou:
29/09/2013
Beleza de texto, amigo Bessa Vai para sua página com chamada de capa com direito a foto Parabéns Forte abraço Ricardo Faria http://www.vejosaojose.com.br/
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Castilho (via twitter) comentou:
29/09/2013
mais um artigo essencial de José Bessa Freire. Antropologia, crítica de mídia, literatura. Tudo junto. RT
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Luis Bezerra comentou:
29/09/2013
Brasil! Mostra tua cara. Quero ver quem paga. Pra gente ficar assim. Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio?
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Ricardo Faria comentou:
28/09/2013
Brazil com Z, apenas uma farsa com um monte de farsantes agora sob o comando de Dilma Vira Lata Roussef. Precisa mais? Contato de Ricardo Faria
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Rogério Teles comentou:
28/09/2013
Um jornal local, taxou os índios de "invasores", porra quanta ignorância
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Hery DePauxis comentou:
28/09/2013
Os Italianos tem razão: " O Brasil não tem elite, nem classe a, nem classe b, nem classe c, nem z......Só tem gentalha sem dinheiro e gentalha com dinheiro". O único país continental e rico que não saiu do terceiro mundo, não tem saneamento básico e onde se briga por terras. E em 2013 é o único país do mundo onde o analfabetismo aumento. Preciso dizer mais para mostrar que os Italianos tem razão? Contato de Hery DePauxis
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José Varella comentou:
28/09/2013
ecos pós-modernos do diretório dos índios: ou arte de malazarte em transformar supostos índios em suposto cidadãos. Com o mestre José Bessa de Manaus urbi et orbi
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Marcelo Vallina comentou:
28/09/2013
Concordo plenamente com o artigo, só acrescentaria a questão da justiça estadual e/ou federal, um dos poderes menos transparentes do país.
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