CRÔNICAS

Carta aberta ao papa Francisco

Em: 04 de Agosto de 2013 Visualizações: 61390
Carta aberta ao papa Francisco

A Rádio Vaticano provavelmente nunca tocou "A Carta" de Waldick Soriano, que figurava nas paradas de sucesso da Rádio Baré, em Manaus, nos anos 1960. Naquele tempo disse o rei do bolero aos seus discípulos:

- "Irmãos, sigam-me aqueles que dentre vós sofrem com dor de corno".

Embora desconhecida por cardeais, essa epístola cantada, nada canônica, repleta de queixumes e gemidos de amor, foi a inspiradora da missiva abaixo, que nunca será lida pelo seu destinatário.

Manaus, 4 de agosto de 2013

Ao Papa Francisco

Saudações!

Escrevo esta carta, mas não repare os senões, para dizer o que sinto com o desempenho de Vossa Santidade na Jornada Mundial da Juventude. Sinto-me estimulado por V.S. que em entrevista dentro do avião, na viagem de volta para a Itália, declarou:  

- Eu gosto quando alguém me diz: 'eu não estou de acordo'. Esse sim é um verdadeiro colaborador.

Conte comigo, Sumo Pontífice. Este vosso humilde servo quer colaborar, até porque tem sérias restrições a essa visita ao Brasil tão paparicada e incensada pelo turíbulo da mídia que trombeteou o tempo todo: "Ah, que belo". Lembro aqui as palavras de V.S.:

- "Aqueles que dizem 'Ah, que belo, que belo' e depois dizem o contrário por trás, isso não ajuda".

Desejoso de ajudar V.S., manifestei desacordo público no Taquiprati. Minha voz dissonante foi incompreendida e censurada por amigos, alunos, familiares, não escapou nem meu dileto sobrinho, conhecido como Pão Molhado, que não ouviu o Papa dizer aos jovens em Copacabana:

- "Não sejam covardes, metam-se, saiam para a vida. Saiam às ruas como fez Jesus".

Meu sobrinho, hoje poderoso analista do Seguro Social na Agência da Previdência Social de Maués (AM), foi mais papista do que o papa:

- Cala a boca, tio! Respeita o Papa! Vós sois ateu? - me censurou, conjugando um verbo que coloca no mesmo saco três coisas tão diferentes como fé, religião e Igreja.

Esse aí não é o Pãozinho Molhado do titio, lá do bairro de Aparecida. Esse aí não é aquele menino que embalei na rede durante toda a infância, a quem fiz dormir cantando "Vento que balança as palmas do coqueiro". Esse é o Pane Tutto Bagnato que puxa o saco do Papa e só não excomunga o tio porque não tem poder para isso. De qualquer forma, não hesitou em me impor aquela punição do Direito Canônico aplicada ao teólogo Leonardo Boff pelo Vaticano: o "silêncio obsequioso".

Calei, engasgado, sobretudo diante do discurso de Boff e Frei Beto, a quem admiro e que fazem minha cabeça.Para eles, V.S. representa uma revolução na Igreja. É um discurso esperançoso. Mas o que observei e escutei na Jornada Mundial da Juventude me faz temer pela expectativa criada. Fiquei mudo uma semana. Agora, estimulado por V.S., rompo o "silêncio obsequioso" para manifestar desapontamento quanto ao tratamento dado a índios, mulheres, gays, divorciados, movimento carismático e à própria teologia da libertação. Francamente, Santidade, quanta decepção!

Na organização das cenas da Via Sacra em Copacabana tinha tudo: cantor, artista global de telenovela, Ana Maria Braga de lençol branco e cabelo arrepiado e até o Louro José. Só não havia índios, eles que foram crucificados em toda a América, aos milhares, segundo Las Casas. Os organizadores da Jornada apagaram os índios até da encenação da primeira missa, desconsiderando relato de Frei Henrique e o quadro de Victor Meirelles. Sequer um ator fantasiado de índio apareceu naquele momento.

No outro dia, fora desse contexto, os Pataxó conseguiram furar o bloqueio e dar um cocar a V.S., mas foram folclorizados. Nenhuma palavrinha de V.S. em defesa da terra invadida, das culturas subterrâneas, das línguas silenciadas. O segmento mais injustiçado da sociedade brasileira e talvez o mais generoso merecia uma palavrinha do Papa, no mínimo para pagar a dívida histórica com eles contraída pela Santa Madre Igreja. Nada. Suspeito que a Igreja saiu perdendo com a ausência dos índios.

E as mulheres? O discurso de V.S. aqui está empapado de contradição. Reconhece num primeiro momento que "a mulher na igreja é mais importante que os bispos e os padres", mas logo em seguida, perguntado sobre a ordenação de mulheres sacerdotes, como já fazem os anglicanos, nega tal importância:

- "Mulheres não podem celebrar missa. Essa porta está fechada. João Paulo afirmou isso como uma formulação definitiva".

Missa só pode ser celebrada por machos.

Quanto aos gays, pelo menos V.S. não agiu como César (Antônio Fagundes) quando descobriu que seu filho Félix (Mateus Solano) corria na floresta. Nem como o pastor Feliciano que quer curá-los. Felizmente o discurso homofóbico da carta do cardeal Bergoglio às freiras carmelitas não foi reiterado aqui. Já é um pequeno avanço:

- "Se uma pessoa é gay, quem sou eu, por caridade, para julgá-la?".

Mas união homoafetiva nem pensar:

- "A posição é a da igreja. Sou filho da igreja".

A posição da Igreja é a de que o homossexual deve ser acolhido com respeito e compaixão, desde que permaneça celibatário, dentro do armário. Nada de casamento. O padre Beto da Diocese de Bauru, excomungado por defender união gay, permanece excomungado. Gays são como os leprosos do Evangelho: aceita-se por misericórdia e não por reconhecimento da alteridade. Waldick Soriano parece mais cristão:

- "Espero que um dia / tudo se consiga / e a quem ama não seja negado / o direito de ser amado".

A teologia da libertação, um raio luminoso na Igreja da América Latina, foi considerada por V.S. como "uma doença infantil já superada". O movimento conservador de Renovação Carismática como "uma graça para a Igreja". Os divorciados "podem até comungar desde que não se casem outra vez". A anunciada 'revolução na Igreja' que abre esperanças para muitos setores marginalizados acaba diluída nesse discurso que até o momento não renova, embora tenha sido tão exaltado pela mídia.

A cobertura jornalística foi um oba-oba desinformativo, uma agressão à inteligência e ao senso crítico das pessoas. A TV Globo levou horas elogiando a humildade do Papa, só porque V.S. disse: "Rezem por mim", o que equivale a considerar alguém bondoso por desejar "Bom Dia".

O discurso sobre a pobreza foi simpático, mas a contradição é que a Jornada consumiu R$ 109 milhões em recursos públicos, e o Campo da Fé, mergulhado em lama, sequer foi usado. Louvo as palavras de V.S. sobre a prisão do Monsenhor Nunzio Scarano, que levou num jatinho para a Suíça 20 milhões de euros (58 milhões de reais), assim aprecio a luta de V.S, contra a rede de corrupção no Vaticano.

Creio na sinceridade do despojamento de V.S., mas se posso discordar digo que o que está em discussão não é a pobreza do Papa, mas a da Igreja, como instituição. Simpática também foi a menção à "água no feijon que chegou mais um". Quando for ao Vaticano, pedirei que botem água no minestrone. Espero reciprocidade. Do sempre seu Taquiprati.

P.S. Espero que essa carta seja lida ao menos pelo alto funcionário do Seguro Social na Agência da Previdência Social de Maués (AM).

Taquiprati, Pão Molhado! Ecco anche per te, Pane Tutto Bagnato!

 

 

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58 Comentário(s)

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Anne-Marie comentou:
15/08/2013
Parabéns, Bessa. É o que se chama na minha terra natal de "acertar os ponteiros do relógio". Concordo em gênero, número e grau. O papa polonês não podia entender o que representaram a teologia da libertação e as comunidades eclesiais de base como espaços sagrados de resistência à ditadura e esperança de uma igreja, em fim, aliada aos oprimidos. Ele fez tudo para destrui-los, substituindo-os pela Opus Dei e Renovação Carismática. O papa alemão, ex-juventude hitlerista, mentor intelectual do anterior muito menos. Mas o papa sulamericano podia entender um pouco mais o que se passa por aqui ou, como diz Milton Santos, no "mundo visto do lado de cá". Só não podemos imputar-lhe os gastos feitos por governantes que viram no evento uma ocasião impar de "faturar" e tentar recuperar popularidade após os movimentos de junho. Tampouco podemos culpá-lo pela manipulação de uma midia sempre ansiosa em reafirmar a "ordem estabelecida" desde a colonização. Mas isso não o isentava de cuidar da memória de uma tragédia que começa com as denúncias do dominicano Bartolomé de las Casas e continua viva atá hoje: o genocídio - físico e cultural - dos nossos índios.
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14/08/2013
A decepção é nossa, Caro Bessa...toda nossa...nossos grupos indígenas são, de fato, a melhor parcela que ainda há...ainda. E louvo a oportunidade da menção a Las Casas, aquele religioso que possuía algumas centenas de escravos índios (na Ilha de Cuba)... Saudações, Francisco de Castro. Contato de Francisco de Castro
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agripa comentou:
13/08/2013
Bessa, concordo com você: a defesa da tradição, família e propriedade está em boas mãos agora com o Papa carismático e midiático. Abraço, Agripa
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João Bosco Seabra da Silva comentou:
10/08/2013
O bom é inimigo do melhor. Numa estrutura milenar os avanços vêm em doses homeopáticas. Com o Papa Chico, até que houve uma acelerada...mas os cânones da doutrina...continuam intactos...
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Luiz Carlos Moraes (Blog Amazonia) comentou:
09/08/2013
Cartinha encardida né? Não fala coisa com coisa. Não há conexão entre os assuntos. Relativisa a vinda do Papa em função dos gastos, e quer que seu modo de pensar daquilo que o Papa falou seja verdade a ser cumprida pelo pontífice. Não entende nada de catolicismo. Deve ser ateu. E estes não tem embasamento religioso para falar sobre assuntos religiosos.
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Claudia Vasques comentou:
09/08/2013
E o que dizer do uso de aviões da FAB, consumindo uma fortuna em dinheiro público? Como bem lembrou meu filho Pablo, a Igreja tem recursos para pagar suas passagens... E quando o Dalai Lama esteve por aqui, ele não se valeu desss prerrogativas. Veja a diferença de postura e de tratamento. Assim, só posso areditar que o estado brasileiro, ao invés de laico, se crê católico apostólico romano... l
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Elza Ibrahim comentou:
08/08/2013
Caro Prof. Bessa, não o conheço pessoalmente, mas ouço muito a seu respeito através do grande Miguel Baldez! Parabéns pelo esclarecedor(e bem humorado) texto! Gostei muito também dos comentários de Paulo Bezerra. Um forte abraço!
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Vânia Novoa Tadros comentou:
07/08/2013
Há,há,há.......... Eu não vou continuar debatendo, Paulo, com quem não entende o que eu escrevo. Tu não compreendestes o que é iniciação religiosa e fostes muito mal formado em catolicismo, sim, com todo o respeito a senhora sua mãe. Tanto é assim que nem sabes que o Batismo é um sacramento e, portanto, não se pode apagá-lo. Ao Boff foram suspensos apenas o direito de pregar em nome da igreja. Agora ele está tentando bajular o Papa com seus artigos para voltar. Outra coisa, tu não precisas ficar sentando, levantando, ajoelhando para participar da Santa Missa. Podes ficar conforme a tua condição física permitir ou como te conectares melhor com Deus.
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Christiano comentou:
07/08/2013
...E assim continua o "legado" da Igreja Católica...Preconceito, segregação, insulto, atraso, corrupção, pedofilia, intriga, pobreza, castigo, pecado...Grande abraço Mestre, bela crônica... Contato de Christiano
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Rogério (Portal Cultura em Movimento) comentou:
06/08/2013
Em sentido análogo à importantíssima e lúcida crônica da semana de BESSA FREIRE, sugiro a leitura do também excelente artigo intitulado LA CRUZADA DE UM PAPA FELIZ Y PREVENTIVO, escrito por Modesto Emílio Guerrero. Trata-se de um texto muito esclarecedor. Abraços. Segue o link: http://cultura-em-movimento.net/profiles/blogs/la-cruzada-de-un-papa-feliz-y-preventivo
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Ricardo Henrique (Blog da Amazonia) comentou:
06/08/2013
O Papa Francisco nada mais é que um Bispo que viveu a realidade de um bairro pobre (subdesenvolvida) e agora é Bispo de Roma continuando o primado de S. Pedro. Nem por isso desmerecemos seu conhecimento. A Igreja católica não é a igreja do Papa e sim o Papa faz parte da Igreja então ele nao a mudara. Para aqueles que não conhecem a igreja o Papa mudará e é errado pensar assim. O que ele pode mudar é a curia romana identificando irregularidades e tentando corrigi-las. A igreja nunca esteve de portas abertas a ninguem, mas ministra o sacramento do matrimonio conforme a vontade de Deus crendo na continuidade da vida e em um modelo de família (homem, mulher e filhos) Adão e Eva, Noé e Noemma, entre outros. As igrejas evangelicas ou outras seitas aceitam o casamento então que vão para la. Quanto aos investimentos, senti vc manipulado pela midia. Acha que só houve gastos? a 2 anos realizamos eventos todas as semanas para ajudar a levar pessoas que não tinham condição de participarem da peregrinação e sem parar a vida da igreja que continuou ajudando as pessoas mais necessitadas. Si que houve um retorno de aprox. 1,8 Bi e quem participou viu a felicidade da cidade e dos comerciantes porque 3,7 milhoes teriam que se alimentar tbm e da onde viria? Seu texto é mais do mesmo da Rede Globo, um oba-oba desinformativo
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Mirando Afonso Rubenich comentou:
06/08/2013
Excelente resposta, amigo. Apenas o autor deste artigo e mais um critico sem causa em relação a Igreja Católica, como aliás, se ve muitos na imprensa ultimamente. Tb achei abusada a empolgação da Globo em relação a cobertura do evento, muito sensacionalismo, no mais não concordo com o artigo.
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06/08/2013
Com vistas ao multiculto e renomado pensador e Doutor acadêmico o articulista José Bessa, e em especial à ilustre comentarista Tânia Bessa em sua Nota Critica.. Que “grandeza” e que “exemplo” se podem aquilatar da índole de um Pontífice cuja sensibilidade religiosa e política, enquanto Chefe de Estado do Vaticano, e suprema Majestade dos Católicos no Mundo, não sentiu, não compreendeu, e não reagiu, em relação à grotesca, vergonhosa e anacrônica postura do Governo Brasileiro, da Diplomacia Tupiniquim,e da Igreja Católica do Brasil, que chegaram ao cúmulo de, dentre outras demonstrações de COLONIALISMO ATRASADO E SEGREGACIONISTA, DISCRIMINAÇÃO RACISTA ANTI-INDÍGENA (um escândalo!...), e de IGNORÂNCIA ETNO-SÓCIO-CULTURAL HISTÓRICA, ao excluir sumariamente dos roteiros expressos e discursos falados do PAPA FRANCISCO, as milhões de Almas nativas TUPYFONAS (falantes do tronco étnico TUPY) que compõem as diversidades linguísticas do Brasil e das Nações do Mwecosul? Ficaram menosprezadas e sem vez nem voz imensuráveis parcelas demográficas nacionais e internacionais, como párias indesejáveis do planejamento estratégico receptivo e inclusivo programático da JMJ-JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE. Dona Tânia, responda, já que a Senhora fala de “grandeza e exemplo de amor e respeito", segundo sua propria opinião, "que foi esse evento para os jovens de todo o mundo” (!...). Ou será que os JOVENS TUPYFONOS SUL-AMERICANOS ficam de fora do seu conceito de Gente Digna do contexto Global? Dona Tânia (e do conceito subjetivo do PAPA), além do BRASIL. JOVENS TUPYFONOS enquanto Cidadania do Mundo Contemporâneo, Hein, Dona Tânia?... Como explica a Senhora esta contradição?.., a partir da Igreja, do PAPA FRANCISCO e do Vaticano???... Contato de paulo lucena - etnólogo-indigenista pan-americano
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Falcão Vasconcellos comentou:
05/08/2013
Bessa, a ironia atômica, "sarcástica" e extremamente necessária. Deixando de lado as querelas necessárias, e por vezes no meu entender importantes, não se pode esquecer que brincadeiras, risadas e palhaçadas também devem ser encaradas no âmbito da seriedade. Sem elas, a vida e o enfrentamento difíceis questões de toda ordem com as quais temos de lidar, se torna um "suplício".
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Ie Costa Souza (Blog da Amazonia) comentou:
05/08/2013
Concordo plenamente com seu texto , José Bessa, poucas são as pessoas que tem o poder da linguagem compreendida , com suas palavras esclarecedora .
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Vânia Novoa Tadros comentou:
05/08/2013
Paulo Bezerra, eu sou católica primeiro porque nasci em uma família cujas ancestrais há inúmeras gerações são católicos de verdade e vivem esta espiritualidade com muita alegria. Antes de participarmos da Igreja Paroquial nós somos orientados na Igreja Doméstica a viver a fé por amor a Deus e não por medo do inferno. Essas afirmações tua e do Bessa fazem rir a qualquer pessoa que frequenta regularmente a I.C. há bastante tempo. Para se escrever sobre algo é preciso se atualizar sobre a instituição criticada.Quanto os bandidos existentes nas cadeias são culpa em grande parte de intelectuais metidos a modernosos que começaram a pregar contra as religiões para empurrar goela abaixo dos jovens ideologias fracas e materialistas, a criticar a organização familiar,a estimular o uso de drogas o que deixou a juventude e os adultos sem apoio moral e espiritual.Assim desorganizaram a família e a socidade. Na minha igreja somos acolhidos com misericórdia e compreensão.Somos constantimente preparados para viver a solidariedade. Quem deixou o catolicismo o fez porque não aproveitou essa boa formação. Religião é diferente de partido político que vc escolhe depois de adulto. Na religião vc precisa ser iniciado e bem formado desde pequeno. Se a sua igreja doméstica falhou é uma pena, mas vc não pode analisar todos os católicos tendo por base o que aconteceu na sua família. Eu posso te afirmar que atualmente nós temos católicos de melhor qualidade em todo o Brasil e participando dos sacramentos. O Papa Francisco não pode te representar porque tu não és católico só porque fostes batizado.
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Paulo Bezerra comentou:
06/08/2013
Querida Vânia, pode ter certeza que eu fui amado e muito bem educado e orientado na fé católica pelos meus pais tanto quanto você foi pelos seus. Fui batizado, crismado, fiz primeira comunhão, fiz treinamento pra liderança cristã, fui líder em grupos de jovens católicos, frequentei missa todos os domingos até os 19 anos, etc, etc. Porém, é aí que mora o perigo. Senão vejamos: O Catolicismo não se transmite por hereditariedade. É preciso muita doutrinação. O que você chama de “iniciação”, praticada em uma criança, se torna uma verdadeira “lavagem cerebral”. Crianças são jovens demais para tomar decisões sobre a origem do universo, da vida ou da moral. Qual a criança católica que se sente confortada ao assistir missa todos os domingos e ficar naquele senta, levanta, ajoelha, levanta, ajoelha, senta, ouvindo aqueles sermões chatérrimos? A decorar o catecismo, a salve rainha, o ato de contrição, o ato de caridade, o credo e o diabo aos quatro? Se para um adulto é difícil acompanhar essa coreografia, imagine para uma criança? Os pais, por mais que amem e queiram o melhor para seus filhos, não tem o direito de limitar os horizontes do conhecimento dos filhos, não tem o direito de criá-los numa atmosfera de dogma e supertição ou obrigar que eles sigam os caminhos predefinidos de sua própria fé e não possuem permissão divina para aculturar os filhos do modo que bem quiserem. As crianças tem o direito de não ter a cabeça confundida por absurdos sobrenaturais e nós como sociedade temos o dever de protegê-las disso. Assim como a humanidade evoluiu e condena quem “corrige com a vara” como ensina a Bíblia e quem provoca maus tratos ou castigos corporais aos seus filhos. Também devemos condenar quem pratica abuso psicológico contra crianças. Atormentar uma criança com conceitos como inferno, purgatório, diabo, satanás pode provocar os mais diversos distúrbios na idade adulta. Os homens bomba também foram criados e educados na religião de seus pais e acreditam sinceramente que se martirizando estão fazendo a vontade do seu deus Alá. Os Talibãs foram educados por seus pais a açoitar com chibatadas a pele de suas filhas que mostrarem 1 cm do seu corpo. Os Somalis foram ensinados por seus pais a mutilar sexualmente suas filhas ainda crianças. Duvido que apareça uma mulher adulta pedindo ao chefe religioso de sua tribo para ser mutilada sexualmente. A Igreja doméstica que você se refere nada mais é do que a educação doméstica onde são ensinados os valores morais que farão parte da nossa vida. E esses valores morais independem de igreja ou religião e são desenvolvidos ao longo dos tempos através da evolução da humanidade e que nos são repassados por nossos ancestrais. Ser uma pessoa de bem, possuir bons propósitos e não praticar o mal faz parte da cultura da maioria, senão da totalidade dos povos do planeta. Há uma gramática moral universal orientando os nossos juízos morais, uma faculdade da mente que evoluiu ao longo de milhões de anos, até incluir um conjunto de princípios para formar uma série de sistemas morais possíveis. O nosso senso do certo e errado é muito provável que seja resultado do nosso passado evolucionista. No entanto, existem católicos e fiéis de outras denominações que só tentam ser bons para obter a aprovação e a recompensa de Deus, ou para evitar a desaprovação dele e a punição. Isso não é moralidade, é só bajulação, puxação de saco, viver preocupado com o monitoramento divino de cada movimento seu, até seus pensamentos mais ordinários. Vamos viver a vida livremente e intensamente, sem culpas, sem medos, praticando o bem e apreciando a natureza. PS1. Socorro !! A Papisa Vânia Tadros acaba de me excomungar, eis o veredictum: “O Papa Francisco não pode te representar porque tu não és católico só por que fostes batizado”. Cassou na boa minha certidão de batismo e de Crisma. Vou ser companheiro do Padre Beto e do Frei Leonardo Boff. PS2. Peraí! Se a Igreja católica ainda não admite mulher sacerdotisa, muito menos admitirá papisa. Ufa ! Estou salvo.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
05/08/2013
Hoje está na Folha de São Paulo o que eu já vinha escrevendo há muito nos blogs e sites:" O Lula está recomendando aos seus militantes guerra nas redes sociais." Então o Papa Francisco poderia fazer uma revolução e não seria elogiado por petista. Eles precisam de um Cristo para desviar a atenção do corrupto, ineficiente, atabalhoado E sem projeto político governo do PT
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Fernando comentou:
05/08/2013
Prezada Vânia, grato pela informação. Eu não havia tomado conhecimento da orientação desse que é um dos nossos líderes. Não dá pra ler tudo que recebemos aqui na nossa satírica Agência Assaz Atroz, apesar de que duvido muito que Lula tenha usado expressões como "guerra na internet". Se o fez, está errado, a guerra é difusa e confusa, como a Trolha de São Paulo ou de outro santo qualquer; também como a cabeça de muitos de seus leitores. Em todo caso, é possível que ele tenha falado dessa forma; afinal, a ciberguerra taqui pra ti e para todos, demo-craticamente, não é mesmo? Bom, vamos à luta... digo, ao front... Abraços – Fernando Soares Campos – Editor-Assaz-Atroz-Chefe.
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Tarcisio Carvalho (via FB) comentou:
05/08/2013
Ainda bem que continuamos a ter vozes lúcidas e críticas como José Bessa! Boa reflexão, cheia de bom humor (como sempre), respeitosa e firme nas posições críticas. Gostei muito!"
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Eneida comentou:
05/08/2013
Parabéns pelo seu olhar que não discrimina ninguém. Torço para que o Papa leia sua carta. Acredito que ele iria gostar. Com carinho, Eneida
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Portal Cultura em Movimento comentou:
05/08/2013
Essa carta deveria ser lida, refletida e analisada pelo Sumo Pontífice. Confiram na crônica da semana de BESSA FREIRE: http://cultura-em-movimento.net/profiles/blogs/carta-aberta-ao-papa?xg_source=msg_mes_network
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05/08/2013
Você está certo. Na verdade o Papa veio como um estadista na tentativa - com sucesso - de resgatar a imagem da igreja católica tão desgastadas por escândalos de corrupção, pedofilia... Todo o cenário preparado pelo governo brasileiro, na minha opinião, foi para aliviar a tensão em que se encontra a população, com total insatisfação com a nossa classe política. Tanto Igreja como governos nos veem como um eleitor e um mantenedor, onde a Igreja oferece soluções abstratas para os efeitos da incompetência de cada governos dos estados da federação. Contato de José Pereira sobrinho
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Balbini comentou:
05/08/2013
Nao creio que o texto seja exatamente "para dar risadas"... Seria, talvez, certamente mesmo, para pensar. E, ja que temos um Papa simpatico eaberto, pensemos...
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Tania Bessa comentou:
05/08/2013
Acho uma pena que você , por causa da sua grande aversão pela Tv Globo e pelo seu grande amor pelos índios (com toda compreensão), não tenha conseguido sentir a grandeza e exemplo de amor e respeito que foi esse evento para os jovens de todo o mundo. O Papa não veio fazer política e nem se candidatar à nenhum cargo. Ele veio em missão de paz.
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Paulo Bezerra comentou:
05/08/2013
A jogada de marketing do Vaticano mancomunado com a rede Globo só engana os incautos ou os enebriados pela fé absolutista e cega. A vinda dele ao Brasil foi apenas uma tentativa de botar freio na revoada de fiéis que a cada ano abandonam a Igreja católica. Motivos não faltam: A igreja ainda considera os povos indígenas como "criaturas inferiores, que não possuem alma". É assim também com as comunidades quilombolas, descendentes de escravos. Que respeito esse Papa tem pelas mulheres quando alega que a porta da Igreja está fechada para elas que quiserem ministrar a eucaristia, se tornando sacerdotisas ? Quando prega contra o direito de mulheres estupradas receberem a devida assistência médica em hospitais da rede pública? Que amparo esse Papa dá aos órfãos africanos que perderam os pais para a AIDS, quando a sua Igreja poderia ter evitado a morte de milhares deles se pregasse em seus cultos a favor e não contra o uso de preservativos ? Que respeito esse Papa tem pelos jovens que mesmo após os escândalos de pedofilia cometidos por padres, ainda mantém milhares de coroinhas e sacristãos "menores"de idade nas paróquias, nos seminários, nas escolas confessionais e até mesmo no Vaticano (38 coroinhas), convivendo nas mesmas condições que propiciaram os milhares de casos de pedofilia, estando expostos a novos investidas criminosas? Não. Esse Papa não me representa e nem as milhares de pessoas que acabei de mencionar.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
05/08/2013
Paulo, tu achas que o Papa Francisco faz questão de ti representar sendo o Brasil o país com mais católicos do mundo? A Igreja Católica não obriga ninguém a ser católico, nem a frequentá-la. "Católicos" que querem fazer do Papa um fantoche teleguiado estamos dispensando. Na minha opinião há gente aqui que deveria ter a coragem de um Lutero e fundar a própria crença e igreja segundo os seus próprios princípios.O interessante é que também no judaísmo e no islamismo as muheres não exercem funções ritualísticas, porém ninguém aqui as cita.
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Luiz Pucú comentou:
04/08/2013
Lavou a alma (e a égua!). Contato de Luiz Pucú
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Vânia Novoa Tadros comentou:
04/08/2013
Vcs já perguntaram se as mulheres católicas querem celebrar missa? Por que nós temos que imitar os anglicanos se nossa religião tem uma história diferente? Admira-me que alguém que conhece tanto de Antropologia defenda que uma religião cujo líder fundante era homem não entenda a tradição católica. Uma das principais características das religões sérias é a TRADIÇÃO. Por outro lado, contradição seria defender a família tradicional e defender o casamento homoafetivo. Se quizerem casar casem, mas não com as bençãos da I.C. A culpa não é do Papa e sim da natureza: os gays podem casar mas não conseguem ter filhos. Quanto a IGREJA CATÓLICA ser rica é necessário para manter a evangelização e suprir a deficiência dos Estados laicos em projetos sociais: hospitais, escolas, creches, etc.
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clelia comentou:
04/08/2013
clap, clap, clap, clap. obrigada Bessa, eu fiquei muda também e quase surda por uma semana.
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Manoel Inácio comentou:
04/08/2013
Caros “amigos” internautas, leitores do jornal “Diário do Amazonas”. Veicula-se sempre na página 4 do caderno de Política uma coluna com artigos diferenciados todo dia. É interessante a leitura, recomendo a todos.No ultimo domingo, 4 de agosto de 2013, ao ler o jornal, deparei-me com um artigo do professor universitário José R. Bessa Freire, cujo título “Carta aberta ao papa” falava de uma decepção própria do autor, em relação à entrevista concedida no voo de Rio à Roma. Deixando de lado a ironia com o qual elogia o papa, o autor inicia falando sobre seu “desapontamento” comentando os pontos da entrevista, aliás, alguns pontos que apenas lhe interessam (não sei o motivo para isso) dos índios, mulheres, gays e divorciados […] Papa Francisco veio ao Brasil para participar da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) com a juventude, nisso, seus discursos, homilias estão voltadas para a espiritualidade da própria juventude. Primeiro ponto: O fato de não ter representação indígena na encenação da primeira missa no Brasil foi culpa de quem? Dos organizadores? Dos artistas que encenaram? De quem? Quem é o bode expiatório? No Brasil sempre tem que ter um! Não é professor!? Que culpa tem o Papa? Qual é a mensagem que se queria passar? Qual o olhar com o qual se voltou o seu para a JMJ? Segundo ponto: as mulheres. Ah! As Mulheres! Tão faladas, hoje, na sociedade. Seja por espaço social, seja por vergonha nacional. Foi citado pelo autor a seguinte frase atribuída à fala do Papa: “a mulher na Igreja é mais importante que os bispos e os padres”. A frase dita pelo Santo Padre foi: “E pensar que a Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos!”. A interpretação pessoal para defesa de um a ideia é perigosa quando não se deixa transparecer o real escrito e falado. A mulher na igreja, a faz crescer, nas palavras do próprio Papa. Qual o papel da mulher? E o do homem? “a posição é a da Igreja. Sou filho da Igreja” – opinião de do Papa sobre o assunto. Todos os católicos somos filhos da Igreja, assumimos o que nossa mãe diz para melhor nos ajudar a caminhar. Posso ter uma opinião contrária, mas me calo diante da opinião de minha mãe com milênios de experiência para me ensinar. Professor, a sucessão apostólica não é uma tomada de mandato legislativo, onde cada governante anula o que o seu opositor (no poder) fez. Isso é um dos contributos que ajuda a Igreja a permanecer viva: a sucessão é colegiada. Mas não creio que entenda, ou faça esforço para entender.Terceiro ponto: paupérrima a analogia feita da posição da Igreja em relação aos gays com a novela “Amor à vida” quando um personagem fictício descobre que o filho é homossexual. Tenha paciência. A ficção não representa a realidade. O povo sabe qual a opinião e posição da Igreja. A juventude católica sabe. Porque falar o que não favorece a espiritualidade, o encontro entre a juventude do mundo!?. Esse sim era o objetivo maior da JMJ-Rio 2013. A Igreja é mãe. Assim tendo seus erros, ela sabe o que é bom para os filhos. Ainda que “eu” não goste, ou que os outros irmãos não aceitem, mas é o que a mãe pensa para o bem dos filhos. Uma JMJ não é espaço para discutir os problemas sociais do País, diga-se de passagem que nem mesmo nossos governantes conseguem dar conta de resolver, dirá a Igreja que na maioria das vezes é vista como ponto de “solução” para amenizar o que o Estado Laico não pode dar conta.Deixo meu e-mail para eventuais discussões. A ideia não é defender ou condenar os temas abordados, mas o referido artigo “Carta aberta ao papa” do professor. Manuel Inácio, graduado em filosofia
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Pretinha comentou:
05/08/2013
Eu creio que não podemos desprezar a sabedoria de nossa mães, mas acredito que a medida em que amadurecemos, podemos participar de uma relação de troca contribuindo para o crescimento da família como um todo. E a mãe que percebe isso cresce e faz a família crescer. Foi o que aconteceu com a dona Elisa Bessa minha mãe e é o que acontece conosco. Uma reflexão trazida por um filho sempre será bem vinda nem que seja para argumentarmos com nossos filhos levando-os a uma mudança de atitudes. A mãe também pode ter uma visão parcial e precisa de olhares diferenciados para ter noções e responsabilidade para educar seus filhos.
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Paulo Bezerra comentou:
05/08/2013
Prezado Manoel Inácio, Você afirma, talvez com a crença no dogma religioso da infalibilidade papal, que “a sucessão apostólica não é uma tomada de mandato legislativo, onde cada governante anula o que seu opositor fez”. Muito bem. Então como você explica que o Papa Bento XVI, em abril de 2007, tenha abolido o limbo infantil, tão utilizado pelos Papas que o antecederam, afirmando que o mesmo não passaria de uma hipótese celestial ? Como não reconhecer que os pedidos de perdão feito por João Paulo II dos erros (atrocidades?) cometidos pela Igreja diante do holocausto nazista, da escravidão compulsória dos negros africanos, do julgamento de Galileu Galilei, são o reconhecimento de que a Igreja e os Papas que o antecederam falharam nesses episódios ? Parece que o Papa Francisco quando joga a responsabilidade para um ex Papa já falecido da não permissão do sacerdócio para as mulheres, está demonstrando uma fraqueza ou medo de enfrentar o conservadorismo que impera na Igreja Católica.
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Vanderlise Machado (via FB) comentou:
04/08/2013
Adoro as crônicas do José Bessa... compartilho e recomendo!!!!
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Hans Alfred Trein comentou:
04/08/2013
Caro Bessa, gostei muito dessa sua análise da visita do Papa, bem como já da outra. Fiquei pensando, se devia reagir, afinal sou luterano. Conclui que não me cabe opinar quanto ao pão molhado. Mas, a visita do Papa não é assunto interno da igreja católica. Afinal, somos cristãos, apenas de confissões diferentes. Por causa de Jesus Cristo, o Papa aqui nesse país não podia ter deixado indígenas e descendentes de escravos fora de uma manifestação profética e pastoral. Se não o fez, ou foi mal assessorado, ou foi por opção consciente. Ainda fico torcendo para que seja a primeira alternativa. Meus ouvidos luteranos vibraram com a declaração sobre o Estado laico que eu nunca tinha ouvido da boca de um Papa. A rede Globo pintou e bordou em cima de um pequeno refresco: para uma igreja que passou 40 anos num deserto escaldante de esperanças com os dois Papas anteriores, as menores sinalizações, alguns pequenos pingos de água já são alçadas á condição de fonte jorrante. Na questão das mulheres aparece uma das prisões babilônicas de igreja. Se esse Papa quiser ser mesmo revolucionário como sugere aos jovens, deveria pensar em convocar um III Concílio Vaticano, para rever essa e outras questões pertinentes. Abraços, Hans
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Eliamara Lima comentou:
04/08/2013
Agradeço por voce existir, viver e ser uma voz dissonante como diz. Sua coluna cala fundo em minha alma e me pego balançando a cabeça e sorrindo a cada palavra, não sem um aperto na garganta pelas misérias cotidianas e pela história indígena apresentada pois peco por omissão. Embora o sangue indígena corra em nossas veias, queremos somente a parte fashion dos cocares e miçangas mas fechamos os olhos ao descaso e nos juntamos cúmplices ao preconceito e a distancia. Lamento por meus antepassados mas me alegro por ti que me mostras como eu sou.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
04/08/2013
Isso é que é escrever sobre o que não se conhece e não se percebe. Meus sinceros PROTESTOS! Ou, quem sabe, conhece mas não pode demonstrar.
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Eduardo Gomes (via FB) comentou:
04/08/2013
Ri muito com o pão molhado aqui ... kkkk
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Cristiane Gonçalves comentou:
04/08/2013
Profa Prezado Prof. Bessa, o Papa Francisco me emocionou por representar a possibilidade ou mesmo a Utopia de sonhar por uma nova igreja, inspirada nos caminhos, por exemplo, da teologia da libertação e na fraternidade franciscana. Contudo, concordo com o senhor, e agradeço pelo texto, que nos convida a reflexão e nos lembra que há muito que avançar. Minha torcida é que o Papa Francisco avance mais, porque também entendo que o pouco de avanço que representou, para muitos católicos é uma verdadeira revolução e sentem que o Papa exagerou e a resistência a ele é forte dentro da Cúria. Me incomodou muito a declaração dele sobre a Mulher na igreja/sacerdócio e a encenação da Primeira Missa, mas seguiremos o conselho do Santo Padre e nossa militância continuará nas ruas e salas de aula, alimentando a Utopia que anima a nossa caminhada, como disse o comandante Marcos em Chiapas: Lutaremos por um Mundo onde todos os mundos tenham o seu lugar. Fraterno Abraço!
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Florencio Vaz (FB) comentou:
04/08/2013
"CORTANTE, CERTEIRO E BRILHANTE, como sempre meu velho guerreiro José Bessa. Parabéns. Peço a todos os amigos que como, se empolgaram com o que viram do Papa Francisco na mídia no Brasil. Não é para retirar nada do que dissemos - por enquanto - e nem é uma crítica besta destas que apareceram aqui no Face. Mas este irmão escreve uma verdade que poucos viram. Não basta curtir e compartilhar. É para LERo" Ver publicação Saiba mais sobre marcação no Facebook. Obrigada, A equipe do Facebook
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Edson Viana (via FB) comentou:
04/08/2013
Muito bom....uma da minhas críticas tb foram alguns cantores sem nada a mostrar sobre religiosidade. ..a organização falhou em muitos pontos. ...quantos cantores católicos temos para que pudessem agraciar os participantes do evento? ....Luan Santana?.....nada haver
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gina couto comentou:
04/08/2013
Bom, muito bom, vou repassar para amigos e conhecidos de Br. e Uruguay, por se algum distraído não consegue ler na intenção a verdadeira mensagem .
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Marilza de Melo Foucher comentou:
04/08/2013
Por causa de Waldik Soriano tive um balde de agua gelado na cabeça as 5horas da manha em pleno boulevard saint michel no bairro latino em P ARIS! Tudo isto graças ao jornalista e cronista M. José Ribamar. Bessa que cantava com todos os pulmoes Adeus Manaus de Waldick Soriano, ele estava deixando Paris definitivamente, para voltar pra Manaus. Sua relaçao com Paris é como sua relaçao com Manaus, dai nada melhor para homenagear Paris com seu cantor preferido dos anos 60, Adeus Manaus e Adeus Paris reunia laços de afetividade muito grande com Bessa. Exceto que Paris preservava seu patrimônio historico e cultural, seus jardins e em cada placa de rua, tem muitas historias e estorias para o senhor Bessa historiador, sociologo, etnologo e o escambal contar. Mas saindo das lembranças desagradaveis ligada ao Waldick Soriano... a crônica de José Bessa acertou de cheio tanto a anterior e esta deste domingo ressalta com precisao sujeitos/assuntos esquecidos pelo papa ou maltratados pela sua santidade. Faltou também condenar os que ameçam de morte bispo emérito de São Félix do Araguaia, MT nosso querido Dom Pedro Casaldaliga, este mereceria uma homnagem especial do Papa, este fez opçao preferencial pelo pobres e assumiu a defesa dos povos indigenas desde a época da ditadura.
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marcio comentou:
04/08/2013
muito boa a sua crônica professor, lembremos que no século VII D.C a religião muçulmana se alastrava na Àfrica. por inserir todos como irmãos e com direito e deveres iguais. independente da cor da pele.e aqui no Brasil no século XVI ainda se via alguns seres humanos tidos "sem almas" pela igreja e propício a todas as atrocidades possíveis.isso tá tão entranhado no brasileiro. que os excluídos pela sociedade nem fazem falta no mega show, idealizado pela rede globo e que influencia milhares de pessoas. não sou chegado muito a religião, por causa dos bastidores das mesmas. graças a Deus!
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Esther Arantes comentou:
04/08/2013
Muito boas as suas ponderações, caro Bessa. Sempre atento e colocando os pingos nos is, conforme disse alguém, no que concordo inteiramente. Registro que passando pela orla, vi um grupo de indígenas acompanhando a peregrinação, via Copacabana. Grande abraço e admiração, Esther
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Camilla Oliveira. comentou:
04/08/2013
Espancou nas palavras, professor! Faco jus a tudo que fora dito nestas linhas acima dispostas. Divido desta mesma revolta! Parece que existe uma parcela da sociedade que não se permite olhar para as verdades dos fatos. Tamojuntonessaluta
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04/08/2013
excelente, querido amigo Bessa. Perder o senso crítico, jamais!!!Parabéns pelo texto, mais um pra nossa coleção. Contato de Prof. Roberto Abtibol (Fé e alegria)
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Ana Stanislaw comentou:
03/08/2013
Muito Boa! Espero que V.S leia! Alguém tem o email dele ou o face? Também estou esperando a revolução na igreja, pois a esperança é a última que morre. Por sinal, V.S. quando vieres ao Brasil, peça, por favor, caso venha ao Rio, para os governantes não gastarem tanto dinheiro com a suas breves visitas.
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Jose Eduardo Moura (via FB) comentou:
03/08/2013
Gostei! O Chicão soli Deo é melhor ! Mas bom texto, ótimo começo, melhor que todo!
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Manu comentou:
03/08/2013
Papa essa, Pão Molhado!
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Rogério Teles comentou:
03/08/2013
O segmento mais injustiçado da sociedade brasileira e talvez o mais generoso merecia uma palavrinha do Papa, no mínimo para pagar a dívida histórica com eles contraída pela Santa Madre Igreja. Nada. Suspeito que a Igreja saiu perdendo com a ausência dos índios. Mestre, sou católico, devoto de Nossa Senhora, porém sou contra a posição da Igreja, em relação a alguns assuntos, a curia Romana tem que rever sua posição, e pedir perdão aos índios e negros, pela violência praticada contra eles no passado, omissão também é pecado, bela crônica.
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Grecia comentou:
03/08/2013
Orgulho de ser sua orientanda, aluna e amiga! Faço minhas suas palavras...
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Egydio Schwade (via FB) comentou:
03/08/2013
É isso aí meu amigo Bessa! Sempre alerta e colocando os pontos nos ís! Com o meu cordial abraço
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Suane Viana (via FB) comentou:
03/08/2013
Até quando não concordo, adoro e dou boas risadas. Acho que é a tal dialética.... Que o pão molhado leia.... kkkkk
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