CRÔNICAS

Protestos de rua na Pauliceia Desvairada

Em: 16 de Junho de 2013 Visualizações: 30336
Protestos de rua na Pauliceia Desvairada

Que prefácio interessantíssimo escreveria Mário de Andrade, se vivo fosse, sobre a repressão às recentes manifestações que ocorreram em algumas cidades brasileiras? Estava eu pensando em escrever sobre o assunto, quando me chegou o texto de um amazonense, que reside atualmente em São Paulo. Víctor Cyrino cursa pós-graduação em direito internacional na PUC,  é usuário assíduo do transporte público, excelente observador do cotidiano e escreve bem pra cacete. Além de tudo, é meu sobrinho, o que me deixa inchado de orgulho.

Indignado com a ação policial, perplexo com a babaquice do Geraldo Alkmin e do próprio Hadadd, entusiasmado com a garra dos manifestantes, tentei várias vezes escrever algo sobre o tema e reconheci, lucidamente, que o texto do Victor expressava melhor o que eu queria dizer do que o meu. Abandonei o que havia escrito e pedi licença para que ele aceitasse fazer o meio-de-campo na conversa deste domingo aqui no Diário do Amazonas. O texto abaixo, intitulado Protestos e Pretextos, é de autoria de Victor Cyrino.

PROTESTOS E PRETEXTOS

"Tenho acompanhando as recentes manifestações que ocorrem em São Paulo e em algumas capitais do Brasil referente ao aumento da tarifa de transportes. Procuro opinar apenas sobre a cidade de São Paulo em que atualmente resido e utilizo o transporte público como usuário assíduo.

No dia 01/06 a tarifa de ônibus, metrô e trens foi reajustada de R$ 3,00 para R$ 3,20 centavos. O prefeito de SP Fernando Hadadd na data do anúncio afirmou que o valor poderia ser maior uma vez que não foi repassada sequer a inflação acumulada do ano e que todas as esferas da administração pública haviam se esforçado para não onerar o trabalhador paulistano.

Desde então iniciaram movimentos na cidade contra o reajuste. Até hoje (13/06) ocorreram quatro dias de manifestações  seguidas, organizadas pelo Movimento Passe Livre, sendo que recentemente algumas finalmente chegaram na mídia, com manchetes afirmando que "Vândalos" quebraram pontos de ônibus, picharam carros e depredaram  ônibus durante as manifestações.

Faço aqui minhas observações:

Após a morte de dois africanos pela polícia no subúrbio de Saint-Denis, em Paris, seguiram-se 19 dias e noites de protestos e depredação. Quase 9 mil carros foram queimados e os prejuízos, foram de 200 milhões de dólares.

Recentemente os levantes da sociedade na Grécia e no Reino Unido geraram depredação e violência e as agências de noticias nacionais e internacionais divulgaram o movimento como sendo de manifestantes em lutas sociais. Por que no Brasil, pelo fato de uma meia dúzia (num universo de mais de 10 mil pessoas presentes nos movimentos) haver destruído alguns ônibus e carros, estes MANIFESTANTES são classificados como vândalos, como bárbaros?

Na Europa ou mesmo em vizinhos como Argentina e Chile, países em que a população, na média, estudou por mais tempo, lê mais livros e vai mais ao teatro ao cinema do que no Brasil, as pessoas reclamam mais e vão mais às ruas. E, sim, em muitos casos há depredação.

Veja bem, a violência de fato nunca será a solução para as controvérsias, em hipótese alguma. Cabe no entanto relativizarmos alguns atos de violência quando enxergamos o fim a que se destinam, a busca por bem coletivo maior, olhando além do horizonte que nossos domesticados olhos conseguem enxergar.

Protesto, via de regra, não tem regra. E convenhamos: mesmo com vidros quebrados, lixeiras viradas e centenas de homens da Tropa de Choque na rua, até o momento, ninguém saiu gravemente ferido.

O que se critica é que o movimento seja deslegitimado e condenado pelo simples fato de uns poucos terem se utilizado da força. Aqui também cabe discussão, haja visto que diversas testemunhas afirmaram que o quebra-quebra iniciou após o enfrentamento com a polícia.

O povo brasileiro não possui consciência real de sua situação e do poder que tem em suas mãos. É semelhante ao cavalo que está amarrado em uma cadeira plástica e  não percebe a força que tem. Quando a sociedade começa a despertar, de forma embrionária reconheço, vai às ruas e protesta, é tolhida por essa onda, esse ar de politicamente correto que paira na sociedade.

Alguns dirão: "Mas você acha correto um trabalhador, proprietário de veículo ou de loja, ver o seu patrimônio conquistado com muito suor ser destruído no meio destes protestos? Você fala isso porque não é o seu, né?"

A pergunta vem do pensamento típico e atual da nossa sociedade, fundada em princípios individualistas onde "farinha pouca meu pirão primeiro". É OBVIO que eu não gostaria de ter meu patrimônio depredado, porem dadas as perspectivas de melhorias, se a porta da minha lojinha correr o risco de ser quebrada para que os direitos difusos da coletividade sejam alcançados, LET IT BE, LAISSER FAIRE. Devemos olhar para a história da humanidade e aprendermos com ela. Vemos que nossas maiores conquistas, nossas liberdades, direitos e garantias fundamentais foram conquistados em grande parte com sangue, com luta.

- "Ah! então você quer dizer que devemos pegar em armas e sair nas ruas e aí vai funcionar?"

- NÃO!  Quero dizer que, em toda a história, desde a revolução francesa aos movimentos trabalhistas no Brasil, dos movimentos estudantis europeus em 1968 à luta pela democracia em regimes autoritários, em todos os casos, a história não foi  escrita com margaridas e purpurina nas mãos, tacando" jujubas" uns nos outros. Infelizmente não será com flores em punho que mudaremos este país, tampouco com armas. Não hesito no entanto: se para alcançar o fim proposto, precisemos relativizar a violência e destronar alguns miseráveis do poder, então DESCULPEM O TRANSTORNO, ESTAMOS MUDANDO O PAÍS!

Devemos refletir até onde nossa sociedade chegou, ao ponto de necessitar ir às ruas e protestar, e SIM, se preciso for, REVIDAR, cansado de dar a cara à tapa.

Generalizar o movimento como anárquico e violento é no mínimo absurdo, desproporcional e desprovido de conhecimento. Quando este discurso é feito pelo prefeito e pelo governador, é até cabível, pois ambos possuem interesses por detrás dos fatos. Para estes, taxar de vândalos e baderneiros é cômodo e benéfico. E quanto às pessoas que discursam e profetizam em suas poltronas, escondidos em seus ipads, lendo apenas globo.com e dizendo que o movimento é bárbaro, que nossa sociedade não tem mais jeito, que violência não leva a nada?

Falar pelo Facebook é fácil, é mole é lindo, Gritar ACORDA BRASIL e reclamar do alto do seu apê nos Jardins é perfeito. Botar a face e lutar por melhoras aí são outros quinhentos né...

'Ah! ta chateadinho porque a Consolação está travada por causa dos protestos que não deixam você passar com seu carro?" Parece cômico reclamar que o trânsito não anda por causa de um protesto. E nos demais dias do ano? Aí anda? E como resolver isso? Xingando no Facebook os manifestantes ou se aliando a eles, indo às ruas protestar, entre outras coisas, por um transporte público melhor e mais barato?

Até o momento ainda  não observei uma discussão salutar sobre o reajuste, sobre se de fato é justo aumento ou não. Vamos analisar as planilhas de custos, vamos discutir se o serviço de transporte é de qualidade, se o valor de R$ 3,20 beneficia tanto ao cidadão quanto ao Estado empresário.Ainda não vi isto.

E a cobertura da mídia?

Três dos maiores canais de noticias 24hs, BANDNEWS, GLOBONEWS E RECORD NEWS, nada divulgavam enquanto os protestos aconteciam. A cobertura dos fatos apenas tomou forma quando uma bomba de gás foi estourada no Parque Dom Pedro, fruto de um primeiro embate entre policiais e manifestantes, que se viam impedidos de prosseguir a manifestação até a Avenida Paulista. A partir daí a cobertura foi completa, ao vivo, sem cortes, "Haja coraçãaao amigooo... Veja pelo tira teima, na câmera lenta, de outro ângulo,foi pau ou foi pedra? Pode isso Arnaldo?"

A coisa começa a mudar um pouco pois, durante  a cobertura, sete jornalistas foram agredidos por policiais durante os confrontos, gerando repercussão e certa revolta nos meios de comunicação.

Também ouvi dizer que este movimento tinha cunho político, que havia partidos políticos por trás. UÉ?! Que bom que tenha partidos políticos, que bom que tenha a sociedade civil organizada, movimentos estudantis, cidadãos, O POVO! Não importa quem seja.O ESTADO é um pacto de associação, não de submissão. E viva ROUSSEAU e o contrato social!

Cunho político? meus amigos, o homem por si só é um ser político. Abomino quem afirma não gostar de política, pois nega sua própria essência. Se você não reivindica seus direitos e luta pelo que acha certo,  arcará com as conseqüências.   "DEIXA A VIDA ME LEVAR?"vai nessa colega, deixa a vida te levar pra ver onde vai dar...

Vivemos uma inversão de valores, deturpamos princípios e condenamos o que nos liberta. E enquanto isso, o prefeito e o governador estão em Paris, na tentativa de emplacar São Paulo como candidata  à EXPO 2020! Sim, 2020!

Mas relaxem todos! A Copa das Confederações está aí! FULECO, ZUZECO E CIA! E assim como sempre acontece nesse país, a mídia alimentará o povo de pão e circo. E viva Neymar!

Quanto aos movimentos nas ruas? Para a Coca-Cola, Vamos todos pra rua porque A RUA É A MAIOR ARQUIBANCADA DO BRASIL! E VIVA O NEYMAR!"

Victor Cyrino

 

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23 Comentário(s)

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JOÃO BOSCO CAMURÇA comentou:
24/06/2013
O patrimônio particular ou público é intocável. Uma loja e seu estoque é patrimônio particular, é um capital que paga impostos e oferece empregos e salários. Uma agência dos Correios é um bem público, pertence à União, presta serviços, tem funcionários, transporta parte da riqueza nacional pública ou privada: não pode ser destruído no todo ou em parte. Um ônibus é bem um particular que presta serviços à população, paga impostos, e não pode ser incendiado pelo rancor dos rancorosos e depredadores. E a lista é infinita. A baderna é a desordem social, visando a destruição dos bens públicos e particulares; assim como o assaltante que despoja o Bessa de relógio, celular, carteira com c. c. e documentos pessoais - ele fica um cidadão perdido na multidão e vai pra casa mais cedo, talvez protegido pela Polícia. Não tem razão quem destrói o patrimônio alheio. É um ilícito penal. Não tem razão quem defende o malfeitor destruidor e agressor. Está errado, e se for preso o ladrão, deve devolver os bens furtados e pegar cadeira para ser julgado e condenado. É a minha opinião.
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Edilene Souza comentou:
22/06/2013
Paranbéns pelo texto! Claro e objetivo Contato de Edilene Souza
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Fatima Ramos comentou:
22/06/2013
Quanta lucidez política! Que bom contar com a competência de um Vítor Cyrino para tornar público o que nos vai na alma.
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Mauricio Negro comentou:
20/06/2013
O texto dele é bom à Bessa, professor. Obrigado por compartilhar.
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Hans Alfred Trein comentou:
18/06/2013
Caro Victor e Caro Bessa, Há uns vinte anos, quando os caras pintadas foram pra rua, um presidente foi pra rua... Imagino que tem altos políticos tremendo a perna, todos apressados em ganhar o movimento das ruas para si. Até a nossa presidente destacou a frase: DESCULPEM O TRANSTORNO, ESTAMOS MUDANDO O PAÍS! Então, dona Dilma mude e não continue com essa aceleração de crescimento que tudo atropela! Bom texto! Abraço, Hans
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Daniel Casas comentou:
18/06/2013
Bato palmas por esse “grito” em forma de texto, com palavras sabias supracitadas pelo meu amigo Victor Cycino. TEXTO inteligente e verdadeiro . Contato de Daniel Casas
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João Carlos comentou:
17/06/2013
A idéia do texto do "advogado" até que é razoável, não é ruim, porém, precisa melhorar algumas coisas para escrever bem na língua portuguesa, ( em inglês mandou bem ) dentre elas, os erros de português, ( o haja visto, doeu ) assim como, a falta de pontuação ( vírgula então ) é gritante, mas valeu.
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Ana Silva comentou:
17/06/2013
Valeu Cyrino, valeu Bessa! Estamos precisando discutir com esse nível e ir para as ruas mesmo! Maravilha Bessa!
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Marina Barbalioli comentou:
17/06/2013
Ótimo texto! As indignações saíram das mentes e foram para as ruas! Que a opressão não nos vença! Pelo bem da coletividade, em prol do povo! Não podemos viver só de aparências, mostrando um país bonito para o resto do mundo e um Brasil feio para seus próprios filhos.
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Renato Ferreira (em Portal Cultura em Movimento) comentou:
17/06/2013
Boa garoto! Toda manifestação é ato político sim. Quem detém o poder é, por assim dizer, vitorioso nos seus pontos de vista ou, em associação para o poder, partícipe e integrante do "governo", ainda que sem cargo. Se os entes públicos reguladores (agências reguladoras) expuserem as verdadeiras planilhas de custo, certamente deverá aparecer em alguma coluna, os custos relativos ao financiamento de campanha dos governantes (na União, estados e do municípios). O equilíbrio de interesses (cidadão-usuário + empresário-investidor + governo-povo) somente será obtido considerando aqueles custo "ex-planilha" por não estarem diretamente relacionados aos custos típicos da atividade de transporte público. Não me causa nenhuma estranheza que não tenhamos discussão sobre tais planilhas de custo, mas "aquele custo" obrigatoriamente será considerado, e, assim, a tarifa será sempre injusta aos olhos do cidadão-usuário. A maior indignação reside no fato de se reajustar de forma injusta um preço público (tarifa) considerando os custos de financiamento de campanhas embutidos. Significa reajustar, acima do razoável, o que é ilegitimamente caro. Este é o "lucro político decorrente" do "investimento público".
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Heber comentou:
17/06/2013
Belo texto para uma boa reflexão. O Brasil não precisa mudar nós é que devemos mudar. Chega de "Bolsas e mais Bolsas", o povo não precisa de esmola disfarçada e sim de serviços públicos de qualidade a altura de um grande país como o nosso.
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Raissa Cyrino Vega comentou:
16/06/2013
Isso aí vitão! Viva o Neymar e o Carnaval pra alienar ainda mais o povo! Arrasou com o texto! Nao pare de escrever e mostrar que a juventude brasileira ainda tem cabeças pensantes!
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Alê Marques comentou:
16/06/2013
Excelente. Desde q começaram os protestos e junto as reclamações sobre o trânsito intrasitável tenho perguntado: Céus, todo dia, nas maiores cidades do país, há engarrafamentos terríveis devido a grande quantidade de carros particulares, por que agora se queixam tanto como se a culpa fosse só dos manifestantes? Não entra na cabeça dessa turma que se tivéssemos um sistema de transporte público decente o trânsito seria melhor?!
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Cyrino Jr comentou:
16/06/2013
Babá, se teu comitê de ética não enquadrar meu post em "nepotismo" (rsrsrsrs), publica: Valeu Vitão, excelente texto, adorei pela forma e pelo conteúdo da reflexão, continua escrevendo que faz bem a todos.mabs
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Vânia Novoa Tadros comentou:
16/06/2013
Excelente o texto de Victor Cyrino. Estou muito feliz e entuziasmada ao ver que os nossos jovens em várias cidades do Brasil decidiram mostrar que não querem ser mais enganados nem tapeados com bolsas irrisórias, com Copa do Mundo, shows de cantores famosos. Que compreenderam que se não são lidos vão ter que ser ouvidos em vaias e vistos em passeatas. Que estão sujeitos a enfrendar a ridícula repressão policial. Que tem o apoio da maioria da população pois entendemos que eles querem mudar o Brasil, que estão se formando politicamente e que os homens do poder infiltraram seus agentes para promoverem quebra-quebra a fim de desmoralizar o valoroso movimento de vcs. Estamos com vcs!
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Lorena Grillo comentou:
16/06/2013
Faltou mencionar a Turquia, lá a policia já matou 5 manifestantes que lutam em defesa de um parque em Istambul, agora ameaçado de ser destruido para lá construirem um shopping. Isso ocorreu em Manaus, mas não houve uma mobilizacao para defender as nascentes de um igarapé. O shopping foi construido. O parque destruido
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Vânia Novoa Tadros (via FB) comentou:
16/06/2013
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Mariane del Carmen (via fb) comentou:
16/06/2013
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Marcos Dias Coelho comentou:
16/06/2013
Belíssima análise Victor, só queria deixar registrado que anárquica é a organização que nossa sociedade deveria ter, em vez deste Estado em que vivemos!! Saudações libertárias.
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A. Machado (via FB) comentou:
15/06/2013
Muito bom!!! Concordo com seu sobrinho e que ele continue escrevendo tão bem!!!! Os movimentos sociais precisam dele!
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Soraia Magalhães (via FB) comentou:
15/06/2013
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Juliana Venturelli (via FB) comentou:
15/06/2013
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Rogério Teles comentou:
15/06/2013
Beo texto Vitor, o estado não e um ente abstrato, é composto por pessoas e instituições, o respeito e o entendimento tem que ser recíproco, quando não há reciprocidade, surge a necessidade de relativizar a violência, tão bem demonstrada por você, para entendermos contextualmente os fatos do cotidiano, afinal foi a própria maneira de agir das instituições que formam o aparelho estatal, que provocou essa inversão de valores.
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