CRÔNICAS

Weffort, o explicador do Brasil

Em: 06 de Janeiro de 2013 Visualizações: 64777
Weffort, o explicador do Brasil

Quem lê suas declarações, sem saber quem é o autor, pode até pensar que ele é um pistoleiro sanguinário, um ruralista insensível e truculento, talvez um coronel de barranco ou um ignorantão desinformado, bronco e obtuso.Ledo engano! Ele é refinado, viajado, escolado, doutor em Ciência Política, ex-professor da USP e da UFRJ, ocupou o cargo de secretário-geral do PT e foi até ministro da Cultura do governo FHC. Já escreveu vários livros. Acaba de publicar o último - "Espada, Cobiça e Fé - As Origens do Brasil", que tem a pretensão de desenhar um retrato do nosso país.

Por isso, com um currículo como esse, por se tratar de um autodeclarado explicador do Brasil, são ainda mais chocantes as declarações de Francisco Weffort à Folha de SP, numa entrevista ao jornalista Cassiano Elek Machado, publicada no último dia 24 de dezembro. Indagado sobre o papel dos bandeirantes na história do Brasil, Weffort respondeu com a "objetividade" e a "neutralidade" do cientista:

- Comecei a fazer o livro preocupado com este tema. Sei que os bandeirantes foram brutais e violentos, mas conquistaram esta terra. Todos temos uma dívida com eles. Então é preciso entendê-los.

Ou seja, Weffort não é ignorante, ele confessa que sabe muito bem que as bandeiras eram expedições armadas que invadiam aldeias e queimavam malocas para aprisionar índios e vendê-los como escravos. Sabe que os bandeirantes formavam uma espécie de Esquadrão da Morte Rural. Conhece o testemunho de um dos integrantes da expedição chefiada por Raposo Tavares, em meados do séc. XVII, ao rio Madeira, onde viviam cerca de 150.000 índios. O bandeirante revelou ao padre Antônio Vieira seu modus operandi:

“Nós damos uma descarga cerrada de tiros: muitos caem mortos, outros fogem. Invadimos, então, a aldeia. Agarramos tudo o que necessitamos e levamos para as nossas canoas. Se as canoas deles forem melhores que as nossas, nós nos apropriamos delas, para continuar a viagem”.

Francisco Weffort sabe tudo isso porque depois que deixou o cargo de ministro da Cultura mergulhou nos arquivos e pesquisou a documentação do período colonial para esboçar um perfil do Brasil, pretensiosamente "na mesma linha de pensadores como Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) e Gilberto Freyre (1900-1987)", segundo a Folha, que informa na abertura da entrevista: "Francisco Weffort passou os últimos anos vivendo no século 16".

Portanto, nesse tempo todo em que morou no período colonial - e pelo visto permaneceu por lá - o ministro foi vizinho de jesuítas como Jerônimo Rodrigues, que depois de presenciar o assassinato de índios velhos, enfermos e crianças, chamou os bandeirantes de bandidos:

“Nenhuma pessoa, que não tenha visto com os seus próprios olhos tais horrores abomináveis, pode imaginar coisa igual. A vida inteira desses bandidos consiste em ir e vir do sertão, indo e trazendo cativos com muita crueldade, mortes, saqueios e depois vendendo-os como se fossem porcos do mato”.

- Será que tais horrores podem ser compensados pela consideração controvertida que, graças aos bandeirantes, as terras devastadas pertencem hoje ao Brasil?

Quem fez essa pergunta, com muita propriedade e senso crítico, foi o historiador Capistrano de Abreu (1853-1927). Francisco Weffort, ex-ministro da Cultura e atual explicador do Brasil, mesmo sabendo o que sabe, se apressa em respondê-la afirmativamente, elogiando a "coragem espantosa" dos bandeirantes. Quanto à matança generalizada de índios, Weffort justifica, argumentando que os bandeirantes faziam "parte de uma cultura na qual a violência na vida cotidiana e o saqueio na guerra eram recursos habituais".

Na opinião de Weffort é preciso "entender" os bandeirantes para, dessa forma, podermos pagar a dívida que temos com eles. Ou seja, "entender" não apenas no sentido de compreender os mecanismos que permitiram a existência deles, mas no sentido de que devemos julgá-los historicamente com condescendência. Eles foram efetivamente bandidos, mas não podem ser condenados pelo tribunal da História porque, afinal, "conquistaram esta terra", e eu, tu, nós, "todos temos uma dívida com eles".

Cabe a pergunta: nós quem, cara pálida? Me inclui fora dessa. Qual a dívida que os índios têm com os bandeirantes? Não seria o contrário?

Para Weffort, hoje com 75 anos, os bandeirantes são os “desbravadores do território nacional” e “heróis da Pátria”. Da mesma forma que ele nos convida a "entender" os bandeirantes, nós convidamos o leitor a "entender" Weffort, que frequentou museus e estudou numa escola ufanista, cujas narrativas aboliram os índios da formação do Brasil, considerando-os minorias inexpressivas.

Imagine Weffortzinho, quando criança, visitando o Museu Paulista erguido lá, nas margens plácidas do Ipiranga. Ele contempla aquelas esculturas gigantescas de mármore dos bandeirantes, apresentados como heróis nacionais: Raposo Tavares, Fernão Dias e todo o Esquadrão da Morte. No interior, vitrines mostram dezenas de estojos contendo cachinhos e mechas de cabelos de senhoras da Casa Grande, mas não tem nada da senzala, nem sequer um pentelho de um índio ou de um negro. Apagaram o índio na cabeça do Weffortzinho e o Weffortzão aceitou o apagamento sem discussão.

Essa foi a fonte onde bebeu Weffort, o explicador do Brasil. Se ele tivesse recebido um milhão de dólares para escrever essa besteira, a gente podia até discordar dele, mas era possível "entendê-lo", assim como ele "entendeu" os bandeirantes. Haveria uma motivação econômica. Mas com a modesta bolsa que recebeu da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo às Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro para escrever esse livro, fica difícil aceitar que ele invada corações e mentes, expandindo preconceitos tão surrados, que já foram desmontados pela historiografia brasileira.

Por que não fazer um esforço, uma vez por todas, para "entender" também a "coragem espantosa" dos índios e o papel deles na História do Brasil? O americanista espanhol Jimenez de la Espada, que foi diretor do Archivo General de Indias, en Sevilla, com ironia e propriedade criticou os brasileiros, por haverem aceitado, passivamente, sem questionamento, a versão que os portugueses deram da história colonial:

"Los portugueses han tenido la doble fortuna de no tener un padre Las Casas y de que los brasileiros hayan hechos suyos, sin discutirlos, los hechos de aquellos hombres que a todo costo les dieron la opulenta y anchisima pátria".

É isso. Com um explicador do Brasil como esse, não vamos muito longe. 

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65 Comentário(s)

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Claudio comentou:
15/12/2023
TEMOS QUE QUEBRAR, CORTAR, INCENDIAR, TAL COMO SE ESTÁ FAZENDO EM ALGUMAS CIDADES DA EUROPA, TODOS ESSES FALSOS MONUMENTOS COM PINTA DE 'HERÓIS". HERÓIS FORAM MEUS PAIS QUE CRIARAM DEZ (10) FILHOS, ELE PESCADOR E MINHA MÃE, UMA DOMÉSTICA! QUANTO AOS BANDEIRANTES, PARA MIM, SÃO UNS FDP!!
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Claudio comentou:
15/12/2023
Eis aí a HERANÇA MALDITA DOS BANDEIRANTES: OS RURALISTAS FILHOS DA PUTA CUJA BANCADA NO CONGRESSO DESGRAÇAM COM O POVO BRASILEIRO, POIS, ATRAVÉS DO MARCO TEMPORAL, INVIABILIZAM QUALQUER AVANÇO DO GOVERNO LULA. QUE IRONIA!: ESSE FDP WEFFORT JÁ FOI DOS QUADROS DO PT
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Cristina comentou:
26/07/2021
Ele não só foi do PT, mas tb coordenador da campanha do Lula quando ele perdeu pra FHC. Em um episódio ainda durante a campanha eu e meu irmão encontramos com ele no corredor da sede do PT em São Paulo e quando veio falar conosco, as meu irmão falou: dá licença pq não falo com 5a. Coluna ! Ele ficou bem desconfiado e seguiu o caminho dele. Logo após a vitória do FHC, ele foi um dos primeiros ministros indicados. Isso seria até normal, não fosse ele o coordenador da campanha do principal adversário ! Mas muitos acharam que era radicalismo expulsa-lo do PT, mas a fato é que no Brasil o que não falta é 5a. Coluna !
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Edson comentou:
28/02/2014
http://edsonjnovaes.wordpress.com/2014/02/28/santo-padre-jose-de-anchieta/
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Jorge Luiz de Souza comentou:
15/01/2013
É por isso que não dou muita confiança para esses "detentores de títulos" obtidos de forma duvidosa e capacidade restrita. Weffort sabe muito bem os desvios que prestou à Cultura Brasileira quando de sua fatídica passagem pelo MinC. Belo artigo professor Bessa. É preciso colocar os crápulas em seus devidos lugares.
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João Crispim Victorio comentou:
14/01/2013
É lamentável que um cientista político, que militou na esquerda, queira justificar os meios violentos e de extrema crueldade adotados pelos bandeirandes, pelos fins. Não dá para entender!!!!
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Paulo César Pieroni (Blog da Amazonia) comentou:
13/01/2013
Um chavão bastante oportuno para os que defendem as atrocidades dos bandeirantes em nome do mundo moderno em que vivemos atualmente: “POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA ESTÁ CONDENADO A REPETI-LA”.
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carlos gilberto nóbrega comentou:
09/01/2013
Infelizmente temos que recordar esses fatos de vez em quanto,temos memória curta,somos desinformados.Que bandeira eles carregavam,a mando de quem?A história tem se repetido,com outros personagem,somente a corvadia é a mesma roupagem.
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Ane Ane comentou:
08/01/2013
Olha, dizer que temos uma dívida com os bandeirantes foi absurdo demais... Só mesmo a Falha pra publicar uma entrevista com o Weffort.
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Wanice (Blog Lima Codlho) comentou:
07/01/2013
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Rubem Weber (blod da Amazonia) comentou:
07/01/2013
Querer interpretar e julgar os bandeirantes sob a ótica humanística e jurídica de hoje é inconcebível;era outra época,onde a conquista imediata de terras e de outros povos ,sempre com violênçia,era o método usual. E isso ocorria na Ásia,Europa,oriente,em qualquer local do mundo.Dentre os próprios índios,haviam as tribos conquistadoras e escravagistas;a selvageria era um mérito!
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Obliv Ion comentou:
10/01/2013
Concordo, como muitos, com várias dessas coisas que vc falou, mas quando um autor que escreve sobre o passado diz que 'temos uma dívida de gratidão' para com um personagem, ou personagens históricos, ele está irremediavelmente trazendo a relevância do que foi feito para os dias atuais. Aí já não é uma questão apenas de julgar os já foram pela moral e ética da época. Inevitavelmente temos que pensar: devemos mesmo? O que eles construíram é bom? Fizeram o que tinham que fazer no contexto em que viviam, sem dúvida... mas isso foi algo bom para a posteridade? Para nós?Um colega ali abaixo comentou: 'Se não fosse por eles, estaríamos falando espanhol'. A isso eu responde: e daí?! A questão é, seríamos melhores ou piores como pessoas, como povo, como nação? Não é uma pergunta fácil de responder, mas aí está...Se as ações dos nossos 'pais da pátria' ajudaram a termos os problemas que temos hj, não vejo o pq da obrigação intrínseca de serem tratados como heróis. Ainda, não pq não podemos chamá-los de vilões, e realmente não podemos, que somos obrigados a chamá-los de heróis. No calor das discussões polarizadas, esquecemos que não são as únicas atribuições possíveis...Tenho certeza que a história do Brasil é rica o bastante para encontrarmos heróis em abundância sem que precisemos nos ater às mesmas 10 figuras que nos ensinaram na história. Basta ver que uma das maiores mentes desse país virtualmente não é reconhecida como tal: Dom Pedro Segundo...'Ah! Mas ele é visto como herói!', muitos vão dizer. Sim? Estudamos sobre tiradentes, sobre dom pedro I, sobre floriano peixoto e duque de caxias(!) uma penca de outros assuntos avulsos e mais ou menos irrelevantes, mas não passamos o tempo necessário enxergando o quanto DPII estava certo e todos os outros 'heróis' de antes e de depois estavam errados. Fizeram a coisa que 'parecia certa', pq fizeram lá fora, mas que no fim estava errada!Enfim... melhor eu parar aqui!
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Paulo César Pioroni (Blog da Amazonia) comentou:
07/01/2013
Nos tempos atuais, em que a Justiça Brasileira amparada em leis obsoletas se vê obrigada a manter réus condenados em liberdade, não é de se estranhar que Weffort venha 'defender o entendimento' das atrocidades cometidas pelos bandeirantes. E digo mais, certamente receberiam aposentadoria compulsória e vitalícia pelos feitos, inclusive uma cadeira no Congresso Nacional como reconhecimento da mais alta corte especializada em quadrilheiros e toda sorte de larapios.
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Jorge Miollo (Blog da Amazonia) comentou:
07/01/2013
Concordo, pura selvageia dos bandeirantes, sem contar que se tratavam de refinados covardes.Mas isso continua até hoje. Tem religiosos e estrangeiros enfiados na Amazônia, dizimando os índios com cargas de vírus da gripe que se alastra pela selva.É a mesma coisa.Covardia refinada.
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Frederico Teixeira (Blog da Amazonia) comentou:
07/01/2013
Leu o livro?! Tá descascando a pesquisa com base em frases retiradas de uma entrevista dada ao jornal?! Realmente com críticas assim não vamos longe.
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Geleia Geral comentou:
07/01/2013
Veja Weffort, o Explicado do Brasil http://geleiageneral.blogspot.com.br/2013/01/weffort-o-explicador-do-brasil.html
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Portal Cultura em Movimento comentou:
07/01/2013
No Brasil, o desrespeito aos povos indígenas parece não ter fim. Estamos cansados das falsas histórias contadas e recontadas pelos invasores de territórios alheios.Ainda bem que BESSA FREIRE inaugura 2013 com uma crônica imperdível, colocando os pingos nos is e denunciando a debilidade argumentativa do ex-ministro da cultura do governo FHC Leia: WEFFORT, O EXPLICADOR DO BRASIL Visite Portal Cultura em Movimento em: http://portalrogerioferreira.ning.com/?xg_source=msg_mes_network
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Ricardo comentou:
07/01/2013
Eu estou começando a me convencer de que existe, persiste e se reproduz um "ethos" senhorial paulista que devia, sim, ser objeto de melhor "explicação" (ainda que, como cientista social, eu prefira --prudentemente, creio-- o conceito de "interpretação") pelos esforços sociológicos. Esse "ethos do cafezal" se infiltrou discreta mas eficientemente na USP, e parece dar sentido a uma série de fenômenos intelectuais, acadêmicos (ou seja, institucionais da academia) e até "para-intelectuais". Ele não apenas prescreve um regime interpretativo da história e da sociedade, como também ideais de comportamento que orientam, selecionam e avalizam o pertencimento ao círculo dos bem-pensantes (e, nesse sentido, ele se contraporia ao "ethos ipanemo-leblonensis" carioca). De fato, o Bessa tem razão: o objeto etnográfico verdadeiramente interessante nesse caso é metatextual, e não textual (o livro do "companheiro" Weffort).
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Paulo Kelson (Diario do Amazonas) comentou:
06/01/2013
Sou muito mais o Leandro Narloch com o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, tem fontes e referências desmentindo toda mentira dos historiadores esquerdistas.
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Rogélio Casado comentou:
06/01/2013
ÉGUA DA EXPLICAÇÃO ESCROTA, WEFFORT! Como diria aquele prefeito, dublê de sociólogo: "Tá explicado", Weffort não foi parar à toa no ninho dos tucanos. Com simplicidade franciscana - com perdão do trocadilho -, ele explica, em seu último livro, a importância dos bandeirantes para a emergência do Brasil como nação. Para ele é preciso entender a brutalidade da conquista do território. Resumindo: fodam-se os indígenas. Sim, para Weffort, as origens do Brasil deu-se sob o signo do genocídio, uma espécie de mal necessário; o que se há de fazer? Égua! É de fazer corar a sociologia brasileira.
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Ester Nolasco (blog Lima coelho) comentou:
06/01/2013
Terrível. Não há outro nome para o livro do moço
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Madalena Pires (blog lima coelho) comentou:
06/01/2013
É de arrepiar. Não é um caso de QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ. O cara sempre pensou assim, tanto que no fim da vida escreveu um livro sobre o tema.
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william porto (Blog Lima Coelho) comentou:
06/01/2013
Vosmicê está completamente certo, Mestre Bessa, esse Welfort que foi petista, se não me engano, e depois migrou para o tucanato da privataria, os bandeirantes de FHC, reciclou, mudou de lado, está justificando até as perseguições, torturas e crimes dos bandeirantes, nesse dia ee pede pensao para os parentes dos bandeirantes, insinuou que temos uma dívida para com esses bárbaros. Lembrei de uma música de Chico e Ruy Guerra, não sei se Fado Tropical, que tem uma parte declamada em que se fala no prazer de trucidar. No mais, é sempre um prazer ler seus trechos.
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Luna (Blog Lima coelho) comentou:
06/01/2013
O cara perdeu a chance de morrer um velho honrado
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Jose Roberto (blog amazonia) comentou:
06/01/2013
Cada coisa ao seu tempo...naquela época, eles foram importantes...cornetá-los agora é muita falta de assunto...não tem mais coisa importante pra comentar?
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Obliv Ion comentou:
10/01/2013
Se comentarmos as 'coisas importantes' do Brasil de hj e formos puxando todas as suas razões de ser, inevitavelmente chegaremos nessa época aí referida.E mais, os diferentes tipos de discurso sobre o passado tem certa relação com os diferentes discursos sobre o presente. Dizer que devemos enxergar determinado capítulo da história sob certa ótica pode significar dizer que as consequências daquele capítulo, que reverberam ainda hoje, tb devem ser observados sob essa ótica. E isso tem consequências bastante relevantes e bastante atuais. Esse tipo de luta ideológica é travada todos os dias nos bastidores das faculdades de humanas, nos bastidores da política(hj em dia menos que antigamente, eu acho), etc...
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Ricardo Alexandre (Blog Amazonia) comentou:
06/01/2013
Num país que idolatra Duque de Caxias como o Pacificador e Cia limitada, ainda aparece gente pra escrever coisa pior. Sinceramente, se o Brasil fosse um pais de índios, certamente seria bem melhor do que é.
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Art Placa Comunica Visual Ltda comentou:
06/01/2013
Prezado Mané Reporter, se não fossem os bandeirantes você estaria comendo mendioca crua lá no acre e possivelmente falando espanhol... ( aliás os espanhóis não trucidaram uma nação inteira no Peru, foi um explicador que inventou isso....)
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Carlos Marciano (Blog Amazonas) comentou:
06/01/2013
O ilustre artuculista , como o retante dos brasileiros, nutre um ódio - as vezes embutido - de tudo que provenha de São Paulo. Os bandeirantes foram brutais? foram. os bandeirantes caçavam indios? caçavam. Agora o articulista menosp´reza o fato de que se não fossem os bandeirantes os Brasil seria seria o determinado pelo Tratado de Ordesilhas, ou seja uam faixa de território que ia dio Pará até o litoral de Sta. Catarina. Parem de falar bobabgens e respeitem os verdadeiros conquistadores de nosso território.
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Raul Longo comentou:
06/01/2013
EXCELENTE! E aproveitando a lembrança, a exemplificação do congestionamento mental de paulistas ufanistas de bandeiras de treze listras (como dizia o chato do Guilherme de Almeida sobre os Weffort da vida) pode ser encontrada na esquina da Rua Fernão Dias com a Rua Paes Leme no bairro de Pinheiros. Contato de Raul Longo
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jorge willian comentou:
06/01/2013
Cada um cria o herói que merece. Ele adotou o invasor como herói.
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Leticia comentou:
06/01/2013
ADOREI A CRONICA LAVA A ALMA... da gente insistir pra que a história não seja contada sempre da mesma forma e do mesmo ponto de vista beijão pra vocês!
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Benedito Prezia comentou:
06/01/2013
Caro Bessa, Parabéns por mais esse artigo brilhante.Já estou mandando para os nossos estudantes indígenas.Pena que o Weffort passou pelo PT. Mais um "aloprado"! Bom 2013! Abs, Benedito Prezia
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moema comentou:
06/01/2013
Muito bom! Dá-lhe Bessa!
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Daniele Lopes comentou:
06/01/2013
Gostei da crônica , essa dívida com o banderantes é demais!!!!!!!!!!!!!!!!
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Marilza De Melo Foucher comentou:
06/01/2013
Esse cara assumiu o lado do colonizador sem complexo, sem arrependimento, ele ficou no apogeu do século XIV, no encantamento do desbravamento, todavia, Baba uma pessoa com as chances que teve Welfort de estudar, pesquisar, frequentar os grandes centros do pensamento na América e na Europa, dizer essas asneiras, é demais para nao reagir. Obrigada Bessa. O Welfort até podia elogiar os bandeirantes, mas nao reconhecer o massacre sofrido pelo povos indigenas é como considerar que a unica civilizaçao valida é a ocidental e que para predominar temos que aceitar das cruzadas aos bandeirantes!
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Leneide comentou:
06/01/2013
Bessa, tenho o prazer de ler sua crônica. Esse Weffort sempre foi um idiota, renegado. Participou da criação do PT e depois se vendeu ao tucanato. Foi ministro da cultura, não fez absolutamente nada, viajou quase 500 dias durante o tempo em que foi ministro. Um perfeito oportunista. Não podia esperar dele nada de sério, rigoroso, honesto. A visão dele do mundo é esta : os vencedores têm sempre razão. Um grande abraço. Leneide
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Lucas Martins comentou:
06/01/2013
Prezado Professor, Impressionante perceber que enquanto uma '' massa '' científica caminha para a construção de uma mudança no pensamento historiográfico e social brasileiro, sempre temos 3 ou 4 '' pesquisadores '' indo ao contrário, descendo o rio, e mais surpreendente ainda é que muitas vezes esses caras é que estão na mídia divulgando suas produções! Infelizmente, ou felizmente não sei!, esse tipo de coisa sempre vai existir, espero que as gerações brasileiras que se formam tenham o discernimento de separar o joio trigo.
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Frank Maldonado (Blog da Amazonia) comentou:
06/01/2013
2 É isso aí 'Guardião do Status Quo.'
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Abraão Bastos (Blog da Amazonia) comentou:
06/01/2013
Tal como ocorria com o comércio de escravos africanos, os Bandeirantes eram apoiados por varias tribos aliadas a estes, que mesmo que não houvesse estes bandos de jagunços portugueses, tais tribos viviam em guerra constante entre si e praticavam as mesmas barbaridades que os brancos, a única diferença é que os inimigos quase sempre iam para a PANELA.
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Geraldinho Piriri comentou:
06/01/2013
Abraão, Abraão, como em tão poucas linhas pode haver tanta imprecisão? Abraão, Abraão, o teu Deus não é o de Esaú, Isaac e Jacó ou eu não me chamo Geraldinho Piriri. Abraão, Abraão, te orienta e te observa, cara, e se possível, estuda. Reza também, que isso faz bem.
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Abraão Bastos (Blog da Amazonia) comentou:
06/01/2013
Tal como ocorria com o comércio de escravos africanos, os Bandeirantes eram apoiados por varias tribos aliadas a estes, que mesmo que não houvesse estes bandos de jagunços portugueses, tais tribos viviam em guerra constante entre si e praticavam as mesmas barbaridades que os brancos, a única diferença é que os inimigos quase sempre iam para a PANELA.
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gerusa pontes de moura comentou:
06/01/2013
É espantoso como ainda ouvimos comentarios sobre nossos irmãos de pessoas que sempre tiveram acesso a verdadeira história, não a dos livros da escola primário mas homens com formação acadêmica, homens de pesquisa e que sabe-se lá porque declaram que os bandeirantes tinham a grande intenção de progresso, tinham intenção de cada vez mais riqueza e o que é pior, riqueza sem ser distribuida, e concordo com nosso irmão Jimenez de La Espada , nossa história é essa e um pouco mais.
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Claudia Tamsky comentou:
06/01/2013
O Francisco Weffort passou pelo PT por um acidente, pois queria se projetar. Conseguindo isso foi ser ministro da Cultura de FHC. Esse senhor faz parte da mais tradicional elite quatrocentona de direita que não havendo mais índio, escravo ou nordestino pra explorar se deleita a re escrever o passado de nossa história pela ótica conservadora.
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Carlos comentou:
06/01/2013
Grande Bessa, o que seria de nós sem as suas ferinas e certeiras crônicas? abraços Carlos
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cabral comentou:
06/01/2013
Tendo em vista essas atrocidades, Lampião foi um anjinho...
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Susana Grillo comentou:
06/01/2013
Bessa, é espantoso... o explicador recupera argumentos que fundamentaram as guerras justas e as resistências com relação à criação da Comissão da Verdade, entre outras, num arco de tempo de justificativas para a violência sempre retomadas e legitimadas ... o cara ficou nos séculos colonizadores mesmo... os avanços com o reconhecimento dos direitos humanos com a Declaração Universal da ONU não o mobilizam para revisar sua ideologia colonizadora, muito menos os registros dos humanistas da época ... um grande abraço...
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Fábio comentou:
06/01/2013
Daí para dizer que devemos entender os nazistas e que temos uma dívida com eles é um passo...
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benedito carvalho comentou:
06/01/2013
Bessa, excelente a tua crônica. Mas fiqueipensando:até que ponto, em nome do chamado processo" civilizador as mesmas justificativas não são usadas? A Vale do Rio Cristalino, a antiga fazenda da Volks, as queimadas de terras na Amazônia e tantos" projetos civilizatórios", não são vistos dessa forma? Vide, por exemplo, a reação dos fazendeiros de Rondônia quando foram demarcada as terras dos indios naquela região. Esses são os nossos "heróis" cvivilizatórios contemporâneos de que fala Welfort. Até mesmo Marx, quando elogiava a colonização pelos ingleses da Índia já se referia a isso. Welfort não está só.
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Guilherme comentou:
06/01/2013
"Me inclui fora dessa..." e também dos que dizem que "nós estamos destruindo o meio ambiente..." nós não...Eu nao. Muito menos colocar a Força Nacional para "cuidar" dos Povos Indigenas e do órgão indigenista oficial, como tem feito alguns dos representantes da sociedade civil (ditas indigenistas e a missionária) que, contraditóriamente, sempre invocaram a Democracia como argumento para justificarem suas presenças e a farsa de debaterem as políticas públicas para seus próprios interesses.
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Alexandre Gomes comentou:
06/01/2013
Também tö fora dessa lista de "endividados" com os bandeirantes.... E olhe que, hoje, os mais "endividados" - não com os bandeirantes, mas com o alto custo da vida cotidiana, são os mesmos que, continuamente excluídos da história oficial contada "pra boi dormir", teimam em (re)aparecer também continuamente em seu palco principal.... Talvez essa outra "dívida" venha já desse tempo, pois até hoje nós estamos pagando...
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Ana Stanislaw comentou:
05/01/2013
A dívida não é com os bandeirantes e sim, com os índios. Dívida, diga-se de passagem, ainda não paga. Livros como esse do Weffort deveriam encalhar nas prateleiras das livrarias. É um absurdo como cultua-se os assassinos de índios aqui nesse país! Tens razão Bessa, Weffort gostou tanto do período colonial que permaneceu por lá. Não quero imaginar os próximos homenageados. Ah!! Teu humor e ironia estão a cada crônica mais afiados. Obrigada!
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Marcelo Sant'ana Lemos comentou:
05/01/2013
Faltam só nove crônicas para esse Pelé das crônicas chegar a 1000!!! Bessa tô contando, vamos fazer uma comemoração na milésima crônica!! O que achas? A ilustração da tua cronica que enviei apareceu aqui no facebook, realmente não vi de quem era, mas achei genial. Transformamos os índios em estrangeiros e exilados nas terras que foram de seus antepassados. Essa é a maior dívida que nós temos.
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Odalice Priosti comentou:
05/01/2013
E eis que nosso grande Bessa, cujo pensamento conhecemos nos bancos da graduação em Museologia da UNIRIO, não dorme. Alerta , ele nos coloca diante da constatação de como, para justificar o indefensável, o saber acadêmico se assujeita ao poder econômico, a ele se acumplicia , apresentando uma versão, já revisada e passada pelo crivo da História , que minimiza ou omite a presença das culturas nativas originais e sua contribuição na formação de nosso povo brasileiro. Parabéns ao Professor cronista, pela clareza de raciocínio que desmonta qualquer outro que se construa na base do empoderamento dos já empoderados e no esvaziamento político dos que já estavam aqui antes, senhores de nossas florestas, nossos rios, nosso extenso território. Podemos ver com transparência porque as políticas indigenistas são genocidas e excludentes , aliadas ao poder econômico em nome de um desenvolvimento lavado em sangue de nossas primeiras culturas. Nossos índios, brasileiros antes de sermos Brasil, não podem continuar a ser tratados como se objetos fossem, por políticas impostas que lhes subtraem toda e qualquer forma de subjetividade, sequestrando-lhes toda forma de resistência. Lamentamos a visão caolha do saber e uma civilização entre aspas que não valorizam suficientemente a importância dos primeiros habitantes de nosso país e se colocam à disposição do desserviço da ratificação de uma História já revisada. Como não entender , então, que a presença jesuítica nas antigas fazendas também apagou, de modo mais brando, mas intermitente, a cultura indígena pela evangelização ? Como deixar de lamentar que delas muitas vezes só restaram sambaquis enterrados e vocábulos toponímicos que circulam extemporâneos nos falares brasileiros? Os apagamentos de culturas ou de comunidades , sejam elas indígenas ou urbanas, pela manipulação do poder e da fé , são estratégias genocidas excludentes que asfixiam a subjetividade de brasileiros de outra cultura, de outra tradição , de outra cor de pele . Os vestígios de sua ação ficam por aí, rolando como destroços na civilização que as apagou, ou aprisionados nos museus, para nos mostrar apenas um retrato do que foi nas paredes do passado. Parafraseando Drummond: “ Mas como dói!” Educadora e Museóloga
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Ligia Aquino comentou:
05/01/2013
Muito bom! Excelente crítica e com todo o humor!
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Luciana Galante comentou:
05/01/2013
"Entender" os bandeirantes e afirmar que "temos dívidas" com eles é brincar com a história...Prof. Bessa nos brinda com mais uma excelente crônica.
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Bruno Jorge comentou:
05/01/2013
Muito bom!!! Com "explicadores" como esses, a ignorância parece até uma benção... rs
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José Varella comentou:
05/01/2013
égua mano, a esquerda caviar nunca provou piracuí mas não se acanha de contar estória pra boi dormir.
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José Varella comentou:
05/01/2013
Na Amazônia, mestre José Bessa; o pior é que tivemos um Las Casas valente que se chamou Antônio Vieira; mas a elite que adora o estilo dos sermões desdenha-lhes a cartas que tocam com a questão do cativeiro dos índios.
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Alberto Jorge Silva comentou:
05/01/2013
Se temos dívidas com os bandeirantes, o que teremos então com os negros e índios? Francamente não consigo entender essa suposta erudição de gente que referenda os absurdos dos tempos em que o Brasil foi "desbravado" e colonizado por Portugal. O pior é que essas antas culturais encontram seguidores. Precisamos rever a história oficial do Brasil, dar voz e vez aos que verdadeiramente foram e ainda são referência de brasilidade, patriotismo e civilidade. Que Weffort volte para o tumulo de onde jamais deveria ter saído, continuando a fazer companhia para os bandeirantes e outros de seu círculo de amizades.
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Rejane comentou:
05/01/2013
O mais triste é pensar que por vezes uma versão assim se torna a História de um povo...
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vania novoa tadros comentou:
05/01/2013
Por isso é que eu gosto de ser descendentes de espanhóis , Bessa. Nós sabemos fazer auto- crítica.O que deu no Weffort ? Escreveu um livro tão bom sobre o Populismo no Brasil. Só faltou ele dizer que se não fosse os bandeirantes ainda estaríamos comendo pirarucú seco e não conheceríamos as delícias do bacalhau.
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vania novoa tadros comentou:
05/01/2013
Por isso é que eu gosto de ser descendentes de espanhóis , Bessa. Nós sabemos fazer auto- crítica.O que deu no Weffort ? Escreveu um livro tão bom sobre o Populismo no Brasil. Só faltou ele dizer que se não fosse os bandeirantes ainda estaríamos comendo pirarucú seco e não conheceríamos as delícias do bacalhau.
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Vania Novoa Tadros comentou:
05/01/2013
Por isso é que eu gosto de ser descendentes de espanhóis , Bessa. Nós sabemos fazer auto- crítica.O que deu no Weffort ? Escreveu um livro tão bom sobre o Populismo no Brasil. Só faltou ele dizer que se não fosse os bandeirantes ainda estaríamos comendo pirarucú seco e não conheceríamos as delícias do bacalhau.
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Alê Marques comentou:
05/01/2013
Êta, deixa eu avaliar essa dívida c/ meus antepassados. Maternos: bisavó índia, avó negra e avô português (segundo a lenda, o único q veio p/ o Brasil, trabalhava feito um mouro e não se enriqueceu, talvez pq tenha vindo p/ fugir da tristeza, perdeu uma irmã de forma brutal). Paternos: bisavô alemão (veio em busca de vida melhor, só sei q, nas fotos, é muito parecido c/ o Lampião), bisa carioca do subúrbio, avó carioca e avô mineiro (mais p/ escravo q p/ sr de engenho). Dizem q meu sobrenome, dos Santos (herdado do avô "ora pois") tem origem nos escravos da gleba. Marques é do lado mineiro pobre. Resultado: no meu sangue, a minoria predomina, então não tenho dívida alguma. Se o Borba Wefforgato tem, ele q procure os descendentes desses Rambos coloniais e faça um depósito na conta dos mesmo ou, se achar melhor, acenda uma vela aos pés do raio da estátua do Borba Gato. Weffort está dando continuidade à história dos vencedores, uma história deturpada.
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