CRÔNICAS

Publicar ou morrer: Gustavo Pacheco

Em: 17 de Junho de 2012 Visualizações: 18995
Publicar ou morrer: Gustavo Pacheco

Encontrei um dia, na sala de embarque do aeroporto de Brasília, o antropólogo Gustavo Pacheco. Os voos estavam atrasados, a conversa fluiu sobre o trabalho dele, focado em antropologia das populações afro-brasileiras, antropologia da religião e etnomusicologia. Filho de Xangô, diplomata e professor do Instituto Rio Branco, Gustavo vem trabalhando na área ambiental, em particular no campo da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais. Na ocasião, mencionei o colombiano Alonso Takahashi, que ao receber o Premio Nacional de Matemáticas, em 1991, discursou, criticando o desvirtuamento da produção intelectual. Takahashi propôs que no início da carreira docente, na universidade, os jovens fossem nomeados professores titulares com o salário máximo e que, dali em diante, sofressem cortes salariais por artigo redigido. Cada artigo publicado significaria um rebaixamento no salário. 

- Assim, só publicariam quando tivessem algo importante a dizer que justificasse o sacrifício - ironizou o matemático colombiano, preocupado com os autoplágios e com publicações feitas apenas para cumprir tabela, destituídas de qualquer originalidade.

Na semana passada, encontrei Gustavo Pacheco no Rio, na Mostra de Cinema do Vídeo Nas Aldeias. Foi aí que ele me falou que havia acabado de escrever o texto  que você agora vai ler. Gustavo escreve muito bem, como é possível constatar. Suas publicações podem não tê-lo jogado na miséria, mas já foram suficientes para empobrecê-lo (vide Lattes). Estou postando o artigo aqui, mas quem vai perder a grana é ele, o autor.  

PUBLICAR, PERECER

Gustavo Pacheco

Para o Bessa, de quem roubei a ideia.

Nara esperou as crianças dormirem para conversar com Nestor. Ela sabia o que a esperava, por isso escolheu um dia em que ele estivesse de bom humor, descansado.

- Preciso falar uma coisa com você, ela disse.

Pelo tom de voz dela, ele entendeu que o assunto era sério. Inconscientemente, ele se retesou no sofá. Um momento depois, levantou-se e desligou a televisão. Ela se sentou ao seu lado.

Ela já tinha tomado a decisão há mais de um mês. Tinha repassado mais de dez vezes, mentalmente, a conversa que inevitavelmente teria com ele. E, no entanto, não conseguia dizer o que tinha para dizer.

O silêncio constrangedor durou apenas alguns segundos, mas nesse intervalo a cabeça de Nestor avaliou rapidamente algumas possibilidades, e chegou à conclusão de que o mais provável é que ela estivesse saindo com outro cara. A filha da puta está pulando a cerca, provavelmente com um aluno, um daqueles garotos que fazem pesquisa, pensou Nestor. O que mais poderia ser? A vida sexual não era ruim.

Lembrou-se da última vez em que haviam transado, quatro dias antes. Nestor olhou-se em um espelho imaginário e examinou a si mesmo de alto a baixo. Depois comparou-se com os maridos das colegas de Nara, e achou que se saía bem; todos eram meio barrigudos, exceto ele, que corria na praia duas vezes por semana. Estava cheio de cabelos brancos, mas pelo menos tinha cabelo, ao contrário de vários de seus amigos. Ela não tinha do que reclamar. Ele a desejava e a admirava, e tinha certeza que ela também o queria. Mas se não é outro homem, o que mais pode ser, pensou Nestor. Dinheiro não é, há três meses haviam finalmente saído do vermelho, desde então os cartões de crédito estavam zerados e Nara havia cumprido sua palavra e não comprara nada, nadinha mesmo.

Bom, outro dia apareceu com uma saia nova, mas jurou que tinha sido um presente da irmã. Há meses não brigavam por causa das contas, e poucas coisas davam mais orgulho a Nestor do que o fato de o casal ter finalmente conseguido sair da roda-viva de dívidas e empréstimos em que viviam há anos. Não, dinheiro não é. As crianças estavam ótimas, não davam trabalho nenhum. O Gabriel podia estudar mais, mas não era mal aluno a ponto de ficar em recuperação. E de qualquer forma Nestor ligava mais pra isso do que ela, ela mal olhava o boletim. Caralho, ela tá me corneando, pensou Nestor.

- Você tá saindo com outro cara, né? Um aluno, né?

Nara sorriu, depois soltou uma gargalhada. Nestor continuou sério, irritado e indeciso. Agora a bola estava com ela.

- Estava com saudade do teu ciúme. Não, não arrumei outro homem não.

- Então o que é? Diz logo.

- É que... Eu publiquei um artigo.

Meu deus, como eu sou burro, pensou Nestor. Claro, há semanas que ela não falava de trabalho. Como é que ele não havia percebido isso antes? Estava demorando.

- Porra, Nara! Você não disse quero publicar, gostaria de publicar, tô pensando em publicar. Você disse publiquei. A gente não tinha combinado que tomaríamos a decisão juntos?

- É, eu sei, amor. Desculpe. Mas você sabe como isso é importante pra mim. E faz mais de três anos que eu não publico nada.

- Três anos! Nara, você conhece mais alguém da tua idade que tenha quatro artigos publicados? Não é o bastante por enquanto? Três anos, sim, foi o tempo que levou pra conseguirmos pagar todas as dívidas. E agora que saímos do vermelho, você tá querendo arrumar problema de novo? Porra, dinheiro não dá em árvore, Nara!

- Eu sei, amor. Mas eu não faria isso se eu não achasse que era importante. Na verdade, é mais do que importante. Tô sentindo que esse artigo é a melhor coisa que eu já escrevi. Todo mundo pra quem eu mostrei achou também. O Diretor do Departamento disse que...

- Puta que o pariu, Nara, os seus colegas ficam dizendo pra você publicar, mas eles mesmos não publicam, né? Assim fica fácil! Claro, todo mundo é devoto do conhecimento, mas na hora de fazer o sacrifício, só tem uma idealista pra dar o exemplo. Qual foi a última vez que o Diretor do Departamento publicou alguma coisa? Ninguém quer levar uma vida de monge, e eu muito menos, Nara! E você tem filhos, caralho. Você perguntou pros seus filhos se eles topam receber menos presentes no Natal?

 - Calma, amor. Não exagera. Outro dia mesmo a gente estava falando sobre ter uma vida mais simples, com menos luxo. Isso não chega a ser um sacrifício, vai.

- Nããão, claro que não! Pra começar, vamos ter que vender o carro.

Nestor se levantou com um salto e foi até a cozinha. Nara ouviu a porta da geladeira se abrindo e depois fechando com um estrondo. Nara respirou fundo, sabendo que os primeiros momentos seriam os piores. Ele vai se acalmar, pensou Nara. Vai ser que nem da última vez, primeiro ele surta, depois acaba entendendo. Quando ele perguntar sobre o que é o artigo, o problema está resolvido.

Nestor voltou com um copo cheio de cubos de gelo. Foi até o armário da sala, agarrou uma garrafa de uísque e voltou a se sentar no sofá. Encheu o copo até a metade e bebeu sem oferecer a Nara. Cada um ficou olhando para o chão por alguns instantes, até que Nestor quebrou o silêncio:

- Você acha que eu não tenho vontade de publicar também? A última vez - aliás, a única vez - em que eu publiquei foi antes da gente se casar, lembra?

- Lembro, claro que lembro.

Nara sempre achou que Nestor tinha publicado muito mais para impressioná-la do que pela vontade de publicar, mas nunca disse isso a ele. E funcionou, ela ficou impressionada com ele, tão jovem e já publicando. O artigo não era grande coisa, mas ela adorou a ousadia, e se estava procurando um pretexto para se apaixonar por ele, encontrou.

O artigo de Nestor foi um dos primeiros  publicados depois que as universidades e centros de pesquisa adotaram o controverso sistema de pontuação reversa. O sistema foi uma medida radical para assegurar a relevância da produção científica. Depois de décadas em que os pesquisadores eram premiados em razão da quantidade e frequência de publicação, o resultado foi o crescimento exponencial de publicações irrelevantes.  Todas as tentativas de melhorar a qualidade não funcionaram. Finalmente, foi adotada a saída extrema: para cada artigo publicado, um pesquisador teria seu salário reduzido em 10%.

No começo houve muitas reações dentro da comunidade acadêmica. Muita gente reclamou dizendo que o novo sistema era absurdo, ia na contramão das experiências bem-sucedidas nos países desenvolvidos e que, afinal de contas, quantidade gera qualidade. Mas surpreendentemente houve também muito apoio da população, que questionava a quantidade de dinheiro público utilizada para financiar publicações inexpressivas. Os pesquisadores mais jovens também defenderam a adoção do novo sistema. Não devemos ter medo de propostas inovadoras, diziam. Vamos tentar e ver no que vai dar.

Doze anos depois, o sistema era um sucesso. Inúmeras publicações fecharam, mas as poucas que sobreviveram transformaram-se em leitura obrigatória. Livres da obrigação de publicar a qualquer custo, os professores podiam se dedicar mais ao ensino e à pesquisa. Por fim, a drástica diminuição da demanda por papel permitiu ao Brasil cumprir com folga suas metas de redução de desmatamento.

E, no entanto, continuava havendo gente como Nara, que sentia um desejo irrefreável de publicar. E sentia também saudade do Nestor com quem ela se casara, um pesquisador ousado, desapegado, nada conservador. Onde ele tinha ido parar?

Seus devaneios foram interrompidos pela voz que queria ser raivosa, mas não conseguia disfarçar a curiosidade.

- Tá bom, sobre o que é o artigo?

Nara sorriu. 
P.S. Sobre o mesmo tema, ver também: "Batendo um lero com o jacaré"de Rogério Ferreira
http://portalrogerioferreira.ning.com/profiles/blogs/cronica-de-fevereiro-batendo-um-lero-com-o-jacare 
 

 

 

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8 Comentário(s)

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Eide Paiva comentou:
18/06/2012
Crônica fantástica. A medida proposta além de promover a produção e difusão apenas de conhecimento relevante, também promove qualidade de vida.
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André Ricardo Costa comentou:
18/06/2012
Não imaginava que ia ler aqui algo assim.. quase a favor da meritocracia...
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Ana Stanislaw comentou:
17/06/2012
Adorei a crônica. Excelente!! Parabenizo a dupla - Bessa e Gustavo. Certamente, teríamos melhores produções se não existisse essa corrida desenfreada por publicar qualquer coisa a todo custo. Agora, a professora Edilaine deve ter muitos orientandos, não é mesmo? Isso justificaria esse tipo de preocupação. Parabéns, texto maravilhoso!!
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Leticia Rebollo Couto comentou:
17/06/2012
muiiiiittttooooo bommmmm obrigada... tava precisando ler mesmo algo assim!!!!! O sistema foi uma medida radical para assegurar a relevância da produção científica. Depois de décadas em que os pesquisadores eram premiados em razão da quantidade e frequência de publicação, o resultado foi o crescimento exponencial de publicações irrelevantes. (...) Livres da obrigação de publicar a qualquer custo, os professores podiam se dedicar mais ao ensino e à pesquisa.
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Leticia comentou:
17/06/2012
muiiiiittttooooo bommmmm obrigada... tava precisando ler mesmo algo assim!!!!!"
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José Cyrino comentou:
17/06/2012
CALDO DE GALINHA NÃO FAZ MAL A NINGUÉM. J. D. Cyrino Jr Quem acompanha o TAQUIPRATI por certo dirá que o artigo “As Primaveras da UFAM” é um texto caldo de galinha, ou seja, uma comida com pouquíssimo tempero, um texto insosso, quase sem gosto. É um texto sem ânimo, que não briga, não polemiza com pessoas nem idéias, não aprofunda argumentos, enfim, é apenas um texto elegante com o escopo de parabenizar a UFAM pelo seu aniversário. Ao final, de soslaio, diz o autor que não concorda com a greve e, de resto, distribui afetos a personalidades da história recente da UFAM, afetos, aliás, justos. Não tenho nenhuma apetência por caldo de galinha, pois gosto de comida bem temperada e de preferência picante. Mas de todos os TAQUIPRATI que li relativamente a essas questões de greves nas universidades, este foi um dos que mais me levou à reflexão. Mas então como um prato insosso, sem sazon, pode ter me ter causado apetite reflexivo? Essa já é a própria questão: por que um Chef de haute cousine, reconhecido pelos seus pratos sofisticados, da Torta Golden Bom Vibant, escargot caviar, etc, serve impudentemente (atenção revisor, a palavra é grafada assim mesmo), um caldo de galinha para mulher de resguardo de antigamente, que nem sal podia comer? Especulo sem nenhuma pretensão de defender teses nem mesmo ponto de vista, apenas coloco perguntas. Aliás, penso que fazer perguntas é o que mais nos falta presentemente, pois são elas que movem a vida e não as respostas. Hoje temos respostas em demasia, talvez porque a pergunta carregue consigo o gravame da ingenuidade, da dívida e até do desconhecimento – daí seu desprestígio no meio dos intelectuais. As respostas não, essas carregam a marca da verdade, da sabedoria, da certeza, e da coragem, mas também da prepotência e a arrogância. Cozido nos temperos da filosofia aprendi a não temer perguntar e a crer que é com as perguntas que se constrói, socraticamente, os entendimentos sobre as coisas. Assim, ponho umas questões sobre o assunto que me parecem pertinentes. O que há de novo sob o sol se há anos repetimos que dada a natureza do trabalho das universidades (instituição pública mantida com os impostos dos trabalhadores, atividade não produtiva de bens materiais, relação demasiadamente mediatizada com o poder central, ausência nítida de um patrão, etc) fazer greve aos moldes das greves dos operários do ABC ou do Distrito Industrial não possui efetividade? Perdoem-me pela simplicidade do silogismo, mas se ninguém luta sem o objetivo de vencer; se vencer o adversário implica causar-lhe a derrota ou algum dano, prejuízo ou no mínimo um temor, então o instrumento usado para isso deve ser nocivo e danoso o suficiente para atingir esses objetivos. E aí vem a conclusão óbvia que proponho seja desbanalizada em forma de pergunta: que prejuízo essa greve tradicional pode causar? Não estamos usando uma faca cega para cortar couro duro? Se causa algum prejuízo, a quem causa? Que efetividade esse instrumento produz? Mas isso tudo, como disse, sabemos há anos. A pergunta que deve ser feita é: se sabemos disso há anos, então por que continuamos a repetir essa fórmula? Se sabemos, por que insistimos em não propor outras formas de luta? Por que quando se tenta por esta questão sobre a mesa o proponente é ideologicamente e politicamente decapitado com patrulhamentos velados e as vezes até explícitos? Quem pode propor essas questões? Qualquer professor ou somente os legitimados pelo corpo? Há um outro grupo de perguntas importantes para serem postas: ouve-se muito alguns professores falarem nos corredores que não concordam com a greve (por razões diferentes, não importa). Como são muitos, se essas pessoas fossem na assembléia dizer claramente as razões das discordâncias e ao final votassem pela não deflagração da greve, provavelmente seriam maioria e a greve não seria aprovada. Então se pergunta: que discordância é essa que apesar da certeza dessa votação as pessoas não vão às assembléias? Que diabo acontece que nossas greves são decididas por menos de cem pessoas quando temos mais de mil professores? O que move, ou melhor, imobiliza esse grupo discordante? Medo? De que? Seria o próprio modelo de luta que desmobiliza? O discurso que a reitora repetiu e que a sociedade ouve sempre de todos é que a universidade é um espaço democrático de divergências. Pergunta-se: será mesmo isso verdade, se essa dita divergência não se concretiza? Se é um espaço de debate de divergências quem são os inscritos e cadastrados? Todos, independentemente do ponto de vista ou apenas os poucos divergentes? Até onde? Como e sob que estatuto essas diferenças podem se manifestar? Por que será que na década de 80 isso não acontecia pelo menos com esse grau? Nos anos 80 "o pau cantava" nas assembléias que eram freqüentadas até por professores classificados e até auto declarados de direita. Será se é porque a linha entre a direita e a esquerda ficou mais tênue? Mais uma indagação: que greve é essa que necessita do apoio e da força institucional do governo atacado para se fortalecer? Precisa do apoio do adversário para parecer a ele que está forte? Refiro-me à decisão do Conselho Universitário que suspendeu o calendário escolar. Portanto, se está suspenso nenhum grevista está praticando nenhum ato de rebeldia, de contrariedade, de resistência, portanto, de luta. As aulas estão suspensas. Férias coletivas? Salário garantido, já que não havia aulas. Por fim pergunto se essas perguntas podem ser feitas ou se isso é atitude reacionária que foge da discussão contra o governo Dilma e o projeto neoliberal de universidade? Penso que fora dessas perguntas o risco de cairmos nos chavões exauridos pelo tempo é muito grande. Por que não fazemos perguntas novas sobre mo0mentos novos? Por que rezamos pelas mesmas teorias e estratégias anacrônicas? Por que será que os intelectuais não perdem essa mania de achar que a vida é que tem que se enquadrar nas suas teorias e não o contrário, ou seja, as teorias é que refletem os movimentos de mudança da vida, portanto de mudança da história? Por que não posso fazer outros tipos de pergunta? Por que o Chef não pode oferecer um caldo de galinha? Se a vida muda permanentemente, se há outros temperos novos, porque insistir na mesma receita? Por que o TAQUIPRATI não pode, pelo menos uma vez, ser um TAQUIPRASI? Garçom, por favor, um caldo de galinha.
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José R. Bessa comentou:
17/06/2012
Da colega Edilaine Gomes, recebi na semana passada a informação abaixo: DOCENTES DE PÓS-GRADUAÇÃO: GRUPO DE RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES OTACILIO ANTUNES SANTANA Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego, 1235, 50670-901, Recife, Pernambuco, Brasil. E-mail: [email protected]/ RESUMO. Os docentes de pós-graduação apresentaram aumento nos pedidos de licenças médicas, principalmente por sintomas ou sequelas de doenças cardiovasculares. Com isso, o objetivo deste trabalho foi, por meio de um questionário direcionado a professores de pósgraduação, quantificar entre eles quantos realizavam atividades físicas frequentes, dietas balanceadas e visitas médicas, e outros fatores, e comparar isso com: 1) a ocorrência de intervenções cardíacas, doenças coronarianas e acidentes vasculares cerebrais; 2) o número de produção científica e o número de orientando médio por ano. Foram respondidos e analisados 540 questionários. A hipótese deste trabalho foi aceita, ou seja, quanto maiores o número de produção científica e o número de orientandos em média por ano, maiores foram as ocorrências médias de intervenções cardíacas, doenças coronarianas e os acidentes vasculares cerebrais (hemorrágico e isquêmico) em docentes de pós-graduação, principalmente, pela falta de dieta equilibrada e balanceada, de atividades físicas supervisionadas regularmente, e visitas médicas frequentes, justificados pela excessiva carga horária fora do expediente, para se manter os indicadores de qualidade dos cursos de pósgraduação e de seus currículos atualizados.
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Giane comentou:
17/06/2012
Além de qualidade, teríamos professores e pesquisadores menos estressados.. muito bom!!
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