CRÔNICAS

Dona Yedda, a cangaceira amorosa

Em: 04 de Dezembro de 2011 Visualizações: 72423
Dona Yedda, a cangaceira amorosa

 

Alguns professores são que nem sumo de caju: deixam marcas indeléveis. Maria Yedda Linhares entrou em nossa sala do Curso de Jornalismo, na FNFi, em 1967, como um relâmpago. Deu duas ou três aulas, fulminantes e arrasadoras, que iluminaram nossas mentes, plantando nelas dúvidas – muitas, e certezas – algumas, o suficiente para se fazer amada per omnia saecula saeculorum. Ela tinha outras obrigações naquele semestre e nos deixou em excelente companhia com duas ex-alunas suas, que assumiram as aulas: Berenice Cavalcante e Valentina Rocha Lima. Voltou no final do ano para o ritual da prova oral.
Foram duas ou três aulas de história contemporânea, mas ficou na lembrança a imagem da cangaceira cearense, amorosa e destemida, que nos abriu os olhos com seu verbo inflamado, seu saber comprometido, sua militância engajada. Ela ensinava história dentro e fora da sala de aula. Vivia e respirava história. Participou ativamente da luta contra a ditadura militar e pagou caro por isso. Num depoimento publicado em 1985, no livro “A Deformação da História”, organizado por J.L. Werneck da Silva, dona Yedda lembra os anos de chumbo na Faculdade Nacional de Filosofia, a FNFi velha de guerra,esquartejada no governo militar:
- Seus professores e alunos foram perseguidos, alvo de inquéritos sucessivos. Muitos alunos foram expulsos. Eu mesma passei por seis inquéritos policiais-militares (IPMs), entre 1964 e 1966, sem indiciação, sem acusações formais, acusada apenas, por convicção, de desejar um Brasil melhor, uma melhor universidade.
Na luta por um Brasil melhor, dona Yedda não se intimidou e, mesmo perseguida, continuou resistindo em várias trincheiras. No final de 1968, o Ato Institucional n° 5 - o famigerado AI-5 - acabou com o que restava de liberdade democrática: “A partir daí, outras atribulações: fui presa três vezes e, finalmente, a punição decisiva, jamais explicada, que me privou da cátedra, da liberdade de trabalhar no meu próprio país e de nele circular como cidadã. Ainda na prisão, fui convidada por iniciativa de Fernand Braudel e Jacques Godechot para lecionar na França”.
Teve até carta de Jean Paul Sartre, dirigida ao ditador de turno, exigindo sua libertação. Ela saiu da cana no Brasil para ser recebida com todas as honrarias na França, aonde chegou - aux armes, citoyens! - no dia 14 de julho de 1969. Durante cinco anos, dona Yedda atuou como professora de história moderna e do Brasil, primeiro na Universidade de Paris-Vincennes e, depois, na Universidade Toulouse - Le Mirail. Foi homenageada com um abaixo-assinado, no qual centenas de alunos solicitavam sua permanência.
Mas dona Yedda aproveitou a primeira abertura no Governo Geisel para regressar ao Brasil, em julho de 1974, quando foi trabalhar no Centro de Pós-Graduação em Desenvolvimento Agrícola da Fundação Getúlio Vargas. Lá, criou o Programa de História da Agricultura Brasileira e promoveu pesquisas inovadoras no âmbito da história agrária. Entre 1977 e 1980, comandou uma equipe de mais de 100 jovens pesquisadores em dez Estados da Federação. Tive o privilégio de ser um deles.
Dona Yedda me buscou na Universidade Federal do Amazonas, onde era professor, para que eu coordenasse uma equipe local do Programa de Levantamento de Fontes para a História da Agricultura do Norte-Nordeste. Foi uma convivência frutífera. Com ela, continuamos aprendendo o valor do documento, a importância do arquivo e o papel da teoria na construção do conhecimento histórico. Numa das reuniões de equipe, em Fortaleza, ela ouviu atentamente minha comunicação sobre os livros de registro de terra, encontrados no Arquivo Público, e me deu um chega-pra-lá carinhoso, mas firme:
- Não generalize, Bessa!  Não seja precipitado! Os dados que você apresenta são ainda insuficientes para qualquer teorização. É preciso prudência e rigor. Quem corre o risco de levantar vôo nessas condições é um aventureiro, o que não é o seu caso.
Era o meu caso. Foi gentileza dela. Quando o coordenador do Pará, Geraldo Mártires Coelho, professor da UFPA, apresentou em seguida os resultados do seu trabalho, baseado em uma documentação muito rica, ela recomendou:
- Generalize, Geraldo! A teoria nos liberta. Excesso de prudência prejudica o historiador. Aliás – completou com humor – já que vocês dois são da Amazônia, por que não se juntam e se complementam?   
Era assim dona Yedda. Recomendava prudência ao aventureiro, audácia ao prudente, duas qualidades que soube cultivar nela e em seus alunos. Um de seus discípulos diletos, Francisco Carlos Teixeira da Silva, em recente artigo, a definiu com muita precisão: “Rebelde, teimosa, voluntariosa, humana e generosa. (...) Não era mulher de esperar. Agia. Muitas vezes na direção certa, guiada por seu instinto contrário a toda injustiça. Outras vezes era precipitada, nunca, contudo, injusta. No mais das vezes prejudicava a si mesma”.
Um dia, vários professores de História da UFAM, ex-alunos meus, vieram de Manaus para um evento acadêmico no Rio. Manifestaram desejo de conhecer dona Yedda. Telefonei. Sempre disponível, ela marcou um encontro na praça da alimentação num shopping de Niterói, após suas aulas na UFF. Enquanto a esperávamos, discutíamos um livro sobre a ação dos jesuítas no Brasil. Ela chegou no meio da conversa, mas já veio atirando: – “Esse livro é uma porcaria” – disse, contundente, com aquele seu jeito desabusado. Fez-se um profundo silêncio e todo mundo me olhou. É que eu havia acabado de elogiar o livro, minutos antes de sua chegada.
Senti-me, então, na obrigação de defender meu ponto de vista. Destaquei a contribuição do autor para identificar as estratégias de conversão usadas pelos soldados de Cristo e perguntei dela quais as críticas que fazia e o que lhe havia desagradado no livro.
- Não sei. Não li – respondeu.   
Parecia aquela boutade de Oscar Wilde, que disse: “Jamais leio os livros que resenho para não me deixar influenciar pelo autor”. Acontece que ela conhecia muito bem o autor da obra em questão: - “Comigo não tem essa coisa de dizer ‘o cara é um crápula, mas escreve bem, é um bom pesquisador’. Não leio obra de dedo-duro, de mau caráter. A vida é curta e tem muito texto interessante para ler. Não li, mas aposto que o índio, no livro dele, aparece como objeto e jamais como sujeito da história”.
Bingo! Sem haver lido, acertou. Para ela, o caráter era tudo. "A história conta hoje com um número maior de especialistas, mas caiu o nível dos cursos de graduação, a responsabilidade social não é mais a tônica no código de ética da profissão" - escreveu. Ela era aquele tipo de historiadora, apaixonada e apaixonante, cujo perfil foi traçado por Drummond num poema, um dos raros textos onde o adjetivo ‘rancoroso’ tem uma conotação positiva: “Veio para ressuscitar o tempo / e escalpelar os mortos / Veio para contar / o que não faz jus a ser glorificado / e se deposita, grânulo / no poço vazio da memória / É importuno / Sabe-se importuno e insiste / rancoroso, fiel”.
Na minha defesa de tese sobre a história das línguas na Amazônia, logo no início fui interrompido pelo presidente da banca, Ivo Barbieri, que fez questão de registrar a chegada da dona Yedda, acompanhada de sua irmã Yonne Leite, as duas haviam entrado naquele momento, sem que eu tivesse percebido. Foi uma bela surpresa. Ela se sentou na primeira fila para ouvir a ovelha desgarrada e perdida, perambulando na fronteira da história, do jornalismo, da literatura, da sociolingüística, do indigenismo e de não-sei-lá-mais-o-quê. De repente, a simples presença dela ali me deixou seguro, protegido, talvez até prudente. Saber que ela estava lá, me tranquilizava.
Dona Yedda (1921-2011) nos deixou nessa terça-feira, 29 de novembro, enrolada com a bandeira do Botafogo – time pelo qual torcia – conforme me informou uma de suas ex-alunas, Lia Faria, que prepara um documentário sobre ela. Defensora da educação para todos, pública, laica e de qualidade, dona Yedda implementou algumas de suas idéias quando foi secretária municipal e duas vezes secretária estadual de educação no governo Brizola.
Procurei no dia 30 de novembro e nos dias 1º e 2 de dezembro a notícia de sua morte nos jornais. Nada. Apesar de ser uma figura pública, nem O Globo nem a Folha de São Paulo registraram sequer uma linha. Muitos de seus alunos, admiradores e professores da rede pública de ensino não sabem de seu falecimento. Para o jornalão da família Marinho, dona Yedda não morreu. Essa foi uma das raras vezes em que, por vias tortuosas, coincidimos com a linha editorial das Organizações Globo.
P.S. - Sheila Cristina Monteiro Matos: "Memórias e diálogos com a Educação Integral: o legado de Maria Yedda Leite Linhares (1983-1986)". Rio de Janeiro. 2017. Tese de doutorado defendida em 29/03/2017 no Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ. Banca: Lia Faria (orientadora); Ângela Martins (UNIRIO); Edna Maria dos Santos (UERJ), Libânia Xavier (UFRJ) e José R. Bessa Freire (Uerj-Unirio). A tese refaz a trajetória de dona Yedda, desde seu nascimento em Fortaleza (CE), em 1921, cuja familia muda para o Rio Grande do Sul, em 1932, e no ano seguinte para o Rio, No segundo ano do curso de história na FNFi, ela ganhou uma bolsa para a Universidade de Columbia (EUA), onde permanece até 1942. No seu retorno, foi aprovada para assumir o cargo de professora na FNFi. Deu aulas ainda no Itamaraty no curso de formação de diplomatas e foi diretora da Rádio Ministério da Educação convidada por Darcy Ribeiro. No Arquivo Público do Estado do RJ, Sheila Matos, a quem agradecemos, encontrou a ficha de registro de dona Yedda no DOPS com o histórico feito pela polícia, que incluímos aqui depois da defesa.        

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55 Comentário(s)

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Ivanildo Fernandes comentou:
28/05/2017
Bela crônica, gosto do estilo. Por falar em grandes mulheres, sabes algo sobre Neusa Ramadã (ou Ramadan) de Manaus? Escutei uma velha senhora manauara falar desta mulher que era dona de regatão e que o filho morreu numa das viagens em alto Rio Negro. Por 3 dias ela teria jogado creolina no corpo do filho para trazê-lo e enterrar em Manaus, nos preceitos da sua religião. Mandou fazer estátua de Carrara do filho para registrar o feito, no São João Batista.
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Danielle Oliveira comentou:
11/05/2014
Acabei de conhecê-la através da minha disciplina de PPP, dada pela professora Lia Faria. E, após ler o texto sugerido pela mesma, "Os múltiplos olhares de Maria Yedda Linhares: educação, história e política no feminino", fiquei encantadíssima com essa professora e, resolvi procurar mais sobre ela, e eis que me deparei com esse texto. Ele colaborou muito com a minha pesquisa, e como sempre as palavras do professor Bessa foram inspiradoras. Obrigada por mais essa contribuição, professor!
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ANGELA ALVES comentou:
07/08/2012
estou longe de linhares acompanho o obituário morei40anos em linhares quanto aos nomes alguns conheço maas ta faltando a foto obrigada
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comentou:
08/06/2012
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Luciana Freitas comentou:
31/12/2011
Bela crônica do Bessa sobre Maria Yedda Linhares, que foi minha professora em três disciplinas, as últimas que lecionou na graduação em História da UFRJ. Sou mais uma ex-aluna que não soube do seu recente falecimento.
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Marcos Henrique de Oliveira Tavares comentou:
08/12/2011
Boa Noite! Eu era um menino, e como menino aprendi que o respeito é importante em relação ao professor ou professora, sobre tudo com a tragetória de D. Yedda, uma trajetória de luta pela educação pública, coisa que que só aprendi quando era adulto.
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Geraldo Souza comentou:
06/12/2011
João, tu és leso ou abestado? Ou as duas coisas juntas? Por puro preconceito, não sabes o que estás perdendo.
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João (Blog da amazonia) comentou:
06/12/2011
Gostaria de ter lido, contudo, quando se é papo de professor e já vem um QUE NEM logo no início, desestimula. Minha birra? Sim, forte. Estou cansado de ouvir e ler que os estudantes de hoje, linguisticamente falando, são nulos. Creio que passagens como esta que são impunes e tantas outras encaradas como normalidade contribuem para o fracasso.
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Paulo Bezerra comentou:
06/12/2011
D. Yedda e Darcy Ribeiro, a quatro mãos, idealizaram e deram vida aos CIEPS. Tinham muito em comum. Cito uma frase antológica do grande Darcy Ribeiro que cabe como uma luva para D. Yedda. "Nas minhas lutas tive mais derrotas do que vitórias. Porém, horrível seria se tivesse ficado do lado daqueles que as venceram".
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Falcão Vasconcellos comentou:
05/12/2011
Encantado meu caro Babá. Sempre ouvi falara na dona Yedda e sua presença nas trincheiras da democracia e da prática docente colada a luta social. Não conhecia pormenores, e por isso sua crônica informa e faz justiça a uma verdadeira educadora, que engrandece a função social da educação e da cultura. Abraço grande, companheiro de memoraveis jornadas
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Andrea Sales comentou:
05/12/2011
E essa chuva que não pára...as nuvens também choram como nossos corações em pedaços remendados pelos laços da saudade. Saudade daqueles que respeitamos e amamos e que já não compartilham conosco as mesmas salas de aula e quintais.Locais de memória que insistem em despedaçar o pranto derramado por aqueles que sempre estarão vivos em nós e conosco! Bessa, você teve excelentes e inesquecíveis mestres: sua mãe,Levy Strauss, Armando Barros,Yeda Linhares e tantos outros...eu tive, a maior de todos meu
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Ivette Gomes Moreira (Site Lima Coelho) comentou:
05/12/2011
Prof. Bessa, existem professores que não gostam que se diga que um professor pode ser espelho para seus alunos. Eu sempre insisti nessa teoria. Não um professor para ser copiado, mas aquele professor que não o deixa esquecer da honra, da ética, da moral e do compromisso com aquilo que faz. Assim foi dona Yeda e o senhor teve a sorte de ter sido seu discípulo. Parabéns pelo texto e por não permitir que ela saia deste mundo sem ser lembrada.
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Nara Peixoto e Eleuza Xavier comentou:
05/12/2011
Bela e merecida homenagem. Valeu, mestre Bessa Freire
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Alba Milhomem, Gilson Ramos, comentou:
05/12/2011
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Nair Lopes, Berenice Alencar e William Porto comentou:
05/12/2011
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Odete, Yole e Cleonice Nunes comentou:
05/12/2011
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Silvani Santos (Site Lima Coelho) comentou:
05/12/2011
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Sara Coutinho (Site Lima Coelho) comentou:
05/12/2011
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Rogéria Pereira (Site Lima Coelho) comentou:
05/12/2011
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Vitória Caldas (Site Lima Coelho) comentou:
05/12/2011
Dona Yedda fez toda a diferença a vida inteira
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Josias Melo (Site Lima Coelho) comentou:
05/12/2011
Caracas! Texto muito massa. Lindo, lindo
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Zeze comentou:
05/12/2011
Que mulher aquela, ainda tenho gravada na memória nossa primeira aula com ela. Bastou uma e senti uma profunda frustração porque ela nos ia deixar, Há poucos dias, ao escrever um texto sobre meu exílio no Chile, lembrei daquele primeiro ano na FNFi, das professoras de história e da Maria Yeda, e lamentei que a tenha conhecido tão pouco. Que bom que voce consegue transmitir esse sentimento, que é nosso, ao falar dela. Obrigada pela crônica.
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SNJ (Alfalante) comentou:
04/12/2011
Bom, se nem a Folha nem o Globo divulgaram, ela está aqui no meu coração graças ao Surf. Brigadão mesmo, é esse tipo de informação que precisamos escancarar, essa página perdida na Rede é insignificante e tenho consciência, mas freqüentada por bons.
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Roberto – 1 (Alfalante) comentou:
04/12/2011
Eu não privei do círculo de amigos da Profa.Yedda,mas assisti palestras que proferiu na FGV e na UFRJ.Ela uma senhora baixinha e de voz inflamada,que alternava o tom inquisitivo e indignado para o dócil e meigo,em questões de segundos.Sempre com uma inteligência acurada e medida.Era professora emérita na área de História da UFRJ e UFF.Lembro que amigos historiadores reverenciavam o papel pioneiro na pesquisa agrária dessa maravilhosa figura.Fui mais próximo da amiga dela, a Profa. Bárbara Levy.
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Roberto – 2 (Alfalante) comentou:
04/12/2011
Os verdadeiros heróis desse povo brasileiro morrem esquecidos e sem lanterna nas popas. O ódio devotado pela nossa elite e os meios de comunicações aos projetos populares, como os Cieps, fica desmascarado com esse silêncio da mídia. A profa. Yedda poderia recitar a mesma frase de desagravo de Mário Quintana, guardado pelo povo e depreciado pelas elites reacionárias: Eles passarão, eu passarinho
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André comentou:
04/12/2011
Ribamar, muito boa a crônica, emociona mesmo os que, como eu, a viram/ouviram pouco naqueles dias.
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comentou:
04/12/2011
Ribamar, muito boa a crônica, emociona mesmo os que, como eu, a viram/ouviram pouco naqueles dias.
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Jubelus (Blog da Amazonia) comentou:
04/12/2011
Uma grande mestra que se foi! Tive a honra de participar a seu lado da Banca de Livre-Docência do Prof. Dr. Ciro Flammarion Cardoso. Essza notícia me deixou muito triste.
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Vera Sastre comentou:
04/12/2011
Oi, Riba, mas O Globo deu no obituário, talvez sem o ênfase merecido...chamada de capa, nem pensar. ..
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Jorge da Silva comentou:
04/12/2011
O Brasil precisa ser florido com pessoas como dona Maria Yedda Linhares, dessa forma a escola será democrática e para todos.
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Vitor Aboud comentou:
04/12/2011
É preciso salientar que Maria Yedda Linhares, quando secretãria de educação, construiu mais de 750 escolas, entre os quais muitos cieps e soube valorizar o trabalho do professor em sala de aula.
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Múcio Medeiros comentou:
04/12/2011
Caríssimo Professor Bessa, ao ler a crônica, profundamente significante, por tratar-se de dona Yedda, tive a grata sensação de tê-la ouvido, em partes, nos nossos encontros de orientação.
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Daniela Viduani Sopran Gil comentou:
04/12/2011
Eu não a conhecia... mas com a sua "despedida" José Bessa, me emocionei muito com a partida de Maria Yedda Linhares! Obrigada por mais essa oportunidade!!!
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Maria Beatriz Brandão Gobbi comentou:
04/12/2011
Uma perda significativa de um ícone da educação brasileira!!!
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Paulo Lima (1) comentou:
04/12/2011
Fui aluno e orientando da Profa. Maria Yedda Linhares na graduação em história na UFRJ no fim da década de 80. Rigorosa e ao mesmo tempo instigadora é o exemplo que devemos seguir de pesquisadora, cidadã e pessoa que pensa a educação. Depois tive o prazer de acompanhar a garra com que implementou os CIEPS como Secretária de Educação do Brizola, junto com Darcy Ribeiro.
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Paulo Lima (2) Blog da Amazonia comentou:
04/12/2011
Maria Yedda Linhares merece todas as luzes e homenagens nesse momento em que o país não tem heróis. Ela foi foi uma heroína da cidadania, da educação e da História. Parabéns ao José Bessa pelo texto publicado no Altino Machado. Justo e preciso.
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Estêvão Palitot comentou:
04/12/2011
Bessa, maravilhosa homenagem, inspirante e inspiradora, para todos nós. Maior que qualquer elegia melodramática que a globo faz. Parabéns a vc e ao exemplo de Dona Yedda, que passo a conhecer melhor a partir desse momento.
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gina couto comentou:
04/12/2011
Obrigada, por permitir-nos conhecer este ser que enaltece o povo brasileiiro e a academia. Não temos duvida que a sua semente se multiplica e continuará a multiplicar-se, nos lutadores do povo no seus diferentes frentes.
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Leonardo Villela de Castro comentou:
03/12/2011
Relatos emocionados e emocionantes como esse devem servir de referencia aos aprendizes do jornalismo e da literatura. Não conheci pessoalmente D. Yeda, mas sempre nutri por ela carinho especial, justamente por ouvir de alguns que com ela conviveram, da sua generosidade e capacidade de escuta, educadora e historiadora de verdade! Perda que me sensibiliza e entristece, mas matéria que me alegra por perceber que, exatamente como o jornalista que tão bem a descreveu, muitos outros sujeitos foram
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Maria Elizabeth Brea comentou:
03/12/2011
Maria Yedda merece o reconhecimento de todos os historiadores, antropólogos, cientistas sociais, pesquisadores que se comprometem com um Brasil melhor.
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elizabeth carvalho comentou:
03/12/2011
Riba querido, Que alegria essa luz que você joga sobre nossa querida Yedda. Que tristeza saber (por você) que ela morreu. Estava viajando, colhendo material para um especial sobre o euro que vai ao ar na Globonews nos dias 10 e 17 de dezembro, jóia da grande mídia que não cultiva esse tipo de memória. Meus colegas de redação de hoje não saberiam nem de longe juntar o nome à pessoa. Pobre do nosso jornalismo. Mas a gente ainda resiste. Beijo, obrigada, saudade, tua amiga e colega, semp
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Conceição Campos comentou:
03/12/2011
Bela crônica. Professores que iluminam o caminho de seus alunos: Dona Yedda Linhares no caminho de José Ribamar Bessa, e Bessa no caminho de tantos alunos - como eu. Viva essa gente!
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
03/12/2011
RSRSRS QUE FALTA DE RESPEITO DA GLOBO COM OS ASSINANTES E COM OS LEITORES DE NITERÓI!!! BESSA, A CRÔNICA ´FICOU RICA EM DETALHES PROPICIANDO A RECONSTRUÇÃO DE UMA VIDA CORAJOSA COMO A DE MARIA YEDDA, ESSA PROFESSORA VIVEU INTENSAMENTE E DEVE TER MORRIDO TRANQUILA. ESPERO. CONCORDO COM ELA: UM DEDO DURO: NÃO PODE FAZER OU ESCREVER NADA QUE PRESTE,MUITO MENOS EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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ROBIN WRIGHT comentou:
03/12/2011
Bela historia, Bessa ! Nunca conheci a Professora Yedda, mas tive o privilegio de conhecer em Campinas, colegas da nossa area parecidas como ela - mas que a gente so aprecia muito depois...e de distancia
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Ana Stanislaw comentou:
03/12/2011
Bela homenagem a "Dona Yedda"!!! A conheci apenas através das suas palavras, de suas ideias. É lamentável o silêncio da grande mídia. Uma pessoa como Maria Yedda Linhares merece as capas de todos jornais e revistas, merece ainda programas e muitas, muitas homenagens. Afinal, ela - como poucos - são fundamentais para esse país e deixarão um grande vazio.
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Bessa (acionado por Regina) comentou:
03/12/2011
Pois é, no exemplar para assinantes de Niterói, onde moro, não constava o registro do Obituário do Globo. De qualquer forma, isso foi para dar razão à dona Yedda: é verdade, generalizo muito rápido. Não foram TODOS os leitores do Globo, mas apenas os assinantes de Niteroi que não tomaram conhecimento. Devia ter checado os dados. Fica aqui o esclarecimento ao leitor.
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Regina comentou:
03/12/2011
Excelente, Bessa. Gostei muito e vou mandar para alguns colegas e amigos bem próximos dela. Só que o O Globo publicou no, Obituário, no dia 30/11, uma nota grande, inclusive com uma linda foto.
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Maria Helena comentou:
03/12/2011
Se não fosses tu, eu também não sabia da morte da Yedda. Que cidade é essa em que as pessoas estão tão distantes que nada sabem umas das outras… No entanto, tal como a Yedda professora que tu recordas, a Yonne, sua irmã, também abriu caminho para muitas pessoas na linguística e na antropologia.
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Marco comentou:
03/12/2011
Amigo Bessa, grato por esta justa homenagem à nossa querida mestra. Aprendi a admirá-la e respeitá-la através de meu avô Edmar e, depois, tive a marcante experiência de ser seu aluno (fora reintegrada com anistia) no Mestrado em História da UFRJ. A lição de unir criatividade e rigor marcou mais que sumo de caju. Figuras como ela dão sentido à universidade.
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Isabela comentou:
03/12/2011
Linda crônica! Ela era assim mesmo...Firme, determinada, brilhante. Aprendi muito quando fui sua aluna. Deixou muitas lições para nós. Abços.
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Nilda Alves comentou:
03/12/2011
Querido Bessa, Maria Yeda foi minha professora um ano inteiro. Imagine que marca me deixou. Beijos Nilda
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro comentou:
03/12/2011
Belíssima crônica Bessa. Tive o prazer de estar contigo naquele encontro, verdadeira aula pública que a D. Yedda ministrou "na praça da alimentação num shopping de Niterói". Os termos foram estes mesmos, nem mais nem menos. Foi memorável aquele dia! Inesquecível!
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Alberto Santoro comentou:
03/12/2011
Conheci a saudosa D. Yeda Linhares em Paris em sua residência mas não lembro da motivação do encontro pois haviam outros colegas. Ela representava uma espécie de Guru para "nós" pois ouvia-se o que ela dizia e de lá saiam muitas discussões. Não tive o privilégio de sua convivência, mas muito "falavamos"dela como pessoa integra e generosa. Obrigado por compartilhar esta sua Crônica maravilhosa.
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Regina Abreu comentou:
03/12/2011
Bessa, que linda homenagem! Também conheci Dona Yeda em palestras fulgurantes e iluminadoras. Ela é um bem que restará tombado em nossas mentes e corações para sempre! Save Dona Yeda!
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Cris Amaral comentou:
03/12/2011
Querido Prof. Bessa, gentil e carinhosa a sua crônica em homenagem a “Dona Yedda”. Tão cheia de emoção que as palavras me faltam, pois, param na garganta. Como dizem os mais antigos: Deus a tenha. Carinhos
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