CRÔNICAS

Confessionário digital: a confissão premiada

Em: 13 de Fevereiro de 2011 Visualizações: 84967
Confessionário digital: a confissão premiada

 

Todos nós, agora, podemos ser perdoados, inclusive os senadores do PMDB (vixe, vixe). Estão absolvidos José Sarney - com um maranhão de pecados mortais, e Eduardo Braga - com um solimões de peso superfaturado na consciência. Até o prefeito de Manaus Amazonino Mendes (PTB vixe-vixe), que se confessou pela última vez em 1947, vai ser absolvido da pororoca de pecados cabeludos cometidos de lá pra cá, sem necessidade de encarar no confessionário o mau hálito do vigário de Eirunepé. Basta clicar na tecla enter.
Esse clique mágico, depois de um ato de contrição digital, é suficiente para que qualquer pecado, venial ou mortal, municipal ou federal, seja perdoado, mesmo os da presidente Dilma e do ex-governador José Serra, que na campanha eleitoral demonstraram fervorosa devoção a Nossa Senhora Aparecida e uma fé inabalável nos dogmas da igreja. Basta, para tanto, comprar por dois dólares o novo aplicativo da Apple para iPhone, iPad e iPod Touch.
Já pedi a Maria Luiza da Matta – minha assessora para assuntos digitais - que me oriente no uso do aplicativo Confession. Aproveitei para confessar três pecados cabeludos que estavam engasgados – aqui oh! – e atormentavam minha consciência. O primeiro deles: nunca terminei a leitura sequer do primeiro tomo de O Capital. O segundo: não li Derrida, Lacan e Deleuze. O terceiro: citei-os aqui e ali, dando a entender que conheço suas respectivas obras. Felizmente a descolada Malu descobriu um atalho para diminuir o tamanho da penitência. Que o velho Marx me perdoe!

Perdão digital
O velho Marx e o aplicativo da Apple que substitui a cabine do confessionário! Como foi possível inventar o perdão digital? Tudo começou em maio de 2010, no Dia Mundial da Comunicação, quando o Papa Bento XVI deu uma de moderninho e recomendou aos fiéis o uso das novas tecnologias, em sua mensagem “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra”.
A Apple, empresa multinacional que atua no ramo da informática, entendeu a mensagem como um sinal verde e investiu na fabricação de um novo aplicativo - o "Confession: a Roman Catholic App" - que torna obsoleto o confessionário. A geringonça, aprovada oficialmente por um bispo nos Estados Unidos, foi criada com a consultoria de dois padres especialistas no tema e com a legitimidade de quem já produziu o macintosh. 
O aplicativo começa com um exame de consciência personalizado para cada usuário e traz uma lista de possíveis pecados. Seu uso no Brasil é problemático, porque o programador não suspeitou que pudessem existir faltas tão cabeludas e inusitadas – das quais até o diabo duvida - como as cometidas por Sarney, Eduardo Braga e Amazonino. Por isso, tais faltas não constam explicitamente na lista, obrigando os pecadores a entrarem na janela com a denominação genérica de “pecados que bradam aos céus e pedem a Deus vingança”.   
O aplicativo apresenta todos os passos do processo: exame de consciência, arrependimento, firme propósito de emenda, confissão, absolvição e até a penitência. O pecador internauta também pode contar os seus pecados, digitando-os um a um, usando uma senha protetora para evitar a quebra do segredo inviolável da confissão. Esse é o problema.
Na última quarta-feira, os jornais noticiaram que o aplicativo já está à venda na loja virtual da Apple. A notícia causou um rebucetê no mundo religioso e, no dia seguinte, um porta-voz do Vaticano, o padre Frederico Lombardi, divulgou comunicado esclarecendo que o programa de smartphone não foi criado para substituir confissões presenciais, mas para ajudar católicos no exame de consciência, que o sacramento continua exigindo a presença do padre e que o segredo da confissão é inviolável.
Idêntica reação teve o Vaticano no século XVI, com as inovações criadas no Brasil pelos jesuítas na confissão dos índios e, no século XX, nos Estados Unidos, com a missa drive-in, celebrada pela primeira vez, em 1953, na praia Daytona, na Flórida. Foi um escândalo. Mas depois as coisas se acomodaram.
Hoje milhares de fiéis assistem missa dominical, instalados dentro de seus carros, sintonizando o rádio do veículo para ouvir o padre. Na hora da comunhão, os celebrantes levam a hóstia consagrada de carro em carro. O produto é - digamos assim - consumido dentro do próprio carro, como  se fosse um sanduíche de uma dessas redes de fast-food. Se a missa drive in foi liberada, a confissão no iPhone certamente também será. O problema é como contornar a quebra do segredo inviolável do sacramento.
Wikileaks manauara
Malu, minha assessora, adverte que qualquer hacker vagabundo ou ciberpirata pode invadir um computador, se apropriar da senha e revelar os podres do pecador-internauta, como fez meu primo Caio com sua própria mãe, a tia Ernestina, usando para isso o telefone. Ele imitava a forma de falar do vigário da Paróquia de Aparecida, um redentorista americano - o padre Tomé - que parecia até o Mangabeira Unger falando português. Um dia, o ‘canalha’ telefonou pra sua mãe:
- Óh, dona Arnastina, aqui é padre Thóme, da Piroca de Aprrrecida.
A imitação foi tão perfeita, mas tão perfeita, que a titia sentiu até o bafo de alho que o Thomé tinha no confessionário. Ela caiu como um patinho. Contou ao telefone seus pecados, que felizmente não bradavam aos céus. Titia se livrou, porque anos depois Thomé largou a batina pra se casar, levando com ele para a vida laica todos os pecados do bairro e deixando os paroquianos em pânico. Felizmente, sua esposa, dona Edna, era mulher virtuosa e nunca revelou os podres de ninguém, o que seria um verdadeiro wikileaks manauara.
Violar o segredo da confissão já criou a maior celeuma no século XVI, quando os primeiros jesuítas, que desconheciam a língua dos índios, começaram a usar um intérprete nas confissões realizadas em aldeias do Rio de Janeiro e da Bahia. Os intérpretes eram, em geral, “meninos da terra”, ou seja, filhos de índias com portugueses, que dominavam as línguas tanto do pai quanto da mãe.
- Tive grande consolação – diz o padre Fernão Cardim – em confessar muitos índios e índias por intérprete: são candidíssimos e vivem com muito menos pecados que os portugueses. Dava-lhes uma penitência leve, porque não são capazes de mais, e depois da absolvição lhes dizia, na língua ‘xe rair tupã toçõ de hirumano’, que quer dizer ‘Vai com Deus, meu filho’.
Confissão premiada
O padre Serafim Leite, em sua obra magistral – História da Companhia de Jesus no Brasil (essa eu juro que li de cabo a rabo, quero ver a Aurelinha mortinha no inferno se estou mentindo) – comenta que usar um intermediário para contar os pecados criava o perigo das inconfidências e até do escândalo. Por isso, o bispo D. Pedro Sardinha proibiu o uso de intérpretes no confessionário, “mui perigoso, pernicioso e prejudicial à majestade deste santo sacramento”.
Os jesuítas recorreram ao Vaticano, que lhes deu razão e derrubou a proibição do bispo Sardinha, que seria depois jantado pelos índios. A prática dos jesuítas foi legalizada e sancionada pela igreja, sendo legitimada pelo Direito Canônico, no Canon 903, tanto para a confissão de mulheres na igreja, como para a confissão dos homens na portaria dos Colégios – que eram os dois lugares onde o intérprete atuava.
Do ponto de vista do direito canônico, a penitência é a reconciliação com Cristo, a oportunidade que o católico tem de reconhecer as suas faltas e de se arrepender de seus pecados. Mas no Brasil colonial, quando se tratava de índios, nem sempre a penitência era leve como generalizou o padre Cardim.
Às vezes – narra o padre João Daniel, outro jesuíta que viveu na Amazônia – a porrada comia solta e a penitência podia ser dada ANTES mesmo do pecado ser cometido. Foi o caso de um índio no Pará, que transgrediu o primeiro mandamento da Igreja: “ouvir a missa inteira aos domingos e festas de guarda”. Na hora da missa, ele foi pescar, quando voltou foi açoitado publicamente. Pediu, então, ao confessor: “padre, já que estou ferido, pode me açoitar mais, por conta do próximo pecado, porque domingo que vem vou pescar outra vez. Assim, já fico perdoado antecipadamente”.
Para quem era castigado dessa forma, que importância tinha violar o segredo da confissão? Afinal, eram apenas pecados de índios e não sigilo bancário dos Sarney da época. De qualquer forma, a confissão iphone abre a possibilidade da "confissão premiada", ou seja, você conta os pecados dos outros e tem a penitência diminuida.   

 

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49 Comentário(s)

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Malu comentou:
22/02/2011
Baby, me tira dessa ou não te dou mais "gancho"
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Ma Auiliadora Aquino comentou:
17/02/2011
Falam tanto do trabalho da Igreja e dos frades jesuítas mas sem eles a preguiça seria maior na Amazonia, Aqui no Amazonas foram os salesianos tudo de bom para os índios. Constroem sanitários para eles não fazerem necessidades no rio e irem contaminando as comunidades, Em são gabriel e Maturacá se não fossem os missionários os índios já teriam morrido por doenças parasitárias
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vania tadros comentou:
16/02/2011
CONCORDO COM DEMETRIUS: AS RELIGIÕES DEVEM SER RESPEITADAS. NÃO É COM ANALISES SUPERADAS QUE RESOLVEREMOS SUAS FALHAS. PARA CERTAS PESSOAS, É MAIS FÁCIL DEFENDER A RELIGIOSIDADE VIVIDA POR POVOS CULTURALMENTE DIFERENTES DO QUE ENTENDER AS CRENÇAS NAS QUAIS FORAM INICIADOS.
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VANIA TADROS comentou:
16/02/2011
HÁ DOIS DIAS QUE NÃO POSTO AQUI ESPERANDO QUE O GIER MEMÓRIA PUBLICASSE Á VONTADE SEM TER QUE LER OS MEUS "COMENTÁRIOS PEDANTES". PORÉM, ATÉ, AGORA ELE AINDA NÃO ARRANJOU ARGUMENTOS PARA CONTESTAR OU ENRIQUECER A CRÔNICA DO BESSA.
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Julio Wandam comentou:
16/02/2011
Muito Bom, parabéns pelo artigo. Se aqui em Tapes ( que o prefa gosta de internet ) houvesse um confessionário desse, iria para o Livro dos Records dos pecados públicos mais cabeludos da paroquia local. Peço autorização para publicar esta obra! Julio Wandam REDE Os Verdes de Tapes/RS
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Demetrius (Blog da Amazonia) comentou:
16/02/2011
Os comentários fúteis sobre religião demonstram claramente a falta de respeito pelos católicos e suas crenças. Liberdade de expressão não significa o direito de ofender as pessoas na sua crença, se assim fosse, xingar a mãe do colunista seria também liberdade de expressão, mesmo que merecido fosse. RESPEITO PELOS CATÓLICOS E POR AQUILO QUE CONSIDERAMOS SAGRADO: O SACRAMENTO DA CONFISSÃO! (ESSE APLICATIVA JÁ FOI REPUDIADO PELA IGREJA!). DEUS NÃO É UM SOFTWARE!
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Paulo Bezerra comentou:
15/02/2011
O Sarney com seu maranhão de pecados mortais e um amapá de pecados veniais, não precisou nem gastar dois dólares com o novo aplicativo da Apple para ter seus pecados perdoados, bastou conchavar com os partidos de oposição (PSDB, DEMO e PPS) e, com os partidos ditos progressistas (PT, PCdoB, PSB) para ser ungido pres. do Senado pela 4a. vez. ISTO É UMA VERGONHA. BRASIL. PS. Leiam na Veja desta semana "O apoio secreto a um assassino da esperança". por Roberto Pompeu de Toledo.
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
ESTOU COM VICENZI, NADA SUBSTITÚI A PRESENÇA DA MASSA POPULAR NAS RUAS COMO FORMA DE PRESSÃO. PARA ISTO É PRECISO SAIR DE DETRÁS DOS COMPUTADORES
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vania tadros comentou:
14/02/2011
giér, o "desconhecido" sou eu. PAULO, pelo que observo devíamos estar mais preocupados com o que acontece nas milhares de casas onde as famílias vivem na maior promiscuidade, Aí sim, obrigadas a dormirem em um só quarto: pais , tios, meninos, meninas, namorados das mães e dos pais. Já está provado que a maioria de casos de pedofilia acontecem no ambito familiar.
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Hans comentou:
14/02/2011
Caro BessaNão conheci Reynaldo Jardim,mas por sua magistral homenagem a ele, pude ter uma imagem muito plástica e pertinente.A mulata de fita amarela, dançando sobre o seu caixão, desmoralizando a morte é uma imagem simplesmente supimpa! Seria desejável que cristãos/ãs tivessem um pouquinho mais dessa postura afirmativa da vida! Dos pecados em confissão na era digital mencionados, também os confesso, sem muito remorso, diga-se de passagem. Ainda bem que a fila anda também nesse aspecto.Abraços,
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
A pedofilia acontece com alguns padres dentro da I.Católica, mas te asseguro que muito poucos são no confissionário. As igrejas que ainda os usam os constroem com uma parede entre o confessor e o leigo, deixando aberta apenas a parte da cabeça e se tiver portas são de vidro transparentes
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Celso Vicenzi (1) comentou:
14/02/2011
A revolução no Egito que derrubou o ditador Mubarak tem sido saudada como uma vitória das novas tecnologias pelo papel que twitter, facebook e outras ferramentas tecnológicas desempenharam na comunicação entre os manifestantes.No entanto, a lição é uma só: revolução se faz nas ruas.Foi assim também na Tunísia.Toda tecnologia virtual é bem-vinda, facilita a comunicação entre pessoas,mas é a ação de gastar a sola de sapato e empunhar cartazes, faixas e bandeiras nas ruas que faz toda a diferença.
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Celso Vicenzi (2) comentou:
14/02/2011
Na internet são comuns abaixo-assinados. Tem para todos gostos e credos. São importantes para tomar consciência ou para impedir retrocessos e perda de direitos sociais. Mas insuficientes. Só mesmo quando milhares de pessoas tomam consciência, se unem nas ruas e pressionam autoridades, aumentam as chances de vitória. É preciso abandonar o computador e ir para o meio da rua enfrentar riscos. Que não são pequenos. Estima-se em mais de 300 o número de mortos no Egito, com milhares de feridos.
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comentou:
14/02/2011
GIÊR, PORQUE VC AO INVÉS DE RECLAMAR DA MINHA PARTICIPAÇÃO NÃO POSTA INFORMAÇÕES DE PESO PARA CONTRIBUIR COM O DEBATE? A TUA PERGUNTA SÓ PODE SER RESPONDIDA PELO RIBAMAR BESSA, VC ESTÁ FAZENDO O MESMO QUE OS COLONIZADORES FAZIAM: BATIAM NOS ÍNDIOS COM PAMATÓRIAS PARA INIBÍ-LOS A FALAR A LINGUA MATERNA
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
PAULO, DEPOIS DE 1910 já houve o Concílio Vaticano II e dezenas de encíclicas. Tudo foi muito discutido e continua sendo. A primeira comunhão, hoje é feita após 12 anos e, antes do fiel receber o sacramento, lhe é perguntado, na presença de toda a comunidade, se deseja receber Jesus Eucarístico. As confissóes são tomadas no presbitério da igreja,antes ou depois da missa, ou nos bancos da igreja na frente de todos . Só se guarda determinada distancia para não se ouvir a conversa entre confessor e
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Cândido Villela comentou:
14/02/2011
Eu pecador me confesso a Deus todo-poderoso...Muito boa a intervenção do Paulo Bezerra.A confissão, tal como usada pelos católicos, cria sentimentos de culpa dispensáveis. Vi documentário sobre os padres pedófilos. Uma senhora americana, molestada na infância dela por um padre nos EEUU, conta que confessou “seu” pecado ao mesmo padre que a molestou e o cretino, no confessionário, ainda lhe deu uma penitência como se o pecado fosse dela e não dele.
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
CONTINUAÇÃO DA CITAÇÃO DE GAMBINI:"Só que este trabalho, na verdade, matava a “alma ancestral”, ou seja, todo o conjunto de crenças entranhado na formação cultural daquelas comunidades. Os jesuítas queriam acabar com os pajés, porque apenas estes entendiam que o batismo acabava com a alma indígena". Os jesuítas e os pajés vivenciavam um conflito de competências porque ambos disputavam o direito de dominar a alma indígena.
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Paulo Bezerra comentou:
14/02/2011
A SCDS-Sagrada Congregação da Disciplina dos Sacramentos, em 15 de julho de 1910,estabeleceu normas para ser seguida em toda parte acerca da Primeira Comunhão: I. A idade da discrição para a Comunhão é aquela em que o menino começa a raciocinar, isto é, pelos sete anos mais ou menos. Então começa a obrigação de satisfazer a ambos os preceitos da Confissão e Comunhão.II. Para a primeira Confissão e primeira Comunhão não é necessário um pleno e perfeito conhecimento da Doutrina cristã. O menino ir
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Paulo Bezerra comentou:
14/02/2011
Eu me refiro aos tempos atuais onde crianças de 7 anos ou mais, oriundas de famílias católicas, que para fazerem a 1a. comunhão são obrigadas a 1a. confissão. É o que determina a SCDS-Sagrada Congregação da Disciplina dos Sacramentos do Vaticano. Agora, imaginem quantas 1as. confissões foram ministradas pelos 5.000 padres pedófilos dos EUA, e, que uso fizeram do conhecimento dos "pecadilhos" dessas crianças. É aí que mora o perigo ! !
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
O EDUARDO PARECE QUE É DAQUELES QUE DIZ NÃO PRECISAR DE INTERMEDIÁRIOS PARA FALAR COM DEUS. DEVE AGENDAR TARDES INTEIRAS PARA CONFESSAR DIRETAMENTE, DRVIDO SÓ LEVANTAR APÓS MEIO DIA. POR ISSO CLASSIFICA OS ENCONTROS POR TEMAS. PARA O ITEM PERSEGUIÇÃO POLÍTICA RESERVA OS FINAIS DE SEMANA PARA TER MAIS TEMPO. PERGUNTO AOS DEMAIS LEITORES. QUE OUTROS TEMAS DEVEM CONSTAR COMO PECADOS PARA A CONVERSA DO EX GOVERNADOE COM O CRIADOR?
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
O EDUARDO PARECE QUE É DAQUELES QUE DIZ NÃO PRECISAR DE INTERMEDIÁRIOS PARA FALAR COM DEUS. DEVE AGENDAR TARDES INTEIRAS PARA CONFESSAR DIRETAMENTE, DRVIDO SÓ LEVANTAR APÓS MEIO DIA. POR ISSO CLASSIFICA OS ENCONTROS POR TEMAS. PARA O ITEM PERSEGUIÇÃO POLÍTICA RESERVA OS FINAIS DE SEMANA PARA TER MAIS TEMPO. PERGUNTO AOS DEMAIS LEITORES. QUE OUTROS TEMAS DEVEM CONSTAR COMO PECADOS PARA A CONVERSA DO EX GOVERNADOE COM O CRIADOR?
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vania tadros comentou:
14/02/2011
Sabes Bessa eu tava lembrando que essa confissão digital seria ótimo para o Serafim. Todos os domingos eu o vejo comungando e na segunda ele levanta falso com testemunho camuflado sobre seus adversários. Não sei se ele confessa toda a semana com um padre ou o pastor René Casanova faz o que o índio da cronica pediu: lhe dá penitências por um ano para valer pela repetição de pecados. A última penitência pública que o pastor o fez pagar está doendo muito no costado do ex prefeito.
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Giêr Memória comentou:
14/02/2011
Por que a Vânia não faz um blog exclusivamente para ela? O taquiprati só tem a ganhar, pois não estaria repleto de comentáios pedantes... ô mulher que fala....
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VANIA TADROS comentou:
14/02/2011
O AUTOR QUE MELHOR CAPTOU A RELAÇÃO DOS JESUÍTAS COM OS ÍNDIOS FOI ROBERTO GAMBINI E A DESCREVEU NO LIVRO O ESPELHO ÍNDIO: "A missão dos jesuítas era catequizar os índios, tirá-los das trevas em que viviam, posto que a crença da época falava de um povo sem fé, nem lei, nem rei. Eles, os jesuítas, acreditavam na obra que realizavam como um ato humano, já que resgatavam “para o Senhor” aquelas “almas perdidas”. Só que este trabalho, na verdade, matava o que Roberto Gambini chama de “alma ancestra
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Mãe da Malu comentou:
14/02/2011
Maria Luiza esteve aqui e após três cliks na barra de rolagem, disse: "Humm, vou ler durante a semana, como leitura extraclasse..."
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Isabela Frade comentou:
14/02/2011
Muito bom... !!! Lembra que os doces pe(s)cados sao nada graves e ainda assim, diante da iniquidade, valem uma surra e meia adiantada...
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VANIA TADROS comentou:
13/02/2011
HELIETE, OS TRABALHOS SOBRE A QUESTÃO URBANA USAM FOUCAULT PORQUE ELE TRABALHA COMO NINGUÉM A QUESTÃO DA DELIMITAÇÃO DO ESPAÇO COMO FORMA DE CONTROLE SOCIAL SOBRE AS MANIFETAÇÕES POPULARES. EX COLOCAR OS DESFILES CARNAVALESCOS EM SAMBÓDROMOS
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heliete comentou:
13/02/2011
Cada vez melhor!!!! alento para os mortais que também não terminaram o primeiro tomo, nem Derrida, etc. etc...hoje, qq. trabalho sobre a Praça XI precisa citar Foucault e Deleuze...
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MANOEL BESSA FILHO comentou:
13/02/2011
Minha sempre querida comadre Vânia. O medo de ter que repetir os pecados confessados ao Padre Bessa não foi tudo. Fiz muitos casamentos e alguns maridos diziam a suas mulhres que agora estavam livres, porque meus casamentos não valiam mais. Mas garanto que os pecados que em nome de Deus perdoei, foram perdoados. E os casamentos que realizei foram nós tão bem dados que nem satanás desfaz. Beijos.
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VANIA TADROS comentou:
13/02/2011
VOLTANDO PARA AS TENTATIVAS DE CRISTIANIZAÇÃO INDÍGENA NA COLONIZAÇÃO A CRONICA DE SIMÃO ESTÁCIO TRAZ UMA PASSAGEM SUPER INTERESSANTE: O FREI QUE ACOMPANHAVA A NAU ENTREGOU A ALGUNS ÍNDIOS NO MARANHÃO ALGUNS ESCAPULÁRIOS. ESTES, DEPENDURARAM OS BENTINHOS NOS PESCOÇOS COM MUITA EMPOLGAÇÃO. O FREI ENTENDEU QUE ELES HAVIAM ACEITADO A FÉ CATÓLICA. MESES DEPOIS A EMBARCAÇÃO RETORNOU PELO MESMO LUGAR E O FREI VIU ALGUNS MACACOS COM OS MESMOS ESCAPULÁRIOS NOS PESCOÇO PULANDO DE GALHO EM GALHO
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VANIA TADROS comentou:
13/02/2011
JÁ HÁ ALGUNS ANOS OS PADRES FORAM MUITO BEM PREPARADOS PARA SER CONFESSORES. É MAIS UM ACONSELHAMENTO. PARA AS PESSOAS SEM MUITO RECURSOS A CONFISSÃO EQUIVALE A UMA PSICOTERAPIA. NÃO HÁ MAIS AQUELE TERROR DO PECADO. A CONCEPÇÃO DO DEUS QUE CASTIGA FOI SUBSTITUÍDO PELA DE UM DEUS MISERICORDIOSO QUE CORRIGE, COMPREENDE E PERDOA. OS PADRES VIVEM ESSA NOÇÃO NO CONFESSIONÁRIO
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VANIA TADROS comentou:
13/02/2011
PAULO NÃO DÁ CERTO MISTURAR LEGISLAÇÃO CIVIL COM RELIGIÃO. O BESSA ESTÁ SE REFERINDO AO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO. HOJE EM NENHUM LUGAR DO MUNDO ALGUÉM É OBRIGADO A DIRIGIR-SE AO SACRAMENTO DA CONFISSÃO. CONFESSA-SE QUEM QUER, QUEM ACREDITA NA GRAÇA QUE RECEBERÁ. É UMA QUESTÃO DE FÉ.
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Paulo Bezerra (1) comentou:
13/02/2011
A Confissão religiosa está em contramão com o Direito judicial internacional de que "ninguém será obrigado a depor contra si mesmo, nem a confessar-se culpado". Quer dizer, nenhuma pessoa é obrigada a confessar crime de que seja acusada ou a prestar informações que possam vir a dar causa a uma acusação criminal, Esse direito também é garantido pela Quinta Emenda à Constituição dos E.U.A. desde o século XVIII.
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Paulo Bezerra (2) comentou:
13/02/2011
Aqui no Brasil qualquer coação que vise obrigar alguém a se confessar é ilícita e configurará crime de tortura de acordo com a alínea “a”, inciso I, art 1° da lei 9.455/97. Portanto, que a igreja se atualize e ponha fim a essa ignomínia.
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José Claudio de Paula (Blog QTML) comentou:
13/02/2011
Delicioso texto... meus cumprimentos ao autor e aos responsáveis pelo blog... saudações... bom domingo a todos e a todas... http://quemtemmedodolula.blogspot.com/2011/02/confissao-na-era-digital.html
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Paulo Bezerra comentou:
13/02/2011
A Confissão religiosa está em contramão com o Direito judicial internacional de que "ninguém será obrigado a depor contra si mesmo, nem a confessar-se culpado". Quer dizer, nenhuma pessoa é obrigada a confessar crime de que seja acusada ou a prestar informações que possam vir a dar causa a uma acusação criminal, Esse direito também é garantido pela Quinta Emenda à Constituição dos E.U.A. desde o século XVIII. Aqui no Brasil qualquer coação que vise obrigar alguém a se confessar é ilícita e conf
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vania tadros comentou:
13/02/2011
Descupa. Corrigindo: iPhone, iPad e iPod Touch.
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VANIA TADROS comentou:
13/02/2011
iPhone, iPad e iPod Touch.
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vania tADROS comentou:
13/02/2011
Desculpa sr Mambrani, mas hoje todo mundo já sabe disso. Minhas netas de 6 e 8 anoa tanto conseguem manusear como conhecem a diferença ente HI FHONE, SMART FONE E TODOS ESSES EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO DIGITAL
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Giuliano Mambrini comentou:
13/02/2011
Você está bem assessorado por essa Malu da Matta, porque conseguiu tratar o tema direitinho. Mas ela devia ter te dito outras coisas. Para o leitor que não entende nada do assunto, era interessante mostrar que o smartphone é o cruzamento de celular com mini-computador, que desse telefone você pode enviar e receber e-mails, ele está equipado com sistemas Windows Mobile, Palm OS e outros recursos de PDA. Fala pra ele, Malu, porque ficou essa lacuna
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Paulo Bezerra comentou:
13/02/2011
Dawkins em "Deus, um delírio" pg. 326/327, descreve a expiação dos pecados, doutrina central do cristianismo, como cruel, sadomasoquista e repugnante. E diz: "Se Deus quisesse perdoar nossos pecados, por que não perdoá-los simplesmente, sem que Jesus tivesse que ser torturado e executado numa auto punição indireta por um pecado simbólico (pecado original) cometido por um ser inexistente (Adão) ?
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Gabriela Bernal comentou:
12/02/2011
Qué linda crónica José!! Me he reído tanto imaginando mis pecados confesados y divulgados por algún "hacker vagabundo"!! Y como mi proceso de indianización siempre va un paso más adelante que mi conciencia, creo que como los indios, ya he confesado varias veces pecados que si bien no he cometido todavía, no dudo que los cometeré algún día, solo para no desperdiciar tanto castigo ya recibido!!!
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VANIA TADROS comentou:
12/02/2011
A CONFISSÃO VIA INTERNET NÃO VAI SER AUTORIZADA PQ QUALQUER SACRAMENTO EXIGE A PRESENÇA FÍSICA DO PADRE E DO FIEL. POR OUTRO LADO, OS POLÍTICOS NÃO VÃO CAIR NO CONTO DE DEIXAR OS PECADOS EM UM CHIP. PORQUE SERIA UMA BARBADA PARA A JUSTIÇA. USAVA ESSE DISPOSITIVO COM UMA CONFISSÃO GRAVADA PELO PRÓPRIO RÉU,
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Anne-Marie comentou:
12/02/2011
Por falar em fornicar, o Berlusconi, ameaçado de processo, admitiu finalmente que cometeu um pecado (sem contudo infringir a lei que proibe sexo com menores). Vai ver que ele se animou ao saber da possibilidade de se confessar via Iphone.
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VANIA TADROS 4 comentou:
12/02/2011
ENGANOU-SE. TODO MUNDO QUE CHEGAVA LÁ EM CASA. EU PERGUNTAVA: "A SENHORA SABE QUE EU SEI FALAR LATIM? E AÍ EU FALAVA O VERBO NA PRIMEIRA DECLINAÇÃO. ATÉ QUE UM DIA ALGUEM CONTOU PARA A MAMÃE............ E A PAZ ACABOU NA LUIZ ANTONY.
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vania tadros 3 comentou:
12/02/2011
Naquela época andava lá por casa o PE NONATO PINHEIRO ministrando aulas de frances e latim para meus primos mais velhos que eu. Eu fui direto ao professor perguntar o que significava fornicar em latim. Ele imaginando que se tratava de uma curiosidade passageira resolveu ensinas a declinar o verbo fornicar e assim ficar livre da minha chatisse achando que não decoraria.
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
12/02/2011
ENTÃO A MAMÃE DISSE USANDO UM VERBO QUE EU NÃO CONHECIA. "ESSES MARIDOS DE VCS QUEREM DESCULPA PARA FORNICAR FORA DE CASA".DEPOIS DISSO, EU CHEGUEI EM CASA E FIQUEI TORTUTANDO-A PARA SABER O QUE ERA FORNICAR. A CADA EXPLICA QUE ELA DAVA EU ACHAVA MENOS CONVINCENTE. UMA DELAS ERA QUE ERAM UMA PALAVRA EM LATIM
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VANIA TADROS 2 comentou:
12/02/2011
OUTRA PERGUNTA QUE FIZERAM A D.TEREZA FOI SE OS CASAMENTOS REALIZADOS PELO BESSINHA NÃO ERAM MAIS VÁLIDOS. PORQUE ALGUNS DE SEUS MARIDOS HAVIAM DITO A ELAS QUE SE ELAS QUIZESSEM COMUNGAR NÃO PODERIAM TER MAIS RELAÇÕES COM ELES. NESTES PAPOS EU ESTAVA SEMPRE AO LADO DELA E DEVIAM TER UNS 6 OU 7 ANOS. ELA PENSAVA QUE EU NÃO ENTENDIA
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VANIA TADROS comentou:
12/02/2011
BESSA, ESSA TUA CRÔNICA FEZ-ME LEMBRAR QUANDO O MEU QUERIDO COMPADRE MANOEL BESSA DEIXOU A BATINA. COMO ELE ERA CONHECÍDÍSSIMO FOI UM REBÚ DANADO NESSA CIDADE. OUVI MUITAS SENHORAS CHEGAREM COM DONA TEREZA PARA PERGUNTAR SE A PARTIR DAQUELE MOMENTO ELAS TERIAM QUE CONTAR PARA OUTRO PADRE TODOS OS PECADOS QUE JÁ HAVIAM CONFESSADO PARA O PE BESSA.
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