CRÔNICAS

Dom e Bruno: Amazônia, sua linda!

Em: 19 de Junho de 2022 Visualizações: 20724
Dom e Bruno: Amazônia, sua linda!

Quero sua risada mais gostosa / Esse seu jeito de achar /
Que a vida pode ser maravilhosa (Ivan Lins. Vitoriosa. 1986).

Onde está o indigenista Bruno Araújo Pereira, 41 anos, paraibano de nascimento, amazônida por adoção? A cena é paradisíaca. Cercado por árvores no meio da floresta, ele está entoando um canto em katukina, língua dos Kanamari: 

– Wahanararai wahanararai, marinawah kinadik marinawah kinadik; tabarinih hidya hidyanih, hidja hidjanih

A câmera capta sua imagem de perfil, sentado no chão sobre um tapete de folhas, cadenciando a música com o pé esquerdo. Parece estar só. Não está. Gira seu rosto à direita e, agora de frente, abre um sorriso alegre interagindo com os índios com quem ele canta e que, fora do enquadramento, não aparecem no vídeo. Escutamos suas vozes acompanhando o contracanto coletivo, afinado pela cumplicidade construída na partilha das experiências de luta.

O que cantam eles no vídeo exibido por André Trigueiro num canal de TV, que viralizou?  As palavras falam literalmente sobre o modo como a arara alimenta seus filhotes, um hino em defesa da floresta e dos povos originários. A risada gostosa de Bruno exibe seu jeito de mostrar que a vida pode ser maravilhosa, mas foi interrompida tão cedo, o que torna a cena desgarradora, provocando sentimento ambíguo de luzes e sombras, esperança e desespero. O outro lado, aquele que mata e não canta, não é digno de ver e entender. Como o sagrado atravessa todas as religiões, o canto foi entoado hoje por rabinos na sinagoga de São Paulo e vai se espalhar por templos e igrejas de outras comunidades Brasil afora.

– Quando vi o vídeo do Bruno chorei muito – escreveu o cantor e compositor André Abujamra, autor de um remix do canto, que expressou assim o sentimento de todos nós: chorar, orar, ar. Já vi trocentas vezes as imagens, hipnotizado pela alegria de menino brincalhão, que deve ter encantado a sua Beatriz e os dois filhos de 2 e 3 anos, um deles herdeiro do riso do pai, ambos fotografados em um barco no rio de água barrenta, em cujo toldo está escrito: “Este rio é minha rua”.

A mata sagrada

Onde está o jornalista britânico Dominic Mark Phillips, 57 anos, nascido no condado de Merseyside, mas baiano como sua Alessandra e amazônida como o amigo Bruno? Apaixonados pela sacralidade da mata exuberante, os dois vêm navegando juntos desde 2018 pelos rios da Amazônia, especialmente o Javari, a última morada de ambos. Agora, uma semana antes do adeus, Dom acaba de postar no Instagram um vídeo dentro de um barco, com uma singela declaração de amor bem abrasileirada, que diz tudo sobre ele e seu parceiro de vida e de morte.

– Amazônia, sua linda!

O amor pela região unia os dois e os vinculava aos povos originários, que lá vivem há milênios e ensinaram a eles “Como Salvar a Amazônia”, título do livro que Dom estava escrevendo, com a experiência adquirida em viagens pelo Brasil durante 15 anos, os últimos cinco pela região amazônica, em companhia de Bruno. Suas reportagens em jornais europeus e dos Estados Unidos documentaram o avanço do desmatamento, a predação do garimpo, a invasão dos territórios indígenas durante o governo do Coiso. 

O jornalista era amado pelos povos indígenas, assim como Bruno, conforme declarações de líderes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA). O Coiso, porém, avocou como seu o sentimento dos que destroem a floresta e poluem os rios, ao dizer que Dom era “malvisto” pela população local. Enquanto ainda se desconhecia o paradeiros dos dois, em entrevista à coisificada jornalista Leda Nagle, ele tripudiou sobre os cadáveres: 

– “Se estiverem mortos, os corpos podem estar dentro da água e pouca coisa para sobrar. Tem piranha lá no rio Javari”.

Lei da selva

O Coiso culpou-os por embarcarem “em uma aventura não recomendável, onde tudo pode acontecer. É muito temerário andar naquela região sem estar […] com armamento. Pelo que parece eles não estavam”, assim como Jesus, mas Jesus só “não comprou pistola porque não tinha” naquela época – disse ele em conversa com gente de sua laia. Um sacrilégio achar que um pacifista repleto de amor dispararia sobre os seus algozes para evitar ser crucificado.    

Essa – dizem – é a lei da selva, anterior à lei dos homens e que predominou no período histórico antes de surgirem religião, escrita, constituições, tribunais, quando os crimes ficavam impunes. Mas talvez o termo mais apropriado seja denominá-la de “lei da bandidagem”, porque na selva as araras alimentam seus filhotes, nenhuma animal tortura outro animal ou promove guerras, nem envenena os rios e muito menos destrói a floresta, que é seu habitat. Mata-se para comer, não para se divertir, para lucrar, para explorar o outro.

Diante da ausência dos poderes públicos na Amazônia, impera não a “selvageria”, mas o aval dado por discursos de barbárie a garimpeiros ilegais, envenenadores de rios, narcotraficantes, milicianos, contrabandistas, evidenciando que o Estado, neste atual desgoverno, não se interessa em controlar a região.

As calúnias contra Dom e Bruno já começam a circular, da mesma forma que a difamação de Chico Mendes feita pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, responsável pela “boiada” contra a floresta. Em entrevista a Bernardo Mello Franco, Salles afirmou que “o pessoal do agro, que conhece a região, diz que ele (Chico Mendes) era grileiro”.  

O Coiso “tem sangue nas mãos e não tem coragem de dizer que está muito satisfeito com o que aconteceu” – declarou o avô dos filhos de Bruno, Kleber Gesteira Matos, ex-coordenador da Educação Escolar Indígena no MEC e um dos maiores especialistas na área.

Despedida amorosa

Não houve mandante do crime – assegura a Polícia Federal, o que é contestado em nota pela UNIVAJA, que entregou seis ofícios entre fevereiro e maio deste ano a vários órgãos: Ministério Público Federal, Polícia Federal Força Nacional de Segurança Pública e Funai. Os documentos relatam o crescente clima de tensão no vale do Javari. Nenhuma providência foi tomada em relação ao promotor e incentivador dos assassinatos, que todos sabem quem é.

Na quarta-feira (15), véspera de Corpus Christi, Kleber participou de um ato organizado nos jardins do campus pelos professores da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pioneira na implantação da pedagogia indígena no cenário nacional. Falou sobre o seu genro, sua simpatia e generosidade e destacou o carinho e o cuidado que tinha com os dois filhos pequenos, batizados com nome indígenas herdados de dois amigos Kanamari.

As esposas de Dom e Bruno reagiram de forma digna e altiva, evidenciando o papel central que tiveram nessa história. A baiana Alessandra Sampaio, embora aguardando as confirmações definitivas da tragédia, agradeceu os indígenas que se envolveram na busca e declarou:

– Agora podemos levá-los para casa e nos despedir com amor. Hoje se inicia nossa jornada em busca de justiça. Só teremos paz quando as medidas necessárias forem tomadas para que tragédias como esta não se repitam jamais. Presto minha absoluta solidariedade com a Beatriz e toda a família do Bruno.”

A antropóloga Beatriz de Almeida Matos, professora da Universidade do Pará, compartilhava com Bruno a paixão pelos povos do vale do Javari, cujos rituais foram tema de sua tese de doutorado no Museu Nacional da UFRJ. “Agora, que os espíritos do Bruno e do Dom estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior” – ela declarou.  

– Onde estão Dom e Bruno? A pergunta feita no mundo inteiro agora tem resposta: eles estão no coração da floresta e do rio, no coração dos povos indígenas, no coração de todos nós. Amazônia, sua linda, as araras continuam alimentando seus filhotes. Wahanararai wahanararai.  

P.S. – Que o meu querido amigo Kleber Matos, a Maria Ines, a filha Beatriz e os dois kanamarizinhos, seus netos, que levarão pela vida afora os valores cultivados pelo pai, fiquem com a gargalhada mais gostosa e vitoriosa: sim, apesar de tudo, a vida pode ser maravilhosa. As vidas de Dom e Bruno são uma prova disso. A luta continua. 

Obs. – Agradecemos aos autores das fotos pescadas nas redes sociais. 

 

Dom y Bruno: Amazônia, sua linda

Traducción de Maria José Alfaro Freire

Quiero tu carcajada más contagiosa  /  Esa forma de pensar /

 Que la vida puede ser maravillosa (Ivan Lins. Vitoriosa. 1986).

¿Dónde está el indigenista Bruno Araújo Pereira, 41 años, nascido en Paraíba, Nordeste y amazônida por opción? La escena es paradisíaca. Cercado por árboles en medio de la floresta, está entonando un canto en katukina, lengua de los Kanamarí: 

Wahanararai wahanararai, marinawah kinadik marinawah kinadik; tabarinih hidya hidyanih, hidja hidjanih

La cámara capta su imagen de perfil. Sentado en el suelo sobre un tapete de hojas, cadenciaba la música con el pie izquierdo. Parece estar solo, pero tiene compañía. Gira su rostro a la derecha y, ahora de frente, abre una sonrisa feliz a los indios que, fuera del cuadro, no aparecen en el video. Sin embargo, escuchamos sus voces acompañando en coro, afinadas por la complicidad construida al compartir experiencias de lucha.

¿Qué cantan en el video mostrado por el periodista André Trigueiro en un canal de televisión, que viralizó? La canción se refiere literalmente a la forma como la guacamaya alimenta a sus crías, un himno en defensa de la selva y los pueblos indígenas. La carcajada contagiosa de Bruno, que revela su forma de enseñarnos como la vida puede ser maravillosa, se interrumpió tan pronto, lo que hace que la escena sea ahora desgarradora, provocando un sentimiento ambiguo de luces y sombras, esperanza y desesperación.

Pero el otro lado, el que mata y no canta, no es digno de ver y comprender cómo lo sagrado atraviesa todas las religiones, así esta canción fue entonada por rabinos en la sinagoga de São Paulo y se extenderá a templos e iglesias de otras comunidades de todo Brasil.

- Cuando vi el video de Bruno lloré mucho - escribió el cantante y compositor André Abujamra, autor de un remix de la canción, que expresó el sentir de todos nosotros: llorar, orar. He visto las imágenes cientos de veces, hipnotizado por la alegría de un niño juguetón, que debe haber encantado a su Beatriz y a sus dos hijos de 2 y 3 años, uno de ellos heredero de la risa del padre, ambos fotografiados en un barco en el río fangoso, en cuyo toldo está escrito: “Este río es mi calle”.

El bosque sagrado

¿Dónde está el periodista británico Dominic Mark Phillips, de 57 años, nacido en Merseyside, pero bahiano como su Alessandra y amazónico como su amigo Bruno? Apasionados por lo sagrado de la frondosa selva, los dos navegan juntos desde 2018 por los ríos del Amazonas, especialmente el Yavarí, su último hogar. A una semana del adiós, Dom publicó en Instagram un vídeo dentro de un barco, con una sencilla declaración de amor muy brasileña, que lo dice todo sobre él y su pareja de vida y muerte.

Amazônia, sua linda!

Esa declaración de amor sobre la belleza de la floresta y la pasión por la región unió los dos amigos y los vinculó a los pueblos originarios, que viven allí desde hace milenios y les enseñaron “Cómo salvar la Amazonía”, título del libro que Dom estaba escribiendo, con la experiencia adquirida en viajes por Brasil durante 15 años, los últimos cinco por la región amazónica, en compañía de Bruno. Sus reportajes en diarios europeos y estadounidenses documentaron el avance de la deforestación, la depredación de la minería, la invasión de territorios indígenas durante el gobierno de Bolsonaro, etiquetado por opositores como “El Coiso”.

Al referirse a Dom, “El Coiso”, asumió el discurso de sus matadores diciendo que era “mal visto” por la población local, alineándose con quienes destruyen los bosques y contaminan los ríos.  Cuando aún se desconocía el paradero de los dos, en una entrevista con la periodista bolsonarista Leda Nagle, se regodeaba con especulaciones sobre los cadáveres:

- Si están muertos, los cuerpos pueden estar en el agua y queda poco. Hay pirañas en el río Yavari.

Deconstruyendo esa versión, los dirigentes de la Unión de Pueblos Indígenas del Valle del Yavari (UNIVAJA) declararon cuanto estimaban y admiraban los dos amigos,

Ley de la jungla

El Coiso llegó al colmo de echarles la culpa por embarcarse en una aventura no recomendada, donde cualquier cosa puede pasar. Es muy temerario andar por esa región sin armas. Aparentemente estaban desarmados, como Jesús, argumentando que Jesús sólo “no compró una pistola porque en aquella época no existía” – lo dijo en público a sus seguidores. Un sacrilegio atribuir a un pacifista valores milicianos de la industria bélica.

Dicen que ésta es la ley de la selva, anterior a la ley de los hombres y que prevaleció en el período histórico antes de que aparecieran la religión, la escritura, las constituciones, los tribunales. Pero quizás el término más apropiado sea llamarla “ley del bandolerismo”, porque en la selva las guacamayas alimentan a sus crías, ningún animal tortura a otro animal ni promueve guerras, ni envenena los ríos y mucho menos destruye la selva, que es su hábitat. Uno mata para comer, no para divertirse, para sacar provecho, para explotar al otro.

Ante la ausencia de los poderes públicos en la Amazonía, prevalece el respaldo que dan los discursos bárbaros a mineros ilegales, envenenadores de ríos, narcotraficantes, milicianos, contrabandistas, a quienes el Estado, en este desgobierno actual, entregó el control de la región.

Ya comenzaron a circular las calumnias contra Dom y Bruno, de la misma manera que la difamación a Chico Mendes en los discursos del exministro de Medio Ambiente del gobierno del Coiso, Ricardo Salles, responsable por leyes contra el bosque. En entrevista, Salles afirmó que “la gente del agro, que conoce la región, dice que él (Chico Mendes) era colono usurpador”.

El Coiso  “tiene sangre en las manos y no tiene valor para decir que está muy satisfecho con lo que pasó” – declaró el abuelo de los hijos de Bruno, Kleber Gesteira Matos, ex coordinador de Educación Escolar Indígena del MEC y uno de los mayores especialistas en el campo.

Despedida amorosa

No hubo autor intelectual del crimen – asegura la Policía Federal, lo que es impugnado en una nota de la UNIVAJ, que entregó seis oficios entre febrero y mayo de este año a varios organismos: Ministerio Público Federal, Policía Federal, Fuerza Nacional de Seguridad Pública y Funai. Esos documentos informan el creciente clima de tensión en el valle de Yavarí. Hasta ahora no se ha tomado ninguna medida en relación al inspirador y promotor de los asesinatos, que todo el mundo sabe quién es.

El miércoles (15), víspera del Corpus Christi, Kleber participó de un evento organizado en los jardines del campus por profesores de la Facultad de Educación de la Universidad Federal de Minas Gerais (UFMG), pionera en la implementación de la pedagogía indígena en el escenario nacional. Habló de su yerno, su simpatía y generosidad y resaltó el cariño y cuidado que tuvo con sus dos hijos pequeños, bautizados con nombres indígenas heredados de dos amigos Kanamari.

Las esposas de Dom y Bruno tuvieron una actitud digna y altiva, destacando el papel central que jugaron en esta historia. Alessandra Sampaio, de Bahía, mientras esperaba la confirmación definitiva de la tragedia, agradeció a los indígenas que participaron en la búsqueda y declaró:

- Ahora podemos llevarlos a casa y despedirnos con amor. Hoy comienza nuestro camino en busca de justicia. Solo tendremos paz cuando se tomen las medidas necesarias para que nunca más vuelvan a ocurrir tragedias como esta. Ofrezco mi absoluta solidaridad con Beatriz y toda la familia de Bruno.

La antropóloga Beatriz de Almeida Matos, profesora de la Universidad de Pará, compartió con Bruno la pasión por los pueblos del valle de Yavarí, cuyos rituales fueron objeto de su tesis doctoral en el Museo Nacional de la UFRJ. Ahora que los espíritus de Bruno y Dom caminan por el bosque y se esparcen entre nosotros, nuestra fuerza es mucho mayor”, declaró.

- ¿Dónde están Dom y Bruno? La pregunta que se hace en todo el mundo ya tiene respuesta: están en el corazón del bosque y del río, en el corazón de los pueblos indígenas, en el corazón de todos nosotros. Amazonas, hermosa, las guacamayas siguen alimentando a sus crías. Wahanararai wahanararai.

P. S. - Que mi querido amigo Kleber Matos, Maria Inés, la hija Beatriz y los dos pequeños Kanamariziños, sus nietos, que llevarán a lo largo de su vida los valores cultivados por su padre, tengan la risa más deliciosa y victoriosa: sí, a pesar de todo, la vida puede ser maravillosa. Las vidas de Dom y Bruno son prueba de ello. La lucha continua.

***

Dois poetas: um amazonense, Luiz Pucu. A outra mineira, Ângela Senra. Ambos escreveram poemas sobre Bruno e Dom acolhidos aqui pelo blog. Fica aqui o registro como forma de preservação da memória de Bruno e Dom. 

BRUNO E DOM… DOM E BRUNO

Luiz Pucu

Abro uma fenda no tempo de guerra e sem sol
No vale do Javari cobiçado
Chamo Jurupari e Mapinguaris
E o nosso povo armado
Com toda a fome
Do mesmo nome
Iço as asas e as nossas garras
Dom e Bruno… Bruno e Dom…
Amazonia é o abrigo da nossa tribo
Que pede vingança
Para fazer cessar a matança!
Em nome das mães que choram, dos pais,
dos filhos…
e a certeza e a crença
Bruno e Dom …Dom e Bruno
Que a paz e o amor marquem a sentença!
Vamos derrotar o assassino e o opressor
Seja lá como for…
Dom e Bruno…
Bruno e Dom…
E sem dó…
De fazer doer!!!

 

 

Brasilina, XXXVIII 38

Ângela Senra

esqueletos brotam no chão,

como flores brancas

crânios espatifados

vértebras laceradas

fêmures partidos

mãos maceradas

o corpo

a faca

a forca

a fuzilada

pela bestialidade

o homem entra

no mundo dos ancestrais

e conta

coração partido

a imolação

os órgãos estraçalhados

o sangue encharcando as carnes

o fuzil

o punhal

o corpo

esquartejado

queimado

dissolvido na terra

pelos monstros

de fauces

de presas

de patas

Uns porcos

Adenda:  Em quíchua não existe a palavra "Adeus". Diz se à despedida "Voltar a se encontrar", "Até nos esbarrarmos".

Até, Bruno e Dom.

Angela Senra

25 de Julho de 2022.

 

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88 Comentário(s)

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Cezinha Siqueira comentou:
06/07/2022
Veja a matéria na Folha de São Paulo, assinada por Vinicius Sassine: PF SEGUROU OPERAÇÕES NO VALE DO JAVARI ANTES DE ASSASSINATOS DE BRUNO E DOM. A matéria informa que "ações na região e em terras indigenas deveriam ter ocorrido seis meses antes das mortes dos dois. Será que se A PF tivesse realizado a operação, teria evitado o crime? O que vc. acha?
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Laurindo Cunha comentou:
05/07/2022
Veja a reaçãop de Silvana Marubo, moradora de Atalaia do Norte. Ela disse: "Ainda estamos de luto, o povo Marubo fica de luto três meses e a gente jamais vai esquecer o Bruno. Ele era um nawa (branco) nosso amigo. Dá saudades de fazer o café para ele, sentir o cheiro de cigarro, a alegria que nunca mais vamos ter".
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Joana D Arc Fernandes Ferraz comentou:
02/07/2022
Crônica lindíssima em homenagem ao Bruno, ao Dom e à Amazônia. Parabéns, meu amigo querido José Bessa! Visitar seu blog taquiprati e ler as suas crônicas maravilhosas é como caminhar pela rebeldia das flores, dos pássaros e das manhãs.
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Elza Da Cunha Barizza comentou:
27/06/2022
É difícil não sentir agonia, sentir profunda tristeza pelas vítimas mortas e barbarizadas.
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Frederick Haendel comentou:
27/06/2022
Agora estão entre as divindades da floresta. Verdadeiramente eternizados.
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Cristina Vergnano comentou:
26/06/2022
Li a crônica. Linda e muito triste. A maestria do Bessa sempre se confirma. Que país é este nosso? Que frases são essas do representante de uma nação? Quanta vergonha alheia! Sinto uma tristeza profunda. Estamos regredindo a passos de gigante. Aliás, nem só o Brasil, pois pelo mundo todo as notícias parecem déjà vu. Pensei que estávamos caminhando para o entendimento, um progresso sustentável, mas retomamos a guerra fria (e a quente), vemos as pessoas morrendo de fome e peste, a ignorância gerindo países, a violência e o preconceito falando mais alto que a razão e a compaixão. Ainda bem que há gente corajosa que arregaça as mangas e luta. Tomara que o bem e o riso vençam.
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Abrahim Baze comentou:
22/06/2022
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Marcia Michielim comentou:
22/06/2022
Não me conformo com essas mortes, a dele, Bruno, e a de muitos outros.. Que ódio desses matadores, dos grileios, do bozo e da turma dele. Espero que Lula, no próximo governo, combata com energia esses crimes na Amazônia e use o dinheiro do Fundo para criar projetos sustentáveis de renda para a população local.
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Mercedes Ugas comentou:
22/06/2022
Me hizo recordar a Barbara D' Achille, claro con las diferencias entre protagonistas.
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Taquiprati comentou:
22/06/2022
Barbara D´Achille (1941-1989), nacida en Letonia, se casó con Maurizio D`Achille, de nacionalidad italiana. Llegó al Perú en 1961. Pionera, del periodismo ecológico y de conservación, vivió por casi dos décadas en la Amazonía peruana, en Iquitos y Pucallpa, (Perú), y también en Manaus (Brasil). Los responsables directos por el asesinato estaban vinculados a Sendero Luminoso. Los asesinos de Bárbara D'Achille y del Ing. Esteban Bohórquez no fueron capturados y sancionados
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Lucia Cano comentou:
22/06/2022
(Desde el Perú) Ya me imaginaba que compartirías, con todos nosotros, el dolor, un dolor que nos congrega y desgarra. Una vez más sabemos que amar, respetar y proteger la vida y la naturaleza desde los poderosos solo entraña muerte, pero que Dom y Bruno, con sus ausencias extienden sus vidas y sus luchas, porque las hacen presentes a todos nosotros. Creo que este dolor nos une y nos obliga a buscar defender la vida por encima de todo.
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Zena Do Carmo comentou:
21/06/2022
A Amazônia chora a dor pela perda de alguém que trabalhava cantando o seu amor pela Amazônia e os parentes indígenas... Até quando isso vai acontecer??
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Juliano Gonçaves comentou:
21/06/2022
Divulgo ato: "Se suas mortes são razão de luto, suas vidas são razão de luta!". Vamos continuar a luta mesmo estando em luto! Junte-se a nós em um ato pela memória de Bruno Pereira e Dom Phillips, na próxima terça-feira, 21/6, às 17h, na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá.
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José Donizetti comentou:
21/06/2022
Punição aos envolvidos de todos os matizes!
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Maria Eunice Maciel comentou:
21/06/2022
José Bessa , meu querido amigo. Não existem palavras para descrever os sentimentos que tenho.
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Alufa-Licuta Oxoronga comentou:
21/06/2022
São tantos amigos (amazônidas ou não) tombados neste solo paraense, tornando-,se adubos por suas gens e sangue, que ler um expressivo texto, igual a esse, causa ranhuras n'alma e gasturas no coração. Até quando?
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Maria Do Carmo Lourenço comentou:
20/06/2022
Até quando! Cansada de todo dia ver barbaridades acontecendo e nada de punição!
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Tania Pacheo comentou:
20/06/2022
Publicado no blog Combate - Racismo Ambiental - https://racismoambiental.net.br/2022/06/19/dom-e-bruno-amazonia-sua-linda-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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D24AM comentou:
20/06/2022
Versão impresssa publicado em D24AM https://d24am.com/colunas/taquiprati/dom-e-bruno-amazonia-sua-linda/
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Paulo Dias comentou:
20/06/2022
Sempre lembrar para nunca esquecer
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Andréia Da Silva Daltoé comentou:
20/06/2022
O Brasil é o quarto país que mais mata ativistas ambientais... e os que não se importam acreditando que sempre terão água para beber, ar para respirar e comida não envenenada para comer...
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Janine Malanski comentou:
20/06/2022
Triste demais vivermos num momento em que o amor a natureza e ao próximo não importam. O dinheiro, ganancia , cobiça sao palavras de ordem pra muitos incentivados pelo desgoverno .
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Juliana Perez Gonzalez comentou:
20/06/2022
"...eles estão no coração da floresta e do rio, no coração dos povos indígenas, no coração de todos nós." Eles estão!!
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Terezinha Soares comentou:
20/06/2022
Tudo isso mina nossas forças. Até para chorar. Nos deixa com nós na garganta.
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Elaine Viana Meneghini comentou:
20/06/2022
Só tenho a agradecer por ter recebido do amigo Babá esse esclarecedor e belo texto.. Me sinto presenteada.
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Ana De Melo Louzada comentou:
19/06/2022
Com o Sr. aprendi muita coisa, mas a paixão pela causa indígena foi contagiante! Gratidão pela sua existência!
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Celeste Correa comentou:
19/06/2022
Mano, eu li o Taquiprati dessa semana, em várias etapas. Eu lia uma parte e tinha que tirar os óculos para limpar as lágrimas das lentes dos óculos. Dói ver as vidas do Dom e do Bruno serem ceifadas e de forma tão violenta e covarde. Mas é muito doloroso também ver o descaso do governo brasileiro e as colocações do coiso sobre as mortes e sobre eles, As palavras com tanto requinte de crueldade desqualificando-os soaram como várias mortes deles dois. Não satisfeito com os assassinatos, o coiso tentou matar as histórias ricamente construídas do Bruno e do Dom tentando torná-los vilãos. A impotência tomou conta de mim, mas não apequenou a minha indignação. Que todas as forças progressistas desse país cobrem dos candidatos à Presidência da República que eles digam com clareza qual o compromisso do programa deles com a questão indígena e com o meio ambiente, permitindo aos eleitores que o posicionamento a respeito seja levado em conta na hora do voto.
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Nilda Alves comentou:
19/06/2022
Querido amigo, está difícil, muito difícil Wahanararai wahanararai, marinawah kinadik marinawah kinadik; tabarinih hidya hidyanih, hidja hidjanih Forte abraço Nilda
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Alfredo Morel Jr. comentou:
19/06/2022
Esquenta um pouco mais o coração da gente caro Bessa, muito obrigado!
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Cybele Bentes comentou:
19/06/2022
Somente a JUSTIÇA pode abrandar os corações partidos
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Lorena Marques comentou:
19/06/2022
O sociólogo e jornalista Wilson Nogueira escreveu: "CERCA DE 100 INDÍGENAS DE PELO MENOS 5 ETNIAS SE REVEZARAM EM GRUPOS PARA AUXILIAR A POLÍCIA NAS ATIVIDADES DE BUSCA. Apesar dessa PARTICIPAÇÃO FUNDAMENTAL, O APOIO DOS INDÍGENAS SÓ FOI MENCIONADO, na última coletiva realizada pela Polícia Federal do Amazonas, com a participação dos órgãos de segurança pública envolvidos, no dia 15, DEPOIS DO QUESTIONAMENTO DE UMA JORNALISTA ESTRANGEIRA. O assessor jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), ELIÉSIO MARUBO, explicou que foi montado um acampamento próximo ao local do desaparecimento, de onde as equipes se revezavam. “QUASE TODAS AS COMUNIDADES PARTICIPARAM. Foi prestado APOIO LOGÍSTICO, inclusive com EQUIPAMENTOS. O CONHECIMENTO DO TERRITÓRIO também ajudou muito nas atividades. Fizemos tudo o que estava a nosso alcance, infelizmente não se falou muito nisso”, disse. FOI UMA EQUIPE DESSAS QUE, NO DIA 11 DE JUNHO, ENCONTROU PERTENCES DE #BRUNOeDOM E COMUNICOU A POLÍCIA, QUE, ATÉ ENTÃO, NÃO HAVIA DIVULGADO NENHUM RESULTADO DAS ATIVIDADES. “Nos dedicamos muito todos os dias, em cada área que eles poderiam ter passado. O acampamento só foi desmobilizado quando encontraram os corpos, numa área que nossas buscas chegariam em alguns dias”, declarou. Trabalho documentado. O jornalista GUILLERMO GALDOS, correspondente da América Latina da Chanel 4 News, esteve na região das buscas, ACOMPANHOU E DOCUMENTOU O TRABALHO DESENVOLVIDOS PELOS INDÍGENAS. Em um dos vídeos produzidos, o jornalista mostra o MOMENTO EM QUE O GRUPO ENCONTROU OS PERTENCES de Bruno e Dom em uma área alagada. Até então, as buscas dos voluntários já duravam oito dias.
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Lislair Leão Marques comentou:
19/06/2022
Encerrando a semana com desalento!
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Simone Batistela comentou:
19/06/2022
Compartilhado para as pessoas continuarem se lembrando
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Jean Carlo Canato comentou:
19/06/2022
Quem me dera ao menos uma vez Provar que quem tem mais do que precisa ter Quase sempre se convence que não tem o bastante Fala demais por não ter nada a dizer Quem me dera ao menos uma vez Que o mais simples fosse visto Como o mais importante Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente
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Ana Liberato comentou:
19/06/2022
As araras seguirão cantando e alimentando seus filhotes. Outros passarão. Como fazedores de escombros da história, serão vergonha e asco no espelho torto dessa nação.
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Noeli Schnorrenberger comentou:
19/06/2022
Grande abraço aos guerreiros e guerreiras! Minha solidariedade aos familiares.
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Guapo Magon comentou:
19/06/2022
Há braços José Bessa, desde o front no Pantanal, comparto..
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Rosivane Sobotkova comentou:
19/06/2022
A Amazônia é linda mesmo! Nela tem muita vida e morte mas ao contrário dos animais predadores que matam pra se alimentar, o homem mata por dinheiro. Poderíamos dizer que pra se alimentar também, porém destruindo a Amazônia acabam deixando muito poucas chances de vida a seus filhos, netos e bisnetos que ainda nem nasceram. É preciso educar toda a população e explicar de forma que fique claro de uma vez por todas que a sobrevivência do ecossistema representa a sobrevivência da nossa própria existência! É tão complicado de compreender isso? Aos inúmeras analfabetos que moram na região é necessário providenciar esse tipo de educação, etc.
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Maris Teca comentou:
19/06/2022
Hoje, aqui em, Manaus, na igreja. o padre que celebrou a missa em minha paróquia ligou o Evangelho com a vida do Dom e Bruno, que morreram em defesa da Amazônia, ele criticou os assassinos. Ah, ele mencionou o canto de Bruno e a crônica do Taquiprati, recomendando a leitura aos fiéis.
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Jevaldo Silva comentou:
19/06/2022
Jevaldo Silva Foi uma semana tensa e triste, mas os anseios de Dom e Bruno em defesa da Amazônia e dos seus povos será mantido por todos e todas que compartilham das suas ideias. Cada um que tombar em defesa da Amazônia, novos virão para lutar e seguir o legado até que a paz e a justiça reinem na nossa Amazônia.
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Marco Targino comentou:
19/06/2022
Emocionante e merecida homenagem do professor José Bessa ao colega Bruno e ao jornalista Dom, vítimas da necropolítica deste nefasto governo.
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Rudá Guedes Ricci comentou:
19/06/2022
Aqui vai uma explicação: A música entoada pelo indigenista Bruno Pereira, durante uma expedição em 2019, é a história de uma mãe arara chamando seus filhotes na porta do ninho para lhes dar comida no bico. A canção é uma das muitas compostas pelos próprios indígenas para o ritual da ayahuasca (chá medicinal), que a etnia, conhecida por ter fortes raízes mitológicas, mantém como tradição.
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Rosemary Lopes de Carvalho comentou:
19/06/2022
Que coisa linda! Apesar de falar sobre um crime bárbaro.
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Astrid Lima comentou:
19/06/2022
Eu não tenho conseguido nem mesmo comentar. É horror acima de horror.
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Aldenor Ferreira, via Zapp comentou:
19/06/2022
Fui às lágrimas com o texto. Retire 3 minutos da sua vida para ler este texto, não serão minutos perdidos, tenho certeza.
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Tania Pacheco comentou:
19/06/2022
Linda e comovente homenagem, Bessa. Muita luz para eles e muita luta pra nós,
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Alessandra Fahl Cordeiro Gurgel comentou:
19/06/2022
“Aventura”, “Não houve mandante”. Não somos idiotas. Conhecemos esse roteiro sinistro não é de hoje. Queremos justiça. Bruno e Dom agora são sementes no solo banhado a sangue da nossa América Latina.
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Ligia Aquino comentou:
19/06/2022
Ai, Bessa, vc é um desses imprescindíveis! Dá palavra a nossa experiência e como fios nos dá forma nessa tecitura.
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Lúcio Carril comentou:
19/06/2022
Parabéns, querido Bessa. Um protesto com muita emoção e indignação.
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Cecilia Basile comentou:
19/06/2022
Tanta beleza natural que contém a amazônia, em contraste com tanta crueldade praticada por monstros humanos
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Sonia Regina Sales (via FB) comentou:
19/06/2022
Uma mancha vergonhosa a mais nessa nossa trajetória política odiosa...qu vem sistematicamente dilapidando nossa história. Nossos sentimentos áos familiares desses heróis da Amazônia.. agora mártires da causa indígena.
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Vera Menezes comentou:
19/06/2022
Deveria acontecer uma reação a altura de Dom e Bruno, dois seres gigantes na essência e na coragem, guerreiros, bondosos e solidários. Esse desgoverno é um escárnio, deu poder aos criminosos por ser bandido também. Unido com o que existe de podre , doentio e cruel, os brasileiros que o apoiam. Que a coragem das vítimas nos impulsione para acabar com essa corja, esses vândalos destruidores de vidas, país e esperança de um futuro melhor e digno.
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Francisberto Joao comentou:
19/06/2022
- PARA ELES O CÉU É O LIMITE...PARA O MANDANTE ALÉM DO INFERNO.!!!
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Madalena Maria Folchini comentou:
19/06/2022
Até quando vão matar nossos heróis impunemente?
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Ana Chrystina Mignot comentou:
19/06/2022
Para começar o domingo com a sensibilidade e inteligência do meu amigo José Bessa
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Angela Steward comentou:
19/06/2022
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Graça Helena Souza comentou:
19/06/2022
Bessa , eu estava sentindo falta da sua voz! Taquiiprati faz uma homenagem linda a estes dois homens, de estatura incompreensível ao abominável Coiso.
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Horta Marcelo comentou:
19/06/2022
Sim , e se depender de nós , os amigos e amigas , garantia de muitas lembranças boas , conversas de boteco mineiras e luta, muita luta pela Amazônia. Valeu
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Carlos Farias Maxakali comentou:
19/06/2022
Que potência de texto! Obrigado por reunir e compartilhar todas essas informações. A luta por um país melhor ficou mais forte. Bruno e Dom presentes, para sempre!
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Ricardo Corrêa Pimenta comentou:
19/06/2022
Lindo demais esse canto. Emociona demais ver a conexão profunda do Bruno com os indígenas. E potencializa nosso ódio e indignação contra seus assassinos. E contra o maior responsável por essa situação, o monstro inominável.
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Pasqual José Macariello comentou:
19/06/2022
Sua crônica me fez desabar em choro e muita revolta
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Wolnei Cesar comentou:
19/06/2022
Parabéns, Saudações Da Floresta...LutoEmLUTA!!!
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Luiz Pucú comentou:
19/06/2022
AO LER-TE CHOREI COMO UM CABOCO, FUI PARA O QUINTAL CHOVENDO E GRITEI COM UM MAMBIRA UMA MANTA DE REVOLTA.. PAJÉ, A NOSSA VINGANÇA VEM VINDO.....
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Rogério Ferreira comentou:
19/06/2022
Mais uma vez, muito obrigado querido Bessa. A vida pode ser maravilhosa. A luta continua.
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MARIA DAS GRACAS DE CARVALHO BARRETO comentou:
19/06/2022
Amazônia sua linda e vasta. Um mosaico de culturas, de confronto e luas desiguais. As espingardas contra a a fusão de homens (originários, solidários e lutadores) em defesa da vida no sentido pleno. Lembro como tentamos a todo custo trazer para dentro das Universidade suas vozes! Sateré, Baniwa, Kokama e outras 180 linguas que persistem em cantar. Finalmente uma das falas se universaliza no canto de Bruno Pereireira. Um eco que se expande no continente, um greito preso na gargante nos faz chorar e como num espanto desnunda a realidade sobre essa Amazônia esquartejada!
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Maria Luiza Oswaldbruno comentou:
19/06/2022
Querido Bessa,, chorei com sua crônica, como já tinha chorado com a imagem de Bruno 'cantando entre seus amigos indígenas. Que barbárie o assassinato dos dois amigos que se dedicavam com amor e bravura às causas dos povos originários. Por cincidência, a música do Ivan Lins que vc traz como epígrafe é uma espécie de mantra pra mim que já passei por poucas e boas na vida, ainda que nem de leve meu sofrimento se aproxime do que passaram Bruno e Dom, suas esposas, filhinhos e famílias. Você, com sua capacidade crítica, sua sensibilidade para a justiça, seu conhecimento amoroso às causas dos indígenas tece um quadro exato e revoltante do que vem ocorrendo com a Amazônia, especialmente nesse desastre que é o governo do Coiso. Por outro lado, você não nos tira a esperança de que a vida ainda há de ser maravilhosa, nos trazendo o eco do canto do Bruno e a poesia que há tanto no toldo do barco que dizia "Essa rua é minha", quanto na expressao "Amazônia, sua linda", que entendi foi enunciada por Dom. Mais uma vez obrigada por essa leitura que me calou fundo. E, éisso aí companheiro: a luta continua. Abraço afetuoso
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MAILSA CARLA PINTO PASSOS comentou:
19/06/2022
Que a tristeza desse luto imenso se torne força pra luta! Que a justiça se faça! Que o sacrifício desses dois seres humanos grandiosos não seja em vão! Que eles sigam na luz! Meus sentimentos e minha solidariedade à família e aos amigos! É muita dor misturada com muita vergonha desse brasil minúsculo e perverso. E que os povos indígenas da região consigam ficar protegidos. A preocupação é grande.
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Danielle Bastos Lopes comentou:
18/06/2022
No Porantim ou Taquiprati imprensa indígena presente José Bessa . Orgulho Dom e Bruno: Amazônia, sua linda!
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Merced de Lemos Urtubia comentou:
18/06/2022
Ah, Bessa. Tenho lembrado tanto de você com esta tragédia. Chorei.
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Ana Silva comentou:
18/06/2022
. Diferente de tudo que eu li sobre o Bruno Pereira e o Dom Phillips. Primor!Eu vi muitas vezes o vídeo do Bruno cantando. Realmente uma grande perda. Que novos Brunos e Doms brotem na Amazônia
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Janilton Ferreira Leitão comentou:
18/06/2022
Em asas rútilas de canções nativas / Voam agora almas sempre-vivas / Através dos igarapés, dos olhos d'água, / Nos galhos enormes da seringueira,/ Pousam pra descansar à beira / Do rio Amazonas, que faz tregua!.../ Lá se vão depois as duas preciosidades / Além das longínquas cidades, / Muito além do hemisferio sul,/ Vão encantar africanos, chineses, / Misturar-se aos gênios japoneses, / Ouvirem a cantiga do sereno em Seul! / São do mundo agora... vapores e sonhos!... / Tiveram importância para os meninos / Das matas indígenas dos trópicos, / Agora serão mais que voluntários, serão tal qual guardiãs planetários, / Doces e bem-quistos espíritos filantrópicos! /
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Augusto Moreira comentou:
19/06/2022
Janilton, que sensibilidade, que poema bonito. Muito obrigado!!! Um abraço carinhoso do Guto da Flauta
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Kal Eugenio comentou:
18/06/2022
Anjo puro e digno, essência de amor fraterno. Muita luz Bruno Pereira
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Flávio Leal comentou:
18/06/2022
Não cabe mais classificarmos como cúmplices, mas como autores todos que defendem, ainda que com o silêncio ou falsas sensibilidades, esse projeto de extermínio que troca a vida (a dos outros é claro) pelo dinheiro ...
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Maria José Mendes Souza comentou:
18/06/2022
Me emocionei bastante com esta crônica pois ela evidencia a importância de Bruno e Dom para a preservação da Amazônia, a preservação da cultura indígena, do povo ribeirinho, e também nos serve de alerta, para que tomemos a responsabilidade de preserva-la, pois a Amazônia somos todos nós.
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Helena Freire de Souza comentou:
18/06/2022
Linda e emocionante crônica. Parabéns José Bessa
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Valter Xeu comentou:
18/06/2022
Publicado no Blog PATRIA LATINA - http://patrialatina.com.br/dom-e-bruno-amazonia-sua-linda/
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Rodrigo Martins comentou:
18/06/2022
Um texto impecável, uma belíssima homenagem com palavras lindas e delicadas que somente o professor Bessa poderia fazer. Aproveito para enviar meus sentimentos a todos os familiares do indigenista Bruno e do jornalista Dom.
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Loretta Emiri comentou:
18/06/2022
Um texto do professor José Bessa para chorarmos a morte do Bruno e do Dom.
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Maria Gorete Neto comentou:
18/06/2022
Mais uma crônica comovente de José Bessa
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Marilia Librandi comentou:
18/06/2022
Texto lindo demais pra não compartilhar! A força da vida contra os mandantes de morte que estão no comando do nosso centro da terra
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Hydelvidia Cavalcante comentou:
18/06/2022
Ficarão eternamente na memória desse nosso Universo imenso!
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Angel H. Corbera Mori comentou:
18/06/2022
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Marcos O. Bezerra comentou:
18/06/2022
Estava esperando como filhote de arara a crônica de hoje. Me sinto cuidadosamente alimentado. Agradecido, Don Bessa.
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Magela Ranciaro (via FB) comentou:
18/06/2022
Um vazio cheio de desassossego; uma tristeza transbordada num misto de ternura e indignação
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Maria Inês de Almeida comentou:
18/06/2022
Querido prof. Bessa, agradeço de todo coração seu texto, num alento para nós. E está bem de acordo com a força que o Bruno nos legou. Eu sempre leio suas crônicas e as adoro. PS: Acho que o Kleber falou errado, na verdade, os nomes dos nossos netos não vieram dos Kanamari. Uaqui (homenagem ao líder dos Matsés apelidado Caiçuma, que foi o excelente anfitrião da Beatriz quando ela viveu entre eles pesquisando) e Vissá (homenagem a um chefe Korubo morto há uns três anos). Um grande abraço
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José R. Bessa comentou:
18/06/2022
Querida Maria Inês, obrigado por me esclarecer e aos leitores. Todo o meu carinho, e tenho certeza o carinho de muitos brasileiros para o Uaqui e o Vissa, que trazem, dentro de seus coraçõezinhos e nos próprios nomes, o pai Bruno, os Matsés, os Korubo e a vida dos avós e da mãe dedicada aos povos indígenas.
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Anna Dini comentou:
18/06/2022
Prof. Bessa, eu estava esperando sua crônica chegar nesta noite, com o desejo de nomear com as suas palavras tudo que estamos sentindo. Termino a noite de hoje e, ainda com lua quase cheia no céu, cantando esse canto de amor, alegria e esperança. Obrigada por nos lembrar da força tão delicada que há em ter esperança.
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