CRÔNICAS

DABACURI NO SERPENTÁRIO

Em: 17 de Julho de 2020
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DABACURI NO SERPENTÁRIO

Hoje não tem TAKIPRATI, mas vai ter Dabacuri, leitor. Se tu não sabes, aí vai o significado, pescado no sr. Google: Dabacuri é o ritual que celebra a fartura, a união de diferentes povos indígenas. E o nome foi também adotado para nomear o “congresso” dos Bessas em tempos idos, mas hoje a festa é meio particular.

Calma, leitor, não somos seguidores do presidente cloroquinado. Não vamos nos aglomerar fora do espaço cedido (sem saber e sem querer) pelo autor desta coluna. Somos nove jararacas (assim batizadas pelo cronista) e dois “jararacos” mas, como o matriarcado impera,  são “as Jaras”! E estamos reunidas para festejar o aniversário de um dos filhos da dona Elisa e do ‘seo Barbosa’, o Professor José Ribamar Bessa Freire, conhecido no serpentário apenas como Babá. O apelido de Jaras, que Babá nos deu, tem, para além do significado de fofoqueiras venenosas, um sentido oculto, mas admitido por todos os que nos conhecem. Mais que irmãos, somos amigos, companheiros para todas as horas, um clã fechado em torno de um grande afeto, que nos identifica como uma tribo. Nos amamos na mesma proporção com que nos respeitamos e brigamos. Dona Elisa plantou esse amor – “seus amigos são seus irmãos”, dizia – de forma exagerada e o Bairro de Aparecida sedimentou. Somos doze, mas somos um, porque nos fundimos. Não mexe com nenhum, leitor, porque a turma da carilha vem em bando para cima de ti. Essa é só uma particularidade introdutória, um aviso aos incautos que passeiam pelo serpentário...

Mas tu desejas conhecer realmente o colunista que te escreve semanalmente, leitor? Então, pedimos licença para revelar, aqui, alguns fatos da trajetória familiar do Babá, sob outras lentes. Não somos jornalistas, somos apenas a personificação do amor, quando nos olhamos. Esse texto talvez deixe a desejar no formato técnico, mas está transbordando no afetivo.

As primeiras Jaras que precederam o Babá, exercem ainda hoje uma certa autoridade sobre ele e o conhecem como ninguém. Os demais, por serem mais novos, têm uma relação de mais igualdade. Porém, somos todos apaixonados por ele.

Então vem com a gente, leitor. Como é um dia especial, a nossa tribo vai te deixar dar uma espiadinha, de leve, só por algum tempo, mas depois tens que pular fora, antes que alguma Jara se invoque e acabes provando do nosso “veneno”.

Que comece a festa, com distanciamento social e máscara, só para garantir que a Covid-19 não entre - mesmo sendo uma festa virtual. Cada irmão/irmã vai trazer de presente uma lembrança dele. Aproveita e vai conhecendo o serpentário, leitor, começando pelas cobras mais velhas, até as mais novas. Cobras não têm braços, mas as linhas que vêm a seguir foram traçadas por muitas mãos! Com a palavra as Jaras e os “Jaros”.

Glória, a irmã do coração, a matriarca, abre esse Dabacuri: “Meu mano é muito querido! É uma benção, um presente de Deus para nós - eu com 90 anos, ele com mais de 70 – poder ver o meu irmão, meu filho, meu amigo, e ainda podermos nos comunicar e no amar. Como eu o admiro como pessoa, pelo ser humano, pelo esposo, pai, irmão e amigo que é. Nem a distância nos separou...que tenha um feliz aniversário, que possa comemorar por muitos e muitos anos ao lado dos nossos queridos. O amo de montão e quero oferecer a ele essa música: “te carreguei no colo, menino, cantei pra ti dormir...”. Meus braços, meu coração e meu ombro são todos dele. Que sempre conte com minhas orações, com a minha amizade, o meu amor que é muito grande. Maria passe na frente no seu caminho, cuidando, resolvendo tudo aquilo que somos incapazes de fazer. Deus o abençoe, com todo o meu amor”.

Regina, a Jara primogênita, vem na sequência, relembrando quando o colunista se preparava para ir para o Seminário. Sim, leitor, um dia ele pensou em ser Padre. “A primeira grande dor da minha vida foi a nossa separação quando ele foi para o Seminário. Pensei que ia morrer, chorei meses. Aliás, comecei a chorar ao bordar seu nome nas roupas. Foi como se arrancassem o meu coração. Aí começou a minha preparação para as outras dores da vida...Eu o amo desde sempre. Não o gestei no útero, mas no coração”.

Segundo Helena, “ele tinha um ciúme feroz das manas. Xingava qualquer um engraçadinho que se aproximasse delas. Para acompanhar as jaras em qualquer saída de casa exigia que não fossem de sapato alto, nem levassem bolsas, provavelmente para não chamarem atenção de algum interessado”.

Leitor, põe ciumento nisso. Dile, a terceira Jara, comprova. “O Babá era muito ciumento, um dia eu estava com o namorado na esquina da Bandeira Branca, às onze da manhã, e ele passou entre nós dois, mas não falou nada. Quando cheguei em casa ele tinha feito o inferno, bem enfeitado, quase me custou uma surra! Mas uma coisa que me marcou muito foi uma conversa que tive com ele: nós fomos criados cheios de culpa e ele passou horas tentando me tirar esse sentimento que não nos leva a nada. E eu nem sabia o porquê de me sentir culpada de tudo”.

A Tequinha, pequenina e magrinha, tinha mais moral com ele do que qualquer outra. “Brigávamos muito, mas éramos apaixonados um pelo outro.  Uma vez ele foi a um aniversário e eu não fui. Na volta ele chegou em casa com um docinho (brigadeiro), todo amassado, e me entregou com todo o carinho. Também outro fato muito recorrente é que ele tinha medo de sapo. Sempre que aparecia um lá em casa, me pedia para tirá-lo, mas eu só tirava depois de aperreá-lo bastante, dizendo que ele era um medroso (um bom motivo para retomarmos a briga). Assim era a nossa relação entre tapas e muuuuuuiiiiitos beijos. Tenho muitas coisas para recordar, mas não caberiam aqui, principalmente o meu amor por ele. Pois sim, toicim!”

A parceria com o irmão Roberto deu muita dor de cabeça à dona Elisa. Tuta contou que “um certo dia de São João, depois de passarmos a tarde inteira fazendo a fogueira em frente de casa,o português vizinho do beco da Bosta resolveu mijar em cima. Alertado pelo ‘seo Barbosa’, gritei pelo Babá. Aí agarramos o portuga e íamos sentá-lo na fogueira acesa, o que nos rendeu uma pequena surra”.

Cado, o mais novo dos três Jaros, construiu sua admiração assim: “Tem coisas que acontecem na vida que nem o tempo consegue apagar. Entre vários acontecimentos, dois deles me marcaram muito. O primeiro foi quando fui reprovado no quinto ano primário e fiquei atrasado, pra baixo, me sentido o mais incompetente de todos os seres humanos. Foi graças ao meu mano querido que eu logrei passar no exame de admissão, decorando as capitais dos países, com ele metendo o dedo no nariz, para indicar a capital da Bélgica. E eu respondia Caracas, confundido ‘bustela’ com ‘cataraca’. Sua metodologia brincalhona e amorosa funcionou e eu fui aprovado. Um outro momento foi no Peru, quando recebi dele uma orientação política marxista que me fez ser socialista. Esse foi o maior ensinamento que ele me legou. Eu o amo, ele é o meu grande exemplo de vida”.

A Pretinha, citada em algumas colunas, deu o seguinte depoimento: “O Babá, apesar da distância física, sempre esteve muito presente em minha vida. Com ele aprendi o que são movimentos sociais e qual o meu papel dentro deles. Com ele aprendi, na prática, o que é a amizade e a solidariedade. O meu sentimento de gratidão por ele é muito grande. Graças à Deus que ele encontrou a Consuelo, que sempre o apoiou em todas as ações de solidariedade com a minha, não tão pequena, família. Deus o abençoe sempre!”

Celeste, mandou o recado direto de Juiz de Fora, Minas Gerais: “Eu estudava no Colégio Aparecida, quando me submeti a uma cirurgia. Ao voltar às aulas, a direção da escola questionou o atestado médico e não quis justificar as minhas faltas. Aí o Babá, após dizer poucas e boas para a diretora, pegou a minha transferência e me levou para o Colégio Christus, o melhor de Manaus na época, onde ele trabalhava. É, leitor, desde cedo ele já lutava contra a injustiça e a opressão”.

As duas mais novas foram quase filhas, apesar de terem convivido pouco com ele, na infância. Bambi se declara: “Outra partida dentre tantas idas e vindas dele. Dessa vez parecia ser definitiva, pois envolvia novo trabalho, novo lar. Entretanto, uma gastrenterite não o deixava sequer arrumar os trecos para efetivar a mudança. Aí fomos nós buscar um diagnóstico laboratorial, de certeza, para resolver a situação. Exame e medicação efetivados e a perplexidade dele diante de estar sendo imobilizado, nocauteado, por um inimigo microscópico. Deu até crônica rs! Passei a ser consultora dele para assuntos de “m” (que não é de merenda). Ele é meu mano querido, meu exemplo de fraternidade, justiça e compromisso com o ‘outro’. Minha eterna admiração, meu amor infinito!”.

A caçulinha Céu, com quem teve menos convivência, também tem o que contar: “Minhas lembranças da sua presença na minha infância são muito esfumaçadas, por ser ainda muito criança quando ele mudou para o Rio de Janeiro, mas ainda assim pontuadas de momentos afetuosos. Quando já longe de casa, mandou de presente um boneco feio, mas maravilhoso para o meu pouco acesso a brinquedos mais elaborados. Zeca - esse foi o nome que o batizei - durante muito tempo representou ‘o papai Babá’ e acalentou o meu pequenino coração na ausência do pai, seo Barbosa’, que já havia falecido. Era com esse boneco - o nosso elo- que me sentia segura de que o Babá voltaria um dia, para retomar o seu lugar na minha vida, já que nunca saíra do meu coração. E até hoje ele continua bem vivo aqui dentro do meu peito. É amor pra mais de uma vida”.

É, leitor, essas ilustrações da vida do colunista não são suficientes para defini-lo. Ainda teríamos muitos depoimentos de cunhados, cunhadas, sobrinhos, sobrinhas e dezenas de agregados, porque TODOS temos muito o que contar sobre o Babá, e com essa família grande, o espaço jamais permitiria. Mas o que foi exposto aqui já te permitirá olhá-lo com outros olhos e entender porque tanto de família e de Aparecida recheiam suas crônicas.

Antes dos parabéns, queremos pedir as bênçãos sobre o Babá, invocando as diferentes culturas que o constituem. Que Nhanderú etê (que significa “Deus Verdadeiro” para o povo Guarani) o abençoe e... Peraí, rapidinho. Estamos recebendo uma manifestação. Égua, maninha, o que que é isso? De quem é essa voz? Mamãe...!?!?!

“- Sim, não estão me ouvindo? Acham mesmo que eu iria deixar meu filho só com essa benção do Deus dos índios, que nem é cristão? Leitor, diz aí pra esses meus filhos que estou sempre por aqui... Mas não quero falar com eles não,  porque hoje o recado vai direto para O MEEEEU FILHO: José, meu filho, tua mãe não poderia deixar essa coluna tão cheia de amor ser publicada sem se manifestar. São tantas as nossas histórias, são tantas as demonstrações de amor mútuo, de cumplicidade, que as vezes deixavam teus irmãos com ciúmes, eu sei. Em vida nunca fiz questão de esconder, mas nunca confirmei abertamente. Só que agora eu assumo: TU SEMPRE FOSTE O MEU FILHO PREFERIDO, e por isso pedi permissão, daqui do alto, para vir te abençoar de verdade, publicamente. Conversei com o NOSSO DEUS, porque ainda tem muito índio precisando de ti, com esse Bozomerrrrrda à solta, e Ele me garantiu que ainda viverás muito para cumprir essa missão. Sei que não vais me decepcionar, meu filho. Então, recebe a benção dessa velha mãe que te ama: que Deus te abençoe, que Nossa Senhora Aparecida te proteja, te livre e te guarde de todo e qualquer perigo. Meu filho amado, tô velando por ti, pela tua saúde. Fora Bolsonaro! Takiprati Covid! Beijos da tua mãe.”

Ah, mãe... Parece até que estamos ouvindo o estalo da tua língua no céu da boca e vendo o teu biquinho peculiar dizendo agora que “já pode acabar a festa, todo mundo desligando o seu computador e voltando pros seus afazeres. ”

É isso! A Dama da Carolina mandou encerrar o Dabacuri e nós a obedecemos cegamente (ainda mais agora, aparecendo assim de surpresa). Mas ainda dá tempo de pedir: diz aí, leitor, que fato tu tens para destacar sobre esse colunista? Fala aí, maninho, mas fala rápido, antes que ela volte para puxar o nosso pé...

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41 Comentário(s)

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Isabella Thiago de Mello comentou:
27/07/2020
Bessa, em tempo, meus parabéns pelo seu aniversário! Você merece tudo que há de bom nesta vida! Mesmo sem conhecer seus irmãos pessoalmente (só conheço a sua alegria de quando você conta cada causo melhor que o outro, os detalhes dos personagens) e digo que além de bonito, é algo raro de se ver no “mundo dos homens” a cumplicidade que há entre os irmãos Bessa. Com certeza, isso é fruto da educação da dona Elisa e do seu Barbosa e da ancestralidade indígena. A foto transparece a fortaleza do Dabacuri dos Bessa! E assim, agradeço a Deus por você também fazer parte da nossa história, por você ser um irmão de Thiago de Mello, por ter acompanhado meu pai e minha mãe Lourdinha na travessia da fronteira do Rio Grande do Sul para o Uruguai, o caminho e a partida do exílio chileno, e ter me visto nascer em Santiago.... Por conhecer as historias de meu avô Coronel Dagoberto contra o golpe de 64, por estar ao lado dos meus tios irmãos de minha mãe, o Chico..., por ser este jornalista combativo a favor da Justiça. Porque são nessas horas difíceis que nós vemos quem está do nosso lado, quem tem coragem, quem é amigo de verdade. É uma honra ser sua afilhada. Meu carinho e gratidão, Isabella.
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Néstor Ganduglia Otamendi comentou:
23/07/2020
Salud y larguísima y prolífica vida, amigo José. Que sólo sea el primero de los mejores cumpleaños de tu vida. Abrazo grande desde la chiquita Montevideo
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Maria Betania Guerra Duarte comentou:
21/07/2020
Parabéns, Bessa! Muitas felicidades no seu aniversário e na sua vida! Você sempre escrevendo crônicas com temas interessantes, que tanto nos enriquecem!
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Marcelo Lemos comentou:
21/07/2020
Vc se multiplicando por mil através de seus textos!!! Um ex-aluno meu da pós graduação postou o seguinte depoimento: Gostaria de dividir, com vocês, uma alegria, no meio de tantas informações tristes. Passei uma tarefa, aos meus alunos do ensino médio (turma com média etária de 16 anos) usando um texto do Professor Bessa Freire. Que trata dos equívocos que a sociedade possui sobre os povos indígenas. Houve uma aceitação/ adesão total dos alunos sobre o tema, que repercutiu até sobre os pais. É o nosso curso dando frutos de esclarecimentos. Parabenizo aos organizadores do curso e professores, especialmente aqueles que ministraram, diretamente, a temática indígena. Postarei aqui, alguns relatos dos alunos....meu muito obrigado a todos. 1) Continuarão trabalhando o texto do Professor Bessa. 2) Marcelo Lemos Mande a ele meu abraço e minha profunda gratidão, por sua luta acadêmica nos estudos dos povos originários. 3) Diga a ele que estou semeando seu pensamento entre muitos jovens....
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Rossini Maduro comentou:
21/07/2020
Parabéns Professor José Bessa... Que seu espírito de lutador, que se entrelaça com os dos ancestrais Indígenas, continue firme nas lutas....taquipraeles..
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Eunice Dias de Paula (via FB) comentou:
21/07/2020
Bessa, agradecemos ao Pai o dom de sua vida, tão entregue à defesa dos povos indígenas e da Amazônia. Vida longa e plena!!!
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Erika Sousa Parabéns, comentou:
20/07/2020
Prof. José Bessa! Estamos vibrantes por sua saúde! Este início de seu novo ciclo está sendo preenchido com muito afeto de qualidade e assim será até depois do fim
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Denise Gabriel Witzel comentou:
20/07/2020
Das melhores lembranças para desejarmos um feliz aniversário para José Bessa! Tudo de bom e que muito em breve possamos nos reencontrar em momentos assim.
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Rosario Valencise Gregolin (via FB) comentou:
20/07/2020
José Bessa, que sempre nos brinda com sua fala encantada, com tanta sabedoria (tanto nos encontros de vozes quanto na escrita saborosa de seu blog), hoje o brinde é pra vc!~Felicidades, saúde, harmonia, que sua vida seja cada vez mais plena a cada dia!
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Juliana Lucinda Venturelli comentou:
20/07/2020
José Bessa, amado por tanta gente. Você e nossa fonte de vida, ensinando generosidade e simplicidade por onde passa! Parabéns e mais o dobro de anos é o que desejo!
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Múcio Medeiros comentou:
20/07/2020
Caríssimo professor, saudades de ouvir e ver sua performance na apresentação dos seus "causos", de sua humilde sabedoria!
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João Pedro Gonçalves comentou:
20/07/2020
Estimado Bessa, Vc é um professor/ mestre diferenciado, presente na sala de aula e nas ruas com os movimentos sociais, com os povos indígenas, fazendo sempre o bom debate, q não foge nunca da polêmica, muitas Felicidades, Parabéns e continue esta digna caminhada, abraço
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Marcelo Valente comentou:
20/07/2020
Parabéns atrasado, professor !! Não sei se vc vai se lembrar de mim, não fui ao nosso último encontro da disciplina de antropologia na UNIRIO(2019.2). Não pude dizer o quanto foi importante pra mim, o quanto desconstruí e construí enquanto pensador, enquanto ser humano no que tange a empatia e a coletividade. Agradeço muito ao senhor. Queria até ter tirado uma foto com vc. Quando te ver na faculdade, não me escapará. Muito obrigado por tudo. Se cuida nessa pandemia. O mundo precisa de pessoas como você. Um grande abraço.
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Ale Hernandez comentou:
20/07/2020
Saludos guerreros de Ciudad de México. Abrazo fraternal
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Venize Ramos Rodrigues comentou:
20/07/2020
Vida longa e feliz para o Bessa que inspira nossos sonhos, fazeres e lutas ????por um mundo melhor, não só para os parentes, mas para a humanidade.
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
20/07/2020
Parabéns José Bessa, saúde, sorte e obrigada por me mostrar os seus escritos que me dão conhecimento e às vezes me fazem rir muito. Que seja um ano profícuo!
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Fernando Soares Campos comentou:
20/07/2020
O professor Bessa aniversaria e nós é que estamos de parabéns, pois, a cada ano que contamos com o professor Bessa em nossa luta por um mundo melhor, esse é um ano de luta mais gloriosa... Que Deus continue nos concedendo essa oportunidade por muitos e muitos anos... Abraços, professor!
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Edson Kayapó comentou:
20/07/2020
Hoje é o aniversário desse grande mestre e pesquisador, que anda respeitosamente coladinho com os povos indígenas no Brasil, desde muito tempo. Que felicidade tê-lo e vê-lo no tempo em que vivo, amigo! Que os Espíritos dos Guerreiros lhe abracem.
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Clarissa Teixeira Kauss de Medeiros comentou:
20/07/2020
Parabéns! Felicidades! Que o Papai do Céu te abençoe abundantemente por muitos anos mais!
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Marcelo Nogueira de Siqueira comentou:
20/07/2020
Professor, tive o privilégio de ter sido seu aluno. Que aulas incríveis! Você é inspirador!
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Fidelis Baniwa comentou:
20/07/2020
Parabéns Professor! O homem que anda no tempo e refaz o sentido da existência.
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Fernanda Kopanakis comentou:
20/07/2020
Bessa querido que a gente possa rir e se encantar com suas histórias durante muitos anos ainda. Luz e paz hoje e sempre!
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Kerexu Yxapyry comentou:
20/07/2020
Parabéns professor. Muitas saúde, paz, alegria muito amor e esperança.
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Xime Andre comentou:
20/07/2020
Feliz cumpleaños!! Que seas siempre una persona sencilla, alegre y generosa. Un honor conocerte
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Mariléia Santiago comentou:
20/07/2020
Parabéns meu amigo e mestre só tenho a agradecer o aprendizado que obtive nos seus conhecimentos sobre a Educação Indígena.Fizemos acontecer.
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Ely Macuxi comentou:
20/07/2020
Quero deixar meu abraço e desejo de saúde e felicidades ao meu Professor José Ribamar, nosso parente Babá, companheiro de luta, defensor apoiador da causa indígena... Vc é um homem signo e honrado, com grande habilidade tem realizado reflexões sobre sobre as virtudes dos grandes homens, exaltado a decência e comprometimento daqueles que luta pela vida; tambem deatacado indecência dos pilantras que tanto mal causam a natureza humana, a vida digna. Obrigado pelo apoio a todos nós indígenas.
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Conceição Campos comentou:
20/07/2020
Professor querido, querido José Bessa! Você marca a vida de seus alunos da melhor forma que um educador pode marcar. Toda vez que percebo que preciso questionar alguma certeza - sobretudo as minhas - , me lembro de você!
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Zeneida Lima, pajé do Marajó comentou:
20/07/2020
Dr Bessa sou eu, a dona Zeneida aqui do Marajó, meu filho estou escondida desses virus, eles não me pegam, parabéns pelo dia de hoje, o sr. é um grande homem, aquela pessoa amiga de todos em quem a gente pode confiar, a gente sabe que tem um amigo, mesmo longe na geografia, mas tem um amigo.perto do coração O sr. está escrito no meu coração com chave de ouro, um abraço de Zeneida Lima.
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Renato Amram Athias comentou:
19/07/2020
Babá...Muitos anos de vida! Minha lembrança me diz que entre 1977 a 1981, em Manaus estivemos juntos, numa confluência muito boa. Atuamos em atividade audaciosa e inovadora sobre o que hoje se chama de "mídia indígena". Em pleno período da ditadura, juntos com outros colegas, criamos um jornal que ainda existe até hoje com o mesmo nome: PORANTIM. Ainda no período de de 1981 a 1985 em Paris, juntamente com outros amigos estávamos em outra atividade audaciosa, quando estivemos juntos no COMITE INTERNACIONAL PELA DEFESA DA AMAZONIA (CIDA). Foram memoráveis esses anos todos. Colocando aqui esses galhos na sua "Arvore da Lembrança". Aprendemos muito um com outro e foi muito bom de ter estado juntos esses anos...Parabéns!
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Mariella Carlin comentou:
19/07/2020
Eres lo maximo Jose!!!!! Te deseamos mucha felicidad, muchas emociones y experiencias...... más gratificantes que las que este año compartiste con todos los que te rodean familia amigos alumnos lectores seguidores vecinos, vendedores, y cualquiera !!!! Haaa haaa siiiii no es broma !!!! porque estoy segura que con esa simpatía y sencillez que te caracteriza dejas huella en todos los que se cruzan en tu camino.. .. siempre es un placer compartir una charla contigo porque todo es siempre una experiencia y hablar contigo siempre es como estar frente a un eterno narrador de experiencias ....tenemos un recuerdo especial de las estadías en casa con Pepito, Martha Lelita y las charlas de sobremesa con vinito y salami o bocaditos por horas con Consuelito los queremos y extrañamos muchismo ..... bendiciones y feliz dia!!!!!! Micha salud y otro abrazo virtual sin plástico !!!
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Geraldo Garcia (Lalhulha) comentou:
19/07/2020
Um dia quando menino pobre, no Bairro de Aparecida, conheci um cara que me tratou com muita dignidade e boa vontade, bastou isso para eu considerar esse cara o mais marcante na minha cabeça,tenho por esse cidadão muito respeito e amizade. A minha primeira bola foi ele que comprou lá no Braga, foi o dia mais feliz da minha vida, eu sai mostrando pra todo mundo a bola que o Baba me deu. Olha meu querido amigo, você não tem ideia do valor que teve aquele seu ato. Hoje, eu com dois filhos advogados, eu falo para eles do Baba. Peço a Jesus que te proteja com saúde, um forte abraço meu querido amigo, feliz aniversario meu irmão.
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gloria Martins comentou:
18/07/2020
Professor, Parabéns! Felicidades! saúde! Linda Família! Atenciosamente, Gloria
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Mauro comentou:
18/07/2020
Paizinho, parabéns! Quero te agradecer por tudo que fizeste por mim e por tanta gente. Os ensinamentos são profundos e transformadores. Lições pelas palavras e pelas atitudes. Um privilégio conviver contigo e com a Consuelo. Um grande beijo nela. Obrigado, obrigado, obrigado. Feliz aniversário! Eu te amo!
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Rosilene Odina Cabral Bessa comentou:
18/07/2020
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Tania Pacheco comentou:
18/07/2020
Que homenagem gostosa e carinhosa. Parabéns!
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Dodora comentou:
18/07/2020
Dabacuri no serpentário, Genial!: Acabei de ler, ainda estou babando... Dei outra lida! Nunca li uma crônica tão fiel!!!
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Ignacio comentou:
18/07/2020
Em volta de uma mesa cheia de peixes deliciosos na comunidade dos Bare de Canafe no rio Negro me mostrou o caminho certo: junto dos indios. Cómo se nao fosse suficiente, também se tomou o trabalho de me ensinar como andar junto deles. É meu grande mestre, admirado pelo compromisso, sabedoria e o senso de humor permanente para lidar com este mundinho que a gente está. Abridor de caminhos e multiplicador de horizontes. Parabéns mestre! Sou muito grato de ter encontrado você no caminho. E seguiremos, viva Bessa! viva!
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Lucinha Bessa comentou:
18/07/2020
Que crônica linda...cheia de reminiscências gostosas. Me veio na lembrança quando fui te visitar na torre da Eglise Saint-Esprit onde moravas. Tu lembras? Só o faro de uma prima pra chegar até lá com as explicações bizarras que me deste. Me perdi no caminho umas 4 vezes... Beijos
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Valéria Luz comentou:
18/07/2020
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Taquiprati comentou:
18/07/2020
Essas jararacas pico-de-jaca são todas venenosas. A picada delas me envenenou e vai me matar do coração. Ou de tanto chorar.. Que surpresa maravilhosa.
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Rodrigo Martins comentou:
18/07/2020
Parabéns querido professor, muitas felicidades, saúde e grandes realizações! Gostaria de destacar também as fotos que estao maravilhosas, parecem aquelas, fotos de time campeão! Um abraço querido professor!
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