CRÔNICAS

Aryon Rodrigues e a farofa de banana

Em: 04 de Maio de 2014 Visualizações: 36945
Aryon Rodrigues e a farofa de banana

 

A última vez que vi Aryon Rodrigues foi em 2 de maio de 2013 numa sala da Universidade de Brasília (UnB), quando não sei por que cargas d'água lembramos de uma farofa de banana compartilhada havia muitos anos. Eu ia dar uma aula filmada por Renato Barbieri para o documentário A Revolta da Cabanagem, com roteiro do historiador Victor Leonardi. O tema era as línguas faladas no séc. XIX pelos cabanos. De repente, chega Aryon carregando seus quase 88 anos, seguido por jovens pesquisadores do Laboratório de Línguas Indígenas. Veio assistir minha aula.  
Confesso que me senti como aquele obscuro vigário de periferia convidado a celebrar missa para o papa: prestigiado, mas inseguro. Só consegui rezar a missa porque a farofa de banana evocada por Aryon me encorajou, lembrando o que acontecera quando o vi pela primeira vez. Foi no final de 1983, em Manaus, por onde ele passava em missão de consultoria ao INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Eu era professor da Universidade Federal do Amazonas. Ele, o papa da linguística indígena, pontificava no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.
Minha amiga Berta Ribeiro, antropóloga, que o acompanhava, me telefonou:
- Aryon está aqui, leu Ameríndia e quer conversar contigo.
Ameríndia é uma revista de etnolinguística vinculada à Universidade de Paris VIII, que havia publicado artigo - Da ´fala boa´ ao português na Amazônia brasileira - onde analiso a trajetória histórica das línguas na região e discuto como e quando nós, amazonenses, começamos a falar português, bem como o que aconteceu com as línguas indígenas. O artigo atraiu a atenção muito mais dos linguistas e dos antropólogos do que dos historiadores.
Matrinxã ao forno
Marcamos um jantar no restaurante Panorama, na Baixa da Égua, no Educandos, que era modesto, mas tinha uma peixada supimpa e vista para o rio. Aryon - logo descobri - era um bom garfo, gostava de saborear peixes amazônicos. Ficou encantado com um inoubliable matrinxã, de carne firme e rosada, preparado em vinho branco e suco de limão, assado no forno e recheado com farofa de banana pacovan. Um banquete digno de Gargantua e Pantagruel. Seguimos a recomendação de Rabelais, para quem a inspiração só vem depois da refeição. Após a mousse de cupuaçu, Aryon retirou um exemplar da revista, todo riscado a lápis, e comentou página por página, me bombardeando com uma série de questões.
Entre as dezenas de observações, advertiu que no período colonial a língua geral amazônica não pode ser chamada de Nheengatu, porque essa denominação só surgirá no séc. XIX. Mostrou as limitações de uma fonte que usei para a classificação de línguas, sugeriu outras e fez crítica tão detalhada e rigorosa de cada tópico do artigo que eu, embora agradecido por atrair sua atenção, ao final brinquei:
- O senhor desmontou o artigo. Não sobrou nada, só espinhas, como o matrinxã.
Generoso, Aryon embarcou na provocação e falou aquilo que eu queria tanto ouvir: "A farofa do recheio pode ser melhor temperada, mas o filé é honrado e suculento". Massageou meu ego, destacou a documentação usada, a originalidade e o pioneirismo do trabalho e me incentivou a continuar pesquisando, o que fiz, publicando, em 2004, o livro Rio Babel - a História das línguas na Amazônia, com um prefácio escrito por ele.
Esse era o Aryon. Na época, já era Aryon Dall'Igna Rodrigues, o renomado pesquisador, reconhecido nacional e internacionalmente, com trajetória de pesquisa iniciada em Curitiba, sua cidade natal, em 1940, ainda no ginásio, quando ouviu algumas palavras em guarani. Foi aí que, ainda de calças curtas, escreveu seu primeiro artigo sobre o tupi, publicado no jornalzinho do Grêmio Estudantil.
Google das línguas
Daí em diante, não parou mais de pesquisar. Peregrinou em busca de línguas indígenas por aldeias e universidades, num diálogo ininterrupto com índios, a quem ouvia atentamente, e com pesquisadores, para cuja formação contribuiu. Deu aulas como leitor na Universidade de Hamburgo, na Alemanha, que lhe conferiu o título de doutor (1959) pela tese defendida sobre a fonologia do Tupinambá. Chefiou, então, o Departamento de Línguas da Universidade Federal do Paraná, de onde saiu, convidado por Darcy Ribeiro, para organizar a pós-graduação em linguística na UnB.
Depois do golpe militar de 1964, Aryon pediu seu desligamento da UnB, em solidariedade aos colegas demitidos. Foi cantar em outros terreiros, como professor na Universidade da República do Uruguai, chamado por Darcy, e na Universidade Nacional Autônoma do México, além de se vincular ao Programa de Pós-Graduação do Setor de Linguística da UFRJ, no Museu Nacional. Na Unicamp, durante quinze anos (1973-1988), formou pesquisadores, além de ter sido professor visitante na Universidade de Leiden, Holanda e na Universidade da Califórnia.
Ali onde tem fumaça, tem fogo. Ali por onde passou Aryon, se estuda línguas indígenas. É possível localizar instituições interessadas no tema, seguindo o roteiro percorrido por ele, que sabia tudo, ensinava tudo. Ele era o google das línguas indígenas, mas um google criterioso, que ia além dos textos, porque conhecia pessoalmente seus autores.
Fiz um "curso intensivo" com Aryon, ainda nos anos 1980, quando de retorno a Manaus, ficou hospedado em minha casa. Eram aulas permanentes. Foi quando manifestei vontade de conhecer a biografia de Cestmir Loukota (1895-1966), o pesquisador tcheco que também dedicou sua vida a estudar as classificações das línguas indígenas da América do Sul e cujo livro é uma espécie de guia de fontes para a história das línguas.
- Convivi com Loukotka no final dos anos 1950, quando ele visitou o Brasil e pesquisou a língua dos índios Xetá na Serra dos Dourados - contou Aryon, informando sobre os trabalhos do tcheco no Museu de Etnografia de Praga. A intimidade era tanta, que só não chamou Loukotka de Lulu, porque era muito formal. Além de outros babados, fiquei sabendo que Loukotka era formado em Administração e havia trabalhado nos Correios.
Na pista
Ao longo de mais de setenta anos de vida academicamente produtiva, Aryon realizou estudos comparativos de línguas indígenas, identificou documentação histórica nos arquivos e formulou hipóteses consistentes do relacionamento genético, envolvendo os troncos Tupi, Macro-Jê e Karib. Costumava recusar o termo "moribundas" para designar o estado das quase 200 línguas indígenas faladas atualmente no Brasil, porque isso seria admitir que estão morrendo. Preferia chamá-las de "anêmicas", que podem ser revitalizadas com sangue novo.
No sábado (26/4), o corpo de Aryon Dall'Igna Rodrigues (1925-2014) foi cremado no Cemitério de Valparaíso, em Goiás. Divorciado, pai de três filhos, deixou mais de 150 trabalhos científicos, muita saudade entre os pesquisadores e alunos que conviveram com ele e a lembrança de um mantrinxã recheado com farofa de banana que décadas depois ainda provocava um brilho alegre no olhinhos azuis de quem era amante da vida.
Aryon Rodrigues combateu o bom combate e encerrou a carreira resistindo teimosamente na defesa da utopia. Mesmo aposentado, continuou trabalhando de 1995 até 2014 no Laboratório de Línguas Indígenas, sem qualquer ônus para a UnB. Morreu como Ayrton Senna: na pista. O Brasil e os índios muito lhe devem.
P.S. - Com muito pesar, comunico que faleceu na sexta-feira (02/05) às 23:30 horas Dom Tomás Balduíno, 91 anos, frade dominicano como Bartolomé de Las Casas e bispo emérito da Diocese de Goiás. O corpo será velado na igreja São Judas Tadeu, em Goiânia até domingo, quando será concelebrada a Eucaristia e depois na Catedral, onde será sepultado na segunda-feira, dia 5, me informa Marlene Moura, sua amiga, que me acompanhou há dois anos no almoço oferecido a nós por Dom Tomás no convento onde vivia. Ele participou ativamente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), mantendo compromisso radical com os índios, os sem-terra, os camponeses e os lascados de todo o Brasil. Era um radical, que sabia negociar: duas qualidades que estão em falta na praça. Dessas mãos, eu recebo uma hóstia. Para esse santo, eu rezo.
 

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35 Comentário(s)

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Abraão Amaral comentou:
21/07/2020
O mais triste é saber que, em muitos cursos de Letras-Português no Brasil, os alunos terminam a graduação sem conhecer esse grande pesquisador. Eu mesmo só fui conhecê-lo no último ano do mestrado.
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Mª Ivanete Felix comentou:
12/11/2015
Emocionante, consistente, respeitosa crônica a um espírito humilde/maravilhoso. Tive a hora de receber o Prof. Aryon Rodrigues como convidado em minha dissertação de mestrado em 2002 em Belém do Pará (Língua Geral). Naquele momento, senti-me não como um vigário rezando missa para o Papa, mas como uma mínima gota no meio dos três oceanos do nosso planeta. Obrigada Prof. Bessa Freire, que ainda hei de conhecer pessoalmente. Continuemos, humildemente, a caminhada de vocês nas salas de aula com os jovens.
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Mª Ivanete Felix comentou:
12/11/2015
Emocionante, consistente, respeitosa crônica a um espírito humilde/maravilhoso. Tive a hora de receber o Prof. Aryon Rodrigues como convidado em minha dissertação de mestrado em 2002 em Belém do Pará (Língua Geral). Naquele momento, senti-me não como um vigário rezando missa para o Papa, mas como uma mínima gota no meio dos três oceanos do nosso planeta. Obrigada Prof. Bessa Freire, que ainda hei de conhecer pessoalmente. Continuemos, humildemente, a caminhada de vocês nas salas de aula com os jovens.
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07/05/2014
Olá professor! É impossível não deixar correr as lágrimas quando leio seus artigos, suam como um mantra, fico pensando que nos foi roubada a convivência de tantas pessoas ilustres no sentido do conhecimento no período da desastrosa ditadura, nosso país teria sido muito melhor . E vou rezar também para que estes espíritos iluminados voltem em forma de Anjos. Contato de gerusa pontes de moura
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Marlene Ossami de Moura comentou:
06/05/2014
Sua crônica é um belo tributo ao prof. Aryon, mestre maior das línguas indígenas. E a nota, no final da crônica, sobre Dom Tomás Balduino, vai render, espero, uma outra crônica sobre a vida de lutas incansáveis desse bispo-profeta em defesa dos empobrecidos e oprimidos. Na cidade de Goiás foi realizada uma grande celebração com a presença de indígenas, lavradores, sem-terra, sacerdotes e amigos de toda parte do Brasil. Ele foi em paz!
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Elicio Pontes comentou:
05/05/2014
O prof. Aryon sem dúvida merece uma homenagem como esta, de sua bela crônica, caro Bessa. Que ele siga, em outras dimensões, os caminhos de grandeza dos nossos irmãos cidadãos indígenas que ele dignificou com seu belo trabalho, assim como você, não somente neste texto. Elicio Pontes, UnB.
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Lourival Queiroz (Blog Amazonia) comentou:
05/05/2014
E de gente como esse pesquisador Aryon que esta faltando no Brasil.
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ErA (blog da amazonia) comentou:
05/05/2014
Por que um homem tão culto, tão importante para o cenário científico brasileiro foi ignorado pelos meios de comunicação? Infelizmente sei a resposta: porque o povo brasileiro não busca informação, mas tragédias e fofocas grotescas, que os mantêm alienados, para o bem dos que dominam o cenário tragicômico em que vivemos. E mais trágico fica ao sabermos que para a complementação do adjetivo os palhaços somos nós.
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Nailza Gama da Silva Rodrigues comentou:
05/05/2014
Bela homenagem. Quem conheceu o Sr. Aryon sabe o quanto essas palavras fazem sentido e descrevem seu jeito de ser.
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Olivia Maria Maia comentou:
05/05/2014
que mistura boa: farofa de banana pacovan, amizade, respeito, admiração. Triste foi a partida... Vá na Paz Aryon que nós continuamos na luta...
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Olivia Maria Maia comentou:
05/05/2014
que mistura boa: farofa de banana pacovan, amizade, respeito, admiração... Triste foi a partida. Vá na Paz Aryon que nos ficamos aqui na luta...
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Tereza Maracaipe comentou:
05/05/2014
Imensurável o legado que Aryon Rodrigues deixou para nós e para a Linguística Indígena, especialmente.
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Henrique Cavalleiro comentou:
05/05/2014
Conheci Dom Tomas quando trabalhei com os Enawenê Nawê, em 1990. Ele era piloto de avião, tinha um pequeno teco-teco e me deu carona de Brasnorte à Cuiabá, com uma parada em Tangará da Serra. No começo fiquei meio cabreiro, pois não sou muito fã de avião e o dele parecia meio "lata velha". Mas o voo foi ótimo. Aquele era um bispo realmente progressista, contra as velhas práticas de catequização dos índios, defendendo o respeito às suas culturas. E lembro dele bem humorado, simples, sem pose de "autoridade religiosa". Triste notícia.
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Rogerio comentou:
05/05/2014
Besa, boa a forma de homenagear a passagem de Aryon Rodrigues. Tive a honra de conversar com ele e Sueli, menos de hora, a respeitos do índios Tupi, Tamoio, Kaapor e Kaguahiwa. Contato de Rogerio
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Rogério W. Messenbe (Blog Amazonia) comentou:
04/05/2014
Leio muito, de jornais a livros há mais de 50 anos. Leio de tudo. De bula de remédio a medicina aeroespacial, de romances a livros de mecânica de motores. Mas nunca tinha ouvido falar de Aryon Rodrigues. Como pode uma pessoa com essa capacidade e história de vida não ser, mesmo ocasionalmente, citada na imprensa leiga? A última frase de seu necrológio diz: 'O Brasil e os índios muito lhe devem', acrescento: o Mundo tambem. Com certeza está estudando linguas angelicais.
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Celene F comentou:
04/05/2014
Bonita crônica! Maravilhosa homenagem a um professor "não-globalizado": um professor que não corria desesperadamente atrás de pontuações, que acreditava na busca como virtude. Conheci ligeiramente dom Tomás Balduíno nas "barricadas" do movimento Brasil Outros 500, na Coroa Vermelha. Lacrimejamos junto sob chuva de bombas... esse era um revolucionário sincero. Contato de Celene F
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Susana Grillo comentou:
04/05/2014
Bela crônica, Bessa, homenageando nosso Mestre Aryon que em qualquer encontro, breve que fosse sempre nos ensinava alguma coisa. Em um desses encontros, no Sebinho aqui em Brasília, apresentei meu filho que estava fazendo arqueologia na UNIVASF-Universidade Federal do Vale do São Francisco, campus de São Raimundo Nonato-PI. Imediatamente ele procurou um livro com um artigo seu que associava pesquisas lexicais na lingua Guarani com vestígios arqueológicos na Serra da Capivara. Um grande abraço,
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Poran Potiguara comentou:
04/05/2014
Aryon merece nossas eternas homenagens!! Tive a honra de conhece-lo e tirar muitas duvidas da gramatica do Tupi. Lembro-me que mesmo com sua enorme sabedoria, o Google das línguas indígenas se fazia pequeno quando estava no meio dos parentes indígenas, parecia uma criança apesar de sua idade... sempre muito brincalhão. Mas chamava a atenção e dava suas aulas quando preciso. Uma vez fomos entregar um convite para a nossa semana indígena na UnB e assim que ele abriu o convite viu um erro de concordância e sorrindo falou: Está errado... Mas o português não é língua de vocês mesmo! e todos aprendemos rindo... grande Aryon!! grande doutor das línguas indigenas!!
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04/05/2014
Excelente Crônica. Parabéns, pois lendo-a, despertou-me um interesse, em aprofundar conhecimentos históricos da Cultura Indigena Brasileira. Preservar as Tradições e Reverenciar seus Atores é um dever de Cidadania. Contato de Jose Ayrton Martins
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Alessandra comentou:
04/05/2014
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Rodolfo Cerrón Palomini comentou:
03/05/2014
Muy sensible la muerte del caro amigo Aryon! Gracias a tu nota me he enterado de que, un día como hoy, cremaron sus restos. Me imagino que en el próximo ALFAL, que se avecina, le podrán rendir el homenaje que se merece, en tanto Aryon fue uno de los fundadores de dicha institución. Un abrazo
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Jose Varella (via FB) comentou:
03/05/2014
duas grandes mortes e uma tragédia grande: mundos paralelos da História e da Antropologia separam pesquisadores da invenção do Brasil.
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Sunamita Oliveira comentou:
03/05/2014
Emocionante sua homenagem que, atrevidamente tomo como minha, ao Grande Ayron. Obrigada por traduzir de forma simples mas, tão sensível o valoroso trabalho de sua vida! Contato de Sunamita Oliveira
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Alexandre Gomes comentou:
03/05/2014
Mais uma aula de história! valeu, Bessa e vá em paz, prof. Aryon!
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03/05/2014
Caríssimo Bessa Os dois grandes seres humanos, cujas virtudes os levaram a bater nos 90 anos com energia, dignidade e inteligência, não podiam ter tido melhores exéquias do que as deste seu lindo e comovente artigo. Muito obrigado por escrevê-lo. Grande abraço, Lúcio Flávio Pinto PS - Lá em Santarém a gente chama a banana de pacova. Contato de Lúcio Flávio Pinto
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Elder José comentou:
03/05/2014
...chorei lendo seu texto sobre o Aryon.
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Marcus Maia comentou:
03/05/2014
Òbrigado, Bessa, pela brilhante eulogia do professor.
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Florencio Almeida Vaz Filho (via FB) comentou:
03/05/2014
Ao mestre com carinho, pelas teclas de outro mestre. Crônica imperdível para sua leitura. Não basta compatilhar. Tem que ler.
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Roberto Zwetsch comentou:
03/05/2014
Bessa, belíssima homenagem a uma pessoa que honrou os povos e as lpínguas indígenas, a universidade pública e a humanidade. Tem esperança? Tem, desde que saibamos seguir os passos de gente como Aryon na pesquisa, na fé e na vida. Roberto Z. Faculdades EST
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Vincent Carelli comentou:
03/05/2014
Bessa, impagável e emocionante como sempre!
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Vincent comentou:
03/05/2014
Bessa, impagável e emocionante como sempre!
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Márcia comentou:
03/05/2014
Parabéns professor pela bela homenagem! Relembrar é viver!
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Marília Facó Soares comentou:
03/05/2014
Texto exemplar, Bessa. Fez justiça ao Professor Aryon!
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Gilberto Menezes Moraes comentou:
03/05/2014
É tão bom ler essas crônicas do Bessa. Crônicas que tratam de todos os assuntos, sem qualquer preocupação de produzir efeito midiático. Eu lá sabia quem era o Aryon ? Mas, meu Deus, lá vem o Bessa revelando a existência de um grande ser humano. O mundo tem muitos deles e salve, salve o Bessa que nos faz conhecer tanta gente boa. Que paz permaneça, caro Aryon. Gilberto Moraes – UERJ.
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Ana Stanislaw comentou:
02/05/2014
Linda homenagem ao Aryon Rodrigues, Bessa! Você, como sempre, nos brindando com excelentes textos, memórias, histórias de pessoas que fizeram uma diferença enorme na história desse país, especialmente valorizando os povos indígenas, seus saberes, práticas, suas línguas. Adorei e parabéns!
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