CRÔNICAS

Um museu para Nísia: a lágrima de um Caeté

Em: 31 de Março de 2012 Visualizações: 43396
Um museu para Nísia: a lágrima de um Caeté

Na última quarta-feira, 28 de março, viajei para o município de Nísia Floresta, localizado a 40 km. de Natal (RN), para assistir a inauguração de um museu. Durante a visita, feita em companhia da precoce animadora cultural potiguar Ana Pereira, comentei a resposta dada pelo índio Cocama, Bernardo Romaina, do Alto Solimões (AM), quando lhe indagaram as razões de guardar uma antiga zarabatana do século XVI.

- Por que os Cocama não jogam fora esse objeto inútil, essa arma imprestável que deixaram de fabricar e nunca mais usarão?

- Para não esquecer! - respondeu de bate-pronto Bernardo Cocama, consciente do valor histórico da arma.

Para não esquecer que um dia ela existiu e foi muito útil. Dessa forma, o último exemplar de uma zarabatana, musealizado no teto da maloca, passou a ser arma de uma outra guerra: a guerra da memória. É com esta guerra que está comprometido o Museu Nísia Floresta. Ele foi criado justamente para não esquecer a escritora e educadora Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nascida em Papari (RN), a terra do camarão, em outubro de 1810, e falecida em Ruão, França, em abril de 1885. 

Quem é essa mulher extraordinária do século XIX, que deu nome ao município onde nasceu? Que saiu do interior do Rio Grande do Norte, para morar em várias cidades do Brasil? Que passou por Portugal, Alemanha, Grécia e Inglaterra e se radicou na Itália e, depois, na França? Que escreveu 12 livros, três deles em francês e um em italiano? Que conviveu com intelectuais europeus, entre eles o filósofo positivista Auguste Comte, com quem manteve intensa correspondência epistolar e a cujo enterro compareceu, acompanhando o cortejo fúnebre?

Pioneira na luta feminista no Brasil e na América Latina, ela brigou pelos direitos da mulheres, dos negros, dos índios, de todos os humilhados. Naquele Brasil monárquico e escravocrata do século XIX, Nísia escandaliza deus e o mundo porque prega o ideal republicano e a abolição da escravidão. Num país extremamente machista, ela escreve livros e artigos para jornais, defendendo a igualdade política dos sexos. Num contexto carregado de preconceito contra os índios, seu poema de 712 versos - A lágrima de um Caeté - denuncia a violência anti-indígena, exaltando ainda a Revolução Praieira, reprimida em Pernambuco. A qualidade do seu texto literário supera a de muitos escritores de sua época, que figuram nos livros didáticos, todos eles comprometidos com o sistema que Nísia combateu. 

Nísia deu aulas em Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, onde fundou e dirigiu um colégio, e lá se destacou como educadora. No entanto, ela que viveu tantos anos dentro de uma sala de aula, hoje  não entra nas escolas, seu nome não figura nos livros didáticos, que abrem suas páginas para exaltar alguns pilantras como se fossem heróis da pátria, mas silenciam sobre a vida e a luta de um personagem como Nísia Floresta. Agora, o museu, em homenagem à sua memória, pretende preservar, coletar e expor objetos, documentação e pesquisas vinculados à história dessa combatente.

Idealizado e desenhado pelo Centro de Documentação e Comunicação Popular, o projeto do Museu concorreu ao edital do Ministério da Cultura e foi selecionado em segundo lugar em todo o Brasil. A concepção expográfica, elaborada e executada pelo museólogo Hélio Oliveira, da Fundação Câmara Cascudo, tem como fio condutor a vida de Nísia Floresta e sua trajetória em defesa dos oprimidos. Fornece também dados sobre a historia do casarão do século XIX, que sofreu reformas no ano passado para adequá-lo como espaço do museu.

Hélio de Oliveira teve uma sacação luminosa, quando concebeu um dos módulos da exposição como o útero materno, a partir de uma imagem de Gaston Bachelard. Se a casa, na visão de Bachelard, ganha um destaque sagrado como extensão do útero materno, é a partir daí que começa a gerar as memórias acumuladas, onde passado e presente se encontram - diz o texto de Hélio.

O museólogo usa ainda um dos principais ícones da cidade - Nossa Senhora do Ó, a padroeira local - para homenagear as mulheres como únicas capazes de gerar outro ser. Constrói um mosaico com fotos de mulheres que se destacaram no cenário brasileiro, nos diversos segmentos, desde a presidente Dilma Rousseff até Ana Rodrigues, líder de uma rebelião em Mossoró, à época do Brasil Império. Mas teve a sensibilidade para incluir fotos de mulheres da região que não ganharam notoriedade, como da diarista Maria de Fátima Almeida, de sua neta Júlia de Oliveira e da jovem Maria Moreno Santos Panela, aluna do 3° ano do ensino fundamental.

No meio de todas as mulheres que constroem o Brasil, surge Nísia Floresta. O Museu traça ainda uma linha do tempo, com uma cronologia onde é possível acompanhar a trajetória de vida e de luta da escritora, que presenciou fatos e acontecimentos importantes como a Revolução Farroupilha e a unificação da Itália. Mostra ainda edições dos seus livros, entre os quais Direitos das mulheres e injustiça dos homens (1833), Conselhos à minha filha (1842), Discurso às suas educandas (1847),  A lágrima de um Caeté (1849), Opúsculo humanitário (1853) e A mulher (1859).

Em decorrência de uma pneumonia, Nísia Floresta morreu em Ruão, em 1885 e foi enterrada no cemitério de Bonsecours, na França. Sete décadas depois, em 1954, suas cinzas foram transladadas para o Rio Grande do Norte, depositadas inicialmente na igreja matriz, levadas depois para um túmulo no sítio Floresta, onde nasceu.

Na inauguração do museu estiveram presentes a Secretaria de Estado de Educação do Rio Grande do Norte e a Diretora de Fomento e Difusão do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Eneida Braga, que representou a ministra da Cultura Ana de Hollanda.

Um conjunto de pessoas contribuíram para que o Museu Nísia Floresta se tornasse realidade, reforçando a definição que os índios Ticuna do Alto Solimões deram da instituição: "Museu é o lugar que serve para guardar nosso futuro"  diz Liverino Otávio, enquanto para Orácio Ataíde, "museu é o lugar que segura as coisas do mundo". Que assim seja com o Museu de Nísia Floresta.

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41 Comentário(s)

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Taquiprati comentou:
10/07/2022
Uirá Machado publicou na FSP (10/07/2022) um texto sobre a cientista britânica Harriet Martineau (1802-1876) autora, em 1837 e 1838, de dois livros que lançaram as bases das ciências sociais, mas sua contribuição acabou preterida ao longo da história e hoje é pouco conhecida mesmo nos meios acadêmicos. Em livro recém-lançado, "Além do Cânone" o professor da FGV Celso Castro apresenta Martineau a quem não a conhece. .Castro não está sozinho - escreve Uirá. A socióloga Fernanda H. C. Alcântara, professora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), considera o apagamento de Martineau uma injustiça histórica. "Não existe um motivo para que Martineau não tenha o seu reconhecimento como fundadora da sociologia. Ela não foi apenas mais uma pessoa que participou do processo. Em 1838, ela já falava da necessidade de sistematizar os estudos da ciência da sociedade e escreveu um livro a esse respeito", diz. A fim de divulgar a obra de Martineau e garantir o ingresso dela na agenda das ciências sociais no Brasil, Alcântara se dispôs a traduzir por conta própria alguns livros da pioneira britânica" Tudo a ver com Nísia Floresta.
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Regina Sant'Ana comentou:
30/03/2014
Eu conheço a história dessa pioneira, de ouvir a voz com orgulho de meu pai, que nasceu e cresceu a poucos metros de onde hoje é o túmulo dos restos mortais dessa pioneira!
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13/02/2013
Estive em Búzios neste carnaval. Fiquei interessada pela História de NIZIA FLORESTA. Ao chegar em casa fui pesquisar: FIQUEI IMPRESSIONADA. Gosto muito de História e fiquei questionando o porque da não inclusão dessa Guerreira na nossa história. PARABÉNS PELA CRÔNICA E POR NÍSIA FLORESTA. Contato de Severina Gomes Vasconcelos
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Rejane de Souza comentou:
21/04/2012
Bela a crônica do porfessor Bessa. E orgulhosa pela oportunidade em contribuir na implantação do Museu Nísia Floresta na cidade onde nasci. A minha participação foi na aquisição do acervo, parcerias e campanhas de doação para que esse importante bem cultural na cidade fosse instalado. O desejo é de que ele se transforme, também, em centro de pesquisa sobre a escritora. Rejane de Souza - Natural de Nísia Floresta - Mestra em Literatura Comparada - UFRN e Doutoranda em Literatura Comparada -UFRN.
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Lilian Nabuco (2) comentou:
10/04/2012
E agora o Museu vai consolidar e expandir o trabalho começado na Escola. Que bom que você testemunhou e divulgou mais esta boa nova!
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Lilian Nabuco comentou:
10/04/2012
Mais uma bela surpresa nesta crônica, Bessa. Passei duas vezes na cidade Nísia Floresta a caminho da bela Lagoa do Carcará. Conversei com algumas jovens artesãs nativas que me falaram de Nízia com paixão, e foi comovente descobri-la viva no coração e na consciência delas, iluminando a sua busca por autonomia, participação e coragem. Aprenderam sobre Nísia desde cedo na Escola, sua vida e sua obra. Percebi que a preservação do passado alí apontava para um futuro promissor para aquelas mulheres.
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Elizabeth Nunes de Souza comentou:
08/04/2012
Super interessante. Esse artigo mostra a força da mulher brasileira. Parabéns!
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MNLM-AMAZONAS comentou:
07/04/2012
Resgatar é preciso! Formadora de opiniäo para a justiça, intectual orgänica, sensível aos oprimidos, Mulher com disposição libertária, jamais poderá ser esquecida.
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Jandir Ipiranga Júnior comentou:
04/04/2012
Uma Mulher pra sempre !!! E, como disse o mano Cocama: "para não esquecer". Show de crônica, Professor.
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Leila Jalul (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
Não fosse a lembrança do Professor Bessa, em tão belo artigo, jamais teria ouvido falar em Nísia Floresta. É que somos pobres de memórias e ricos em idolatrias. Valeu, professor!
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Martha Vilarinhos (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
Nísia Floresta tem de ser o que é: inesquecível, pela grandeza de sua história de vida
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Zilá (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
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Núbia Figueiredo (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
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william porto (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
Sempre um texto de qualidade. Bravos, Mestre Bessa.
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Hilda Canário (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
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Louise Cantareli (Blog Lima Coelho) comentou:
04/04/2012
Belíssima mulheragem a quem merece como Nísia Floresta
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Ademario Ribeiro comentou:
04/04/2012
Valeu Paulo Bezerra!!! Bessa é NE CES SÁ RIO à bessa! Precisamos continuar passandoo Brasil a limpo como propugnava o Darcy Ribeiro! Viiiiiida looonga ao José Ribamar Bessa Freire!
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Condocert P. Rezende comentou:
03/04/2012
Nísia Floresta Brasileira foi a única brasileira, que eu saiba, que conheceu Augusto Comte pessoalmente. Quando ela disse que era de Pernambuco, ele identificou geograficamente o Estado. Saúde e Fraternidade, Condorcet
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José Roberto Oliveira comentou:
02/04/2012
Maravilhoso artigo, resgatando a memória e o trabalho de uma verdadeira brasileira, que merece ser homenageada. Parabéns.
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Paulo Bezerra (3) comentou:
02/04/2012
Vânia em 06/11/2011, ás 00:00, Vc pautou 3 x o TAQUIPRATI. Relembre o seu post. "...Bessa. Com tua memória prodigiosa tu podias tirar do anonimato pessoas que passaram a vida se dedicando a uma instituição... Ex para pesquisa oral:Sor Cunha porteira do Colégio Sta Dorotéia; dois negros funcionários do Hospício o BAIANO e o Branca de Neve: o MINGAU DE CANELA pq tinha muitas sarnas (sic).
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celinho comentou:
02/04/2012
Essa, com certeza faz parte da nossa vida! Temos memoria historica que cada vez mais tem que ser divulgado! A essa obra, parabéns"Aínapo yákoe" (Terena da aldeia Cachoeirinha/Miranda-MS)
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Jotapeve comentou:
02/04/2012
Impressionante como a escola e a mídia bitolam a gente. É a primeira vez que ouço falar desta mulher e agora graças ao Bessa vou procurar saber mais sobre ela porque sem dúvida deve ter sido uma grande brasileira que foi esquecida pelos nossos educadores.
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Raffaele Novellino comentou:
02/04/2012
Mais uma personagem esquecida na nossa história... felizmente sendo recuperada pela memória da gente de sua terra; precisamos de muitas iniciativas desse porte para vivificar a nossa história - não a oficial - com tantos corajosos personagens ainda esquecidos nas poeiras dos tempos.
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Marília Xavier Cury comentou:
02/04/2012
Puxa, que evento incrível. Adorei a iniciativa desse museu. Quero conhecê-lo por seus propósitos, iniciativa e espírito de resistência. É impressionante a força da memória e das pessoas, individualmente ou em grupo. É nissi que devemos investir.
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Jô Freitas comentou:
01/04/2012
É motivo de orgulho saber da história de brasileira tão ilustre e pricipalmente nordestina. Mais uma bela crônica de Jose Ribamar Bessa Freire. Obrigada pela informação tão importante. Me sinto privilegiada em receber em meus emails o "Taqui Pra Tí" e posta-lo em meu facebook.
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Fernando Ferreira comentou:
01/04/2012
Moro no RJ e há 4 anos visito o RNorte, principalmente Natal. Na próxima visita pretendo conhecer o museu Nisia Floresta. Gostei da crónica, a frase que me chamou atenção foi: "Pioneira na luta feminista no Brasil e na América Latina, ela brigou pelos direitos da mulheres, dos negros, dos índios, de todos os humilhados".Hoje temos políticos e partidos bem conhecidos, que são contra os princípios da escritora Nisia, sendo alguns do RNorte. Gostaria de saber onde o nobre escritora lecionou no Rio.
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VÂNIA NOVOA TADROS comentou:
01/04/2012
EU..............PAULO QUIZ PAUTAR O TAQUI PRATI? NUNCA. QUANDO EU QUERO VER ALGUMA COISA ESCRITA EU MESMA A FAÇO. SEI ESCREVER E TENHO ESPAÇO PARA ISSO. O BESSA DEVE ESCREVER O QUE ELE QUIZER. VCS NÃO ME ESQUECEM, NÃO É.NEM QUANDO NÃO POSTO!
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Fernando Ferreira comentou:
01/04/2012
Moro no Rio de Janeiro e há 4 anos visito o RGNorte, principalmente Natal. Na próxima visita pretendo conhecer o museu Nisia Floresta. Gostei da crónica, mas a frase que me chamou atenção foi: Pioneira na luta feminista no Brasil e na América Latina, ela brigou pelos direitos da mulheres, dos negros, dos índios, de todos os humilhados. Hoje ainda temos políticos e partidos bem conhecidos, que são contra os princípios da escritora Nilsa, sendo alguns do RGNorte. Gostaria de saber onde o nobre
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Maria das Graças C. comentou:
01/04/2012
Parabéns Babá e agradeço a oportunidade de conhecer Nísia Floresta através do seu ótimo texto.
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Maria das Graças C. comentou:
01/04/2012
Parabéns Babá e agradeço a oportunidade de conhecer Nísia Floresta através do seu ótimo texto.
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selumiel michiles alencar comentou:
01/04/2012
foi muito legal a cronica ,professor saney gostaria que vc convidase para nos participar dos eventos
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Eder Franco comentou:
01/04/2012
Há alguns anos, quase me tornei um historiador por causa de figuras como estas, e de tantas vidas nobres que foram ocultadas do grande público. Compartilhar a vida desta D. Nísia é realmente dar voz a estas pessoas, para que suas lutas sejam lembradas e revividas. Ótimo texto, mestre!
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Roque S. de Souza comentou:
01/04/2012
Agradeço-lhe a oportunidade que me foi dada conhecer um pedacinho da existência da brilhante intelectual Nísia Floresta. Espero que o Museu contribua para visibilidade da autora do livro "A Lágrima de um caeté".
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Ana Stanislaw comentou:
01/04/2012
Obrigada Bessa! Você sempre mostrando os multi brasis, silenciados pela 'memoria oficial'. Muito boa!!!
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Maria Helena Pinheiro da Costa comentou:
31/03/2012
Por um acaso do destino passei e almocei na cidade de Nísia Floresta (RN) poucos anos atrás. Só depois é que tive o orgulho de saber quem era a mulher por trás daquele nome de cidade.Como bem disse o autor, escola ou livro algum andou citando o nome desta personagem importante de nossa cultura. Parabéns aos sensíveis e visionário que preservam a memória dessa mulher para as gerações vindouras através de um museu em sua cidade natal.
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Alexandre Gomes comentou:
31/03/2012
Crônicas que constroem a memória do nosso tempo...Grande abraço!
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Múcio Medeiros comentou:
31/03/2012
Que alento professor! Ler essa crônica que fala sobre "guerra da memória", num dia como esse 31/03 e sua cínica "comemoração". Essa mulher sim, fez uma REVOLUÇÃO com sua mediação generosa entre o Estado eticamente falido e aqueles que se encontram à sua margem e, contra aqueles que insistem em calam os humildes
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Paulo Bezerra (2a) comentou:
31/03/2012
Parabéns Babá, que você continue usando a sua pena em defesa dos “sem-vez” dos “sem-voz”.
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Paulo Bezerra (1a) comentou:
31/03/2012
...ou para socorrer aqueles em que a mídia se colocando unanimemente contra lhe negam qualquer possibilidade de defesa como foi o caso do Wellington na crônica 898 “Alô, Alô Realengo”.
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Paulo Bezerra (2) comentou:
31/03/2012
Portanto, me digam qual foi o Jornal, a Revista ou a TV que noticiou a morte da D. Yedda Linhares, D. Maria Pucú , Alcindo Moreira (Wherá Tupá), João Américo Peret, ou se noticiaram a formatura de algum indígena nas Universidades brasileiras ? N-E-N-H-U-M . Muitos desses personagens só chegaram ao nosso conhecimento e ganharam o nosso carinho e admiração através da pena do prof. Bessa. Certamente o desiderato da D. Nísia Floresta Brasileira Augusta não será diferente. Parabéns Babá, que você co
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Paulo Bezerra (1) comentou:
31/03/2012
Um dia desses perguntei a um colega se ele havia lido a última crônica do TAQUIPRATI. Ele disse: Não, ultimamente o Bessa só fala de índio, tanta coisa acontecendo no cenário nacional. E ele só fala de índio. Aí me lembrei que eu como a Vânia Tadros e muitos outros já quisemos “pautar” o TAQUIPRATI. Ocorre que – se eu tiver errado me corrijam – o Babá escreve dando voz e vez para aqueles que são esquecidos da grande mídia ou para socorrer aqueles em que a mídia se colocando unanimemente contra
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