CRÔNICAS

Reynaldo, lá se foi nosso jardim

Em: 06 de Fevereiro de 2011 Visualizações: 42332
Reynaldo, lá se foi nosso jardim

Poeta e jornalista Reynaldo Jardim (1926-2011)

Lá se foi nosso Jardim, levando pra outra galáxia um pouco da poesia e do sonho que nos acalentou. Poeta e jornalista, 84 anos, Reynaldo Jardim decolou na madrugada da terça-feira do Hospital do Coração, em Brasília. No dia anterior, pediu à sua mulher Elaina Daher:

- “Não quero choro nem vela, só samba”.

No velório, no Teatro Nacional, parentes e amigos se despediram, tristes, mas cantando. Houve só “choro de flauta, violão e cavaquinho”. Se dependesse do Reynaldo, a mulata da fita amarela, do samba de Noel Rosa, sapatearia sobre seu caixão, desmoralizando a morte. É a cara dele.

A notícia circulou nos principais jornais do país. O Globo, com chamadinha discreta, remeteu o leitor para o Obituário. A Folha de S. Paulo, estranhamente, deu no Caderno Poder, além da homenagem de Jânio de Freitas em sua coluna. O Estadão, sisudo e pedante, informou que “Silveira escreveu livros de poesia”, que “Silveira criou o Caderno B do Jornal do Brasil”. O “jornalismo investigativo” descobriu que o poeta carregava, além de flores, um sobrenome que nunca usou.

Esperamos as colunas dos amigos de Reynaldo, Zuenir Ventura e Ruy Castro, no sábado, mas eles abordaram outros temas. Zuenir escreveu sobre seu cálculo renal, e Ruy Castro sobre a morte da atriz Maria Schneider do filme “O último tango em Paris”.   

Os critérios usados pela mídia para hierarquizar a notícia não são os mesmos que cada um usa quando faz seu próprio jornal, íntimo e pessoal. Quem conviveu com Reynaldo Jardim, mesmo por pouco tempo, abriu dentro do peito uma foto dele sorridente com manchete em oito colunas, anunciando sua partida em letras garrafais. Ela nos afetou mais que o “sacrifício” do Sarney, a vitória do Flamengo, o apagão no Nordeste, a morte de Maria Schneider ou a crise do Egito. E não apenas por razões afetivas, mas pelo lugar dele na poesia, no jornalismo e na cultura brasileira.

Rey, o jornalista

Jardim, o multimídia, tocou vários instrumentos: jornal, revista, rádio e TV. Liderou a reforma gráfica do Jornal do Brasil e ali criou o Caderno B e o Suplemento Dominical que se tornou um ninho de poetas e escritores e um modelo para outros jornais. Bolou o sistema “música e informação” da Rádio JB, atuou em outras rádios e marcou toda a radiofonia brasileira, como destaca Jânio de Freitas. Dirigiu o telejornalismo da TV Globo, recém-inaugurada, obtendo o primeiro lugar na audiência ao colocar câmeras no telhado e no terraço da emissora para transmitir as cenas da enchente de 1966.

Ele dirigiu Senhor e Panorama, foi redator das revistas O Cruzeiro, Manchete e Bundas e fez romaria por todo Brasil, do Oiapoque ao Chuí, revolucionando a roupagem de velhos jornalões. Reformou três jornais no Paraná, dois em Brasília, o Diário da Manhã, de Goiás, O Liberal no Pará e tantos outros.

Por onde passava, deixava as redações contaminadas com sua alegria e seu jeito de tratar a notícia. Foi assim n'A Crítica, de Manaus, onde tomou banho de igarapé, pescou, namorou, modernizou a linguagem e a diagramação, fez poesia e amigos, arejou pessoas e deixou saudades. Umberto Calderaro, responsável por sua contratação, nunca esqueceu a revolução em seu jornal, conforme me confidenciou várias vezes, depois que soube das aventuras que compartilhei - que privilégio! - com Reynaldo Jardim.

A primeira delas foi no jornal-escola O Sol, um diário do Rio de Janeiro, que começou, em 1967, como suplemento do Jornal dos Sports, um projeto gráfico inovador elaborado por Reynaldo e Ana Arruda Callado. Revoltou-se contra a embalagem da notícia, sempre a mesma fórmula em todos os jornais: lead, sub-lead... Ele nos fez redescobrir o prazer do texto, da ousadia, da inovação.

Lá, n’O SOL, um dia, quando a redação, dividida, discutia acaloradamente sobre a melhor manchete, sem chegar a um acordo, Reynaldo chamou o porteiro que decidiu o que era melhor para o leitor. Essa é uma lição de jornalismo que poucos cursos são capazes de dar. Depois disso, me parece evidente que o porteiro, como leitor, é que deve ser o árbitro.

Quando O SOL entrou em ocaso, dezembro de 1967, Reynaldo, Ana Callado e seus 50 repórteres criaram uma cooperativa jornalística que editou durante alguns meses o semanário Poder Jovem, vendido nas ruas por nós mesmos. Um dia, fui flagrado por meu primo Sebastião Mendonça, na Praça Mauá: - Você é jornalista ou jornaleiro?  – me perguntou ele, surpreso. É que, com Reynaldo, os limites dessas coisas ficavam difusos, a gente fazia tudo e qualquer coisa, até televisão, se fosse preciso. 

Foi preciso. A TV Continental, com Fernando Barbosa Lima, convidou Reynaldo, em 1968, para o Jornal de Vanguarda e ele levou pra lá a minha juventude e inexperiência. Era a época das grandes passeatas estudantis. Saí para cobrir uma delas. O centro do Rio era uma praça de guerra com a adesão dos offices boys que jogavam pedras na polícia. Do alto de um edifício na Rua México, alguém atirou uma máquina de escrever que caiu sobre o ombro de um policial, obrigando-o a soltar um manifestante preso. Podia ter acertado o jovem, que teve sorte e se escafedeu.

- Deus é estudante – eu disse, depois de relatar o fato. Reynaldo ouviu atentamente. No Jornal de Vanguarda, ele fazia um poema por dia, comentando em versos o acontecimento mais importante. Nessa noite, cada estrofe do poema que ele escreveu terminava com o verso: “Como disse Riba, Deus é estudante”. Reynaldo Jardim, o Pitangui dos jornais, foi uma usina de versos.

O poeta

Quando O Sol estava nas bancas de revista, Reynaldo assistiu a um show da Maria Bethânia, entrou em transe e escreveu de uma só golfada Maria Bethânia, Guerreira, Guerrilha, onde nos contava que

“o fogo do sonho / não é fogo de palha /

 tem o corte seco / da seca navalha /

no capim mimoso / o fogo se espalha”.

Foram dez livros de poesia, o último Sangradas Escrituras, com todos seus poemas em mais de 800 páginas, foi lançado há um ano. Vale a pena uma pequena amostra.

No poema Pórtico dos Fundos, ele define sua relação com a poesia, com a arte e com a vida:

Afinal de contas / nem gosto tanto assim de poesia. 

Gosto mais de música. Só música / sem palavras nem aplausos. 

De pintura. Só pintura / Sem teoria ou mensagem.

De cinema. Só cinema / sem mesa redonda / nem voto popular.

E da vida / sem título / sem vínculo /sem legendas”.  

Canta Reynaldo em Sangradas Escrituras:

Se eu quiser falar com Deus,tenho que abaixar a crista,

tenho que seguir à risca o que o Gil nos ensinou.

Tenho que aguardar na lista minha vez, minha audiência,

uma vaca de paciência, ruminando meus pecados.

Quando chegar minha vez, tenho que soltar o grito.

Pois daqui ao infinito, Deus não vai me escutar.

Ele está ficando surdo, já não enxerga direito.

Contragosto e contrafeito com o mundo que criou.

Antes de falar com Deus, eu arrumo um pistolão.

Pode ser Antônio ou João, qualquer santo de prestígio.

Tenho que levar presentes, minha alma, meu delírio,

a luz acesa de um círio, que ele está na escuridão”.

Desafiante, quase insolente, o poeta prossegue:

“Se eu quiser, mas eu não quero,

Que esse Deus é prepotente.

Ele é onipresente, só não está onde estou.

Se quiser falar comigo, não atendo o celular.

Não deixo a mesa do bar, que esse chope está demais.

Eu só vou falar com Deus,

quando ele matar a fome dessa criança

sem nome, que não para de chorar.

Quando ele descer do céu e vir que cada menino,

sem presente, sem destino, precisa de um beijo seu”.

Foi Reynaldo Jardim que me encaminhou para trabalhar em O PAIZ, ressuscitado em 1968 pelas mãos de Joel Silveira, Newton Rodrigues e Félix de Athayde. Foi ele também que no ano seguinte me levou como repórter especial para o CORREIO DA MANHÃ, cujo chefe de redação era Franklin de Oliveira. Depois de oito anos de exílio, só voltei a vê-lo, em 2006, no lançamento do documentário Caminhando contra o vento, de Tetê Moraes e Marta Alencar, que conta a trajetória do jornal O SOL. Foi ai que ele me perguntou:

 - O que você acha de fazermos O SOL outra vez?

O entusiasmo de Jardim é contagiante. Topei na hora, mesmo sabendo que era brincadeira. Mas com Jardim, o legal é que tudo é brincadeira, incluindo as coisas mais sérias. Estimulado pelo fogo do seu sonho, que no capim mimoso se espalha, a gente faz qualquer coisa. Serei até jornaleiro, outra vez. Agora, que ele partiu, na contramão lhe digo: Não descansa em paz, meu amigo. O descanso é para os mortais. A tua poesia continua agitando e incendiando o mundo.

 

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31 Comentário(s)

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Edinalda comentou:
29/07/2023
Seu texto ‘cartografa’ tão belamente o poeta Reynaldo Jardim, que corri para conhecê-lo como ele merece! Sou membro da Academia Campista de Letras ( Campos dos Goytacazes) e vou dedicar uma semana para publicar textos dele diariamente! Quero levar esse ‘jardim’ para outras pessoas! Muito obrigada! Abraço!
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Loyuá comentou:
19/04/2020
Que profundo, Bessa! Saber mais sobre uma vida com tantos sentidos acalenta e dá coragem à vida de quem continua aqui. A caminhada sempre continua!
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Hans comentou:
14/02/2011
Hans Caro Bessa Não conheci Reynaldo Jardim,mas por sua magistral homenagem a ele, pude ter uma imagem muito plástica e pertinente.A mulata de fita amarela, dançando sobre o seu caixão, desmoralizando a morte é uma imagem simplesmente supimpa! Seria desejável que cristãos/ãs tivessem um pouquinho mais dessa postura afirmativa da vida! abraços,
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Amarildo Pimental (de novo) comentou:
13/02/2011
Desculpa, não quero ser chato. No entanto, é importante fazer o registro. Hoje, domingo, 13 de fevereiro, duas semanas depois da morte de Reynaldo Jardim, Ferreira Gullar, em sua coluna dominical na FOLHA, traça um perfil do Rey sob o título "Um fazedor de espantos".
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Amarildo Pimentel (outra vez) comentou:
11/02/2011
A coluna do Cony na Folha de São Paulo (11/02) homenageia Reynaldo Jardim. Cony diz que Jardim compôs um romance com apenas 3 palavras: Homem, Terrra e Lua. São cem páginas, com as 3 palavras se aproximando e se afastando uma das outras, relatando o voo de Gagarin ao espaço. "Coisa de gênio"- diz Cony
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Luiz Carlos Sá comentou:
09/02/2011
Reynaldo curou minhas fraquezas, me deu amor próprio e confiança no meu trabalho. Sua única mentira foi me fazer pensar que ele sempre estaria aqui para conversarmos mais uma vez. Beijos, abraços e saudades de todos vocês. E dele, agora, mais ainda.Sá
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Amarildo Pimental comentou:
09/02/2011
Zuenir Ventura não lê o Diário do Amazonas, nem frequenta blogs como Taquiprati. Alguém o avisou, porque hoje (09/2011), oito dias após a morte de Jardim, de quem era amigo, ele escreveu:“Não conheci na minha longa vivência de redações jornalísticas alguém que intelectualmente tenha sido tão anárquico e inventivo, tão inquieto e estimulante. Jornalista, poeta, designer e artista gráfico de igual talento, é difícil olhar para um jornal moderno no Brasil sem perceber a contribuição dele”. Ah, bom
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Ana comentou:
08/02/2011
Pelo visto o Reynaldo não era o único poeta, não é mesmo? Bela homengam ao teu amigo que, com certeza, gostou do texto. Assim como nós.
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Alberto Lyra comentou:
07/02/2011
Publiquei um poema do Reynaldo, do livro 'Joana em Flor', 1975, aqui: http://www.letteri.blogger.com.br/2004_12_01_archive.html#34383256 Só o conheci pelos livros e por sua atividade jornalística: Grande Reynaldo Jardim, saudade!
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Pedro Porfirio comentou:
07/02/2011
Estou te enviando meu livro Confissões de um Inconformista. Quanto ao JARDIM, gostei muito do que você escreveu. Mas acho que omitiu que ele foi para o CORRREIO DA MANHÃ juntamente com o Jânio Freitas e reformou o segundo caderno, chamando-o de ANEXO. Você não falou nesse fato, em 1962. Lembra?
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Sebastião Mendonça comentou:
07/02/2011
A internet tem espaço que ultrapassa nossas fronteiras para crônicas como a tua, de bela homenagem a Reynaldo Jardim, enquanto a maioria da imprensa sobrevive apenas da notícia que vende. Nota: Hoje de bom senso eu diria: "me deixa ser o jornaleiro?"
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Múcio Medeiros comentou:
07/02/2011
Caríssimo Professor Bessa, conheci o querido Reinaldo Jardim no ensaio de Rei da Vela com direção de Hugo Rodas... Infelizmente outros compromissos me afastaram do projeto.
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Lilian Costa Nabuco dos Santos comentou:
07/02/2011
Com a partida de Reynaldo ficamos mais uma vez órfãos,como ocorreu quando se foram Darci,Tom,Vinícius e outros tantos artistas e poetas.Estimulados pelo fogo dos seus sonhos a gente ousa sonhar,abrir caminhos.Sem eles o mundo parece mais triste, menos esperançoso.Aliás,como não querer que exista outra vida para poder reencontrá-los? Felizmente temos pessoas como você para manter a chama viva, como nesta crônica, que nos faz relembrar Reynaldo de forma tão bonita, de um jeito tão seu e tão dele.
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Itauruna comentou:
07/02/2011
Gosto de poesia. Amei a amostra dos poemas do Reynaldo Jardim, que eu não conhecia;. Obrigado por me fazer conhecer. Moro no Alto Solimões, aqui não existe livraria. Procurei na internet para baixar não consegui. Como é que faço para adquirir um exemplar de Sangradas Escrituras?
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Lilian Costa Nabuco dos Santos comentou:
07/02/2011
Com a partida de Reynaldo ficamos mais uma vez órfãos, como aconteceu quando se foram Villa, Darci, Tom, Vinícius, Pellegrino e outros tantos artistas e poetas. Estimulados pelo fogo dos seus sonhos a gente ousa sonhar, abrir caminhos. Sem eles o mundo parece ficar mais triste, menos esperançoso. (Aliás, como não querer que exista outra vida para poder reencontrá-los?). Felizmente temos pessoas como você para manter a chama viva, como nesta crônica, que nos faz relembrar Reynaldo de forma tão b
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Marilza Foucher (da França) (2) comentou:
06/02/2011
Hommage aux poètes Salut à toi poète, Jardinier universel.Du plus humains des sentiments.Une magie suggestive,De sensibilité débordante, Source profonde de l’inspiration. Moi lecteur, je rentre dans ta cité, Je marche dans les rues timidement,Je vois les murs peints de mots, Transcrits de sonorités et beauté.
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Marilza Foucher (da França) (1) comentou:
06/02/2011
Poèmes d’amour, de résistance,Poèmes de révolte, d’utopie.Je suis enchantée par ta magie, De pouvoir rêver éveillé. La source de la poésie c’est le cœur.Elle se propage et irrigue l’esprit. L’impossible devient réel,Aux lueurs de l’aube, les rêves Se transforment en réalité,Rêve et action, Au service de l’humanité.
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Mairilza Foucher (da França) comentou:
06/02/2011
Poetas e escritores hoje,são desconhecidos por grande parte da juventude. Sua crônica é uma aula à iniciação à leitura que os professores de literatura ai no Amazonas poderiam utilizar para que os jovens se apropriem também da historia de escritores e poetas que honraram o jornalismo brasileiro. Como eu gosto de brincar com a sonoridade e sentido das palavras mes mo sem ter o dom da poesia, ofereço ao Poeta Reynaldo Jardim essa pequena homenagem escrita em originalmente em francês.
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moema comentou:
06/02/2011
muito linda sua homenagem, essa cronica é que tinha de sair nos outros jornais
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Conceição Campos comentou:
06/02/2011
Bessa querido, lindos os versos do Jardim, lindas as palavras da sua crônica. Obrigada por mais essa e saudades. Conceição
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Tadeu comentou:
06/02/2011
Obrigado, Bessa! Linda crônica, eu não sabia que você era “cria” do Reynaldo. Há anos tínhamos algum convívio com ele em Brasilia e em Pirinox, por conta de amigos comuns. Ele foi secretário da Cultura do DF.
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Monica Alfradique comentou:
06/02/2011
Você esqueceu de dizer que o poeta Ferreira Gullar que escreve todos os domingos na Folha de São Paulo também silenciou sobre o amigo dele, Reynaldo Jardim, poeta como ele, jornalista como ele. Se até os amigos esquecem, pra onde vai a memória desse país? Com querem que as novas gerações saibam quem foi Reynaldo Jardim, se os responsáveis por transmitir essa memória se omite?
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Silvio Tendler comentou:
06/02/2011
Conheci o Reynaldo em Brasíla. Era um figuraço. Deve estar semeando alegria naquel tédio que deve ser céu. Tomara que encontre logo a mesa do Vinicius, Pixinguinha, Cartola e outros próceres da alegria. Aqui na terra tô com saudades de você, Abraços
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Paulo Bezerra comentou:
06/02/2011
Excelente homenagem. A Obra do "Rey" lembra muito Saramago. A sua poesia neoconcreta expressa nos livros "Paixão segundo Barrabas" e "Sangradas Escrituras" se assemelha ao "O Evangelho segundo Jesus Cristo" e "Caim" do poeta português. A diferença é que um é conhecido e distinguido internacionalmente (Nobel de1998) e, o outro morreu quase ignorado pela mídia nacional. Até quando BRASIL ?
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Paulo Bezerra comentou:
06/02/2011
Excelente homenagem. A Obra do "Rey" lembra muito Saramago. A sua poesia neoconcreta expressa nos livros "Paixão segundo Barrabas" e "Sangradas Escrituras" se assemelham ao "O Evangelho segundo Jesus Cristo" e "Caim" do poeta português. A diferença é que um é conhecido e distinguido internacionalmente (Nobel de1998) e, o outro morreu quase ignorado pela mídia nacional. Até quando BRASIL ?
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vania tadros 2 comentou:
06/02/2011
Schneider e Marlon Brando com o "Último Tango em Paris" fizeram um corte na história cinematográfica tratando um tema sensual com uma delicadeza que emociona . Mesmo que Maria não fosse bonita, a qualidade de sua interpretação ao lado do vetererano e genial Brando não pode ser esquecida e sua morte pranteada. A falta de luz no nordeste, interompendo procedimentos cirúrgicos sérios, precisava ser analizado com enfase.
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vania tadros comentou:
06/02/2011
Eu não sou jornalista mas fazendo o papel do porteiro do jornal dou a minha opinião.O blackout no Nordeste, a morte de Maria Schneider e, principalmente, a luta do povo egípcio pela independência tinham que ser as mais destacadas notícias da semana, Schneider e Marlon Brando com o "Último Tango em Paris" fizeram um corte na história cinematográfica tratando um tema sensual com uma delicadeza que emociona .
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
06/02/2011
O blackout no Nordeste, a morte de Maria Schneider e, principalmente, a luta do povo egípcio pela independência tinham que ser as maiores notícias da semana, Schneider e Marlon Brando com o "Último Tango em Paris" fizeram um corte na história cinematográfica tratando um tema sensual com uma delicadeza que emociona . Mesmo que Maria não fosse bonita, a qualidade de sua interpretação ao lado do vetererano e genial Brando não pode ser esquecida. A falta de luz no nordeste, interompendo procedimen
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André Ricardo comentou:
05/02/2011
parabéns pelo privilégio de ter tido um amigo como esse! gostei da poesia, mas, data venia, quero sugerir um poema que fala bem melhor sobre "essa criança sem nome": Prece do brasileiro, de Carlos Drummond.
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Zeze comentou:
05/02/2011
Ele não apenas nos ensinou o que de melhor havia no jornalismo, ele nos tornou pessoas melhores. Foi poeta, foi jornalista, foi amigo. Que Deus se prepare, não vai ser fácil conviver com ele.
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Hudson Braga (Diário do Amazonas) comentou:
05/02/2011
Volto a este -email, mesmo nos últimos minutos que tenho para finalizar esta ediçaõ de domingo, para lhe parabenizar, professor Bessa, pelo texto, emocionante, cheio de vida. Que viva Reynaldo Jardim!
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