CRÔNICAS

Manaus, meu sonho: essa Manaus que se foi

Em: 30 de Janeiro de 2011 Visualizações: 42701
Manaus, meu sonho: essa Manaus que se foi

"Manaus, terra das florestas, terra das castanhas e dos seringais. Manaus, terra dos Barés, dos igarapés, rios colossais".          (Hino a Manaus. Letra de Madre Dias).

A peruana Chabuca Granda, conhecida por muitos brasileiros depois que duas de suas músicas - Fina Estampa e La flor de La canela – foram gravadas por Caetano Veloso, canta a cidade de Lima em algumas valsas memoráveis. Numa delas, ‘Lima de verdade’, demonstra amor pela cidade onde viveu, mas confessa que a fonte de sua inspiração não é a Lima moderna, “de carne e osso” – digamos assim - mas a velha cidade que está dizendo adeus: La Lima antigua que se va.

As alamedas, ruas, becos e praças, as pontes sobre o rio, os jardins, os balcões coloniais, as sombras que ocultam miradas, os passos de dança da marinera, o charme de suas mulheres, as cores, os cheiros e o som da cidade – nada escapa aos olhos observadores de Chabuca. Em outra valsa diz que “essa Lima que se distancia e se perde na lembrança é uma bela senhora, cheia de mistério e de tempo”. Entrega, então, a Lima de mis amores a um cavalheiro que vem de longe.

Lembrei-me da cantora peruana, visivelmente enamorada de sua cidade, ao ler o livro organizado por Joaquim Marinho – Manaus meu sonho – publicado pela Valer. Ele também está enamorado. Vem paquerando Manaus desde sempre, chegou a ter um caso com a cidade – que a Silene me perdoe a inconfidência – quando dirigiu o Departamento de Turismo do Amazonas. Foi aí que convidou Ziraldo, Henfil, Fernando Sabino e outros cavalheiros vindos de longe, a quem pediu que ajudassem a cuidar da Manaus de mis amores.

Manaus meu sonho

O livro, editado com cuidado, reproduz fotos de Manaus antiga. Marinho se recusa a dar adeus àquela cidade que só existe na nossa lembrança. É como se ele teimasse em nos dizer que ela continua existindo porque está dentro de nós, em nosso pensamento. Penso, logo ela existe. Ele se queixa que tentaram destruir tudo: o porto flutuante, o entorno da Manáos Harbour, “até as mais novas ameaças de fazer um porto em frente ao Encontro das Águas”:

“Merecemos continuar a ser a cidade sorriso, e mesmo com tantos milhões de carros, ar-condicionados e toneladas de asfalto para atender os quase dois milhões de habitantes, nos dias de hoje, temos de preservar a floresta, os rios, os animas e a nossa gente (...)”.

Esse é o foco central do livro, que traz textos de quinze autores. Renan Freitas Pinto recupera o etnólogo alemão Theodor Koch-Grunberg, que passou por Manaus em 1903 e retornou em 1911, testemunhando as mudanças sofridas em oito anos.

No dia 27 de maio de 1911 cheguei a Manaus. O porto está irreconhecível. A Companhia Manáos Harbour o modernizara inteiramente. Por todas as partes erguem-se grandes armazéns. Os transatlânticos atracam imediatamente em suas plataformas flutuantes, pelas quais se desembarca facilmente. Pelas toscas ruas correm e saltam os automóveis. A cidade perdeu por certo muito de seu panorama, antes tão encantador”.

Observa Renan o confronto entre duas cidades. Os sentimentos do visitante estão divididos, mas parece que estão mais próximos da cidade que deixara de existir, “daqueles elementos de Manaus que a identificavam mais claramente como uma cidade amazônica, com um modo de ser impregnado de elementos mais locais do que cosmopolitas”.

Nessa mesma linha insistem dois autores que passaram por Manaus em 1970: Fernando Sabino e Ziraldo. Sabino comparece com uma crônica, onde apresenta as palavras de um presidente africano como diretrizes ideais para Manaus:

“A herança que nos legaram nossos antepassados é a beleza natural de nosso país. São os nossos caudais, nossos rios, nossas florestas, nossas montanhas, nossos animais, nossos lagos, nossos vulcões e nossas planícies. Em uma palavra: a natureza é parte integrante, inseparável e real da nossa essência peculiar”.

O livro reproduz desenhos de Ziraldo, que converteu a floresta amazônica em formas geométricas e coloridas. Ele fala de sua experiência: “Quando, enfim, pude conhecer de perto o rio e a mata colossal que o contém, descobri que era preciso inventar outro jeito de contar para todo o mundo o susto do meu olhar. As cores da Amazônia são as do começo do mundo!”. Será? Vamos ver. Fala, Márcio Souza!

Vê bem, Maria

Num livro de Marinho não podia faltar seu parceiro de sempre, o escritor Márcio Souza, com seu estilo ferino e provocador. Ele critica prefeitos e administradores da capital amazonense e sobra pra quem enfiar a carapuça:“Manaus é a cidade mais odiada do mundo, cidade acostumada a apanhar na cara, a ser violentada, a ser roubada vergonhosamente pelos seus amantes. Cidade puta”.

O ator Ediney Azancoth lembra “os anos em que vivemos na escuridão”, no final da guerra, os bondes que paravam com o corte de energia, as lanternas, os lampiões apagados nos postes de ferro, as lamparinas de querosene, o som inaudível do rádio, as manifestações teatrais e, finalmente, o oásis de luz, único refúgio de alegria e diversão: os cinemas que tinham gerador próprio.

O mais amazonense de todos os paraenses, José Seráfico defende: “Manaus, a despeito das sucessivas tentativas de desfigurá-la, é uma cidade bela” – diz, mas condena a violência ambiental: “Se ontem aterrar igarapés e promover o sacrifício de espécies florestais não significava mais que adequar-se aos padrões de modernidade admitidos, desde a reunião de Oslo (1972), isso se tornou cada dia mais questionado”.

Vale a pena ler a carta escrita por Tenório Telles ao poeta Quintino Cunha, autor do poema ‘Encontro das Águas’. Tenório suspeita que o poeta estava apaixonado quando escreveu esse poema: “Vê bem, Maria, aqui se cruzam: este / é o Rio Negro aquele é o Solimões./ Vê bem como este contra aquele investe,/ Como as saudades com as recordações”. O poema termina: “Se esses dois rios fôssemos, Maria / todas as vezes que nos encontramos,/ Que Amazonas de amor não sairia / De mim, de ti, de nós que nos amamos”.  

Os outros autores são: João Bosco Araújo, Domingos Demasi, Tricia Cabral, Ulisses de Azevedo Filho, além dos poemas de  L. Ruas, Aldisio Figueiras e Ornan Correa, todos eles sobre Manaus. Vale a pena conferir.

Os textos são de qualidade. Nada que lembre o deputado Josué Filho, que num comício no bairro Alvorada II, em 1992, comparou Manaus a “uma linda mulher, uma noivinha de véu e grinalda, que durante as eleições procura um noivo perfeito para se casar”. Diante dos pretendentes à mão da noiva, só resta lembrar o irreverente escritor irlandês Bernard Shaw: “O primeiro homem que comparou a mulher a uma rosa era um poeta. O segundo, um perfeito imbecil”.

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29 Comentário(s)

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aninha comentou:
06/04/2011
O certo e que nao podemos, nem temos como deter o crescimento das populacoes e das cidades. Temos sim que estudar e elaborar formas de crescimento com rigor etico, respeitando o ambiente, as populacoes inseridas em tais realidades, levando em consideracao suas necessidades, etc. Tudo deve seguir um padrao etico , considerando em primeiro lugar o respeito ao meio ambiente . Olhando por ai, me entristeco ao sair divagando por Manaus, quando percebo que ela cresceu desordenadamente, sem planos de
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Jandir Ipiranga Júnior comentou:
24/03/2011
A Manaus que eu amo e onde eu cresci ainda existe. Mas, somente em minhas lembranças. Os igarapés, o centro histórico e tantos lugares acolhedores. Outro dia em viagem de férias visitei o Grupo Escolar Euclídes da Cunha na Cachoeirinha. Estive lá e mostrei aos meus filhos as salas de aula onde estudei. Sabe de uma coisa ?! Continuo apaixonado. O livro do J. Marinho em breve estará na minha estante.
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Valkimar Paulino comentou:
17/02/2011
Manaus cidade maravilhosa quem te viu e quem te vê, pacata, bonita e charmosa que o "dudu praga" fez perecer...
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André Ricardo comentou:
01/02/2011
Bessa, perdi o seu email. Se puder me mande um, só pra eu responder com mais uma daquelas mensagens chatas. abs
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Ana comentou:
01/02/2011
Achei Manuas uma das cidades mais linda que conheci. Mas, me surpreendi com o caos do trânsito, com a falta de infraestrutura dos transportes urbanos, com os problemas ambientais e o descaso das autoridades. O mercado central já está aberto?
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Osiris Silva comentou:
31/01/2011
Aurélio,Que seu grito seja o de todos nós.Mas que seja um grito de atitude, coragem, chamamento à luta, reação, aglutinação de forças, agir.Dia 14 de março lanço meu livro - GYMNASIANOS - no qual tb abordo o caos que placidamente se instalou, sem solução previsível, em nossa cidade tão bem documentado pela Claudia Jatahy. Detalhe: sabia que, não obstante, Manaus tem um Plano Diretor?Tem. Muito bem guardadinho em uma gaveta da Comuna. Eis, pois, o primeiro passo: desengavetá-lo e fazê-lo cumprir.
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Aurelio Michilles (1) comentou:
31/01/2011
Ainda não tive a oportunidade de ler o livro do Joaquim Marinho, mas já gostei. Como escreveu (lá nos anos sessenta!) o psicanalista e militante politico franco-martinica (?) Frantz Fanon: "Cada geração tem num curto espaço de tempo, uma missão. Cumpre-se ou trai-se."Vejo assim o depoimento deste amazonense-luso e que tanto fez na área cultural da nossa cidade. Todas as vezes que visito a nossa cidade fico com aquela espinha de peixe engasgada na garganta, quero gritar, urrar feito um tarzan...
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Aurelio Michilles (2) comentou:
31/01/2011
...que nada, saio feito cão sarnento perambulando pela cidade em ruínas, com suas edificações carcomidas, suas pontes de ferro ao léu transformadas em viadutos e seus igarapés asfaltados, quarteirões inteiros desmoronando-se, o Paço da Liberdade testemunha de lutas heróicas ali está...ferido mortalmente, jogado à insignificância dos insensíveis e obtusos administradores mancomunados com o silêncio coletivo.Não podemos permitir que o Teatro Amazonas seja um "forte apache" cercado de cara-pálidas
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Aurelio Michilles (3) comentou:
31/01/2011
o centro histórico é bem mais, o centro histórico é nossa História, nossa consciência, têm filhos, netos, pai, mãe, avó e trisavó...É a cidade e sua História, é a floresta e seu Banco Genético.Nisto tudo não existe nostalgia, sim, quero o presente, mas este presente sem passado tb não tem origem, não tem ventre livre e nem é mesmo um filho da puta, é um nada sob lavagem cerebral.Viva a vida! Viva a arte! Viver e preservar é mais do que preciso! Uirapuru tá cantando!(Narciso, Milton sabem disso)
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João Barros Carlos comentou:
31/01/2011
O tema da coluna é ótimo para debate, porém, é impossível, hoje, ressuscitar aquela Manaus província (carente de tudo, inclusive de água tratada e energia elétrica) O ("progresso"?), os imigrantes, os governantes não permitem. Manaus ficou ennooooorrme. Oh! Nostalgia...
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André Ricardo comentou:
31/01/2011
Não sou bairrista. Gosto de Manaus por conhecê-la bem. Lamento muito por depredarmos nossos igarapés, que poderiam ser nossas praias urbanas.Como nas capitais litorâneas, deveríamos andar de ônibus pela cidade e ver a população tomando banho nessas águas geladas.
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Almir comentou:
31/01/2011
se vc pude,r dá mais uma cutucada na ponte que liga mao-iranduba, olha o nosso dinheiro parado e estragando e o povo mofando 3 a 4 horas do outro lado esperando para atravessar. isso foi dia 30/01/2011 é uma humilhação, tortura, um derespeito . e ainda dizem, eu amo manaus, manaus meu ciume, etc, etc quem é manaus , o povo.
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Sérgio Souto comentou:
31/01/2011
Parabens Babá! Lindo texto! Abração!
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José Riba Bestafera (Blog da Amazonia) comentou:
31/01/2011
A beleza manauara está em seus patrimônios histórico e natural.
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José Alberto (1) comentou:
31/01/2011
Muito linda, ficamos aflitos com o que está acontecendo com nossa Manaus. Lembra da segunda ponte na época das festas juninas que os bois bumbás se encontravam em sentido oposto e a porrada comia na 7 de Setembro, numa dessas brigas jogaram a catirina de um deles ponte abaixo,ainda bem que o igarapé estava cheio.
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José Alberto (2) comentou:
31/01/2011
Hoje não tem mais o igarapé.que saudades daqueles tempos que fazíamos o circular a pé de noite, da Aparecida a Cachoeirinha,procurando brincadeiras,onde só rolava o famoso leite de tigre (cachaça misturada com leite condensado)
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Andreas Valentim comentou:
30/01/2011
Bela crônica, Bessa. Adorei o final. Vou encomendar o livro. Deve ser maravilhoso.
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Marilza de Melo Foucher - 1 (de Paris) comentou:
30/01/2011
Para nosso amigo grande Joaquim Marinho, envio esse poema escrito depois de uma viagem a Manaus em 2006, intitulado: ‘Deambulações urbanas’. Deambulo sem pressa pelas ruas / Busco nos rastos do passado / Meu território de saudades / Cidade emergida das águas / A Capital mestiça de encantos /Hoje, fragmentos de lembranças / Outdoors encobrem tua memória / O passado some nas esquinas... /
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Marilza de Melo Foucher - 2(de Paris) comentou:
30/01/2011
Marilza de Melo Foucher - 2(de Paris) ...Eu, transeunte perdida.../ Busco-te nessa malha urbana/ Manaus cadê tua cara humana?/ A esquina do fuxico se calou / A solidão social se instalou / O progresso te devorou? / Minha cidade se desfigurou / O sino da matriz se calou /Piso na sombra de meus passos / É meio dia: Final de percurso.
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Marilza de M.Foucher comentou:
30/01/2011
Para nosso amigo grande Joaquim Marinho: Deambulações urbanas Deambulo sem pressa pelas ruas, Busco nos rastos do passado Meu território de saudades... Cidade emergida das águas, A Capital mestiça de encantos. Hoje, fragmentos de lembranças, Outdoors encobrem tua memória, O passado some nas esquinas... Eu, transeunte perdida... Busco-te nessa malha urbana. Manaus cadê tua cara humana? A esquina do fuxico se calou... A solidão social se instalou. O progresso te devorou? Minha c
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
30/01/2011
O escritor panamenho naturalizado mexicano, um dos melhores entre os latino-americanos, Carlos Fuentes, afirmou: NÃO SE CONSTRÓI EM CIMA DO NADA POR ISSO A TRADIÇÃO TEM QUE SER MANTIDA. Em Manaus a tradição foi detonada diversas vezes em toda a sua história. Com exceção do Bairro da PRAÇA 14, que manteve parte de seus costumes, nos outros locais perdeu-se. Ficou a PRAÇA SÃO SEBASTIÃO que,RECENTEMENTE, mudaram o nome para LARGO, para os manauaras fazerem dela a sua DISNEYWORLD do passado. Lá o po
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
30/01/2011
OS MANAUARAS DE CARATÉR SÓ ESCREVEM, INCLUSINE EU. OU SE PRODUZ MEMÓRIA OU SE FAZ ANÁLISES TODAS MUITO PROCEDENTES,MAS NINGUÉM TOMA PROVIDÊNCIAS.RECLAMAM DO PREFEITO ATUAL, O PASSADO DEIXOU A CIDADE UM LIXO. TINHA RATOS DO TAMANHO DE UMA MUCURA ATRAVESSANDO A RUA MARCÍLIO DIAS, NA ESQUINA DA PRAÇA DA POLÍCIA, AS 19 HORAS PASSANDO POR CIMA DOS PÉS DA GENTE. BURACOS NAS RUAS DO CENTRO A PERIFERIA. SOMOS MUITO TOLERANTES
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João Bosco Camurça comentou:
30/01/2011
Até junho próximo, estarei lançando mais um livro de cunho memorialístico - o terceiro de uma trilogia: "BOM-DIA, MANAUS!" que trata da saga de um Oficial de Intendência que chegou a Manaus na manhã do dia 18 de fevereiro de 1963, recém declarado Aspirante a Oficial. Para conhecer as outras obras e o perfil do autor, acesse o portal www.aman62.com e o link ESPAÇO CULTURAL.
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Ulisses da Selva (1) comentou:
30/01/2011
Muito legal o livro, muito bom o texto, parabéns! Tens toda a razão em lembrar que muitos odeiam nossa cidade, o prefeitozinho esta ' ai' pra provar. É uma pena termos um desgoverno desses! Alguns dizem que é' frescura, pensar, planejar, tomar cuidado, reclamar, espelhar-se em erros do passado de tantos caras-de-pau que passaram com a responsabilidade de dar a Manaus os recursos que podem fazer nossa vida cidadã mais prazeirosa no lugar onde nascemos ou que adotamos para viver.
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Ulisses da Selva (2) comentou:
30/01/2011
Gente digna e que ama Manaus tem muita, o que fica dificil ver é a dignidade na alma da cidade, ela esta ficando com a cara de seus administradores e sabujos.
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VANIA TADROS 2 comentou:
30/01/2011
ATUALMENTE, OS GOVERNANTES ESTÃO COM UMA TENDENCIA DE RECONSTRUÍ-LA MAS NADA PEGA. POR EXEMPLO, A PRÇ DA SAUDADE ESTÁ LINDA, MAS NINGUÉM VAI LÁ PORQUE TEMOS MEDO DOS ASSALTANTES. A CIDADE NÃO PODE SER AQUELA DE ANTES PORQUE A POPULAÇÃO MUDOU E MUDOU PARA PIOR. MANAUS TORNOU-SE UMA CIDADE DE LADROES DE A A Z. SALVAM-SE POUCOS QUE NÃO TEM FORÇA PARA MANTER A TRADIÇÃO
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
30/01/2011
EU ME SINTO COMO A PERUANA GRANDA A CIDADE DA MINHA INFANCIA E JUVENTUDE NÃO ERA ESSA HORROROSA. UMA MISTURA DE ESTILO E CONCEITOS ADMIRADA POR QUEM NÃO CONHECEU A OUTRA LINDA, CHARMOSA, SOFISTICADA E ACOLHEDORA
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Paulo Bezerra comentou:
29/01/2011
Manaus além de ser "Cidade Puta", ainda se apaixona pelo seus gigolôres. Manaus só é comparável com o Zé Ninguem do Wilhelm Reich: " Pariste presidentes e infectaste-os com a tua vileza". "Zé Ninguém, tu estás sempre do lado dos teus opressores"." Ergueste tu próprio os teus tiranos, e és tu quem os alimenta."...
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Ulisses Da Selva comentou:
29/01/2011
Muito legal o livro, muito bom o texto, parabe'ns! Tens toda a razao em lembrar que muitos odeiam nossa cidade, o prefeitozinho esta' ai' pra' provar. E' uma pena termos um desgoverno desses! Alguns dizem que e' frescura, pensar, planejar, tomar cuidado, reclamar, espelhar-se em erros do passado de tantos caras-de-pau que passaram com a responsabilidade de dar a Manaus os recursos que podem fazer nossa vida de cidadoes mais prazeirosa no lugar onde nascemos ou que adotamos para viver. Gente dig
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