CRÔNICAS

Esse era o neto da vovó

Em: 06 de Setembro de 2009 Visualizações: 69662
Esse era o neto da vovó

De onde é que tio Eduardo tirou aquele nome? Ninguém sabe. Mas da Bíblia, que ele lia diariamente, não foi. Não existe, nem no Antigo nem no Novo Testamento, profeta, apóstolo, evangelista ou santo chamado Heyrton.  Foi, porém, com esse nome raro – Heyrton - que batizou o filho, pimbudo e ligeiramente estrábico, nascido em 1937, num seringal em Sena Madureira (Acre). O primogênito encabeçou uma lista de quarenta netos da vovó Marelisa, reinando durante algum tempo, soberano, como primeiro e único, até o nascimento dos demais.

Quase todo mundo tem apelido. Mas, engraçado, o Heyrton não! É fácil explicar. Um dos irmãos dele, por exemplo, reconhecido internacionalmente pelo nome artístico de Djwery Power, seria um ilustre desconhecido, se fosse apenas um Geraldo qualquer. Isso porque, em toda família que se preza, há sempre um Geraldo. Djwery Power, porém, só tem um. Aqui, o apelido é que confere a singularidade, a notoriedade.

Não é o caso do Heyrton, que carece de apelido, posto que só três seres no planeta – e olhe lá! - giram a cabeça, quando escutam esse nome: os dois Heyrton, pai e filho, e um cachorro de raça, na Bélgica que, por sua fidelidade e beleza, deu origem ao “Troféu Heyrton da Planície de Flandres”, se o Google não mente.

Na boléia

Aos quatro anos, sem ter freqüentado escola, Heyrton olhou uma placa e soletrou em voz alta: E-pa-mi-non-das, nome da avenida que corta a rua  Monsenhor Coutinho, no centro de Manaus, onde vovó morava, num casarão com porão e jardim. Assombrou a família. Passou a ser atração dos vizinhos, lendo manchetes do Jornal do Commércio, como a notícia do bombardeio de Pearl Harbor pelos japoneses, em dezembro de 1941.

Foi assim que os netos cresceram, ouvindo essas e outras façanhas, enriquecidas ao longo do tempo com novos detalhes, recriados nas reuniões familiares, que eram muitas, naquela Manaus dos anos 1950, onde as famílias viviam tribalmente. A casa da vovó era uma grande maloca, com cheiro de tabaco do cachimbo, que ela pitava, e de café, que ela pessoalmente pilava. Ora tibis! Como era bom o cheiro da vovó!

Maloca aglutinadora. Ela unia e reunia a tribo. Nas noites quentes de Manaus, enquanto os adultos discutiam a empresa de ônibus estatal Transportamazon, criada pelo PTB local, os netos de todas as idades se aboletavam na carroceria de uma fubica do tio Manoel, dirigida pelo Heyrton, já com 18 anos, olhado por todos com reverência e admiração. A fubica descia a João Coelho e subia o boulevard até a Caixa D´Água, no meio de muita algazarra. Era uma senhora aventura! O lugar dele, na boléia, nunca foi questionado.

Logo depois, Heyrton encontrou Rosilene, paixão fulminante, com quem casou, levando a sério o “até-que-a-morte-nos-separe”. Quando o genro predileto, anos mais tarde, lhe prestou homenagem, batizando suas próprias úlceras – eram duas - com os nomes de Rose, uma, e de Lene, a outra, o sogro fez um comentário matemático: “É. Ela vale mesmo por duas”.

Graduado em química, Heyrton fez a pós-graduação em física, na Universidade Federal do Paraná, onde nasceu a primeira filha. De regresso a Manaus, trabalhou como pesquisador do INPA e de lá saiu, concursado, para lecionar física na Universidade Federal do Amazonas e na Escola Técnica Federal de Manaus. Suas aulas inesquecíveis lhe renderam homenagem dos alunos, que batizaram com o nome dele o Laboratório de Iniciação Científica.

Era seresteiro. Tocava violão e piano. Foi a primeira pessoa que ouvi cantar em espanhol: “Malagueeeeeeeña, salerosa”. Depois, a partir dos anos 1970, as noitadas de dominó e as conversas regadas à cervejinha, que ele tanto apreciava, foram tecendo relações sólidas de afeto e cumplicidade. Deixamos de ser primos. Passamos a ser irmãos, compartilhando reflexões, entre outras, sobre a educação dos filhos.

Defendeu com pensamentos, palavras e obras o direito de cada um decidir sobre sua própria vida, sobretudo seus filhos, cuja liberdade de escolha foi sempre por ele estimulada. Era um compromisso radical, que os meninos souberam apreciar e valorizar. Mas não abdicava do seu lugar na boléia:

- “Baixinha, vamos combinar assim: você cuida do teu câncer, que eu cuido do meu” – ele disse pra filha mais velha, com câncer de mama, que tentava, no desespero, encaminhar o tratamento do pai.  

Estou indo

No início dos anos 1990 – ele já aposentado – nossas famílias mudaram para Niterói, de onde essa coluna passou a ser remetida semanalmente até os dias de hoje. Ele dizia que era um caso singular, alguém ter que andar quase dois quilômetros - a distância entre nossas casas - para se comunicar via internet. É que, analfabeto digital, eu lhe levava um disquete com a crônica semanal. Ele me hospedava na sua home-page – Cidade Virtual dos Bessa e Birutério – e era de lá que repassávamos o artigo. 

A coluna, antes de ser enviada ao jornal, era lida por ele, a quem eu solicitava críticas, argumentando: - “É para o controle de qualidade”. Suas observações, quase sempre incorporadas, me davam segurança. Heyrton tinha um raciocínio lógico, científico, rigoroso, que usava para olhar o mundo, os fatos, o cotidiano, com a precisão de um cirurgião ou de um relojoeiro, mas com um humor discreto, elegante, comedido, refinado. Era enxuto, não apreciava a verborragia nem a retórica ribombante.  

Um dia, em julho de 1995, a coluna fez gozação com o prefeito de Manaus. Aí, um vereador puxa-saco, que sequer havia sido mencionado, subiu à tribuna e esculhambou o Taquiprati, só pra mostrar serviço. O troco veio na semana seguinte, procurando, porém, poupar a irmã do bajulador, uma figura doce, que merecia explicações. A sugestão do Heyrton foi substituir um parágrafo de quinze linhas por um recado fulminante que dizia tudo: “Peço desculpas, mas teu irmão atirou primeiro”.   

Seu humor funcionava como uma fisgada sutil, ágil, de onde aflorava a verve popular. Os quatro testamentos do Judas, publicados em versos, em anos diferentes, foram redigidos por ele. No ano passado, Judas não poupou nem o Eduardo Braga: “E pro povo do Amazonas / governado pelo Dudu / deixo apenas a esperança / de não mais tomar na rima”.  No testamento de 1987, Judas contemplou o então vice-governador: “Vivaldo Frota a ti deixo / neste claro mês de abril / pra curar tuas hemorróidas / tubinhos de Cola Mil”.

Era dono de um humor refinado, como se pode ver na foto dedicada à sua sogra Maria Edina, em que é retratado como um ator de Hollywood. Na dedicatória ele aparece inteiro, como era. Esse era o neto da vovó:

À minha sogra estimada

Não podendo dar mais nada

Ofereço este postal.

Se brigar comigo um dia

Amasse a fotografia

mas poupe o original.

Cada ano, a família comemorava o aniversário de nós dois, com uma única festa, celebrada no mesmo dia. O último foi há menos de dois meses, quando somando as idades, completamos 134 anos. Sopramos as velinhas correspondentes que enfeitavam o bolo, onde aparecia impressa a foto da vovó cercada dos netos. De lá para cá, seu estado de saúde se agravou celeremente, o que podia ser constatado em cada visita.

Domingo passado, falamos sobre a morte. Quem puxou a conversa foi ele, quando perguntei: - “E aí?”. Respondeu sereno, digno, quase altivo: - “Estou indo. Contrariado, mas sem medo”. Enquanto o neto da vovó se ia, lembrei o poeta Vallejo: “Tanto amor y no poder nada contra la muerte”.

Se você entrar agorinha no blog e clicar em “Perfil do Heyrton”, vai ler essa frase: “Heyrton não fez nada de novo recentemente”. Não é mais verdade. Fez sim. Nessa quinta-feira, dia 3 de setembro, às 13:30hs, ele foi embora, em paz, segurando a mão do filho e da filha, cercado do carinho da família, em casa, como queria, mantendo a lucidez até o final.

Teve uma única mulher, três filhos e seis netos, mas deixou muitas viúvas e dezenas de órfãos. Sou um deles. No próximo ano, completo, na maior solidão, apenas 63 anos, com a dor dos 73 que se foram. Rose perdeu seu companheiro de meio século. Dodora, seu mano de toda a vida. Os filhos, o pai exemplar. Todos nós perdemos o patriarca, o primo, o irmão, o tio, o avô, o conselheiro, o parceirinho querido de tantos dominós, porém ficou sua referência ética. O leitor da coluna também perde seu “controle de qualidade”, a rima e a veia poética desse cavalheiro de fina estampa. Ele se foi, levando com ele o cheiro da vovó.

 

 

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25 Comentário(s)

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Renatinha Respeita comentou:
22/07/2024
Nossa tio Babá, que nostalgia ler esse texto novamente... lembrei do "tio Jovem", da mamãe e das histórias que ela contava do tio Heyrton, e das coisas que participei: aniversário de vocês, etc. Me senti no túnel do tempo, com essa leitura... delícia de leitura, saudade gostosa! Obrigada, tio Babá!
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Carlos barbosa feitoza comentou:
22/07/2022
Me bateu a saudade conheci o professor Heirton Bessa nos anos 60 aqui em Manaus no bairro São Geraldo rua Cláudio Mesquita onde morava a dona Rosilene nós morávamos próximo
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Iamara Ribeiro (VIA fb) comentou:
05/11/2017
Tive a honra de ser sua aluna no curso de Farmácia, em 1982, ele ministrou aulas de Física. No inicio, fiquei com um pouco de medo porque eu nunca fui muito boa na matéria, mas no primeiro dia de aula, ele disse: "Quem ficar reprovado comigo, eu vou dar de presente um carro". Aí lavou minha alma, tinha um jeito bonachão, de gente fina. Grande Mestre!
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ROZENILDA P. BRAGA comentou:
17/12/2012
É COM MUITA TRISTEZA QUE FIQUEI SABENDO DA PARTIDA DESSE MARAVILHOSO PROFESSOR QUE MARCOU ÉPOCA NA ESCOLA TÉCNICA E UNIVERSIDADE, DESEMPENHANDO COM MUITA ÉTICA, O PAPEL DE MESTRE, AO MESMO TEMPO, UM SER HUMANO MUITO DIGNO. ELE NÃO MORREU, APENAS SE AUSENTOU DO CORPO PARA GALGAR UM DEGRAU MAIOR, COM CERTEZA VOOU PARA OS BRAÇOS DO SENHOR!
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Pauderney Avelino (1) comentou:
28/02/2011
Foi com grande tristeza que tomei conhecmento da morte do Heyrton Bessa.Ele era daqueles que se tornam inesquecíveis.Foi meu professor na Escola Tecnica e tambem do Pauderley,Tião Peixoto,Carlos Alberto,Engels,Geraldo Bessa (irmão mais novo do Heyrton),Geraldo Nogueira e tantos outros de nossa geração que tiveram o privilégio de com ele conviver.
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Pauderney Avelino (2) comentou:
28/02/2011
Sem falar de sua capacidade e conhecimento científico,era amigo de todos,tinha uma forma especal de ensinar,tinha um afiado senso crítico,nunca perdia a piada,mas não expunha ninguem ao ridículo.Gente boa!Há muitos anos não tinha notícias dele,apesar da distancia,não é pequeno o sentimento de tristeza que toma conta de mim.Vá em paz Heyrton,e a Família meus sinceros pêsames.
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Jota Erre comentou:
28/02/2011
Um jornal de circulação nacional - Folha de São Paulo - publicou hoje (9/9/2009) na coluna obituário um artigo intitulado HEYRTON BESSA (1937-2009) assinado por TALITA BEDINELLI. O artigo termina assim: “Sempre tranquilo, o professor ficou muito abalado no ano passado quando a filha Clélia descobriu um tumor.Dizia à filha, quando ela se preocupava: "Cuida do seu câncer que eu cuido do meu".Clélia curou-se. Heyrton morreu aos 72 anos na última quinta, em casa, cercado da família.
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A. Graça comentou:
28/02/2011
Não tive a oportunidade de conhecer o Sr. Heyrton, uma pena. Mas tive a oportunidade de, por dois períodos ser aluno de Marcelo Magaldi; por dois também de Germano Bessa e por três de Cleisa Bessa. São pessoas maravilhosas. Se sentiram a partida de Heyrton é porque de fato era uma pessoa extraordinária.Descanse em paz.
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Lenise comentou:
28/02/2011
Nunca ouvi falar do Sr. Heyrton, mas esta cronica está belissima e acredito que somente uma pessoa muito especial pode ter sido merecedora dela. Minhas condolências a familia enlutada. Como disse o Brasileiro ai em cima, é bom conhecer de forma tão poética, ainda que tardia pessoas que fizeram deste mundo um lugar melhor.Boa Semana a todos nós!
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Waldemir Corsa comentou:
28/02/2011
RIBAMAR, TENS MOMENTOS EM NOSSA VIDA, QUE PASSAMOS E TEMOS SENTIMENTOS FRATERNAIS, MEUS PESAMES PELO SEU IRMÃO
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Djwerry Power comentou:
28/02/2011
Papi! Era assim que eu o chamava...Minha referência de HOMEN... caráter, dignidade,inteligência, elegância, delicadeza e acima de tudo SABEDORIA! Meu espelho quebrou!Infelizmente não posso mais seguir seus passos, mas com certeza,vou seguir seus exemplos...Geraldo Bessa (Djewry Power)
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Hugo Manoel Reis (1 comentou:
28/02/2011
Tio Heyrton, ao ler esse texto lembrei da minha 1ª. recordação dele, eu, criança de uns 6 anos, com ele dirigindo aquele histórico gurgel, sem capota, o vento batendo no rosto e ele conversando com meu pai no banco da frente. Bons tempos! Essa parceria com meu pai me admirava e inspirava: ô dupla pra gostar de computadores e de boa conversa! Ele tava sempre lá em casa, de bom humor, usando sua lógica para simplificar os problemas da informática quando quase ninguém sabia operar um computador.
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Hugo Manoel Reis (2) comentou:
28/02/2011
E ele já programava! Foi morar em Niterói e nas férias eu ia de Manaus para a casa dele, era certo, ele estaria no aeroporto para pegar a turma. Como sempre fazia com a família, estava sempre à postos! Um cara muito querido, de ótimo humor, que já passava alegria ao atender o telefone dizendo "faaaala garoto!". E não perdeu o humor nem quando se foi, pois parecia que estava sorrindo...Valeu tiozão, vai com Deus! Que tua alegria, disposição e inteligência continue a inspirar a todos.
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Márcio Monteiro (1) comentou:
28/02/2011
Li comovido a "ida" do nosso GRANDE amigo Heyrton, a quem aprendi a gostar, admirar e seguir seus exemplos pelas suas ações, quando tivemos maior proximidade, ele presidente da COMVEST e eu e seu primo Cyrino, como membros. Com sua simplicidade resolvia qualquer problema com toda sabedoria que Deus lhe deu. Fui seu discípulo e ocupei, mais tarde o seu lugar naquela Comssão, sem, jamais, ter tido condição de substitui-lo.
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Márcio Monteiro (2) comentou:
28/02/2011
Aprendi muito em conversas com Heyrton , ele nos orientando a todos, sempre mantivemos uma boa relação de amizade, assimi como com a Rosilene. Sua tranferência definitiva para Niterói nos afastou da convivência "física", mas continuou a eterna admiração. Deus o tenha e até breve.
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Um aluno anônimo (1) comentou:
28/02/2011
Pouco me manifesto neste espaço. Mas após ler essa coluna, não tenho como deixar de fazê-lo. Fui aluno, com muita honra, do Professor Heyrton Bessa no início dos anos setenta, na antiga UA - hoje UFAM. Alguém tão marcante que deixou enorme saudade em seguidas gerações. Mestre da sempre temida Física, era porém um orientador sereno, educado e amigo. Em seu perfil didático, sobressaiam-se as aulas interessantes e as avaliações rigorosas.
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Um aluno anônimo (2) comentou:
28/02/2011
Naquele tempo, no Departamento de Física estavam professores como Carlos Alberto Tinôco (há muito, vivendo em Curitiba), Octávio Mourão (posteriormente reitor), Nelson Hanan (nos E.U.A., desde meados dos anos 70), Plínio, José Maria, dentre outros. Para as aulas práticas de Mecânica, Ótica, Acústica ou Eletricidade, os laboratórios eram minúsculos, desaparelhados e muitas vezes se tinha que recorrer à ETFA.
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Um aluno anônimo (3) comentou:
28/02/2011
Aliás, outra figura inesquecível não media esforços pra ajudar a UA dos tempos difíceis: Jorge Humberto, então diretor e que também já nos deixou.Concluo modestíssimo depoimento, deixando meu pesar à familia Bessa, à ciência do Estado, a hoje UFAM (que guarda tão pouco dos períodos românticos da UA), enfim a todos da minha geração que tiveram o enorme privilégio de conhecer e desfrutar da amizade e sabedoria do mestre Heirton Bessa. Sem dúvidas, alguém cuja história é uma trajetória de luz!...
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Monica Almeida comentou:
28/02/2011
não sei se digo... "sinto muito pela ida de Heyrton", ou se te parabenizo pela oportunidade que tiveste em conhecê-lo e conviver com alguém que tanto te inspirou e elevou.Penso que hoje escreves com a emoção e razão que, a despeito da saudade que sentes, metade de ti se foi deixando o legado, a bagagem, a pompa de ter contribuído para seres quem és...Saudades dele, mas ainda bem que ele existiu!
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Marcelo Magaldi comentou:
28/02/2011
Tive a oportunidade de conviver por 20 anos com o seu Heyrton. Homem genial, o mais inteligente que conheci. Sabia muito de tudo. Eu me sentia como filho, o do meio, mais novo que o Zé, mais velho que o Dudu. Era a referência de pai que não tive. Agradeço a ele e dona Rosi o apoio que me deram nos anos que cursei faculdade, em Niterói. Parte do que tenho e do que sou devo a eles. Espero passar aos meus filhos, netos legítimos do vovô Heyrton, os princípios éticos e morais que ele cultivou.
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Brasileiro comentou:
28/02/2011
Sua coluna me faz lembrar o quanto existem ilustres pessoas anônimas que são verdadeiros intelectuais no meio do povo. Todo bairro, toda comunidade ... tem o seu ilustre senhor ou senhora que dão exemplos de vida e de luta por causas justas. Talves fossem heróis anônimos, mas são simples pessoas que exercem com vigor o seu direito de contribuir com a melhoria do lugar em que vivem. Cada um tem o seu jeito próprio de criar um mundo melhor.Estamos vivos e precisamos lutar sempre.
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Juca Filho comentou:
28/02/2011
lindo texto, clélia, me emocionei. legal vc ter postado ele aqui. bj
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Edelvira Lúcia comentou:
28/02/2011
Emocionante. Feliz de você que pode conviver com um ser humano dessa magnitude. Deus abençoe você e sua família. Obrigada por dividir conosco ,página tão deliciosa.
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Rubelmar de Azevedo Filho comentou:
28/02/2011
Essa notícia me pegou como um gancho de esquerda na ponta do queixo. Heyrton terá sempre lugar de destaque no coração de seus ex-alunos. Além de competente, era zeloso e cuidadoso com as amizades e ele sabia cultivá-las. Pouco tempo antes de sua mudança de Manaus, ele morava no Manauense, sentamos um dia frente de sua casa e tocamos algumas músicas, que pra fim vão ficar guardadas no lado esquerdo do peito. Pois é, Espero que em seu lugar venham novos "Heyrtons" de capacidade e de conduta ética
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Vânia Tadros comentou:
28/02/2011
MESTRE HEYRTON, NOSSO COLEGA DE UFAM, SEMPRE SIMPÁTICO E RISONHO. ALÉM DE GRANDE PROFESSOR DE FÍSICA FOI GRANDE ADMNITRADOR DA CONVEST. MEUS PESÂMES A QUERIDA ROSILENE E SEUS FAMILIARES.AGRADECE A DEUS, MESMO SOFRENDO, POR ELE TER TE ABENÇOADO COM UM GRANDE E TERNO ESPOSO. REZO POR VOCÊS.
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