CRÔNICAS

Chile aos 17: o Casaco do Thiago e a Caixinha (abajo versón en español)

Chile aos 17: o Casaco do Thiago e a Caixinha (abajo versón en español)

Do filme SALVADOR ALLENDE, de Patrício Guzmán.                         Thiago com a filha Isabella                              

Volver a los diecisiete, después de vivir un siglo (...)  Y mis años en diecisiete los convirtió el querubín. (Violeta Parra.1962)

Olho a meu redor. Vejo cabeças brancas ou calvas, peles enrugadas, mãos trêmulas, passos trôpegos. Vou conferir, então, minha própria imagem no espelho do restaurante Las Vacas Gordas em Santiago, no jantar de confraternização de ex-exilados brasileiros no sábado (9) e descubro um velhinho.  Mas – oh milagre! - minha barriga obscena de bispo pós-conciliar virou tanquinho. Graças a um querubim alado, voltamos todos a ter 17 anos, com o viço e o frescor dessa idade, conservando, porém, a fiel memória de meio século vivido.

Essa memória será reativada pela comitiva do Grupo Viva Chile no domingo (10) em visita ao Museu da Memória e dos Direitos Humanos e na inauguração da Exposição de fotos de Evandro Teixeira, assim como na deposição de flores no Mausoléu dos Desaparecidos e nos túmulos de brasileiros. O Velatón madrugada adentro no Estádio Nacional homenageará os mortos. São muitos os que já nos deram adeus em circunstâncias dramáticas.

- Não vai chorar, Zé Bigodinho. Comuna não chora. Pra controlar o choro, lembra da história do casaco do Thiago de Mello.

Somente em ocasiões solenes como essa o meu amigo titiriteiro Euclides Souza, 88 anos, ora residindo em Curitiba, usa o meu “nome artístico” com o qual atuei no Teatro de Bonecos Dadá no exílio. Deu-me este conselho por telefone ao saber da programação para rememorar os 50 anos do golpe que matou Allende, Victor Jara, milhares de chilenos e até brasileiros. Sigo sua recomendação. Mas afinal que casaco é esse? Nem sei se era mesmo um casaco.

O casaco de Marx

Chamar de casaco, depende do usuário. O fato é que Thiago e eu cruzamos a pé a fronteira do Uruguai, em outubro de 1969, com a roupa do corpo. Viajei de Montevidéu ao Chile um mês antes dele, que me emprestou seu casaco recém comprado em uma loja de Pocitos. Para o poeta, era um casaco, um overcoat, que ia até pouco abaixo do joelho. Para mim, de estatura imensuravelmente menor, virou um sobretudo que descia até o tornozelo e cujas mangas tinha de dobrar. 

Era preciso me abaixar para mexer no bolso que, em mim, ficava na altura da canela. Foi com essa túnica comprida que cheguei à pensão dos exilados na rua Michimalongo, já em Santiago, acolhido com risadas cordiais. Parecia um soldado na trincheira lamacenta da Segunda Guerra. Ou um padre de batina pré-conciliar. O cineasta Silvio Tendler, presente na comitiva, propõe tirarmos fotos em frente à pensão, onde ele também morou. Vestirei um sobretudo para dar mais realismo à cena.  

A história do casaco do poeta lembra o famoso casaco do autor de Das Kapital tantas vezes penhorado em Londres no séc. XIX e que foi por ele usado como exemplo para desnudar o capitalismo. O que têm em comum é apenas que ambos constituem uma peça de roupa transformada em objeto de memória repleto de significados, como relata Peter Stallybrass no capítulo “A vida social das coisas: roupas, memória, dor” no livro “O Casaco de Marx”.

A vestimenta que aflora numa narrativa simples pode ser um ponto de partida para dar conta da vida dos exilados no Chile. Ela nos remete à “Caixinha”, que me deu uma jaqueta usada para substituir o casaco que pertencia a Thiago e garantiu para muitos de nós casa e comida, o que, por sua vez, nos leva ao Centro de Informações do Exterior (CIEX) vinculado ao SNI e ao Itamaraty, que espionava a “Caixinha” em território chileno.

Caixinha, obrigado!

Muitos exilados ingressavam no Chile sem um puto no bolso, disfarçados de turistas ou então clandestinamente. Até arrumarmos trabalho ou bolsa de estudo éramos mantidos pela “Caixinha”, uma instituição sustentada por asilados da primeira leva com cargos em organismos internacionais sediados em Santiago, como a CEPAL, OIT, OEA, que os remunerava em dólares.

Já no primeiro semestre de 1970, o CIEX, que monitorava os dissidentes chegados ao Chile e seus respectivos contatos e ações, informava o SNI sobre o número de brasileiros e dava conta de suas atividades e da ajuda que recebiam da Caixinha. O CIEX, como Temer, adorava mesóclises:

“O afluxo de asilados e refugiados brasileiros no Chile ter-se-ia incrementado nos últimos meses, estimando-se que, em abril de 1970, se encontram naquele país cerca de 300 elementos”.

Um desses “elementos” era este locutor que vos fala. Bendita “Caixinha” solidária, sem ela alguns de nós não estaríamos relembrando essas histórias de banidos tratados como bandidos no país de origem e considerados involuntários da Pátria. Por isso, a “Caixinha” é mencionada em algumas teses de doutorado. Cantemos, pois, com Juca Chaves: Caixinha, obrigado!

Se é para cantar, os chilenos também nos ajudaram a encontrar a alegria. Logo que chegamos, Thiago me levou à Peña de los Parra. O último encontro do poeta amazonense com Isabel e Angel havia sido anterior ao suicídio de Violeta, a mãe deles. Precisavam acertar os ponteiros da memória. No camarim, antes do show, o poeta apontou pra mim e disse aos seus dois amigos:

- Esse caboco gosta muito da música de vocês.

Isabel então autorizou minha entrada sem pagar em todas as apresentações. Não preciso dizer que usei e abusei do passe livre, o que me abriu outros horizontes identitários.  

Soy latinoamericano

Darcy Ribeiro dizia que o Brasil sempre viveu de costas para os seus vizinhos, mas o golpe de 1964 – quanta ironia! – permitiu que milhares de brasileiros descobrissem os países hermanos. O Chile escancarou para nós, brasileiros, as janelas da música, da literatura, do teatro, da culinária, da língua e das culturas latino-americanas. Três cantores já falecidos registraram essa expansão da nossa identidade além fronteira: dois brasileiros e um chileno.

- Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes – cantava Belchior. Soy latino-americano e nunca me engano – completava Zé Rodrix. - Anda, preparándote a vivir en América, tu América – recomenda a canção de Payo Grondona, que nos hospedou um fim de semana na sua casa em Valparaíso com Thiago e Lurdinha grávida de Isabella.

Nuestra América! Nós, moças e rapazes latino-americanos, aprendemos a amá-la. Suspeito que o querubim vai pedir de volta os 17 anos que nos deu para revisitar o Chile e que no retorno ao Brasil entardeceremos outra vez como no poema de Benedetti para quem “aqui não tem velhos, acontece apenas que a tarde chegou para nós”.  

Quem diz que comuna não chora? A dramaturga chilena Isidora Aguirre nos fez chorar com a peça em cartaz na época do exílio, creio que no Teatro Caupolicán, na rua San Diego. Ela retomou no título a frase do Che Guevara Los que van quedando en el camino para relatar o massacre de mais de cem camponeses em Ránquil, região da Araucania.

Comuna enxuga as lágrimas com Pablo Milanés:

Yo pisaré las calles nuevamente

De lo que fue Santiago ensangrentada

Y en una hermosa plaza liberada

Me detendré a llorar por los ausentes

P.S. 1 – Na segunda-feira (11) quando estivermos realizando a visita ao Estádio Nacional, em várias capitais brasileiras ocorrerão atos pelos 50 anos de morte de Allende. No Rio, será na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) às 16h00. O Manifesto do Viva Chile será lido por Flávia Cavalcanti e Jean-Marc. Javiera Parra, neta de Violeta, cantará canções como “Gracias a la Vida”. A atriz Bete Mendes estará lá, com a roteirista Isabella nascida no Chile, que lerá poesias de seu pai Thiago de Mello. Allende não se rende. O evento terá transmissão direta pelo canal da ABI no youtube.

Link da transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=xu4VGYx

Referências:

  1. Mário Benedetti: Aquí no hay viejos, simplemente nos llegó la tarde. https://www.taquiprati.com.br/cronica/17-donde-estes-benedetti--version-en-espa
  2. Marcial Humberto Saavedra Castro. Pela razão ou a força: trajetórias dos exilados brasileiros no Chile (1964-1973). Tese de doutorado em História. Universidade Federal da Bahia. Salvador. 2019
  3. Pio Penha Filho. O Itamaraty nos anos de chumbo: O Centro de Informações do Exterior (CIEX) e a repressão no Cone Sul (1966-1979). Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI). Ano 52, n. 02, 2009
  4. Peter Stallybrass. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. Belo Horizonte. Autêntica. 2008 (3ª edição)

P.S. 2 - Alguns meses antes do IV Encontro Nacional de Geógrafos na PUC Rio, em julho de 1980, Carlos Walter Porto Gonçalves passou por Manaus a convite da Universidade Federal do Amazonas, através do professor Falcão Vasconcelos, para proferir conferência sobre a interpretação não-ecologista da problemática ecológica. Nós nos reunimos em minha casa no Kyssia. Carlos Walter doou o seu pró-labore para o encontro de fundação do PT no Amazonas, o que ocorreu em maio de 1980. Foi uma das primeiras contribuições financeiras ao Partido. Em julho deste ano, participamos da banca de Marcos Catelli Rocha sobre as estratégias de resistência dos povos da floresta, orientada por Marcos Montysuma e co-orientada por Carlos Walter, que agora nos diz adeus e vai fazer uma falta danada.

 

Chile a los 17: El abrigo de Thiago y la “Caixinha”

Tradução: Maria José Alfaro Freire e Consuelo Alfaro 

Volver a los diecisiete, después de vivir un siglo (...)  Y mis años en diecisiete los convirtió el querubín. (Violeta Parra.1962)

Miro a mi alrededor. Veo cabezas blancas o calvas, cutis arrugado, manos y pasos temblorosos. Entonces,  veo mi propia imagen frente al espejo del restaurante Las Vacas Gordas de Santiago, en la cena de celebración de los ex exiliados brasileños el sábado (9)  y descubro un viejo. Pero – ¡oh milagro! - mi obsceno vientre de obispo postconciliar se convierte de repente  en un abdomen bien marcado. Gracias a un querubín alado, todos volvemos a tener 17 años, con la frescura y el vigor de aquella época conservando, así, la memoria fiel de medio siglo vivido.

Esta memoria reactiva la delegación del Grupo Viva Chile el domingo (10) en una visita al Museo de la Memoria y los Derechos Humanos y en la inauguración de la exposición fotográfica de Evandro Teixeira, así como en la colocación de flores en el Mausoleo de los Desaparecidos y ante las tumbas de los brasileños. El Velatón hasta altas horas de la madrugada en el Estadio Nacional honrará a los muertos. Son muchos los que nos dijeron adiós en circunstancias dramáticas.

- Allí no vayas a llorar, Zé Bigodinho. Un comuna no llora. Para controlar tu llanto, recuerda la historia del abrigo de Thiago de Mello.

Sólo en ocasiones solemnes como ésta mi amigo titiritero Euclides Souza, de 88 años, actualmente residente en Curitiba, utiliza mi “nombre artístico” con el que actué en el Teatro de Títeres Dadá en el exilio. Me dio este consejo por teléfono cuando se enteró del programa para conmemorar el 50º aniversario del golpe que mató a Allende, Víctor Jara, miles de chilenos y también brasileños. Sigo la recomendación. ¿Pero qué tipo de abrigo es ese? Ni siquiera sé si en realidad era un abrigo.

El abrigo de Marx 

Llamarlo abrigo depende del usuario. El caso es que Thiago y yo cruzamos la frontera uruguaya a pie, en octubre de 1969, con la ropa puesta. Viajé de Montevideo a Chile un mes antes de él y me prestó su abrigo recién comprado en una tienda de Pocitos. Para el poeta, era un sobretodo, un “overcoat” que llegaba justo debajo de la rodilla. Para mí, con una estatura infinitamente más pequeña, se convirtió en un abrigo que me llegaba hasta el tobillo y cuyas mangas había que doblarlas.

Tenía que agacharme para alcanzar el bolsillo, que estaba a la altura de la espinilla. Con esta túnica larga llegué a la pensión de exiliados de la calle Michimalongo, en Santiago, donde me recibieron a carcajadas amistosas. Parecía un soldado en la trinchera  llena de barro de la Segunda Guerra Mundial. O un sacerdote preconciliar con sotana. El cineasta Sílvio Tendler, presente en la delegación, nos propone hacer fotos delante de la pensión donde él también vivía. Llevaré un gabán para darle más realismo a la escena.

La historia del sobretodo del poeta recuerda el famoso abrigo del autor de El Capital, tantas veces empeñado en Londres en el siglo XIX, y que fue utilizado por él como ejemplo para dejar al descubierto el capitalismo. Lo que tienen en común es simplemente que ambos constituyen una prenda de vestir transformada en un objeto de memoria lleno de significados, como relata Peter Stallybrass en el capítulo “La vida social de las cosas: ropa, memoria, dolor” del libro “El abrigo de Marx y otros ensayos”.

La vestimenta que emerge en una narrativa simple puede ser un punto de partida para explicar la vida de los exiliados en Chile. Ella nos conecta con la “Caixinha”, que nos proporcionó alojamiento y comida a muchos de nosotros y me regaló una chaqueta usada para reemplazar el abrigo que pertenecía  a Thiago. Al mismo tiempo esta solidaridad nos  conduce al Centro de Información Exterior (CIEX) vinculado al Servicio Nacional de Información (SIN) y al Itamaraty – Ministerio de Relaciones Exteriores, que nos espiaban en territorio chileno.

Caixinha, gracias!

Muchos exiliados entraron a Chile sin un centavo, disfrazados de turistas o clandestinamente. Hasta que conseguiamos trabajo o una beca, nos amparaba la “Caixinha”, una institución apoyada por solicitantes de asilo de la primera ola con cargos en organismos internacionales ubicados en Santiago, como CEPAL, OIT, OEA, que les pagaban en dólares.

En el primer semestre de 1970, el CIEX, que monitoreaba la llegada de disidentes a Chile y sus respectivos contactos y acciones, informaba al SNI el número de brasileños y sus actividades, así como la ayuda que recibían de la Caixinha. Un documento del CIEX comunicaba:

La afluencia de brasileños solicitantes de asilo y refugiados en Chile ha aumentado en los últimos meses, se estima que, en abril de 1970, alrededor de 300 elementos ya se encontraban en ese país”.

Uno de estos “elementos” era este locutor que te habla. Bendita “Caixinha” de solidaridad, sin ella algunos no estaríamos recordando estas historias de desterrados tratados como bandidos en su país de origen y considerados involuntarios de la Patria. Por eso, se menciona  la “Caixinha”  en algunas tesis doctorales. Cantemos, pues, con Juca Chaves: ¡Caixinha, obrigado!

Cuando se trata de cantar, los chilenos también nos ayudaron a encontrar la alegría.  Apenas llegamos, Thiago me llevó a la Peña de los Parra. El último encuentro del poeta amazónico con Isabel y Ángel fue antes del suicidio de Violeta, su madre. Necesitaban recuperar su memoria. En el camerino, antes del espectáculo, el poeta me señaló y dijo a sus amigos:

- A este caboco le gusta mucho tu música.

Isabel luego autorizó mi entrada  a todas las presentaciones sin pagar. No hace falta decir que usé y abusé del pase libre, lo que me abrió otros horizontes identitarios.

Soy latinoamericano

Darcy Ribeiro dijo que Brasil siempre ha vivido de espaldas a sus vecinos, pero el golpe de 1964, ¡qué ironía! – permitió a miles de brasileños descubrir nuestros países hermanos. Chile abrió de par en par las ventanas de la música, la literatura, el teatro, la gastronomía, la lengua y las culturas latinoamericanas para los brasileños. Tres cantantes fallecidos registraron esta expansión de nuestra identidad más allá de las fronteras: dos brasileños y un chileno.

- Soy sólo un chico latinoamericano, sin dinero en el banco, sin parientes importantes – cantó Belchior.

- Soy latinoamericano y nunca me equivoco – añadió Zé Rodrix.

- Vamos, prepárate para vivir en América, tú América – recomienda la canción de Payo Grondona, quien nos recibió un fin de semana en su casa de Valparaíso con Thiago y Lurdinha, embarazada de Isabella.

¡Nuestra América! Las niñas y niños latinoamericanos hemos aprendido a amarla. Sospecho que el querubín pedirá que le devolvamos los 17 años que nos regaló para volver a visitar Chile y que a nuestro regreso a Brasil volveremos a anochecer como en el poema de Benedetti para quienes “aquí no hay viejos, sucede que a nosotros nos ha llegado la tarde”.

¿Quien dice que Comunista no llora? La dramaturga chilena Isidora Aguirre nos hizo llorar con la obra proyectada en la época del exilio, creo que en el Teatro Caupolicán, de la calle San Diego. En el título utilizó la frase de Che Guevara Los Que Van Quedando en el Camino para denunciar la masacre de más de un centenar de campesinos en Ránquil, en la región de la Araucanía.

Comuna Zé Bigodinho, seca tus lágrimas y canta con Pablo Milanés:

Volveré a pisar las calles nuevamente

De lo que fue Santiago ensangrentada

Y en una hermosa plaza liberada

Me detendré a llorar por los ausentes

P.S. 1 – El lunes (11), cuando estemos visitando el Estadio Nacional, se realizarán actos en varias capitales brasileñas para recordar los 50 años de la muerte de Allende. En Río, será en la Asociación Brasileña de la Prensa (ABI) a las 16.00 horas. El Manifiesto Viva Chile será leído por Flavia Cavalcanti y Jean-Marc. La nieta de Violeta, Javiera Parra, cantará temas como “Gracias a la Vida”. Estará la actriz Bete Mendes, con la guionista Isabella nacida en Chile, quien leerá poesía de su padre Thiago de Mello. Allende no se rinde. El evento se transmitirá directamente por el canal de YouTube de ABI. Enlace de transmisión:  https://www.youtube.com/watch?v=xu4VGYx

Referencias:

  1. Mário Benedetti: Aquí no hay viejos, simplemente nos llegó la tarde. https://www.taquiprati.com.br/cronica/17-donde-estes-benedetti--version-en-espa
  2. Marcial Humberto Saavedra Castro. Pela razão ou a força: trajetórias dos exilados brasileiros no Chile (1964-1973). Tese de doutorado em História. Universidade Federal da Bahia. Salvador. 2019
  3. Pio Penha Filho. O Itamaraty nos anos de chumbo: O Centro de Informações do Exterior (CIEX) e a repressão no Cone Sul (1966-1979). Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI). Ano 52, n. 02, 2009
  4. Peter Stallybrass. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. Belo Horizonte. Autêntica. 2008 (3ª edição)

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8 Comentário(s)

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Celeste Corrëa comentou:
05/10/2023
Mano, essa crônica tem um sabor especial para mim, Sim, lá vamos nós, jaros e jaras( e aí está incluido o jaras Euclides), cheios de emoção, junto contigo para essa viagem de memórias e de revisitação da história. Para além da emoção, essa experiência é uma verdadeira aula de História sobre nuestra América, revivida por esses meninos de cabelos brancos que têm muito para contar para os nossos jovens. Por isso é tão lindo o sentido da palavra “recordar”, do latim recordare, que significa “voltar a passar pelo coração”. Tudo está voltando a passar pelo coração de vocês, né! E com certeza o Thiago de Mello, o Dacry Ribeiro e outros que viveram juntos com essa turma no exílio, também estão presentes, mais vivos do que nunca, nessa viagem e na memória de tods vocês. É...infelizmente eu vou discordar do mano Euclides. Comuna chora sim. E os seus familiares também. Não dá para não se emocionar.
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Tania Pacheco comentou:
19/09/2023
Publicado também em COMBATE - RACISMO AMBIENTAL https://racismoambiental.net.br/2023/09/10/chile-aos-17-o-casaco-do-thiago-e-a-caixinha-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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Isabella Thiago de Mello comentou:
19/09/2023
Minha Nossa Senhora! Impressionante como o Tempo é totalmente relativo, se fosse um gráfico jamais seria uma linha reta, o tempo é sólido,, tem altura, largura e profundidade, como a Cordilheira dos Andes ... Leio e releio a crônica do "Casaco do Thiago e a Caixinha" todos os dias ... E todos os dias faço e refaço a minha resposta. O ATO em HOMENAGEM A ALLENDE na A.B.I. foi emocionante. Só me lembrava de ti, Bessa querido, padrinho, Manduka, Papai Thiago e Mamãe Lourdinha, tantos companheiros, tantas histórias, e Allende o primeiro que me visitou bebê na maternidade com flores na mão...
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Ricardo Corrêa Pimenta comentou:
19/09/2023
Um texto excelente, grande Riba. Parabéns a ele e a você, Maria Cláudia, por compartilhar.
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Maria Claudia Badan Ribeiro comentou:
19/09/2023
Num dia como este em que o escritor chileno Roberto Bolaño descreveu o horror de sua prisão e de muitos mais no Chile de Allende, quando " […] experimentaram o que era estar num purgatório, uma longa espera inerme, uma espera cuja coluna vertebral era o desamparo, coisa muito latino-americana, aliás, uma sensação familiar, uma coisa que se você pensasse bem experimentava todos os dias, mas sem angústia, sem a sombra da morte sobrevoando o bairro como um bando de urubus e espessando tudo, subvertendo a rotina de tudo, pondo todas as coisas de pernas para o ar“ José Bessa nos traz esse texto emocionante da memória da dor e da solidariedade latino americana representada por um casaco. Esse que abrigou tanta gente, fosse o casaco de Marx, o casaco de Thiago de Mello ou o casaco da Caixinha promovida pelos exilados brasileiros com maior respaldo. Me emocionou demais este volver a los 17...
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Paula Bonatto comentou:
11/09/2023
À Carlos Walter e à todos os que não podem comparecer ao encontro no CHILE - nosso profundo reconhecimento e gratidão pela luta que é coletiva e continua por todos nós! Grata a voce também, Bessa, que está nos incluindo nessas emoções desse encontro maravilhoso! Beijo!
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Beatriz Cardoso comentou:
10/09/2023
Zé Ribamar sexta estivemos com Isabella e Javiera e outros chilenos na ABI e depois no Emporio São Joaquim, do argentino Patricio. Teria sido incrível ver vc aqui! seguimos juntos no whatsapp
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Graça Salgado comentou:
10/09/2023
Como eu gostaria de estar aí com vocês. O consolo serão os seus textos @?Jose Bessa? . Mande tudo pra gente poder acompanhar vcs. Beijos
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