CRÔNICAS

Pataxó: quando fogo e palavras se cruzam

Em: 11 de Setembro de 2022 Visualizações: 5531
Pataxó: quando fogo e palavras se cruzam

“Pataxó é água da chuva batendo na terra, nas pedras, e indo embora para o rio e o mar”.  (Kanátyo Pataxó. Txopai e Itôhã. 1997)

Sentado num lugar que a pudibundez me impede nomear, começo a fazer meu exercício cotidiano de Palavras Cruzadas - um brinde diário da Folha SP a seus assinantes. Dizem que essa atividade fortalece o cérebro e reduz o risco de doenças mentais. Funciona como uma academia de musculação não do corpo, mas da alma, ou melhor, da cognição. Da mesma forma que os exercícios físicos, é preciso que sejam frequentes e regulares para obter benefícios – aconselha um amigo, filho da dona Marina e do seu Tarcísio. 

Este pudibundo aqui que vos fala entra no “gabinete” com a edição da Folha de 30 de agosto sob o braço e, concomitantemente, vai fazendo o que tem de fazer, enquanto exercita neurônios e conexões com as cruzadinhas, iniciando pelas horizontais: 

- Um objeto com que se desenha” com cinco letras. Testei “Pincel”, mas sobrou uma letra. Tento outra vez: LÁPIS. Acertei. Tirei de letra. 

- Casa de Negócios mal-afamada é a seguinte, penso nas 51 casas e mansões do Coiso compradas com “rachadinhas”, mas ignoro o nome por causa do sigilo de cem anos. No entanto, na medida em que os quadradinhos em branco vão sendo preenchidos, brotam automaticamente letras para formar outras palavras. Com ajuda delas, vejo que a resposta certa é ARAPUCA.

- Ato completamente inoportuno”. Será que se refere ao grito imbecil do “imbrochável” e sua misoginia criminosa? Como nomear isso em quatro letras? Deixo em branco por enquanto. Interrompo para dar um chega-pra-lá na minha gata Leona, que desenrolava o rolo de papel higiênico. Ela mia, eu prossigo:

-Cidade pernambucana próximo a Limoeiro: É fácil: CARPINA. Resolvi corretamente graças à visita que há anos fiz à Zona da Mata. Eu fui pra Limoeiro e gostei do forró de lá.  No caminho, passei por Carpina onde assisti uma banda de pífano. Isso a gente nunca esquece.

Depois, algo que até minhas netas pequenas sabem: 

- “(inglês) O compartimento do chuveiro” com três letras. Sentado onde estou, olho pro meu lado, vejo e escrevo: BOX.

- “Sarcástica” com sete letras é comigo mesmo: IRÔNICA.

O Fogo de 51

No entanto, feitas as Horizontais, a coisa começa a feder nas palavras que foram se formando nas Verticais. Diante do comando: “Um indígena de tribo (sic) já extinta da BA e do ES”, apareceu PATAXÓ de forma assustadora.

Extintos? Como assim, se o Censo Demográfico 2010 do IBGE registra um total de 13.588 pessoas Pataxó? O Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) da FUNASA calcula a existência, em 2022, de mais de 15.000 Pataxó que vivem em 36 aldeias distribuídas em seis Terras Indígenas de quatro municípios da Bahia e em três de Minas Gerais. Por que o autor do jogo de Palavras Cruzadas da Folha extinguiu de uma canetada milhares de indígenas?

Desde o período colonial, muitas tentativas de extermínio ocorreram, como aquele mais recente que ficou conhecido como o Fogo de 51, ocorrido há 71 anos no Sul da Bahia. Todas as casas da aldeia de Barra Velha próxima a Porto Seguro foram incendiadas, seus moradores presos, torturados e chicoteados por tropas da Polícia, muitas mortes. Mulheres sangravam com talhos na cabeça. Os sobreviventes do massacre organizaram a resistência e a retomada das terras invadidas.

Esses Pataxó foram, então, reconhecidos formalmente na década de 1970. Hoje, apresentam várias formas de resistência, cantando e dançando o Awê, com coreografia diversificada. Inspirados nos “Jogos Indígenas Nacionais” criaram edições anuais dos “Jogos Indígenas Pataxó”, com diferentes modalidades esportivas e culturais, cujo lema é “celebrar e não competir”:  futebol, corrida de tora e maracá, arremesso de tacape, arco e flecha e outras. Festejaram várias conquistas relacionadas à terra, escola, língua.

Os fantasmas

A língua da família linguística Maxakali, do tronco Macro-Jê, que estava anêmica, foi repescada e revitalizada. O Patxohã – “Língua de Guerreiro” - passou a ser usado desde a década de 1990 na Escola Indígena de Barra Velha, junto com os cânticos, as danças e os rituais, assim como em escolas de outras aldeias, cujo número cresceu, graças à retomada de parcelas do seu território tradicional. Embora ainda não ocorreu a regularização fundiária de todas as terras, em cada aldeia funciona uma escola.  

Uma professora, a Mestra Japira Pataxó, em fevereiro deste ano recebeu da Universidade Federal de Minas Gerais o título de doutora por notório saber. Com quatro colegas, fiz parte da banca de doutorado de Japira Pataxó, líder política, xamã, curadora, condutora de cantos e danças, contadora de histórias de seu povo e autora do livro “Saberes das terras Pataxó: da Beira Mar à Mata Atlântica”. A Folha, com as Palavras Cruzadas exterminadoras, foi mais eficaz que os massacres coloniais e o Fogo de 51, ao garantir que Mestra Japira não existe.

Mas ela está viva. Seu neto Vitor Braz, de 22 anos, é que foi assassinado a tiros em Porto Seguro, em março. O autor dos disparos foi identificado e diz-que a polícia começou a procurá-lo. Um mês depois, Iris Braz, 44 anos, tio de Vitor, foi baleado e morreu. A mídia, extremamente chorosa com a morte da Rainha Elizabeth, 96 anos, minimizou todas essas mortes Pataxó. Não se trata de "algumas" mortes, mas de um genocídio em curso.

Não foram atos isolados. O pataxó Gustavo da Silva, adolescente de 14 anos, foi morto a tiros no último domingo (4), três dias antes da comemoração do bicentenário da Independência. “Independência pra eles, morte para nós” – escreveu em sua coluna da Folha Txai Surui, cuja terra indígena se chama ironicamente “Sete de Setembro”. Em nota, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) denunciou pistoleiros que cometeram o crime com armas calibre 12, 32, fuzil ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo.

Os caciques Pataxó igualmente exigiram a identificação e criminalização dos "assassinos de nossos parentes, os agentes locais que operam na propagação de mentiras e fake news para dar suporte e justificar a violência". Eles informaram que “os autores dos disparos, que já chegaram ao local em um Fiat Uno, permanecem na região, ameaçando lideranças indígenas”.

Descruzando palavras

Se Gustavo, Vitor e tantos outros Pataxó estavam extintos, então não houve crime. Ninguém pode matar quem não existe. Na verdade, o Pataxó de 14 anos foi morto duas vezes: pela bala de fogo e pela palavra cruzada, que tem o poder de fixar preconceitos.

O jogo de Palavras Cruzadas me foi apresentado no então Curso Primário do Colégio Aparecida, não lembro mais se pela irmã Dolores, no 1º ano C, ou pela irmã Paula, no 2º ano. Seu uso em sala de aula como suporte pedagógico e lúdico, estimula o pensamento, a linguagem, a ortografia, a memória e desperta a curiosidade, o que facilita a construção do conhecimento. Desde criança, tomei gosto pela coisa.

Há alguns anos, retomei os exercícios diários, prática reforçada quase em tom de brincadeira – ele é um gozador – em uma conversa com o médico José Augusto Messias, professor titular na área de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ, ex-presidente da Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro e membro da Academia Nacional de Medicina, quando apresentou a memória “Câncer gástrico: entre o desejo e a realidade”.

Nesses tempos de negacionismo, vale lembrar que ele é membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da New York Academy of Sciences, da American Association for the Advancement of Science, da National Geographic Society e fundador da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva. No entanto, sua maior titulação é ser filho da dona Marina e do seu Tarcísio, o que confere um peso imensurável às suas palavras, que não são cruzadas. 

A Folha nos oferece uma ocasião para pensar na responsabilidade que palavras, dicionários, livros, jogos de entretenimento e lazer têm de estabelecer ´verdades´, que contradizem a ciência e a história e acabam circulando no senso comum. Os Pataxó estão vivos.

Quando terminei o jogo das cruzadinhas, fiz o contrário do Rei Charles III: levantei-me do trono. Indignado, rasguei o fogo cruzado da Folha e puxei a descarga.

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23 Comentário(s)

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Romulo Andrade comentou:
16/09/2022
quinhentos anos de resistência: bravos Pataxó !
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Diário Causa Operária comentou:
13/09/2022
Pistolagem Urgente! Pistoleiros estão atacando novamente Aldeia Pataxó Pistoleiros atacam novamente a Aldeia Nova, da Terra Indígena Comexatibá, em Prado/BA, em ação contra a autodemarcação dos índios Pataxó Neste momento os índios Pataxó da Aldeia Nova, da Terra Indígena Comexatibá, em Prado/BA estão sendo atacados por pistoleiros. A comunidade está denunciando os ataques desde o final da tarde e se intensificou durante a noite. Esse é o segundo ataque após o assassinato de um menino Pataxó de 14 anos por pistoleiros contratado por latifundiários locais. Depois de ameaçarem através de gritos e em grupos, os pistoleiros chegaram a aldeia Nova por volta das 19h30 e fizeram outro cerco armado e ameaçaram atirar em mulheres e crianças, que fugiram mais uma vez para mata. A milícia do latifúndio foi até um ponto alto do local, próximo à uma caixa d’água e abriu fogo contra os indígenas. As denuncias são que além dos pistoleiros, policiais militares estão sendo contratados por latifundiários para atuarem como milicia para atacar as retomadas Pataxó. Diante dos ataques do latifúndio contra a autodemarcação é preciso criar comitês de autodefesa urgente. https://www.causaoperaria.org.br/rede/dco/moradia-e-terra/indigenas-e-quilombolas/urgente-pistoleiros-estao-atacando-novamente-aldeia-pataxo/
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Yawabitxi (Elder Lanes) comentou:
13/09/2022
Muito bom, meu caro. Claro, irônico, divertido mas - sobretudo - comprometido e crítico. E é nessa empreitada de expor um Brasil indígena que muitos desconhecem, ou negam conhecer, que estamos constituindo por aqui em Roraima um museu indígena. Esse, embora não tenha nome definido, já tem um espaço físico no centro da cidade e - mais ainda - uma missão: educar o branco. Na primeira semana de outubro, faremos um evento (consulta pública) para estruturar e planejar os próximos 10 anos... discutir temas como estrutura, setores, etc. Abraços e tudo de bom.
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Martina Annemarie Schymiczek comentou:
13/09/2022
Muito bom , a gente comerca se ligar mesmo , como as informacoes sao dados como veridicos e ainda fixam desta maneira lúdica na cabeca dos leitores. dorei o artigo.
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Eliane Potiguara comentou:
13/09/2022
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Ramon Rafaello comentou:
12/09/2022
VEJAM - https://www.youtube.com/watch?v=l5GAxr95cgs&t=1148s
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Christian Fischgold comentou:
12/09/2022
José Bessa contem comigo também. Adoraria ajudar o filme do Alberto sobre os Pataxó.
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José Bessa comentou:
12/09/2022
Christian, vc, já acaba de ser nomeado pelo Alberto e por mim como parte da equipe (rs) O título pode até ser esse: mesmo: OS PATAXÓ; QUANDO FOGO E PALAVRAS SE CRUZAM. Vamos fazer um projeto e buscar recursos..
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José Bessa comentou:
12/09/2022
Alberto, isso dá um filme. Um documentário sobre os Pataxó. Podemos pedir assessoria do Edson Kayapó. E também do Ramón Rafaello. Começamos com as Palavras Cruzadas, pegamos outros textos preconceituosos e exterminadores e entramos, então, no mundo Pataxó.
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Alberto Alvares Tupã Ray comentou:
12/09/2022
José Bessa, se quiser, podemos pensar juntos. O que acha? estou tranquilo e livre até a próxima Semana. Depois vou filmar até final de setembro. Em seguida, no dia 03 talvez vou p o Maranhão ensinar os parentes a fazer a montagem de filme. Hj vou confirmar a minha ida p Maranhão. Se caso não for, podemos pensar de realizar a reunião em outubro ou novembro. Mas quanto antes se a gente puder bater um papo ia ser bem Legal de irmos pensandos juntos.
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Luiz Pucú comentou:
12/09/2022
Caboco... sem dúvida a tua sopa de letrinhas não é igual ao do cruziverbalista que aceitou a sugestão da máquina cruzando palavras no terreirão onde corre sangue dos nossos parentes. O revanche é inevitável. Tua crônica emocionou. Te abraço.
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[email protected] comentou:
12/09/2022
Chega de genocídio, chega de ódio, não aguentamos mais. Parem de matar os Pataxó (e demais etnias pelo país)!!!! Um abraço querido professor
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MAURICIO NEGRO comentou:
11/09/2022
Mais uma Falha de Sumpaulo. Lamento, prof. Bessa. E ainda mais, a violência nossa de cada dia.
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Célia Maria comentou:
11/09/2022
Salve, Povo Pataxó!! (y) Salvem os Pataxó do extremo sul da Bahia!
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Eva Seiberlich comentou:
11/09/2022
Pertinente a sua crônica, Professor. Infelizmente, os povos originários ainda "invisíveis" aos olhos de muitos e totalmente desinformada.
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Sigrid Emmerich (via FB) comentou:
11/09/2022
O que está havendo é mesmo um genocídio e o terrivel é que a midia não dá a devida dimensão. ao que está ocorrendo sob nossos olhos.
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Conceição Rosa comentou:
11/09/2022
Infelizmente, essa realidade é invisibilizada até nos meios progressistas
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Ana Silva comentou:
11/09/2022
Excelente crônica, Bessa. Você coloca o dedo na ferida e os pingos nos is. Excelente domingo!
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Observatorio Indigenista comentou:
11/09/2022
ObservatórioIndigenista 10Set22 as 11hs no canal https://youtu.be/Da3zcMChFdA #InscrevaSe #Compartilhe Em seu último relatório “Violência contra os povos indígenas. Dados de 2021”, o CIMI registrou um aumento do número de assassinatos de indígenas no terceiro ano do governo Bolsonaro. Das 67 mortes por homicídio registradas para o ano de 2021, todas as 14 vítimas da Bahia eram indígenas Pataxó. Entre os 14 Pataxó assassinados, 4 jovens guerreiros eram da TI Comexatibá: Adilson Neves dos Santos, morto a tiros no dia 24 de fevereiro de 2021; Jackson Silva Amor Divino, morto a tiros no dia 08 de março de 2021; Nivaldo da Conceição Correia Junior, morto a tiros no dia 27 de março de 2021 e Leilson Santana Neves, morto a tiros no dia 20 de maio de 2021. A perseguição, as ameaças verbais e a violência armada não cessaram e na primeira semana de setembro, na calada da noite de domingo, dia 04 de setembro, pistoleiros covardes chegaram de carro atirando contra os indígenas. Gustavo Silva da Conceição, um jovem de 14 anos, foi baleado e morreu. O território onde o conflito ocorreu teve o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena (RCID) publicado em 2015. Esse RCID confirma a presença histórica dos Pataxó nessa região desde o século XVI. A demora na conclusão do processo de demarcação tem permitido o avanço de diversas monoculturas na região, com destaque para o eucalipto e para a agropecuária extensiva. Além disso, após a Instrução Normativa 09/2020, 58 propriedades foram certificadas por fazendeiros no sul e extremo sul da Bahia, incidindo sobre terras indígenas. Os fazendeiros vêm se fortalecendo e os Pataxó denunciam muita venda de terra ilegal na região, além da exploração irregular de madeira e de areia. Monitorados por drones, cercados de pistoleiros e de organizações criminosas a mando dos fazendeiros, os Pataxó se encontram acuados dentro de seu território sagrado e pedem socorro. Programa Observatório Indigenista com apresentação de Cris Tupan (Assistente Social), análises de Ana Zema (Historiadora), Sandra Nascimento (Advogada), Mariana Recalde (Economista), Nuno Nunes (Filósofo), João Maurício Farias (Cientista Social), Fábio Martins (Advogado).
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Valter Xeu comentou:
11/09/2022
Publicado em Pátria Latina - https://patrialatina.com.br/pataxo-quando-fogo-e-palavras-se-cruzam/
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D24 AM - Diário do Amazonas comentou:
11/09/2022
Publicado no Diário do Amazonas on line https://d24am.com/colunas/taquiprati/pataxo-quando-fogo-e-palavras-se-cruzam/
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Balbino Da Rosa Diniz comentou:
11/09/2022
Bom dia . É o desserviço deste cidadão , haja visto que o próprio vice presidente não assume sua etnia
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Joana D'Arc Fernandes Ferraz comentou:
10/09/2022
Excelente crônica! Parabéns! Lembrei que a Folha de São Paulo participou ativamente do golpe empresarial-militar de 1964. Desde sempre o extermínio das diferenças mancha as suas folhas. Muita força para os Pataxó!
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