CRÔNICAS

Meu colega Abimael Guzmán e o Sendeiro Nebuloso

Em: 19 de Setembro de 2021 Visualizações: 6665
Meu colega Abimael Guzmán e o Sendeiro Nebuloso

Um defunto na cadeia. Caso único de prisão perpétua além da vida. Mesmo depois de morto no sábado (11), Abimael Guzmán, 86 anos, continua preso. Sua esposa Elena, também encarcerada, pediu para sepultar o marido com base na lei que determina a entrega do cadáver aos familiares, mas na quinta (16), o Congresso do Peru modificou às pressas a legislação promulgada no dia seguinte pelo presidente Pedro Castillo em edição do Diário Oficial. Agora, cadáver de terrorista pode ser cremado e os restos mortais dispersados em lugar e data não revelados, evitando assim peregrinação e romaria ao túmulo. As cinzas serão lançadas ao mar. Quando? Uma incógnita.  

A notícia me toca de perto porque fui colega de Abimael Guzmán no Programa de Mestrado da Universidad Nacional de Educación, em Lima, onde ambos éramos professores. Ao longo de três anos, mantivemos contatos formais e esporádicos, um deles em setembro de 1976, quando sai, como todas as sextas-feiras, para dar minha aula no prédio da av. Salaverry, em Lima. Lá chegando, fui avisado que no lugar da aula haveria ato em homenagem ao líder chinês, Mao Tse Tung, falecido no dia anterior. Esse sim, enterrado com todas as pompas, depois de governar a China por 27 anos.  

No pequeno auditório, luzes apagadas, apenas duas velas acesas iluminavam a sombra de Abimael Guzmán, que presidia a cerimônia e, no breve discurso de abertura, recordou sua primeira visita à República Popular da China, em 1965, em plena Revolução Cultural. De volta ao Peru, fundou o Partido Comunista del Peru-Sendero Luminoso, que no início atuava abertamente, só cairia na clandestinidade em 1980 com o início da “guerra popular”, responsável em duas décadas de luta por 70.000 mortos, metade deles executados pelas forças da repressão e a outra pelos guerrilheiros. Dizem.

São Mao

Abimael deu a palavra a um aluno, que retratou para o público silencioso e reverente a vida exemplar de Mao, “um bebé prodígio, um gênio”. A narrativa, que o canonizava, parecia extraída do Flos Sanctorum – o livro sobre a biografia sem mácula de santos e mártires do cristianismo, sempre olhada com desconfiança. Confesso que, apesar de admirar Mao, eu assistia a tudo com distanciamento crítico, mas quando o orador interrompeu sua fala com um choro convulsivo, o grotesco se tornou sublime. Ele soluçava, não conseguia mais falar. Lágrimas aos borbotões. Seu choro era verdadeiro, de quem perdia um pai.

Para substituí-lo, Abimael chamou outro ex-aluno seu da Universidad Nacional San Cristóbal de Huamanga em Ayacucho, no centro dos Andes, que deu continuidade ao ritual com leitura de frases do Livro Vermelho de Mao sobre a dialética e como identificar nas lutas sociais a contradição principal e a secundária. Equiparou o “catecismo vermelho” a uma arma revolucionária, uma “bomba atômica espiritual” capaz de operar milagres, ajudando veterinários a castrar porcos e camponeses a proteger plantações das pragas. Lembrou que já idoso o “grande timoneiro” havia nadado 30 km no rio Yang Tsé num espetáculo demonstrador de sua forma física.

Abimael encerrou o ato com frase extraída do Siete Ensayos de interpretación de la realidad peruana, de autoria de José Carlos Mariátegui, que deu nome à facção: “El marxismo-leninismo es el sendero luminoso del futuro”. Os mestrandos, em sua maioria senderistas, defendiam a revolução camponesa no molde maoísta, numa salada de Mao com Mariátegui temperada com doses de fanatismo. Semanalmente, o dogmatismo emergia na disciplina Metodologia da Pesquisa que eu ministrava. Os acontecimentos da semana sempre invadiam a sala de aula, como ocorreu em 1975.   

Testemunhas de Mariátegui

Foi assim: o governo do general Juan Velasco Alvarado restabeleceu o diálogo com Cuba, oficializou a língua quéchua, reformou o sistema educativo e fez uma reforma agrária com o lema libertário de Tupac Amaru “Campesino, el patrón ya no comerá más tu pobreza”. Apesar disso, era classificado pelos senderistas de “fascista”, termo usado como ofensa e não como categoria analítica. Um dia, dividi com um traço de giz o quadro negro. De um lado, coloquei: Fascismo. De outro: Governo Velasco. Pedi que apontassem as características de cada um. Não souberam estabelecer a correlação entre um e outro. Um aluno chegou a dizer como um ato de fé:

- El Gobierno es fascista porque Mariátegui lo dijo.

Mariátegui, pensador peruano marxista conhecido internacionalmente por sua originalidade e morto em 1930, não podia tipificar algo que ainda não havia acontecido. Argumentei que a fidelidade ao seu pensamento devia se centrar no método de análise, que ele soube usar para entender o Peru de seu tempo. Tomá-lo ao pé da letra era agir como algumas seitas com a bíblia. Aliás, os críticos ao fanatismo do Sendero apelidaram seus militantes de “Testigos de Mariátegui” numa referência às “Testemunhas de Jeová”.

Na aula seguinte, copiei três frases no quadro e pedi que comentassem. Uma do Opinión Libre, jornal de ultradireita, outra do general Velasco, ambas criticadas com veemência pelos alunos senderistas por serem “produtos do fascismo”. A terceira frase atribuída a Mariátegui foi elogiada por sua “genialidade”. Revelei então a troca proposital de autores: a frase elogiada era, na verdade, do general Velasco, em seu discurso no Congresso de Americanistas escrito com assessoria de Darcy Ribeiro. Já a atribuída ao jornal ultradireitista, que eles criticaram, era de Mariátegui.

 - Haya de la Torre será portador de un fervoroso mensaje a la juventude – escreveu Mariategui sobre a rebelião estudantil na Universidade de Córdoba, Argentina, em 1918, quando Haya se preparava para presidir a Federação de Estudantes do Peru. Mas depois o velho político trocou de lado, o que tornava verossímil o uso da frase pela direita, em 1975, no contexto da propaganda de um comício por ele convocado.

A quarta espada

Minha relação com os alunos era tensa, mas relativamente amistosa. Diante da sala calada, comentei que aquele era um minuto de silêncio pela morte do dogmatismo, mas o representante da turma provou que eu estava errado. A lição que ele tirou foi outra:

- Camaradas, isso prova que não podemos confiar em citações feitas por professores revisionistas.

No entanto, no intervalo, um aluno que não me viu entrar na cantina, comentava para seu colega:

- Hoy el maestro nos ha cagado.

Foi o maior elogio que ouviu sobre o meu trabalho docente.

A última vez que encontrei Abimael Guzmán ocorreu no Seminário de Pesquisa em Educação, final de 1976. Com outro colega, Carlos Kawata, apresentamos uma ponencia sobre Ciência e Ideologia. Um aluno senderista fez uma intervenção nos espinafrando. Propus:

- Vamos dividir o debate em duas etapas. A primeira para as ofensas, com as quais estou habituado. A segunda para discutir o conteúdo do nosso trabalho. Quem mais quer ofender?  - perguntei, oferecendo o microfone aos participantes.

Não houve mais ofensas. Abimael, ali presente, se absteve de falar, com um ar enigmático que estimulava o culto à personalidade. Ele se autodenominou “a quarta espada do comunismo” atrás apenas de Marx, Lenin e Mao. Depois disso, acompanhei sua trajetória através dos jornais. Levado ao tribunal dentro de uma jaula e condenado à prisão perpétua, permaneceu encarcerado 29 anos. El Comercio comemorou a morte do “monstro” e o classificou como “o maior genocida da história do Peru”, ignorando e assim tentando apagar a memória dos massacres cometidos pelo poder político desde Francisco Pizarro, no séc. XVI, até as carnificinas de Barrios Altos e La Cantuta comandadas por Alberto Fujimori.

Chamar Abimael de “monstro” e cuspir sobre seu cadáver não ajuda a entender e mudar o Peru. Venerá-lo em romaria a um túmulo inexistente também não. O “Sendero luminoso” errou no uso condenável do método terrorista, mas não na necessidade, que não pode ser desqualificada, de lutar contra a desigualdade social, a miséria, a injustiça e a violência do Estado responsável por desaparecimentos, assassinatos e violações dos direitos humanos. Que o sendeiro nebuloso por ele trilhado seja efetivamente iluminado para a caminhada das novas gerações! Que o cadáver de Abimael possa, enfim, sair de sua prisão!

Mi colega Abimael Guzmán y el Sendero Nebuloso

Traducción: Maria José Alfaro Freire

Un difunto encarcelado. Caso único de prisión perpetua, más allá de la vida. Aún después de muerto el sábado (11), Abimael Guzmán, 86 años, sigue preso. Su esposa Elena, también encarcelada, pidió que sepultaran su marido conforme la ley que determina entregar el cadáver a los familiares. Pero el jueves (16), el Congreso del Perú modificó de manera precipitada la legislación, promulgada al día siguiente por el presidente Pedro Castillo y publicada en el Diario Oficial. Ahora, el cadáver de un terrorista puede ser cremado y sus restos mortales dispersados en lugar y fecha no revelados, evitando así peregrinaciones y romerías al túmulo. Las cenizas serán lanzadas al mar. ¿Cuándo? Una incógnita.  

La noticia me impacta porque fui colega de Abimael Guzmán en el Programa de Maestría de la Universidad Nacional de Educación, en Lima, donde éramos profesores. A lo largo de tres años, mantuvimos contactos formales y esporádicos, uno de ellos en setiembre de 1976, cuando salí como todos los viernes, para dar clases en la av. Salaverry, en Lima. Cuando llegué, me avisaron que, en lugar de clases,, habría un acto en homenaje al líder chino, Mao Tse Tung, fallecido el día anterior. Ese sí, enterrado con todas las pompas, después de 27 años de gobierno.  

En el auditorio pequeño, luces apagadas, solo dos velas encendidas iluminaban la sombra de Abimael Guzmán que presidía la ceremonia y, en un breve discurso de apertura, recordó su primera visita a la República Popular de China, en 1965, en plena Revolución Cultural. De regreso a Perú, fundó el Partido Comunista del Perú-Sendero Luminoso, que al inicio actuaba abiertamente, y a partir de 1980 pasó a la clandestinidad, con el inicio de la “guerra popular”, responsable en dos décadas de lucha por 70 mil muertos, mitad de ellos ejecutados por las fuerzas da represión y la otra por los guerrilleros. Dicen.

San Mao

Abimael cedió la palabra a un alumno, que retrató para un público silencioso y reverente la vida ejemplar de Mao, “un bebé prodigio, un genio”. La narrativa, que lo canonizaba, parecía extraída del Flos Sanctorum – el libro sobre la biografía sin mácula de santos y mártires del cristianismo, siempre vista con desconfianza. Confieso que, a pesar de admirar Mao, miraba a todo con distanciamiento crítico, pero cuando el orador interrumpió el discurso con un llanto convulsivo, lo grotesco se hizo sublime. Lloraba y sollozaba, no podía hablar. Lágrimas a chorros. Su llanto era verdadero, de quien perdía a un padre.

Para sustituirlo, Abimael llamó a otro exalumno suyo de la Universidad Nacional San Cristóbal de Huamanga en Ayacucho, de los Andes centrales, que dio continuidad al ritual leyendo frases del Libro Rojo de Mao sobre la dialéctica y como identificar en las luchas sociales la contradicción principal y la secundaria. Equiparó el “catecismo rojo” a un arma revolucionaria, una “bomba atómica espiritual” capaz de obrar milagros, ayudando veterinarios a castrar puercos y a campesinos a protegeren sus plantaciones de plagas. Recordó que ya anciano, el “gran timonero” nadó 30 km en el rio Yang Tsé, un espectáculo que demostraba su fortaleza física.

Abimael terminó el acto con una frase de Siete Ensayos de interpretación de la realidad peruana, de autoría de José Carlos Mariátegui, que dio nombre a la facción: “El marxismo-leninismo es el sendero luminoso del futuro”. Los estudiantes, en su mayoría senderistas, defendían la revolución campesina, siguiendo el modelo maoísta, una mezcla de Mao con Mariátegui salpicada con dosis de fanatismo. Semanalmente, el dogmatismo emergía en su curso de Metodología de la Investigación. Los acontecimientos de la semana siempre invadían la clase, como ocurrió en 1975.   

Testigos de Mariátegui

Así fue: el gobierno del general Juan Velasco Alvarado restableció el diálogo con Cuba, oficializó la lengua quechua, reformó el sistema educativo y realizó una reforma agraria con el lema libertario de Túpac Amaro: “Campesino, el patrón ya no comerá más de tu pobreza”. A pesar de esto, era clasificado por los senderistas como “fascista”, término usado como ofensa y no como categoría analítica. Un día, en clase, separé en dos la pizarra y escribí a un lado “Fascismo” y al otro “Gobierno Velasco”. Pedí que presentasen las características de cada uno. No supieron establecer la correlación entre uno y otro. Un alumno llegó a decir como un acto de fe:

- El Gobierno es fascista porque Mariátegui lo dijo.

Mariátegui, pensador peruano marxista conocido internacionalmente por su originalidad y muerto en 1930, no podía tipificar algo que todavía no había ocurrido. Argumenté que la fidelidad a su pensamiento debía centrarse en el método de análisis, que supo usar para entender el Perú de su tiempo. Tomarlo al pie de la letra era actuar como algunas sectas con la biblia. Además, los críticos al fanatismo de Sendero llamaron a sus militantes “Testigos de Mariátegui” en referencia a los “Testigos de Jehová”.

En la clase siguiente, escribi tres frases en la pizarra y les pedí que las comentaran. Una de Opinión Libre, diario de la ultraderecha, otra del general Velasco, ambas criticadas con vehemencia por los alumnos senderistas por ser “productos del fascismo”. La tercera frase atribuida a Mariátegui fue elogiada por su “genialidad”. Revelé entonces el cambio intencional de autores: la frase elogiada era, en verdad, del general Velasco, en su discurso de apertura del Congreso de Americanistas escrito con asesoría de Darcy Ribeiro. Y la frase atribuida al diario de ultraderecha, que ellos criticaron, era de Mariátegui.

 - Haya de la Torre será portador de un fervoroso mensaje a la juventud – escribió Mariátegui sobre la rebelión estudiantil en la Universidad de Córdoba, Argentina, en 1918, cuando Haya se preparaba para presidir la Federación de Estudiantes del Perú. Ya después, convertido en un viejo político, cambió de lado, lo que hacía verosímil ese discurso como de la derecha, en 1975, en el contexto de propaganda de un acto político convocado por Haya.

La cuarta espada

Mi relación con los alumnos era tensa, pero relativamente amistosa. Frente a una clase callada, comenté que aquél era un minuto de silencio por la muerte del dogmatismo, pero el representante de la clase sacó otra lección:

- Camaradas, eso prueba que no podemos confiar en citaciones hechas por profesores revisionistas.

Sin embargo, en el intervalo, un alumno que no me vio entrar en la cantina, comentaba con un colega:

- Hoy el maestro nos ha cagado.

Fue el mejor elogio que escuché sobre mi trabajo docente.

La última vez que encontré a Abimael Guzmán fue en el Seminario de Investigación en Educación, a fines de 1976. Con otro colega, Carlos Kawata, presentamos una ponencia sobre Ciencia e Ideología. Un alumno senderista hizo una intervención insultándonos. Propuse, entonces:

- Separemos el debate en dos etapas. La primera para ofensas, a las que estoy habituado. La segunda para discutir el contenido de nuestro trabajo. ¿Alguien más quiere ofender? – pregunté ofreciendo el micrófono a los participantes.

No hubo más ofensas. Abimael, allí presente, se abstuvo de participar, con un aire enigmático que estimulaba el culto a su personalidad. Él se autodenominó “la cuarta espada del comunismo” después de Marx, Lenin y Mao. Posteriormente, seguí su trayectoria a través de los diarios. Lo llevaron al tribunal dentro de una jaula, fue condenado a prisión perpetua y permaneció encarcelado 29 años. El Comercio conmemoró la muerte del “monstruo” y lo clasificó como “el mayor genocida de la historia del Perú”, como un intento de apagar la memoria de masacres cometidos por el poder político desde Francisco Pizarro, en el siglo XVI, hasta las matanzas de Barrios Altos y La Cantuta comandadas por Alberto Fujimori.

Calificar Abimael de “monstruo” y escupir sobre su cadáver no ayuda a entender el Perú. Venerarlo en romería a un túmulo inexistente tampoco.  “Sendero luminoso” se equivocó en el uso condenable del método terrorista, pero no en la necesidad que no puede ser descalificada, de luchar contra la desigualdad social, la miseria, la injusticia y la violencia del Estado responsable por desaparecimientos, asesinatos y violaciones de los derechos humanos. ¡Que el sendero nebuloso trillado por él sea efectivamente iluminado para el caminar de las nuevas generaciones! ¡Que el cadáver de Abimael pueda, por fin, salir de su prisión!

 

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28 Comentário(s)

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Rodrigo Martins Chagas comentou:
01/10/2021
Excelente crônica professor, vou compartilhar aqui! Que legal não sabia que o senhor tinha dado aula no programa de Mestrado da Universidad Nacional de Educación, em Lima, Um abraço querido professor
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Susana Grillo comentou:
25/09/2021
Bessa, que rico texto Muitas dimensões se cruzam. Me chamou a atenção a intervenção pedagógica aos moldes de Sócrates. Ilumina a importância do papel do professor na construção/desconstrução do conhecimento analítico. Parabéns !
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Heliete Vaitsman comentou:
22/09/2021
Muito bom, abaixo os dogmas,!
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José Carlos Sardinha comentou:
22/09/2021
Babá:vc que viveu e conviveu com tanta gente e tantas correntes,talvez pudesse, um dia(Se já não o fez) escrever um crônica abordando as diferenças teóricas das diversas correntes e principalmente os diversos padrôes comportamentais de seus militantes.
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Magela Ranciaro (via FB) comentou:
21/09/2021
Que memória essa… apesar de tensa, não deixa de ser comovente. Incrível!!
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Giane Lessa comentou:
21/09/2021
Muito bom, Bessa!!! Vou usar esse texto em sala de aula!!!
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Leo Ribeiro comentou:
21/09/2021
Que textaço! Fiquei de queixo caído.
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Marcelo Sant'ana Lemos comentou:
21/09/2021
Muito interessante esse seu depoimento!!!
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Nilda Alves comentou:
20/09/2021
Querido Bessa, a memória sempre tem um lugar importante. Uma das coisas que muito me incomodou a partir da Comissão da Verdade foi o esquecimento do PCB nas homenagens e não se ter mostrado como alguns grupos de esquerda erraram. Mas enfim, vida que segue. Desse teu artigo a experiência pedagógica - do jovem professor provocador e inventivo - vai ser conhecida, garanto. É maravilhosa. Estou mandando para o grupo de pesquisa e para outros colegas ressaltando isso na seguinte mensagem: “Memória de um período duro na América Latina, mas quero indicar a leitura da aula que Bessa deu nesse período no Peru. Leiam. Excelente experiência pedagógica. Para quem não sabe, José Bessa é nosso colega na Faculdade de Educação do campus Maracanã, excelente jornalista e um estudioso dos povos indígenas no Brasil. . Estou começando todas as falas públicas que estou tendo hoje com a seguinte afirmação: "Nós docentes formamos a maior categoria profissional do Brasil. Isto precisa significar alguma coisa. E significa a necessidade de colocar o que é preciso mudar na Educação nos programas de governos que pretendam ser eleitos em 2022. Isto precisa significar alguma coisa!!!!" Grande abraço Nilda PS Tenho uma boa história em que o termo "sendero luminoso" aparece (na posse de Sanguinetti, primeiro presidente uruguaio eleito após a ditadura - estava no Uruguai na ocasião por motivo completamente diferente). E outra história que a complementa. Um dia eu te conto.
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Valter Xeu comentou:
20/09/2021
Versão digital publicada no blog PATRIA LATINA http://patrialatina.com.br/meu-colega-abimael-guzman-e-o-sendeiro-nebuloso/
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Renato Amram Athias comentou:
20/09/2021
Te envio o inicio da matéria publicada por "The Economist" intitulada: THE MONSTER HIDING IN THE SUBURBS. For a dozen years from 1980 a malign, invisible presence haunted Peru, acquiring ever greater menace. Abimael Guzmán, a Marxist philosopher who created a shadowy terrorist army called Sendero Luminoso (Shining Path), ordered massacres, murders, car bombs and the destruction of police stations. Yet he never appeared in public. His capture in 1992, through old-fashioned detective work, meant he spent the rest of his life in a maximum-security prison. By the time he died, on September 11th, aged 86, many Peruvians had little memory of him. His death leaves several unanswered questions. Sendero was unlike any other guerrilla movement in Latin America. Mr Guzmán was inspired by Maoist China, which he visited twice during the Cultural Revolution, rather than Cuba
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Aurora Cano– comentou:
20/09/2021
O partido Peru Libre (PL) votou contra a lei que não permite sepultar pessoas consideradas terroristas. O congressista Guillermo Bermejo (PL) declarou que respeita a decisão do presidente Pedro Castillo de promulgar a lei que permite cremar os restos de Abimael Guzmán e assegurou que manter viva a figura de Abimael beneficia os partidos de direita e em especial Força Popular. “Creio que quem mais necessita o fantasma do terrorismo e, portanto, de Abimael vivo, embora morto, é a extrema direita e o sobretudo o fujimorismo”.
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Mailsa Passos comentou:
20/09/2021
Crônica fantástica, Jose José Bessa !! Uma aula das boas sobre a America Latina.
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Eunice Dias de Paula (via FB) comentou:
19/09/2021
Muito bom, prof.Bessa. Conhecemos tão pouco a respeito dos países irmãos da América Latina!
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Luiz Pucú comentou:
19/09/2021
Gosto de ter um amigo que é a história em pessoa...PAIDEGUAÇO
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Gleice Oliveira comentou:
19/09/2021
Muito bem, José Bessa. Me parece importante destacar 3 temas que vc pontua e com os quais tenho concordância: a posição de Gusmán e do Sendero Luminoso na luta de classes (nunca esteve alinhado à direita, bem o contrário); o equívoco quanto ao culto á personalidade e ao método do terror; a cobrança de que devolvam o corpo de Gusmán. Abração.
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Sirlene Bendazzoli (via FB) comentou:
19/09/2021
Excelente José Bessa obrigada por iluminar esse sendero!
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Darlene Yaminalo Taukane comentou:
19/09/2021
Eu sempre adoro ler seus artigos Professor José Bessa . Gratidão por compartilhar comigo os teus SABERES
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Erlan comentou:
19/09/2021
Eu fico realmente triste e afetado por essa (e outras) injustiças que acontecem pelo mundo. Eu fico revoltado, me dá mt raiva tudo isso.
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Rosemere Pires Dos Santos comentou:
19/09/2021
Olá professor José Bessa, boa tarde! Como é possivel, ainda convivermos com atitudes de governos assim, nos dias de hoje, não? Triste e hipocrisia pura! Sinto muito! Abraços.
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Marcelo Timotheo comentou:
19/09/2021
Bessa querido, muito bom ler você. PS: você devia imprimir e enquadrar o "maior elogio" que recebeu. Adorei. Hahahah. Um abraço.
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Tania Pacheco comentou:
19/09/2021
Versão digital no blog Combate - Racismo Ambiental do artigo publicado no Diario do Amazonas https://racismoambiental.net.br/2021/09/19/meu-colega-abimael-guzman-e-o-sendeiro-nebuloso-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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Rosa Farias comentou:
19/09/2021
O fanatismo sempre bloqueia o pensamento crítico. Com todo o máximo respeito, mas os senderistas fanáticos, em que pese a ENORME diferença de objetivos com o - aí sim - genocida Bolsonaro, agem como os bolsominions. Não querem ver a realidade se ela contraria a sua crença.
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Weber Figueiredo da Silva comentou:
19/09/2021
José Bessa Caramba, que história! parabéns pelo relato.
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felipe José Lindoso comentou:
19/09/2021
Bessa, excelente. Para complementar, o link de um artigo recentíssimo do Rodrigo Montoya sobre "el presidente Gonzalo" https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fbit.ly%2F2VSoO45%3Ffbclid%3DIwAR0Qnt6klbbbDK_dDqnL7qyy7W5aYpRoaRLuohXOKRHgW_ZKzZSxaIhETmo&h=AT3anQ7tT8c4BhJhZ8_oG8UMvM1z9pkAHvzk9XJQ3m-zAIMtTv-g2U0bAsmGp5e5iY6R38Au9qsJT1s3FbAQSQX5jn8lfUzqQg253EEb9wtaww-IVqWrh1szD1XNA5nCDA&__tn__=%2CmH-R&c[0]=AT2QaHzTluERLlkg7NEny329FFO0haun6gQ4ZF-A_S5MznFW_WEl7Qa4SmZk-w29ocxX77I2Jm1IscVqatwW8t-5iIcqKoFlmswHLVPnFjjUhE0yoO4nPOFO14twnKR_QXR1nacLcgl1xzqTUcuphCSWbg Os Sete Ensayos tem uma tradução em português (perpetrada por mim), no cartálogo da editora Expressão Popular.
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Taquiprati com Rodrigo Montoya Rojas comentou:
19/09/2021
Felipe, EX-CE-LEN-TE o artigo do Montoya.. Transcrevo aqui último parrágrafo: para dar vontade aos eventuais leitores de lê-lo. "Abimael sigue muriendo, no sabemos hasta cuándo, no ha terminado de morir; lo creen vivo quienes no han visto ni una foto de su cadáver, deben verlo antes de creer; y los que, sin haberlo visto, creen la versión oficial. También yo, creo que murió, enfermo, con 86 años, 29 en una prisión de alta seguridad de la que no pudo huir ni ser rescatado. No obstante, hay algunos muertos que siguen viviendo; por un tiempo, no eternamente, porque ni el tiempo es eterno y todo lo que comienza, termina"
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Maria Luiza Pinedo Ochoa comentou:
19/09/2021
Obrigada pelo texto, importante entender o contexto histórico social e politico do Peru, principalmente no tempo do Sendero e do que está acontecendo hoje. Professor Bessa importantes as suas colocacoes, pena que muitos nao acompanharam o relatorio da Comissao de Direitos Humanos com relacao ao governo De Fujimori
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Carlos Walter Porto Gonçalves comentou:
19/09/2021
Excelente, Bessa, excelente. Mais uma vez corajoso, certeiro e bem escrito. Diante do dogmatismo amigo vou de |Itamar Assunção, o poeta negro: "Chavão não abre porta grande". Ou, se preferires, amigo, outra pérola anti-dogmática: "Entre o Sim e o Não existe um vão". Parabéns, Bessa.
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