CRÔNICAS

Carnaval no MEC: a piragua do Ricardón

Em: 03 de Março de 2019 Visualizações: 16553
Carnaval no MEC: a piragua do Ricardón

Ê ê, ê á, Não faz marola pra canoa não virar (Marcha A.Almeida-Batista-1958)

Era la piragua de Guillermo Cubillos. (Cumbia José.Barros-Carlos Vives-1967)

Exmo. Sr. Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez

Compañero Ricardón,

Aproveito o carnaval, quando o mundo pode ser lido às avessas, para te escrever.  Permíteme que te tutee. Afinal, somos colegas. Você deu aulas nas duas universidades em que trabalho desde 1987. A UERJ nos une, a UNIRIO nos reúne. Durante alguns anos, compartilhamos os mesmos espaços físicos. A gente deve ter se cruzado por aí em algum corredor. Por isso, cara, a tua cara não me é estranha.

É na qualidade de colega que me surpreende tua recomendação a diretores de escolas para que filmem alunos perfilados cantando o hino nacional, com o slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Que ideia genial e original! Ela abre caminho para outras técnicas pedagógicas igualmente audaciosas como a palmatória, a sabatina, o joelho no milho, o chapéu de burro, o quartinho escuro e a obrigatoriedade da disciplina de Educação Moral e Cívica (EMC) da qual você foi professor. 

Escola com partido

Dizem as más línguas que você, Ricardón, entrou na Uerj por uma janela verde-oliva, em 1985, a convite do então coordenador da Pós-Graduação em Estudo de Problemas Brasileiros (EPB), general João Bina Machado, para formar professores de EMC, EPB e Organização Social e Política do Brasil (OSPB), disciplinas criadas em 1969 pela ditadura militar e tornadas obrigatórias no sistema de ensino. O seu lema era “Deus, Pátria, Família”.

O objetivo de tais disciplinas era fazer lavagem cerebral, ameaçando os alunos com o fantasma do comunismo, amestrando-os para apoiarem o regime militar, que suprimiu as liberdades democráticas, censurou, prendeu, torturou e matou. Tudo isso apoiado na doutrina de Segurança Nacional. Era a escola com partido. Depois que a ditadura caiu do galho e deu dois suspiros, me desculpa, mas votei no conselho Universitário, em 1988, pela extinção do Mestrado na gestão do reitor Ivo Barbieri. A última dissertação – ufa! – foi defendida em 1993, mas antes disso, Ricardón, te deram o bilhete azul.

Você registra no teu currículo Lattes ter sido, no mesmo período, professor na UNIRIO, havendo colaborado com a organização da Pós-Graduação em Memória Social, justamente o programa ao qual estou vinculado. Uma ata da décima reunião do Colegiado (13/02/1989) do então Mestrado em Administração de Centros Culturais registra sua única, mas valiosa contribuição: “Ricardo Vélez Rodriguez lembrou da possibilidade de se obter apoio da Unesco e da OEA para um programa de professores visitantes”.  

Agora, Ricardón, você traz essa experiência para o Ministério da Educação, uma vitrine do nosso país, numa área que já projetou internacionalmente educadores como Paulo Freire, Darcy Ribeiro, entre outros, que pregavam a educação para a liberdade e o incentivo ao senso crítico. Uma recente entrevista à revista Veja também repercutiu mundo afora. Lá, talvez generalizando o comportamento de colegas de ministério, cinco dos quais respondem a ações na Justiça, você afirma:

- “O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisa dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião, acha que pode sair de casa e carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”.

A paudagogia

A escola, efetivamente, pode ensinar o brasileirinho a não pecar contra o sétimo e o décimo mandamentos. O aluno que canta, perfilado, o Hino Nacional, diante da bandeira do Brasil, não tem tempo sequer para tomar conhecimento dos maus exemplos do Flávio Bolsonaro e do Queiroz que cobiçam as coisas alheias.

No entanto, essa proposta programática do MEC, bombardeada pela oposição, infelizmente sofreu alterações. Você recuou e, num primeiro momento, suprimiu o slogan, dando a impressão de que aceita que o Brasil não está acima de tudo, nem Deus acima de todos. No segundo recuo você admitiu que a filmagem dos alunos cantando o Hino Nacional tem de ser previamente autorizada pelos pais como manda a lei. A proposta ficou descaracterizada, justamente no momento em que essa cruzada moralista estava tomando embalo.  Como disse Michel Temer “é preciso manter isso, viu?”.

A melhor defesa é o ataque, colega Ricardón. Respaldado pela filosofia colonial de que “la letra con sangre entra”, o próximo passo é recomendar aos diretores de escola a volta da palmatória, aquela redonda, de madeira, com vários furos que aumentam a velocidade do golpe e a dor. Embora considerado crime na maioria dos países, seu uso nos Estados Unidos conta com o apoio de Trump. O senador Vernon Asbill justifica que a punição mantém os alunos na linha, pois o castigo físico “ajuda a construir o caráter dos alunos e contribui para que tenham notas mais altas”.

Existe melhor modelo do que os Estados Unidos? Segundo dados do Departamento de Educação Federal em dois anos 223.190 crianças foram alvo de punição corporal nas escolas, algumas delas, revoltadas, de quando em quando disparam tiros contra colegas e professores, mas como disse seu chefe máximo, sempre há efeitos colaterais, vitimando inocentes.

Santa Luzia

De qualquer forma, se retoma a “paudagogia” a qual foram submetidos os índios em todo o continente e da qual somos herdeiros. Originalmente, os índios educavam sem castigar, mas depois aprenderam que existe a porrada afetiva como testemunha no séc. XVIII o padre Parras:

- “(Os índios) internalizaram tão profundamente a ideia de que o castigo é um sinal de amor, que de vez em quando um índio vinha reclamar ao padre porque não era castigado, pois era um sinal de que não era amado. Então, o padre mandava dar-lhe 25 chicotadas, aplicadas sempre publicamente, no meio da praça”.

O missionário Anton Sepp, na mesma época, empregava uma metodologia que terceirizava o espancamento:

 - “É preciso instigar os índios com palavras e até com o chicote; um índio chicoteia o outro por ordem do missionário, como faz o professor com o aluno, de tal sorte que a pessoa castigada jamais se queixa nem dá o menor sinal de impaciência; ao contrário, depois de receberem os açoites, procuram o padre, beijam a sua mão e dizem: ‘Senhor Padre, aguyó beté yebis, que quer dizer: agradeço mil vezes as chicotadas que me corrigiram e me fizeram aprender a ter juízo”.

Colega Ricardón, na escolinha do bairro de Aparecida, em Manaus, na minha infância, nunca beijei a mão da professora Lourdes Normando. Ela me obrigou a ajoelhar no milho e me deu muitos bolos com a Santa Luzia – esse era o nome da palmatória destinada a abrir os nossos olhos. Nas sabatinas organizadas toda sexta-feira, dona Lourdes, usando a técnica do padre Sepp, fazia um círculo com os alunos e perguntava:

- Oito vezes cinco, menos dez, dividido por dois, mais sete?  

Se o aluno errava ou demorava, ela passava a pergunta para o seguinte, para o outro e para o outro, até que alguém acertava e era obrigado a dar bolos em todos os colegas que erraram ou não responderam. Um dia, errei e quem acertou foi Geraldão, o meu melhor amigo. Solidário, pegou leve e por isso levou vários bolos da dona Lourdes “para não trapacear” - disse ela.

Tá certo, da tabuada só sei metade da missa. Parece que tal método não forma cientistas nem cidadãos, mas indivíduos obedientes e dóceis – dizem os críticos como seu conterrâneo Rodolfo Llinás, que é neurocientista:

- El problema es que no nos enseñan a hacer preguntas, nos enseñan a dar respuestas a preguntas tontas.

A ciência nasce da ruptura de parâmetros, o que pode ser interpretado por certos setores como indisciplina. Há quem diga que sua canoa é furada, colega Ricardón, e que pode naufragar com a marola, quando é melhor navegar na piragua de Guillermo Cubillos que “ïmpasible desafia la tormenta”.

Siga sua própria receita, Ricardón. Sugiro que para dar bom exemplo o próprio ministro seja filmado cantando o “hino nacional brassilenho” com seu delicioso sotaque cachaco bogotano e depois envie às escolas. Os alunos vão adorar.

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23 Comentário(s)

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Gerusa Pontes de Moura comentou:
05/03/2019
Olá professor. Me lembro bem de ver professores chamando alunos de burros, colocarem de castigo olhando para a parede em total constrangimento. Chega dói o coração pensar que isso possa voltar a ser um exemplo de como fazer de crianças rebeldes (vai vendo) um cidadão. Sinceramente, eu não aguento olhar para esses atuais governantes. O senhor como sempre sendo a nossa voz, o senhor sim me representa.
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Paulo José Cunha- Jornalista, professor e escritor comentou:
05/03/2019
Meu queri Bessa, Certeiro como um Xavante, você desmontou a imbecilidade e o imbecil que a propôs. Aqui em Brasília ainda há quem acredite nesse colombiano, mas muitos já começam a desistir, tamanha a carga de sandices, babaquices, tolices e outras ices toda vez que abre a boca. Pois escute um segredo: eu até concordo com a volta da palmatória, desde que ele seja meu aluno... Quá, quá, quá! Abraços, irmão. E viva a pimenta murupi! E viva essa Amazônia querida! Tua crônica me chegou via Aldísio. Ainda bem que o Criador me agraciou com amigos maravilhosamente doidos como ele e tu.
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Tibério comentou:
04/03/2019
Sei não. . . voce tá se tornando um problema para este nosso novo eclético governo! Tua memória não permite que algo fique em brancas nuvens. Por um acaso você nasceu a dez mil anos atrás (fiquei na dúvida, se usasse o h poderia usar o atrás?) e tem alguma coisa que você não saiba demais?
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Márcio D'One Campos comentou:
04/03/2019
Carnaval no MEC: a piragua do Ricardón Do caro e brilhante amigo José Bessa, uma competente carta para o incompetente Ricardón, Misinistro de la Educación. Excelente, irônica e pertinente! Bessa, linguista e muito mais, envereda até mesmo pela física ao comentar: "...recomendar aos diretores de escola a volta da palmatória, aquela redonda, de madeira, com vários furos que aumentam a velocidade do golpe e a dor." Isso me lembrou - logo que cheguei à Montpellier (FR) - quando em 1966, no pátio da nossa "Residência de Jovens Casais", ao entardecer, via-se muitos pais recolhendo seus filhos ao lar, armados de "martinet" em punho - chicotinho de múltiplas tiras curtas, popularíssimo na época. Referindo-me, surpreso, a essa constatação em conversa com um colega no laboratório, fui obrigado a ouvir sobre os "benefícios" de tal costume: Para que a educação da criança seja eficiente, o "martinet" é necessário, mas tem sempre que ser percebido um pouco de sangue pela criança castigada. Sem isso o corretivo não perdura.
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Rodrigo Martins Chagas comentou:
04/03/2019
Bom dia, professor Bessa, tudo bem? Professor, mais uma crônica primorosa que o senhor nos presenteia. Esse ministro deveria pensar em medidas concretas para melhorar a estrutura das escolas, o salário dos professores e concordo com o senhor daqui a pouco ele vai sugerir a palmatória, joelho no milho entre outras barbaridades. Um abraço querido professor! PS: Professor, mais uma vez muito, muito obrigado pela belíssima postagem no facebook ficou linda (estava pensando no que escrever e me deparei com aquele maravilhoso texto do senhor, foi um verdadeiro show, uma surpresa maravilhosa, muito obrigado querido professor)! Nunca tinha recebido tantas curtidas e comentários carinhosos em um único post. Muito obrigado pela amizade e parceria desde sempre. Um abraço querido professor!!
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Cristina Altman comentou:
04/03/2019
Querido Bessa, na mosca, em fina ironia, como sempre. Abraços
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veronica comentou:
04/03/2019
excelente professor!...mil vezes obrigada por tua inteligencia sagacidade pontual! esse governo está sendo uma grande caricatura de péssimo gosto...impossível de levar a sério...agora estão cotando o nosso ex-colega Edward Luz para Funai...a unica coisa boa que podemos esperar de mais essa canalhice de plantão é outra cronica afiada de sua pena! grande abraço a gente enverga mais não cai
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Márcio Silva comentou:
03/03/2019
Prof. Bessa já antecipou as loucuras do ministro Vélez Rodriguez, primeiro foi a papagaiada de obrigar a cantar a hino. Daqui a pouco, ele vai sugerir a volta da palmatória. Os mais velhos vão lembrar dessa.
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C~elia Satyio comentou:
03/03/2019
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Ivo Barbieri comentou:
03/03/2019
Meu caro Bessa. Cumprimentos efusivos pela sua coluna de hoje. Seu texto é inteligente, bem argumentado e bem fundamentado. Adorei seu sutil toque de ironia. O problema é que certamente o destinatário da carta não vai entender nada, tal o fosso entre o verdadeiro professor universitário que se doa à educação com ética e competência e o arrivista estouvado. Muito oportuna a sua referência à votação pelo Conselho Universitário da UERJ, que foi a primeira no país a extinguir a excrescência da OPB imposta pela ditadura numa intervenção inédita na autonomia acadêmica. Desse feito devemos sempre nos orgulhar da decisão certa que tomamos quae sera tamen. O exercício grotesco do poder pelos atuais ocupantes do planalto, a única compensação que pode nos instigar à resistência é que pasaran em tempo muito menor dos vinte e tantos que atravessamos na escuridão. Confesso ao amigo que minha capacidade de tolerar tanta besteira deste governo passou doas limites. Não encontro outra palavra mais leve do que esta: nojo. Abraço solidário de amigo. Ivo
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Jorgedete Maria Thomaz (via FB) comentou:
03/03/2019
Essa descrição da vida profissional do ministro deve ter sido apresentada como curriculum para escolha ao cargo.
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MARCIA PARAQUETT FERNANDES comentou:
03/03/2019
Adorei a sugestão. Vamps filmar os adolescentes reagindo à gravação do Sinistro da Educação cantando o hino nacional kkkkkkkk
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Clovis Brighenti comentou:
02/03/2019
já li Bessa. Muito boa e oportuna. Sugiro que ponha num envelope e mande pro ministro
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Sandra Albernaz de Medeiros (via FB) comentou:
02/03/2019
Mais uma vez, uma crônica inteligente e com uma dose de ironia no ponto!! José Bessa você é uma joia!!!
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Josefa M. Pantoja Tarabossi (via FB) comentou:
02/03/2019
Caríssimos, leitura pertinente! Podem lê-la, garantia de lucidez e conhecimento de causa do nobre Professor José Bessa. Boa tarde!
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Luciana Freitas comentou:
02/03/2019
José Bessa em mais uma crônica excelente. Essa é para o colega dele, Ricardón (Vélez Rodríguez).
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Ana Silva comentou:
02/03/2019
Bravooooo! Que crônica deliciosa, o texto diz tudo! Num pais sem remuneração adequada aos professores, escolas caindo aos pedaços, salas cheias, sem merenda, sem estrutura nenhuma, esse filho do cão canhoto quer obrigar o canto do hino nas escolas e nos adestrar as crianças? Estúpido, cretino, imbecil. Volta para o teu país EJEPE'A Bozo e Ricadón! Bessa, sempre afiado e certeiro.
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Sandra Silva (via FB) comentou:
02/03/2019
Meu professor,mais uma vez parabéns por manter o humor diante de momentos tão espantosos. Durante a leitura me vi cantando uma música que cantávamos sempre ( anos 70) sobre o futuro das crianças do Brasil! A repetição virou "memória " não sei se afetiva mas ficou! "Nós crianças do Brasil , desde cedo aprendemos como é bom participar do progresso do país...(lá, lá..) Isso é um perigo! Forte abraço!
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Kadakawali Baniwa (via FB) comentou:
02/03/2019
Prof. Dr. Ribamar Bessa , concordo com suas palavras . Nós indígenas estamos indignados com esse cidadão.
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Rejane Peres Costa comentou:
02/03/2019
Que revelação! Ele deu aula na Uerj e Unirio, instituições que estudei. Realmente ele é só passagem...
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Márcio Silva comentou:
02/03/2019
Prof. Bessa já antecipou as loucuras do ministro Vélez Rodriguez, primeiro foi a papagaiada de obrigar a cantar a hino. Daqui a pouco, ele vai sugerir a volta da palmatória. Os mais velhos vão lembrar dessa.
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Arlete Schubert (via FB) comentou:
02/03/2019
Excelente texto! Direto e reto e cheio de sutilezas delicadas. O que ha de novo sobre o cabra da Educaçao Vale ler a cronica
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Alessandra Marques comentou:
02/03/2019
Que brabeira, hein! Sacoisa foi professor da UNI-RIO e UERJ! Olham... só QI explica uma coisa dessa. Todo brasileiro é ladrão", disse essa besta fera que aceitou cargo num governo de brasileiros golpistas.
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