CRÔNICAS

Olha o índio aí, gente! (versión en español)

Em: 26 de Fevereiro de 2017 Visualizações: 111505
Olha o índio aí, gente! (versión en español)

"Sangra o coração do meu Brasil.

 O belo monstro rouba as terras dos seus filhos

 devora a mata e seca os rios".

 (Samba da Imperatriz Leopoldinense , 2017) 

Tem um Brasil que está morrendo e outro que está nascendo dentro de um país de cores e cantos tão diversos. Para identificá-los, não precisa ser médico-legista nem parteira. Basta observar neste carnaval o desfile na Sapucaí, mas com os olhos bem abertos para não confundir um com o outro, já que nenhum dos dois tem samba no pé. Um deles arrasta os pés, mancando, porque, decrépito, está com esclerose múltipla, enquanto o outro, hesitante e trôpego, está aprendendo a andar e ensaia no sambódromo seus primeiros passos. Só pode ver a diferença quem, entendendo a língua dos pássaros, das árvores e dos rios, é capaz de decifrar seus gemidos.

Berço do renascimento

O Brasil com um pé dentro do caixão fez tudo para abortar o parto do Brasil com um pé fora do berço. Em vão. Domingo (26), logo depois da meia-noite, cerca de 3.000 componentes da Imperatriz Leopoldinense, entre eles Raoni e outros índios, desfilam em 32 alas e seis carros alegóricos com a rainha de bateria, Cris Vianna, e mestre Lolo no comando da percussão. "Xingu, o clamor da floresta" canta aquilo que foi explorado na Rio-92 por Daniel Matenho Cabixi, um intelectual Pareci, com a palestra "As tecnologias dos povos indígenas na preservação do meio ambiente" publicada pela UERJ.

O enredo celebra os saberes das etnias que vivem no Parque Indígena do Xingu (MT) e a contribuição das civilizações indígenas - "a primeira semente da alma brasileira" - na defesa da natureza agredida, da beleza e exuberância de cores da floresta e de rios limpos e piscosos. Exalta as pinturas corporais, o artesanato, os instrumentos musicais - as flautas e os maracás, a liberdade e a memória sagrada. Dá visibilidade aos índios, fazendo aquilo que a escola, que não é de samba, devia fazer, mas raramente faz. A letra do samba-enredo já foi tema de aulas no Colégio Faria Brito, Zona Oeste do Rio e no Colégio-Curso Martins, em Vila Isabel, Zona Norte, contribuindo para a implementação da Lei 11.645 que torna obrigatória a temática indígena em sala de aula. "Salve o verde do Xingu, a esperança, a semente do amanhã!".

Esse Brasil que nasce e que está aprendendo a ficar de pé inaugura o diálogo do carnaval com a academia e com os índios, quase sempre discriminados como atrasados ou então folclorizados como exóticos. Da Antropologia, a escola de samba toma emprestado o trabalho de campo como forma de entender o outro, o diferente. Busca na Museologia a curadoria compartilhada com os índios na organização de exposições. Recorre à História para abordar acontecimentos com o conceito de longa duração de Fernand Braudel, abandonando o fatual, nomes de heróis fajutos e sucessão de datas inúteis.

Foi assim que, assessorado pelo antropólogo Carlos Fausto do Museu Nacional (UFRJ), o carnavalesco Cahê Rodrigues se deslocou ao Xingu onde conviveu com os índios, observou o cotidiano e com eles concebeu o enredo. Viu a área contaminada por agrotóxico, causador de câncer que já matou muitos índios. Viu os rios secando e a mata morrendo.  "Voltei de lá com outra cabeça" - disse em entrevista. Viajou para lá com a mente do general Custer e retornou pensando como Touro Sentado, a exemplo do ministro Ayres Brito, do STF, no processo da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Deixou-se educar pelos índios, os maiores especialistas em educação ambiental..

Escola sem partido

O enredo, dividido em seis setores, começa com o sagrado, passa pelas riquezas da flora e da fauna e aborda a invasão e o roubo de terras. Depois mostra as queimadas, as madeireiras, o agrotóxico e Belo Monte. As alianças de índios com não índios na defesa do Xingu é o quinto carro, o último é o clamor que vem da floresta. Isso foi suficiente para que o outro Brasil com o pé no caixão, passasse a agredir a Imperatriz Leopoldinense e incorporasse as escolas de samba no conceito de "escolas sem partido", que querem nos impor. Mesquinhos, não admitem versão crítica, nem no carnaval. Querem ter o monopólio da narrativa histórica por acreditarem que isso favorece a expansão da soja, do pasto para boi e a ocupação de terras indígenas por ruralistas.

Na última década, em carnavais anteriores, vários desfiles exaltaram a expansão do agronegócio, financiados pelos ruralistas preocupados em limpar a barra diante da opinião pública. A então presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, desfilou em uma delas, a Mocidade Independente de Padre Miguel que saiu, em 2011, com o enredo "Parábolas dos divinos semeadores", financiada por empresas de fertilizantes.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO, vixe vixe), figura sinistra do "divino semeador", propõe uma CPI "para discutir, debater e descobrir os financiadores da Imperatriz Leopoldinense". A Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) em carta atacou a escola de samba. Lideranças ligadas ao plantio de soja, milho, algodão e cana de açúcar se pronunciaram, alegando que o agronegócio é responsável pela comida e bebida consumida por turistas no carnaval.  Circulou até mesmo denúncia, não confirmada, em matéria assinada por João Paulo Saconi, de que empresários teriam oferecido R$ 15 milhões aos índios para que não desfilassem.

A escalada de violência culminou com o programa "Sucesso do Campo" da Rede Goiás, afiliada da Record, quando a jornalista Fabélia Oliveira, comentando o samba-enredo da Imperatriz, naturalizou as mortes dos índios, declarando que o índio "vai ter mesmo que morrer de malária, de tétano, de parto" . É a natureza". Estranha concepção da natureza aliada à morte. Para desqualificar o enredo, ela ajumentou que "o tradicional malandro carioca" não tem autoridade para falar do índio e da floresta.

Dinossauros em extinção

O carnavalesco Cahê Rodrigues ficou assustado:

- Eles insistem em agredir a todo instante, com algumas colocações preconceituosas e racistas. Além de ofensas à escola, eles diminuem a imagem do índio, como se o índio não fosse nada. O índio não tem voz. Todas as vezes que ele quer falar, é calado. O tema foi desenvolvido nas histórias de conquistas e de lutas dos índios do Xingu.  

Os dinossauros são ricos, arrogantes e têm poder, nem parece que estão com o pé na cova. Lembrei, porém, de uma charge publicada há anos na capa de uma revista francesa que, para ser didática, comete uma impropriedade histórica confundindo temporalidades. Mostra um gigantesco dinossauro que vigiava uma caverna, onde dois seres humanos, pequenos e frágeis, tremiam de medo. Um deles falou assim para o outro: “Por incrível que pareça, esse monstrengo aí fora, grande e forte, está condenado a desaparecer. Quem vai se perpetuar somos nós, seres humanos, pequenos e desprotegidos". Historicamente, na perspectiva de longa duração, a classe que emprega agrotóxicos vai se extinguir como os dinossauros.

O Brasil que está nascendo é aquele que, segundo o antropólogo Darell Posey, leva a sério o conhecimento dos índios, incorporando-o à ciência moderna e aos programas de pesquisa e desenvolvimento, que valoriza os índios pelo que são: "povos engenhosos, inteligentes e práticos que sobreviveram com sucesso por milhares de anos na Amazônia". Tal postura, cria uma ponte ideológica entre culturas, que permite "a participação dos povos indígenas, com o respeito e a estima que merecem, na construção de um Brasil moderno".

É essa ponte que a Imperatriz Leopoldinense está ajudando a construir. Se o Brasil que morre está tão incomodado, é porque teme que o Brasil que renasce dê uma grande aula na Sapucaí, construindo outra narrativa na passarela mágica e dionisíaca do carnaval, o único espaço no Brasil em que utopia dá certo. Darcy Ribeiro, o criador do Sambódromo, Berta Ribeiro, Maria Yedda Linhares, John Monteiro, Antônio Brand e tantos outros amigos dos índios devem estar requebrando alegremente na tumba ao som do samba da Imperatriz. Olha o índio aí, gente.

P.S. - Convém se concentrar nos pequenos atos e gestos cotidianos do novo Brasil que está renascendo, traz esperança e não nos deixa adoecer diante do quadro político dominado pelos "dinossauros"  Foi o caso da defesa de três dissertações no Programa de Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO: 1) na segunda (20) Ignacio Gomeza Gomez - "Em busca da memória e da identidade: o povo Charrua no Uruguai e Brasil" (Banca: João Pacheco de Oliveira, Amir Geiger e José R. Bessa (orientador); 2) na terça (21), Renata Póvoa Curado - "Memórias tradicionais como performances culturais: experiências na Aldeia Indígena Multiétnica em Goiás" (Banca: Luisa Belaunde, Zeca Ligiéro e José R. Bessa (orientador); 3) Mariane do Nascimento Vieira - "Narrativa dos Ameríndios: disseminação de uma visão do contemporâneo" (Banca: Amir Geiger (orientador), Thiago Loureiro e José R. Bessa.

OBS: A foto tirada pela fotógrafa Liliam Tataxinã no Museu do Indio do Rio de Janeiro no lançamento do livro de Lucy Seki "O que habitava a boca de nossos ancestrais (ver abaixo) foi usada por José Amaro Juniror, da Ugagogo de Manaus, que a incorporou à outra foto mais recente pescada no facebook, tendo ao fundo a passarela da Sapucaí. Abaixo, as duas fotos originais. (ver A BOLA DOS  KAMAIURÁ - http://www.taquiprati.com.br/cronica/982-a-bola-dos-kamaiura)

Já a foto em que aparece a senadora Katia Abreu não é montagem.

 

 

OLHA O ÍNDIO AÍ, GENTE! (*)

(*)  (Grito típico del maestro de la escuela de samba - “puxador do samba”)

 Texto: José R. Bessa Freire. Tradução: Consuelo Alfaro Lagorio

 

El Orejiverde, diario de los pueblos indígenasEdición digital nº +599 - 02 Mar 2017 - 17:57:

 

 

"Sangra el corazón de mi Brasil.

 El bello monstruo roba las tierras de sus hijos

 devora la floresta y seca los ríos".

 (Samba de la Escuela Imperatriz Leopoldinense , 2017)

Hay un Brasil que está muriendo y otro que está naciendo dentro de un país de colores y cantos tan diversos. Para identificarlos, no se necesita ser médico-legista ni partera. Basta observar en este carnaval el desfile del “sambódromo” en la avenida Sapucaí, Rio de Janeiro, con los ojos bien abiertos para no confundirlos, ya que ninguno de los dos sabe bailar samba. Uno arrastra los pies, cojeando por decrepitud, está con esclerosis múltiple, mientras que el otro, titubeante y tambaleante, está aprendiendo a andar y ensaya en el “sambódromo” sus primeros pasos. Solo puede ver la diferencia quien, entendiendo la lengua de los pájaros, de los árboles y de los ríos, es capaz de descifrar sus gemidos.

Cuna de renascimiento

El Brasil con un pie en la tumba hizo de todo para abortar el parto del Brasil con el pie en la cuna. En vano. El domingo (26), después de media noche, cerca de 3.000 componentes de la Escuela de Samba Imperatriz Leopoldinense, entre ellos Raoni Metuktire, gran jefe Kayapó y otros líderes indígenas, desfilan en 32 alas y seis carros alegóricos con la “reina de batería”, Cris Vianna, y el maestro Lolo,  comandante de la percusión. El tema "Xingú, el clamor de la floresta" canta aquello que fue explorado en el encuentro de  la ECO-92 por Daniel Matenho Cabixí, un intelectual Parecí, con la conferencia "Las tecnologías de los pueblos indígenas en la preservación del medio ambiente" publicada por la Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

Aquí se exaltan los saberes de las etnias que viven en el Parque Indígena de Xingú (MT) y la contribución de las civilizaciones indígenas - "la primera semilla del alma brasileña" – en la defensa de la naturaleza agredida, de la belleza y exuberancia de colores de la floresta y de ríos limpios llenos de peces. Destaca las pinturas corporales, la artesanía, los instrumentos musicales - las flautas y las maracas, la libertad y la memoria sagrada. Da visibilidad a los indios, haciendo aquello que la escuela, que no es de samba, debería hacer, pero que raramente lo hace. La letra del samba ya fue tema de clases en el Colegio Faria Brito, Zona Oeste de Rio y en el Colegio-Curso Martins, en Vila Isabel, Zona Norte, contribuyendo en el cumplimiento de la Ley 11.645 que torna obligatoria la temática indígena en sala de clase. "Salve el verde del Xingú, la esperanza, la semilla de mañana!".

Este Brasil que nace y que está aprendiendo a pararse inaugura el diálogo del carnaval con la academia y con los indios, casi siempre discriminados como atrasados o folclorisados como exóticos. De la Antropología, la escuela de samba recurre al trabajo de campo como forma de entender el otro, lo diferente. Busca en la Museología la responsabilidad compartida con los indios en la organización de exposiciones. Recurre a la Historia para abordar acontecimientos con el concepto de larga duración de Fernand Braudel, abandonando lo factual, nombres de héroes falsificados y la sucesión de fechas inútiles.

Fue así que asesorado por el antropólogo Carlos Fausto del Museo Nacional (UFRJ), el carnavalesco Cahê Rodrigues se dislocó hasta el Xingú donde convivió con los indios, observó la vida cotidiana y con ellos concibió el tema. Vio el área contaminada por agro-tóxico, que causó cáncer y que ya mató muchos indios. Vio los ríos secando, envenenados, y la floresta muriendo.  "Volví de allí con otra cabeza" - dijo en una entrevista. Fue con la mente del general Custer y retornó pensando como Toro Sentado, como el ministro Ayres Brito, del STF, en el proceso que llevó al reconocimiento de la Tierra Indígena Raposa Serra do Sol. Se dejó educar por los indios, los mayores especialistas en educación ambiental.

Escuela sin partido

El desfile de la escuela, dividido en seis sectores, comienza con lo sagrado, pasa por las riquezas de la flora, de la fauna y aborda la invasión y el robo de tierras. Después muestra las quemadas, las madereras, el agro-tóxico y Belo Monte, una polémica usina hidroeléctrica denunciada en el escándalo de corrupción. Las alianzas de indios con no indios en la defensa del Xingú es el quinto carro, el último es el clamor que viene de la floresta.

Eso fue suficiente para que el otro Brasil con un pie en la tumba, pasase a agredir a la escuela Imperatriz Leopoldinense y extender a las escuelas de samba el concepto de "escuelas sin partido", que quieren imponernos. Hay dos proyectos tramitando en la Camara de Diputados y en el Senado que prohíben lo que dicen ser “la doctrinación política e ideológica” en el sistema de educación pública. Hay otro proyecto que altera el Código Penal para incluir la prisión del profesor que practicar el asedio ideológico.  Ahora, mesquinos, no admiten una versión crítica, ni siquiera en carnaval. Quieren el monopolio de la narrativa histórica porque creen que eso favorece la expansión de soja, de pasto para la ganadería y la ocupación de tierras indígenas por hacendados.

Omiten que en carnavales anteriores, durante la última década, varios desfiles exaltaron la expansión del agro-negocio, financiados por los ruralistas preocupados con la opinión pública. La que entonces era presidente de la Confederación Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, desfiló en una de ellas, la Mocidade Independente de Padre Miguel que salió en 2011, con el tema "Parábolas de los divinos sembradores", financiada por empresas de fertilizantes.

El senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), figura siniestra del "divino sembrador", quería una Comisión Parlamentar de Inquérito (CPI) "para discutir, debatir y descubrir los financiadores de la Imperatriz Leopoldinense". La Asociación Brasileña de Criadores de Zebu (ABCZ) en carta atacó la escuela de samba. Líderes ligados a los plantíos de soja, maíz, algodón y caña de azúcar se pronunciaron, alegando que el agro-negocio es responsable por la comida y bebida consumida por turistas en el carnaval.  Llegó a circular una denuncia, no confirmada, en un artículo firmado por João Paulo Saconi, de que empresarios habrían ofrecido R$ 15 millones a los indios para que no desfilaran.

El avance de violencia culminó con el programa de televisón "Éxito del Campo" de la Red Goiás, afiliada a la Record, cuando la periodista Fabélia Oliveira, comentando el tema del samba de la Imperatriz, consideró natural las muertes de los indios, declarando que el indio "tiene que morir de malaria, de tétano, de parto". Es la naturaleza". Extraña concepción de naturaleza aliada a la muerte. Para descalificar el tema, “argumentó” que "el tradicional malandro carioca" no tiene autoridad para hablar sobre el indio y de la floresta.

Dinosaurios en extinción

El carnavalesco Cahê Rodrigues se asustó:

Ellos insisten en agredir a todo instante, con algunas posturas prejuiciosas y racistas. Además de ofensas a la escuela,  disminuyen la imagen del indio, como si no valiera nada. El indio no tiene voz. Toda vez que  quiere hablar, lo callan. El tema se desarrolla con las historias de conquistas y de luchas de los indios del Xingú.  

Los dinosaurios son ricos, arrogantes y tienen poder, es difícil admitir que van a desaparecer. Recuerdo una caricatura publicada hace años en una revista francesa, que para ser didáctica comete una impropiedad histórica, confundiendo temporalidades. Muestra un gigantesco dinosaurio que vigilaba una caverna, donde dos seres humanos, pequeños y frágiles, temblaban de miedo. Uno le dice al otro: “Por increíble que parezca, ese monstruo ahí afuera, grande y fuerte, está condenado a desaparecer. Ya nosotros, seres humanos, pequeños y desprotegidos, vamos a perpetuarnos". Históricamente, en una perspectiva de larga duración, la clase que usa agro-tóxicos debe extinguirse, como los dinosaurios.

El Brasil que está naciendo es aquel que, en la perspectiva del antropólogo Darell Posey, lleva a serio el conocimiento de los indios, incorporándolo a la ciencia moderna, a los programas de investigación y desarrollo, dando valor a los indios porque son: "pueblos ingeniosos, inteligentes y prácticos que sobrevivieron con éxito por millares de años en la Amazonía". Tal postura, crea un puente ideológico entre culturas que permite "la participación de pueblos indígenas, con el respeto y la estimación que merecen, en la construcción de un Brasil moderno".

Ese es el puente que la Imperatriz Leopoldinense está ayudando a construir. Si al Brasil que muere le incomoda tanto, es porque teme que el Brasil que renace de una aula magna en la avenida Sapucaí, construyendo otra narrativa en la pasarela mágica y dionisíaca del carnaval, el único espacio del Brasil en que la utopía se realiza. Darcy Ribeiro, el creador del Sambódromo, Berta Ribeiro, Maria Yedda Linhares, John Monteiro, Antônio Brand y tantos otros amigos de los indios deben estar bailando alegremente en la tumba al ritmo del samba de la Imperatriz. Olha o índio aí, gente.

P.S. – Los pequeños actos y gestos cotidianos del nuevo Brasil que está renaciendo alimentan la esperanza.  El tema indígena hace parte de três tesis del Programa de Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO defendidas esta semana:

1) El dia 20, Ignacio Gomeza Gomez - "Em busca da memória e da identidade: o povo Charrua no Uruguai e Brasil";  

2) El 21, Renata Póvoa Curado - "Memórias tradicionais como performances culturais: experiências na Aldeia Indígena Multiétnica em Goiás";

El 22, Mariane do Nascimento Vieira - "Narrativa dos Ameríndios: disseminação de uma visão do contemporâneo".

Quando il carnevale è cultura

27.02.2017 - Loretta Emiri (*)

 

 

In Brasile il Carnevale inizia il Giovedì grasso e finisce all’alba del giorno delle Ceneri. Quest’anno la scuola di samba Imperatriz, di Rio de Janeiro, ha incentrato la propria allegoria sugli indios dello Xingu e sulla loro lotta per la preservazione di territorio e diritti. Il coreografo della scuola ha chiesto la consulenza di un antropologo e si è recato nel Parco Indigeno dello Xingu, area in cui vivono diciassette differenti etnie. Sulla carta il territorio è protetto, nella realtà è contaminato da agro-tossici, i suoi fiumi stanno seccando, la foresta è progressivamente divorata. Il coreografo ha concepito lo spettacolo insieme agli indios, convivendo con loro, ascoltandoli. Le varie sezioni della parata carnevalesca affrontano temi legati alla sacralità dei territori indigeni, alla ricchezza di flora e fauna, all’invasione e furto delle terre indigene, agli incendi, alle segherie, ai prodotti agro-tossici, a un’idroelettrica mostruosa beffardamente chiamata Belo Monte, alle alleanze degli indios con i non indigeni. Quando è trapelato il tema scelto per la propria rappresentazione, la scuola e i suoi componenti hanno sofferto pressioni, minacce, violenze verbali, attacchi dei mezzi di comunicazione di massa, naturalmente sempre asserviti ai (pre)potenti di turno.

Un nutrito gruppo di leader indigeni, tra cui alcune battagliere amazzoni, ha visitato la scuola di samba per ringraziarla della coraggiosa scelta fatta. Durante la conferenza stampa indetta dalla scuola Imperatriz ha parlato, nella sua lingua,  lo storico leader indigeno dello Xingu, Raoni, il quale, tra l’altro, ha detto di sentirsi vecchio e stremato dalla lotta portata avanti durante tutta la vita. Un interprete ha tradotto il suo pensiero in portoghese, ma il timbro di voce di Raoni era ben più persuasivo, convincente, caldo, emozionante delle parole in portoghese, che resta pur sempre la lingua degli invasori e colonizzatori. Sugli striscioni posti accanto al tavolo da cui il leader indigeno ha parlato c’era scritto: “Il nostro oro è la natura”, “La nostra energia è la vita”.

La Imperatriz ha messo in campo tremila figuranti, trentadue cosiddette ali, sei carri allegorici. Agli indios è stata assicurata una grande visibilità, attraverso la valorizzazione di pitture corporali, artigianato, strumenti musicali, tecnologie atte a preservare l’ambiente, e attraverso anche la valorizzazione della sacralità del loro rapporto con la natura. La scuola di samba ha attinto dall’antropologia, dalla museologia, dalla storiografia per allestire uno spettacolo che non ha discriminato gli indios facendoli apparire come arretrati, né li ha consegnati al folclore spacciandoli per esotici. Il Carnevale carioca di quest’anno ha dialogato con gli indios e i loro alleati del mondo accademico. Una scuola di samba ha contribuito a far capire al popolo brasiliano quale differenza passa tra una manifestazione di folclore e un’espressione di cultura, e ha anche fornito il suo apporto alla lotta contro preconcetti e razzismo. Accanto a personalità varie e molti leader indigeni, il vecchio Raoni ha preso parte alla parata carnevalesca e si è immerso nella moltitudine del sambodromo di Rio de Janeiro, contribuendo a far giungere “il clamore che viene dalla foresta” fin dentro l’udito di chi non vuol sentire.

(*) Loretta Emiri ha vissuto per diciotto anni nell’Amazzonia brasiliana. Durante i primi quattro anni e mezzo ha operato tra gli yanomami svolgendo assistenza sanitaria, ricerche linguistiche e un progetto chiamato Piano di Coscientizzazione, di cui l’alfabetizzazione di adulti nella lingua materna faceva parte. In quell’epoca ha prodotto saggi e lavori didattici, tra i quali Gramática pedagógica da língua yãnomamè (Grammatica pedagogica della lingua yãnomamè), DicionárioYãnomamè-Português (Dizionario Yãnomamè-Portoghese). Specializzatasi nella legislazione dell’educazione scolastica indigena, ha organizzato e partecipato, in veste di docente, a incontri e corsi di formazione per maestri di varie etnie, contribuendo a far incorporare le loro rivendicazioni alla Costituzione. Ha curato l’edizione di A conquista da escrita – Encontros de educação indígena (La conquista della scrittura – Incontri di educazione indigena), che documenta le prime esperienze scolastiche di quindici popoli indigeni. Ha fatto parte del Gruppo di Lavoro istituito dal Ministero dell’Educazione per definire la politica nazionale per l’Educazione Scolastica Indigena. Sua è la redazione finale della proposta di creazione di una scuola specifica, differenziata e pubblica per la formazione dei maestri indigeni dello Stato di Roraima; approvata all’unanimità nel novembre del 1993, è divenuta la prima scuola del genere in Brasile. Nell’adempimento dei ruoli ricoperti in organi pubblici o privati, ha sempre sostenuto le lotte per l’autodeterminazione travate dal movimento indigeno organizzato brasiliano che, tra l’altro, ha trasformato la “scuola per gli indios” in “scuola indigena”, pensata e amministrata da loro stessi e la cui finalità è anche quella di affermare identità etniche e rivendicare diritti. Attraverso la rielaborazione esplicita e voluta dell’esperienza fatta, sta dando continuità all’esperienza stessa; tra le sue più recenti pubblicazioni in lingua italiana troviamo Amazzonia portatile, Quando le amazzoni diventano nonne, Amazzone in tempo reale. https://www.pressenza.com/it/2017/02/quando-il-carnevale-e-cultura/

Ver também SARAPEGBE - Rivista di Cultura e Società del Brasile e altri mosaici A. VI, no. 14, gennaio-giugno 2017

http://www.sarapegbe.net/articolo.php?quale=125&tabella=nuovi_percorsi   

 

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77 Comentário(s)

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Ademario Ribeiro comentou:
04/03/2017
Comovente! Isso é que é resgate: valeu Leopoldinense! Valeu Raoni e demais xinguanos! Valeu estupendo Bessa Freire!!!
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Renata Curado comentou:
03/03/2017
Texto urgente, grandioso, interessante e importante!!! Os indígenas e os pró-indígenas não nos calaremos!!!!!!! E que grande honra ter a minha dissertação citada!! Fiquei feliz, honrada e animada em poder contribuir para a luta desse Brasil que nasce para uma existência mais humanizada e justa! Salve Bessa!
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Erondina Araujo comentou:
01/03/2017
Li sua crônica, e, mais uma vez encaminhei para meus colegas. Lindo texto. Assisti o desfile em casa e considerei corajosa a atitude do carnavalesco levar esse enredo, esse clamor para avenida. Cresci cercada de pessoas do universo do samba, e, sempre ouvi que \"polêmicas não ganham o carnaval.\" Pouco importa, o que vale é o aprendizado. Na minha infância aprendi muito mais sobre história do Brasil visitando os barracões das escolas e ouvindo os sambas-enredos. Meu tio foi meu grande professor. Chamo também a atenção para o belo samba da beija-flor. Inspirado na obra de José de Alencar. Desfile emocionante. Parabéns. Abraços,
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Mariana Maia (via FB) comentou:
01/03/2017
Emocionante demais ver meus amigos Xinguanos na Avenida! Viva o Brasil indígena! \"OLHA O ÍNDIO AÍ, GENTE!\"
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Clovis Antunes Carneiro de Albuquerque comentou:
01/03/2017
Parabéns à \"Escola Imperatriz Leopoldinense\" por homenagear os Índios do Parque Xingu. Os Índios também são história da Sócio-Etnologia do Brasil. Clovis Antunes - Antropólogo
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Leovigilda Imbachi (via FB) comentou:
28/02/2017
cuidemos la pacha mama...!! para las generaciones...el agua las plantas y los animales...!!
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Chico De Aracaju Furtado (via FB) comentou:
28/02/2017
Escola de samba valorizando e denunciando a situação do povo indigena diante do agronegocio
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Marly Cuesta (via FB) comentou:
28/02/2017
Todo o vigor de nossas lutas e toda sua sensibilidade e saberes de nossos ancestrais,querido Mestre. Grata por compartilhar tão rico trabalho!Bjs e luz,
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Shirley Miranda (via FB) comentou:
28/02/2017
Foi um desfile arrepiante! Inesquecível e inspirador de lutas e alegrias.
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Eliane Lopes (VIA fb) comentou:
28/02/2017
Mas o que estarão eles pensando?
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Sansão Ricardo Flores (via FB) comentou:
28/02/2017
Foi emocionante de vê-los de perto. Raoni um exemplo de luta que a Globo e demais meios de comunicação deu pouca importância.
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Renata Daflon Leite comentou:
28/02/2017
PARABÉNS BRAVOS GUERREIROS DO XINGÚ!!!!!Acompanhei a transmissão pós massiva pelo Grumin, foi lindo desfile! Parabéns Bessa pelo detalhado artigo! Parabéns Ignacio, João, Amir, Rê, Luisa, Zeca, Mariane e Thiago, parabéns todo mundo. Queria muito ter ido, mas de certa forma acompanhei o clamor da floresta por aqui a cada teclada qd estava atualizando meu lattes francês, então aproveitando esse movimento transdutivo: UN SUPER KARARAÔ!!!!!!!!!!!
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Edgar Corrêa Kanaykõ comentou:
27/02/2017
Abre alas pros guerreiros passarem! Com suas bordunas, cocares arco-flechas, pinturas e sua espiritualidade
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Ivânia Neves (VIA fb) comentou:
27/02/2017
Dia 26/02 meu coração se tornou Imperatriz. Que coisa linda! Entre o político e o poético! A Sapucaí com uma luz diferente, luz da resistência deste país.
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Socorro Lira comentou:
27/02/2017
A Imperatriz Leopoldinense trouxe o genocídio indígena e a degradação ambiental para a ordem do dia. Nesse momento, chega a ser muito Às vezes podemos tão pouco, mas não devemos deixar de fazê-lo. Fiz essa canção pro Cacique #Raoni. Se alguém souber, me diz como mando para ele! #XinguVivo #Amazônia #Imperatriz
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Carl Nduzi (via FB) comentou:
27/02/2017
Muito boa a cronica Professor José Bessa, realmente o dinossauro já esta caindo podemos ouvir os gritos e o novo Brasil ira busca \"a participação dos povos indígenas, com o respeito e a estima que merecem, na construção de um Brasil moderno\".
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Jorge Eremites (via FB) comentou:
27/02/2017
Fátima Bernardes é 10. Deu mais de 10 foras nos comentários sobre a Imperatriz Leopoldinense, mas vamos arredondar para 10.
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LAURA comentou:
28/02/2017
Realmente a Fátima Bernard teve uma vergonhosa atuação, deu vários foras. Sem contar que no momento que carro \"Clamor da Floresta\" passou, onde estava vários representantes dos povos indígenas do Xingu entre eles o Raoni (uma liderança muito respeitada entre nós indígenas) todos os comentaristas ficaram falando de outros assuntos, não tiveram nem o respeito de falar da importância do parente Raoni para nós.
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Ramesoj Guarani Kaiowa Leicam (Via FB) comentou:
27/02/2017
Eu não sei o que aconteceu ontem. Mas um dos braquicefalos desse canal conseguiu dizer que \"é emocionante ver essas lideranças aí, desfilando. A gente sabe da dificuldade que é eles virem até a Sapucaí. E o outro: É. E a seriedade deles diz tudo\". Achei que tinha sonhado, mas foi um lapso de razoabilidade deles. O desfile, por outro lado, foi irretocável!
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Rosemeri Duarte (via FB) comentou:
27/02/2017
Gratidão professor só agora pude assistir esse grande espetáculo. Nossos índios são fortes maravilhosos. Continuarei lutando daqui de Portugal por eles.
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Clovis Brighenti (via FB) comentou:
27/02/2017
E a \"Fatiminha\" tentando suavizar as críticas ao agronegócio e ao modelo depredador.
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Bruna Franchetto comentou:
27/02/2017
Patético para não dizer pior
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Horácio Vieira (via FB) comentou:
27/02/2017
Kkkk Fátima Bernardes totalmente brega e perdida kd LECI BRANDÃO. Socorro...coloquem pessoas que entendam do negócio
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Ana Carla Bruno (via FB) comentou:
27/02/2017
FOi muito LINDO...as lideranças Xiguana no carro,,,MAS a globo tentando escapar dos pontos polêmicos foi surreal!!! Uma mistura de despreparo, mas algo de intencional também!!!!!
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Cristina Terra Sotto Mayor (via FB) comentou:
27/02/2017
O Vazio de comentários dos comentários da Globo...
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Marilene Corrêa Da Silva Freitas comentou:
27/02/2017
So vejo a escola. Faço tudo pra esquecer \"comentaristas de escola\"...
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Armindha Freire (via FB) comentou:
27/02/2017
Eu tinha ficado feliz com a visibilidade que teriam os Parentes.Mas nao essa visibilidade dos comentarios. Tivemos poucas oportunidades nas entrevistas para falar o que, de verdade , nos interessa.
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Christiano Barroncas (via FB) comentou:
27/02/2017
O desfile foi indescritivel, prá lá de bom. Está TUDO dito, de forma discreta, mas dura: motoserra, veneno, agrotóxico, doenças, caveiras, escravidão, roubo de terras. Cópias do desfile deviam ser distribuidas para todas as escolas do Brasil. Mostrou que a escola (de samba) com partido \'deve ser defendida, se os ruralistas e o agronegócio podem defender seu ponto de vista, é preciso que outras visões tb. circulem. Kararaô.
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Maria Cano comentou:
27/02/2017
A presença majestosa do índio não está só nessa escola, cujo desfile foi um espetáculo memorável, mas na inigualável arte plumaria em todas as outras escolas, em outros desfiles e em muitas fantasias soltas por ai. É como a farinha nossa de cada dia que poucos sabem de onde vem...Patrimônio desconhecido.....
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Elson Mello (Lucta Social) comentou:
26/02/2017
OLHA O ÍNDIO AÍ, GENTE! Com suas terras ameaçadas pelas recentes medidas do agora Ministro do STF e ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes. Os Índios brasileiros são mais uma vez enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense que vai desfilar hoje na Marques de Sapucaí-RJ. Essa cronica do professor José Bessa é literalmente um \'Taqui Pra Ti\' para o novo ministro do STF.
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Israel Mallet (via FB) comentou:
26/02/2017
Se tudo acontecer como estamos esperando essa Escola de Samba dará uma \"grande aula\" para todos nesse Carnaval.
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Queli Moreno Savaris comentou:
26/02/2017
O que dizer de um samba que acaba com o homem do campo, aquele que produz o alimento que move o planeta. Índios são os que não cobram pedágios, os que não andam de camionetes do ano. Me poupem desses comentários.. A realidade de quem ta no Rio de Janeiro e de quem como eu vive em um estado como o Mato Grosso é bem diferente.
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Ana Muniz (via FB) comentou:
26/02/2017
Esse carnaval é o melhor da minha vida... mesmo num Brasil golpeado conseguimos lutar e amar...
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Tataxinã Maraguá (via FB) comentou:
26/02/2017
Estamos juntos. Dá-lhe guerreiros!
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Barbara Szaniecki (via FB) comentou:
25/02/2017
A escola de samba que desafiou o agronegócio do Brasil - http://brasil.elpais.com/.../1484343086_484320.html...
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Raquel Neves Pereira (via FB) comentou:
25/02/2017
Que demais. Sem palavras. Me sinto representada!
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Zulmira Arruda (via FB) comentou:
25/02/2017
Veja essa nota da CPT: CPT Às vésperas do carnaval, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e o Serviço Pastoral do Migrante (SPM) vêm a público manifestar seu apoio à Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, diante da celeuma provocada pela reação de diversas entidades ligadas ao agronegócio e empresas de comunicação a ele subservientes, ao tomarem conhecimento da homenagem aos povos indígenas do Xingu, que vai ser tema da escola de samba no carnaval carioca deste ano. Os ruralistas estão se sentindo agredidos pela temática da escola, sobretudo com a ala “os fazendeiros e seus agrotóxicos”. Diversas entidades em que se organizam, desfecharam violentas críticas à escola acusando-a de atacar os produtores rurais que se afirmam responsáveis por expressiva porcentagem do PIB nacional. Órgãos da grande imprensa, alinhados ao agronegócio, também estamparam em seus meios sua indignação contra a escola e seu samba enredo. O senador Ronaldo Caiado até chegou a sugerir uma sessão temática no parlamento para discutir o assunto. O carnavalesco Cahê Rodrigues, ao responder às críticas, diz que o samba quer simplesmente defender o indígena, dar voz a ele, por isso “tudo que agride a floresta, o meio ambiente e, diretamente o índio, nós precisamos citar. Porque o enredo não é um conto de fadas. É uma história real”. Como se pode entender tamanha celeuma em torno a um tema de escola de samba? O fenômeno encontra na história suas raízes mais profundas. Desde a invasão portuguesa o território brasileiro tem sido considerado propriedade exclusiva dos invasores. Os povos indígenas e, posteriormente, os descendentes de escravos libertos, os quilombolas, e outras comunidades de pobres no campo, que ocupam parcelas do território nacional, têm sido até hoje sistematicamente invisibilizados, como se não existissem. E no decorrer da história foram arrancados de seus territórios por diversos mecanismos de espoliação.
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Cristina Pereira Souza Miranda (via FB) comentou:
25/02/2017
Mestre, um ótimo texto. Interessante, reflexivo. Me senti um pouco tola, pois o samba enredo das escolas merecem outros olhares e ouvidos. Deixamos de entende-los como a fala do povo. A poesia é isso nosso sentimento, nossa denuncia... Gostei!! Um grande abraço
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Fernando Mello Peixoto (via FB) comentou:
25/02/2017
(Comentário em compartilhamento de Bruno Schultze do texto OLHA O INDIO AI, GENTE!) Bruno te convido para ir no Xingú !!!??? Eu conheço um pouco. Mas uma vez Te convido para ir lá. Por favor não passe vergonha!! Não fale bobagem..vamos lá convide seus amigos..!!!
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Paulo Selke (via FB) comentou:
25/02/2017
O homem branco vai lá, invade as terras, corrompe o índio, com álcool e consumo, violenta e prostitui suas mulheres, rouba seu conhecimento, destrói sua história e cultura e quer mostrar a realidade apresentando esse índio como exemplo. Resgatar o índio é devolver sua história, suas terras, sua dignidade e seus valores. E parece que não conhece a história antiga e nem a mais recente. Vai estudar para ver quem foi Mário Andreazza e o que ele fazia com os índios, por exemplo.
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Bruno Schultze (via FB) comentou:
25/02/2017
Fernando Mello Peixoto, eu conheço muito bem o Xingú e sei muito bem o absurdo q a agricultura extensiva apronta por lá. Obrigado pelo convite, está aceito, me avisa qdo for, será um prazer, espero. Aproveita e olha esse álbum aqui pra conhecer, já q vc conhece pouco. https://web.facebook.com/bruno.schultze/media_set... Conheço a situação de indigência à qual alguns Xavante foram relegados, mas isso só aconteceu depois q os brancos invadiram as terras que eram deles e de seus antepassados. Vc parece ter negócios por lá e me interessaria ver qto de veneno joga, vc e sua tiurma, naquela terra, contaminando os lençóis freáticos todos.
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Maria Eunice Maciel comentou:
25/02/2017
Programa noturno: assistir o desfile dá Imperatriz.
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Dalila Silva Mello (via FB) comentou:
25/02/2017
O agronegocio tem sido muito danoso mas o maior risco que o Rio Xingu corre atualmente é a mineração de ouro e a Imperatriz não tá falando disto
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Anna Roberta Mehdi comentou:
25/02/2017
Sobre o ouro no xingu, ver: https://thoth3126.com.br/ouro-do-rio-xingu-no-brasil-vai.../
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Maria Celeste Freire Corrêa (via FB) comentou:
25/02/2017
Essa reação do Brasil com o pé no caixão já sinaliza o grande de incômodo que o desfile da Imperatriz está causando ao mostrar aquilo que ele teima em esconder, ou mais ao dá, que teimar em desconfigurar.Parafraseando o velho Brizola, se esse Brasil com o pé no caixão, Brasil da escola sem partido for contra, eu já sou a favor.
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Emilio Galland (via FB) comentou:
25/02/2017
INDIO.QUER APITO SE NÂO DER PAU VAI COMER é uma das que mais anima aos foliões. Parab?ns pela exitosa participação.
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Joana D\'Arc Valente (via FB) comentou:
25/02/2017
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Leandro Mesquita (via FB) comentou:
25/02/2017
Mesmo assim, no final, a Imperatriz mudou nome da ala dos\" fazendeiros e seus agrotóxicos\".
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Loretta Emiri (via FB) comentou:
25/02/2017
LA CAUSA E LA LOTTA INDIGENA NEL CARNEVALE DI QUEST\'ANNO A RIO DE JANEIRO. A causa e a luta indígena no carnaval deste ano no Rio de Janeiro.
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Danielle Bastos (via FB) comentou:
25/02/2017
\" Quem tem, tem !!! \" Os interesseiros que me desculpem mas a paixão é fundamental..
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Ademir Ramos Ramos comentou:
25/02/2017
O Grito de guerra em defesa da demarcação e homologação das terras indígenas mais política de etnodesenvolvimento... Vai Bessa...
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Rosi Soares comentou:
25/02/2017
Parece que o Brasil dos Bandeirantes, dos matadores de índios e destruidores das matas ainda permanece no sangue e na alma de muitos brasileiros da classe dominante, inclusive de jornalistas de grandes revistas e redes de televisão. Este pessoal envergonha nosso país aos olhos das nações realmente civilizadas.
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Ladislao Landa (via FB) comentou:
25/02/2017
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Alexandre Pedrini (via FB) comentou:
25/02/2017
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Rodolfo Franco (via FB) comentou:
25/02/2017
Resistencia indigena para salvar abyayala!!!!!
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Niely Maciel (via FB) comentou:
25/02/2017
Olha a Imperatriz aí, Gennnnnteeee!!!!! A Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense -1o Grupo, este ano estará homenageando as tribos do Alto Xingu. E pra representar essa Ópera em Céu aberto na Marquês de Sapucai não poderia deixar de faltar os artistas e Ícones dos Bois de Parintins. Foram convidados alguns itens de destaques do Boi Caprichoso como Valdir Santana - Paje, Maria Azedo - Cunha Poranga e Brena Dianna - Rainha do Folclore. Com o Samba Enredo exaultando as tribos do Xingu, a Escola promete mostrar um Espetáculo a Céu aberto nunca dantes visto. A Imperatriz Leopoldinense será a terceira Escola de Samba a se apresentar. Imperdivel! Serão 2hs de aula de História da Amazônia ao ar livre.
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Jocarelos Ahueparent · (via FB) comentou:
25/02/2017
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Ana Paula Sabino (via FB) comentou:
25/02/2017
Brasil que resiste ! Salve a resistência indígena !
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Mauricio Negro (via FB) comentou:
25/02/2017
Espero que seja útil para causa realmente, professor. Que ninguém se perca! Confesso que receio essa deglutição. Espero que o carnaval, nessa escala industrial, não transforme a causa em mero espetáculo, assim como aconteceu na copa e nas olimpíadas. Mas enfim, a sorte está lançada, bordunada ou flechada!
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Maria Celeste Freire Corrêa (via FB) comentou:
25/02/2017
Eu também fico sempre com receio da espetacularização, mas,de qualquer forma é uma certa visibilidade para este Brasil invisível, negligenciado e marginalizado.Vamos ver se eles serão cuidadosos e como irão abordar isso.
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Gracie Emilia dos Santos Barbosa comentou:
25/02/2017
Aí estão os legítimos donos da terra. foto belíssima! Pela sua força a eles, parabéns, professor Bessa!
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Ubiranan Pataxo (via FB) comentou:
25/02/2017
Força guerreiros parabéns estamos na torcida
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Rosa Fonseca (via FB) comentou:
25/02/2017
Um grande trabalho. ..belíssima homenagem e oportunidade de mostrar ao mundo o sofrimento dos povos indigenas..que o clamor chegue a quatro cantos do mundo..
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Alice Frossard (via FB) comentou:
25/02/2017
Esse ano deixo o meu Salgueiro, com todo respeito, e torço com gratidão pela Imperatriz!!!!! Que samba enredo!!!! Brasil!!!
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro (via FB) comentou:
25/02/2017
Esse é o pequeno grande Brasil!! Todos lindos!!
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Marilza De Melo Foucher comentou:
25/02/2017
No meio do fascismo a resistência do Brasil dos grandes. Eles são os esteios de nossa fundação. O meu mano Bessa no meio da constelação!
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Renata Daflon Leite comentou:
25/02/2017
Valeu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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sandra de alemida figueira comentou:
25/02/2017
Maravilhosa narrativa, parabéns aos mestres e vou assistir ao desfile da Imperatriz. Abraços. Bom descanso.
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Ana Stanislaw comentou:
25/02/2017
Viva o Brasil que renasce, com cores, sons, línguas e saberes distintos e importantes à humanidade! Viva o Xingu, a Imperatriz Leopoldinense e a sapiência, a sensibilidade e a coragem do Bessa. Taquiprati neles, no crápula do Caiado e nessa banda podre, decrépita e ultrapassada que infecta e paralisa o nosso país. \"Salve o verde do Xingu, a esperança, a semente do amanhã!\".
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Hans Alfred Trein comentou:
25/02/2017
Caro Bessa, bela mensagem de esperança que, nesses tempos sombrios, deve ser posta nos pequenos sinais e avanços. A Imperatriz Leopoldinense talvez ainda nem se dá conta do tamanho de sua contribuição. Se um dia receber a graça desfilar, escolho a Imperatriz Leopoldinense que, a partir desse momento, passa a ser minha escola do coração. Quem sabe, ela faz dessa experiência de semeadura de um novo Brasil o seu estandarte temático principal, sem esquecer, é claro, toda a alegria que sempre deve estar associada à esperança, pois ela nos faz antecipar o novo que há de vir. Abaixo mais um texto da observadora sensível e comovente, Eliane Brum, para a gente “esquentar as baterias” para assistir a evolução da Imperatriz Leopoldinense, que, a seu jeito, dá o seu recado indigenista, quando o governo coloca ruralistas no Supremo Tribunal Federal e no ministério da justiça que já demonstraram sua ojeriza a povos indígenas e não enrubesceram quando pisoteavam os seus direitos constitucionais . Parece que a realidade colonial desse país que chamamos Brasil não mudou muito. E o mais triste é que tivemos um governo dito popular, que alguns ainda insistem em localizar na esquerda e que participou (ainda não se sabe em que profundidade propinológica) da imposição autoritária desse projeto colonialista (Belo Monstro) que agora vem seguido de outro (Belo Sun), sangrando o país de suas riquezas lá para fora. Tá escurecendo... Que Deus tenha misericórdia de nós! Mas eu canto... e a Imperatriz samba! Abraço, Hans
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Luiz Pucú (via FB) comentou:
25/02/2017
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Marilene Corrêa Da Silva Freitas (via FB) comentou:
25/02/2017
Viva a escolha! e viva a Imperatriz!!! E viva o Brasil que nasce!
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Karla Uzêda (via FB) comentou:
25/02/2017
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Marcia Livia Gomes (via FB) comentou:
25/02/2017
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Marivelton Barroso (via FB) comentou:
25/02/2017
É Isso aí meu amigo José Bessa juntos aos parentes.
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