CRÔNICAS

Política Indigenista: Cunha taí? Ejei Upegui Cunha

Em: 20 de Dezembro de 2015 Visualizações: 39590
Política Indigenista: Cunha taí? Ejei Upegui Cunha

É. É isso mesmo. É assim que se diz em língua guarani "Fora Cunha": Ejeí upegui Cunha. E já que o país é multilíngue, o grito em português pode ter sido traduzido não só ao guarani, mas a dezenas de outras línguas faladas por índios, quase todos bilíngues, que nesta quarta-feira (16) ocuparam o teto do Congresso Nacional. Eles foram lá para denunciar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 215), cujo Pai - Vitória na Guerra! - é o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB vixe vixe), o mafioso da facção ruralista enlameado por falcatruas até o último fio de cabelo, e a essas alturas a única figura em torno da qual se pode costurar a unanimidade ou pelo menos o diálogo pela dignidade nacional.

Eram cerca de 1.500 índios de 139 etnias, participantes da I Conferência Nacional de Política Indigenista (CNPI), realizada no Centro Internacional de Convenções de Brasília de 14 ao 17 de dezembro. Na terça (15), a presidente Dilma foi lá dizer que era contra a PEC 215, mas prudentemente não levou sua ministra da Agricultura Kátia Abreu, que namora mesmo é as terras indígenas. O Diário do Amazonas publica agora aquilo que os jornalões de circulação nacional silenciaram sobre a Conferência Nacional, o "Fora Cunha" e o "E aí, Dilma?"  Não deram sequer uma notinha. Ai vai.

Cunha ainda taí?

Por volta das 9 horas os índios chegaram ao Congresso Nacional. Queriam interpelar os parlamentares sobre a PEC 215 do agronegócio que muda a Constituição e impede a demarcação de terras indígenas. Não puderam entrar no prédio. Retiraram, então, a proteção lateral, acessaram a rampa e subiram na cobertura do Congresso, dançando e cantando com maracás, bordunas, lanças e faixas com "Fora Cunha", "Não à PEC 215", "Democracia é demarcar as terras indígenas". Mas Cunha não tava nem aí.

No início da manifestação, havia apenas um vigilante. Depois, chegaram efetivos da Polícia Legislativa que ficaram observando, barraram a passagem de quem não era índio e no final negociaram com os líderes do movimento a descida para o gramado, o que ocorreu às 11h30, quando os índios voltaram à Conferência Nacional, onde durante quatro dias discutiram as políticas do Estado brasileiro relacionadas à demarcação de terras, saúde, educação, sustentabilidade, línguas e culturas indígenas, patrimônio e memória.

A abertura oficial da Conferência, na segunda-feira, foi feita pelo ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, que destacou "a primeira vez que acontece um debate franco entre povos indígenas e o Governo" e se pronunciou contra a PEC 215 e a favor das demarcações, em mesa coordenada pelo presidente da Funai, João Pedro Gonçalves, na qual discursaram a Procuradora da República, Débora Duprat e o advogado Terena, Luís Eloy. Houve consenso sobre o caráter inconstitucional da PEC 215, que se aprovada no Congresso será derrubada no Supremo Tribunal Federal, apesar de Gilmar Mendes (vixe vixe), Dias Toffoli (vixe vixe) e Edson Facchin (vixe vixe).

Durante quatro dias, representantes indígenas de todo o país e observadores discutiram quase 5 mil propostas que haviam sido formuladas por mais de 30 mil índios em suas comunidades nas etapas locais e regionais realizadas nos últimos meses. O Caderno de Propostas foi debatido pelos participantes em rodas de conversa em torno de eixos temáticos. O objetivo era avaliar a ação do governo relacionada aos direitos indígenas e propor diretrizes para a política nacional indigenista.

E aí, Dilma?

"Política Indigenista Hoje" foi justamente o tema da mesa magna no primeiro dia (14) coordenada por Luis Titiah Pataxó Hãhãhãe, da qual participaram o presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Antônio Carlos Souza Lima, este locutor que vos fala e Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Ela se referiu a 182 medidas anti-indígenas defendidas pelos ruralistas que estão tramitando no Congresso e cobrou do Governo ações mais concretas:

- Nós sempre acreditamos na palavra dada. É tradição nossa acreditar na palavra dada. Escutamos muitas autoridades do Governo se pronunciarem contra a PEC 215. Mas nós não sentimos, na prática, a efetividade dessa fala. Como acreditar no Governo que se pronuncia contra a PEC 215, mas ao mesmo tempo decreta uma lei antiterrorismo, que criminaliza e prende as lideranças que defendem seu território? A relação do Estado com os povos indígenas precisa ser mudada. Estamos aqui pra pactuar um novo rumo de respeito, de aliança e de cumprimento de promessas.

Muitas promessas foram feitas no segundo dia (15), no final da tarde, pela presidente Dilma que foi até o Centro de Convenções conversar com os índios. Ela prometeu criar o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) - uma demanda antiga do movimento indígena, além de demarcar terras, criar a Rede Brasileira de Educação Superior Intercultural Indígena e ampliar os quadros da Funai com a realização de concursos. Foi recebida com aplausos e gritos de "Não vai ter golpe" e "Fora Cunha". Se estivesse acompanhada por Kátia Abreu, teria sido vaiada e aí sim a notícia seria dada nas primeiras páginas dos jornais.

Na saudação à presidente, o líder indígena Neguinho Truká reforçou o discurso de Sônia Guajajara e insistiu na necessidade de estabelecer um pacto com Dilma: "Não aceitamos o impeachment que é um golpe no estado democrático, mas queremos que a senhora entenda nosso clamor e nossas necessidades". Ele cobrou a demarcação de terras e a consulta prévia aos povos indígenas sobre grandes empreendimentos que afetam seus territórios.

Desconfiados e com um pé atrás, alguns líderes duvidaram. "Não é possível confiar 100% no discurso de Dilma", declarou Maximiliano Menezes, presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). O movimento indígena quer ver para crer.

Saca fora!

A Conferencia encerrou na quinta e já na sexta (17) o Diário Oficial publicou decretos de Dilma criando o CNPI e homologando quatro terras indígenas, todas no Estado do Amazonas, somando 246 mil hectares. Foi um avanço, mas o Conselho criado é apenas consultivo e não deliberativo como os índios queriam. Quanto à demarcação, os índios esperam que sejam desengavetados outros processos das Terras Indígenas Tapeba, Munduruku e, sobretudo, Guarani-Kaiowá, foco de conflitos responsáveis por assassinatos de líderes indígenas cometidos por milícias particulares. Há 45 terras do povo Guarani-Kaiowá aguardando andamento na Funai.

Enquanto isso, sugiro que as organizações indígenas - COIAB, FOIRN, APIB - confeccionem um grande mural com "Fora Cunha" escrito em todas as 200 línguas indígenas faladas no Brasil. Quem sabe poderão ser assim ouvidos pelo japonês da Polícia Federal. Em Nheengatu, segundo o dicionário de Stradelli, "saca" ou "musaca", que foi incorporado ao português regional da Amazônia, significa "Cai fora , "Vaza". Saca fora, Cunha!

P.S. 1 - "Política de línguas: o primo pobre da política indigenista" - esse foi o título da nossa fala. A questão de sobrevivência é tão grande que as línguas são relegadas muitas vezes a um segundo plano pelo próprio movimento. Agradeço a Joel Kuaray, meu aluno de História e meu professor de guarani, pelos ensinamentos. As fotos são de Mário Villela, Carolina Cruz, Marianna Holanda e Wilson Dias.

P.S. 2 - Durante a I Conferência Nacional, como parte da programação, houve a feira de artesanato indígena, com mais de 40 artesãos de diferentes etnias que expuseram colares, cestarias, bordunas, remos, brincos, cachimbos, arcos, flechas, redes, esteiras, gamelas, pilões, farinheiras, maracás e outros objetos de arte que formam parte do patrimônio indígena.

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27 Comentário(s)

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Joel Kuaray (via FB0 comentou:
24/12/2015
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ruth monserrat comentou:
24/12/2015
Sério e contundente em todos os temas que toca, nosso "patrimônio cultural" Bessa acerta na mosca em particular quando propõe escrever o fora cunha em todas as línguas indígenas hoje faladas no Brasil. Parabéns, professor!
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Vera Lucia Teixeira Kauss (via FB) comentou:
21/12/2015
É... a luta já devia ter terminado, aliás, não devia ter começado, né??????????? Eu divulgo sempre e tenho uma pasta em meu computador com as crônicas que ele publica... Já tenho muitas... São sempre maravilhosas!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Melissa Leban (Via FB) comentou:
21/12/2015
José Bessa sempre incrível! Esse blog dele é sensacional. Infelizmente, muitos nesse facebook estão alienados, dão opiniões sem nenhum sendo crítico. Por mais blogs assim, por mais textos assim... Perdi as contas de qtas vezes me emocionei com algumas histórias que ele publicou. As pessoas deveriam ler mais isso.Vou divulgar
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Jack Menezes (via FB) comentou:
21/12/2015
Ótimo texto! A luta dos povos indígenas continua...
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Bartomé Meliá comentou:
20/12/2015
Caro Bessa Excelente tu Kunhataî. Y para tu ejercicio de guaraní paraguayo, ahí va mi felicitación de Navidad: Mombyrygui niko jaju, mombyryvénte jaguata va'era yvýrupi, ndaha'éi araípe. Pe Mitâ oguahêva ñande rógape ha ñande py'ápe, oñemosê ka'aguy porâgui ha oî pytâguáicha Cerro Guýpe, Lambarépe. Ikatúne ohasa asy, ikatúne ojuka avei ichupe, ipahápe oikove jevy va'erâ katuete. Foto: Pa'i J.M. Blanch. Che py'a ite guive Bartomeu, s.j.
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Ana Stanislaw comentou:
20/12/2015
Bessa, maravilhoso texto!! Ejeí upegui, fora, fora, vaza, sai, rua CUNHA!! O país não precisa de você e dessa corja que te defendem. Ah! Devolve o dinheiro antes de sumir. Agora, e os eleitores do Cunha? O que dizem sobre seu deputado? Vamos pensar antes de votar.
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Jaqueline Mota (via FB) comentou:
20/12/2015
Arrisco o que poderia ser uma versão do FORA CUNHA em tupi antigo (eu me garanto mais do Tupi para o Português do que do Português para o Tupi, mas vamô lá): Eu podia dizer "Esem, Taá iô!" : Sai, ó senhor Cunha! sem: sair E sem: imperativo para a 2.a pessoa do singular do verbo SEM, de 1.a conjugação: Sai (tu) Taá: senhor. Segundo Lemos Barbosa (1956: item 450), "[No vocativo] Os índios chamavam de preferência pelo nome de parentesco ou de relação social; raramente pelo nome próprio" Nesse caso, por respeito e porque seria um vocativo, os índios usariam "Taá", senhor, em vez do nome próprio, Cunha. Também, se eu escolhesse usar o nome próprio Cunha, teria que cair a última vogal, sendo Cunha um nome paroxítono, ficando "Cunh"(?). Não me parece ser uma boa solução. O problema em causa exige uma pesquisa maior, que não vai dar para fazer agora. iô: interjeição de vocativo para as mulheres (Lemos Barbosa, 1956: item 448). Para os homens seria "gûé" ou "gûy" Portanto, "Fora Cunha", poderia ser "Esem, Taá iô!" para as mulheres ou "Esem, Taá gûé!" para os homens. Valeu pela sugestão, professor José Bessa!
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Jaqueline Mota comentou:
20/12/2015
Para comentar sobre tudo isso aí de cima, contei também com a precisão do livro de Eduardo Navarro: Método moderno de tupi antigo (2006).
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Luana comentou:
20/12/2015
É um texto esclarecedor!! Vou compartilhar a formação!! Excelente trabalho!!
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Evaristo Silva comentou:
20/12/2015
A luta é desigual, mas agora soma-se mais um nesta batalha, minha voz se une-se à de vocês para não mais se calar e dentro das salas de aula por onde eu passar imprimirei a marca que a escola nunca deixou. a de que os indígenas são gente e que o nosso país tem sido cruel com as nações indígenas. Por isso, professor quero a cada dia aprender um pouquinho sobre esses meus irmãos. Tenha um ótimo fim de ano, com saúde para todos os seus!
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Paulo Bezerra comentou:
20/12/2015
A QUEM INTERESSA A DESINFORMAÇÃO SOBRE A PEC 215. A Bancada ruralista atualmente é composta por 189 parlamentares na Câmara e 18 no senado, sendo majoritariamente formada por oposicionistas ao governo Dilma. No entanto, os representantes dos índios (COIAB) “desconfiam” do governo, representado pelo ministro da Justiça e pelo presidente da FUNAI que sempre defenderam as bandeiras de luta dos povos indígenas. Incrível que não sejam citados ou incluídos nessa “desconfiança” nenhum dos parlamentares da bancada do boi e nem seus líderes tipo: Luiz Caros Heinze – PP, Nilson Leitão – PSDB ou Pompeo de Matos – PDT ou os senadores Ronaldo Caiado - DEM, Blairo Maggi – PMDB. Será que não tem ninguém para informar essas lideranças indígenas de que quem aprova as leis é a Câmara Federal onde os partidos de oposição são maioria? Que a esses partidos e parlamentares devem ser recair as suas “desconfianças” e sobre quem devem fazer pressão e dirigir seu inconformismo?. A PEC 215 foi aprovada em comissão da Câmara por 21 votos a zero. Os deputados de PT, PCdoB, Psol, PV e Rede se retiraram da sessão em protesto. Desses 21, pelo menos 18 foram financiados pelo agronegócio. Votaram a favor da PEC 215 os seguintes deputados: Adilton Sachetti (PSB-MT); Alceu Moreira (PMDB-RS); Celso Maldaner (PMDB-SC); Covatti Filho (PP-RS); Diego Garcia (PHS-PR) (não recebeu financiamento do setor); Jerônimo Goergen (PP-RS); Luis Carlos Heinze (PP-RS); Luiz Nishimori (PR-PR); Mandetta (DEM-MS); Marcos Montes (PSD-MG); Nelson Marquezelli (PTB-SP); Nilson Leitão (PSDB-MT); Osmar Serraglio (PMDB-PR); Pompeo de Mattos (PDT-RS); Professor Victório Galli (PSC-MT); Rocha (PSDB-AC) (não recebeu financiamento do setor); Sergio Souza (PMDB-PR); Shéridan (PSDB-RR) (não recebeu financiamento do setor); Tereza Cristina (PSB-MS); Valdir Colatto (PMDB-SC); Vicente Arruda (PROS-CE). Neste sentido é preciso que sejam dados nomes aos “bois”. Sem nenhum trocadilho.
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Hildo Honório do Couto comentou:
20/12/2015
Apenas uma nota sobre o bandido Eduardo Cunha: Ele já foi denunciado, a Suíça já mandou as provas, por que ele não está na cadeia?
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Gerusa Pontes de Moura comentou:
19/12/2015
Nossa estou orgulhosa do povo indígena, quando em sala de aula respondo que me reconheço indígena, não é para alterar meu fenótipo, é que meu genótipo é indígena, quando busco vencer pelo o que é justo, quando olho o céu e vejo beleza, quando minha palavra vale mais que qualquer documento, e com arco e flecha plasmado, sigo sem temor para enfrentar inimigos do tipo Eduardo Cunha. EJEÍ UPEGUI !!! CUNHA !!!!
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Instituto Uka (via FB) comentou:
19/12/2015
Mais uma crônica do professor José Bessa para nos ajudar a compreender o momento histórico que estamos vivendo. Uma leitura agradável e esclarecedora.
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Bernadete Duarte comentou:
19/12/2015
Desculpa, professor, mas não podemos ser ingênuos e dar voz a militares golpistas em nossos blogs. Tem muito bolsonaro por ai que sem coragem de aparecer com seu verdadeiro nome, ficam no anonimato e usam até nomes de mulheres para fazer apologia do golpe. Não publique esse pessoal.
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
20/12/2015
BERNADETE SE O SEU COMENTÁRIO REFERE-SE A MIM EU POSSUO NOME E SOBRE NOME, MORO EM MANAUS E NÃO TENHO MEDO DE EXPÔR AS MINHAS IDÉIAS QUE NADA A TEM A VER COM AS DO LOUCO DO BOLSONARO QUE É UM RADICAL DE DIREITA, ASSIM COMO, VOCE É RADICAL DE ESQUERDA. O RIBAMAR BESSA CONHECE-ME MUIIIIIIIIIIITO BEM HÁ VÁRIAS DÉCADAS. VC AINDA NÃO PODE NO BRASIL IMPEDIR A LIVRE CIRCULAÇÃO DE IDÉIAS E ESTAMOS LUTANDO PARA QUE NUNCA POSSA.
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Sandra de Almeida Figueira (via FB) comentou:
19/12/2015
Parabéns José Bessa por sua participação e intervenção em prol dos povos indígenas em momento tão critico da conjuntura política brasileira, frente à Cunha e a outros fundamentalistas, amorais e corruptos que lhe seguem.
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VÂNIA nOVOA TADROS comentou:
19/12/2015
É....... O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL _COM EXCESSÃO DO GRANDE GILMAR MENDES_ TRANSFORMOU-SE NO " RESOLVE TUDO PRÓ DILMA" COM A ROSA WEBER E A CARMEM LÚCIA. COMO OS GUARANIS FALAM O GRITO DE GUERRA MAIS ECOADO PELOS BRASILEIROS: FORA DILMA E LEVA O PT JUNTO?
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Paulo Bezerra comentou:
20/12/2015
Pois É. O “grande” Gilmar Mendes que não viu nenhuma culpa no médico Abdelmassih, estuprador confesso de 78 mulheres,e o livrou da cadeia, permitindo que fugisse do país para, quem sabe, fazer novas vítimas. Será que para essas mulheres, o Gilmar Mendes foi “grande” na sua decisão? Será se alguma mulher em sã consciência negaria a solidariedade a essas vítimas vislumbrando alguma grandeza neste ato de conivência escancarada com o estuprador?.
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Beth Marques comentou:
19/12/2015
Contribuição para o painel: “Wiha roka, Cunha” é “Fora Cunha” em língua Kotiria, conhecida também como Wanano, língua da familia Tukano Oriental falada no rio Uaupés, na fronteira do Brasil x Colombia e estudada pela linguista Kristine Stenzel
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Ademario Ribeiro (Payayá) comentou:
19/12/2015
Upégui riré Cunha, tová atã, tová mocõi, nhaná, nhe-em pará; ca-irãi. "Depois desse Cunha, desavergonhado, hipócrita, malévolo, última palavra: prisão!" Também do Guarani. Guê, abaeté, Bessa!!!
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Esther Arantes comentou:
19/12/2015
Todo apoio às lutas dos povos indígenas. São raios de sol em nossas vidas. Obrigada Bessa.
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Ana comentou:
19/12/2015
Obrigada. Texto esclarecedor para todos e principalmente para nós que acompanhamos o teu brilhantismo. Bjo
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