CRÔNICAS

A piroca é nossa

Em: 03 de Maio de 2015 Visualizações: 43709
A piroca é nossa

Com todo respeito, que me desculpem os ouvidos pudibundos, mas "a piroca é nossa". É. É isso mesmo que vocês ouviram. Quem afirma não sou eu, mas o deputado Wanderley Dallas (PMDB-vixe), autor do projeto nº 341/2012, ora em tramitação na Assembleia Legislativa, que eleva o vocabulário do português regional à categoria de patrimônio cultural imaterial do Amazonas. Ele destaca o tombamento, entre outras, das palavras piroca, xibiu, fofobira, pinguelo, baitola, toba, pimba, cabaço e furunfar.

A lista pode ser enriquecida se for consultada a minha desbocada amiga Chachá ou, modéstia à parte, este próprio locutor que vos fala. Em sua tese de doutorado defendida na Sorbonne, Chachá sustenta que as palavras estão todas relacionadas, umas não existem sem as outras. Dessa forma sem fofobira, a pimba é inútil e ninguém furunfa, só o cabaço sobrevive. Os paraenses invejosos ameaçam, no entanto, de entrar no Supremo Tribunal Federal com uma liminar, fundamentada no princípio do "periculum in mora", alegando que  a piroca e demais verbetes pertencem ao Pará e é ai que mora o perigo.

Quase todas as palavras consideradas patrimônio cultural do Amazonas pelo nobre deputado são originárias do Nheengatu - a língua geral amazônica - outrora falada em todo o Estado do Grão-Pará, mas hoje refugiada em solo amazonense. Elas estão dicionarizadas no "Vocabulário Português-Nheengatu, Nheengatu-Português" elaborado por E. Stradelli (1929). Lá consta o verbete Piroca com o significado de "pelado, depenado, descascado" (pg. 460). Daí vem o nome para designar um tipo de galinha: a galinha piroca. 

É impressionante como uma simples palavra mexeu com os brios amazônidas e desencadeou um movimento regional tipo aquele de porte nacional - "o petróleo é nosso" - que incendiou o Brasil nos anos 1950, dando origem à criação da Petrobrás.

Caso o projeto seja aprovado no sucesso da campanha "a piroca é nossa", amazonenses e paraenses terão de se submeter à Constituição do Estado do Amazonas, cujo artigo 207 determina que "o poder público deve proteger o patrimônio cultural por meio do inventário, registro, vigilância e tombamento". Ou seja, como parte do patrimônio cultural estadual, os verbetes devem ser obrigatoriamente cadastrados e protegidos.

Pirocabrás

Daí surge o xis do problema: quem é que vai cadastrar, inventariar e fiscalizar a piroca e demais verbetes tombados? O Amazonas? O Pará? Através de quais órgãos? Essa é a questão que trazemos para o debate. O deputado Dallas não diz se tais tarefas serão executadas por uma espécie de Pirocabrás para a qual o deputado Belão Lins já tem até indicação de nomes do diretor e de 32 assessores, todos eles da sua família, disputando os cargos em comissão com os inúmeros Braga da cota do Roubério Braga, o Berinho, sempiterno secretário estadual de Cultura.

Suponhamos, ou melhor supunhetemos, que enquanto não existir a Pirocabrás, caiba ao Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico do Amazonas (CEDEFA), de acordo com o art. 14 da lei que o criou, fazer "o arrolamento dos bens considerados integrantes do Patrimônio Histórico" em um dos livros criados para esse fim. Aliás, "arrolamento", palavra apropriada para o caso, já é também digna de tombamento. Quando os bens estaduais forem arrolados, o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - poderá incluir os verbetes regionais também como patrimônio nacional.

Já na qualidade de patrimônio nacional, o Brasil pode apresentar à UNESCO a candidatura das palavras amazônicas como patrimônio da humanidade, o que será "le jour de gloire" da fofobira e demais verbetes, mas retirará da Amazônia o controle sobre o processo de patrimonialização. É que no contato com a língua francesa, as palavras serão inevitavelmente afrancesadas, aparecendo como "fofobirrá" ou "pirrocá".

O processo traz, porém, algumas vantagens. Por exemplo, o secretário Berinho fica impedido de transferir a pirrocá e outros itens lexicais para a Fundação Lourenço Braga, de sua família, porque o art. 18 da Lei Estadual determina que a preferência é do estado do Amazonas e que "o direito de preferência não impede o proprietário de gravar o estado do bem tombado com ônus real" (atenção revisor, cuidado, é ônus mesmo, com "o").

O tombamento do bem tem o objetivo declarado de valorizar o falar regional, mas isso já foi feito com muita competência e sem ônus real no dicionário de "Amazonês - Termos Usados no Amazonas" de autoria do linguista Sérgio Freire, que vem a ser primo do meu sobrinho "Pão Molhado". Ou pelo cantor Nicolas Júnior, que além da música "Amazonês", compôs outras canções enraizadas na variedade do português local.

Fofobira

-  A intenção do projeto é boa, mas a forma foi equivocada - diz uma sobrinha minha que entende do riscado, porque é doutora no assunto. Cabe, porém, perguntar: por que é necessário proteger a piroca, a fofobira e outros verbetes? São palavras ameaçadas? São práticas em desuso? Na sua justificativa o projeto não identifica quem as ameaça  e porque é necessário protegê-las.

O debate no parlamento e na mídia no lugar de se centrar na questão do patrimônio cultural e da memória regional descambou para o campo moralista. O deputado Orlando Cidade (PTN, vixe-vixe) da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCRJ) ficou escandalizado com a fofobirice do autor e,  por isso, defendeu o veto do projeto.

Outro deputado, o doutor Gomes (PSD, vixe, vixe), presidente da Comissão de Educação, também considerou o projeto imoral. Chocado com a fofobira, adiantou seu veto: "Vou me pautar nos conceitos de família, nos conceitos estritamente da ética. Darei parecer contrário a qualquer proposta que venha ferir a ordem, que venha constranger o parlamento".

O curioso é que não haveria família se não existisse aquilo que as palavras mencionadas estão nomeando. Pensar que toda essa confusão teve origem num trauma de infância sofrido por Wanderley Dallas talvez explique o destaque dado a palavras consideradas "chulas" pelos cocorocas e moralistas de plantão, atacados por libidose cerebral. Nascido em Sobral, no Ceará, em 1959, ele migrou aos 14 anos para Manaus. Seu nome deveria ser Severino Quixeramobim Dias, mas na hora de batizá-lo o oficiante - um padre norte-americano - resolveu homenagear os Estados Unidos com os nomes Wanderley e Dallas, o que foi acatado por seu pai, o agricultor Jaime Dias.

Talvez por isso Wanderley Dallas Days abandonaria mais tarde o catolicismo. Em 1980, "aceitou Cristo como seu Salvador" e logo depois, como radialista na RBN, cursou teologia no Instituto Bíblico da Assembleia de Deus: "Ao longo de sua vida cristã já distribuiu mais de 80 mil Bíblias" - informa o texto de seu Gabinete. O deputado compõe a bancada evangélica e só no primeiro trimestre de 2015 já apresentou 25 projetos, entre os quais o que institui o Dia do Levita - aquele que domina a arte do louvor - que ficou conhecido também como o Dia do Puxa-Saco.

Com tais credenciais, o deputado que está em seu quinto mandato e foi um dos mais votados, num oportunismo deslavado manifestou preocupação com itens importantes da cultura amazonense. Vários projetos de sua autoria pretendem transformar em patrimônio imaterial as festas do pirarucu, do boto, da cerâmica e até da desova da tartaruga.

Parece que agora, para escandalizar ainda mais o colega Orlando Cidade, Dallas vai lançar a campanha "a fofobira é nossa e ninguém tasca". Fofobira é um dos carros-chefe registrado na lista do próprio Wanderley Dallas, mas consta  também com outra grafia - popopira - no dicionário feito por Stradelli de Nheengatu, língua que não tem sons correspondentes às grafias de "f" e "b". Não importa, porém, a grafia. Em amazonês, popopira ou fofobira significa sempre "coceira na vagina".

P.S. 1 - Para entender melhor o assunto, além da obra citada de Sérgio Freire em sua segunda edição, recomendamos duas teses: a primeira é deste locutor que vos fala: "Rio Babel -A história das línguas na Amazônia", Rio, Eduerj, 2012 (2ª edição). A segunda, de autoria de Charufe Nasser, foi defendida na França com o seguinte título: Le parler de l'Amazonie: dévergondage et  libertinage, ça rime avec sacanage (ainda inédito).  

P.S. 2 - Esse Beto Richa (PSDB vixe-vixe), hein, o rei da fuleiragem: quem diria, espancador de professores!

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29 Comentário(s)

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Francisco Azeredo Costa comentou:
10/05/2017
Aprendi. Tem vários tipos de piroca, as que não se vê e piam e as que se veem de vários tamanhos.
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Tarcisio Lage comentou:
10/05/2017
De piroca em piroca, os evangélicos enchem o saco.
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Alfredo Mario Lopes comentou:
10/05/2017
Este despirocado é regiamente pago pelo contribuinte para legislar sobre o ilegislavel!
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Marilza De Melo Foucher comentou:
10/05/2017
Manda a semente vou plantar no meu jantar esses pinto- pirocas kkk
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Pamela Nunes comentou:
10/05/2017
Nao sabia que se podia plantar e, em consequencia, colher. Que beleza!!!
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Silvio Tendler comentou:
10/05/2017
Circuncidado, é muçulmano ou judeu...
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Kadawali Baniwa comentou:
10/05/2017
este político estar \" Piroca\" de sabedoria kkk . Piruka: em nheengatu é estar nu, pelado, sem nada de Sabedoria
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Natanael Dos Santos Paulo comentou:
10/05/2017
Alguém tem que dizer pra ele tirar essa piroca da cabeça dele... tanta coisa pra ser proposta e o cara vem com o papo de patentear palavras... mas político está tão acostumado a fuder com o povo que só pensa em piroca.
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro comentou:
10/05/2017
PIROCA, segundo Raymundo Moraes: \"Calvo, careca. Pelado. Cabeça de recém - nascido. Criança piroca \". (Raymundo Moraes. \"O meu dicionário de Coisas da Amazônia. Volume 2, 1931.)
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Sergio Sbragia comentou:
10/05/2017
É fruta de trepadeira, (essa que aparece na foto, tipo cabaça)?
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Aurélio Michilles comentou:
10/05/2017
O Deputado Wanderley Dallas - membro da bancada evangélica do AM, quer por quer que \"piroca\" seja patrimônio imaterial do Amazonas. O que o nobre deputado não procurou saber é que \"piroca\" faz parte da crença dos bichos visagentos amazônicos: \"Pinto-Piroca\". \"Um habitante de Jocojó assim o descreveu: \"ninguém ainda viu o pinto-piroca, mas de vez em quando a gente ouve o seu pio. Dizem que ele se parece com um pinto gigante com o pescoço pelado.\" Eduardo Galvão, \"Santos e Visagens\".
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Rita comentou:
05/05/2015
Muito bom! Vamos devorar a piroca, o xibiu, entre outros produtos culturais, e excretar os políticos oportunistas, sempre prontos a nos expropriar.
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Felipe Lindoso (Zagaia um blog de tudo) comentou:
05/05/2015
Seguindo na onda do ínclito – mas talvez com o toba meio preso – parlamentar cearense-amazonense, sobrenominado Dallas (nome com profundas ligações locais, of course) declaro alto e em bom som: A piroca é nossa! E que não venham os paraenses, que gostam de comer rabo de jacaré, dizer que é deles. Nananinini. Mas, deixemos nosso linguista e emérito colunista do Taquiprati, professor doutor José Bessa, esclarecer devidamente o assunto. http://www.zagaia.blog.br/
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Graça Barreto comentou:
04/05/2015
Os "parla"mentares do Amazonas deveriam parlar menos e pirocar mais. Se fizessem isso não fu... com agente! Contato de Graça Barreto
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Elicio Pontes comentou:
04/05/2015
Deliciosa crônica, Ribamar. Eu só fico preocupado é que, se for criada a Pirocabrás, logo ela pode aparecer em escândalos descobertos pela Operação Lava(...), e aí a coisa vai ficar mais complicada - ou mais engraçada, ou mais ridícula, sei lá. Mas, aproveitando o seu PS 2, quero expressar uma dúvida que tenho, desde o dia do massacre dos professores no Paraná. O nome desse governador é Beto Richa? Não é o caso de trocar de lugar o B e o R?
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Olivia Maria Maia comentou:
04/05/2015
Bolei de rir com a crônica. Mairrapaiz essa deputado Caga Goma metido a gabola vai comprar uma briga feia quanto essa noticia chegar pelas bandas do Acre (minha terra). Pelo que me consta a piroca chegou ao Acre trazido pelos cearenceses que fugiam da seca. Vai ser uma arenga sem tamanho. Arre égua! (Você é um cronista fantástico... Não perco uma..Parabéns.). Abraços
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Ana comentou:
03/05/2015
Bessa, no fundo, você é um grande poeta!!!!!!!! Bjo
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Evelyn Orrico comentou:
03/05/2015
Bessa, você é impagável! Consegue transformar qualquer assunto em algo delicioso - e reflexivo - à leitura. Parabéns!
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carmen junqueira comentou:
03/05/2015
Em lugar do projeto do nobre deputado, proponho a união de todos na elaboração de uma enciclopédia meridional!
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Tadeu Veiga comentou:
02/05/2015
Querido Bessa, a sua crônica é primorosa, como sempre! Em Rondônia e no norte do Mato Grosso, pirocas são morros pelados, formados por rocha nua, sem cobertura de solo nem vegetação, destacados em meio à floresta circundante. Registrei isso em 1990 na minha dissertação de mestrado na UnB, ao tratar da evolução paleo-ambiental das terras altas da Amazônia. O Pão de Açúcar no Rio seria um bom exemplo dessa feição geomorfológica, no caso uma baita piroca erguida na boca da Guanabara. Contato de Tadeu Veiga
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Ruben Siqueira comentou:
02/05/2015
prá que mesmo parlamentos? pra nos divertir muito de vez em quando, se o que mais fazem é nos emputecer! segundo nos ensinou josé de souza martirns, o nheengatu era a língua geral falada em todo o brasil do século XVII ao início do XX, que deixou expressões ainda faladas em todo canto do país, mais pro interior e mais ainda em algumas regiões longínquas do amazonas... quer dizer, dito de-putado preservacionista é mesmo populista. por ora, vamos rir, que 'rir é o melhor remédio' (amazônico)...
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Florencio Almeida Vaz Filho (via FB) comentou:
02/05/2015
Paraenses e amazonenses, uni-vos em defesa da nossa piroca! José Bessa, nessa, se superou. Muito boa a crônica, principalmente para os amantes e pesquisadores do Nheengatu.
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Crysna Bonjardim Da Silva Carmo comentou:
02/05/2015
Prof. José Bessa, estive em Alter do Chão há pouco tempo. Lá, existe um morro chamado "Casa da Piraoca" que, naturalmente virou o "Morro da Piroca". Depois que a palavra ganhou a boca do Brasil, com um sentido um pouco diferente, os moradores ficam um pouco envergonhados ao mencionar o nome do dito morro. Detalhe: vários carecas da cidade tem o apelido de "Piroca", é uma graça! rsrs
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Crysna Bonjardim Da Silva Carmo comentou:
02/05/2015
O fato prof José Bessa, é que a "piroca saiu do norte e está na boca do Brasil
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S.Peixoto comentou:
02/05/2015
A piroca, xibiu ou xiri pode ser de quem quiser. O texto como sempre esta ótimo, inteligente, bem escrito e cheio de humor mas no final foi...uma bosta jitinha, porque? http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-cerco-golpista-do-pt-a-um-governo-o-que-boa-parte-da-imprensa-do-parana-e-do-brasil-esconde-de-paranaenses-e-brasileiros/ Contato de S.Peixoto
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Vanessa Antunes comentou:
02/05/2015
Adoreiiiii aleitura. (VIXE, VIXE) KKKKK Parabéns, pq só rindo pra não morrer de decepção.
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Ana Stanislaw comentou:
02/05/2015
kkkkkkk Sensacional, adorei, Bessa! A piroca, pelo menos, é brasileira independente do estado.
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Edna Marajoara comentou:
02/05/2015
Em vez de xibiu, indico xiri
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Yaguarê Yamã Aripunãguá comentou:
02/05/2015
já ouvi alguma cois nesse sentido, tal reinvidicação... mas... a papalvra piroka é um adjetivo da lingua nheengatu e outras linguas de origem tupi, que significa "careca, pelado" nada a ver com o portugues falado no amazonas que a deturpou trasnformando-a em palavrao. Nao é do Amazonas, nao é do portugues... mas é das linguas indigenas que eu falo.
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