CRÔNICAS

Os índios, o PT e Marina

Em: 05 de Outubro de 2014 Visualizações: 30937
Os índios, o PT e Marina

Índio não dá voto? Será que são os eleitores que se lixam para o destino dos índios e, desta forma, impõem silêncio aos candidatos a presidente? Perdemos a capacidade de nos solidarizar com quem necessita? Excetuando Marina Silva que reafirmou compromisso com os índios no debate da TV Globo, ninguém falou nada, nem lhes foi perguntado. Na formatação dos debates pela televisão os temas "índio" e "cultura" não constam sequer no sorteio de perguntas. O papelzinho não está no saco do William Bonner. Lá não há lugar para os índios que são invisibilizados e emudecidos.

Os candidatos perdem tempo precioso com abobrinhas ou ofensas pessoais e nada falam sobre política indigenista ou política cultural. Despolitizam o debate e deixam de educar o eleitor. Ficam calados em relação à Funai, que deveria ter independência (ou autonomia, tanto faz) para cumprir o que a Constituição estabelece e não ser tutelada, como é hoje, pela senadora Katia Abreu. Afinal, se não somos capazes de lutar pelos direitos das minorias, em que nos diferenciamos de Levy Fidelix? O Brasil sofre um processo de levyfidelixzação?

Será mesmo esse um tema menor? São quase 900 mil índios que vivem em 13% do território nacional e mantém vivas mais de 180 línguas depositárias de saberes milenares, narrativas, poesia, música, rituais. Podem participar, se tratados com respeito, simpatia e estima, na construção de um Brasil moderno, diverso e plural. Por que candidatos e partidos políticos nem seu souza?

Programa do PT

Uma agenda antiga que guardo me permite lembrar de uma segunda feira, 17 de dezembro de 1979, quando Lula recebeu no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo a visita de dois amazonenses desconhecidos, que queriam discutir a fundação do PT. Um era Aloysio Nogueira; o outro era este locutor que vos fala, ambos dirigentes do movimento dos professores. Entregamos a Lula exemplares do Porantim - jornal do CIMI, com entrevista de Pedro Casaldáliga para quem "só o socialismo pode salvar os povos indígenas". Queríamos que o PT assumisse as lutas dos índios.

No encontro estadual do PT-AM, em 1980, foi aprovado documento escrito a quatro mãos por mim e por Márcio Souza intitulado "O PT e a questão indígena", que chegou a ter duas edições artesanais.  As teses ai apresentadas foram discutidas, nesse mesmo ano, em São Paulo, em dois encontros nacionais: no Colégio Sion, em fevereiro, quando assinamos o manifesto; e no Instituto Sedes Sapientiae, em junho, quando votamos programa, estatuto e plano de ação do partido, que acabou incorporando, no seu último item, os pontos cruciais reivindicados pelos índios: a demarcação da terra e a autodeterminação dos povos indígenas.

A partir daí, a questão indígena aflorou em vários eventos nos quais participei, na qualidade de presidente do PT-Amazonas, cabendo destacar dois comícios que contaram com a presença do Lula. O primeiro, na noite de 27 de julho de 1980, em cima de um caminhão, em Brasiléia (Acre), no ato de protesto contra o assassinato de Wilson Pinheiro. O segundo, no dia 21 de agosto de 1985, no palanque armado na praça São Sebastião, para apoiar  Aloysio Nogueira e Marilene Correa à Prefeitura de Manaus. Em ambos, houve destaque para as lutas indígenas.

Testemunhei o compromisso do PT com a questão indígena até mesmo fora do Brasil, na entrevista coletiva que Lula deu em janeiro de 1981, em Paris, na sede da Confederação Geral dos Trabalhadores. Participaram quase cem jornalistas do mundo inteiro, vários deles demonstrando grande interesse na relação do PT com os índios. Na maior cara-de-pau, entrei como correspondente na França do Porantim, o único jornal presente que a CGT desconhecia.

O registro de tais lembranças permite historicizar como o PT foi construindo sua visão sobre os índios. Desde sua fundação, aprovou em seu programa a defesa do patrimônio cultural de negros, índios e minorias, explicitando com clareza compromisso com a demarcação das terras indígenas. Nessa época, quem estava no PT era Marina Silva. Dilma era do PDT.

O PT construiu um discurso quando era oposição. A eleição de Lula despertou esperanças nas aldeias. Representantes de 220 etnias subiram simbolicamente a rampa do Palácio do Planalto, celebrando com antecipação o início de uma nova era na política.

Base aliada

No entanto, o discurso na oposição foi um e a prática no poder foi outra. A ambiguidade da política indigenista dos governos Lula e Dilma acabou favorecendo as forças que se opõem à demarcação das terras, forças que fazem parte da base aliada. Os direitos indígenas constituíram moeda de troca no cambalacho com a bancada ruralista. Os índios foram tratados como entrave ao progresso.

Decepcionados, num ato público numa praça de Manaus, os índios queimaram cópia do programa do PT. Para eles, a diferença entre Tomé de Souza, D. Pedro I e II, FHC, Lula e Dilma é muito pequena.

Nós, petistas, tivemos de engolir Sarney, Renan Calheiros, Maluf, Jader Barbalho, Collor, Kátia Abreu e essa enxundiosa base aliada com os 300 picaretas do Congresso Nacional. Mas todo sacrifício valeria a pena se ao menos a gente pudesse avançar em questões como a indígena e a ampliação dos direitos civis (aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, etc). Não foi o caso. O PT entregou a rapadura aos tradicionais detentores do poder. Suspeito que governávamos mais quando éramos oposição.

Nesta campanha, há duas semanas, Marina Silva se reuniu em Brasília com líderes indígenas, quando reafirmou publicamente seu compromisso com a defesa de suas terras, culturas e com a educação diferenciada. Pintados como para um ritual, dezenas de lideres indígenas e de comunidades quilombolas apresentaram a Marina documento com suas reivindicações.

"Os povos indígenas e os povos da floresta dão uma grande contribuição ao meio ambiente do planeta" - afirmou ela, lembrando o legado de Chico Mendes, seu companheiro de lutas, caminhando na direção já assinalada pelo antropólogo Darell Posey, para quem "se o conhecimento do índio for levado a sério pela ciência moderna e incorporado aos programas de pesquisa e desenvolvimento, os índios serão valorizados pelo que são: povos engenhosos, inteligentes e práticos, que sobreviveram com sucesso por milhares de anos na Amazônia".

Na ocasião, o índio Tukano Maximiliano Menezes, ex-presidente da COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira disse:

- É a primeira vez na história do Brasil que somos recebidos por uma candidata a presidente da República. A senhora nasceu na Amazônia, viveu nossa realidade, sentiu na pele o sofrimento dos povos indígenas".

E Dilma, a outra candidata, onde estava? Em Tocantins, no palanque de Kátia Abreu, pedindo votos para a líder do agronegócio que pisoteia os direitos constitucionais dos índios e "tentou sabotar as ações fiscais de combate ao trabalho escravo no campo" como me escreveu uma amiga que assistiu e me enviou as imagens de Dilma e Kátia, uma pedindo voto para a outra. Vale a pena ver, são trinta segundos (https://www.youtube.com/watch?=KKKgQoo9_t4).

A questão indígena não é somente um caso de vontade política, mas obviamente de inteligência politica. Qualquer eleitor minimamente preocupado com o destino dos índios - somos poucos, mas somos - vota, definitivamente, em Marina, nesse primeiro turno, porque em última análise se trata do destino de todos nós.  Nem Boff nem frei Beto, que às vezes fazem minha cabeça, me convencem do contrário. Cada um escolhe suas lealdades, há quem prefira o PT, há quem opte pelo índios. Será uma pena se Marina não puder debater com Dilma no segundo turno, em igualdade de condições, as propostas para outro Brasil. Sem ela, nem Dilma e muito menos Aécio sequer mencionarão os índios, que estão fora de seus horizontes. 

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23 Comentário(s)

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Gaucho Guille (via FB) comentou:
17/10/2017
Querido Maestro: Marina sigue siendo de la Asambleia de Deus? Cómo comulga su indigenismo con el carácter abiertamente etnocida del evangelismo?
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Taquiprati (FB) comentou:
17/10/2017
Guille querido amigo, eso fue en 2014, antes del primer turno. La importancia, en aquel momento, era traer para el debate nacional la cuestion indigena. Marina Silva lo ha hecho en aquel momento. Viva! Después, ella ha "despirocado" apoyando Aecio en el segundo turno: una cagada. Cuanto a la contradicción con su fe,parece que Hegel y Marx tienen razón: la contradicción es universal. Da una miradita en el link de 30 segundos, en lo cual Dilma pide votos para Katia Abreu, una de las grandes enemigas de las tierras indigenas. Como Dilma comulgaba su militancia petista y el programa del PT con el carácter abiertamente etnocida del agronegocio? Apesar de ello, por ser universal la contradicción, en el segundo turno hice campaña CONTRA AECIO y mi voto fue CONTRA AECIO.
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Fábio Pinheiro Saravy comentou:
08/10/2014
O texto está lindo à bessa, Bessa (deves ter lido este trocadilho inúmeras vezes rs). Já alguns comentários abaixo...
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Fernanda Garcia Camargo comentou:
08/10/2014
Que horror! A Kátia Abreu é um trator. Petulantemente Ignorante. Como dói ouvir a Dilma aliada a isso. Só a Reforma Política talvez possa mitigar o enxame mordaz que é os ruralistas no poder e suas verdades pontudas e perniciosas. Lástima. Luto. Luta.
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Gilson Otsedom comentou:
08/10/2014
Lula, Dilma e o PT, quando opoisção se posicionaram em favor dos indios e suas causas e necessidades, eleitos, esqueceram o dito. Marina, enquanto oposição, se compromete com as causas indigenas, eleita, cumprirá?Ressalte-se que ela ja abandonou as causas ecologicas que era sua bandeira característica de luta em favor do agronegocio.
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Ale Marques comentou:
07/10/2014
O problema é que todos candidatos falam, mas quando chegam ao poder não fazem metade. Uns por prometerem o que nem é da alçada do Chefe do Executivo, outros pq falaram da boca pra fora e há aqueles que até têm boa vontade, e como de boa vontade o inferno está lotado, discursaram como se governassem sozinhos. Com um Congresso com bancadas ruralista e evangélica forte (ambas representam retrocesso em conquistas sociais), muito difícil um presidente da república levar à frente programas progressistas. Discurso de candidatos a cargos eletivos deveria ser, obrigatoriamente, mais realista. Comecei a desconfiar de Marina quando ela iniciou um troca-troca de partidos, via a atitude como vaidade, vontade de ser o sol de um partido. Não gosto dessa prática de mudar de partido, já está ali fica, salvo situação excepcional. Se há corrupção no partido, que puna os errados e continue ali, ingressar em outro não significa mudança alguma e pior ainda qdo fundam um novo (mais partido que entra na nossa conta). Se Marina realmente preocupa-se com as populações indígenas, sei não... E agora que apoiará Aécio? O candidato que defende a perda de hegemonia da Funai para demarcação de terras indígenas, trabalho que ficaria a cargo de outras instâncias do governo. Como pode uma pessoa tão sensível ao outro apoiar um candidato com esse nível de proposta? Mais coerente seria Marina manter-se neutra. Infelizmente, minha desconfiança não era à toa...
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05/10/2014
E agora? O que fazermos com a coragem de vivermos a aventura Marinar? Não me arrependo porque pelos povos nativos vale tentar. Mas, para o 2o turno estou me sentindo sem candidato tanto para o Rio quanto para o Brasil. Aguardo suas analoses para que eu possa refletir sobre o que fazer para não piorar ainda mais a situação dos povos originais, do Rio e do Brasil. Adorei as fotos! Contato de Eneida Simoes da Fonseca
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Marco comentou:
05/10/2014
Pena que os ilustres representantes da causa anti-indígena presentes aqui nos comentários deste blog não tiveram oportunidade de usufruírem todos os benefícios da civilização, como a escolaridade por exemplo. MOBRAL neles!
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Roberto Nespolo (blog da amazonia) comentou:
04/10/2014
Os índios, atualmente , anda de Hilux cabine dupla, poucos brancos tem possibilidade de andar assim. Se fossem mesmo índios de raiz, não queriam estas mordomias, nem cobravam pedágios ilegais de R$ 100,00, para você andar em rodovias federais, com o consentimento do governo,diga-se de passagem.
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Ailton Lucena Filho (via FB) comentou:
04/10/2014
ilton Lucena Filho Olá, Bessa. Agradeço por aceitar o add pelo Face, tendo eu motivado a partir de indicações feitas por pessoas que também seguem e acompanham suas colunas, muitos boas e com bons discursos.. A respeito desta crônica, no qual agradeço o compartilhamento, reflito além das más posturas realizadas por artistas e figuras públicas, o marketing provocado pelo uso de suas imagens. Inclusive em casos onde o próprio famoso não tem relação com a campanha. Tendo exemplo recente o Joaquim Barbosa, no qual muitos sites e devotados disseram ele defender Dilma e sua reeleição, embora ele mesmo tuitou sobre a importância de uma alternância de poder, e que reeleição pode contribuir para continuidade na corrupção.
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Ana Claudia Lima e Alves comentou:
04/10/2014
Viva, viva a Marina! Voto no 40 pelos índios, por mim, pela mobilidade urbana, pela agricultura familiar, pela diversidade cultural, pelo Brasil! Bjs, Bessa. To contigo, com a Marina e não abro! Ana Claudia
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Sergio de Lima Moreira (Blog Amazonia) comentou:
04/10/2014
Os silvicolas fizeram tanta questão pelas terra da reserva raposa serra do sol onde existiam a década prósperas culturas de arroz e hoje elas estão totalmente abandonadas pelos índios preguiçosos índio não que apito índio que mandioca braba.
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Sergio de Lima Moreira (Blog Amazonia) comentou:
04/10/2014
Os silvicolas fizeram tanta questão pelas terra da reserva raposa serra do sol onde existiam a década prósperas culturas de arroz e hoje elas estão totalmente abandonadas pelos índios preguiçosos índio não que apito índio que mandioca braba.
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Nelson Lima (blog Amazonia) comentou:
04/10/2014
TÁ AÍ ALGO PARA A MARINA BRINCAR DE ADMINISTRAR... UMA TRIBO INDÍGENA.MAS TENTAR ADMINISTRAR A 7ª ECONOMIA DO PLANETA COM 200 MILHÕES DE HABITANTES?É MUITA PRETENSÃO, E PIOR QUE TEM QUE LHE DESPERDICE O VOTO, COMPROMETENDO O FUTURO DO PAÍS, E AINDA IMPONDO ESSA SEM NOÇÃO A TODOS.
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Nelson Lima (blog Amazonia) comentou:
04/10/2014
TÁ AÍ ALGO PARA A MARINA BRINCAR DE ADMINISTRAR... UMA TRIBO INDÍGENA.MAS TENTAR ADMINISTRAR A 7ª ECONOMIA DO PLANETA COM 200 MILHÕES DE HABITANTES?É MUITA PRETENSÃO, E PIOR QUE TEM QUE LHE DESPERDICE O VOTO, COMPROMETENDO O FUTURO DO PAÍS, E AINDA IMPONDO ESSA SEM NOÇÃO A TODOS.
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Renato Farias (Blog Amazonia) comentou:
04/10/2014
tá aí uma reportagem 'imparcial' e sem ser 'tendenciosa', então quer dizer que deveremos decidir o futuro de todo o povo brasileiro baseado apenas na preocupação de um candidato com os indios??? Os índios vivem como índios por que querem, em vez de pegar uma gorda indenização do gov. e se mudarem pra cidade, fazerem cursos e se adaptarem, preferem viver no ócio, apenas vendendo madeiras a rodo, cobrando pedágios - para os estrangeiros o trânsito é livre - e tomando pinga. Este povo são liderados por ONGs espertinhas, o grosso do montante que arrecadam com as madeireiras, ficam nas mãos dos lideres que fazem a cabeça de seu povo de que viver no passado é o certo. Já vi por aqui uns destes caciques trafegando com picapes Frontier carregadas de produtos agropecuários, bem vestidos e até com filhos em faculdade particular. Não estamos mais no Brasil colônia, se alguém tem divida com este povo, são os portugueses e espanhóis
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Manuel Albuquerque (via FB) comentou:
04/10/2014
Bom lembrar a trajetória histórica do PT ao lado e em defesa dos índios. Acho realmente lamentável essa guinada desenvolvimentista que se traduz numa grande insensibilidade às causas indígenas e ambientais. Esta é a minha maior tristeza com o PT. O problema da Marina é também a grande guinada que ela está dando para a Direita. Como acreditar nela? Enfim...ambas querem agradar a dois senhores.
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Sergio Pecci (via Twitter) comentou:
03/10/2014
Lindo texto do @taquiprati , cheio de indignação e amor pelo Brasil
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Sergio Pecci (via Twitter) comentou:
03/10/2014
Lindo texto do @taquiprati , cheio de indignação e amor pelo Brasil
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Natalie comentou:
03/10/2014
Bessa, subscrevo. ABraço, Natalie
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Ana Stanislaw comentou:
03/10/2014
Sensacional, Bessa! O compromisso com os povos indígenas é um diferencial. Por isso, domingo votarei na Marina com a esperança de um outro tratamento aos indígenas que vivem nesse país. Afinal, desde 1500 são violentados, discriminados, assassinados. 40 Neles!!!
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Marco comentou:
03/10/2014
Está claro, quem votar na Dilma estará sufragando o histórico genocídio contra os povos indígenas. É uma opção e tem lá seus argumentos e justificativas. No mais, os candidatos pareciam lobotomizados pelo WB, uma espécie de Bonaparte de paletó no trono da Globo.
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Marco comentou:
03/10/2014
Está claro, quem votar na Dilma estará sufragando o histórico genocídio contra os povos indígenas. É uma opção e tem lá seus argumentos e justificativas. No mais, os candidatos pareciam lobotomizados pelo WB, uma espécie de Bonaparte de paletó no trono da Globo.
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