CRÔNICAS

El che Papa

Em: 17 de Março de 2013 Visualizações: 56819
El che Papa

 

Tudo o que acontece no Vaticano repercute na Paróquia de Aparecida, em Manaus, de forma quase instantânea. Ainda mais, quando se trata de mudança de papa. Se o Sumo Pontífice, com todo respeito, soltar sem querer um pum discreto em Roma, ele vai ecoar pelos becos do bairro onde nasci. Sempre foi assim, mas agora a velocidade e o estrondo são maiores, com o poder da mídia, que usa as novas tecnologias para ampliar e espetacularizar o fato, digo o flato, infantilizando o telespectador, anestesiando e agredindo a nossa inteligência.
O Jornal Nacional (JN) da Rede Globo se especializou nisso de confundir fato com flato. Enviou um exército de repórteres a Roma e dedicou 71% do seu espaço só para a eleição do papa, segundo o Controle da Concorrência, instituição que monitora inserções comerciais para o mercado. No entanto, deu pouca informação substancial. Tudo foi formatado para evitar qualquer brote de pensamento crítico. Entrevistou na Praça de São Pedro turistas brasileiros, seminaristas, brazucas enrolados na bandeira do Brasil, socialaites verde-amareladas, num exibicionismo folclórico do tipo "Galvão, filma eu". Pura perfumaria! Saturação de fragrância.

Perfume demais agride o olfato, enjoa e dá dor de cabeça. O JN gastou tempo precioso para dizer que o papa tem só um pulmão, que ele recusou a limusine, que anda de ônibus, que pagou pessoalmente a sua hospedagem, que usa cruz de latão, que ama os pobres, que é carismático, que tem bom humor, que o sapateiro mexicano fez um novo modelo de sapato papal. Ou para mostrar a gaivota na chaminé da Capela Sistina, o que lhe permitiu especular sobre a presença do Espírito Santo.
A Igreja, coitada, sufocada em escândalos e problemas administrativos e de valores que angustiam 1.2 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo - pedofilia, negociata do Banco Ambrosiano, roubo de documentos, cardeais ficha-suja, celibato dos padres, uso de camisinha, aborto, matrimônio gay, divórcio... E o JN nem seu-souza. A fé virou mercadoria. E espetáculo.
O JN seria mais jornalístico se enviasse um correspondente para acompanhar a eleição do papa, não da Piazza di San Pietro, mas da Praça Bandeira Branca, em Manaus. Lá comprovaria a importância de um novo papa e de como ele mexerá com a vida dos paroquianos.
Tiro por mim. Posso testemunhar historiando dois exemplos: eu e meu primo Caio. Ambos, de família inescapavelmente católica, vivemos a infância em Aparecida, mas sob diferentes papados, porque ele é mais novo do que eu. E isso influenciou de forma diferenciada nossas práticas e nossas mentes. Eu fiquei mais amargo, rancoroso e ressentido. Ele, mais aberto, mais light, mais afável. Sabe por quê?
 
Cruzada Infantil
O Papa Pio XII era quem comandava a Igreja Católica, nos anos 1950, quando entrei na Cruzada Eucarística Infantil. A Cruzadinha, como era conhecida, reunia meninos e meninas de 7 a 13 anos, tinha como padroeiro São Tarcísio, mártir da Eucaristia, e veio "trazer ao Brasil, um vigor novo e forte, dos pampas ao norte", com a participação de milhões de crianças.
Comecei como "aspirante", nas aulas de catecismo para a primeira comunhão. Usava, então, uma fita amarela com uma cruz azul no centro, presa na camisa por um broche. Depois, passei a  "perseverante", quando ganhei uma faixa da mesma cor amarela que cruzava diagonalmente o tórax, do ombro esquerdo até o quadril direito.
O padre Cristovão, um americano simpático, organizava o catecismo aos sábados, as missas aos domingos, e de vez em quando uma procissão, onde a Marlene Bandeira, uma menina que era membro da Diretoria, vestida de branco, carregava o estandarte da Cruzadinha. Ela era responsável por redigir as atas das reuniões. Rezávamos e cantávamos o hino da cruzada: "Somos pequenos da Cruzada / Terna esperança do Senhor".  
O outro hino era mais belicoso. O "Cruzadinhos amantes da Igreja" exaltava "a santa peleja, no combate do bem contra o mal", advertia que "para sermos perfeitos cruzados, sempre ao Papa estaremos unidos" e finalizava com um grito de guerra:
- "Eia! Sus! Cruzadinhos amigos / a marchar nos impele o dever / Sem temor afrontando os perigos / Pois lutar por Jesus é vencer".
Saíamos da igreja com os cascos afiados, cocainados, incendiados por um furor guerreiro, nós, os soldados mirins do Exército de Cristo. De lá íamos, muitas vezes, atirar bombinhas de São João, como se fossem granadas, dentro do templo Batista, na Rua Xavier de Mendonça, em frente à padaria do seu Armando! Gritávamos "crente do cu quente" na hora da explosão. Era um horror. As crianças batistas choravam. Os cultos celebrados pelo pastor Chagas Carneiro, um homem bom de cabeça branca, eram interrompidos. Até que a Igreja Batista cansada de guerra se mudou para a praça da Saudade, fugindo assim do terrorismo paroquial.
As bombinhas não eram produto apenas da molecagem. O papa tinha culpa no cartório. O próprio nome infeliz - Cruzada - remetia aos guerreiros antigos, que marcharam ao Oriente para combater os infiéis e libertar os lugares santos. A Cruzadinha queria libertar as almas e as nações do jugo do demônio. Essa era a consigna estabelecida por Pio XII: fora da Igreja, não há salvação. E lá de Roma ele fazia nossa cabeça no Bairro de Aparecida. E tome intolerância. E tome agressão. Taí o Geraldão que não me deixa mentir.
Mais sorte do que eu, teve meu primo Caio. Ele só entrou no circuito depois da morte de Pio XII, quando João XXIII - aquele camponês gordo e bonachão - assumiu, pregando o ecumenismo, a convivência com a diversidade, o respeito à fé dos outros, a tolerância. Depois do Concílio Vaticano 2°, ele publicou em 1963 a encíclica Pacem in Terris, que falava dos "sinais do tempo", estabelecendo diretrizes para a opção preferencial pelos pobres, criticando o colonialismo, defendendo os direitos dos trabalhadores e a dignidade da mulher.
Jovens em movimento
O Caio se deu bem, porque nunca foi um cruzado, jamais considerou outras religiões como obra do Satanás. É que João XXIII, com experiência na Turquia onde havia sido delegado apostólico da Santa Sé - terá visitado a Capadócia? - extinguiu a Cruzada Eucarística Infantil, que era - aqui pra nós - uma aberração, pois usava crianças para o exercício da intolerância. João XXIII criou, para substituí-la, o Movimento Eucarístico Jovem. Meu primo, que viveu nesse ambiente pós-conciliar e moderno, tem outra cabeça, é um homem de fé, mas não carrega sentimento de culpa por agressões contra quem professa outra religião.
Agora, Francisco, o novo papa argentino assume tropeçando em um discurso ambíguo. De um lado, faz um gesto em favor do ecumenismo, afirmando querer melhorar as relações entre católicos e judeus, o que é positivo, mas de outro afirma que "quem não reza para Jesus, reza para o diabo". É um ecumenismo limitado, porque deixa de fora o Islamismo, o Kardecismo e as religiões afro-brasileiras e indígenas: Umbanda,  Pajelança, Catimbó, Toré, Candomblé, Culto de Ifá, Encantaria. O Caboclo das Sete Encruzilhadas, penhorado, agradeceria ser tratado com respeito.
Vamos ver qual será o discurso predominante do novo papa - o da Cruzada ou o do Ecumenismo amplo e irrestrito - e como vai operar na cabeça dos paroquianos de Aparecida. A professora da PUC/SP, Maria José Rosado Nunes, que dirige a associação das Mulheres Católicas pelo Direito de Decidir, está preocupada com o autoritarismo e a posição de Bergoglio contra os direitos das mulheres. Ela recomenda o diálogo entre religiões, a liberdade de expressão, o respeito à diversidade entendida como uma releitura evangélica nos dias atuais e não como uma ameaça aos valores cristãos.
- Queremos que o pontificado de Francisco se deixe refrescar pelos ventos do Concilio Vaticano II e abra a possibilidade de uma revisão doutrinal e pastoral sobre o conceito de família, divórcio, celibato, sacerdócio feminino, direito das mulheres, união entre pessoas do mesmo sexo e uso de preservativo para a vivência de uma sexualidade livre e saudável - disse a socióloga.
Se isso vai acontecer ou não saberemos logo que Jorge Mário Bergoglio se livrar do bombardeio ao qual foi submetido, com acusações pesadas sobre sua cumplicidade com a ditadura militar na Argentina ou sua omissão na prisão de dois padres, considerados subversivos, e no acobertamento do roubo de Ana, neta de Alicia La Cuadra, ex-presidente das Avós da Praça de Maio.
Uma guerra de acusações e de denúncias tomou conta das redes sociais, obrigando a mídia a registrar quem acusa o papa e quem o defende. Graciela Yorio, católica praticante, irmã do ex-professor de teologia de Bergoglio, o padre Orlando Yorio, já falecido, diz que está "convencida de que Bergoglio delatou meu irmão aos militares" e que ficou com sua fé abalada depois da eleição do papa. "Essa igreja não me representa mais. Tenho um profundo sentimento de injustiça". Diz que pode perdoar, mas citou Santo Agostinho: "Primeiro vem a verdade, depois a compaixão".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi jura que as acusações são feitas por "uma esquerda anticlerical", que Bergoglio, uma vez nomeado arcebispo de Buenos Aires, "pediu perdão em nome da Igreja por não ter feito o bastante durante o período militar", deixando de seguir o exemplo de dom Paulo Evaristo Arns no Brasil, e que "depois de ser interrogado pela justiça argentina, Bergoglio nunca foi acusado de nada". 
A situaçao, no entanto, se complica porque o Vaticano acaba de convidar Carlos Blaquier, dono do engenho Ledesma, para a posse do novo papa. Ele aceitou o convite, mas o Poder Judiciário não permitiu sua saída. Blaquier está sendo julgado por haver sequestrado 29 trabalhadores de sua empresa, que foram encaminhados para os centros clandestinos de tortura. Além disso, na última sexta-feira, um grupo de torturadores, encabeçados pelo general Menendez, se apresentou ao tribunal de Córdoba com o escudo do Vaticano no peito, saudando o novo papa.
O papa Francesco alerta - segundo a Folha de São Paulo - que a Igreja não é uma ONG, mas devia ter dito também que não é uma OG, uma organização governamental. De qualquer forma, resta esperar que a verdade aflore. Por enquanto, só me resta recorrer à memória da Cruzadinha Infantil e dizer que "eu, Marlene Bandeira, lavrei a presente ata que será assinada por mim e pelos demais membros da diretoria".

 P.S. As fotos foram "pirateadas" na internet.

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58 Comentário(s)

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Loretta Emiri comentou:
14/06/2018
Caro Bessa, na crônica achei minhas dúvidas confirmadas, quanto à ambiguidade do argentino..... Ele é apenas um discreto ator.....
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carlos gilberto nobrega comentou:
03/04/2013
Como reconstruir a Igreja que está em ruina,com material de pouca ou quase nada de qualidade?. A igreja não vai mudar nunca,porque os seus membros não vão mudar,porque os seus lideres não mudam.A igrejas deveria em quanto há tempo,pedir perdão por tantas atrocidades que cometeu na história e aceitar as 95 teses de lutero.
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Armando Barrela comentou:
23/03/2013
Moro há décadas na Aparecida, quando criança participei da catequese, dá perseverança com dona Elisa. Não sabia dessa parte das cruzaas, cômico, eu sabia que havia uma igreja em frente à padaria do vovô, mas não imaginei que os fatos fossem tão cômicos... Lembro do Tuta narrar alguns episódios sobre algumas peripécias da paróquia...É sempre bom ouvir histórias de nossa infância, da história de cada um de nós, da história da minha infância na catequese - eu, José Amaro Júnior, Sandra, Yeda e Iara, Cintia e Marcelo Bessa, entre tantos amigos... Parabéns pela crônica Babá
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Valéria comentou:
21/03/2013
A Fé pode mudar o mundo. Sempre com tolerância. Vamos esperar que os tempos de João XXIII retornem.. Abraços professor!
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bolinasc comentou:
30/03/2013
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Cristina Amaral comentou:
21/03/2013
Sabia que meu querido Prof. Bessa não iria conseguir parar nas 1000 crônicas, fico já gratificada por isso, e tenho certeza que muitas outras pessoas. Parabéns pelos fatos tão bem relacionados e pelo humor sempre contido!! Carinhos Cris Amaral
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Eduardo comentou:
21/03/2013
Eu escrevo portugues mas neste caso vou preferir o espanhol, espero se entenda meu pensamento. Otra de las razones por la cual es electo un Papa Americano trae al recuerdo a Juan Pablo II,fue elegido en tiempos de la Guerra fría y con el objetivo de derribar °los muros° o sea los países del Bloque Socialista. Hoy en día los países de América Latina °La Pobre° que es grande en riquezas pero pobre sus pueblos ha tomado caminos que lo llevarían a un avance en la opción por los pobres. Es la hora que se le ponga un freno han decidido los que verdaderamente eligen el Papa, o sea los dueños del mundo. Y no los que hacen el circo como que eligieran algo. Es mi opinión con todo respeto, o sea,nada nuevo bajo el Sol. Y por ultimo digo como creyente en Dios que no se necesita de intermediarios para creer, la verdadera Fe pasa por lo interior. Ellos son solo mensajeros del Poder Mundial. Saludos cordiales. Contato de Eduardo
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Thomaz Nogueira comentou:
20/03/2013
Senhor Guillhermo Rodriguez 1. Não manifestei minha crença sobre o comportamento do Cardeal Bergoglio, o que fiz foi trazer informação postada por Leonardo Boff, que cita o testemunho de Adolfo Pérez Esquivel. Repito o testemunho é de Pérez Esquivel, não meu. 2. Respeito sua opinião, mas discordo. Minhas crenças são fundamentais para eu agir e buscar mudar a realidade. P.S - Muitas vezes, me confundo ao postar comentários. Agora mesmo, não sei se estou postando comentário novo ou replicando ao Guillermo. (além de errar em 99,991% a digitação do código de segurança, o que me leva a repetir "n" vezes a postagem.)
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Fabricio Ferraço comentou:
20/03/2013
Essas religiões nao são ocidentais. E tanto o cristianismo quanto o islamismo descendem do judaísmo, portanto, sob forte influência da lei mosaica...
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Leila Gomes comentou:
20/03/2013
Acho que nós não emos o direito de criticar ninguém, temos que pedir a Deus que abençoe seu pontificiado e que ele seja um verdadeiro mensageiro de Deus. Quanto a ele dizer que 'quem não reza para Jesus, reza para o diabo' está certo porque JESUS É O ÚNICO CAMINHO... NÃO EXISTE OUTRO MEIO DE IR P/ O CÉU. Se não formos pelo caminho certo, cairemos no abismo e lá haverá choro e ranger de dentes.. Essa é a verdadeira palavra do Senhor.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
20/03/2013
Interessante como cada pessoa recebe uma experiência de forma diferente. Eu também fui membro da Cruzada Infantil da Igreja de Aparecida, a partir de 1958, quando era dirigida pela Irmã Ansila do Preciosíssimo Sangue. Usavam um hábito branco com uma corrente dourada onde era dependurado um coração com uma cruz. Cheguei ao posto máximo que era o de Apóstolo. O distintivo era um escudo de tecido azul anil do lado direito do peito. Nossa função era levar mais crianças do bairro e adjacências para o catecismo ao sábado. Sempre em dupla, nós descíamos até o igarapé da Bica por uma escada que saía da Bandeira Branca e percorríamos, sobre pontes de madeiras, as casas flutuantes do igarápé. Falávamos com os pais das crianças e convidávamos seus filhos para ir a igreja. Éramos orientadas a ser educados com as pessoas. Foi uma grande experiência de solidariedade marcando a minha vida para sempre de forma positiva.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
20/03/2013
Interessante como cada pessoa recebe uma experiência de forma diferente. Eu também fui membro da Cruzada Infantil da Igreja de Aparecida, a partir de 1958, quando era dirigida pela Irmã Ansila do Preciosíssimo Sangue. Usavam um hábito branco com uma corrente dourada onde era dependurado um coração com uma cruz. Cheguei ao posto máximo que era o de Apóstolo. O distintivo era um escudo de tecido azul anil do lado direito do peito. Nossa função era levar mais crianças do bairro e adjacências para o catecismo ao sábado. Sempre em dupla, nós descíamos até o igarapé da Bica por uma escada que saía da Bandeira Branca e percorríamos, sobre pontes de madeiras, as casas flutuantes do igarápé. Falávamos com os pais das crianças e convidávamos seus filhos para ir a igreja. Éramos orientadas a ser educados com as pessoas. Foi uma grande experiência de solidariedade marcando a minha vida para sempre de forma positiva.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
20/03/2013
Interessante como cada pessoa recebe uma experiência de forma diferente. Eu também fui membro da Cruzada Infantil da Igreja de Aparecida, a partir de 1958, quando era dirigida pela Irmã Ansila do Preciosíssimo Sangue. Usavam um hábito branco com uma corrente dourada onde era dependurado um coração com uma cruz. Cheguei ao posto máximo que era o de Apóstolo. O distintivo era um escudo de tecido azul anil do lado direito do peito. Nossa função era levar mais crianças do bairro e adjacências para o catecismo ao sábado. Sempre em dupla, nós descíamos até o igarapé da Bica por uma escada que saía da Bandeira Branca e percorríamos, sobre pontes de madeiras, as casas flutuantes do igarápé. Falávamos com os pais das crianças e convidávamos seus filhos para ir a igreja. Éramos orientadas a ser educados com as pessoas. Foi uma grande experiência de solidariedade marcando a minha vida para sempre de forma positiva.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
20/03/2013
Interessante como cada pessoa recebe uma experiência de forma diferente. Eu também fui membro da Cruzada Infantil da Igreja de Aparecida, a partir de 1958, quando era dirigida pela Irmã Ansila do Preciosíssimo Sangue. Usavam um hábito branco com uma corrente dourada onde era dependurado um coração com uma cruz. Cheguei ao posto máximo que era o de Apóstolo. O distintivo era um escudo de tecido azul anil do lado direito do peito. Nossa função era levar mais crianças do bairro e adjacências para o catecismo ao sábado. Sempre em dupla, nós descíamos até o igarapé da Bica por uma escada que saía da Bandeira Branca e percorríamos, sobre pontes de madeiras, as casas flutuantes do igarápé. Falávamos com os pais das crianças e convidávamos seus filhos para ir a igreja. Éramos orientadas a ser educados com as pessoas. Foi uma grande experiência de solidariedade marcando a minha vida para sempre de forma positiva.
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Leda Beck (via FB) comentou:
19/03/2013
Como sempre, José Bessa produz uma crônica saborosíssima sobre o assunto do momento - o novo papa - e sobre os efeitos que um papa produz nos mais longínquos rincões da Terra. Ele aponta, particularmente, a gigantesca diferença entre os papados de Pio XII e de João XXIII. Felizmente, eu sou da geração João XXIII... Também há duas notícias importantes embutidas na crônica: 1- o Jornal Nacional chegou a dedicar 71% de seu tempo ao dito papa, com informações tão importantes como o sapato do papa, o carro do papa, o sorriso do papa etc. 2- e a ligação do "che" em questão com os facínoras da ditadura argentina é mais séria do que eu pensava. Vejam só: "O Vaticano acaba de convidar Carlos Blaquier, dono do engenho Ledesma, para a posse do novo papa. Ele aceitou o convite, mas o Poder Judiciário não permitiu sua saída. Blaquier está sendo julgado por haver sequestrado 29 trabalhadores de sua empresa, que foram encaminhados para os centros clandestinos de tortura. Além disso, na última sexta-feira, um grupo de torturadores, encabeçados pelo general Menendez, se apresentou ao tribunal de Córdoba com o escudo do Vaticano no peito, saudando o novo papa". Durma-se com um barulho desses...
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Claudio Nogueira comentou:
19/03/2013
Babá, eu queria colocar o meu cometário aqui, mas ficou muito grande, resolvi escrever no meu blog: http://www.nogueiraclaudio.blogspot.ca/2013/03/cruzadas.html Contato de Claudio Nogueira
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Anne-Marie comentou:
19/03/2013
De início fiquei feliz com este papa "poverello", acreditando num milagre, pois os cardeais que elegeram o homem foram, quase todos, nomeados pelo papa polonês e pelo alemão . Depois comecei a "cair na real", conspirações a parte, estamos provavelmente diante de um grande comunicólogo, um João-Paulo II bis, estrategicamente escolhido para trazer de volta o rebanho latino americano que fugiu e está fugindo em massa para as denominações evangélicas. Junto com a Globo temos, não esqueçamos, o novo canal chamado "Canção Nova" que muita gente confunde (não sem uma certa razão) com um canal neo-pentecostista. Outra estratégia de "recaptura".
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Paulo Bezerra comentou:
19/03/2013
Para ganhar a simpatia dos fiéis o Bispo Bergoglio usou a força do nome de São Francisco de Assis, que é quase uma unanimidade mundial, e se apropriou da consigna do Papa João XXIII de fazer a opção preferencial pelos pobres. Quando falou por si próprio, foi um desastre. A máscara caiu. Dizer que quem não reza prá Jesus, reza para o diabo, é regredir, no mínimo 3 mil anos, quando a palavra de ordem na bíblia era “morte aos infiéis”, onde infiéis seriam todos aqueles que não fossem hebreus. Um aviso aos incautos: A escolha do nome de Francisco não transformou o Bispo Bergoglio em São Francisco de Assis, sequer num franciscano. Quanto ás denúncias sobre o seu passado de colaborador da ditadura argentina, a simples defesa do Adolpho Perez Esquivel, não é suficiente e é, no mínimo, suspeita por ser o prêmio Nobel da Paz um fervoroso militante católico. Como bem disse o Guillermo Rodriguez “ajudaria muito se aparecesse alguém dizendo que foi ajudado pelo Bispo Bergoglio. Mas até agora não apareceu ninguém”.
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Valdevino Gonçalves Cardoso comentou:
18/03/2013
A minha preocupação é com relação ao meu povo. O cristianismo aliado a "civilização" com princípios no etnocentrismo europeu destruiu a cultura religiosa tradicional do nosso povo. Alias a pratica religiosa indígena esta quase toda extinta, as que permanecem são consideradas coisas do demônio e "todos irão para o inferno" e "ele esta próximo meus irmão" ALELUIA. Só resta saber se o fogo do inferno é o mesmo das inquisições medievais, pois BLAQUIER esta na parada.
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Renato Colbert (Blog Amazonia) comentou:
18/03/2013
Uma das coisas que aprendi como padre e professor é que, ao analisar um texto, precisamos conhecer quem o escreveu, sua história pessoal e a ideologia subjacente ao que se diz ou faz. Torna-se de fundamental importância ater-se à verdade, buscar uma profunda isenção. Parece-me que o articulista, sob a aparência de procurar ser neutro, ora atacando, ora aparentando defender, revela-se um ideólogo esquerdista. Mais um daqueles anticlericais, dos quais a imprensa brasileira e mundial anda cheia. A partir daí, percebe-se no texto uma forte tendência a passar mais informações negativas sobre a Igreja do que positivas. Tudo bem, cada um fala o que quer numa democracia. Mas esconder-se atrás de uma aparência de neutralidade, só diminui a credibilidade do jornalista.
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mauro oliveira (Blog da amazonia) comentou:
18/03/2013
Na década de 1970, viajava para a Argentina com frequência. A presidente era a Isabelita Perón, eleita pelo voto popular. Na época, os guerrilheiros Montoneros, armados, paravam os carros na estrada para cobrar propina, que chamavam de imposto revolucionário. Quem não pagasse apanhava dos guerrilheiros ou era até mesmo executado se os enfrentasse. Deixei de viajar para a Argentina e logo depois os militares assumiram o governo para combater aquele caos em que estava o país. Hoje, vejo acusações contra os militares e contra o Papa e não vejo ninguém na imprensa denunciando os guerrilheiros que deram origem a tudo aquilo.
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Renato Colbert comentou:
18/03/2013
Uma das coisas que aprendi como padre e professor é que, ao analisar um texto, precisamos conhecer quem o escreveu, sua história pessoal e a ideologia subjacente ao que se diz ou faz. Torna-se de fundamental importância ater-se à verdade, buscar uma profunda isenção. Parece-me que o articulista, sob a aparência de procurar ser neutro, ora atacando, ora aparentando defender, revela-se um ideólogo esquerdista. Mais um daqueles anticlericais, dos quais a imprensa brasileira e mundial anda cheia. A partir daí, percebe-se no texto uma forte tendência a passar mais informações negativas sobre a Igreja do que positivas. Tudo bem, cada um fala o que quer numa democracia. Mas esconder-se atrás de uma aparência de neutralidade, só diminui a credibilidade do jornalista.
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rogerio teles comentou:
18/03/2013
Legal mestre, uma instituição tão poderosa, tem que se depurar, mudar com as circunstacias que a vida impõe, nã há mais lugar para dogmas e tabus, corroídos pelo tempo ou aceita novos valores sociais ou..., intolerância é pecado
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Niminon comentou:
18/03/2013
Adorei! Faço minhas as suas palavras escritas nessa crônica. Vamos ver o que vai dar. Talvez a igreja se divida?! Um abraço da Niminon
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Luiz Pucú comentou:
18/03/2013
Professor, quase perdi o fôlego depois que mergulhei nas águas da tua escrita. Paidégua! Essa dialetica-de-caboco faz até canoa voar sem remo. Abraço orgulhoso! LP
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18/03/2013
A intrasnsigência e intolerancias,prática comum daqueles que desjam serem reconhecidos como os baluartes da verdade só conseguirá produzir preconceito,ódio e segrgação entre aqueles que Jesus veio para agrupar em um único rebanho. Contato de carlos augusto c. de barros
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Ligia Leão de Aquino comentou:
18/03/2013
Excelente! Belo texto por sua estrutura e narrativa e contundente em sua análise! Uma aula de história e política! Muito obrigada!
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María Stella González de Pérez comentou:
18/03/2013
¡Felicitaciones! Me gustó mucho su escrito.
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Vera Kauss comentou:
18/03/2013
Como sempre, impecável a crônica e a crítica que a perpassa... A "verdade", hoje, é tão fragmentada como o homem, mas existem pontos que não podemos deixar de refletir para termos consciência do que acontece em nossas vidas... Realmente, só saberemos a que veio esse novo papa com o tempo...
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18/03/2013
Parabéns Professor José Bessa, definiu meus sentimentos e indignação numa crônica muito bem escrita, engraçada e real! Contato de Claudia Cristina Hoffmann
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
18/03/2013
Ler o José Bessa Bessa Freire é demais , relembro de minha cidade e me identifico em suas crônicas. " E o JN nem seu-souza. A fé virou mercadoria. E espetáculo." qual o conterrâneo e contemporâneo que nunca usou o "seu-souza"? sempre quis saber de onde tiramos isto... até hoje uso rssss
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SERGIO SOUTO comentou:
18/03/2013
Grande Babá, que lindo! Vou encaminhar pra toda minha rede de amigos, e depois deitar na minha rede que comprei ano passado lá no Ceará. Abração e parabens pelo texto!
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SERGIO SOUTO comentou:
18/03/2013
Grande Babá, que lindo! Vou encaminhar pra minha rede de amigos antes de deitar na rede!! rsrsr Abração meu caro! Parabens pelo texto! Contato de SERGIO SOUTO
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vania novoa tadros comentou:
17/03/2013
Oração A São Francisco Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa , que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvida, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperança, Onde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido, amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna...
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vania novoa tadros comentou:
17/03/2013
Oração A São Francisco Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa , que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvida, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperança, Onde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido, amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna...
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17/03/2013
Prezado professor Bessa, acompanho todos os seus textos, e este sem dúvida foi o que mais gostei. Além de esclarecedor, é bastante interessante, pois ao tratar de sua experiência particular ajuda aos mais jovens a entenderem de força bastante didática coisas bastante complicadas. Com a devida permissão, irei aproveitar seu texto em algumas de minhas aulas na escola onde leciono aqui em Manaus. Obrigado por dividir conosco uma experiência tão significativa. Contato de Marcos Paulo Mendes Araujo
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gerusa pontes de moura comentou:
17/03/2013
Como sempre professor seu comentário é extraordinário, o humor inteligente faz falta, mas quem tem costume de ler seus artigos não pode reclamar que não tem gente que sabe fazer, e como diz minha mão com categoria.
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Joshua Emannuel (BlogAmazonia) comentou:
17/03/2013
Do ''alto'' da minha sabedoria de motorista de caminhãoe que acompanha a uma certa distançia as questões religiosas digo que não vejo um bom futuro para as religiões de um modo geral dizem que nas escrituras ha um texto que dis mais ou menos o seguinte!...que no final dos tempos todas as religiões cairiam e desta queda nasceria a verdadeira religião do senhor!sim porque a existençia de DEUS e inquestionavel mas não esse deus que atraves dos tempos tem causado tantos males a toda humanidade!... a proposito a verdadeira religião do verdadeiro DEUS e o AMOR!!!
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Antonio Eduardo M. Fernandes (Blog Amazonia) comentou:
17/03/2013
É impressão minha ou um dos motivos para a antipatia é pelo fato de ele desaprovar a SODOMIA?A noção de que o homossexualismo é uma aberração e um pecado não é uma postura pessoal do papa. É uma crença do cristianismoNem é uma crença específica do cristianismo. É uma crença de todas as religiões ocidentais monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.
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Eneida comentou:
17/03/2013
Querido Bessa, vc é mesmo D+. Ler suas crônicas é ver mais longe, critica e conscientemente e saber o que ecoa das entrelinhas. Muito agradecida!
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Tomzé comentou:
17/03/2013
Parabéns. Leia "La Isla del Silencio", livro escrito pelo jornalista argentino Horacio Verbitsky. Ele descobriu documentos oficiais dos arquivos do Estado Argentino com graves acusações contra Bergoglio. Vejam também o blog do Verbitsky Iglesia y Dictadura, que fala do periodo da ditadura argentina entre 1976 e 1982. Em 976, diz o autor, o presidente da Conferencia Episcopal, Adolfo Servando Tortolo, resolveu em conferencia com membros da Junta Militar que, antes de prender um sacerdote, as Fuerzas Armadas avisariam o bispo responsável, e que "em algumas ocasiões" esses bispos deram "luz verde" às prisões. A Armada interpretou tal decisão e possivelmente algumas manifestações críticas de seu provincial jesuita, Jorge Bergoglio, como una autorização para proceder contra ele. Por isso, Bergoglio compareceu ante a Justiça argentina em 2010. Tambem foi citado num processo de roubo de bebés. Bergoglio guardou silencio. A frase que dizia cada vez que era indagado obre este tema é que "o lugar dos sacerdotes eram as igrejas.
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Fabio comentou:
17/03/2013
Valeu, José. Ah, contra flatos, que argumentos, né? ;-)
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Sergio Caldieri comentou:
17/03/2013
Parabéns ao José Bessa pelo excelente texto comentando sobre o novo papa.
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Estevão Martins Palitot (via FB) comentou:
17/03/2013
Como sempre José Bessa nos brinda com uma crônica lúcida e lúdica. O melhor que já se disse até agora, não sobre o novo Papa, mas sobre o que pode significar a eleição de um novo Papa para uma igreja que é historicamente arrogante e ciosa do seu poder, mas que deve se abrir para o mundo, aceitando a inevitável pluralidade da condição humana.
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Olga Paiva comentou:
17/03/2013
Nada como ler uma seríssima análise sobre a ambiguidade da Santa Madre Igreja temperada com a verve do José Bessa.
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Thomaz Nogueira comentou:
17/03/2013
Quanto a postura do novo Papa frente à ditadura argentina, Leonardo Boff traz o testemunho de Eduardo Esquivel e diz ""Conheço as acusações e acredito no que diz o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, que como opositor ao regime militar esteve preso e foi torturado. Houve bispos que foram cúmplices da ditadura, mas Bergoglio não estava entre eles", opinou. "Até agora, não há indícios claros de um comportamento censurável. Pelo contrário, ele escondeu e salvou muitos sacerdotes perseguidos. Conheci Orlando Yorio, um dos jesuítas que dizem terem sido traídos por Bergoglio, e nunca fez a mim tais acusações", completou. (ver em http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/renuncia-do-papa/papa-surpreendera-com-reviravolta-na-igreja-diz-leonardo-boff,326bd29cae47d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html)
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Vânia Novoa Tadros comentou:
18/03/2013
Thomaz não adianta outros argumentos e afiirmações . Os inimigos da Igreja Católica só acreditam naquilo que eles querem ler. Por traz dessa estória de acusação de tortura está a Cristina Kirchner que queria ter o apoio do Cardeal Jorge Mário ao seu projeto populista do casamento gay. Embora diametralmente opostos do ponto de vista ideológico da Presidente da Argentina, preferem não ver que ela está se vingando do Papa Francisco. Muitas pessoas em, cargos chaves, deram depoimentos a favor do Papa mas eles não acreditam. Saem pinçando declarações convinientes na elaboração de seus discursos.O interessante é a maioria deles foram muito bem tratados pela Igreja Católica, mas como são orgulhosos, por um dia ter dependido dela, a odeiam. Felizmente, não pesam nada no contexto de um mundo apaixonado por um Papa simples, alegre, latino americano e com nosso jeito de conquistar adesões.
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Guillermo Rodriguez comentou:
17/03/2013
Sr Thomaz, quero crer que o senhor tem razão quando dice que o obispo Bergoglio "escondeu e salvou muitos sacerdotes perseguidos". Sem embargo, minha creencia não es suficiente para cambiar a realidade. A sua creencia também não. Nuestra creencia quedaria muito forte si apareceriera uma só dessas personas que foram ajudadas pelo obispo Bergoglio. Mas até agora não apareceu ninguém diciendo: Ele me ajudó.
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Teresinha Marcis comentou:
17/03/2013
Obrigado pela crônica e por uma leitura dominical, prazerosa e instrutiva. Contato de Teresinha Marcis
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Giane comentou:
17/03/2013
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Alê Marques comentou:
17/03/2013
Bessa, ri um bocado com o a sua infância de cruzadinho. Quer dizer que você praticava bullyng religioso? Tsc, tsc, tsc... Mas que há graça nas palavras amedrontadoras q falavam no momento em que jogavam as bombinhas, isso há. Aliviada por vc ter continuado a escrever, religiosamente, aqui no site, ufa! Abraço forte
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Evelyn comentou:
17/03/2013
Bessa você, como sempre, certeiro e "on time". Estava com uma sensação esquisita que não sabia precisar exatamente, mas vc traçou uma linha precisa de percepção. Parabéns!
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Ana Stanislaw comentou:
16/03/2013
Maravilhaaa de crônica! Penso que a CNBB, a Rede Globo e seus correspondentes (principalmente a Ilze Scamparini) deveria ler o teu texto, inclusive enviar uma cópia ao novo papa. Certamente, ele ficaria inspirado. Viva o Taquiprati! Rumo as 2000 mil crônicas!
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Ana Helena Tavares (Blog QTMD) comentou:
16/03/2013
Com essa publicação, espero encerrar o ciclo de artigos sobre o novo papa. O texto, do amigo Ribamar Bessa, é imperdível. Uma crônica séria sem perder a piada. Uma deliciosa crítica à cobertura do Jornal Nacional e otras cositas más. Peço que as pessoas, em vez de comentarem aqui, deem preferência a comentar no site. Um ótimo domingo a todos.
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Lori Altmann comentou:
16/03/2013
Bessa! Onde você está nessa foto? Quem diria! Conheci você já no tempo de Porantin! Conheci Maria José Rosado Nunes (Zeca) como religiosa na Prelazia do Acre e Purus, cujo bispo na época era nosso querido D. Moacir Grecci, que tão ecumenicamente nos acolheu como luteranos na década de 1980. Eram os tempos de vigor das CEBs e dos Movimentos Indígena e Seringueiro ("os Povos da Floresta"). Acompanhei a criação do movimento Católicas Pelo Direito de Decidir - CDD no Brasil, no período em que estive em São Paulo de (1988 - 1992). Ela foi minha professora no mestrado em Ciências da Religião. Zeca e Ivone Gebara possuem uma fala claramente situada. Você mostra neste artigo a importância de se definirmos o lugar de onde falamos. Parabéns! Contato de Lori Altmann
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Osiris Silva comentou:
16/03/2013
Babá, Em respeito ao fato histórico, muito bem abordado por você nesta crônica, lembro-o que, antes de "Aspirante", havia a "Liga", o estágio inicial da Cruzada Eucarística Infantil. Também integrei esse movimento cristão. Fiz minha Primeira Comunhão por ocasião do Congresso Eucarístico realizado em Manaus em 1954 na praça em frente ao Instituto de Educação do Amazonas (IEA). Que, após o evento, passou a se denominar Praça do Congresso. E assim os tempos passaram. Tanto que, hoje, já beiramos os 70 anos. Acredite ou não. Sua crônica, além de contextual, bem expressa eventos de grande significância para os que viveram a adolescência e a juventude naqueles tempos. Grande abraço. Arabi e Osiris Silva
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Elayne comentou:
16/03/2013
Grande Professor José Bessa, sempre bem-humorado e crítico em suas maravilhosas crônicas..
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