CRÔNICAS

Os índios do século XXI

Em: 27 de Maio de 2012 Visualizações: 154812
Os índios do século XXI

 "Índio quer tecnologia" - berra O Globo, em chamada de primeira página (25/05). Lá está a foto de um guerreiro Kamayurá, que usa um iPhone para fotografar o terreno da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde será construída a aldeia Kari-Oca que vai sediar eventos paralelos da Conferência Rio + 20. Ele viajou de barco e de ônibus, durante três dias, com mais vinte índios do Alto Xingu, de quatro nações diferentes. Chegaram na última quinta-feira, para construir a aldeia Kari-Oca.

Na aldeia que eles vão construir formada por cinco ocas - uma delas será uma oca eletrônica hight tech - mais de 400 índios que vivem no Brasil, discutirão com índios dos Estados Unidos, Bolívia, Peru, Canadá, Nicarágua e representantes de outros países temas como código florestal, demarcação de terras, reservas minerais, crédito de carbono, clima, usinas hidrelétricas, saberes tradicionais, direitos culturais e linguísticos. No final, produzirão um documento que será entregue à ONU no dia 17 de junho.

Embora a notícia contenha informações jornalísticas, O Globo insiste em folclorizar a figura do índio. Em pleno século XXI, o jornal estranha que índios usem iPhone, como se isso fosse algo inusitado. Desta forma, congela as culturas indígenas e reforça o preconceito que enfiaram na cabeça da maioria dos brasileiros de que essas culturas não podem mudar e se mudam deixam de ser "autênticas".

A imagem do índio "autêntico" reforçada pela escola e pela mídia é a do índio nu ou de tanga, no meio da floresta, de arco e flecha, tal como foi visto por Pedro Alvares Cabral e descrito por Pero Vaz de Caminha, em 1.500. Essa imagem ficou congelada por mais de cinco séculos. Qualquer mudança nela provoca estranhamento.

Quando o índio não se enquadra nesta representação que dele se faz, surge logo reação como a esboçada pela pecuarista Katia Abreu, senadora pelo Tocantins (PSD, ex-DEM): "Não são mais índios". Ela, que batizou seus três filhos com os nomes de Irajá, Iratã e Iana, acha que o "índio de verdade" é o "índio de papel", da carta do Caminha, que viveu no passado, e não o "índio de carne e osso" que convive conosco, que está hoje no meio de nós.

Na realidade, trata-se de uma manobra interesseira. Destitui-se o índio de sua identidade com o objetivo de liberar as terras indígenas para o agronegócio. Já que a Constituição de 1988 garante aos índios o usufruto de suas terras - que são consideradas juridicamente propriedades da União - a forma de se apoderar delas é justamente negando-se a identidade indígena aos que hoje as ocupam. Se são ex-índios, então não têm direito à terra.

Criou-se, através dessa manobra, uma nova categoria até então desconhecida pela etnologia: a dos "ex-índios". Uma categoria tão absurda como se os índios tivessem congelado a imagem do português do século XVI, e considerassem o escritor José Saramago ou o jogador Cristiano Ronaldo como "ex-portugueses", porque eles não se vestem da mesma forma que Cabral, não falam e nem escrevem como Caminha.

O cotidiano de qualquer cidadão no planeta está marcado por elementos tecnológicos emprestados de outras culturas. A calça jeans ou o paletó e gravata que vestimos não foram inventados por brasileiro. A mesa e a cadeira na qual sentamos são móveis projetados na Mesopotâmia, no século VII a. C., daí passaram pelo Mediterrâneo onde sofreram modificações antes de chegarem a Portugal, que os trouxe para o Brasil.

A máquina fotográfica, a impressora, o computador, o telefone, a televisão, a energia elétrica, a água encanada, a construção de prédios com cimento e tijolo, toda a parafernália que faz parte do cotidiano de um jornal brasileiro como O Globo - nada disso tem suas raízes em solo brasileiro. No entanto, a identidade brasileira não é negada por causa disso. Assim, não se concede às culturas indígenas aquilo que se reivindica para si próprio: o direito de transitar por outras culturas e trocar com elas.

Foi o escritor mexicano Octávio Paz que escreveu com muita propriedade que "as civilizações não são fortalezas, mas encruzilhadas". Ninguém vive isolado, fechado entre muros. Historicamente, os povos em contato se influenciam mutuamente no campo da arte, da técnica, da ciência, da língua. Tudo aquilo que alguém produz de belo e de inteligente em uma cultura merece ser usufruído em qualquer parte do planeta.

Setores da mídia ainda acham que "índio quer apito". Daí o assombro do Globo, com o uso do iPhone pelos Kamayurá, equivalente ao dos americanos e japoneses se anunciassem como algo inusitado o uso que fazemos do computador ou da televisão: "Brasileiro quer tecnologia".

O jornal carioca, de circulação nacional, perdeu uma oportunidade singular de entrevistar integrantes do grupo do Alto Xingu, como Araku Aweti, 52 anos, ou Paulo Alrria Kamayurá, 42 anos, sobre as técnicas de construção das ocas. Eles são verdadeiros arquitetos e poderiam demonstrar que "índio tem tecnologia". O antropólogo Darell Posey, que trabalhou com os Kayapó, escreveu:

Se o conhecimento do índio for levado a sério pela ciência moderna e incorporado aos programas de pesquisa e desenvolvimento, os índios serão valorizados pelo que são: povos engenhosos, inteligentes e práticos, que sobreviveram com sucesso por milhares de anos na Amazônia. Essa posição cria uma “ponte ideológica” entre culturas, que poderia permitir a participação dos povos indígenas, com o respeito e a estima que merecem, na construção de um Brasil moderno”.

Esses são os índios do século XXI. A mídia olha para eles, mas parece que não os vê.

A Academia Brasileira de Letras (ABL), presidida por Ana Maria Machado, abriu uma brecha para debater o tema. Como parte da programação do Seminário Brasil, Brasis, a ABL organizou uma mesa redonda para discutir O índio no Brasil contemporâneo, presidida pelo acadêmico Domício Proença Filho, que contou com a participação da Graça Graúna e deste locutor que vos fala. 

 

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79 Comentário(s)

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Eduardo Viveiros de Castro comentou:
14/03/2017
.No caso do Alto Xingu, o que mudou terá sido menos talvez, a “ecologia” visual que a “economia” visual – as relações de produção imagética. Remeto o leitor à coluna de meu amigo José Ribamar Bessa Freire, a imperdível Taqui pra ti (http://www.taquiprati.com.br), de 27 de maio de 2012, intitulada “Os índios do século XXI”. Ela começa assim (lembro que os Kamayurá são um dos povos do Alto Xingu):“Índio quer tecnologia” – berra O Globo, em chamada de primeira página (25/05). Lá está a foto de um guerreiro Kamayurá, que usa um iPhone para fotografar o terreno da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde será construída a aldeia Kari-Oca Bessa, naturalmente, demole o preconceito etnocêntrico e o desprezo folclorizante que a mídia do Brasil volta aos índios que insistem em passar para o outro lado da objetiva. O homem vestido insiste, realmente, em não entender. “Xingu”, hoje, é palavra que nos remete às obras da hidrelétrica de Belo Monte, que começam a destruir o rio da diversidade nacional, mais do que aos índios de Maureen Bisilliat. Mas eles continuam lá. E agora, cá. O homem nu compreenderá. O Kamayurá.
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rosalvo cardoso do carmo comentou:
17/11/2015
Está cronica mostra o quanto a própria mídia tenta nos persuadir mostrando que o índio "padrão" é aquele da época de Cabral, e que existem pessoas que mostram o contrario, onde dizem que se o conhecimento indígena fosse levado a serio pela ciência moderna eles seriam valorizados, por tanto, isso mostra o quão eles são importantes e pouco valorizados e descriminados. Temos que valorizar e respeita nossas etnias, temos muito a aprender.
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Pedro Roberto Lemes comentou:
14/11/2015
Sensacional, continuamos estudando os índios nas escola, nas faculdades como folclore, como se fossem extraterrestres. A "mídia" parece querer colocá-los num zoológico.
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MANUEL ALEJANDRO comentou:
09/11/2015
Interessante matéria. Mostra como nossa mídia instala o preconceito no resto da população desinformada.
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emerson freitas trindade comentou:
22/10/2015
O texto está de parabéns falou tudo..
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Edson Souza comentou:
05/09/2015
O índio tem que se atualizar sim para que possa brigar pelo seus direitos, mas como sempre esses políticos corruptos querendo uma brecha para colocar seus planos em pratica.
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MICHELA KAREN comentou:
31/05/2015
Este assunto é muito polemico para a maioria das pessoas, na minha percepção o fato do índio se utilizar das tecnologias existentes é normal, assim como eu quero e posso me beneficiar, porque o índio não, se ele é uma pessoa como qualquer outra. Contato de MICHELA KAREN
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cássia cruz comentou:
27/05/2015
Um crônica muito envolvente. Embora o Brasil contemporâneo é mais indígena do que normalmente se supõe. Ainda que culturalmente transformada pela interação secular de processos civilizatórios, a presença indígena é fortemente percebida no tipo físico e nos costumes de amplos segmentos da população, sobretudo entre os brasileiros do Nordeste, da Amazônia e do Centro-Oeste. Se é verdade que os grupos indígenas brasileiros estão reduzidos a uma pequena fração do que foram no passado, também é verdade que este segmento da população encontra-se hoje em plena recuperação demográfica.
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09/05/2015
Assim como nós queremos e temos o direito de se modernizar, reciclar e aperfeiçoar algo de projeto e ideal em nossas vidas os índios também tem. jamais perderam sua identidade apenas ganharão mais conteúdos para dividir em sociedade e quebrar esse tabu que índio só pode caçar ,pescar e andar de tanga. Contato de Adriana Munique da Silva Furtado
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Juliano Rodrigues comentou:
07/05/2015
Infeliz observação feita pelo O Globo, como já sabemos que essa organização só divulga aquilo que serve de interesse para os poderosos que derramam dinheiro nos seus cofres, é muito importante para eles ridicularizar os índios pelo fato de estarem usando roupas ou produtos eletrônicos, pois quanto menos acesso eles tiverem ao conhecimento e a seus direitos mais fácil fica de enganá-los, acho que eles querem continuar trocando espelhos por ouro e diamantes.
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Ruth Isabela Barbosa Gonçalves comentou:
15/04/2015
Acho impressionante a mania que o povo brasileiro tem de copiar modelos estrangeiros e nada entender da cultura original do povo indìgena. Muito temos que aprender com a cultura deles e muito melhor seria o respeito ao ambiente, aos mais velhos, as culturas passadas de geração a geração. Claro que há vários interesses envolvidos, mas perdemos muito com isso e sabemos de nações que vem coletare as culturas as medicações e outros ritos dos nossos indios. Claro que é um mal que acompanha há séculos o povo indigena e muito dificil será vencer esses tabus criados . A midia coloca aquilo que melhor interessa o que nem sempre confere com a verdade.
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MANOEL comentou:
31/10/2014
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antonio rodrigues da silveira junior comentou:
27/10/2014
muito boa esta crônica que mostra que os índios não apenas atirar com arco flecha e caçar e que são capazes de aprender esta tecnologia do século XXI.
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Walter Oliveira comentou:
22/10/2014
Muito feliz e oportuna a cronica do Sr. Bessa Freire. Veículos de grande circulação em nosso país, expressam opiniões errôneas sobre os mais diversos assuntos, como se fossem definitivas. Essas opiniões, acabam por espelhar a ignorância do autor, para aquele tema. No caso em pauta, o autor de "Índio quer tecnologia", faz chacota e nos faz lembrar uma letra de marcha de carnaval que diz: "..índio quer apito!". Trata-se de um desrespeito à cultura indígena, que é a nossa cultura verdadeira, brasileira. Nossos índios assistem TV por satélite, usam internet, e celular "Global Star". Também frequentam escolas e universidades. Participam de discussões sobre construção de hidrelétricas e rodovias. Nosso índio também tem tecnologia pra ensinar, como cultivar determinadas plantas, como usá-las como remédio e uma infinidade de conhecimentos que certamente o Sr. jornalista daquele jornal, certamente não sabe.
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Anna caroline comentou:
01/10/2014
parabéns pelo texto ,a mídia tem mesmo esse poder de induzir o pensamento de toda uma sociedade.
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william comentou:
01/09/2014
Muito boa com fatos verdadeiros de costumes rotineiros na sociedade moderna.
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Aleff nascimento machado comentou:
31/08/2014
na realidade o que tem-se é uma mistura que a sociedade não aceita e continua a criticar como se índios usando e fazendo parte desse globo em sim fosse coisa de outro mundo.
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Alessandro Pinto comentou:
24/06/2014
Eu sempre tive esse ponto de vista... Também podemos fazer uma analogia entre os índios e os homens da caverna no continente europeu (seres que deram origem aos povos dessa região).
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gomes comentou:
19/06/2014
De uma forma ou outra, todos somos um pouco preconceituosos...É o estigma que criamos!
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Hugo Lima comentou:
21/05/2014
O texto e bem interessante, e tem varias passagens a serem destacadas, entretanto os pontos que me chamaram atenção, são a parte em que a uma comunicação entre os índios de diversos países; e saber que em pleno século XXI os índios sofrem muito preconceitos e são invisíveis aos olhos do governo e da mídia.
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15/05/2014
O indio não deve mais sofrer certos preconceitos e certas limitações que a sociedade de hoje impõe a eles, pois todos somos iguais e temos o direito de usufruir de tudo aquilo que o mundo moderno pode nos oferecer. Contato de WAGNER MACHADO COSTA
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Rodrigo Assunção de Mesquita' comentou:
13/05/2014
Eu gostei da crônica, mas pena que os índios estão se deixando levar assim como, mais de 90% da população brasileira está envolvida com a tecnologia. ( tablets, smartphones, etc.). Gostei do artigo. Tenho refletido sobre essa questão - índios no século XXI. A questão mais sensível relacionada à identidade do indivíduo é o direito à auto definição. Certamente essa questão não é problema em uma comunidade tradicional. No entanto é mais complexa quando em jogo o pensamento de um individuou ou grupo de pessoas que sabe ter raízes indígenas mas está pressionados por "outros", "terceiros", para se auto definir segundo outras expectativas que não a do próprio.
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Neila Gomes comentou:
02/02/2014
Os opressores tentam a todo custo desqualificar para destituir os indígenas de seus direitos, para avançarem vorazes e depredadores no seu habitat! Como AMAZONENSE fico indignada e na sensibilização com os povos tradicionais, afirmo, nós que temos que ensinar ao mundo uma nova ordem, por que amamos e fazemos valer o ecossistema da floresta!
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Jussara de Faria Castro comentou:
31/01/2014
Claro, digno, informativo e de vasto conhecimento da população indígena, sua cultura e direitos. Parabéns, precisamos é divulgar mais!
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Leda Beck (via FB) comentou:
09/09/2013
Este artigo do Bessa de 2012, às vésperas da Rio+20, põe os pingos nos ii: índio não "quer tecnologia", como disse então a manchete d'O Globo, reforçando a velha caricatura do índio brasileiro que é ensinada nas escolas; índio TEM tecnologia. Assim como qualquer caboclo tem, e a ciência brasileira não toma conhecimento dela. Vivo falando disso...
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ponalto comentou:
07/08/2013
eu gostei muito, mas não ficou tão legal pq esta muito extenso eu preferia de forma bastante resumida !!!! :*
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Larissa comentou:
22/04/2013
nossa muito bom !!!! me ajudou bastante obg !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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thaynara comentou:
19/04/2013
e gigante e eu to copiando
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rita comentou:
18/04/2013
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naiara neide comentou:
18/04/2013
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lorraine comentou:
28/08/2012
bom eu gostei muito ajudol muito ,s2s2s22s2s2
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Ary Txay comentou:
10/06/2012
Gostei do artigo. Tenho refletido sobre essa questão - índios no século XXI. A questão mais sensível relacionada à identidade do indivíduo é o direito à autodefinição. Certamente essa questão não é problema em uma comunidade tradicional. No entanto é mais complexa quando em jogo o pensamento de um indivíduou ou grupo de pessoas que sabe ter raizes indígenas mas está pressionados por "outros", "terceiros", para se autodefinir segundo outras expectativas que não a do proprio. Em suma: cabe ao indivíduo a sua definição ou autodefinição, seja ela qual for, podendo tornar-se ou deixar de ser qualquer coisa, inclusive "índio' e "brasileiro", "portugues" etc. Contato de Ary Txay
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Alessandro Lopes comentou:
10/06/2012
Esse texto crítico ao jornal O Globo me fez lembrar da reportagem do programa Globo Repórter da ultima sexta onde em um certo trecho o repórter mostrando o colar de um indígena Enawenê-nawê fazia questão de destacar que não continha nylon ali, era palha... Travestida no comentário do repórter talvez tivesse toda essa imagem estereotipada do indígena que ainda é reproduzida hoje. Não dá pra generalizar mas em grande parte a mídia como diz José Ribamar Bessa Freire, perde a chance de fazer uma outra abordagem, de mostrar os conhecimentos tradicionais desses povos por exemplo. Ótima referencia ao Posey. Abraço Alessandro
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Pablo Rodrigues Dobke comentou:
10/06/2012
O José Ribamar Bessa Freire é gênio!!! É muito bom ler os textos dele. "...como se os índios tivessem congelado a imagem do português do século XVI, e considerassem o escritor José Saramago ou o jogador Cristiano Ronaldo como "ex-portugueses", porque eles não se vestem da mesma forma que Cabral, não falam e nem escrevem como Caminha." Genial!!! Um grande domingo a todos e todas; Pablo Rodrigues Dobke. Acadêmico do curso de Bacharelado em História (UFPel). Membro do Núcleo de Etnologia Ameríndia (NETA - UFPel). Pesquisador Bolsista do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC - Bagé).
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Lori Altmann comentou:
10/06/2012
Bessa! Veja abaixo. Seus artigos continuam sendo lidos e comentados pelos nossos alunos do Núcleo de Etnologia Ameríndia da UFPel!
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Vanderlise Machado comentou:
10/06/2012
Tô aqui ouvindo o CD dos Yanomami, e me chega as mãos um maravilhosos texto do José Bessa falando de índios e tecnologia.... Vale dar uma olhada aí gente....
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Memélia Moreira comentou:
08/06/2012
Clap!Clap"!Clap! Se pudesse levantava e aplaudia de pé. Brilhante. Quantas vezes tivemos que explicar essa questão tão simples. Obrigada por escrevr de forma tão clara e tão justa. Você realmente merece ser lido. Em voz alta. Atenciosamente Memélia
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Ligia Maria Oliveira comentou:
05/06/2012
Professor Bessa, seus textos são sempre excelentes e este não seria diferente. A meu ver todos nós mudamos de acordo com o que vivenciamos, seja qual for a sua origem. Isso é próprio do ser humano e não seria diferente com os índios. Quanto ao conhecimento tecnológico desenvolvido pela sociedade não indígena, seria no mínimo muito egoísmo privar os índios deste conhecimento, pois eles é que devem decidir o que lhes é útil ou não. Talvez, quando a escola estiver preparada para , naturalmente veicular verdadeiramente um conhecimento com base na diversidade, possamos observar pessoas que não enfatizem o fato de um índio usar um iPhone, e se interesse mais pelo que este individuo tem a partilhar com todos. Mais uma vez, parabéns pelo texto. Um abraço.
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Ligia Maria Oliveira comentou:
05/06/2012
Professor Bessa, seus textos são sempre excelentes e este não seria diferente. A meu ver todos nós mudamos de acordo com o que vivenciamos, seja qual for a sua origem. Isso é próprio do ser humano e não seria diferente com os índios. Quanto ao conhecimento tecnológico desenvolvido pela sociedade não indígena, seria no mínimo muito egoísmo privar os índios deste conhecimento, pois eles é que devem decidir o que lhes é útil ou não. Talvez, quando a escola estiver preparada para , naturalmente veicular verdadeiramente um conhecimento com base na diversidade, possamos observar pessoas que não enfatizem o fato de um índio usar um iPhone, e se interesse mais pelo que este individuo tem a partilhar com todos. Mais uma vez, parabéns pelo texto. Um abraço.
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Anete Rubim comentou:
02/06/2012
Quando a Globo faz matéria sobre os indios, tem que ter dança da chuva, ritual disso e daquilo...que deturpa a realidade indígena. Convivi com os Bessa desde a Regina, passando pelo Tuta, Bambi e Céu. Nunca vi o Babá, que gostaria de já ter conhecido. Um dia me disseram: vai ter uma palestra do Babá no auditório do ICHL Quando cheguei na porta tinha um cartaz: palestra com Babá do PT. VOLTEI DA PORTA!
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Aloisio comentou:
02/06/2012
Até por que o que distingue o índio do "homem branco" é questão cultural. Não importa como ele se veste e onde ele mora, mas se ele se auto define como indígena e seus pares tb o reconhece assim, pq seria justo nós tirarmos esse direito deles? Apesar de uma mesma matriz cultural, os índios tem uma diversidade cultural muito grande, como também em suas culturas tem um processo de mudanças que não desconsidera as suas origens. Contato de Aloisio
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Paula Artaxo comentou:
31/05/2012
Vale muito a pena ler essa aula
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Claudia Almeida comentou:
30/05/2012
Bessa, a cronica é um estudo profundo do comportamento desumano em torno da aquisição de conhecimento e bens interativos, um grande abraço!Paz a todos os seres!!
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Sinvaldo comentou:
30/05/2012
Muito bom professor Bessa, mas ainda há muitas pessoas pensa que o índio na cidade não é índio é um boliviano ou é peruano. E até quando o povo brasileiro vai conhecer "seus índios", eu acho que as ecolas devem trabalhar as historias atuais e não a de 1500. Meu grande abraços sou seu fã n° 1.
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Veronica comentou:
30/05/2012
Bom dia Professor Bessa, sua maravilhosa e didática crônica está circulando...veja a mensagem encaminhada, a cronica foi publicada no overmundo http://www.overmundo.com.br/overblog/indios-do-seculo-xxi-ribamar-bessa
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celinho comentou:
30/05/2012
Achei muito interessante essa matéria! Quebrar o estereotipo sobre o indígena no Brasil! Esse é problema, acham que ficamos congelado no seculo XV, ou querem que fiquemos congelado! Evoluímos, como qualquer outra sociedade no mundo!
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Dimas Dias Duarte comentou:
29/05/2012
Os indigenas tem direito a terra por serem suas antes mesmo dos portugueses chegarem aqui, e eles tem direito sim ao acesso a tecnologia, sem perder sua identidade.
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Dan sincero comentou:
29/05/2012
Discordo do texto. A própria classificacão de 'índio' do ponto de vista legal e teórico é questionável. A Constituiçao lhes abarcam uma série de direitos como se eles não fossem seres humanos, imersos numa cultura inocente, vitimada e não capitalista. O fato é que mais de 90% dos índios hoje em nada diferem de um brasileiro médio inserido no capitalismo. 'Indio' hoje é ambicioso, bebe cachaça e cerveja, gosta de carro novo, tênis da Nike, camisa da Lacoste e óculos Ray Ban ter TV a cabo e iphone, e só usa suas tradições (em grande parte degeneradas) só na hora de invocar a Constituição. Chega a ser cômico caboclos hoje usarem cocares - só na hora do protesto - ao estilo dos Apaches dos EUA, sendo que originalmente suas tribos não usavam nenhum, para baterem no peito e falarem que são 'índios'. Ou seja, humanos como qualquer um de nós. Discriminá-los como 'especiais' é um erro. Há casos bizarros de índios de cabelo crespo no Nordeste, que só surgiram como milagre após a Constituição de 1988, querendo terras. Surgiu até mesmo uma tribo Guarani no ES, Estado que nunca teve essa nação indígena em seu território. Ambas já ganharam terras contra indústrias. Obviamente há tribos mais isoladas que preservam suas características distintas da civilização moderna, devem ser respeitadas, mas são minoria. O fato é que essa política de discriminação, classificação do Governo relembra muito a política nazifascista. Ser descendente de índios hoje (em grande parte caboclos misturados com o 'homem' branco) não difere muito de ser descendente de escravos, como eu. Ambos foram explorados e massacrados. Mas por que ainda não ganhei o meu pequenino quinhão de terra? Nem iphone eu tenho....
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Aloisio comentou:
02/06/2012
Dam , me admiro muito o texto partir de vc. A questão é que vc inverteu bem a questão. O objetivo maior da matéria está no contexto da luta pela posse de terra. Sobre a questão indígena, vide meu comentário anterior. Mas sobre a questão da terra dos índios, vc conhece a história desse país???
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Walter Corgs comentou:
29/05/2012
Mas pera lá, se o índio é um cidadão como outro qualquer (e eu acredito que o seja mesmo), que quer tecnologia, acesso à educação, serviços públicos de qualidade, infraestrutura, etc., então todas as proteções legais constituídas perdem o sentido. Quer dizer, se o índio quer se inserir na sociedade civil como um cidadão igual aos outros, não faz mais sentido manter reservas quilombolas para subsistência, direitos especiais para indigenas, ressalvas quanto a obrigações legais, etc. Que o índio tenha CPF, declare imposto de renda, constitua família nos termos da legislação civil, responsabilize-se criminalmente pelos seus atos, etc.. Enfim, insira-se na sociedade como um povo igual, detentor das mesmas capacidades de qualquer ser humano. Todas as regras protetivas do povo indigena, nesse caso, perdem totalmente o sentido. Sempre me pareceu uma retórica bastante contraditória essa. De um lado, há os indigenas que estranhamente optam (ou alegam que optam) por viver isolados, mantendo uma cultura milenar absolutamente relevante, mas que perdeu um pouco o sentido nos dias atuais. De outro, há os defensores dos direitos dos indigenas, que parecem gostar de colocá-los em uma redoma e observá-los como se estivessem em um zoológico humano. Reitero, resgatar e manter a cultura indigena é extremamente importante, além de ser um dever público instituído pela CF. Entretanto, parece-me fora de propósito defender que eles devem se manter excluídos da sociedade como se essa fosse a única alternativa possível. Mas enfim, esse é outro daqueles temas polêmicos da nova ordem politicamente correta. Falar sobre isso é um crime social, assim como criticar quem anda de bicicleta em SP, quem defende a falácia do aquecimento global, quem critica o novo PL do Código Florestal aprovado pela Câmara, etc. excluir
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Pablo Junqueira comentou:
29/05/2012
Sinceramente achei a redação totalmente contaminada com esse capitalismo selvagem que tomou conta da sociedade onde estamos inseridos. Uma opnião bem particular minha, é que os povos indígenas se puderem devem mesmo é preservar suas tradições, culturas, suas terras e que nós aqui de fora respeitemos isso, que eles dêem e continuem dando valor a riquezas que vão além do TER como damos, e que não sejam contaminados por uma linha de pensamento e ambições que só o homem inserido na sociedade dá.
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Aloisio Afranio Peixoto comentou:
29/05/2012
Tenho vergonha de ser branco, descendente de portugueses, espanhóis e ingleses, que trucidaram os tupis, os incas, os aztecas, os mohicanos, etc., na sanha de confiscar as riquezas do novo continente e levar tudo para a Europa. Nós, brancos, temos uma pesada dívida com os índios.
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Alcimar Rocha comentou:
29/05/2012
É isso aí mano, os caipiras, por discriminação e ausência de informação, ainda pensam que os índios são como eles.
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Jandir Ipiranga Júnior comentou:
29/05/2012
O que esse bando de cara-pálida de meia-tigela precisa é abrir a mente, Professor. Congelaram uma imagem vivida no passado distante e, vivem dela; e, enganam com ela. Imaginem os senhores quanto a humanidade ganharia só em farmacologia, se dessemos ouvidos aos povos indígenas?!
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Ana comentou:
29/05/2012
Concordo com a crítica sobre como o índio é visto pela mídia e por muitos de nós. Pergunta: como o índio é visto pela Funai? E pela Constituição? A seu ver, a Funai contribui para essa visão estagnada? A Constituição caracteriza o índio como um incapaz?
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Jô Freitas comentou:
30/05/2012
É verdade. As leis de proteção ao indio os tornam incapazes, o que não é verdade. O indio tem tanta capacidade quanto nós.
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Zelandes Patamona comentou:
29/05/2012
Sensacional meu caro Bessa, esse jornalsinho insistem na continuidade do discurso da mesmisse, ao invés de ser um meio de disseinação e de valorização das culturas vem com este tipo de matéria como se as tecnologias fosse proibida a nós indígenas, ninguém merece!!! Quando eles descobrirem que existe indígenas Mestres e Doutores!!!, fico a imaginar qual será o título da mátria!!
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Sinvaline comentou:
29/05/2012
Professor que prazer em ler essa cronica. Há muito queria ouvir isso e agora é publicado de forma tão contundente, parabens. Posso divulga-la em outros sites? Abraços Contato de Sinvaline
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Ivania comentou:
28/05/2012
Sobre sociedades indígenas e redes sociais. Texto maravilhoso do prof. José Bessa
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celia lacerda comentou:
28/05/2012
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Márcio V.Gomes comentou:
28/05/2012
Excelente a demonstração do preconceito racial , literalmente enGlobado na nossa cultura.Parabéns.
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Carmen Junqueira comentou:
28/05/2012
Querido Bessa, muito bom o texto! Como sempre! Sua fã, Carmen
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Carmen Junqueira comentou:
28/05/2012
Querido Bessa, muito bom o texto! Como sempre! Sua fã, Carmen
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Francisca comentou:
28/05/2012
Trabalho com povos indígenas e volta e meia me falam: quando você for numa "aldeia" com "índios de verdade" me leva? Eu respondo que trabalho com indígenas de verdade e repito parte do que foi muito bem escrito na crônica. No final da conversa a pessoa diz: "mas assim não tem graça". Para mim o que não tem graça é o preconceito, que mesmo tendo chance de ser desconstruido, se mantem!
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comentou:
27/05/2012
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Dione Martins comentou:
27/05/2012
O texto retrata bem o preconceito que o povo indígena sofre. Penso que esse texto seja um excelente material para ser discutido nas escolas, pois nossas crianças só conhecem os índios na data comemorativa de 19 de abril, de cara pintada e com penas... Contato de Dione Martins
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Niara do Sol (Literatura indigena) comentou:
27/05/2012
OLA BESSA TUDO BEM COM O SENHOR. AI que Bom que ele gritem pelo menos comecamos a incomodar ou a mostrar que somos capazes de manipular aparelhos eletronicos.
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Taukane, EC.Kura-Bakairi comentou:
27/05/2012
Muito boa sua crônica Ribamar. Aliás, me fez lembrar de uma passagem de texto do filósofo contemporâneo Emmanuel Lévinas [ 1906-1995]. Lévinas afirma que a civilização ocidental exibe terrível tendência de reduzir tudo que lhe é fortuito, estranho e enigmático a condições de inteligibilidade, sob a instigação da moralidade. Do contrário alguem pode estar "enganando". Assim, é preciso que tudo seja conhecido, compreendido, utilizado, etc., ou congelado como agora acontece sob a ótica do Jornal o Globo. E se não for assim, essa coisa é tida como irrelevante ou mau presságio. Será que não é o caso que acomete o Globo quando emite este berro tão assombrado quanto estranho, como sua nova linguagem? A do seu assombro quando berra: "índio quer tecnologia"? Pra nós indígenas, isto é coisa do passado!
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Rogério Ferreira comentou:
27/05/2012
Caríssimo Bessa, focarei essa crônica na aula da disciplina "Conhecimento e Diversidade Cultural" que irei ministrar amanhã. Parabéns!!!!
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Antonio Techy comentou:
27/05/2012
Concordo plenamente que não seja impedida a evolução cultural, social e tecnológica do índio, com sua miscegenação e integração à sociedade que evolui a passos largos. Só que esta evolução não pode ser diferente em responsabilidades, direitos e deveres como qualquer outro cidadão brasileiro. Não podem querer evoluir, e continuarem na dependência que o Estado Brasileiro ainda os coloca. Acho que devem ser iguais a todos em direitos e deveres, e que não sejam mais chamados de "indios", mas de "BRASILEIROS", como todos que aqui nasceram Contato de Antonio Techy
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Ana Silva comentou:
27/05/2012
Maravilha de crônica!!! É impressionante como os discursos e visões desse jornalzinho permanecem desatualizados sobre os grupos indígenas brasileiros. Por que é tão difícil reconhecer, respeitar e conviver com a diferença? Será que essas matérias sensacionalistas e preconceituosas vendem mais jornais do que venderiam manchetes voltadas para os cantos, danças, saberes tradicionais, arte e literatura indígenas? Por que folclorizar os índios? Acho que nesse caso talvez fosse melhor perguntar: os estudantes de comunicação estudam os índios em seus cursos? Que tipo de jornalista estão sendo formados? Para aqueles que não passaram por universidades, perguntaria: vocês sabem que existe índios no Brasil?
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Marcus Maia comentou:
27/05/2012
Flecha certeira, como sempre, Bessa, parabéns!
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Giane comentou:
27/05/2012
Fica clara a situação das identidades sempre em processo de transformação. Soube que a UNB já incorporou disciplinas de pós-graduação, em que atuam arquitetos indígenas, pajés etc., como professores. Aqui na UNILA estamos discutindo a pós, para incorporarmos professores e saberes indígenas. Dentro de pouco tempo provavelmente a mídia terá que reconhecer seu atraso..
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27/05/2012
Que pena que um jornal de grande circulação não cumpre o seu papel de bem informar as pessoas comuns. Deve ser para, em seguida depois de escarnecer nossos indios pelo uso do iPhone, concluirem equivocadamente que, nós nada sabemos sobre os nossos índios . É verdade como saber? Se a comunicação de massa ainda está em mãos de gente tão absolutamente estúpida e anacrônica. Oxalá! nossos irmãos sejam melhor entendidos e valorizados! Contato de Neusa Ramalho Silvério
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Ana Roitberg (FB) comentou:
27/05/2012
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Daniela Gil (FB) comentou:
27/05/2012
Para se deliciar e se indignar com o texto de José Bessa
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salomao comentou:
27/05/2012
digna de um dos melhores crônistas do brasil...
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Márcia Rodrigues comentou:
26/05/2012
muito show o texto.... tudo a ver com minha monografia da Pós lato sensu.
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Leticia comentou:
26/05/2012
muito bom seu bessa!!!! Ja está incorporado ao material que tou preparando sobre enunciação e discurso!!!!! é um material didático pra curso de especialização a distância sobre Leitura e produção de texto para professores do estado...beijos da sua fannnn numero 4... acho... pelas minhas contas... ´
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