CRÔNICAS

O Maníaco do Parque no Campo de São Bento

Em: 12 de Fevereiro de 2012 Visualizações: 63715
O Maníaco do Parque no Campo de São Bento

Campo de São Bento.

Ciscando a paz de um domingo

famílias e pássaros.

(Luis Antônio Pimentel)

O velho, como era seu hábito diário, caminhava em ritmo acelerado pelas alamedas do Campo de São Bento - uma área de 40.000 metros quadrados que ocupa um quarteirão inteiro do bairro de Icaraí, em Niterói. De repente, parou debaixo da mangueira, se abaixou e recolheu uma manga do chão. Examinou-a. Viu que não estava mordida por morcego ou passarinho. Cheirou, acariciou a fruta madura e resmungou num tom de quase lamento:

- Essas são as últimas mangas da estação!

Parecia que ele estava falando sozinho, mas na realidade conversava com as árvores.

“O velho está ficando tantã” – comentou o vendedor de água de coco que, de camarote, assistia “aquela presepada”. As mangueiras, mudas, nada comentaram. Acostumadas a frutificar, anualmente, entre o natal e o carnaval, encerram a temporada sempre por volta de fevereiro. Agora, ouviam as queixas apresentadas pelo velho, que cada ano tinha a voz menos firme e os cabelos mais ralos e mais brancos.

Com a careca protegida do sol pelo infalível bonezinho azul que tinha o escudo do Vasco na viseira, ele prosseguiu sua marcha debaixo das árvores centenárias e frondosas do parque. Passou pelas imponentes palmeiras imperiais e, em seguida, pela calabura, cujos galhos em escadinha proporcionam sombra refrescante e atraem borboletas coloridas, alegres bentevis e sanhaços saltitantes, que passeiam em volta de suas flores brancas salpicadas de sementes amarelas.

Depois, o velho foi costeando os canteiros de flores, onde algumas pombinhas se deslocavam em voo rasante. Deu a volta no lago que tem um chafariz, atravessou a pequena ponte, transpôs o caramanchão coberto de trepadeiras, lianas e cipós, cruzou o laguinho onde patos e gansos se banhavam, passou pelo parquinho de diversões e parou diante do coreto. Fingiu que não ouviu o rapaz dizer, em voz baixa, à namorada:

- Disfarça que lá vem o velho maníaco.

Ninho de plástico

Além de maluco, ele ficou com a fama de maníaco do parque. Aconteceu no tempo em que ainda fazia suas preleções aos jovens do Colégio Estadual Joaquim Távora, que se reuniam no coreto para matar aulas e, às vezes, para fumar um baseado. Por acreditar na educação como redentora da humanidade, o velho fazia longos discursos aos estudantes, tentando despertar neles uma consciência socioambiental. Insistia na responsabilidade individual, de cada um, em relação ao lixo, e apontava para o parque coberto de sujeira.

Seu tom de voz era o de um missionário. Dizia que aquele era um combate desigual travado por um exército de garis, que perdia todas as batalhas para os usuários do parque, responsáveis por tanta imundice. Diariamente “jogavam no mato” garrafas de plástico e de vidro, copos e sacos de plástico, papel plastificado, latas de cerveja e de refrigerantes, embalagens plásticas e de papel de alumínio, pontas de cigarro e todo tipo de entulho.

Em seu discurso inflamado, o velho mostrava como o lixo pode ser altamente prejudicial ao meio ambiente, à saúde humana e à vida urbana, entupindo bueiros, provocando alagações, mortes, desabamentos. Discorria sobre o tempo de decomposição de muitos resíduos sólidos, sobretudo dos 800 bilhões de objetos de plástico que são produzidos anualmente no mundo, muitos dos quais acabam chegando aos rios e oceanos, matando peixes e aves por asfixia.

- Vocês não viram no Jornal Nacional aquela baleia que morreu com mais de 800 kg de sacos de plástico dentro do estômago? – ele perguntava num exercício de retórica. Exibia a foto que havia tirado, ali mesmo, no Campo de São Bento, de um ninho de bentevi - uma bola de lixo presa entre os galhos, feita com retalhos de plástico misturados com capim.

Os jovens ouviam tudo em profundo silêncio, numa atitude aparente de reverência e atenção. Mas quando o velho virava as costas, debochavam, faziam teatrinho, imitando-o e, pior, continuavam emporcalhando os canteiros de flores sobre os quais era atirada diariamente uma enxurrada de detritos, embora existam dezenas de lixeiras espalhadas por todo o Campo de São Bento – um patrimônio público cujo paisagismo original é de autoria do arquiteto belga Arsênio Puttmans contratado, em 1908, pelo então prefeito João Pereira Ferraz.

Xerife do parque

Diante da inutilidade da palavra, o velho se autonomeou, então, xerife do Campo de São Bento e resolveu partir para a ação, a guerrilha e o terrorismo. Um dia, viu uma senhora de classe média, vestida com roupa de butique, atirar garrafas pet num canteiro de flores. Deu um grito:

- “Ei, minha senhora, não faça isso, vai matar as plantinhas”

Ela peitou o velho:

- “Não é da sua conta”. 

Ele, então, aos berros, a chamou de porca, de criminosa. Duas velhinhas que assistiram tudo, o censuraram por ter sido excessivamente agressivo.

Mas a gota d’água foi quando ele viu uma jovem mãe, bonita, cheirosa e gostosa, caminhando com seu filho de uns três anos para o parquinho de diversão, onde as crianças se divertiam no carrossel ou no bate-bate com seus carros elétricos coloridos. Depois de jogar um saco de pipoca vazio no chão do rinque de patinação, a mãe atirou um potinho de iogurte com um canudinho sobre um canteiro de flores, dando belo exemplo ao filho.

O velho perdeu a esperança na humanidade. Foi aí que sua fama de maníaco do parque se consolidou. Já que não podia mudar o mundo, não deixaria que o mundo o mudasse. Concentrou todas as suas energias num combate solitário, mas sem trégua, aos canudinhos de plástico, a quem devota um ódio supino, porque são tantos espalhados pelo parque, que os garis deixaram de recolhê-los, concentrando-se no lixo mais grosso.

Cada um tem sua mania. A do velho passou a ser recolher todos os canudinhos de plástico que diariamente infestam o parque, entopem os bueiros e matam as plantas. Em sua caminhada diária, vai catando o que encontra. É uma guerra, na qual o inimigo se disfarça até mesmo usando uniforme camuflado. Os malditos fabricantes passaram a produzir um canudinho de cor verde, vendido pelos quiosques do parque, difícil de ser visto entre as folhas, sobretudo para o velho, cujo olho direito afetado por um princípio de catarata está com um embaçamento visual.

Nessa cruzada santa contra o lixo, o plástico e os canudinhos - uma calamidade pública não assumida ainda pela sociedade - o velho se tornou uma espécie de tropa auxiliar de gari. Mandou várias cartas para a Rede Globo, sugerindo que as novelas abordem corajosamente “o maior crime do planeta”:

 – Em vez de mostrar personagens que cometem crimezinhos mequetrefes e vagabundos, eliminando um indivíduo aqui, outro ali, como faz a Tereza Cristina, de Fina Estampa, deviam mostrar o crime dos crimes, a tentativa de assassinar a própria mãe, a mãe terra – ele escreveu, achando que se pudermos nos ver como num espelho é possível reverter o dano.

- Uma só novela da TV pode transformar o Brasil numa enorme Curitiba educada, limpa e saudável – diz o velho que ganhou fama de maníaco, de doido. Pobre planeta! As mangas de fevereiro são as últimas da estação ou as últimas da história da burrice e da estupidez humana?

P.S. "Águas Escondidas" é o nome da instalação da artista plástica Mercedes Lachmann, que está agora no Campo de São Bento. Ela usou o barco "Benção de Deus VIII", construído em 1946. O barco, que naufragou na Ilha da Conceição e permaneceu submerso por oito anos, foi finalmente retirado da água e agora está exposto na frente do Centro Cultural Pascoal Carlos Magno. Chama a atenção dos frequentadores como algo fora de lugar, remetendo diretamente à relação da cidade com o mar.

A embarcação mede 10 metros de comprimento, 3mts de largura e 2,4 mts de profundidade e esteve antes no Rio, na Praça Paris, na I Mostra Rio Esculturas Monumentais. Ficará ainda por uma boa temporada no Campo de São Bento, despertando a curiosidade e a atenção, especialmente das crianças, que dão as explicações mais inventivas para justificar a presença do barco naquele contexto.

Mercedes Lachmann estudou Comunicação Visual na PUC-RJ e Arte e Filosofia no Parque Lage, tendo participado da I Mostra Rio de Esculturas Monumentais com outros 16 artistas brasileiros. (P.S. postado em 22/11/2014). Blog de Mercedes:  http://www.mercedeslachmann.com/#!bio/c240r

P.S. 2 - Foto abaixo com encenação na disciplina Educação e Movimentos da Sociedade Civil do curso de pedagogia da UERJ, realizado em sala de aula no dia 18 de maio de 2018 no debate sobre ambientalismo. As alunas Denise Silva, Anny Caroline e Talita Almeida entrevistam o Maníaco do Parque protagonizado por Diego Salgado, "o Francês". 

 

 

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51 Comentário(s)

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Lucia Teixeira comentou:
15/09/2020
Essa crônica me fez lembrar dos passeios de juventude com um namorado que pegou do chão uma manga para que a saboreássemos. Guardo ainda hoje esse gosto da manga roubada da terra. Não me lembro do maníaco, mas sim do Luís Antonio Pimentel, autor do haicai que serve de epígrafe, querido Pimentel!
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Alessandra dos S Marques comentou:
24/07/2020
Estava fazendo uma pesquisa no Google para saber se descobri o nome de uma árvore com frutos do Campo de São Bento que há tempos não sai da minha cabeça e não encontrei quem soubesse me responder. E qual não é a sugestão da busca? Este texto do prof Bessa! Li para saber se havia a comprovação, mas não, em compensação uma bela crônica que não havia lido. Grande beijo
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marcos alberto comentou:
15/03/2014
Exelente cronica ! Passa de uma forma rica e sutil ,uma educacao socio anbiental que atinge todas as camadas da sociedade ...
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Rita Montenegro comentou:
29/02/2012
Junto com as mangas aqui no Amazonas já se foram as últimas mariranas, sorvas,uxis e outras frutas da nossa infãncia.
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Bolivar do Nascimento Cunha comentou:
26/02/2012
obrigado pelo artigo, muito bom, aliás fantástico, só que na realidade dos nossos dias, o velho da texto, me parece, não é considerado ser humano, ...ser humano é a senhora que atirou o a garrafa no parque...a jovem mãe citada no artigo e seu exterminador do futuro...passando para o plano real, com certeza a coisa chega a limites que é impossivel de ser escrito em qualquer crônica...que pena
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José Roberto Monteiro comentou:
24/02/2012
Adorei o artigo, como sou professor li em sala de aula para os meus alunos. Sou do tipo que nem o personagem do artigo, me incomodo muito com a afalta de educação ecológica das pessoas. Mas não vou desistir não. Acredito no poder transformador da educação. Abçs. Prof. José Roberto.
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Urda comentou:
20/02/2012
Texto lindo, menos essa de Curitiba... aquilo lá não é flor que se cheire, puro produto da mídia.
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Roberta Enir comentou:
18/02/2012
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Nilson Cesar Fraga comentou:
18/02/2012
gostei muito, mas "Curitiba educada, limpa e saudável " só existe na mídia, afinal, como bem conheces, é uma cidade individualista, com graves problemas ambientais, sociais e de dignidade, afinal, são 520.000 pessoas vivendo precariamente nas mais de 800 favelas da região metropolitana, destas, umas 260 são só de Curitiba. Curitiba é, sim, a capital da mídia no Brasil, vive de uma imagem construída pela TV e pelos marqueteiros bem pagos. Pobres curitibanos reais! Abraço.
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André Costa comentou:
18/02/2012
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também caçam borboletas e andorinhas, ficou muito espantado e achou uma barbaridade
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Edmundo comentou:
17/02/2012
bonito, bessa! salve as mangas! (por aqui, na Vila Feliz, também estamos nas últimas!)
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Rosa Amélia (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
Simplesmente uma delícia de ecocrônica
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Noélia Macedo (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
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William Porto (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
Mestre Bessa está extrapolando. Arretado.
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Eider Cardoso (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
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Paula Moreira (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
O velho está dando pérolas aos porcos
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Ingrid Daniela (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
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Larissa Dias (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
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Vicente (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
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Pedro Antunes (Blog Lima Coelho) comentou:
17/02/2012
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PÃO DOCE comentou:
17/02/2012
PO BABA VC É O MEU PELÉ NA CRONICA TU ES F.....DINHA MESMO. ABRAÇO
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Ester comentou:
17/02/2012
Gostei da crônica. Chama atenção para um problema que para alguns é corriqueiro, mas que causa um grave dano ao nosso planeta. Já recriminei muitas vezes pessoas que jogam lixo nas ruas, mas sempre ouço as mesmas respostas: "Ah, tem gente paga pra limpar." Este tipo de comentário me deixa indignada!
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Lucimar P Almeida (portalrogerioferreira.ning.com) comentou:
14/02/2012
Só não podemos perder a esperança, que um dia tudo pode mudar, a partir do esforço de alguns.
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Marcelo comentou:
14/02/2012
Muito bom o artigo do maníaco do parque , mas vc arrebentou no dos haitianos.. Parabéns...
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Isabela Frade comentou:
13/02/2012
Pediria ao velho maniaco que me guardasse um caroço, bem chupado e limpo que e para fazer uma mudinha. Tambem lamento pelas mangas ja sumidas do morro da Mangueira e peço aos que conheço (tambem ai estou maniaca disso e ainda nem tao velha hehe) que me enviem caroços que preparo eu as mudas. Em se plantando aqui tudo da e so nos salvaremos assim, replantando. As arvores tem o poder de restaurar o ar, a terra, as aguas. Sao seres purificadores. - Bora verdejar o mundo!!!!
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Fabiano comentou:
09/06/2019
Estou há anos querendo uma pequena mudinha de calabura ou uma pequena estaca pra fazer muda. Quero espalhar essa árvore na minha cidade, pois seu papel paisagístico e na manutenção da avifauna é enorme. Se for possível eu conseguir, por favor me avisem. Convido vocês a fazerem parte do nosso grupo de Mudas e Sementes onde doamos e trocamos sementes e mudas. https://m.facebook.com/groups/422967081396608?view=madminpanel&src=email_notif
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Eduardo comentou:
13/02/2012
Pobre Velho! Parafraseando Raul Seixas: Misturaram sua lucidez com "maluquez".
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Dulcinea Regina de Aguirre (Dulce Aguirre) comentou:
13/02/2012
Marcos Coelho, vc tem razão quando distingue burguês de pequeno burguês. É que me detive na ideia do burguês da Idade Média, ou seja, os comerciantes e artesãos. Queriam o poder dos nobres. Naquele tempo não havia a denominação "pequena burguesia". Um abraço!
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Dulcinea Regina de Aguirre (Dulce Aguirre) comentou:
13/02/2012
Marcos Coelho, vc tem razão quando distingue burguês de pequeno burguês. É que me detive na ideia do burguês da Idade Média, ou seja, os comerciantes e artesãos. Queriam o poder dos nobres. Naquele tempo não havia a denominação "pequena burguesia". Um abraço!
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Giane comentou:
12/02/2012
Sim, poético e grave.. quase irreal um personagem louco "maníaco" que tenta salvar a Natureza.. parece familiar.. acho que já li alguma coisa parecida.. onde terá sido? Quem dera o mundo tivesse mais loucos e menos consumo inútil e mais passarinhos.. moinhos, borboletas, ventos, crianças, árvores sei lá..
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Ana Stanislaw comentou:
12/02/2012
Deliciosa crônica. Infelizmente, todos os dias presenciamos essas cenas descritas por você Bessa. É preciso campanhas que incentivem a preservação ambiental. Parabéns Bessa.
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Alessandra Marques comentou:
12/02/2012
Gostei da crônica, pena que registra fatos cotidianos,poderia fazer parte só da imaginação.Essa falta de respeito com o ambiente,com a cidade,me angustia,nem mesmo em local próximo à natureza a situação muda.Moro no pé da Serra da Tiririca,área do Parque Florestal,a arrogância humana é asquerosa.Como jogam lixo(de sacos a sofás) na mata! Vez por outra recolho lixo menor ou ligo para a Cia.de limpeza (às vezes atende rápido,outras não).Infelizmente, a natureza só vive bem até a chegada do homem.
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Paulo Bezerra (4) comentou:
12/02/2012
Querida Dulce Aguirre. Pelo seus comentários dá prá perceber que vc deve ser tb professora. Suas observações são próprias quando se corrige uma redação. Me desculpe, mas, querer que um professor, que sempre primou pela didática, tente ser menos didático é o mesmo que pedir pro Fernando Henrique Cardoso ser menos prolixo. Não dá ! É ir contra a natureza desses homens. Um escreve para se compreender o outro escreve para..deixa prá lá !
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Alessandra Marques comentou:
12/02/2012
Gostei da crônica, pena que trata-se de registro de fatos do cotidiano, poderia apenas fazer parte da imaginação. Essa falta de respeito do homem com o meio ambiente e com a cidade onde vive me causa angústia, nem mesmo em local próximo à natureza a situação muda ou pelo menos diminui. Moro no pé Serra da Tiririca, área abrangida pelo Parque Florestal, e a arrogância humana é asquerosa. Como jogam lixo (de sacos a sofás) na mata! Vez por outra recolho o lixo menor ou ligo para a companhia de lim
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
12/02/2012
PAULO BEZERRA, O PROF CYRINO NÃO É MAIS O SEC MUN DE EDUCAÇÃO. HOJE, É O DR MAURO LIPPI. O SEC EST DE EDUCAÇÃO É O PROF GEDEÃO AMORIM. NENHUM DELES FOI OU É O MAIOR RESPONSÁVEL PELAS AGRESSÕES AO MEIO AMBIENTE. ESSE TIPO DE ORIENTAÇÃO DEVE INICIAR NAS FAMÍLIAS COM O EXEMPLO NAS ATITUDES DE HIGIENE.
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Marcos Coelho comentou:
12/02/2012
Nota de esclarecimento: 1 - Burguesia é a classe alta. 2 - Classe média é pequena burguesia. 3 - Cazuza tinha essa percepção e criticava a clase alta, a qual pertencia. Por isso justificava: "eu sou burguês, mas sou artista. A sua crônica é muita interessante e mostra como a (falta de) educação ambiental está arraigada em nossa sociedade. Independente da classe social.
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jose ricardo comentou:
12/02/2012
O pensamento do autor desbotou o brilho da Crônica, por ser muito prolixo.
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João Bosco Camurça (1) comentou:
12/02/2012
Depois de passar sete dias em Curitiba, vi como a PMC faz a limpeza das ruas e principalmente calçadões: uma super máquina varre o calçadão e suga os detritos que ficaram em uma grelha fina nos bueiros. Suga, empacota e leva para a reciclagem. Ao voltar para Fortaleza, vi um fusca parar no semáforo: um braço de mulher se estender para fora e jogar um sabugo de milho. O braço...
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João Bosco Camurça (2) comentou:
12/02/2012
.... O braço o que tinha de joias, tinha também de pelancas e a mente da matrona levou zero em civilidade e educação: péssimo exemplo para os netos e circunstantes. Apoio a campanha do velhinho, mas sei que ninguém consegue educar a População pelas ruas e praças: isso vem do berço limpo!
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Dulce Aguirre (1) comentou:
12/02/2012
Li que escreve crônicas, através do "Kari-oca 2",que me foi indicado pelo amigo Marcos Terena.Olha,gostei muito da crônica.O enredo é muito bom,atual,desenvolvendo-se de forma agradável.O questionamento,no final,foi perfeito.Não se preocupe se a senhora com roupas de butique é ou não de classe média,conforme comentários.O principal é a verossimilhança,ou seja, você conseguiu passar ao leitor uma verdade - não importa se condiz com a realidade. Gonçalves Dias em "Canção do Exílio" conseguiu...
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Dulce Aguirre (2) comentou:
12/02/2012
... que todos - quase todos - acreditassem que sabiá canta em palmeiras...Aliás, pra ser sincera, concordo com a crônica: muito provavelmente tenha sido uma mulher de classe média, porque classe alta tem berço.Classe média, nos dias de hoje, agrega muitos emergentes que fazem uma mistura danosa - dinheiro com falta de educação.Já dizia Cazuza "A burguesia fede!". Uma coisinha.Ah! Tinha de haver uma coisinha!Tente ser menos didático. Só um pouquinho. Sucesso! OBS.É apenas um ponto de vista, viu!
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Dulcinea Regina de Aguirre (Dulce Aguirre) comentou:
12/02/2012
Li que escreve crônicas, através do "Kari-oca 2", que me foi indicado pelo amigo Marcos Terena. Olha, gostei muito da crônica. O enredo é muito bom, atual, desenvolvendo-se de forma agradável. O questionamento, no final, foi perfeito. Não se preocupe se a senhora com roupas de butique é ou não de classe média, conforme comentários. O principal é a verossimilhança, ou seja, você conseguiu passar ao leitor uma verdade - não importa se condiz com a realidade. Se Gonçalves Dias em "Canção do Exílio
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JOÃO BOSCO CAMURÇA comentou:
12/02/2012
Depois de passar sete dias em Curitiba, vi como a PMC faz a limpeza das ruas e principalmente calçadões: uma super máquina varre o calçadão e suga os detritos que ficaram em uma grelha fina nos bueiros. Suga, empacota e leva para a reciclagem. Ao voltar para Fortaleza, vi um fusca parar no semáforo: um braço de mulher se extender para fora e jogar um sabugo de milho. O braço o que tinha de joias, tinha também de pelancas e a mente da matrona levou zero em civilidade e educação: péssimo exemplo p
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Soraia Magalhães comentou:
12/02/2012
Excelente texto! Dá um excelente trabalho em sala de aula...como seria bom se muitos professores chegassem a lê-lo e pensassem em trabalhá-lo. Lindo exemplo esse, do maníaco do parque!
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Paulo Bezerra (3) comentou:
11/02/2012
Desse modo postei no twitter as seguintes reflexões em 9 Fev Paulo Bezerra @pauloadvogadoAM. Na greve cabe a outra parte estabelecer o diálogo aberto e sincero em busca de uma solução negociada. É legítimo que qq categoria faça greve em período favorável, onde o seu poder de barganha ganhe + força. Se aeroviários fazem greve no Natal pq bombeiros não podem fazer greve no carnaval ? Tirem as mãos sujas do #CaboDaciolo.
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Paulo Bezerra (2) comentou:
11/02/2012
No mais, sinto dizer que esperava mais do meu “brother” Babá. No momento em que bombeiros, policiais e salva vidas, recentemente, aclamados como heróis pelas suas atuações em Terezópolis e Complexo do Alemão e, que, agora, quando reivindicam melhores salários e a votação do PL-300, são taxados de criminosos e impedidos de exercer o seu direito constitucional de greve. Confesso que esperava, no mínimo, um novo “Alô, alô Realengo”em que você Babá “humanizou” o dito monstro Wellington, trazendo as
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Paulo Bezerra comentou:
11/02/2012
O Maníaco do parque de Manaus não só é ruim da vista como e mal de pontaria, Eis que tal qual o maníaco do campo de São Bento, resolveu partir para a ação, a guerrilha, o terrorismo. Na intenção de eliminar o mal pela raiz, atirou – e errou - uma bomba (coco) no carro daquele que, seria o principal responsável pela falta de educação ambiental da população manauara, o seu Secretário Municipal de Educação.
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VÂNIA NOVOA TADROS comentou:
11/02/2012
Ah... não acredito que essa mulher de roupa de boutique jogando garrafas pets no canteiro pertença à classe média. É mais provável ser uma burguesa, inculta, sem consciência ecológica comedora de churrasco de pombinhos. As quentinhas foram jogadas no parque pelos filhos dessas dondocas pois são alimentados com prato feito adquiridos no butiquim da esquina.
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Cyrino (2) comentou:
11/02/2012
Tive essa certeza no dia em que um cretino jogou um coco, isso mesmo, um coco, pela janela do seu carrão, na orla da Ponta Negra, quase atingindo o meu carro.
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Regina comentou:
11/02/2012
Babá, linda e poetica a cronica de hoje. Amei
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Cyrino comentou:
11/02/2012
Babá, Manaus é um grande Parque de São bento, sobretudo na Ponta Negra... e carece de maníacos, infelizmente
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