CRÔNICAS

O namoro etnodigital numa ciber maloca

Em: 11 de Abril de 2010 Visualizações: 55477
O namoro etnodigital numa ciber maloca

Deitado na rede de fibra de tucum, cada um dos dois se embalava, sozinho, nas noites quentes de Rondônia. Já sonhavam um com outro? Quem sabe? O certo é que nunca tinham se visto. Estavam separados por rios e florestas, numa distância de 350 km. Ele morava em Cacoal, ela em Alta Floresta do Oeste. Até que recentemente, com o apoio da filha, ela o adicionou como amigo no Orkut e eles, então, se conheceram virtualmente. Foi aí que deitaram e rolaram, dessa vez juntos, no fundo de outra rede: a net.

Durante um ano, trocaram mensagens que atravessaram o ciberespaço, permitindo que afinassem o violino. “No começo era só amizade, depois ele quis mais”- ela contou ao jornalista Marcos Lock. Segredos e confidências eram cochichados pelas pontas dos dedos. O relacionamento evoluiu para conversas frequentes através do MSN Messenger. Os papos foram revelando afinidades e construindo cumplicidades. Pa-papinho vai, pa-papinho vem, quando caíram em si, já estavam namorando. Por enquanto, virtualmente.

Aí deu vontade de um contato pessoal face to face. Marcaram um encontro. Em abril do ano passado, Tori, que é índia Tupari, saiu de sua aldeia, na Terra Indígena Rio Branco, e foi visitar em Cacoal o índio Gasodá, que pertence ao povo Paiter Suruí. Não deu outra. Os dois se casaram no início do ano, num evento que foi registrado pela Folha de Rondônia: “Namoro pela web leva casal indígena rondoniense ao altar” (25/03/2010).

Maloca Digital

O namoro e casamento de Gasodá e Tori é apenas uma das tantas consequências da crescente atuação dos índios no ciberespaço, que marca a apropriação por eles das tecnologias digitais. Nos últimos anos, os índios criaram sites, blogs, portais, comunidades virtuais, facebooks, fotologs, onde trocam experiências e informações e publicam textos, fotos, desenhos, notícias, músicas, vídeos.

No Brasil, índios de diferentes línguas e etnias foram estimulados a usar a internet por organizações governamentais e não governamentais. Embora a situação ainda seja bastante precária, inúmeras das 2.698 escolas indígenas existentes nas aldeias, frequentadas por mais de duzentos mil alunos, foram dotadas de computadores. Ali onde isso não foi possível, os computadores dos postos de saúde da FUNASA foram disponibilizados dentro dos ‘Pontos de Cultura’ no Programa GESAC – Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão.

Essa situação permitiu que logo surgissem, em 2001, os primeiros sites indígenas, segundo Eliete Pereira, do Centro de Pesquisa Atopos, da ECA/USP, que andou mapeando a presença indígena na net, ainda bastante irregular. Ela encontrou três tipos de sites: os sites de organizações indígenas, os sites de etnias e os sites pessoais.

Os primeiros são mantidos na rede por organizações com abrangência local, regional ou nacional e estão associados à luta por direitos pela terra, pela educação bilíngue, pela saúde, constituindo-se em ferramentas de reivindicação política. É o caso, por exemplo, do portal da COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, ou o da FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.

Já os sites de etnias são criados para dar maior visibilidade étnica frente à sociedade nacional e internacional e para mostrar a arte de cada grupo, a produção do artesanato, os padrões gráficos, as narrativas, a língua. É o caso dos Baniwa, do Rio Negro (AM), ou dos Ashaninka, do Acre e de tantos outros, que participaram, em 2005, do I Seminário Rede Povos da Floresta, realizado no Rio de Janeiro, para discutir o acesso deles à tecnologia da informação e a conexão à internet.

O terceiro tipo são os sites pessoais e individuais, que utilizam a internet de forma inovadora, como o do escritor Daniel Munduruku, que apresenta os seus livros e dialoga com leitores, ou o da escritora Eliane Potiguara. Os índios que participam dos cursos de formação de professores indígenas ou de cursos universitários aprendem a lidar com o computador, trocam informações via e-mails, orkut, msn, skype. Eles estão agora lutando para demarcar um novo tipo de território no ciberespaço.

Ciber Território

Nesses territórios, os usuários indígenas da internet divulgam noticias sobre seus problemas, articulam redes de apoio e acabam sendo mediadores de conflitos indígenas junto aos canais e veículos tradicionais de informação e às próprias instituições governamentais. Essa nova prática tem permitido alguns grupos a fiscalizar com maior empenho a gestão pública dos recursos destinados às populações indígenas e a denunciar as violações aos direitos constitucionais dos índios.

Foi no ciber território que Gasodá e Tori se conheceram. Eles vivenciaram experiências diferentes com a internet. Para Gasodá, que tem mais de 650 amigos no Orkut, a rede ajuda a fazer amizades e a “quebrar o gelo” entre pessoas desconhecidas:

- “Eu conheço muita gente através da internet, porque conversamos sobre assuntos indígenas pelo MSN. E quando a gente se encontra pela primeira vez, parece que já se conhece há muito tempo e aí é só chegar e cumprimentar: ah, você é que é o fulano, dá um abraço. É como se fosse uma amizade antiga”.

Já Tori vive numa aldeia onde os jovens e adultos “não conhecem muito a internet”, mas quando se fala em computadores, eles ficam muito animados, têm vontade de saber mais. “Quando vão à cidade, eles vão e ficam olhando, não chegam a tocar, eles têm receio de tocar e quebrar”.

Yakuy Tupinambá, integrante do Projeto Índios Online, diz que a internet está promovendo a abertura de horizontes, o que contraria o pensamento daqueles interessados em manter os índios amordaçados.

- “A internet trouxe-nos novos significados, sem que isso implique no abandono das nossas tradições. Conectar-se ao mundo através da internet é ter direito a ter um rosto, e fazer ouvir nossa voz, abrindo uma janela para o mundo” – completa Yakuy.

Os índios confirmaram essa posição em junho de 2005, durante a Conferência Regional da America Latina e Caribe sobre Sociedade da Informação. Nesse evento, eles aprovaram a Declaração Indígena do Rio de Janeiro, onde afirmam que estão preparados para o inevitável encontro entre os conhecimentos tradicionais e a modernidade, “caminho a ser percorrido para nossa sobrevivência física e cultural, que nos assegura direitos de acesso aos novos conhecimentos e à informação”.

Caixa da língua

A presença indígena na internet contribuiu para o surgimento de algumas questões relacionadas ao uso da língua e à afirmação da identidade. Se Gasodá, por exemplo, enviasse suas mensagens em língua Paiter Surui, um idioma da família linguística Mondé, provavelmente não haveria namoro e casamento, porque a língua de Tori – o Tupari - pertence à outra família linguística e eles não se entenderiam.

Por isso, quando índios de línguas diferentes se comunicam, usam o português, aliás, uma deliciosa variedade do português escrito, que pode ser apreciada, por exemplo, na comunidade colaborativa de aprendizagem Arco Digital, onde mais de 100 índios de diferentes etnias interagem, com programação diária de vários chats temáticos. Eles brincam com a língua, sem medo de errar e sem censura, detonando regras normativas de ortografia, de pontuação e de sintaxe, como estão fazendo na internet os jovens nativos de qualquer língua.

Essa é uma das características da comunicação mediada pelo computador, que deu origem a uma língua denominada de netspeak pelo linguista irlandês David Crystal. Ele observa que os e-mails, por exemplo, têm sido chamados de ‘fala escrita’, de ‘cruzamento entre conversa e carta’ porque misturam a escrita com a fala. “No geral, o netspeak é mais compreendido como uma linguagem escrita que foi empurrada em direção à fala do que uma linguagem falada que foi escrita”.

Talvez por isso, os índios, que pertencem a sociedades ágrafas, com forte tradição oral, se sintam atraídos por esse novo campo do discurso, no qual se desenvolvem com muita agilidade, porque nele reencontram a aldeia cibernética, marcada por traços da oralidade e pela comunicação através de imagens.

Essa aldeia cria também um novo espaço social para o uso das línguas indígenas. No curso que ministro para professores guarani no Paraná, eles aproveitam as horas vagas para ocupar o laboratório de informática, e lá se comunicam por e-mail com outros índios da mesma etnia em língua guarani. Os guarani do Rio de Janeiro, por isso, denominaram o computador de ayvu ryru, que significa, ‘caixa de guardar a língua’.

Aqueles que aceitam as contínuas mudanças na sua própria cultura, mas acham que as culturas indígenas devem permanecer congeladas para serem “autênticas”, acreditam ingenuamente que o uso da internet pelos índios compromete a identidade étnica.

Os índios, no entanto, aprenderam a conviver com esse processo contínuo de tensão entre o tradicional e o novo. Entenderam muito bem aquilo que disse o socialista francês Jean Jaurés em 1908:  "Do passado, apoderemos do fogo e não das cinzas. Preservar a tradição não é guardar as cinzas, é soprar a brasa, é cuidar para que o fogo continue sempre aceso, esquentando e iluminando".

Por isso, muitos índios estão permanentemente recriando a tradição, introduzindo novos sentidos e novos símbolos, mantendo o fogo sempre aceso. E é claro, não deixam de ser índios, ou então os brasileiros, que usam a internet, ferramenta que não é tecnologia nacional, deixariam também de ser brasileiros.

P.S.1 – Quem quiser saber mais sobre o tema, vale a pena ler Eliete da Silva Pereira: “Nos meandros da presença étnica indígena na rede indígena” In: DI FELICE, M. (org) Do público para as redes – a comunicação digital e a novas formas de participação social. São Caetano do Sul: Editora Difusão, 2008, pp. 287-333.

P.S. 2 - Agradeço a interlocução com a mestranda Renata Daflon, do Programa de Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO, que desenvolve pesquisa sobre “Memória Criativa na Blogsfera: contribuições para pensar o ‘patrimônio em rede’”, orientada pela doutora Vera Dodebei.

 

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33 Comentário(s)

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Patrícia Furtado comentou:
14/08/2017
Eu trabalhei no projeto GESAC na parte de logística de instalação dos equipamentos. Em 2008 e 2009. Mas jamais imaginaria tais resultados. Adorei.
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Daniela Carvalho comentou:
23/11/2012
Olá! Entro em contato para solicitar autorização para reproduzir o conto UM NAMORO ETNODIGITAL de José Ribamar Bessa Freire em livro didático de língua portuguesa para Proeja - ensino de jovens e adultos de baixa renda, desenvolvido pela Editora do Livro Técnico www.editoralt.com.br. Desde já agradeço.
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nicolli comentou:
14/05/2012
Muito bom! Crônica maravilhosa, como todas.
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Duda Lopes comentou:
21/02/2011
Parece que os indios têm mais facilidade de manejar a internet do que muita gente dita "civilizada"
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Maria Bethânia comentou:
21/02/2011
Ótima crônica. Aproveito para perguntar se no mês de abril podemos reproduzir aquela sua sobre namoro etnodigital no jornal de circulação interna da Procuradoria. É uma crônica muito boa e bem atual - apropriada para sacudir as cabeças e corações deste órgão público.
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leitor internacional comentou:
20/09/2010
Nao sou brasileiro, nem moro no Brasil. Muito interesante - o reportagem. Irei escrever acerca isto nos meus comentarios na Europa e EUA! Boa sorte! 20.Set.2010
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neimar machado comentou:
17/04/2010
informo que suas colunas são lidas na aldeia kaiowá te'ýikue, que você já visitou, pela internet. Os professores do ponto de cultura teko arandu atualizam da aldeia seu twitter, seu blog e um canal no youtube.
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Tarcisio Pádua comentou:
15/04/2010
Meu caro Zé, parabéns pelo texto. Gostaria de sua autorização para publicá-lo no nosso modesto aliastpadua.com.br, aqui da cidade de Sobradinho-DF e dizer que você é nosso convidado para quando quiser mandar alguma colaboração. Fico no aguardo. Abraços. Tarcísio.
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Júlio Melo comentou:
14/04/2010
Interessante a cronica, principalmente pelo título, Isso mostra que a Internet e os meios de comunicação em geral chegam a todos os lugares e a todos os povos, quebrando limites e derrubando barreiras. E o povo indígena pode muito bem usar certos recursos da modernidade sem perder características de seus antepassados. É o índio ultrapassando os limites de sua aldeia física e chegando a "Grande Aldeia Digital". Um abraço professor.
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Fatima Nascimento comentou:
13/04/2010
Seus textos contribuiem para o registro histórico da Cultura Indígena. Parabéns pelo excelente trabalho.
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Luiza comentou:
13/04/2010
Muito bom! Crônica maravilhosa, como todas... Cinco minutos pra ler, sim, mas o restante da vida pra refletir, com certeza! PS. Como sempre, polêmica nos comentários! Rsrsrssss.
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D. Power comentou:
12/04/2010
Acho isso uma palhaçada!
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Vitor Correa comentou:
12/04/2010
Gostei muito do artigo.É impressionante como nós ditos "letrados" e "civilizados" somos na verdade "robotizados". Somos assim. Falamos com um propriedade ao telefone, e usamos o computador (quase todos nós) que até parece que já nascemos fazendo isto, mas não é bem assim, aprendemos com o passar do tempo, alguns com mais, outros com menos rapidez. Porque os índios não têm o mesmo direito?Não sejamos preconceituosos e muito menos ignorantes. Os índios, assim como nós, têm todo o direito de conhec
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Marilza comentou:
12/04/2010
Que historia é essa de namoro etnodigital? Minha vizinha conseguiu um amante por internet, um bom malandro que fez a coitada cair no conto do vigario, gastou todas as economias, e se mandou....Mas o namoro etnodigital pode sair do virtual para o real e contribuir para o aumento da populaçao indigena, desde que nao pinte branco querendo ser indio na linha!!!!Fraternura caboca
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Pedro Silva comentou:
12/04/2010
Antes de mais, saudações desde Portugal e, igualmente, os meus maiores elogios pelo seu percurso literário e pela excelência dos seus textos. No seguimento da minha actividade enquanto escritor e, igualmente, na constante procura de um intercâmbio cultural e literário, serve a presente missiva electrónica para propor-lhe a leitura de um texto inédito de minha autoria. Trata-se de um pequeno conto, de 3 páginas em formato A4 (aproximadamente 9 mil caracteres, incluindo espaços), relacionad
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Maria Helena comentou:
12/04/2010
Emocionante perceber o resgate da dignidade indígena diante da truculência de nossa "tribo" de filosofia e comportamento canibal. Um abraço
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Grécia Santos comentou:
12/04/2010
Os índios têm se beneficiado da cultura do "branco", assim como podemos aprender muito com eles. Essa troca de informações, de saberes é algo maravilhoso e em nada apaga a identidade do indivíduo. Não deixamos de ser brasileiros por utilizar ou "copiar" a cultura de outros países, e da mesma forma, os índios nada perdem ao agregar conhecimentos e utilizar tecnologias que podem facilitar suas vidas. E quem sabe, agora plugados no mundo web, os índios possam alcançar o respeito que merecem... Gran
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André Ricardo Costa comentou:
12/04/2010
Eles precisam sim ter oportunidade de escolher pelo capitalismo brasileiro. Lógico, não podem ser obrigados a tanto. Mas deve haver convivencia, não o atual modelo de separação por meio de reservas. Por isso os rizicultores não precisavam ter saído de uma área que era menos de 1% da reserva
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André Ricardo Costa comentou:
12/04/2010
Se a internet é boa pros índios, a agricultura, industria e pecuaria também são! Por isso o que deve ser feito, e vejo que ONGs, Funai e Funasa tem atrapalhado muito isso, é facilitar o acesso do indio à cultura branca.
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André Ricardo Costa comentou:
12/04/2010
assim como também não se pode dizer "Ah, o índio tem que ficar imune à influencia branca" ou "Ah, tudo que é ocidental (exceto a tecnologia, lógico) é ruim pro índio". Pra mim, isso é o que diz o palavreado inútil e presunçoso de Alysson.
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André Ricardo Costa comentou:
12/04/2010
Prezado Bessa, Peço licença pra comentar o que foi dito pelo Francisco e a resposta do Alysson. O Francisco derramou uma arrogância que não tem nada de ocidental. O ocidente, com o livre-arbítrio da cultura judaico-cristã, nunca determinou o que um ou outro povo tem que fazer. Não se pode dizer "Ah, o índio tem que produzir" "Ah, o índio TEM que ir pra indústria"
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JUSCELINO ALENCAR comentou:
11/04/2010
Excelente história, isto mostra a população brasileira que o indígena também pode usufruir da tecnologia sem perder a sua identidade, a sua etnia. Parabéns professor Bessa pelo trabalho.
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Jorge da Silva comentou:
11/04/2010
É muito proveitoso, saber que nossos índios estão de alguma forma sendo integrado no sistema de comunicação, que interagem com as pessoas, e certamente eles devem ter o mesmo direito do restante do povo brasileiro, pois os nossos irmãos indíginas são herdeiros do avanço tecnologico como nós. O amor faz parte de toda cultura.
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Alysson (Blog da Amazonia) comentou:
11/04/2010
O comentário de Francisco continua emanando o etnocentrismo e a dominação ocidentalista que procura fixar os grupos autóctones em um lugar indevido e indesejado, condenando à subalternidade. Esta é uma característica do imaginário presente em nossa sociedade, o mesmo que fundamenta a lógica excludente e adscritiva. Imaginário cuja lógica se baseia no individualismo e não consegue perceber outras formas de relacionamento culturais, ambientais, processos produtivos, que sejam menos excludentes e d
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Francisco (Blog da Amazonia) comentou:
11/04/2010
OS INDIOS DE HOJE TEM MAIS É QUE TRABALHAR NA INDUSTRIA, LAVOURA E OUTRAS ATIVIDADES, POIS ELES SABEM FALAR PORTUGUES,CONHECEM DINHEIRO SABEM FAZER FALCATRUA,SÓ QUE FICAM NESTA DE ESPERAR QUE O GOVERNO MANDE VERBA PARA ELES, E DEPOIS VÃO CAÇAR E FAZER FILHOS E MAIS NADA., ELES NÃO DÃO LUCRO NEM HUM. SÓ DESPEZAS ENTÃO TEM QUE TRABALHAR E PRODUZIR.
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Franciswco comentou:
11/04/2010
É COMO SEMPRE COMENTO EM OUTRO PORTAL, OS INDIOS DE HOJE TEM MAIS É QUE TRABALHAR NA INDUSTRIA, LAVOURA E OUTRAS ATIVIDADES, POIS ELES SABEM FALAR PORTUGUES, CONHECEM DINHEIRO SABEM FAZER FALCATRUA, SÓ QUE FICAM NESTA DE ESPERAR QUE O GOVERNO MANDE VERBA PARA ELES, E DEPOIS VÃO CAÇAR E FAZER FILHOS E MAIS NADA., ELES NÃO DÃO LUCRO NEM HUM. SÓ DÃO DESPEZAS ENTÃO TEM QUE TRABALHAR E PRODUZIR. POIS ELES SÃO GENTE IGUAL AOS OUTROS. Comentário por FRANCISCO — domingo, 11 de abril de 2010 @ 2:06
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Rosângela Sena comentou:
11/04/2010
Li e adorei. Uma história de amor é sempre uma hisória de amor Rosângela.
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comentou:
11/04/2010
Li e adorei. Uma história de amor é sempre uma hitória de amor :) Grd abraço, Rosângela.
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Andrea Sales comentou:
11/04/2010
Este é um belo exemplo de interculturalidade! E com certeza o espaço da internet é mais um lugar de memória dos povos indígenas.
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Ana comentou:
11/04/2010
Ótima crônica. Que história linda essa!! Muito bom saber que os índios estão se organizando e conquistando, também, o ciber território. Realmente a crônica preenche uma lacuna. Parabéns Bessa!!!
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Helga Seabra comentou:
11/04/2010
Adorei mais uma vez.. sua cronica Bessa.. todo meio quando e usado para o bem e de forma positiva e valido. E assim todos os meios da fala, da escrita, antes eram as palestras ou os livros.. hoje a televisao e a internet.. .basta so sabermos usar e sabermos tirar proveito da melhor forma possivel para o bem da evolucao consciente em caminho do melhor equilibro de nossa vida.
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Ernesto Rocha comentou:
11/04/2010
Acho interessante e salutar essa integração comunicativa entre os indígenas via instrumentos da web.Igualmente importante seria aproveitar esse interesse pela rede para ensinar o português culto aos brasileiros ( indígenenas ou não) o que poderia contribuir para que o indígena tivesse acesso a textos mais complexos .
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José Renato S. Santiago comentou:
11/04/2010
Gostei muito do que lí. É uma lacuna que sentimos : um dia a dia dos nossos indios. Idem da parte política que o Orlando está tentando preencher agora como livro lançado no sábado na Valer grato jrenato
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