CRÔNICAS

A Imagem dos Indígenas na Escola: o Brilho da Floresta

Em: 29 de Maio de 2024 Visualizações: 5560
A Imagem dos Indígenas na Escola: o Brilho da Floresta

- Então, vem comer tapioca aqui na maloca. 

(Manaus. Anos 1950. Brincadeira infantil) .

- Mal ou Bem? Esse dedo aqui é o “mal”, esse outro é o “bem”, escolhe se você vai “ficar de mal” comigo ou se vamos brincar juntos – dizia uma criança à outra, que fora magoada por ela em uma briguinha.

- Vai comer pão duro atrás do muro – era a reposta, se o dedo tocado fosse o “mal”. O ofendido não perdoava. Mas se ele tocasse o dedo do “bem”, vinha o convite do suposto agressor: – Então, vem comer tapioca aqui na maloca. Nesse caso, faziam as pazes e iam brincar um com o outro. Assim eram resolvidos pequenos conflitos no bairro de Aparecida, em Manaus, nos anos 50.

O que ocorreu no Brasil, durante cinco séculos, não foi rixa infantil. Mas a escola tratou os povos indígenas com pão duro atrás do muro, disseminando preconceitos sobre suas culturas, línguas e saberes. Só tocou o dedo do “bem”, em 2008, com a Lei 11.645, que obriga o estudo da história e das culturas indígenas e afro-brasileiras no ensino fundamental e médio. No entanto, falta atualizar professores e livros para que as crianças possam comer tapioca na maloca.

Para isso, o Caderno Povos Indígenas Povos Originários, dirigido a professores incluídos no Projeto Trilhos da Alfabetização, foi lançado na quarta-feira (22) no Centro Cultural Vale do Maranhão (CCVM), em São Luis. Veio complementar os três Almanaques destinados, desde 2021, a 70 mil crianças maranhenses do Ensino Fundamental e recentemente às crianças paraenses, ao lado do outro Caderno Por uma educação antirracista.

O projeto foi concebido por Vilma Guimarães no âmbito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Fundação Vale. Ela, que é um vulcão em permanente erupção, comanda de forma incansável uma equipe de 80 pessoas, todas contagiadas por seu entusiasmo e sua vivência no campo da pedagogia do oprimido e da alfabetização libertadora e crítica, na qual a leitura do mundo precede a leitura da palavra na visão de Paulo Freire, seu conterrâneo de Pernambuco com quem trabalhou.

Afastar preconceitos

O seminário Povos Indígenas Povos Originários, cuja apresentação ficou a cargo de Reinilda Oliveira (FGV-MA), iniciou com o ritual sagrado dos Tenetehara, após a fala de abertura de Marcelo Klein, diretor do Territórios Brasil da Fundação Vale. Depois disso, a cacica Cíntia Guajajara, a pajé Japira Pataxó, a antropóloga Maria José A. Freire e este locutor que vos fala conversaram sobre o Caderno, cuja introdução traz o poema Eu não tenho minha aldeia da escritora Eliane Potiguara e o artigo de Gersem Baniwa, professor da UnB, sobre a atualidade dos povos indígenas.

O Caderno foi apresentado por Maria José, sua coautora. A primeira parte Afastar preconceitos, incorporar a diversidade aponta aos professores da rede escolar “alguns preconceitos construídos historicamente sobre os povos indígenas, que circulam no imaginário e nas práticas sociais de instituições como escola, mídia, museu e que atuam como lente deformadora da realidade, impedindo-nos de reconhecer os saberes dos povos originários”.

Foram selecionados quatro preconceitos, responsáveis pelo "epistemicídio", além de um “antídoto” para cada um deles. A imagem do “índio genérico” foi desconstruída com a apresentação da diversidade sociocultural, étnica e linguística. A visão de que são “culturas atrasadas” foi desmanchada com os saberes em vários campos do conhecimento, da arte e da técnica. O “congelamento das culturas”, que representa os indígenas hoje como na carta de Caminha, foi desfeito com o debate sobre o conceito de cultura e seu caráter dinâmico. Tudo isso repleto de exemplos, fotos, ilustrações.

O quarto preconceito, que excluiu os indígenas da brasilidade e apagou os povos originários da nossa história, é contestado por dois movimentos indicados no Caderno. De um lado, as recentes pesquisas historiográficas sobre a presença deles na formação do Brasil, muitas das quais ainda não entraram na escola. De outro, o crescente protagonismo indígena em diferentes áreas: na literatura, nas artes plásticas, na ciência, na academia e na vida política do país.

Contar histórias

Por último, na parte referente à Escola, lugar de mudança, a antropóloga abordou o conceito de colonialidade do sociólogo peruano Aníbal Quijano, para quem os padrões racistas e preconceituosos de dominação, enraizados mesmo após a Independência dos países latino-americanos, continuam sendo reproduzidos em sala de aula. A escola, porém, deve ser o lugar potencial para combater a colonialidade e mudar esse quadro.

Contar Histórias para transformar a realidade constitui a segunda parte com 15 crônicas deste coautor do Caderno, composta por “narrativas, histórias, causos e exemplos, com “carne” para dialogar com a primeira parte, que é mais teórica” – esclareceu a antropóloga. Estão organizadas em três blocos temáticos: i) Educação e pedagogia dos povos originários; ii) Natureza e Saberes Indígenas e iii) Línguas Indígenas, Diversidade e História.

No final, o Caderno sugere materiais de consulta: discografia como Todos os sons de Marluí Miranda; filmes de animação, entre eles Amazônia sem garimpo;  documentários com destaque para Das Crianças Ikpeng para o mundo do Vídeo nas Aldeia; 26 livros infantis, dois dos quais Presepadas de um curumim na Amazônia, de Edson Kayapó e O povo Kambeba e a gota d´água de Márcia Kambeba;  links de sites de pesquisa, de publicações jornalísticas e de exposição virtual como Nhe´e Porã: Memória e Transformação.

Aula-passeio

A pajé Japira, Pataxó da Aldeia Novos Guerreiros, de Porto Seguro (BA), que está presente em uma das crônicas do Caderno, focou alguns dos temas nele abordados. Aprovada em banca de doutorado da UFMG por notório saber com seu livro sobre plantas medicinais, ela, professora da UFBA e que já atuou na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), leva seus alunos para fora do espaço universitário, com uma pedagogia diferenciada em “aulas-passeio” para conhecer as ervas medicinais.

O jardim-escola por ela criado se tornou um espaço de diálogo com as plantas, que curam os males para os quais a medicina convencional ainda não tem respostas. Japira entende a linguagem das plantas:

- As plantas me chamam, é como um imã, elas mostram seus saberes e força para mim. O que eu aprendi sobre elas veio das conversa com os mais velhos e dos espíritos dos antepassados.

Outra especialista em medicina indígena, a cacica Cíntia Guajajara, mestra em linguística pela UFRJ, autora de cinco livros, começou sua fala com uma saudação na língua Tenetehara, na qual alfabetizou muitas crianças, ensinando depois o português como segunda língua. Ela preside o Conselho de Educação Escolar Indígena do Maranhão (CEEI-MA).

- Se forem bem alfabetizadas no seu mundo e nos seus valores culturais, como recomenda o Caderno, as crianças permanecerão em conexão com a floresta, as árvores, os animais, os rios – disse Cintia, que  propôs a distribuição dos Almanaques e do Caderno por todas as escolas do Maranhão, incluindo as dos Awá-Guajá, com quem compartilha o território.

Apagar a lanterna

Na nossa fala, resumimos o livro Brilhos na Floresta indicado no Caderno como material de consulta. Escrito em quatro línguas – nheengatu, português, inglês e japonês - ele aproxima a ciência e a floresta do público infanto-juvenil. Seus autores Noêmia Kazue Ishikawa, Takehide Ikeda, Aldevan Baniwa e Ana Carla Bruno contam experiência vivida uma noite na floresta amazônica para estudar cogumelos bioluminescentes, que brilham como pirilampos.   

Bióloga do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Noêmia recebeu seu colega Takehide, da Universidade de Kyoto. Ciceroneado por Aldevan Baniwa, eles caminharam na selva em fila indiana numa noite sem lua.

 - Andem perto de mim. Iluminem o caminho com a lanterna e olhem com cuidado onde pisam – recomendou Aldevan.

Depois de longa caminhada, o Baniwa pede que todos apaguem suas lanternas. Durante dez minutos parados e mergulhados em intensa escuridão, os olhos se acostumaram com o breu. Primeiramente, a mancha esverdeada de uma folha brilha bem no pé de Noêmia. Ela levanta a cabeça. Os cogumelos, então, deslumbrantes, resplandecem em toda sua majestade. Parece até uma cintilante árvore de natal.

Comentei que eles nunca mais esquecerão aquele espetáculo de pirilampo pisca-piscando, que pode ser observado na floresta amazônica, mas também na mata atlântica, no cerrado e em biomas de outros países. Mesmo não tendo presenciado, só através da leitura, nós também não esquecemos.

- Já andei de noite por muitas florestas. Por que será que nunca vi isso antes – pergunta Ikeda, intrigado.

- Você apagou a lanterna? – perguntou o Baniwa. E diante da resposta negativa, concluiu com uma reflexão sobre metodologia de observação, uma contribuição do mundo da oralidade para a prática científica:

- Os cientistas deviam saber que nem tudo que a gente procura, pode ser encontrado iluminando. Às vezes, para ver, é preciso desiluminar.

Depois deste relato, concluímos que os livros do Trilhos da Alfabetização estão aí para apagar a lanterna dos preconceitos, permitindo que possamos ver os brilhos dos saberes indígenas, como no poema O Guardador de Águas de Manoel de Barros, para quem “Ao poeta, faz bem desexplicar – tanto quanto escurecer acende os vagalumes”.

Alfabetizar na oralidade

Após as falas, no debate com secretários e gestores municipais de educação, contamos a divertida história do rato, que se salva das garras do gato por ser bilingue. Foram ainda mencionados os seis Almanaques, três do Maranhão e três do Pará, destinados cada um deles às crianças dos três primeiros anos do Ensino Fundamental. Eles trazem um pouco da história dos municípios incluídos no Projeto Trilhos da Alfabetização, com ilustrações de Claudius Ceccon, mapas, fotos de Carlos Fernando Macedo e outras de autoria dos indígenas Mrê Gavião e Santo Guajajara, que incentivam a leitura de imagens.

O material, que está sendo distribuído para mais de 5 mil educadores de mais de mil escolas públicas em 23 munícipios do Maranhão, contém jogos pedagógicos elaborados com base na cultura regional, além de narrativas orais que trazem ensinamentos, o que pode “tornar a aprendizagem mais significativa, lúdica e prazerosa” e contribuir para formar novos leitores.

A alfabetização através da oralidade destaca a cultura popular e as culturas indígenas, que afloram nos almanaques: culinária, festa do Divino e festas do Milho Verde e da Castanha Nova dos povos Gavião, a Festa do Mel dos Guajajara, narrativas míticas dos Suruí e dos Tapirapé, contribuição das línguas indígenas às variedades locais do português, destaque para poetas, artistas e cantores populares, adivinhações, palavras cruzadas, brincadeiras infantis e brinquedos confeccionados localmente como as canoas de miriti – “o isopor da Amazônia”.

Dessa forma, foi assim que as escolas do Maranhão e do Pará tocaram no dedo do “bem” e trouxeram os povos indígenas para dentro da sala de aula. As lanternas do preconceito foram apagadas, o convite para comer tapioca na maloca está feito. A equipe coletiva de formação continuada de professores do Projeto Trilhos entra em ação, da mesma forma que a equipe de criação de conteúdo, gestão, supervisão e edição . A degustação da tapioca agora só depende de como os gestores distribuirão o material.

P.S. Fotos de Carlos Fernando Macedo

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36 Comentário(s)

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Ana Vilacy comentou:
10/06/2024
que fantástico esse material, Bessa. Amei. você sabe como poderia conseguir uns exemplares? queria fazer propaganda para outros lugares e incentivar a fazerem algo parecido.
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Professor Nelson (Escola Anísio Teixeira) comentou:
06/06/2024
Mestre, boa noite. Alguém relatou dificuldades com esse seu link? Eu não consegui colocar em nenhum lugar. Testei mais uns cinco do seu site e todos estavam direitinho , mas esse eu não consegui...Eu abro ele, mas quando copio e colo não está sendo aceito em nenhuma rede social. Só esse. Estranho.
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Valter Xeu comentou:
05/06/2024
Publicado no Blog Patria Latina. https://patrialatina.com.br/a-imagem-dos-indigenas-na-escola-o-brilho-da-floresta/a-16-86/
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Isabela Frade comentou:
05/06/2024
Foi lindo mesmo vê-lo no palco das lideranças indígenas!! Mas será a Vale um bom.patrocinador?
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José Alcimar de Oliveira comentou:
03/06/2024
Caro companheiro de luta Ribamar Bessa: Parabéns pela direta, sábia e pertinente reflexão. Embora desigual, a luta do saber contra o preconceito deve ser permanente e sem trégua, notadamente quando o preconceito é culturalmente reforçado na esducação escolar, inclusive na educaçao escolar indígena, seguramente ainda muito escolar e pouco indígena, haja vista a insuficiente valorização do princípio pedagógico freireano da antecedência da leitura (oral) do mundo sobre a leitura (escrita, escolar) da palavra. O epistemicídio passa por aí, ao desqualificar o saber milenar dos povos indígenas, saber ontologicamente enraizado na vida. Palavras abstratas e sem mundo da escola devem saber dialogar com a riqueza do mundo concreto da palavra indígena, com igual capacidade de abstração.
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Alessandra dos Santos Marques comentou:
03/06/2024
Otimo projeto, poderia se estender por todo o país. Quando falou dos pirilampos lembrei-me de Itaipu há uns 20 e poucos anos, de noite, sentávamos no degrau da varanda da casa e ficávamos assistindo o espetáculo, eram muitos (talvez não tanto qto na floresta), mas sumiram com o crescimento do bairro e a iluminação. O céu repleto de estrelas e os vaga-lumes me dão saudades. Abraço, professor!
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Manu Rebollo comentou:
02/06/2024
Manu Rebolo: Não vejo grandes mudanças na demarcação e na segregação dos povos originários pelos povos invasores, mas fico feliz em saber que agora pelo menos tem discussão As grandes conquistas são paliativas, quer dizer, que não resolvem, só amenizam..Eu fico inquieto sabendo que eu tenho hoje lugar para morar por que uma família indígena foi expulsa de sua terra há algumas décadas. : Mas por outro lado eu também sei que tem algumas pessoas que tomaram o espaço de não uma, mas muitas famílias, Sentimentos confusos, eu sei.
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Mari Weigert comentou:
02/06/2024
Projeto fantástico. Repassando a grupos. Material está disponível para interessados?
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Loretta Emiri (via zapp) comentou:
02/06/2024
Por inexplicáveis razões, o Facebook não deixa compartilhar o texto do professor José Bessa. Resolvi então copiar, realizar a versão pdf e compartilhar na minha página Facebook, assim que os professores, indígenas e não, tenham acesso ao brilhante texto, cheio de informações úteis, que se caracteriza como valioso material histórico e pedagógico a ser usado em sala de aula. "O Caderno "Povos Indígenas Povos Originários", dirigido a professores incluídos no Projeto Trilhos da Alfabetização, foi lançado na quarta-feira (22) no Centro Cultural Vale do Maranhão (CCVM), em São Luis. Veio complementar os três Almanaques destinados, desde 2021, a 70 mil crianças maranhenses do Ensino Fundamental e recentemente às crianças paraenses, ao lado do outro Caderno "Por uma educação antirracista". https://drive.google.com/file/d/1qwXNU5y4NywqCHKr8oQZ2_npOurwwC0J/view?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR0LF_e7kW3RCXoD_9sB-RWrh3Baf-eFatCreFAiu-3O2nUOHiAnG89KPUw_aem_AfRr8raCEiIK6ssE8Yq6FmgjdWye-cFUoGlkaf5hwepqyWZCyYDCrNJDPmsOf2IGJd9jHjGmZezRslh3zqXJmq2J
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Roberta comentou:
02/06/2024
Que delícia de leitura. La no sítio temos muitos pirilampos, porém, chegaram vizinhos da cidade, arquitetos, q adoram jardins iluminados. Odeio isso nas pessoas da cidade, vão pro mato e levam suas luzes!!! Fui pedir p um deles, por favor, diminuir as luzes porque os pirilampos haviam sumido.
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Andrea Sales comentou:
02/06/2024
Mais uma vez,excelente crônica! Grata, professor ! E que esta oportunidade que as escolas do Maranhão estão tendo alcance e trilhe outros estados dentro de um ambiente que precisa ser ressignificado a cada dia!
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Elson Martins comentou:
02/06/2024
Bela e sobretudo animadora esta crônica. Que esse ensinamento se espalhe a partir do Maranhão, para apagar as lanternas do preconceito tendo, como prêmio, as tapiocas.
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Loretta Emiri (via zapp) comentou:
02/06/2024
Bessa, tentei mil vezes compartilhar este post na minha página Facebook, sem conseguir. Pode me dar indicações para contornar o problema?
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Taquiprati comentou:
02/06/2024
Oi Loretta, tentei postar, mas eles argumentam que "o conteúdo é inadequado". Um aluno meu disse que eles só aceitam a postagem, quando você aceitar "turbinar" e para isso tem de pagar ao FB. Será?
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Maria Therezinha Nóbrega da Silva, 74 a comentou:
31/05/2024
Caro Professor Bessa, Ler sua crônica hoje, fez- me pensar o quanto sua vida continua sendo importante para que mudanças como a descrita possam transparecer e edificar projetos como do Maranhão e Pará. Sua luta é cheia de esperança, faz discípulos muito bem preparados para realizarem as mudanças, além do que vc divulga fora e dentro do país de forma incansável . Como é bom ter vivido está época e ter presenciado tantos produtos de seu árduo, incansável e corajoso trabalho científico, educacional e político. Deus Naturza o abençoe sempre e por muitos anos. Parabéns pela belíssima crônica.
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rodrigo comentou:
31/05/2024
Excelente crônica professor, que maravilha de projeto vamos apagar esse preconceito de uma vez por todas! Lindo material, louco para conhecer a obra: Caderno Povos Indígenas Povos Originários. E antes de finalizar, compartilho dedo mal com o facebook que não nos deixar compartilhar essa crônica, parem com isso!!! Um abraço querido professor
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Viviana Gelado (UFF) comentou:
31/05/2024
Muito linda, Bessa! Obrigada! Compartilhei com meus alunos
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Fernando Soares Campos comentou:
31/05/2024
Bom dia Professor Bessa. Foi exatamente essa sua crônica que o Facebook não me permitiu publicar. Criaram mil dificuldades e finalmente alegaram que aquela postagem parecia ser spam. É assim mesmo, eles acreditam que somos tão idiotas quanto qualquer deputado bolsonarista... Abraços
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Ana Carla Bruno comentou:
30/05/2024
Apaguemos a lanterna do preconceito!! E vejamos a diversidade linguística e cultural do nosso país!!
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Samora Potiguara comentou:
30/05/2024
Juntou tudo aquilo que o Brasil precisa e contextualizou sacramentando essa urgência! Adorei a crônica
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Farney Tourinho De Souza Omágua Kambeba comentou:
30/05/2024
Professor José Bessa, não consegui Publicar seu texto no Facebook.
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Taquiprati comentou:
30/05/2024
Farney e Leda Gitahy, eu também tentei postar o link desse texto no Facebook e fui detonado sob o argumento de que o seu contéudo não é adequado. Durma-se com tamanha arbitrariedade. Protestei, disseram que vão analisar no prazo mínimo de 4 dias, que no entanto pode ser ampliado e ser muito maior segundo informaram. Suspeito que levaram muito tempo para entender. Acho que vou apagar a lanterna do Face e pular fora.
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Patricia Alves Dias (FGV) comentou:
30/05/2024
Diante das perguntas feitas aqui, informo que o caderno nao pode ser comercializado! Ele é distribuído gratuitamente para os professores e professoras da rede pública do projeto e dos governos parceiros.
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Martinha da Aldeia Itaipuaçu comentou:
30/05/2024
Querido professor! Ansiosa.por conhecer esse material! Estou divulgando o texto!
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Adriana Russi comentou:
30/05/2024
Olá Bessa!! Adorei sua publicação!! Já vai nos inspirar
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Heloísa Correa comentou:
30/05/2024
Bom dia! Lendo "agorinha" sua crônica prof Ribamar Bessa, constando descrição do Caderno Povos Indígenas, Povos Originários, que de certo fará com que "iluminados" deixem de práticar o epistemicídio, presente nas universidades que abrem vagas para indígenas e quilombolas e não criam ambientes pedagógicos para que permaneçam.Com esses iluminados nem "desaluminando" exergarão porque praticaram em si o epistemicídio, queimando florestas, cortando árvores sem replantio e os pirilampos sumiram.Resta a esperança de reconstrução e o Caderno, em pauta, pelo que li da breve apresentação nesta crônica, traz construições importantes. Parabéns por mais uma obra educativa, estendendo à Maria José, minhas congratulações. P.S: Prof. a FGV disponibilizará para venda? Onde? Abraço grande.
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Binho Marques (via Zapp) comentou:
30/05/2024
Que massa! Fiquei super feliz quando soube que você estava neste projeto. A Flávia me mandou os materiais quando ficaram prontos e, claro, fiquei encantado. A Vilma mora no meu coração; é minha amiga e minha professora como você. Abração e parabéns!
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Eliane Potiguara comentou:
30/05/2024
Excelente relato, querido Bessa! Magnífico. Parabéns
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Renatinha Respeita comentou:
30/05/2024
Gostaria de estender essa questão com vocês! Por coincidência, ontem tive uma reuniào com a coordenadora pedagógica da escola do meu filho e questionei a ausência da abordagem sobre os povos originários. Inclusive no chamado "dia do Índio "(a educação infantil tem "festa do indio", mas a partir do Fundamental não.. Ela me respondeu que se preocupam em como abordar o tema para não cometerem erros. Eu fiquei indignada e me propus a indicar estudiosos referentes no assunto para os ensinarem a falar sobre os indígeenas para o ensino fundamental e médio. Ela mostrou entusiasmo e disse que seria muito bom pra escola. Eu saí de lá meio desconfiada, achando que foi uma desculpa dela pra não abordar o tema indígena... mas, agora lendo essa crônica, talvez ela tenha falado a verdade... será?! Depois, quero conversar com você e Maria José.
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Farney Tourinho De Souza Omágua Kambeba comentou:
30/05/2024
Professor José Bessa, a Dificuldade está na Desconstrução! Está no Apagar da Lanterna! Os Movimentos Indígenas estão Repletos de Pavões. Semana passada conversei com uma Professora Kukama sobre essa situação. Criamos um Grupo de Whatsapp para iniciarmos a Discussão, tendo como Consequência a Criação de Escola que Comporte as Diversas Etnias do nosso Estado. A Resposta dos Convidados para o Grupo, foi um Ensurdecedor Silêncio!
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Leda Gitahy comentou:
30/05/2024
Não consigo postar sua crônica no FB. Censura
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Ricardo Pimenta Geração 68 comentou:
30/05/2024
Oi Riba, seus artigos são poderosos ensinamentos. Gratidão.
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Noêmia Kazue Ishikawa comentou:
30/05/2024
Estamos distribuindo livros em línguas indígenas e seguindo com o sonho do nosso amigo Aldevan Baniwa. Ana Carla e eu estamos em Tunui Cachoeira, voltando de uma viagem da Bacia do Rio Ayari.
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Hans Alfred Trein comentou:
30/05/2024
Grato por mais essa excelente crônica, ou melhor, informação sobre um projeto escolar tão importante. Seria desejável ter um livro desses em cada estado brasileiro. Gostaria de participar na distribuição para escolas no RS. Onde se pode conseguir esse livro? Uma questão me chamou especial atenção. Em nossas culturas ocidentais, em geral, a noite é do mal. Nossa linguagem nos trai. Até mesmo a palavra "aluno" é tributária do iluminismo - uma pessoa sem luz! O iluminismo certamente foi uma fase importantíssima na construção do conhecimento científico. Mas, para ver certas coisas, tem que apagar a lanterna. A noite, comandada pela lua que brigou com o sol, segundo um mito kaingang, é essencial para a restauração nesse mundo que busca 24 horas de iluminação, nem que seja artificial. Abraços, Hans
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Viviam Secin comentou:
30/05/2024
Eterna admiração por sua incansável luta pela educação indígena. Apagar as lanternas para ver e aprender a ler a floresta, a diversidade visual a ser reconhecida por todos. Saudades do querido mestre Bessa!
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Ignacio Gomes comentou:
30/05/2024
Uma beleza! E que massa que esteja nos trilhos com a Zezé! Animador esse texto como sempre, guarda um desses cadernos para mim por favor. Forte abraço
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