Um grupo de luteranos, preocupado com os rumos que o Brasil está tomando, com a insensibilidade da Presidência da República no enfrentamento da pandemia do covid-19, na assistência às comunidades indígenas e quilombolas, pede, em manifesto assinado por educadores/as, pastores/as, comunicadores/as e profissionais de diferentes áreas, basta de autoritarismo, mais democracia. O manifesto diz, na íntegra:
Pela saúde da democracia
Ao tomar posse em 1º de janeiro de 2019, o capitão reformado que foi exonerado do Exército acusado de ação terrorista, Jair Messias Bolsonaro defendeu, no Congresso, um “pacto nacional” para conduzir o país a “novos caminhos”. Depois, já com a faixa presidencial, falou ao povo reunido na Praça dos Três Poderes prometendo “tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz”.
Palavras apenas sedutoras para início de mandato. Um ano e meio de governo bastou para desmentir todos esses acenos iniciais. O “pacto nacional” transformou-se em “divisão nacional”, promovida pelo gabinete do ódio, instalado no Palácio do Planalto. A ideologia que defende bandidos está inserida no DNA de um presidente vinculado a milicianos e que procura cumprir promessa de campanha de “armar a população”.
Os “novos caminhos” pouco se importam com quem trabalha e produz. Trabalhadores perdem direitos conquistados há anos. Vale o negociado sobre o legislado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, colocou a “granada no bolso do inimigo”, leia-se servidores federais e assalariados. Seguindo a cartilha neoliberal, o propósito do ministro é privatizar, colocar o Brasil a venda, deixar a área pública em terra arrasada, dilapidando o patrimônio da população brasileira sob os aplausos de parte de uma elite econômica que dá sustentabilidade a esse desgoverno.
Os “novos caminhos” que acabariam com o toma-lá-dá-cá trouxeram para a agenda política a compra de parlamentares do Centrão para barrar qualquer iniciativa de impeachment, e defender negociatas e desmandos de filhos do presidente. A Câmara dos Deputados recebeu 50 pedidos de impeachment do presidente da República, apontando crimes de responsabilidade, engavetados pelo presidente da casa.
Os “novos caminhos” estão marcados por ofensas, agressões e conflitos do Executivo com governadores e prefeitos, com o Legislativo e o Judiciário, sob a ameaça de que um jipe e um soldado dariam conta do STF, intervenção antidemocrática apoiada por manifestantes bolsonaristas em diferentes ocasiões.
Os “novos caminhos” integraram mais de três mil militares ao governo, incentivaram a ação de madeireiras, garimpeiros e aproveitadores na invasão de terras indígenas e o desmatamento desenfreado da Amazônia. Esse desgoverno é responsável, direta e indiretamente, pelo genocídio indígena, ao descumprir determinação constitucional de demarcar suas terras (Art. 231), antes quer reduzi-las. Mais, o governo vetou até mesmo a distribuição de água potável para indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais (PL 1142).
Do exterior vem o alerta: Investidores estrangeiros chamam a atenção internacional para o fracasso do governo brasileiro em proteger as florestas, o que pode obrigá-los a rever investimentos.
Mas é no campo da Saúde, comandada por um militar na ativa que não tem qualquer afinidade com a área, a não ser agradar o presidente vendedor de cloroquina, que o governo federal apresenta sua face necrófila, acentuada com a pandemia do coronavírus. O Brasil ultrapassou a triste marca de 100 mil mortos, vítimas da doença. O luto de milhares de famílias chorando seus mortos não sensibiliza o governo na alteração de rumos no enfrentamento do covid-19.
“E daí. Não sou coveiro”, é o máximo que um presidente autoritário, descontrolado, debochado, despreparado, preocupado, sim, com amigos e familiares para não caírem nas malhas da Justiça, sabe dizer à nação.
O presidente tem como bandeiras “a família, Deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão, livre mercado”. Liberdade de expressão para difundir mentiras via redes sociais, atacar a imprensa que ousa questionar ações do seu governo; livre mercado para acabar com o Sistema Único de Saúde e políticas públicas voltadas às comunidades mais vulneráveis; o Brasil como bandeira, mas bate continência ao pavilhão estadunidense, e tem em Donald Trump o seu protótipo; um governo que acaba com a política de desarmamento e venera um deus sem cruz, mas com espada.
A religiosidade de Bolsonaro só é marqueteira. Ora ele se diz seguidor do catolicismo, ora bajula líderes neopentecostais e se deixa batizar por pastor evangélico no Rio Jordão. Um presidente que elogia torturador também deve concordar com a tortura sofrida por Cristo na cruz e por isso mesmo não lhe cabe o atributo de cristão!
Impressiona que a eleição de Bolsonaro desbloqueou parte da sociedade brasileira para eleger e aplaudir um “mito” descabido, demolidor do Brasil e que na campanha lamentou que a ditadura não tenha matado mais. A verdade certamente nos libertará, outro refrão do presidente que não encontra sustentabilidade em ações. Estamos conhecendo a verdade desse desgoverno diariamente em todo o seu potencial destrutivo de direitos humanos, do parque industrial, da natureza, de políticas públicas em favor das famílias empobrecidas, das relações internacionais, favorecendo o sistema financeiro e enganando o povo. A saída da crise democrática é mais democracia.
Nós, herdeiros e seguidores da Reforma protestante, jamais seguiremos teologias que se dizem evangélicas, mas que apoiam e dão sustentabilidade a um governo que trocou a cruz pela arma, que mente e desconsidera a dignidade das pessoas. Jamais colocamos, ou colocaremos, nossa confiança nesse desgoverno, que afirma “Deus acima de tudo e de todos”, e entende o Brasil como se o país fosse um patrimônio privado.
Acreditamos no Deus bíblico, que diz: “Eu sou o que está aí e estarei aí” (Êxodo 3,14) - não acima de todos, mas junto às pessoas mais vulneráveis e que acompanha o seu povo escravo no caminho da libertação. Nosso Messias é Jesus Cristo, o Emanuel, o Deus presente, que estará conosco até o fim dos tempos.
Identificados e identificadas com o Evangelho de Jesus Cristo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e amparados na Constituição federal lembramos o testemunho do reformador Martim Lutero: uma autoridade que esquece que existe por causa da população e age conforme as próprias ideias e vantagens – tal autoridade é pagã.
Comprometidos e comprometidas com esta afirmação e querendo vê-la praticada em toda a parte,
Assinamos (seguem 115 assinaturas):
Relação de Assinantes do Manifesto
- Albrecht Baeske, pastor - São Leopoldo RS
- Allan Krahn, pastor – São Leopoldo RS
- Andrea Schaeffer Klemm, Gestora de Projetos – Berlim/Alemanha
- Ângela Wiebush, Educadora Social – Genebra/Suíça
- Anna Luiza Trein – Psicóloga – Sassenheim/Holanda
- Antonio Carlos Ribeiro - Professor Universitário - Rondon do Pará - PA
- Arlete Schubert, Doutoranda – Vila Velha ES
- Armin Andreas Hollas, Pastor – Rio das Antas SC
- Arnoldo Mädche, Pastor - São Leopoldo RS
- Arteno Spellmeier, Pastor - São Leopoldo RS
- Carlos Arthur Dreher, Pastor - São Leopoldo RS
- Carlos Reinardo Dreher, Pastor – Porto Alegre RS
- Cibele Kuss, Pastora – Porto Alegre RS
- Cilene D.M. da Silva, Aposentada – São Leopoldo RS
- Claudete Beise Ulrich, Professora - Vitória/ES
- Clovis Horst Lindner, Pastor – Blumenau SC
- Conceição Rosa de Lima, Assistente Social - Fortaleza CE
- Córdula Eckert, Engenheira Agrônoma – Porto Alegre RS
- Cornélia Eckert, Professora Universitária - Porto Alegre RS
- Christian Wendt – Pastor – Neustadt an der Weinstrasse/Alemanha
- Dankwart Bernsmüller, Professor – São Leopoldo RS
- Dario Geraldo Schäffer, Pastor - Rio de Janeiro RJ
- Davidson Souza de Farias, Analista Judiciário - Rio de Janeiro RJ
- Dinah Protásio Frotté – Educadora, Rio de Janeiro RJ
- Dóris Kieslich Cavalcante, Professora Catequista - Fortaleza CE
- Dorival Ristoff, Pastor - Candelária RS
- Edelberto Behs, Jornalista - São Leopoldo RS
- Edla Loni Hass Berthold, Do Lar - Montenegro RS
- Eduardo Gross, Professor Universitário – Juiz de Fora MG
- Elia de Mello Esteves Lima, Assistente Social– Rio de Janeiro RJ
- Elio Scheffler, Pastor - Linha Marechal Floriano/Venâncio Aires RS
- Elisabetha Kannenberg, Secretária – São Leopoldo RS
- Emil Schubert, Pastor - Vila Velha ES
- Ernane Leopoldo Gruhn, Funcionário Público – Cruz Alta RS
- Ervino Schmidt, Pastor – Porto Alegre RS
- Ezequiel Hanke, teólogo, Porto Alegre, RS.
- Flávio Braga Prieto da Silva, Servidor público – Rio de Janeiro RJ
- Germano G. Streese, Pastor – Decorah/Iowa EUA
- Gertraude Wanke, Psicóloga – Domingos Martins ES
- Gerson Acker - Pastor - Nova Friburgo/RJ
- Graciela Chamorro – Pastora – Dourados MS
- Günter Adolf Wolff, Pastor - Palmitos SC
- Hanna Christine Drechsler, Doula – Gramado RS
- Hans Alfred Trein, Pastor - São Leopoldo RS
- Hans Benno Asseburg, Tradutor Juramentado – São Leopoldo RS
- Harald Malschitzky, Pastor – São Leopoldo RS
- Henry Seibert, Aposentado – São Leopoldo RS
- Hercules Kehl, Pastor – Blumenau SC
- Inácio Lemke, Pastor- Pomerode SC
- Irene Zwetsch, Jornalista – Reinach/Suíça
- Irineu Lasch, Pedagogo - Nova Petrópolis RS
- Ivo Schönherr, Pastor – Cuiabá MT
- João Artur Müller da Silva, Pastor - São Leopoldo RS
- José R. Bessa Freire – Professor universitário e jornalista – Niteroi - RJ
- Juliane Bonato, Estudante – Cruz Alta RS
- Julio Cézar Adam, Professor – Novo Hamburgo RS
- Karin Glufke, Bancária - Novo Hamburgo RS
- Käthe Fuchs Trein, Secretária - São Leopoldo RS
- Lauri Emilio Wirth, Professor - Valinhos SP
- Leandro Otto Hofstätter, Advogado – Joinville SC
- Lélia Brazil Protásio Dias de Oliveira, Professora de Música – Rio de Janeiro RJ
- Lori Altmann, Professora Universitária - Pelotas RS
- Lothar Hoch, Pastor - Praia da Pinheira SC
- Luiz Mardos Cavalcante, Oficial de Justiça -Fortaleza CE
- Luiz Fernando Rangel Tura, Médico – Rio de Janeiro RJ
- Lusmarina Campos Garcia, pastora – Rio de Janeiro RJ
- Lydia Emanuela de Aguiar, Arquiteta – Alto Paraíso de Goiás GO
- Madalena Zwetsch Altmann, Farmacêutica Bioquímica - São Leopoldo RS
- Margit Elfriede Lemke, Professora – Pomerode SC
- Maria Amélia S. Dickie, Antropóloga – Florianópolis SC
- Maria Ione Pilger, Professora Catequista – Rio Grande RS
- Maria Luiza Rückert, Capelã Hospitalar – Lagoa Santa MG
- Marie Krahn, Professora – São Leopoldo RS
- Marlise Gruhn, Professora – Cruz Alta RS
- Micaela Barbara Lhotzky Berger, Aposentada - Domingos Martins ES
- Micheli Duarte, Assistente Social – São Leopoldo RS
- Milton Ítalo Provenzano Jr., Administrador em Saúde – Domingos Martins ES
- Monika Daniela Aguiar, Enfermeira – Domingos Martins ES
- Mozart João de Noronha Melo, Pastor - Rio de Janeiro RJ
- Nilo Bidone Kolling, Pastor - Palmitos SC
- Noemia Dockhorn, Professora - Santa Cruz do Sul RS
- Nôga Brondi Rezende, Professora – Rio de Janeiro RJ
- Odete Zanchet, Advogada – São Leopoldo RS
- Oneide Bobsin, Pastor - São Leopoldo RS
- Osmar Luiz Witt, Pastor – São Leopoldo RS
- Paulo Rückert, Professor – Lagoa Santa MG
- Regene Lamb, Pastora – Linha Marechal Floriano/Venâncio Aires RS
- Robert Thieme, Publicitário - Ivoti RS
- Roberto Zwetsch, Professor – Pelotas RS
- Rodolfo Gaede, Pastor - São Leopoldo RS
- Rogério Sávio Link, Professor Universitário – Porto Velho RO
- Romi Márcia Bencke, Pastora - Brasília DF
- Rosalie Spellmeier – São Leopoldo RS
- Roswita Schaeffer, Educadora - St.Gallen/Suiça
- Rudelmar Bueno de Faria, Humanitarista – Genebra/Suíça
- Rudolf von Sinner, Professor Universitário – Curitiba PR
- Rui Jorge Bender, Jornalista - Novo Hamburgo RS
- Rui Leopoldo Bernhard, Pastor - Porto Alegre RS
- Ruth Stefanie Berger, Professora – Domingos Martin ES
- Sabine Hoch, Professora - Praia da Pinheira SC
- Sandro Luckmann, Pastor – Dois Irmãos RS
- Sibyla Baeske, Jornalista - São Leopoldo RS
- Silvana Krause, Profa. Universitária Ciências Políticas – Porto Alegre RS
- Sílvio Meincke, Pastor - Baden-Württemberg/Alemanha
- Suzana Leonor Bernhard, Professora – Porto Alegre RS
- Uwe Wegner, Pastor - Ibirama SC
- Valburga Schmiedt, Professora – São Leopoldo RS
- Valdomiro Dockhorn, Professor - Santa Cruz do Sul RS
- Vera Lucia Gewehr, Professora Catequista - de Valinhos, SP
- Verner Hoefelmann, Professor – São Leopoldo RS
- Vilmar Saar, Catequista – Mal. Cândido Rondon PR
- Walter Altmann, Pastor – São Leopoldo RS
- Walter Marschner, Professor Universitário – Dourados MS
- Wanda Deifeldt, Professora – Decorah/Iowa EUA
- Werner Fuchs, Pastor – Curitiba PR
MANIFIESTO POR LA SALUD DE LA DEMOCRACIA
Un grupo de luteranos/as, preocupado con los caminos que Brasil está tomando, con la insensibilidad de la Presidencia de la República en el enfrentamiento de la pandemia del Covid-19, en la asistencia a las comunidades indígenas y de afrobrasileños poblados en quilombos (cimarrones), ruega, en manifiesto firmado por educadores/as, pastores/as, comunicadores/as y profesionales de diferentes áreas, por un basta al autoritarismo y más democracia. Abajo sigue el manifiesto completo:
Por la salud de la democracia
Al tomar pose en 1º de enero de 2019, el capitán jubilado y exonerado del ejército brasileño por acusación de acción terrorista, Jair Messias Bolsonaro defendió, en el Congreso, un “pacto nacional” para conducir el país a “nuevos caminos”. En seguida, ya con la faja presidencial, habló al pueblo reunido en la Plaza de los Tres Poderes prometiendo “sacar el peso del gobierno sobre quién trabaja y produce”.
Palabras seductoras para inicio de mandato. Año y medio de gobierno fue suficiente para desmentir todos esos gestos iniciales. El “pacto nacional” se ha transformado en “división nacional”, promovida por el gabinete del odio, instalado en el Palacio del Gobierno en la capital. La ideología que defiende bandidos está inserida en el DNA de un presidente vinculado a paramilitares y que procura cumplir promesa de campaña de “armar la población”.
Los “nuevos caminos” poco tienen que ver con quién trabaja y produce. Trabajadores pierden derechos conquistados hace años. Lo que vale es lo negociado sobre lo legislado. El ministro de Economía, Paulo Guedes, ha puesto la “granada en el bolsillo del enemigo”, es decir, servidores federales y asalariados. Siguiendo la cartilla neoliberal, el propósito del ministro es privatizar, poner el Brasil a venta, dejar el espacio público como tierra arrasada, dilapidando el patrimonio del pueblo brasileño bajo los aplausos de parte de una élite económica que da sustentabilidad a ese desgobierno.
Los “nuevos caminos” que deberían acabar con los arreglos políticos han traído para la agenda política la compra de parlamentares de los partidos dispuestos a apoyar el gobierno (Centrão) para barrar cualquier iniciativa de impeachment, y defender los arreglos y fraudes de los hijos del presidente. La Cámara de Diputados ha recibido ya 50 pedidos de impeachment del presidente de la República, que apuntan crímenes de responsabilidad, pero que fueron archivados por el presidente de la Cámara.
Los “nuevos caminos” están marcados por ofensas, agresiones y conflictos del Ejecutivo con gobernadores y prefectos de las ciudades, con los poderes Legislativo y el Judiciario, bajo la amenaza de que un jeep y un soldado pueden afrontar el STF – Supremo Tribunal Federal, intervención antidemocrática apoyada por manifestantes bolsonaristas en diferentes ocasiones.
Los “nuevos caminos” integraran más de tres mil militares en puestos del gobierno, incentivaran la acción de madereras, mineros y aprovechadores en la invasión de tierras indígenas y en la deforestación desenfrenada de la Amazonía. Ese desgobierno es responsable, directa e indirectamente, por el genocidio indígena, al no cumplir determinación constitucional de demarcar sus tierras (Constitución Federal 1988, Art. 231), antes quiere reducirlas. Más todavía, el gobierno ha vetado hasta la distribución de agua potable para indígenas, quilombolas (cimarrones) y comunidades tradicionales (PL 1142).
Del exterior viene la llamada: inversores extranjeros llaman la atención internacional para el fracaso del gobierno brasileño en proteger las florestas, lo que puede llevarlos a retener sus inversiones.
Sin embargo, es en el campo de la Salud, comandada por un militar de la activa que no tiene cualquier afinidad con el área, a menos que sea para agradar el presidente vendedor de cloroquina, que el gobierno federal presenta su rostro necrófilo, acentuado por la pandemia del coronavírus. Brasil ya ha ultrapasado la triste marca de 100 mil muertos, víctimas de la enfermedad. El luto de millares de familias llorando sus muertos no ha sensibilizado el gobierno para el cambio de rumbos en el enfrentamiento del Covid-19.
“E qué. No soy enterrador”, es el máximo que un presidente autoritario, descontrolado, burlón, sin preparo, preocupado solo con amigos y familiares para que no caigan en las manos de la Justicia, sabe decir a la nación.
El presidente tiene como banderas “la familia, Dios, Brasil, armamento, libertad de expresión, libre mercado”. Libertad de expresión para difundir mentiras por las redes sociales, atacar la prensa que se atreve a cuestionar acciones de su gobierno; libre mercado para acabar con el Sistema Único de Salud (SUS) y políticas públicas volcadas a las comunidades más vulnerables; el Brasil como bandera, pero que se persigna frente al pabellón estadunidense, y tiene en Donald Trump su prototipo; un gobierno que acaba con la política de desarme y venera un dios sin cruz, pero con espada.
La religiosidad de Bolsonaro es solo de propaganda (marketing). Pues, una vez se dice seguidor del catolicismo, otra adula lideres neopentecostales y se deja bautizar por pastor evangélico en Rio Jordán. ¡Un presidente que enaltece a un torturador, también debe concordar con la tortura sufrida por Cristo en la cruz y por eso no le cabe el atributo de cristiano!
Llama la atención que la elección de Bolsonaro ha destrabado parte de la sociedad brasileña para elegir y aplaudir un “mito” forjado, destructor del país y que en su campaña ha lamentado que la Dictadura no tenga matado más gente. La verdad nos habrá de libertar, es otro refrán del presidente que no encuentra sustentabilidad en sus acciones. Estamos conociendo la verdad de ese desgobierno cada día en todo su potencial destructivo de derechos humanos, del complejo industrial, de la naturaleza, de políticas públicas en favor de las familias empobrecidas, de las relaciones internacionales, siempre en favor del sistema financiero y engañando el pueblo. La salida de la crisis democrática es, por esto, más democracia.
Nosotros como herederos y seguidores de la Reforma protestante jamás seguiremos teologías que se dicen evangélicas, pero que apoyan y dan sustentabilidad a un gobierno que ha cambiado la cruz por el arma, que mente y desconsidera la dignidad de las personas. Jamás colocamos, o colocaremos, nuestra confianza en ese desgobierno, que afirma “Dios arriba de todo y de todos”, y entiende el Brasil como si el país fuera un patrimonio privado.
Acreditamos en el Dios bíblico, que dice: “Yo soy el que está ahí y estaré ahí” (Éxodo 3.14) - no arriba de todos, sino junto a las personas más vulnerables y que acompaña a su pueblo esclavo en el camino de la liberación. Nuestro Mesías es Jesucristo, el Emanuel, el Dios presente, que estará con nosotros hasta el fin de los tiempos.
Identificados e identificadas con el Evangelio de Jesucristo, la Declaración Universal de los Derechos Humanos y amparados en la Constitución Federal de 1988 recordamos aquí el testimonio del reformador Martin Lutero que ha escrito: una autoridad que olvida que ella existe por causa del pueblo y aje de acuerdo con sus propias ideas y ventajas – tal autoridad es pagana.
Comprometidos y comprometidas con esta afirmación y buscando verla puesta en práctica en toda parte,
Firmamos
En 8 de agosto de 2020.
- Albrecht Baeske, Pastor - São Leopoldo RS
- Alfredo Augusto Müller, Líder Sindical, Palmitos/SC
- Allan Krahn, Pastor – São Leopoldo RS
- Andrea Schaeffer Klemm, Gestora de Projetos – Berlim/Alemanha
- Ângela Wiebush, Educadora Social – Genebra/Suíça
- Anna Luiza Trein – Psicóloga – Sassenheim/Holanda
- Antonio Carlos Ribeiro - Professor Universitário - Rondon do Pará - PA
- Arlete Schubert, Doutoranda – Vila Velha ES
- Armin Andreas Hollas, Pastor – Rio das Antas SC
- Arnoldo Mädche, Pastor - São Leopoldo RS
- Arteno Spellmeier, Pastor - São Leopoldo RS
- Bronilde Wirth, Professora - São Jorge D' Oeste-PR;
- Carlos Arthur Dreher, Pastor - São Leopoldo RS
- Carlos Reinardo Dreher, Pastor – Porto Alegre RS
- Christian Wendt, Pastor – Neustadt an der Weinstrasse/Alemanha
- Cibele Kuss, Pastora – Porto Alegre RS
- Cilene D.M. da Silva, Aposentada – São Leopoldo RS
- Claudete Beise Ulrich, Professora - Vitória/ES
- Clovis Horst Lindner, Pastor – Blumenau SC
- Conceição Rosa de Lima, Assistente Social - Fortaleza CE
- Córdula Eckert, Engenheira Agrônoma – Porto Alegre RS
- Cornélia Eckert, Professora Universitária - Porto Alegre RS
- Cristiane Erica Petry, pastora, Novo Hamburgo.
- Dankwart Bernsmüller, Professor – São Leopoldo RS
- Dario Geraldo Schäffer, Pastor - Rio de Janeiro RJ
- Davidson Souza de Farias, Analista Judiciário - Rio de Janeiro RJ
- Dinah Protásio Frotté – Educadora, Rio de Janeiro RJ
- Dóris Kieslich Cavalcante, Professora Catequista - Fortaleza CE
- Dorival Ristoff, Pastor - Candelária RS
- Edelberto Behs, Jornalista - São Leopoldo RS
- Edla Loni Hass Berthold, Do Lar - Montenegro RS
- Eduardo Gross, Professor Universitário – Juiz de Fora MG
- Elia de Mello Esteves Lima, Assistente Social – Rio de Janeiro RJ
- Elio Scheffler, Pastor - Linha Marechal Floriano/Venâncio Aires RS
- Elisabetha Kannenberg, Secretária – São Leopoldo RS
- Emilia Marcia dos Santos, Professora - Campo Grande MS;
- Emil Schubert, Pastor - Vila Velha ES
- Ernane Reinoldo Gruhn, Funcionário Público – Cruz Alta RS
- Ernesto Jacob Keim, Professor - Guaratuba-PR;
- Ervino Schmidt, Pastor – Porto Alegre RS
- Ezequiel Hanke, Teólogo, Porto Alegre, RS.
- Flávio Braga Prieto da Silva, Servidor público – Rio de Janeiro RJ
- Germano G. Streese, Pastor – Decorah/Iowa EUA
- Gerson Acker - Pastor - Nova Friburgo/RJ
- Gertraude Wanke, Psicóloga – Domingos Martins ES
- Graciela Chamorro – Pastora – Dourados MS
- Günter Adolf Wolff, Pastor - Palmitos SC
- Gustavo Schmitt, Doutor em Bíblia, São Leopoldo/RS.
- Hanna Christine Drechsler, Doula – Gramado RS
- Hans Alfred Trein, Pastor - São Leopoldo RS
- Hans Benno Asseburg, Tradutor Juramentado – São Leopoldo RS
- Harald Malschitzky, Pastor – São Leopoldo RS
- Henry Seibert, Aposentado – São Leopoldo RS
- Hercules Kehl, Pastor – Blumenau SC
- Inácio Lemke, Pastor- Pomerode SC
- Irene Zwetsch, Jornalista – Reinach/Suíça
- Irineu Lasch, Pedagogo - Nova Petrópolis RS
- Irma Rothbarth Pereira, Professora - São Jorge D' Oeste-PR;
- Ivo Schönherr, Pastor – Cuiabá MT
- João Artur Müller da Silva, Pastor - São Leopoldo RS
- José R. Bessa Freire, Professor Universitário e Jornalista - Niterói - RJ
- Juliane Bonato, Estudante – Cruz Alta RS
- Julio Cézar Adam, Professor – Novo Hamburgo RS
- Karin Glufke, Bancária - Novo Hamburgo RS
- Käthe Fuchs Trein, Secretária - São Leopoldo RS
- Lauri Emilio Wirth, Professor - Valinhos SP
- Leandro Otto Hofstätter, Advogado – Joinville SC
- Lélia Brazil Protásio Dias de Oliveira, Professora de Música – Rio de Janeiro RJ
- Lori Altmann, Professora Universitária - Pelotas RS
- Lori Freitag Müller, Agricultora - Palmitos/SC
- Lothar Hoch, Pastor - Praia da Pinheira SC
- Luiz Fernando Rangel Tura, Médico – Rio de Janeiro RJ
- Luiz Mardos Cavalcante, Oficial de Justiça - Fortaleza CE
- Lusmarina Campos Garcia, pastora – Rio de Janeiro RJ
- Lydia Emanuela de Aguiar, Arquiteta – Alto Paraíso de Goiás GO
- Madalena Zwetsch Altmann, Farmacêutica Bioquímica - São Leopoldo RS
- Mara Marlene Gewehr, Professora – Vitória ES;
- Margit Elfriede Lemke, Professora – Pomerode SC
- Maria Amélia S. Dickie, Antropóloga – Florianópolis SC
- Maria Ione Pilger, Professora Catequista – Rio Grande RS
- Maria Luiza Rückert, Capelã Hospitalar – Lagoa Santa MG
- Marie Krahn, Professora – São Leopoldo RS
- Marlise Gruhn, Professora – Cruz Alta RS
- Micaela Barbara Lhotzky Berger, Aposentada - Domingos Martins ES
- Micheli Duarte, Assistente Social – São Leopoldo RS
- Milton Ítalo Provenzano Jr., Administrador em Saúde – Domingos Martins ES
- Monika Daniela Aguiar, Enfermeira – Domingos Martins ES
- Mozart João de Noronha Melo, Pastor - Rio de Janeiro RJ
- Neusa Tetzner, Pastora – Limeira SP.
- Nilo Bidone Kolling, Pastor - Palmitos SC
- Noemia Dockhorn, Professora - Santa Cruz do Sul RS
- Nôga Brondi Rezende, Professora – Rio de Janeiro RJ
- Odete Zanchet, Advogada – São Leopoldo RS
- Oneide Bobsin, Pastor - São Leopoldo RS
- Osmar Luiz Witt, Pastor – São Leopoldo RS
- Paulo Rückert, Professor – Lagoa Santa MG
- Paulo Sergio Hause, Professor - Santo André - SP;
- Regene Lamb, Pastora – Linha Marechal Floriano/Venâncio Aires RS
- Robert Thieme, Publicitário - Ivoti RS
- Roberto Zwetsch, Professor – Pelotas RS
- Rodolfo Gaede, Pastor - São Leopoldo RS
- Rogério Sávio Link, Professor Universitário – Porto Velho RO
- Romi Márcia Bencke, Pastora - Brasília DF
- Rosalie Spellmeier – São Leopoldo RS
- Rosileni Schwantes, Professora - São Paulo SP;
- Roswita Schaeffer, Educadora - St.Gallen/Suiça
- Rudelmar Bueno de Faria, Humanitarista – Genebra/Suíça
- Rudolf von Sinner, Professor Universitário – Curitiba PR
- Rui Jorge Bender, Jornalista - Novo Hamburgo RS
- Rui Leopoldo Bernhard, Pastor - Porto Alegre RS
- Rui Rothe-Neves, Professor Universitário – Belo Horizonte MG
- Ruth Stefanie Berger, Professora – Domingos Martins ES
- Sabine Hoch, Professora - Praia da Pinheira SC
- Sandro Luckmann, Pastor – Dois Irmãos RS
- Sibyla Baeske, Jornalista - São Leopoldo RS
- Silvana Krause, Profa.Univ. Ciências Políticas – Porto Alegre RS
- Sílvio Meincke, Pastor - Baden-Württemberg/Alemanha
- Suzana Leonor Bernhard, Professora – Porto Alegre RS
- Uwe Wegner, Pastor - Ibirama SC
- Valburga Schmiedt, Professora – São Leopoldo RS
- Valdomiro Dockhorn, Professor - Santa Cruz do Sul RS
- Vera Lucia Gewehr, Professora Catequista - Valinhos SP
- Verner Hoefelmann, Professor – São Leopoldo RS
- Vilmar Saar, Catequista – Mal. Cândido Rondon PR
- Walter Altmann, Pastor – São Leopoldo RS
- Walter Marschner, Professor Universitário – Dourados MS
- Wanda Deifeldt, Professora – Decorah/Iowa EUA
- Werner Fuchs, Pastor – Curitiba PR
For the health of democracy
A group of Lutherans, concerned with the direction that Brazil is taking, with the insensitivity of the Presidency of the Republic in facing the pandemic of the covid-19, toward assisting indigenous and quilombola communities, demands, in a manifest signed by educators, pastors, communicators and professionals from different areas: no more authoritarianism, more democracy. The manifesto says, in full:
Upon taking office on January 1, 2019, the retired captain who was exonerated from the army accused of terrorist action, Jair Messias Bolsonaro defended, in Congress, a "national pact" to lead the country to "new ways". Then, already with the presidential sash, he spoke to the people gathered in the Praça dos Três Poderes [Plaza of the Three Powers] promising “to take the weight of the government off who works and produces”.
Just seductive words to start the term. A year and a half of government was enough to deny all these initial nods. The "national pact" became a "national division", promoted by the hate office, installed in the Planalto Palace. The ideology that defends bandits is inserted in the DNA of a president linked to militiamen and who seeks to fulfill the campaign promise to “arm the population”.
The “new ways” care little about who works and produces. Workers lose rights that they have won over years. The negotiated weighs more than the legislated. The Minister of Economy, Paulo Guedes, put the “grenade in the enemy's pocket”, read federal employees and wage earners. Following the neoliberal primer, the minister's purpose is to privatize, put Brazil up for sale, leave the public area a devastated land, squandering the patrimony of the Brazilian population under the applause of part of an economic elite that gives sustainability to this mismanagement.
The “new ways” that would put an end to the give-and-take way of making politics have brought to the political agenda the purchase of the “Centrão's” parliamentarians to block any impeachment initiative, and to defend negotiations and the misdeeds of the president's children. The House of Representatives received 50 requests for impeachment referring to the President of the Republic, pointing out crimes of responsibility; all were shelved by the President of the House.
The “new ways” are marked by offenses, aggressions and conflicts between the Federal Executive with State governors and City mayors, with the Legislature and the Judiciary, under the threat that a jeep and a soldier would manage the Highest Court of Justice (Supremo Tribunal Federal), an anti-democratic intervention supported by Bolsonaro protesters in different occasions.
The “new ways” integrated more than three thousand military personnel into the government, encouraged the action of loggers, mining prospectors and profiteers in the invasion of indigenous lands and the rampant deforestation of the Amazon. This mismanagement is responsible, directly and indirectly, for the indigenous genocide, by failing to comply with the constitutional determination to demarcate their lands (Art. 231); on the contrary, it wants to reduce them. Furthermore, the government has even vetoed the distribution of drinking water to indigenous, quilombolas and traditional communities (PL 1142).
The warning comes from abroad: Foreign investors call international attention to the failure of the Brazilian government to protect forests, which may compel them to review investments.
But it is in the field of Health, commanded by an active military man who has no affinity with the area, except to please the president who sells chloroquine, that the federal government presents its necrophilic face, accentuated with the pandemic of the coronavirus. Brazil surpassed the sad mark of 100 thousand dead, victims of the disease. The mourning of thousands of families weeping for their dead does not sensitize the government to change directions in the face of the covid-19.
"And so what. I am not an undertaker ”, is the maximum that an authoritarian president, uncontrolled, debauched, unprepared, concerned, yes, with friends and family so as not to fall into the net of Justice, knows how to tell the nation.
The president's flags are "the family, God, Brazil, armament, freedom of expression, free market". Freedom of expression to spread lies via social networks, attack the press that dares to question his government's actions; free market to end the Unified Health System and public policies aimed at the most vulnerable communities; Brazil as a flag, but salutes the North American flag, and has Donald Trump as his prototype; a government that ends the disarmament policy and worships a god without a cross, but with a sword.
Bolsonaro's religiosity is only for marketing. Now he claims to be a follower of Catholicism, now he flatters neo-Pentecostal leaders and lets himself be baptized by an evangelical pastor in the Jordan River. A president who praises a torturer must also agree with the torture suffered by Christ on the cross and for that very reason he can´t be considered a Christian!
It is impressive that Bolsonaro's election unlocked part of Brazilian society to elect and applaud an unreasonable “myth”, destructive of Brazil and that in the campaign lamented that the former military dictatorship had not killed more. “The truth will certainly set us free”, another refrain from the president that does not find sustainability in actions. We are getting to know the truth of this mismanagement day by day based on all its destructive potential: of human rights, of the industrial park, of nature, of public policies in favor of impoverished families, of international relations, favoring the financial system and deceiving the people. The way out of the democratic crisis is more democracy.
We, heirs and followers of the Protestant Reformation, will never follow theologies that claim to be evangelical, but that support and give sustainability to a government that exchanged the cross for the weapon, which lies and disregards the dignity of the people. We never place, or will place, our trust in this mismanagement, which affirms “God above everything and everyone”, and understands Brazil as if the country were a private patrimony.
We believe in the biblical God, who says: “I am who I am; I am there and I´ll be there” (Exodus 3:14) - not above all, but on side of the most vulnerable people, accompanying his enslaved people on the path of liberation. Our Messiah is Jesus Christ, Emmanuel, the present God, who will be with us until the end of time.
Identified with the Gospel of Jesus Christ, the Universal Declaration of Human Rights and supported by the Federal Constitution, we recall the testimony of the reformer Martin Luther: “an authority who forgets that he exists because of the population and acts according to his own ideas and advantages - such authority is pagan”.
Committed to this statement and wanting to see it practiced everywhere,
São Leopoldo, 08 of August 2020
We sign (following are 128 signers):
Plädoyer für die Gesundheit der Demokratie in Brasilien
Als am 1. Januar 2019 Jair Messias Bolsonaro – Hauptmann a.D., der aus dem Heer wegen terroristischer Tätigkeit verwiesen wurde – die brasilianische Präsidentschaft übernahm, verteidigte er im Nationalkongress einen nationalen Pakt, um das Land auf „neue Wege“ zu führen. Später, schon mit der Präsidentenschärpe auf der Brust, richtete er sich an das Volk, das sich auf dem zentralen Versammlungsplatz (Praça dos Três Poderes) in Brasília versammelt hatte und versprach „die Last der Regierung zu nehmen (in Form von Steuererleichterungen), die auf denen ruht, die arbeiten und produzieren“.
Dies waren aber nur verführerische, täuschende Redensarten zu Beginn seines Mandats. Anderthalb Jahre genügten, um all seine Versprechungen zu widerlegen. Der Nationalpakt verwandelte sich in eine nationale Teilung, die durch das im Präsidentenpalast eingerichtete so genannte Büro des Hasses (zur Verleumdung und Bekämpfung politischer Gegner) gefördert wird. Die Ideologie, die Kriminelle unterstützt, ist Teil der Art und Weise des Präsidenten zu regieren, der mit Milizen Umgang pflegt und der versucht, sein Versprechen des Wahlkampfes einzuhalten, das Volk mit Waffen auszurüsten.
Die „neuen Wege in der Politik” kümmern sich wenig um die, die arbeiten und produzieren. Betriebsangestellte verlieren Rechte, die sie vor Jahren errungen haben. Die gewerkschaftlich ausgehandelten und festgeschriebenen Regeln verlieren ihre gesetzliche Kraft. Wirtschaftsminister Paulo Guedes legte die „Handgranate in die Tasche des Feindes“, d.h. der Bundesbeamten und der Lohnempfänger. Unter strikter Einhaltung der neoliberalen Fibel, nimmt sich der Minister die Privatisierung als Ziel vor und bietet Brasilien zum Verkauf an, indem das Vermögen der brasilianischen Bevölkerung verschleudert wird unter dem Applaus der Wirtschaftselite, die dieser Missregierung Unterstützung bietet.
Die „neuen Wege in der Politik“ sollten der ständigen Vetternwirtschaft ein Ende machen, führten jedoch nur zum Ankauf von Stimmen für die Regierung im Parlament, und zwar von Parteien des so genannten Zentrums (Abgeordnete vieler Splitterparteien, die traditionell käuflich sind), mit dem klaren Ziel die Amtsenthebung des Präsidenten zu verhindern und die unsauberen Geschäfte und die Zügellosigkeiten seiner Söhne zu vertuschen. Die Abgeordnetenkammer erhielt nacheinander 50 Anträge auf Amtsenthebung des Präsidenten, die ihm Verantwortungsstraftaten vorwarfen – alle wurden vom Präsidenten des Abgeordnetenhauses auf Eis gelegt.
Die „neuen Wege in der Politik“ sind durch Beleidigungen, Angriffe und Konflikte der Exekutive nicht nur mit Gouverneuren und Präfekten gekennzeichnet, sondern auch mit den beiden anderen Gewalten im Staat (Gesetzgebern und Justiz). Laut Bolsonaro könnte ein Jeep und ein Soldat genügen, um das Bundesverfassungsgericht des Landes zum Schweigen zu bringen – eine antidemokratische Äußerung, die verschiedene Male von seinen Anhängern Beifall bekam.
Die „neuen Wege in der Politik“ führten zur Ernennung von über dreitausend Mitgliedern des Militärs für Ämter in der Regierung, förderten die Tätigkeit illegaler Holzfirmen und Goldgräberunternehmen und Opportunisten, die die Gelegenheit nutzen, um in Gebieten der indigenen Bevölkerung einzudringen und um die zügellose Abholzung des Amazonasgebietes voranzutreiben. Diese Missregierung ist direkt und indirekt verantwortlich für den Genozid der lokalen Bevölkerung. Sie unterläuft bewusst die Bestimmung der Bundesverfassung, die Gebiete der Indigenen abzugrenzen (Artikel 231). Mehr noch, ihre Gebiete werden verkleinert, ihnen und den Nachkommen geflüchteter ehemaliger Sklaven, die in abgelegenen Dörfern leben, und selbst alteingesessenen Einwohnern wird der Zugang zu Trinkwasser verweigert (PL 1142).
Aus dem Ausland kommt die Warnung der Investoren, die auf den Misserfolg der brasilianischen Regierung hinweist, den Regenwald zu schützen, was sie zur Überprüfung bzw. Umwidmung ihrer Investitionen im Land führen könnte.
Es ist aber auf dem Gebiet der Gesundheit, die unter der Obhut eines Militärs steht, der keine Affinität zu diesem Bereich hat, das sich das mörderische Gesicht des Präsidenten zeigt. Seine Führung in Zeiten der Corona-Pandemie ist katastrophal. Die Pandemie führt dazu, dass Brasilien über hunderttausend Todesfälle zu beklagen hat. Die Trauer tausender Familien rührt die Regierung nicht, um den Kurs der Bekämpfung des Virus zu ändern.
„Was soll’s. Ich bin kein Totengräber“ war das Einzige, was der autoritäre, unkontrollierte, spöttische, und völlig unvorbereitete Präsident der Nation sagen konnte. Größere Sorge trägt er um den Schutz seiner Freunde und Familienmitgliedern, um nicht in die Finger der Justiz zu fallen.
Der Präsident hat auf seine Fahne „Familie, Gott, Brasilien, Bewaffnung, Recht auf freie Meinungsäußerung, Freihandel“ geschrieben. Das Recht auf freie Meinungsäußerung wird allerdings dazu benutzt, um Lügen in den Sozialnetzen zu verbreiten und Medien anzugreifen, die es wagen, Handlungen der Regierung in Frage zu stellen; der Freihandel dient dazu, das Nationale Gesundheitssystem und die öffentlichen Maßnahmen zum Schutz marginaler Gemeinden einzuschränken oder sogar auszuklammern; Brasilien auf der Fahne, ja, aber stramme Haltung wird vor der nordamerikanischen Fahne angenommen und Donald Trump wird als Vorbild für eine Regierung genommen, welche die Entwaffnung der Bevölkerung aufhebt und eine mit dem Schwert ausgerüstete Gottheit verehrt und das Kreuz Christi verneint.
Bolsonaros Religiosität ist nur Marketing. Mal sagt er, er sei Anhänger des Katholizismus, mal biedert er sich neupentekostalen Führungskräften an und lässt sich von einem neupentekostalen Pfarrer im Jordanfluss wiedertaufen. Ein Präsident, der einen Folterer lobt wird wohl auch der Folterung Christi am Kreuz zustimmen, sodass er sich wohl nicht ein Christ nennen kann.
Bolsonaros Wahl ist bedrückend. Sie brachte ans Licht,,n wir die Wahrheit dieser n F en nur am eigenen Profit auf Kosten ihrer Wählerschaft gelegen ist) wie ein Teil der brasilianischen Bevölkerung denkt. Eine beträchtliche Zahl von BrasilianerInnen wählte einen üblen ‚Mythos’, der zerstörend wirkt und zerstörend agiert, und spendete ihm noch obendrein Beifall, als er während des Wahlkampfes bedauerte, dass die Militärdiktatur nicht mehr Menschen umgebracht habe. ‚Die Wahrheit wird euch befreien‘ ist ein weiteres Schlagwort des Präsidenten, das sich aber nicht in Handlungen widerspiegelt. Täglich lernen wir mehr die Wahrheit dieser Missregierung kennen. Sie richtet allseitig Zerstörung an, sei es bei den Menschenrechten und der öffentlichen policy zugunsten verarmter Familien, sei es in der Natur und in den Industrieparks, sei es in den internationalen Beziehungen unter Begünstigung des Finanzsystems. Alleweil wird das Volk getäuscht. Der Ausweg aus der demokratischen Krise kann nur mehr Demokratie sein!
Als Erben und Anhänger der protestantischen Reformation werden wir nie Befürworter einer Einstellung sein, die sich evangelisch nennt, aber eine Regierung unterstützt, die das Kreuz durch die Waffe ersetzt, die lügt und die Würde der Menschen missachtet. Nie haben wir und nie werden wir dieser Regierung vertrauen, die den Spruch „Gott über alles und über allen“ verbreitet, aber Brasilien als Privateigentum ansieht.
Wir glauben an den biblischen Gott, der uns versichert: „Ich werde dasein, als der ich dasein werde“ (2. Buch Mose 3, 14) – der nicht über allen sondern neben den armgehaltenen Menschen steht, und an den Gott, der sein versklavtes Volk auf dem Weg in die Freiheit begleitet. Wir glauben an Jesus Christus, den Emmanuel, den anwesenden Gott, der mit uns bis ans Ende der Zeiten sein wird.
Wir stehen zum Evangelium Jesu Christi, zur Allgemeinen Erklärung der Menschenrechte und, unter dem Schutz der Verfassung Brasiliens. Wir verweisen auf das Zeugnis Martin Luthers bezüglich der rechten Regierungsweise hin: „Die Obrigkeit, die vergisst, dass der Zweck ihrer Existenz die Bevölkerung ist und nichtsdestotrotz gemäß ihren Ideen und Vorteilen handelt, ist heidnisch“.
In diesem Sinn wollen wir uns einsetzen und hoffen, dass viele ähnlich handeln. So unterschreiben wir:
São Leopoldo, 08. August 2020.